Artes Gráficas e o vernáculo do Recôncavo Baiano

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CURSO DE ARTES VISUAIS - OFICINA DE TEXTO

ARTES GRÁFICAS E O VERNÁCULO DO RECÔNCAVO BAIANO MACHADO, ADRIANO; SOUZA, JOSIARA; MELO, ZIMALDO; NOGUEIRA,YASMIN; SENA, VANEIDE.

1. RESUMO Esta pesquisa tem como objetivo apontar e analisar referências, tanto históricas quanto vernaculares1, do Recôncavo Baiano como fonte para criação de elementos gráficos e tipográficos, reproduzidos por meios digitais, além de identificar o que já foi criado com estas matrizes, com o propósito do registro histórico, colaborando desta forma, com a preservação da cultura gráfica desta região. Palavras-chave: Artes gráficas, Recôncavo Baiano, impressão, tipografia, vernáculo gráfico, design gráfico.

2. ABSTRACT This research aims to point out and analyze references, both historical and vernaculares of Recôncavo as a source for creating graphics and typographic reproduced digitally, and identify what has been created with these matrices, with the purpose of the registration history, thus collaborating with the preservation of graphic culture in this region. Keywors: Graphic arts, Recôncavo Baiano, press, tipographic, graphic vernaáculo, graphic design.

3. INTRODUÇÃO A linguagem gráfica vem através dos séculos sofrendo transformações, influenciadas por diversos fatores tanto industriais quanto culturais, a mesma medida que serve como ferramenta de transformação da sociedade. Com o surgimento dos tipos móveis em meados do século XV, a produção de livros, antes feitos a mão por escribas treinados, passa a ser feita de uma forma mecânica. Com a revolução industrial, esta mecanização se acelera e impõe cada vez mais o racionalismo à Página Impressa. O auge deste movimento acontece no design gráfico suíço entre 1 Linguagem diária por meio da qual um grupo, comunidade ou região se comunica. (AMBROSE, 2009, p. 263)

Cachoeira 2010

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os anos 30 e 40, com a máxima valorização da grade. Mas a partir do final da segunda guerra, surge um pensamento modernista no design gráfico norte-americano, e alguns designers, como Herb Lubalin, recorriam ao vernáculo gráfico, rejeitado pelos racionalistas suíços, com desenhos mais floreados e decorativos.2 A partir dos anos 80, as novas ferramentas digitais geram uma popularização do design gráfico, tornando possível a qualquer pessoa realizar o trabalho que antes era feito por profissionais qualificados. Por outro lado, os designers se interessam cada vez mais pela linguagem vernacular, o que junto com estes novos poderes digitais geram uma desconstrução total da página impressa, tornado-a até um tanto ilegível. Atualmente este interesse nas fontes dos vernáculos regionais no Brasil é percebido na consulta em sites mundiais e nacionais, especializados em tipografia como o www.myfonts.com e www.fontespopulares.com.br. Encontram-se muitas fontes brasileiras históricas e vernaculares, como a famosa Olho de Boi, do designer e skatista paulista Billy Argel, que é inspirada no primeiro selo postal brasileiro ou a Zabumba, da designer pernambucana Fátima Finizola, uma família tipográfica inspirada na arquitetura e no folclore de Recife e a Bonocô do designer soteropolitano Fernando PJ, baseada em fontes fotografadas por ele nas avenidas de vale de Salvador. Também estão disponíveis na internet diversos artigos acadêmicos que analisam o vernáculo gráfico brasileiro.

3.1. Delimitação do tema É notável, no entanto, a ausência de qualquer exemplo deste tipo de design vernacular proveniente da região do Recôncavo Baiano em publicações, artigos acadêmicos ou sites especializados. Conhecida por sua cultura e tradição, com influências de diversas origens e nacionalidades, provavelmente seria possível encontrar referências populares para as artes gráficas, um dos mais importantes meio de expansão da cultura humana, nesta região. Então surgem as questões: como as artes gráficas se inserem e contribuem na cultura do Recôncavo e onde se encontram fontes vernaculares, na região, que possam ser utilizados como referências gráficas?

3.2. Hipótese Como resposta plausível e provisória para o tema desta pesquisa, que poderá ser confirmada ou refutada com o desenvolvimento da mesma, elaboramos a seguinte hipótese: Como em todos os exemplos de fontes vernaculares para o design gráfico, é possível encontrar nas cidades do Recôncavo Baiano, referências nos letreiros e cartazes produzidos por letristas de formação prática, nos grafites, nas placas e na arquitetura local, que criam um estilo próprio da região, e que pode ser apropriado pelas artes gráficas. Neste vernáculo regional, o trabalho de artistas gráficos locais e a presença de fornecedores e produtos gráficos na região mostram a importância cultural das artes gráficas para o Recôncavo Baiano.”

3.3. Justificativa Ficou claro para nós, durante o decorrer desta pesquisa, a importância dada atualmente, neste período, que já se distancia classificado por alguns estudiosos como a pós-modernidade, onde todas as linguagens tendem a coexistir e até a mesclarem-se, a linguagem visual de origem vernácula. Muitos profissionais e escritórios de design se dedicam atualmente ao registro destas características gráficas despojadas de academismo. Por outro lado, a linguagem publicitária busca a identificação do produto anunciado com o publico alvo aproximando-se da linguagem popular, do dia-a-dia de um consumidor que é bombardeado todo o tempo por informações originarias das mais diversas fontes. Além de fazer uma analise do segmento das artes gráficas, um dos caminhos naturais para estudantes de artes visuais, tentamos apontar neste trabalho, linhas de pesquisas que podem ser desenvolvidas a partir desta primeira turma do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, no sentido da preservação da cultura gráfica do Recôncavo Baiano, com o registro, ainda inexistente, do vernáculo desta região.

3.4. Metodologia de pesquisa Por se tratar de um assunto de grande extensão, com mais de quinhentos anos de desenvolvimento 2

CADERNOS DE TIPOGRAFIA, 2008, p. 21

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e um grande número de publicações sobre o assunto, buscamos na pesquisa, delimitar o tema de forma a posicioná-lo dentro do contexto sócio-cultural do Recôncavo. Inicialmente, a partir do levantamento bibliográfico, traçamos um breve histórico das artes gráficas e de seus elementos e suas definições. Após termos determinado os elementos a serem analisados, foi realizada uma pesquisa de campo, com levantamento fotográfico na cidade de Cachoeira de possíveis exemplos de design vernacular e a identificação de seus autores. Nesta etapa conseguimos o telefone do Sr. Luiz Macedo, letrista formado na região com o qual foi realizada entrevista não padronizada citada neste trabalho. Foi feito, também, contato com o design Billy Argel, autor da tipologia Olho de Boi, de origem vernacular. Este trabalho está, portanto, dividido em três partes sendo a primeira para definir as artes gráficas e seus elementos, a segunda para estabelecer os elos entre as artes gráficas e o Recôncavo e a terceira para identificar as fontes vernaculares regionais. Segue ainda um apêndice de imagens da pesquisa.

4. ALEM DO PAPEL EM BRANCO O termo “Artes Gráficas” traz uma dualidade, podendo ter dois significados distintos. Se refere tanto ao processo de reprodução de impressos, quanto à técnica de transmissão de idéias através das artes visuais. A reprodução de impressos envolve uma série de processos artesanais ou industriais, que a partir da criação da prensa e do tipo móvel proporcionaram um meio de propagação de conhecimento de baixo custo, pois a partir de uma matriz consegue-se um número indeterminado de cópias. Estes processos são constantemente modernizados de acordo a evolução da indústria,, tornando obsoletas as velhas tecnologias. O Artista gráfico utiliza como meio de expressão de idéias, a Forma. As origens das artes gráficas retornam a pré-história da arte, e tem desde sua origem uma relação direta tanto com a propaganda quanto com a arte refinada, pois compartilham muitos dos mesmos elementos, teorias, princípios, práticas e linguagens.

4.1. Áreas do Design Gráfico O Designer Gráfico, termo que passa a identificar o artista gráfico a partir do movimento da escola de Bauhaus, tem hoje em dia, diversas possibilidades de aplicar seus conhecimentos, podendo trabalhar tanto com o meio impresso como com o digital. O leque de opções no campo profissional é tão grande e variado que o designer iniciante tem a oportunidade de experimentar diferentes caminhos até encontrar a melhor maneira de empregar seu talento e capacidade3.

A atividade que mais identifica o Designer Gráfico (por conta da ancestralidade de tempos remotos, quando eram criados sinais de identidade para famílias, clãs, regiões e nações) é a indentidade corporativa. Segundo Alexandre Wolner, representante da escola de Ulm no design brasileiro: comunicação visual vem a ser a criação e estruturação de códigos visuais básicos – sinal, cor e tipografia padronizados – que serão aplicados na indetificação de uma empresa ou instituição, utilizando meios apropriados tais como papéis administrativos, folhetos, sinalização, frota de veículos [...] É através deste conjunto que uma empresa ou instituição se indetifica visualmente4

Alem desta, a tipografia digital, que envolve o desenho de letras em computador, mas procura referência de fontes históricas, passando pelas publicações institucionais e o design editorial, os projetos de embalagens e matérias promocionais, gravura e ilustração, o design ambiental, que pode ser de sinalização ou de ambientação, até a mídia eletrônica, que é a frente de expansão do trabalho do designer, e envolve meios digitais interativos como a web, autoração de DVD, vídeo games, etc.

3 ADG 4

BRASIL, 2003, p. 27 WOLNER, A. 2006

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4.2. Breve história da escrita Desde antes do aparecimento da escrita, as sociedades primitivas se valiam de símbolos e signos que marcam o início da comunicação visual. Até o surgimento da cultura impressa, as línguas européias não oficiais como o Latim e o Grego, consideradas eruditas, eram tidas como línguas vernáculas. As próprias línguas oficias eram reproduzidas por escribas através de um trabalho manual, que com o decorrer do tempo, também, gerou uma série de diferentes grafias regionais. Estas diferenças regionais do padrão da escrita geraram uma certa confusão que foi só solucionada com um édito de Carlos Magno do ano de 789 que normatizou a escrita e da qual algumas de suas regras, como o desenho diferenciado das maiúsculas e minúsculas, e o uso do espaço em branco entre as palavras, são utilizadas até hoje5. A origem das palavras está nos gestos do corpo. As primeiras fontes foram moldadas diretamente sobre as formas da caligrafia. No entanto elas não são gestos corporais, mas imagens manufaturadas para repetição infinita. A história da tipografia reflete uma tensão contínua entre a mão e a máquina, o orgânico e o geométrico, o corpo humano e o sistema abstrato. Essas tensões, que marcam o nascimento da letra impressa a mais de quinhentos anos, continuam a energizar a tipografia hoje.6

A tipologia é um dos elementos da página impressa, que juntos com os demais elementos gráficos dão corpo ao layout da página.

4.3. Invenção do tipo móvel Facilitando a confecção dos livros, os chineses foram os primeiros a confeccionar tipos móveis, aplicando a técnica da xilogravura. As letras eram moldadas separadamente e unidas formavam uma matriz com o texto desejado. Aplicando tinta sobre o relevo das letras e pressionando o papel na superfície, se obtinha as cópias. Este método, embora muito primitivo, tinha já os três processos principais da tipografia: os tipos móveis, a composição e a impressão. No início do século XV, os tipos móveis, inventados por Johannes Gutemberg, revolucionaram a escrita no ocidente, permitindo, ao contrário dos escribas que produziam manualmente livros e documentos, a produção em massa. Os tipos móveis, inventados por Johannes Gutenberg na Alemanha no início do século XV, revolucionaram a escrita no Ocidente. Ao contrário dos escribas, que fabricavam livros e documentos a mão, a impressão com tipos permitia a produção de massa. Grandes quantidades de letras podiam ser fundidas a partir de um molde e concatenadas em “formas”. Depois que as páginas eram revisadas, corrigidas e impressas, as letras eram dispensadas em caixas subdivididas para reutilização 7.

Gutenberg conseguiu, com seu invento, suprir a crescente necessidade por conhecimento da Europa rumo ao Renascimento, esta impressão tinha grande qualidade técnica e pelo baixo custo, barateou o livro, ajudando na comunicação, o que favoreceu o surgimento das primeiras imprensas.

4.4. Seção Áurea O grande desafio do artista gráfico sempre foi o de encarar o espaço em branco de uma página e preenchê-lo de forma coerente. De forma similar ao arquiteto, que trabalha com tamanhos de edifícios e salas que podem assumir qualquer formato, os escribas e tipógrafos perceberam que alguns destes tamanhos e proporções são mais agradáveis que outras, e algumas tem características bem específicas. Muitas delas derivam de figuras geométricas simples como triângulos equilátero, o quadrado, o pentágono, o hexágono e o octógono regulares. esta formas são notáveis na natureza e agradam a pessoas de séculos e países completamente distintos. Há muitas razões numéricas simples, vários tamanhos industriais padronizados e diversas proporções que envolvem quatro números irracionais importantes na analise de estruturas e processos naturais. São eles: π =3,14159... que equivale ao perímetro de um círculo cujo diâmetro é igual a 1; √2=1,41421..., que é diagonal de um quadrado de lado igual a um; e=2,71818..., que é a base dos logaritmos naturais; e ϕ = 1,61803..., número da extrema razão encontrada do retângulo áureo. 5

NIEMAYER, L. 2006, p. 19 LUPTON, 2006, p. 13 7 LUPTON, 2006, p. 13 6

55 Algumas dessas proporções estão no corpo humano, outras nas notas musicais. A seção áurea é a divisão de uma linha em duas partes diferentes, onde a menor está para a maior assim como a maior está para o todo. Esta proporção tem sido aplicada desde a Grécia Antiga e tem estado presente desde então em quase todos os esforços em criar sistemas de designer e estrutura de diagrama. Podemos definir esta proporção pela equação a:b=b:(a+b). Na linguagem da álgebra, essa razão é 1: ϕ =1: (1+ √5):2. Segundo o termo dessa razão, ϕ (a letra grega phi) é um número com várias propriedades raras. Se somado 1 a ϕ, será obtido seu quadrado (ϕ x ϕ). Se subtrair 1 de ϕ, obtêm-se sua recíproca (1/ ϕ). E se multiplicar indefinidamente por ele mesmo obterá um a série infinita feita de uma única proporção, que é 1: ϕ. Se procurarmos uma aproximação numérica desta razão, iremos encontrá-la em uma sequência numérica chamada série de Fibonacci, em referência a Leonardo Fibonacci, um matemático do século 13 que identificou esta série no crescimento demográfico. Ele se questionou sobre o que acontecerá se tudo procriar e nada morrer. A resposta é uma espiral logarítmica de crescimento, expressa em uma série de números inteiros que toma a seguinte forma: 0 · 1 · 1 · 2 · 3 · 5 · 8 · 13 · 21 · 34 · 55 · 89 · 144 · 133 · 377 · 610 · 987 · 1.597 ... Aqui, depois dos dois primeiros termos, cada termo é a soma dos dois termos precedentes e quanto mais prosseguirmos, mais perto chegaremos de uma aproximação precisa do número ϕ, que é 1.618.8

Está é a formula utilizada como média e extrema razão utilizada para dividir de forma harmoniosa duas unidades desiguais, e dela podemos ter um parâmetro de analise da Página Impressa. Interessante notar quê dês dos tempos dos pitagóricos 9, estas propriedades excepcionais dos números irracionais, são mantidos em sigilo, apenas intelectuais tem acesso a eles 10. De forma que a maioria das pessoas não entende que a raiz quadrada de dois, lembrando que um não tem raiz, é derivada da diagonal do quadrado, como o próprio nome diz.

4.5. A gramática do design Para uma mensagem gráfica ser interpretada por milhares de pessoas é necessária a utilização de uma linguagem técnica, inteligível por todos, sem contudo descaracterizar sua criação. A gramática desta técnica chama-se “Grid”. Isto significa projetar qualquer trabalho gráfico dentro de uma estrutura. Apesar de considerada por muitos uma técnica rígida, que teve o seu estágio mais desenvolvido no design racionalista suíço, é uma técnica que dá um paramento básico para tornar a diagramação mais rica. Como exemplos de pensamentos voltados para o grid, Wolner cita: Leonardo da Vinci, Dürer, Galileu, Copérnico, Guttemberg, Einstein, Le Corbusier e Norbet Wiener. Este conceito é abrangido pela física quântica, gestalt, behaviorismo e arte concreta11 .

4.6. A psicologia da forma Gestalt, uma escola de psicologia experimental, influencicou na forma. O movimento gestalt atuou principalmente no campo da teoria da forma com contribuição relevante aos estudos da percepção, linguagem, inteligência, aprendizagem,memória,motivação, etc. A teoria do gestalt, extraída de uma rigorosa experimentação, vai sugerir uma resposta ao porque de umas formas a gradarem mais que as outras 12.

4.7. A evolução do processo gráfico Um grande impulsor no desenvolvimento do design gráfico foi a Revolução Industrial, pois fez surgir as fábricas e a economia de mercado, com isso um grande número de pessoas se deslocou às cidades para trabalhar, aumentaram as indústrias e surgiu a concorrência entre elas. O resultado disso é o desenvolvimento da arte gráfica para fins comerciais. A publicidade se encarregou de mostrar aos consumidores mensagens específicas que os convencessem da qualidade do produto 8 BRINGHURST,

R. 2005, p. 171 DOCCZI, G. 2003. P. 5 10 SAGAN, C. Cosmo, 1980. 11 DENSER, M.; MARANI, M. 2006 12 GOMES FILHO, J. 2006, p. 14 9

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a fim de vendê-lo. Com esta nova intenção, houve o desenvolvimento do design gráfico e dos suportes de comunicação. Os trabalhos passam a ter muitas imagens para chamar a atenção, atentando para a harmonia entre cores e textos, para que a mensagem transmitida além de bela seja efetiva, neste processo muitos profissionais se dedicaram ao desenvolvimento destas técnicas, os designers gráficos. O surgimento dos computadores revolucionou mais uma vez o processo gráfico, as máquinas a princípio eram destinadas a um pequeno grupo reduzido de técnicos e especialistas,mas aos poucos foram ganhando popularidade. Hoje com o fácil acesso que se tem a um computador, pessoas com um mínimo de conhecimento em informática realizam a produção gráfica. Isto contribuiu para o surgimento de profissionais desqualificados para a execução de um projeto gráfico eficiente, o qual apresenta qualidade na aparência estética, praticidade de manuseio e conteúdo específico de cada característica do impresso em questão.

4.8. Os movimentos artísticos que influenciaram os artistas gráficos Modernos O desenvolvimento do Design moderno não seguiu uma progressão simplesé formado por influências e movimentos artísticos. A fonte mais comumente apontada como a origem da arte gráfica é o Cubismo iniciado por Pablo Picasso e Georges Braque, caracterizado pela rejeição do ponto de vista único. O movimento cubista estava relacionado apenas coma pintura e escultura, mas em composição com o Dadaísmo e o Futurismo, os estilo começaram a disseminar-se das artes mais nobres para outras áreas do design. O movimento Art Nouveau foi importante para o artista gráfico por sua influência na criação de formatos de letras e de marcas comerciais. O futurismo é mais importante por sua construção à arte do que para o design gráfico. O Dadaísmo derrubou toda a estrutura da representação racional. Influiu de duas maneiras: ajudou a libertar das restrições retilíneas e reforçou a idéia cubista do uso da letra em si mesma como uma experiência visual. O Surrealismo com sua relação com as reações emocionais e os estímulos do inconsciente teve influência particularmente decisiva na comunicação visual e na ilustração contemporânea. A Art Déco abandonou as curvaturas livres e a espontaneidade em favor de uma arte mais ordenada geometricamente. Na década de 20 os designers do De Stijil e Bauhaus formularam juntos as ideias do design moderno. De Stijil começou a alterar o aspecto da página impressa. As primeiras criações tipográficas do movimento Bauhaus parecem ser diretamente derivados dos modelos estabelecidos neste movimento. Bauhaus, menos que um movimento, foi um centro de estudos que reuniu em uma escola dedicada a testar novas concepções artísticas. Da Bauhaus derivou outra importante escola de design do século XX, a escola de Ulm, que tem Alexandre Wolner, um dos mais importantes nomes do design nacional, como seu representante. Não tinha um corpo docente, que dentre outros contava com Max Bill, Johannes Itten e Josef Albers. Seu método tendia mais para a estética do que para a técnica, o que levou a cisões. Max bill saiu em 1957, um adepto da estética dizia: “Design é arte”. Já tomas Maldonado tinha outro conceito: “Design não é arte, esta é só um complemento, existe enquanto resultado. O design tem que renovar, ser criativo e mudar o comportamento das pessoas”. Uma escola de design voltada para a ciência e tecnologia, que contou ainda em seus quadros com Nobert Wiener, o pai do computador e pessoal do serviço secreto americano.

4.9. A revolução digital O surgimento da tecnologia digital dos computadores nos anos 60,favorece a evolução dos processos de produção gráfica. Os primeiros processos a se beneficiarem desta nova tecnologia foram a composição de textos e a separação de cores com sistemas como o CEPS (Color Eletronic Prepress Process / Sistema eletrônicos de Pré-Impressão em Cores), que integravam as operações de pré-impressão tais como separação e correção de cores, retoques e outras modificações de imagens, arte final e imposição de páginas. Nos anos 80 o surgimento de quatro tecnologias mudam definitivamente o fluxo de trabalho em produção gráfica, eliminado várias etapas do sistema convencional, foram elas: o computador Macintosh, que foi o primeiro computador que tornou a composição tipográfica uma parte integrante de seu sistema operacional; a impressora Apple Laser Writer, que trouxe precisão para os

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impressos de artes produzidas em computador; a linguagem de descrição de página PostScript da Adobe, e programa Aldus PageMaker. Estas quatro tecnologias ajudaram a cunhar o termo Desk Top Publish (Editoração no Topo da Mesa) que redefiniu a profissão de designer gráfico. Esta modernização da indústria gráfica gerou uma popularização da profissão de design gráfico e algumas dificuldades para o profissional, que passou a sofrer concorrência de profissionais oriundos de outras áreas. Para a Associação dos Designers Gráficos do Brasil: Há alguns anos, umas de nossas dificuldades como designers era explicar para nossas mães o que nós exatamente fazíamos. Nos Estados Unidos, em 1995, a situação já era outra. Tanto que a revista Print chegou a dizer na época que as mães não só sabiam o que os filhos designers faziam para viver, como também possuíam todo o equipamento, softwares e clip arts disponíveis, e achavam que podiam fazer a mesma coisa mais rápido e mais barato do que eles.13

4.10.Analogia dos processos convencionais e digitais Essas tecnologias procuraram a principio, simular o ambiente de trabalho que os profissionais estavam habituados a desenvolver suas tarefas. Os programas traziam em sua interface um ambiente familiar ao designer, imitando todas as ferramentas disponíveis em uma prancheta, onde os trabalhos eram desenvolvidos anteriormente. Isso foi crucial para que os profissionais tivessem uma adaptação de forma mais suave possível. Por outro lado, gerou uma crise existencial para os profissionais menos adaptados as novas ferramentas, que alem disto, tiveram que disputar mercado com um contigente de mão-de-obra, muitas vezes oriundos de outras áreas, mais barata e mais produtiva, mas com um olhar menos apurado.

4.11.Benefícios e prejuízos da modernização Desde a invenção da prensa por Gutenberg a meados do século XX, a maioria das letras ocidentais, desenhadas a partir das romanas, tem sido impressas com uma técnica tridimensional baseada na escultura, onde uma letra era entalhada na ponta de uma punção de aço, depois golpeada numa matriz de metal mais macio, esta matriz é ajustada em um molde e o tipo é moldado em uma liga de chumbo, estanho e antimónio. Estas letras são montadas e travadas em uma moldura e ajustada em uma prensa que é entintada e impressa por pressão sobre o papel. Este processo dava uma característica, além de visual, tátil a página impressa. Esse aspecto de baixo relevo, era apreciado por muitos tipógrafos renascentistas. Mas os impressores neoclássicos e românticos tinham outra visão. “Na Falta de outro método, Baskerville imprimia suas folhas com uma prensa tipográfica, mas passava a ferro como se fossem roupa amassada para tirar o pouco de escultura que que lhe restava” 14. O surgimento da litografia no final do século XVIII marca o retorno definitivo ao mundo bidimensional dos escribas medievais e “desde meados do século XX a maioria dos impressos comerciais tem sido feita por meios bidimensionais” 15. Inicialmente a composição para impressão em offset ainda era feita em maquinas Linotype ou Monotype, porém as provas eram recortadas, coladas e fotografadas para a obtenção da chapa de impressão. O trabalho do designer de tipos foi alterado neste processo. As letras que tinham sido feitas para o processo tridimensional não tinham a mesma força quando impressas bidimensionalmente e as letras geométricas, onde se destaca o trabalho do desenhista em vez do escultor e as letras são gestuais com forte influência da tradição dos escribas. Ocorreu durante todo o século XX, um resgate histórico das gravações clássicas de fontes romanas, com a criação de famílias tipográficas a partir de fontes renascentistas independentes, com a combinação de romanas e itálicas similares mesmo que feitas por diferentes designers, e famílias criadas a partir de inspiração histórica. Por fim, a introdução das ferramentas digitais eliminou várias etapas do chamado fluxo de trabalho gráfico, dando ao designer a autonomia na composição de texto. Isso tornou o trabalho mais limpo, já que a arte final em past-up foi substituída pela arte final em arquivo digital, eliminando o uso de tinta, cola e overlayers para indicação de cores e substituições. 13 ADG

BRASIL, 2003, p. 11 BRINGHUST, 2005, p. 154 15 BRINGHUST, 2005, p. 154 14

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Por outro lado estas mesmas ferramentas ajudaram na proliferação da tipografia digital com o surgimento de novas companhias e pela digitalização dos acervos das grandes fundições tipográficas, o que possibilitou ajustes que corrigiram as falhas presentes nas antigas cópias fotográficas de originais em Linotype ou Monotype.

4.12. Convergência das técnicas O processo de evolução digital modificou totalmente a maneira como o homem produz. A inserção das ferramentas digitais nos processos de produção gráfica caracterizou um avanço por tornar os métodos de criação e impressão mais rápidos, revelou diversas novas possibilidades de criação, além do nascimento de uma nova interface: as plataformas multimídias, como websites para internet e outros veículos que ampliaram o campo de atuação do profissional que antes trabalhava somente para material impresso. No entanto, as técnicas primordiais de criação, como os métodos de composição visual que eram impostas no papel continuaram a ser utilizadas na criação para a internet, assim como a preocupação na diagramação e montagem de peça gráfica para ser impressa, segue os mesmos princípios de observação da fonte, espaçamento margens, etc. No ramo do Design Gráfico, profissionais falam em marginalização do trabalho artístico graças ao computador que permite a qualquer um, mesmo sem formação técnica, utilizar uma ferramenta de criação e editoração gráfica. As escolas precursoras no estudo da produção gráfica seguiam o Racionalismo marcado por um rigor técnico e funcional, voltavam o aprendizado para a industrialização. Essas regras são utilizadas ainda hoje pelos profissionais gráficos. As ferramentas digitais possuem agora a mesma função das manuais, reproduzem a idéia do profissional que concebeu o layout da peça gráfica. No processo de impressão, a postura dos profissionais foi modificada, o advento da impressão offset, substituiu a impressão tipográfica, devido a uma necessidade do mercado que pede mais velocidade na entrega das impressões e melhor qualidade e maior diversificação nos métodos de impressão.

4.13. Fontes de Referência para as artes gráficas É notável, pela profusão de linguagens utilizadas, a diversidade de fontes de referência utilizadas nas artes gráficas como o cinema ou a fotografia, mais ainda a grande influencias da linguagem vernácula. Pode-se comprovar isto tanto na consulta de fontes especializadas, como sites de tipografia, quanto na observação de cartazes em um estabelecimento de rua.

5. AS ARTES GRÁFICAS NO RECÔNCAVO BAIANO .A história das artes gráficas na Bahia ainda é pouco documentada, como indicam Marcelo e Cybelle de Ipanema em seu trabalho “A tipografia na Bahia: documentos do empresário Silva Serva”, que analisa os primeiros passos da tipografia na Bahia através de documentos do empresário que implantou a segunda tipografia do Brasil na cidade de Salvador. No Recôncavo Baiano, o Alemão Hansen Bahia desenvolveu um intenso trabalho de xilogravura, uma herança das artes gráficas de sua terra natal.

5.1. A industria gráfica no Recôncavo Baiano Foram mapeadas por telefone empresas gráficas no Recôncavo Baiano, uma média de 35 gráficas e editoras nas principais cidades (Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus e Valença). As gráficas de Valença utilizam máquinas offset, apenas uma também utiliza a máquina tipográfica em ocasiões especificas. Segundo os gráficos, devido a velocidade das encomendas feitas por seus clientes, a máquina offset se adaptou ao mercado e o mercado adaptou-se a ela, que devido a velocidade de impressão, reduz o trabalho permitindo entrega das impressões em até 24 horas. Em Santo Antônio de Jesus as gráficas seguem o mesmo padrão utilizando máquinas offset semiautomáticas e segundo depoimento de um dos gráficos: “A utilização de máquinas tipográficas estão obsoletas na cidade devido ao demorado e trabalhoso processo de ordenação dos tipos e a própria impressão. Além do que o processo offset vai se modernizando constantemente para suprir a exigência do mercado atual onde a impressão não

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pode demorar muito tempo para ser feita.” Cruz das Almas, as gráficas utilizam offset pelos mesmos motivos, o que mostra que o Recôncavo se modernizou e segue o padrão do mercado gráfico onde é a velocidade da entrega quem manda, um reflexo do modelo de comunicação atual onde o conteúdo das informações precisam ser divulgados o mais rápido possível. O modelo de maquina offset predominante é a Grafo Press e a Cartoplana semi-automática. As diversas áreas das Artes Gráficas continuam sendo baseadas nas idéias e conceitos cunhados desde o início da normatização dos processos gráficos, as convenções básicas são aplicadas atualmente através do meio digital.

5.2. Letristas do Recôncavo Foi realizada entrevista com o principal letrista da cidade de cachoeira, Luiz Macêdo, que assina por Look, onde foi questionado como ocorreu a sua aprendizagem. Segundo Macêdo, sua apredizagem inciou-se cedo, a partir dos 10 anos de idade, como assistente de letristas da região. Ele teve a oportunidade de trabalhar com diversos profissionais que dominavam diferentes técnicas. O fato de ter aprendido diversas técnicas, para Macêdo, foi decisivo para seu crescimento profissional, tendo a oportunidade inclusive de trabalhar com empresas de marketing político, tanto na capital quando na região do recôncavo. Este contato com profissionais de marketing e propaganda fez com que seu trabalho se aperfeiçoasse ainda mais. A princípio ele utilizava as letras que aprendeu com os letristas da região, que ele percebia ter incorreções, depois com o trabalho em campanhas políticas ele aperfeiçoou-se nas letras não serifadas utilizadas pelos marketeiros. Hoje em dia com o uso do Corel Draw, que ele começou a usar na versão 9, tem maior capacidade de interferir na tipologia.

5.3. Hansen Bahia Gravador, escultor, pintor, ilustrador, poeta, escritor, cineasta e professor, definiu cedo sua predileção pela xilogravura, arte de tradição secular e a mais antiga de todas as técnicas gráficas na Alemanha. Nasceu em Hamburgo em 19 de abril de 1915, Karl Heinz Hansen criou seus primeiros trabalhos artísticos no início dos anos 40. Vivenciou os horrores da II Guerra Mundial, realizou uma série de exposições, roteiros de filmes antibélicos e livros infantis com mensagens de esperança. Teve a oportunidade ainda de vivenciar o Expressionismo, movimento artístico revolucionário plenamente desenvlvido em sua terra natal, se tornando um artista com bastante experiência, a ponto de expor no Museu de Arte de São Paulo quando chegou no Brasil em 1950. Em São Paulo teve o seu primeiro emprego como decorador na Companhia Melhoramentos, desenvolveu criativamente uma série de xilogravuras até o ano de 1955. Neste mesmo ano veio para a Bahia expor na antiga galeria Oxumaré e acabou se apaixonando pela temática baiana, o que fez com que ele abandonasse tudo em São Paulo. Vindo morar em Salvador, naturalizou-se e adotou a Bahia, também, como seu nome de batismo. A Bahia se torna seu porto seguro e sua fonte de inspiração e ele passa a ser conhecido por Hansen Bahia. A empatia com essa terra “singular”, diferente de todo o resto do pais é tão grande que se transforma em uma exposição visitada em toda a Europa entre 58 e 59, chamada A Bahia de Hansen. Essa integração de Hansen com cultura baiana se intensifica cada vez mais e ele produz, em 67 o álbum de gravuras intitulado Via Crucis do Alemão e Brasileiro, lançado em 67, com texto de Jorge Amado e dedicado a Mãe Senhora, yalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá nas décadas de 50 e 60, um dos mais tradicionais terreiros de candomblé da Bahia. “Tudo o que sei e o que sou devo à Bahia”, disse o artista, sem hesitação. Faleceu no dia 14 de junho em São Paulo, aos 63 anos. Neste mesmo ano é fundado o Museu Hansen Bahia na cidade de Cachoeira. O nome Hansen Bahia figura em quase todos os dicionários de arte europeus, é verbete da Enciclopédia Delta Larousse e do Dicionário de Artes Plásticas do Brasil, de Roberto Pontual, dentre outras prestigiadas publicações. Da produção editorial de sua própria autoria constam nada menos que 36 livros, dois deles tendo recebido o Prémio do Livro Alemão. E se, como disse o próprio artista que tudo deve à Bahia, mais certo ainda é que a Bahia lhe deve muita admiração, deferência e respeito. Apesar de dominar várias técnicas artísticas, Hansen se dedica a xilogravura, arte descendente da

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tradição germânica iniciada por Guntenberg. Sengudo ele: “Arte antiga, a xilogravura presta-se maravilhosamente à expressão das idéias modernas”. Sua dedicação as artes gráficas o leva a Organizar escola de xilogravura e lecionar em Addis Abeba (Etiópia), montar ateliê de gravura em castelo medieval na fronteira austro-alemã e ensinar artes gráficas na Escola de Belas Artes da UFBA. O Museu Hansen Bahia foi inaugurado no dia 19 de abril de 1978, dois anos após o generoso gesto de Hansen Bahia de doar seu acervo e criar a Fundação Hansen Bahia que possui aproximadamente 12 mil peças do artista alemão, mil de Ilse Hansen, além de muitas outras assinadas por outros artistas. No total, são mais de 13 mil obras de arte.

5.4. Referências do Vernáculo no Recôncavo Arquitetônicas - Observando a arquitetura da cidade de Cachoeira, percebem-se diversos elementos ornamentais que remetem as artes gráficas, como molduras, arabescos, florais, azulejos, parapeitos e gradiados. Estes elementos constituem uma fonte comumente utilizada por artistas gráficos em diversas épocas. Tipográficas - Visitando o mercado municipal de Cachoeira, encontram-se diversos letreiros de estabelecimentos comerciais feitos a mão. Percebe-se claramente um estilo local, ou até pessoal, devido a boa parte deste letreiros serem de autoria de um único artista, com o qual foi feita entrevista anterior. Este estilo local estabelece um vernáculo local, o qual não foi ainda documentado. Produtos - As embalagens dos produtos da indústria de charutos Dannemann são um bom exemplo da aplicação das artes gráficas. Com embalagens de luxo e de acabamento manual que são produzidos tanto na Bahia quanto na Alemanha.

6. CONCLUSÃO Ao tentarmos definir os conceitos de Artes Gráficas e buscar os aspectos marcantes dessa manifestação no recôncavo baiano, nos deparamos com questionamentos que fazem parte da sociedade atual: o vínculo com os meios digitais, a necessidade do computador nas diversas áreas de conhecimento humano e em contraponto identificamos a importância da ação humana no controle dessas ferramentas que parecem tão autônomas. Entendemos a força do design vernacular para a região do recôncavo, especialmente em Cachoeira, que possui grande pontencial artístico, evindenciado através dos artistas locais e dos que incorporaram sua cultura e produziram neste local. Observamos a produção gráfica realizada pela cidade de Cachoeira junto com sua arte vernacular e o processo de convergência dessa arte para os meios digitais. A região, não somente possui condições, mas caminha para o desenvolvimento de tipos locais. O intuito desse artigo além de catalogar o que é desenvolvido tem a intenção de iniciar um trabalho de produção em artes gráficas em Cachoeira e recôncavo baiano baseado no estudo da cultura secular local, estudando e incentivando a produção vernacular, resgatando os ícones que a definem e fomentando cada vez mais esse paradoxo de preservação e modernidade que a região contém.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRINGHURST, Robert. Elemenetos do estilo tipográfico. Versão 3.0.São Paulo:Ed Cosacnaif, 2005. LUPTON, Ellen. Pensar com tipos:guia para designers, escritores, editores e estudantes. São Paulo: Ed Cosacnaif, 2006. RIBEIRO,Milton. Planejamento visual gráfico. 8ª ed.rev. e atualizada. Brasília: LGE Editora, 2003. DOCZI, Gyorgy. O poder dos limites. Harmonia e porporções na natureza, arte e arquitetura. São Paulo: Ed Mercuryo, 1990. HURLBURT, Allen. Layout: o design da página impressa. São Paulo: Nobel, 2002. BAER,Lorenzo. Produção gráfica. São Paulo: Ed Senac, 2005 . Vários autores. O valor do design: guia ADG Brasil de prática profissional do design gráfico. São Paulo: Ed Senac, 2004. SOUZA, Rafael. Diagramação: O planejamento visual gráfico na comunicação impressa. São Paulo: Ed Summus, 1985. NIEMEYER, Lucy. Tipografia: uma apresentação. 4ª ed. Rio de Janeiro: Ed 2AB, 2006. GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual. São Paulo: Escrituras editora e distribuidora de livros Ltda. 2006. IPANEMA, Marcelo; IPANEMA, Cybelle. A tipografia na Bahia: Documentos sobre suas origens e o empresário Silva Serva, 2ª ed. Salvador: EDUFBA, 2010.

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8. APENDICE

A0

A2

A1

Fig. 01) Raiz quadrada de dois 18

0,6 36 2,2

√5=

A3

1

18

A4

1

0,6

A5

A6 A7

Fig. 02) Formato internacional ISO (raiz de )

A

C

1,236

0,764

B

2

1,236 : 0,764 = 1,61780104712... 2 : 1,236 = 1,618122977346...

Fig. 03

(√5 + 1) φ = ——— 2

Fig. 04) Formula, traçado e espiral logaritimica do retangulo aureo

8 13 2

1 1 5

3

A

C

B

1313

Figuras 05, 06, 07, 08 e 09) Analíse da obra de Hansen Bahia segundo a divina proporção

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Figuras 10, 11 12) Fachada e detalhe de estabelicimento comercial com molduras para sinalização

fIG. 13) Detalhe Arquitetônico

Figuras 14 e 15) Placas de rua em Cachoeira

Figuras 14 e 15) Placa comemorativa

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Fig. 17) Fachada do mercado municipal de Cachoeira restaurada por pedreiro

Figuras 16) Fachada do mercado municipal de Cachoeira restaurada por Luiz Look

Figuras 18 e 19) Letreiros do letrista cachoeirense Luiz Look

Fig. 20) Letras vernaculares do mercado municipal de Cachoeira

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