\"Arquitetura, forma e luz\" palestra realizada na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no IFBA Ilhéus (20.10.2015)

June 25, 2017 | Autor: Silvia Kimo Costa | Categoria: Arquitetura
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Silvia Kimo Costa Dra. Desenvolvimento e Meio Ambiente Msc. Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente Arquiteta e Urbanista Professora do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências IHAC Reitoria UFSB – Assessoria para elaboração e implantação do Plano Diretor e edificações dos Campus da UFSB Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB Campus Jorge Amado, Itabuna, BA

“A luz é um elemento arquitetônico fundamental para a qualificação do espaço e da forma. Usado muitas vezes como premissa para proposições criativas, elemento catalisador no processo de concepção, matéria autônoma capaz de responder às questões funcionais, mas também moldada para emocionar” (BARNABÉ, 2008, p. 62).



O que é a luz?

Luz visível é uma forma de energia radiante, é o agente físico que, atuando nos órgãos visuais, produz a sensação de visão (Sofisica online).

Tudo o que pode ser detectado por nossos olhos, e por outros instrumentos de fixação de imagens como câmeras fotográficas, é a luz de corpos luminosos que é refletida de forma difusa pelos corpos que nos cercam.

Foto: SKCosta (2015)

Foto: SKCosta (2015)



Como percebemos a luz?

A percepção é uma função psíquica (LIMA, 2010). Nosso organismo, através dos órgãos do sentido recebem e elaboram informações acerca do entorno onde nos encontramos. Perceber também considera nosso habitus (BOURDIEU, 1989) e o objeto/ lugar no tempo e espaço.



Quando se pensa a Arquitetura!

A luz produz a sensação de espaço; Luz e espaço são inseparáveis; “A criação do espaço é feita através da luz e a luz é necessária para a percepção desse mesmo espaço. O espaço só pode ser compreendido através da visão e a visão só existe pela ação da luz, que é o elemento orientador da vivência humana”(LOPES DE PAULA, 2013, p. 01).

“A luz invade e permeia a realidade definindo os contornos, tornando visíveis e perceptíveis os espaços e os objetos com os quais as pessoas entram em contato. A arquitetura vive dessa entidade aparentemente imaterial, define-se com ela não só como realidade, mas também como um jogo carregado de significados, de sensações e de mensagens”(BARNABÉ, 2008, p. 66). Domo da Catedral de Santa Maria Del Mar em Barcelona Foto: SKCosta (2014)

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A luz e a Arquitetura religiosa – O Gótico A Arquitetura Contemporânea



A luz e a Arquitetura religiosa – O Gótico Estilo arquitetônico intenso que perdurou do século XIII ao XV e objetivou “expressar a vontade medieval pela transcendência”. (MAIOLINO, 2007, p. 4-5).



O Gótico nasceu na França e se estendeu por toda Europa até o oriente (HOFSTATTER, 1970). Iniciou no século XI? XII? Durou até o século XV? – um “discurso” surge a partir de um apriori histórico – acontecimentos discursivos e não discursivos que culminam num conjunto de condições de existência (FOUCAULT, 2012).



O Gótico e a transcendência!

Luz



a

busca

pela

“(...) vitrais e rosáceas, que transformaram radicalmente o interior das catedrais conferindo iluminação e misticismo às mesmas, a verticalidade e majestade de suas estruturas exibiam a tentativa de proximidade com Deus. Apoiada, assim, em forte simbolismo teológico, as catedrais góticas se voltam para o alto, projetando-se na direção do céu” (VIANA, 2014, p. 10).

Catedral de Santa Maria Del Mar em Barcelona Foto: SKCosta (2014)



O Gótico e a Luz – a busca pela transcendência!

Domo da Catedral de Barcelona Foto: SKCosta (2014)

Catedral de Barcelona Foto: SKCosta (2014)



O Gótico e a Luz – a busca pela transcendência!

Domo da Catedral de Westminster, Londres Foto: SKCosta (2014)

Catedral de Westminster, Londres Foto: SKCosta (2014)

Catedral de Westminster, Londres Foto: SKCosta (2014)



O Gótico e a Luz – a busca pela transcendência!

Catedral de Notre Dame, Paris Foto: SKCosta (2014) Catedral de Notre Dame, Paris Foto: SKCosta (2014)

Catedral de Notre Dame, Paris Foto: SKCosta (2014)



A Arquitetura Contemporânea

É marcada pelo avanço tecnológico. Cuidado com o meio ambiente. “As novas formas da arquitetura do final do século XX aos dias atuais têm como desafio a utilização de todas as disponibilidades da ciência e tecnologia, aliadas a necessidade de ser mantido um equilíbrio ambiental” (TRAPANO e BASTOS, 2007, p. 1851).







A luz conecta e diferencia o espaço externo do interno; Provoca ritmo e movimento; Indica orientação;

Queen Elizabeth II great court – British Museum Foto: SKCosta (2014) Designed by Foster and Partner.

Le Grand Arche, La Défense, Paris Foto: SKCosta (2014) Projeto do Spreckelsen

arquiteto

dinamarquês

Otto

von

Le Grand Arche, La Défense, Paris Foto: SKCosta (2014)

Museu de Arte Contemporânea de Barcelona. Foto: SKCosta (2014) Projeto do Arquiteto Richard Meyer Museu de Arte Contemporânea de Barcelona. Foto: SKCosta (2014)

World Trade Center transportation, New York, USA Foto: SKCosta (2015) World Trade Center transportation, New York, USA Foto: SKCosta (2015) Projeto do Arquiteto Santiago Calatrava

World Trade Center transportation, New York, USA Foto: SKCosta (2015)

L’ Oceanográfic, Valencia, Espanha Foto: MGCCosta (2012) Projeto dos Arquitetos Santiago Calatrava e Félix Candela

Conjunto Museu da Ciência e L’ Oceanográfic, Valencia, Espanha Foto: MGCCosta (2012)

Conjunto Museu da Ciência e L’ Oceanográfic, Valencia, Espanha Foto: MGCCosta (2012)

Catedral da Sagrada Família, Barcelona. Foto: SKCosta (2013) Projeto dos Arquiteto Antoni Gaudí

BARNABÉ, P. M. M. A Luz natural como diretriz de projeto. Revista Pós N.22, 2008, p. 62-81. BOURDIEU, P. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989. FOUCAULT, M. Arqueologia do Saber. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012. HOFSTATTER, H. H. Gótico. Espanha: Garriga Impressores, 1970.

LIMA, M. R. C. de. Percepção Visual Aplicada à Arquitetura e à Iluminação. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda.,2010. LOPES DE PAULA, F. C. A luz natural e a percepção do espaço arquitetônico em edifícios de caráter religioso. Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 6ª Edição nº 006 Vol.01, 2013, p. 1-20.

MAIOLINO, C. F. A Arquitetura religiosa Neogótica em Curitiba: entre os anos de 1880 e 1930. 2007. 128f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007 SOFISICA (online). Luz: comportamento e princípios, 2015.Disponível:http://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Fundamentos/luz.php.Consultad o:18, out,2015. TRAPANO, P. D.; BASTOS, L. E. G. Reflexões sobre luz, espaço e forma na Arquitetura Contemporânea. IX Encontro Nacional e V Latino Americano de Conforto do Ambiente Construído. Anais do IX Encontro Nacional e V Latino Americano de Conforto do Ambiente Construído, Ouro Preto, 2007, p. 1849-1856. VIANA, L. M. da F. A luz natural na Arquitetura Religiosa. Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01, 2014, p. 1-17.

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