ARTE COMO DRIVER DE INOVAÇÃO SOCIAL Uma proposta para o Distrito Cria:vo de Porto Alegre Coral Michelin | Fábio Pezzi Parode
Em (quase) um tweet • Proposta teórica a par8r do estudo do objeto de pesquisa (Vila Flores) do mestrado em curso. • Iden8fica o potencial dos processos arGs:cos, estes análogos aos processos de inovação, para fomentar (ser um driver de) inovação de cunho social. • Ques8ona o papel subordinado ao qual a arte tem sido relegada na sociedade transesté8ca massificada. • Faz sugestões para o processo de revitalização urbana do Distrito Cria8vo de Porto Alegre
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18 November 2015 | 2
Contexto Pano de fundo: Dissolução da sociedade atual e possível criação de uma nova sociedade pela ação de forças e atores não sociais. (TOURAINE, MORIN)
Proposta: Arte como força não social.
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Inovações Sociais (IS) São novas soluções (produtos, serviços, modelos, mercados, processos, etc.) que simultaneamente atendem uma necessidade social, conduzem para novas ou aprimoradas capacidades e relações e melhoram o uso de recursos e a:vos. Inovações sociais são boas para a sociedade ao mesmo tempo que aperfeiçoam sua capacidade de agir. (CAULIER-‐GRIECE et al, 2012)
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Caracterís:cas da IS • Aberta e colabora:va: seguidamente inclusivas, podem engajar diversos atores, muitas vezes ar8culados em redes ou plataformas tecnológicas; • Coprodução: o usuário se torna coprodutor de uma ideia, as pessoas se envolvem na entrega das próprias soluções; • Criação de novos papeis e relações: inovações sociais são feitas “com” e “por” usuários e, por conta disto, nutrem toda uma gama de relações entre atores sociais, gerando até mesmo novas habilidades; • Melhora o uso de recursos e a:vos: reconhecimento, exploração e coordenação de recursos que seriam desperdiçados, subu8lizados ou simplesmente não usados; • Desenvolve capacidades: a abordagem par8cipa8va incen8va o desenvolvimento de capacidades para sa8sfazer necessidades a longo prazo.
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Fases da IS 1. 2. 3. 4. 5. 6.
Alerta, que sinaliza a necessidade de inovação social; Proposta, na qual ideias são desenvolvidas; Proto:pação, para testar ideias na prá8ca; Sustentação, quando a ideia se torna prá8ca diária; Escala, para crescer e/ou espalhar a solução criada; Mudança sistêmica, que envolve o redesign e introdução de sistemas inteiros.
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Cria:vidade e Arte • “Os meios através dos quais a arte se expressa e o sen8mento pela vida que os es8mula são inseparáveis” (GUEERTZ, 1997). Os insumos da arte são, portanto, as angús:as, as crí:cas, as reflexões e as alegrias de um povo em determinado contexto; • Arte é uma expressão da cria8vidade; • A existência de liberdade arjs8ca, de autonomia, é uma condição para a eficácia da prá8ca inovadora; • Uma sociedade que incen8va a arte tem maiores chances de desenvolver soluções inovadoras, ou cria8vas, para seus desafios. MICHELIN e PARODE | UNISINOS | FORUM DAS IES
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Contribuições da arte para IS • Ar8stas possuem disposição para o pensamento crí:co, capacidade para experimentação e para extrair sen8do de situações radicalmente ambíguas, conseguindo progredir mesmo em face a incertezas; • Habilidade arjs8ca de ler e interpretar o mundo; • Trabalhos arjs8cos podem ser temporários e ocorrer em redes projetuais e espaços flexíveis; podem ser individuais, cole:vos ou colabora:vos; e costumam explorar todos os recursos ao alcance, inclusive aqueles que poderiam ser descartados, desperdiçados ou subu8lizados, tal qual na inovação. MICHELIN e PARODE | UNISINOS | FORUM DAS IES
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Distrito Cria:vo (DC) e a revitalização do 4º Distrito • Distrito Cria8vo “é um Parque Urbano Aberto de Economia Cria:va e setores econômicos relacionados, como a Economia do Conhecimento e da Experiência” • Formado por cerca de 80 ar8stas e empreendedores, busca ser também “um espaço de par8cipação, experimentação, criação cole8va e inovação, construído a par8r dos próprios empreendedores”. • Inicia:va iniciada pela mão dos atores locais. • Localidade com espaços múl:plos de confluência e troca onde se reúnem a8vidades mul:disciplinares e inter-‐setoriais que dão dinâmica ao Distrito.
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Revitalização do DC • Qualquer ação que venha do Poder Público ou do mercado para o DC precisa levar em consideração o histórico, a vocação e os atores do território – para não iniciar mais um processo de gentrificação com a imposição de interesses top-‐down. • “a revitalização movida pela cultura não é uma solução absoluta para os problemas de desindustrialização(...). Sua aplicabilidade depende do grau em que pode ser adaptada às circunstâncias locais e da extensão do comprome:mento com uma mudança genuína”
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Reflexão crí:ca Economia Cria:va • Traz definições que importam a lógica do mercado para dentro das esferas da cria:vidade, que certamente não operam de acordo com os mesmos parâmetros. • Termo “indústria” (indústria cria8va e indústria cultural) traz a crí8ca de Adorno e Horkheimer à massificação das criações do espírito. • Não se trata de “arte pela arte”, mas sim de não ceder à tendência da este8zação geral da vida, esvaziando a arte de seus significados, banalizando-‐a.
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Considerações Finais • Sugere-‐se que o processo de renovação do DC seja pautado pela inclusão e transparência e pela prá8ca conjnua de inovação social. Inovação que pode ser alimentada pelo exercício arjs8co, da arte genuína e livre para desempenhar seu papel cria8vo e social. • Incen8vos aos empreendimentos locais (conhecimento, recursos materiais ou financeiros, etc.) para que se estabeleça, até como um espaço compar8lhado, o locus da liberdade arjs8ca que não opera segundo lógicas de mercado ou de indústrias.
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Principais temas e autores • Inovação social CAULIER-‐GRIECE et al; OAKLEY et al.
• Arte e Cria8vidade HOWKINS; GUEERTZ.
• Arte e Inovação OAKLEY et al.
• Indústria Cultural / Sociedade transesté8ca ADORNO/HORKHEIMER; LIPOVETSKY/SERROY; BAUDRILLARD.
• Economia Cria8va HOWKINS; FLORIDA; UNESCO (UNCTAD).
• Revitalização Urbana MILES; GOLDSTEIN.
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18 November 2015 – 13
Obrigada.
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