Artigo Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil Analysis of ethnobotanical publications on medicinal plants of the forest Atlantic in the South of Bahia, Brazil

May 26, 2017 | Autor: Estelio Gomberg | Categoria: Etnobotánica, Mata Atlantica, Fitoterapia, Povos E Comunidades Tradicionais
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Submissão: 06/05/2016 Aceite: 26/07/2016 Publicação: 01/12/2016

ETNOBOTÂNICA DOI 10.5935/2446-4775.20160010

Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil Analysis of ethnobotanical publications on medicinal plants of the forest Atlantic in the South of Bahia, Brazil 1GOMEZ,

Marcella*; 2ROCHA, Emerson Antônio; 2GOMBERG, Estélio.

1

Universidade do Estado da Bahia, Campus VIII, Paulo Afonso, BA, Brasil.

2

Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC, Ilhéus, BA, Brasil.

*Correspondência: [email protected]

Resumo As populações humanas que ocupam florestas tropicais convivem com grande diversidade biológica e de seu repertório cultural destacam-se as práticas relacionadas ao uso popular de plantas para fins medicinais. O objetivo deste trabalho foi traçar um panorama sobre o uso de plantas medicinais por populações tradicionais da Mata Atlântica no estado da Bahia, Nordeste do Brasil, buscando valorizar o potencial etnofarmacológico local e contribuir para novas pesquisas fitoterápicas. Para isso foi realizado um levantamento bibliográfico documental em repositórios virtuais sobre os estudos etnobotânicos já realizados, sobre o uso de plantas medicinais na cura e tratamento de doenças por comunidades tradicionais e campesinas desta região. Foram encontradas 21 referências sobre o uso de plantas medicinais por comunidades tradicionais e campesinas localizadas no estado da Bahia, das quais nove referem-se exclusivamente a Floresta Atlântica totalizando 276 espécies distribuídas em 77 famílias botânicas. A realização desse estudo permitiu a visão rápida e abrangente da produção científica envolvendo os conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas medicinais no atendimento primário a saúde e contribui para a valorização cultural associada ao desenvolvimento educacional e científico que envolve o conhecimento empírico de populações tradicionais. Palavras-chave: Medicina tradicional. Atenção à saúde. Pesquisa bibliográfica.

Abstract Human populations that occupy tropical forests coexist with great biological diversity and its cultural repertoire there are the practices related to the popular use of plants for medicinal purposes. The aim of this study was to establish an overview of the use of medicinal plants for traditional populations of the Atlantic Forest in the state of Bahia, northeastern Brazil, seeking to exploit the potential site ethnopharmacological and contribute to new

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herbal research. To this was accomplished a bibliographical and documentary survey on virtual repositories on ethnobotanical studies conducted on the use of medicinal plants in the cure and treatment of diseases by traditional and peasant communities of this region. 21 references were found on the use of medicinal plants for traditional and rural communities located in the state of Bahia, nine of which refer exclusively to the Atlantic Forest totaling 276 species in 77 plant families. The present study allowed the rapid and comprehensive overview of the scientific production involving traditional knowledge on the use of medicinal plants in primary care health and contributes to the cultural value associated with educational development and scientific involving empirical knowledge of traditional populations. Keywords: Traditional medicine. Attention to health. Bibliographical research.

medicinais (PINTO, AMOROZO e FURLAN, 2006).

Introdução Os

acelerados

transformações

As práticas relacionadas ao uso popular de plantas processos culturais

de

perdas

demonstram

e

como

é

urgente a implantação de políticas públicas que garantam o registro do saber tradicional a respeito do uso de plantas medicinais na cura e tratamento de doenças. O convívio das comunidades com o ambiente permite que a biodiversidade associada às áreas de Mata Atlântica seja utilizada para garantir a saúde e a qualidade de vida dessas comunidades, que na maioria das vezes, são historicamente excluídas pelo poder público.

Atlântica é uma variável econômica significativa para o desenvolvimento local, já que o conhecimento tradicional associado ao científico permite avaliar a das

plantas

medicinais

utilizadas

popularmente. O potencial de comercialização destes

produtos

medicinais

caseiros

(os

que

possuem eficácia farmacológica) é mais uma alternativa

econômica

e

de

valorização

dos

conhecimentos tradicionais destas comunidades.

tropicais convivem com grande diversidade biológica, de

seu

repertório

cultural,

destaca-se

o

conhecimento sobre o uso de plantas para fins

116

(MACIEL, PINTO e VEIGA-JR, 2002). Bioma com elevados índices de biodiversidade, incluindo a cultural, a Mata Atlântica possuía uma área equivalente

a

1.315.460

km2,

estendia-se

originalmente por 17 estados brasileiros nas regiões sul, sudeste e nordeste do país, leste do Paraguai e o nordeste da Argentina (TABARELLI et al., 2005; COSTA et al., 2006). Na Região Sul do Estado da

sua elevada riqueza, alto grau de endemismo (MOREIRA et al., 2002; SAMBUICHI, 2009), e por suas populações tradicionais albergarem significativas práticas e saberes, especialmente sobre a diversidade biológica local (SOUSA et al., 2007). De acordo com Moreira e colaboradores (2002), os interesses acadêmicos a respeito do conhecimento de populações tradicionais sobre o uso de plantas medicinais e de suas formas de utilização, têm crescido após a constatação e comprovação de que

As populações humanas que ocupam florestas

e

terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos

Bahia, nordeste do Brasil, este bioma se destaca por

O potencial etnofarmacológico das áreas de Mata

eficácia

medicinais simbolizam muitas vezes o único recurso

a

base

empírica

desenvolvida

por

estas

comunidades habilitam a extensão desses usos à sociedade industrializada em espaços urbanos e rurais através de várias modalidades e interesses

Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil Marcella Gomez, Emerson Antônio Rocha, Estélio Gomberg

(MAIOLI-AZEVEDO e FONSECA-KRUEL, 2007;

As informações atribuídas a cada espécie citada

MANDARINO et al., 2011).

como medicinal nas publicações foram confirmadas e/ou revistas no site do Missouri Botanical Garden

O referido trabalho buscou reunir informações

(MOBOT) e os nomes vernaculares (vulgares)

etnobotânicas sobre o uso de plantas com fins

permaneceram apresentados

medicinais

constam nos artigos originais.

e,

consequente

potencial

exatamente como

etnofarmacológico, por populações tradicionais da Mata Atlântica da Região Sul do Estado da Bahia,

As referências levantadas foram enumeradas pela

Brasil, objetivando, a partir de um levantamento

data

bibliográfico-documental em repositórios virtuais de

informações botânicas: família, espécie, indicação,

pesquisa, traçar um panorama das produções

formas de uso e parte(s) utilizada(s) de cada

bibliográficas sobre o referido tema e destacando à

espécie

necessidade de novas investigações científicas, que

científicas estão identificadas com seu respectivo

levem benefícios concretos a essas comunidades de

número

modo a contribuir para o desenvolvimento econômico

bibliográficas deste trabalho.

de

publicação

com

uso

entre

e

organizadas

medicinal.

parênteses

As

nas

com

as

publicações

referências

e soberania cultural e biológica do país.

Resultados e Discussão Material e Métodos

A partir da combinação das palavras “etnobotânicas”,

Este trabalho de pesquisa foi realizado através do

“plantas medicinais”, “mata atlântica” e “estado da

levantamento

em

Bahia” nos idiomas Português e Inglês, foram

repositórios virtuais, dos estudos etnobotânicos

encontradas 21 referências sobre o uso de plantas

sobre plantas medicinais já realizados na região de

medicinais

Mata Atlântica da Região Sul do Estado da Bahia.

campesinas localizadas no estado da Bahia. Dentre

Nesta busca foram utilizados o Google Academic;

estas referências as cidades de Ilhéus e Itabuna

ScienceDirect;

a

apresentaram destaque. De acordo com Costa e

plataforma Lattes. As palavras-chave utilizadas

colaboradores (2001) estas cidades formam um polo

foram: “Etnobotânica” e “Ethnobotany”; “Plantas

urbano desenvolvido, onde quase todos os seus

Medicinais” e “Medicinal Plants”; “Mata Atlântica”

moradores possuem alguma relação com o meio

“Atlantic Forest” e “Estado da Bahia” “State of Bahia”,

rural, uma vez que parte da renda local é ligada ao

todas combinadas entre si.

plantio de cacau.

Os trabalhos encontrados a partir da combinação das

Desse total de referências, doze são documentos

palavras citadas acima, após serem lidos, foram

que descrevem como área de estudo o Domínio

divididos em dois segmentos: Domínio Atlântico,

Atlântico, destacando-se as regiões com vegetação

considerando

de

bibliográfico-documental,

CAPES;

os

Scielo;

ecossistemas

Pubmed

e

associados,

e

por

restinga

comunidades

(ARAÚJO

e

tradicionais

LACERDA,

e

1992;

Floresta Atlântica. Para o presente trabalho foram

TONHASCA, 2005). Os documentos cuja área de

considerados os documentos que descreviam como

estudo é descrita como Mata Atlântica apresentam a

área de estudo a Floresta Atlântica, considerando a

floresta como área de uso sustentável, a exemplo dos

semelhança ecossistêmica entre as comunidades

sistemas

agroflorestais

que,

sob

a

floresta

objeto de pesquisa.

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apresentam

condições

favoráveis

ao

desenvolvimento de cacau sombreado.

espécies, somam 11,59%. A família Apiaceae e Urticaceae representam juntas 4,35%, com uma apresentando 6 espécies, enquanto as famílias

Para esta área, em todos os casos na Região Sul da

Boraginaceae e Malvaceae juntas representam

Bahia, foram encontrados sete artigos científicos,

3,62%, cada uma representada por 5 espécies. As

uma nota prévia e uma nota científica totalizando 276

famílias Anacardiaceae, Annonaceae, Crassulaceae

espécies distribuídas em 77 famílias (TABELA 1).

e Rubiaceae, com 4 espécies medicinais cada, somam 5,80%. As famílias representadas por 3

As famílias mais utilizadas para fins medicinais são Asteraceae com 25 espécies e Lamiaceae com 23 espécies de uso medicinal

(9,06% e 8,33%

respectivamente). A família Asteraceae é uma das famílias mais comumente citadas em estudos e

espécies cada uma, somam 7,61% do total de espécies medicinais da região sul baiana, são elas: família

Araceae,

Lauraceae,

Cleomaceae,

Lytraceae,

Curcubitaceae,

Melastomataceae

e

Myristicaceae.

levantamentos etnobotânicos por apresentar um grande número de plantas de uso medicinal devido

As famílias Acanthaceae, Adoxaceae, Asparagaceae,

ao fácil cultivo e acesso em áreas ruderais

Amaryllidaceae,

(FONSECA-KRUEL e PEIXOTO, 2004; AZEVEDO e

Costaceae,

SILVA, 2006; MAIOLI-AZEVEDO e FONSECA-

Loranthaceae,

KRUEL, 2007; PIRES et al., 2009). A família

Phylanthaceae,

Lamiaceae

Polygalaceae,

apresenta

diversos

representantes

Arecaceae,

Brassicaceae,

Cyperaceae,

Lecythidaceae,

Musaceae,

Oxalidaceae,

Petiveriaceae,

Plantaginaceae,

Violaceae,

Xanthorrhoeaceae

são

cultivados, os quais possuem ações farmacológicas

representadas por 2 espécies cada uma (0,72% do

devido a presença de óleos essenciais, conforme

total de espécies apresentadas) e somam 13,04%. As

afirmam Martins e colaboradores (1995); Cunha-

famílias Achariaceae, , Alismataceae, Apocynaceae,

Lima (2008) e Feijó e colaboradores (2013) sugerindo

Begoniaceae, Bixaceae, Bromeliaceae, Burceraceae,

dessa maneira, a importância dessa família botânica

Caesalpinaceae

em

Cannanceae,

tratamentos

de

cura

e

prevenção

de

enfermidades (CUNHA-LIMA et al., 2012).

Combretaceae,

Campanulaceae,

Cannabaceae,

Caprifoliaceae,

Caricaceae,

Commelinaceae,

Convolvulaceae,

Dilleniaceae, Iridaceae, Liliaceae, Malpighiaceae, A família Fabaceae lato sensu, representada por 19 espécies, representa 6,88% do total de espécies medicinais para a área de Mata Atlântica do estado da

Bahia, considerando as

nove

publicações

encontradas. A família Verbenaceae, com 12 espécies medicinais, representa 4,35%, enquanto as

Marantaceae,

Menispermaceae,

Nyctaginaceae,

Orchidaceae,

Passifloraceae, Siparunaceae,

Pedaliaceae, Simaroubaceae,

Moraceae, Papaveraceae, Rosaceae,

Smilacaceae

e

Talinaceae são representadas por 1 espécie medicinal cada (0,36% do total de espécies) e somam 11,96%.

famílias Euphorbiaceae e Poaceae, com 10 espécies medicinais, juntas representam 7,25% do total de

Entre as plantas que se destacam quanto ao número

espécies medicinais utilizadas por comunidades da

de citações referentes ao uso medicinal, estão as

região sul baiana. As famílias Myrtaceae e Rutaceae,

seguintes espécies: Chenopodium ambrosioides L.,

representadas por 9 espécies respectivamente,

citada em oito trabalhos. As espécies Vernonia

somam

condensata

6,52%,

Amaranthaceae,

enquanto

famílias

Solanaceae

Baker;

Ocimum

gratissimum

L.;

e

Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.; Eugenia

Zingiberaceae, cada uma representada por 8

uniflora L. e Lippia alba (Mill.) N.E. Br. estão

118

Piperaceae,

as

Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil Marcella Gomez, Emerson Antônio Rocha, Estélio Gomberg

referenciadas em sete dos nove trabalhos publicados

diarreia, inflamações, dores, gripe, pressão alta e

sobre a biodiversidade de plantas com uso medicinal

coceira, sendo que Cymbopogon citratus foi também

na Mata Atlântica da Região Sul do Estado da Bahia.

indicada para a queda de cabelo. A espécie Vernonia

Presentes em seis trabalhos estão às espécies:

condensata

Anacardium occidentale L.; Schinus terebinthifolius

indicações para inflamações e dores, enquanto as

Raddi; Bidens pilosa L.; Sambucus australis Cham. &

espécies Senna occidentalis (FABACEAE) e Eugenia

Schltdl; Senna occidentalis (L.) Link e Peperomia

uniflora

pellucida (L.) Kunth. As espécies Mangifera indica L.;

indicações para fins medicinais.

(ASTERACEAE),

(MYRTACEAE)

apresentou

apresentaram

seis

cinco

Cajanus cajan (L.) Huth; Plantago major L.; Scoparia Stapf.;

As espécies Ocimum gratissimum (LAMIACEAE),

Plectranthus barbatus Andrews e Ruta graveolens L.

Plectranthus barbatus (LAMIACEAE) e Aloe vera

são citadas em cinco dos nove trabalhos publicados,

(XANTHORRHOEACEAE)

enquanto as espécies Annona muricta L.; Carica

indicações, entre as quais destaca-se o uso na cura

papaya

Roscoe;

de gripe, dores no corpo, inchaços, cicatrização e no

Rhynchospora nervosa subsp. cilata T. Koyama;

caso da Aloe vera o uso para queda de cabelo.

Mentha puleguim L.; Ocimum basilicum L.; Pilea

Mangifera indica (ANACARDIACEAE) e Costus

microphylla (L.) Liebm e Aloe vera (L.) Burn. f. são

spiralis (Jacq.) Roscoe (COSTACEAE) são indicadas

citadas em quatro dos nove trabalhos etnobotânicos

respectivamente

encontrados para a área de Floresta Atlântica do

diabetes, hicterícia e hepatite. Cajanus cajan

estado da Bahia.

(FABACEAE) tem duas indicações: como vermífugo

dulcis

L.;

Cymbopogon

L.;

Costus

citratus

spiralis

(DC.)

(Jacq.)

e

para

para

pneumonia.

apresentaram

inchaço,

febre

Anacardium

quatro

e

gripe;

occidentale

A maioria das espécies citadas apresenta mais de uma

(ANACARDIACEAE) e Pilea microphylla Liebm.

indicação

(URTICACEAE) possuem apenas uma indicação

medicinal.

amboinicus

As

espécies

(LAMIACEAE)

e

Plectranthus Lippia

alba

(VERBENACEAE) apresentaram treze indicações de

cada, sendo essas respectivamente cicatrizantes e utilizadas em casos de diarreia.

uso entre as quais destacam-se o uso medicinal destas no tratamento de dores, cicatrizações e

Dentre as espécies citadas estão plantas exóticas,

inflamações.

ambrosioides

introduzidas e nativas, sendo a grande maioria

terebinthifolius

cultivada em quintais e em áreas peridomiciliares

(ANACARDIACEAE) apresentaram nove indicações

(COSTA et al., 2001; PINTO, AMOROZO e

de uso. A espécie Bidens pilosa (ASTERACEAE)

FURLAN, 2006). A relação entre comunidade e flora

apresentou oito indicações de uso com destaque para

de uso medicinal demonstra uma forte relação e

o uso medicinal no tratamento de dores e inflamações,

grande conhecimento dos humanos que habitam a

corroborando os resultados que Rodrigues e Guedes

Mata Atlântica da Região Sul do Estado da Bahia.

Chenopodium

(AMARANTHACEAE)

e

Schinus

(2006) apresentaram para o Povoado de Sapucaia, Bahia. Peperonia pelucida (PIPERACEAE), Plantago major

(PLANTAGINACEAE),

(PLANTAGINACEAE),

Scoparia

Cymbopogon

dulcis citratus

(POACEAE) e Ruta graveolens (RUTACEAE) foram às espécies que apresentaram sete indicações de uso medicinal, entre as quais está tratamento e cura de

O conhecimento sobre as plantas utilizadas dentro da própria comunidade é passado de geração a geração (SOUSA et al., 2007) e saber de onde vem o conhecimento que enriquece a cultura de um povo é primordial para compreender as interações entre humanos e ambiente (RODRIGUES e GUEDES, 2006) de maneira a enfatizar a importância das

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memórias bioculturais na compreensão das relações,

mundial (DI STASI, 1996). De acordo com Barboza

conhecimentos

comunidades

da Silva e colaboradores (2012) na comunidade

tradicionais com a biodiversidade local e culturas

quilombola da Barra II, com vegetação de caatinga,

globais (UICN, 2010), assim como o potencial

predominante e distante 330 Km de Salvador, o uso

etnofarmacológico que esse conhecimento abriga de

de plantas com fins medicinais é a primeira opção

maneira empírica, a exemplo das comunidades de

para assistência primária à saúde de 91% dos

remanescentes de quilombo em Rio de Contas,

moradores, isso porque no quilombo não existe um

Chapada

registram-se

posto de saúde e é grande a distância a ser

fragmentações destas transmissões de saberes dos

percorrida até a unidade de saúde mais próxima, em

usos de plantas medicinais pelas interações com

Morro do Chapéu a 13 Km de distância. Entre as

meios de comunicações preconizando usos de

famílias botânicas mais bem representadas estão:

medicamentos

Melastomataceae,

e

práticas

Diamantina.

das

Contudo,

(MEDEIROS,

FONSECA

e

ANDREATA, 2004).

Asteraceae,

Lamiaceae,

Euphorbiaceae e Fabaceae (BANDEIRA, 1998; CONCEIÇÃO e PIRANI, 2007) o que pode justificar o

Em seu trabalho Silva, Regis e Almeida (2012)

elevado número de espécies citadas para fins

apontam a pesquisa etnobotânica como importante

medicinais (WECKERLE et al., 2011).

instrumento para o conhecimento das relações entre os indivíduos de uma comunidade, com as espécies

De acordo com Rebouças e colaboradores (2015) a

vegetais utilizadas para diversos fins. Os autores

utilização de plantas medicinais com fins terapêuticos

afirmam que a identificação da flora local usada pelas

é uma prática que tem persistido por gerações, desde

comunidades de remanescentes de quilombo em Rio

a civilização antiga, em diferentes partes do mundo,

de Contas, Chapada Diamantina, é de grande

e que no Brasil, esse conhecimento popular sobre o

importância para a preservação da cultura, assim

uso de plantas medicinais sempre foi bastante

como possibilita o desenvolvimento de métodos para

disseminado. Em seu trabalho foram identificadas 49

o uso racional e sustentável desses recursos.

espécies, em quatro diferentes municípios em área de transição, e das indicações terapêuticas relatadas

Fato semelhante ocorre na comunidade de Cordoaria,

pelos entrevistados, 89,8% estava de acordo com as

litoral Norte do estado da Bahia, onde Borges e

recomendações descritas nas literaturas, o que se

Bautista (2010) verificaram que a tradição do uso de

considera uma relação positiva.

plantas medicinais constitui prática usual na região e que em doenças de fácil diagnóstico e simplicidade no

Para Martins, Oliveira e Neves (2011) o uso de

tratamento, o uso desses vegetais representa uma

plantas medicinais pela população dos municípios do

forma acessível de tratamento, visto que a população

recôncavo da Bahia vem sendo estudado nos últimos

local, na grande maioria de baixo poder aquisitivo,

anos e mostra-se bastante representativo. Diversas

encontra-se impossibilitada não só de dispor de

espécies da flora regional e/ou espontâneas são

serviços de saúde especializados, bem como de

cultivadas pela população em quintais e canteiros e

adquirir produtos industrializados de alto custo.

consumidas de acordo com métodos tradicionais na forma de chás, infusões, garrafadas e compressas,

A utilização de plantas medicinais, com fins

para fins medicinais ou para rituais religiosos. Os

terapêuticos na cura e tratamento de doenças, tem

autores catalogaram 85 espécies, todas com

sido

citações recorrentes na literatura, e entre as mais

difundida

como

forma

alternativa

ou

complementar por grande parte da população

120

citadas

estão

as

representantes

da

família

Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil Marcella Gomez, Emerson Antônio Rocha, Estélio Gomberg

Lamiaceae (Melissa officinalis; Ocimum basilicum) e

medicinal, com destaque para a família Lamiaceae.

Verbenaceae (Lipia alba).

Em estudo semelhante feito no município de Retirolândia, Costa Neto e Jesus (1999) identificaram

O vasto conhecimento das comunidades tradicionais

71 plantas, onde muitas eram cultivadas. Distribuídas

relacionado

naturais

em 41 famílias, sendo as mais representativas a

encontrados nos ambientes onde as mesmas estão

família Lamiaceae, Euphorbiaceae, Caesalpiniaceae

inseridas é adquirido empiricamente e transmitido de

e Asteraceae, essas plantas são prescritas para cura

forma oral de geração em geração (OLIVEIRA,

e tratamento de diferentes enfermidades.

ao

uso

dos

recursos

2015). Apesar da popularização da medicina ocidental (alopática), muitas comunidades ainda

O uso de um elevado número de plantas, bem como

continuam crendo e utilizando as plantas medicinais

as suas várias aplicações, evidencia a importância

como um aliado contra as eventuais enfermidades,

ecológica e cultural que este recurso representa para

muitas

as comunidades tradicionais e campesinas (SILVA;

vezes

devido

aos

altos

custos

dos

medicamentos alopáticos ou talvez movido pelo

REGIS;

medo de que os medicamentos possam apresentar

comunidades, nesses recursos vegetais, como

efeitos

alternativa para o tratamento das doenças mais

colaterais

bem

mais

sérios

(SALES,

ALBUQUERQUE e CAVALCANTI, 2009).

ALMEIDA,

2012).

A

crença

das

comuns, frente a um deficiente sistema de saúde pública mostra-se como uma ferramenta sócio-

Em comunidades tradicionais o uso de plantas

ambiental-cultural eficiente para prática de manejo

medicinais é, na maioria dos casos, a única alternativa

sustentável e conservação de espécies florestais de

viável para cura e tratamento de doenças, como é o

uso local (MOTA e DIAS, 2012; BARBOZA DA SILVA

caso da comunidade quilombola de Furadinho em

et al., 2012).

Vitória da Conquista, Oeste da Bahia. Em seu trabalho Oliveira (2015) verificou que o alto percentual de utilização de plantas medicinais pelas entrevistadas é motivado devido ao escasso acesso a serviços de saúde na localidade, visto que, na localidade existe apenas um pequeno posto de saúde, onde uma vez por mês é realizado atendimento médico aos moradores, sendo assim, a prática popular do uso de plantas medicinais acaba tornando-se a melhor alternativa para o tratamento de doenças ou para a manutenção da saúde dos moradores. Na comunidade Bola Verde em Teofilândia, região norte da Bahia, muitos moradores relataram que fazem uso das espécies medicinais devido ao fácil acesso e à economia feita ao utilizarem essas espécies, além disso, relatam que o alto custo dos medicamentos alopáticos faz com que o uso de espécies medicinais seja mais frequente (OLIVEIRA,

Considerações Finais A grande variedade de espécies identificadas, bem como a riqueza do conhecimento popular sobre o uso de

espécies vegetais na cura,

tratamento e

prevenção de doenças representa a importância dessa região para programas de conservação da biodiversidade, assim como no planejamento e desenvolvimento de novas pesquisas e de novos produtos bioativos. A valorização do conhecimento tradicional sobre o uso da biodiversidade representa a saúde da sociedade que investiga suas bases de formação cultural, política, econômica e social. A realização desse estudo de revisão bibliográfica permitiu a visão rápida e abrangente da produção científica, envolvendo os conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas medicinais no atendimento

2012). A autora identificou 83 espécies de uso

Revista Fitos, Rio de Janeiro, Vol, 10(2), 95-219, Abr-Jun 2016

121

primário à saúde. Da mesma forma que contribui para

BORGES, K.N.; BAUTISTA, H.P. Etnobotânica de

a comprovação da importância dos saberes e

Plantas medicinais na Comunidade de Cordoaria,

conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas

Litoral Norte do Estado da Bahia, Brasil. Plurais, v.1,

medicinais como forma de alcançar um estado de

n.2, p.153-174, Salvador. 2010. ISSN: 2447-9373

saúde e a uma melhor qualidade de vida.

[Link]

Espera-se que este trabalho sirva como referência

CONCEIÇÃO, A.A.; PIRANI, JR. Diversidade em

para o desenvolvimento de outros mais amplos, que

quatro áreas de campos rupestres na Chapada

busquem consolidar as informações relativas às

Diamantina, Bahia, Brasil: espécies distintas, mas

espécies medicinais brasileiras sob a perspectiva

riquezas similares. Jardim Botânico. Rodriguésia.

taxonômica, de valorização cultural e associada ao

v.58, n.1. p.193-206, Rio de Janeiro. 2007. ISSN -

desenvolvimento educacional e científico, de modo a

2175-7860 [Link]

contribuir para um maior e melhor engajamento dessas comunidades no que diz respeito à própria

COSTA, L.C. do B.; MOREIRA, R. de C. T.; ROCHA,

valorização etnocultural e econômica, tendo em vista

E.A.;

seus conhecimentos prévios sobre essas regiões de

utilizadas

elevada biodiversidade.

cacaueira da Bahia. Revista Brasileira de Farmácia,

JARDIM, pelas

J.G.

Plantas

populações

medicinais rurais

da

mais região

v.82, n.1/2, p.73-77. 2001. COSTA NETO, E.M.; JESUS, C. The use of medicinal

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na

comunidade

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Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil Marcella Gomez, Emerson Antônio Rocha, Estélio Gomberg

TABELA 1: Plantas medicinais registradas para a região de Mata Atlântica do Sul da Bahia.

Nome popular

Indicação

Formas de uso (Partes Utilizadas)

N0 documento científico

abre-caminho emburana

Medicinal Medicinal

---------

2 2

fruto-de-paca

Medicinal

-----

3

Sambucus nigra L.

sabugueiro

Gripe, sarampo, catapora, induzir vômito

-----

2;4

Sambucus autralis Cham. & Schltdl.

sabugueiro

Febre, catapora, sarampo, tosse

Famílias/Espécies

ACANTHACEAE cf. Justicia sp. 1 cf. Justicia sp. 2 ACHARIACEAE Carpotroche brasiliensis (Raddi) A. Gray ADOXACEAE

Chá /Banho (folha) Decocção (flores)

1;1’;5;7;8

ASPARAGACEAE Agave americana L. Dracaena fragrans (L.) Ker Gawl.

pita

Medicinal

-----

6

peregun

Medicinal

-----

6

chapéu-de-couro

Reumatismo

Decocção/Banho (folhas)

6;7

suspiro-celosa

Indigestão

Decocção (folhas)

7 1’;2

ALISMATACEAE Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltdl.) Micheli. AMARANTHACEAE Celosia L. Beta vulgaris L.

Chenopodium ambrosioides L.

beterraba

erva-de santa-maria, mastruz, mastruço

Pfaffia stenophylla (Spreng.) Stuchlík

anador, novalgina

Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen

anador, novalgina II, doril

Revista Fitos, Rio de Janeiro, Vol, 10(2), 95-219, Abr-Jun 2016

Bronquite, gripe

Xarope (raiz)

Verme, dor de barriga, inchação, dor de dente, expectorante, infecção, pancada, cicatrização, apostema Dor de cabeça, dores no corpo, febre

Decocção (folhas) Chá/Sumo com leite, emplastro, xarope (folhas e talos)

1;1’;2;4;5;6;7;8

Chá (folhas/caule)

1;8

Dores em geral

-----

2;4

125

Gomphrena globosa var. albiflora Moq.

suspiro-branco

Pressão alta

Chá (flor)

1

Gomphrena desertorum Mart.

calmante, problemas de pressão e coração

Medicinal

-----

Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze

ampenicilina, anador I, bezetacil, dipurana, novalgina I, tetrex

Cólica, inflamação, gripe, dor, diarréia

Chá (galho e xarope)

cebola

Bronquite, gripe, garganta

Xarope/Chá (caule)

1’;2;6

alho

Bronquite, gripe

Xarope (bulbo)

1’;2

caju, cajueiro

Cicatrizante, diarreia

Chá (casca) Emplastro (ramo)

1;1’;2;3;5;7

Banho (folhas)

1;1’;2;6;7

Decocção, chá, inalação, banho (casca/folhas)

1’;3;5;6;7;8 1

4 1’;2

AMARYLLIDACEAE Allium cepa L. Allium sativum L. ANACARDIACEAE Anacardium occidentale L. Mangifera indica L.

Schinus terebinthifolia Raddi

Spondias mombim L.

mangueira

aroeira-de-remédio/aroeira/arueira

Inchaço da perna, febre e gripe, diarréia Estimulante, inflamação, cicatrizante, coceira, gripe, gastrite, colesterol alto, pressão alta, cólica

cajá

Diarreia

Chá (folhas)

graviola

Picada de cobra, diabetes

Sumo (folhas)/ Decocção (fruta)

jaca-de-pobre

Picada-de-cobra

Maceração (folhas)

7

graviola pindaiba, pau-de-imbira

Medicinal Medicinal

---------

2 3

Coriandrum sativum L.

coentro

Prisão de ventre e gastrite

Sumo (folhas)

1

Daucus carota L.

cenoura

Medicinal

Lambedor (flor)

2

Eryngium foetidum L.

coentrão

Gripe, frieira, cólica menstrual

Banho, Chá (folha)

1;1’;2

Chá (folhas, sementes, caule)

2;6;7

ANNONACEAE Annona muricata L. Annona montana Macfad. Rollinia sericea (R.E. Fr.) R.E. Fr. Xylopia frutescens Aubl.

1;1’;6;7

APIACEAE

Foeniculum vulgare Mill.

erva-doce

Barriga inchada, gases, calmante, dor de barriga, pressão alta, disenteria em criança

Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil Marcella Gomez, Emerson Antônio Rocha, Estélio Gomberg

126

Petroselinum crispum (Mill.) Fuss

Pimpinella anisum L.

salsa

Medicinal

-----

Dores das juntas

Chá (planta todas)

Tosse, inflamação interna, gripe, ventosidade

Lambedor/Chá (Planta toda)

Dor de barriga

Chá (planta toda)

janaúba/agoniada

Medicinal

-----

buri

Diabetes e colesterol

trinca-trinca erva-de-santa-luzia

Medicinal Medicinal

erva doce

2;6

1;1’

APOCYNACEAE Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson

3

ARACEAE Polyandrococos caudescens (Mart.) Barb. Rodr. Philodendron pedatum (Hook.) Kunth Pistia stratiotes L.

Sumo (fruto jovem, folhas, raiz)

1

---------

3 6

Óleo/Leite (fruto)

1’;2

-----

6

Banho (planta todo) Decocção (folha, flores e raiz) -----

1’ 7 6

ARECACEAE

dendezeiro

Purgante, intestino, caroço na pela Medicinal

juiz de paz artemísia macela

Para criança doente Diarreia Medicinal

erva-de-são-joão, mestrasto branco, mentrasto

Inflamações, dores menstruais

Artemisia vulgaris L.

artemijo, artemisia

Artemisia sp. L. Baccharis dracunculifolia DC.

cravo de defunto alecrim-do-campo

Baccharis trimera (Less.) DC.

carqueja

Cocos nucifera L. Elaeis guineensis Jacq.

coco

ASTERACEAE Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze Ambrosia artemisiifolia L. Achyrocline satureioides (Lam.) DC. Ageratum conyzoides L.

Bidens pilosa L.

Calendula officinalis L. Coreopsis grandiflora Hogg ex Sweet.

Revista Fitos, Rio de Janeiro, Vol, 10(2), 95-219, Abr-Jun 2016

pilão, picão preto, carrapicho agulha, camomila, picão bonina coroa-de-cristo

Chá (folhas) Decocção (planta toda)

1;1’;6;7

Cólica e Dor

Chá/Banho (folhas)

1;1’;5

Medicinal Medicinal Diabetes, má digestão, inflamação nos rins Inflamação, desinchar perna, pedra na vesícula, dor nos rins, hepatite, dores nos ossos, insterícia, problema de pressão alta Medicinal Medicinal

---------

2 6

Chá (planta toda)

1;1’;6

Chá/Banho (planta toda/folhas/flores)

1;1’;2;4;5;8

---------

6 6

127

Emilia fosbergii Nicolson Hebeclinium macrophyllum (L.) DC Lactuca sativa L. Matricaria recutita L. Pluchea sagittalis (Lam.) Cabrera Rolandra fruticosa (L.) Kuntze Sonchus oleraceus L. Tagetes erecta L. Tagetes patula L. Unxia kubitzkii H. Rob. Verbesina macrophylla (Cass.) S.F. Blake

serralha desinchadeira de cacau alface camomila

vence-tudo sarraia

Diarreia Topadas Medicinal Medicinal Dificuldade em parir, inchaço pelo corpo Tosse Estimulante Medicinal

cravo de defunto

Cansaço no peito

Chá e banho (flor e folhas)

quitoco, quitoqui

1 1 2 6

Banho (folhas)

1;7

Lambedor (folhas) Decocção e Banho (ramos) -----

1 7

2 1 4 1

cravo-de-defunto

Gripe

-----

mal me quer do sertão

Gripe e tosse Inflamações, má digestão, gases, ácido úrico alto, brotoeja, tosse, gripe

Lambedor (flor) Sumo (flor) Chá/Banho/Lambedor (folhas sem o pecíolo)

Expectorante, gripe, pancada e pneumonia

Lambedor/Compressa (flor e folhas)

1;1’

Medicinal Prisão de ventre, barriga inchada, dores em geral, problemas causados por bebida, má digestão, cólica

-----

2

Chá/Sumo (folhas e casca)

1;1’;2;3;4;5;8

8

assa peixe

Wedelia trilobata (L.) Hitchc.

mal me quer

Wedelia paludosa DC.

mal me quer

Vernonia condensata Baker

Chá (folhas) Compressa (folhas) ---------

alumã

1;1’

BEGONIACEAE Begonia reniformis Dryad.

cadeado

Diarreia

Chá (folhas)

urucum

Bronquite, asma, colesterol alto, anemia

Chá/Sumo/Suco (semente e fruto)

1’;7;8

-----

2

Sumo/Compressa/Lambedor (folha)

1;8

-----

4

Chá/Xarope (folha)

1’;4

BIXACEAE Bixa orellana L.

Decocção/Inalação (semente)

BORAGINACEAE Cordia sp. L.

maria preta

Cordia corymbosa (L.) Don

maria preta

Cordia curassavica (Jacq.) Roem. & Schult. Heliotropium indicum L.

128

maria-milagrosa crista-de-galo

Medicinal Pancadas, corte no pé, inflamação na perna, tosse, gripe, dor no corpo Tontura Hematomas nos olhos, inflamação, bronquite

Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil Marcella Gomez, Emerson Antônio Rocha, Estélio Gomberg

Symphytum officinale L.

confrei

Cabelo

Banho (folha)

1’;2

couve branco agrião

Estômago, gastrite Bronquite

Sumo (folha) Xarope (folha)

1’;2 1’

abacaxi

Medicinal

-----

6

amescla

Dor de cabeça

Decocção (ramos)

7

jatobá

Expectorante Sinusite

Lambedor (casca) Inalação (semente e resina)

1

crista-de-galo, bico-de-galo

Medicinal

-----

3

corindiba

Medicinal

-----

3

cana-brava

Dor de ouvido

Maceração (folhas)

7

mamão

Impinge Vermes Infecção intestinal, tosse, gripe

Látex (fruto) Xarope (fruto) Chá/Lambedor (folhas e flores)

1;1’;7;8

xinxim-de-galinha xixi de galinha xinxim-de-galinha

Antiflamatório e problemas renais Medicinal Inflamação e ajuda a emagrecer

Chá (planta toda) ----Chá (planta toda)

1 2 1’;8

amendoeira

Diabetes, Bronquite

Decocção (folhas) Fruto

7 1’

BRASSICACEAE Brassica oleracea L. Rorippa sp BROMELIACEAE Ananas comosus (L.) Merr. BURSERACEAE Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand CAESALPINACEAE Hymenaea oblongifolia Huber CAMPANULACEAE Centropogon cornutos (L.) Druce CANNABACEAE Trema micrantha (L.) Blume CANNANACEAE Canna sp. L. CARICACEAE

Carica papaya L.

CLEOMACEAE Cleome aculeata subsp. aculeata L. Cleome affinis DC. Cleome aculeata L COMBRETACEAE Terminalia cattapa L.

Revista Fitos, Rio de Janeiro, Vol, 10(2), 95-219, Abr-Jun 2016

129

COMMELINACEAE Zebrina pendula Schnizl.

marianinha, percata de nossa senhora

Lavar os olhos

Chá (planta toda)

1

purga de batata, batata de purga

Bronquite asmática e tosse

Raiz

1

cana-de-macaco, cana-demacaco-vermelha

Diabetes, hepatite e icterícia

Sumo (caule)/Decocção (folhas)

1;3;2;7

cana-de-macaco

Medicinal

-----

6

Sumo/Compressa /Xarope (folhas)

1;1’

Xarope (folhas) ---------

8 2 5

CONVOLVULACEAE Operculina macrocarpa (L.) Ubron. COSTACEAE Costus spiralis (Jacq.) Roscoe Costus spicatus (Jacq.) Sw. CRASSULACEAE

Bryophyllum calycinum Salisb.

folha da costa

Bryophyllum pinnatum (Lam.) Oken Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers. Kalanchoe brasiliensis Cambess.

folha-da-costa folha da costa folha da costa

Gastrite, vesícula, dor de ouvido, frieira, tosse, bronquite e cicatrizante Gripe, tosse, cicatrizante, frieira Medicinal Medicinal

abóbora chuchu melão de são caetano

Verme Pressão alta Pancada e inchaço

Leite (semente) Chá (folhas) Sumo/Chá (folhas)

1’ 1;1’ 1;1’

junco, dandá-de-lagoa

Medicinal Inchaço, inflamação e doença venérea

-----

3

Chá (planta toda)

1;1’;2;3

CUCURBITACEAE Curcubita pepo L. Sechium edule (Jacq.) Sw. Momordica charantia L. CYPERACEAE Eleocharis interstincta (Vahl) Roem. & Schult. Rhynchospora nervosa subsp. ciliata T. Koyama

capim-estrela

DILLENIACEAE Davilla rugosa Poir.

cipó-caboclo

Medicinal

-----

3

mentrasto velame, velaminho cabeça-de-formiga graveto

Dores em geral Febre Inflamações Medicinal

----Chá (folhas) ---------

4 8 4 2

EUPHORBIACEAE Acalypha amblyodonta (Müll. Arg.) Müll. Arg. Croton heliotropiifolius Kunth Croton lobatus L. Euphorbia tirucalli L.

130

Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil Marcella Gomez, Emerson Antônio Rocha, Estélio Gomberg

Manihot esculenta Crantz Jatropha gossipyfolia L. Jatropha curcas L.

mandioca pião roxo pinhão-roxo

Jatropha martiusii Baill.

espinehira-santa

Ricinus communis L. Sebastiana sp.

mamona caatinga de bode

Sangue fraco Diarreia Medicinal Inchaço, dor no corpo, inflamação Indigestão Medicinal

Vinho (tubérculo) Chá (folhas) -----

2;7 1 5

Chá (folhas e talos)

8

(Fruta) -----

7 2

desinchadeira pata-de-vaca unha de vaca, pata de vaca pata de vaca

Medicinal Medicinal Diabetes Diabetes

--------Chá (folhas) ----Macerado (folhas) Chá (folhas) Banho (folhas) --------------------(Folhas) Chá (planta toda) Decocção (folhas) Chá/banho (folhas) ----Chá/Xarope/Lambedor (raiz, folhas, semente) Chá/Banho (folha)

2 6 1;1’ 4

feijão-guandu, andu

Pneumonia, vermífugo, dor de dente

Chamaecrista nictitans (L.) Moench Crotalaria micans Link Crotalaria sp. Desmodium adscendens (Sw.) DC. Dioclea bicolor Benth. Erythrina velutina Willd.

malícia-amarela andu desinchadeira pandeirinho carrapicho chato pucumã mangalô

Medicinal Medicinal Medicinal Medicinal Medicinal Medicinal

Indigofera hirsuta L.

amendoizinho, mata-pasto

Diarreia, infecção em crianças

Mimosa pudica L. Pterodon emarginatus Vogel

malicia, sensitiva sucupira

Senna occidentalis (L.) Link

fedegoso

Tamarindus indica L.

tamarindo

Inflamações Medicinal Expectorante, tosse, sinusite, mal olhado, corpo ruim Distúrbios nos rins, dor de dente

Zornia latifolia Sm.

arrozinho

Medicinal

Zornia glabra Desv.

arrozinho

Rins, prisão de ventre, uretra

Chá (planta toda)

Zornia diphylla (L.) Pers.

arrozinha

Coceira vaginal

Decocção/Banho (planta toda)

7

cebolinha do mato

Gripe

Xarope (caule)

1’

FABACEAE Aeschynomene sp. Bauhinia forficata Link Bauhinia longifolia (Bong.) Steud. Bauhinia monandra Kurz

Cajanus cajan (L.) Huth

-----

1’;6;5;7;8 3 2 2 2 3 5 1;6;7 1;3 6 1;1’;2;5;6;8 1’;1 2 1;2

IRIDACEAE Trimezia caulosa Ravenna LAMIACEAE

Revista Fitos, Rio de Janeiro, Vol, 10(2), 95-219, Abr-Jun 2016

131

Hyptis pectinata (L.) Poit. Leonotis nepetifolia (L.) R. Br. Melissa officinalis L. Mentha piperita var. citrata (Ehrh.) Briq. Mentha pulegium L.

canudinho cordão-de-são-francisco, cordãode-frade

poejo

Mentha suaveolens Ehrh.

hortelã-miúdo

Mentha x villosa Huds.

hortelã-miúdo

Mentha L. Mentha sp. Mentha gentilis L.

Ocimum basilicum L.

Ocimum campechianum Mill.

Ocimum canum Sims Ocimum L. Ocimum americanum L.

Ocimum gratissimum L.

132

Pó/Chá (folhas) Banho (planta toda)

Febre

Chá (planta toda)

Dores no corpo

Banho (folha) (Folhas)

4;7 5

Chá (folhas)

8

Chá/Xarope (folhas)

1’;2;6;8

Lambedor (folha)

1

Chá/Lambedor/Xarope/Tempero (folhas e talos)

8

erva-cidreira água-de-alevante

hortelã-roxo hortelã, hortelã-miúdo, hortelãmiúdo-roxo água de alevante

manjericão, quioiô, manjericãogrande

alfavaca de galinha, quioiô

manjericão alfavaca de galinha, alfavaca fina, manjericão-miúdo manjericão-roxo

quioiô, quioiô branco, alfavaca, quioiô-cravo

1;1’;3

Cicatrizante Derrame ou doença de fora

Regulador de menstruação, coração, vômito Tosse, gripe, dor de barriga, expectorante Gripe Vermífugo, dor de barriga, gripe, tosse, cólicas, tempero, má digestão, circulação, afina sangue Diarreia e tosse Tosse, verme, bronquite Medicinal Tempero, tosse, gripe, pressão alta, descarrego, dor de barriga, diabetes, calmante, expectorante, afina o sangue Gripe, tosse, tempero/condimento, expectorante, inflamação, dores em geral, problemas de estômago, flatulência, evitar derrame cerebral

Chá e lambedor (folhas) Xarope/Sumo com leite (planta toda) ----Lambedor/Tempero/Chá/Banho (folhas, talos e planta toda)

Chá/Tempero/Lambedor/Xarope (folha e galho)

1;2

1 1’;2 2

2;5;8

1;1’;4;8

Gripe

Chá (folhas)

Tosse

Lambedor (folhas)

1

Expectorante, febre, gripe

Lambedor (folhas e talos)

1’;2;8

Febre, gripe Gripe

Chá/Xarope (folha) Chá/Lambedor/Banho/Xarope (folhas) Sumo (folha)

1’;6

Purgante Dores no corpo, calafrio

Decocção (ramos)

1;1’;2;6;7;8

Tempero

Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil Marcella Gomez, Emerson Antônio Rocha, Estélio Gomberg

elixir paragótico, alixis, alixis paragó, anador III orégano

Ocimum selloi Benth. Origanum vulgare L.

Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.

alfavaca grossa, hortelã grosso, hortelã graúdo, hortelã-de-pau

Plectranthus barbatus Andrews

santa bárbara, oxalá, boldo

Plectranthus neochilus Schltr.

boldo

Plectranthus sp. L'Hér.

boldo

Rosmarinus officinalis L.

alecrim

Dor de cabeça, dor de barriga e febre Medicinal Gripe, tosse, dor de garganta, ressaca, inflamações, calmante, bronquite, vermífugo, afina o sangue, pancada, cicatrizante, dor de ouvido, furúnculo Má digestão, gastrite, problemas intestinais e abortivo Dor de barriga, dores, abortivo, inflamação, náusea, cólica, problemas intestinais Dor de barriga, barriga inchada, embriaguez e fígado Coração e pressão alta

Chá (folhas)

1;1’;2

-----

6

Chá (folhas) Decocção/Xarope/Chá/ Emplastro (folhas)

1;1’;2;4;5;7;8

Chá (folhas)

1;1’;2;6;8

Chá/Sumo (folhas)

2;8;2’

Chá (folhas)

1;5

Chá (folhas)

1;6

Vômito, digestão, coração, calmante

Chá/Xarope (folhas, talos e cascas)

1’;8

LAURACEAE Cinnamomum zeylanicum Blume

canela

Laurus nobilis L. Persea americana Mill.

louro abacate

Inflamações nos rins e uretra

Chá (folhas)

6 1;1’;2

biriba/embiriba sapucaia

Medicinal Gastrite

----Chá (casca)

3 1’

lírio

Dores no corpo

Banho (folhas)

7

Struthanthus flexicaulis (Mart. ex Schult. f.) Mart.

erva-de-passarinho

Dor no peito

Decocção (folhas)

7

Phoradendron crassifolium (Pohl ex DC.) Eichler

enxerto-de-passarinho

Dor de cabeça

Chá (folha)

2’

sete-sangrias rosedá romã

Medicinal Unheiro inflamação na garganta

--------Chá (folhas e frutos)

6 4 1’;6;8

LECYTHIDACEAE Eschweilera ovata (Cambess.) Miers Lecythis pisonis Cambess. LILIACEAE Lilium sp. L. LORANTHACEAE

LYTRACEAE Cuphea carthagenensis (Jacq.) J.F. Macbr. Lawsonia inermis L. Punica granatum L.

Revista Fitos, Rio de Janeiro, Vol, 10(2), 95-219, Abr-Jun 2016

133

MALPIGHIACEAE acerola

Febre, gripe, expectorante, diarreia

Chá/Xarope (folhas, frutos, flor, galho)

1’;8

Gossypium barbadense L. Gossypium hirsutum L. Sida spinosa L. Sida cordifolia L.

algodão algodão vassourinha malva-branca

Pancadas e dores pós parto Medicinal Medicinal Pneumonia

Sumo/Chá (folhas, flor) --------Decocção (folha)

1;1’;2 6 5 7

Waltheria indica L.

malva indica

Cicatrizante, varizes

surucucu

Picada de cobra

Compressa (folhas)

1

remela-de-gato Canela de velho erva-de-xangô

Medicinal Medicinal Medicinal

-------------

3 2 6

buti

Medicinal

-----

3

Dores no corpo, febre, dor de barriga, derrame, tontura, pressão alta, dor de cabeça, visão turva

Chá/Infusão/Banho (folhas, frutos e sementes)

2;8

bicuiba-branca bicuiba

Cicatrizante

Emplastro (ramos)

3 7

espinheira santa

Medicinal

-----

6

banana

Medicinal

-----

2;6

Malpighia glabra L. MALVACEAE

Banho (folha) Compressa (sumo)

1

MARANTACEAE Calathea rotundifolia Poepp. & Endl. MELASTOMATACEAE Clidemia hirta (L.) D. Don Miconia albicans (Sw.) Steud. Miconia calvescens DC. MENISPERMACEAE Chondrodendron microphyllum (Eichler) Moldenke MYRISTICACEAE

Myristica fragrans Houtt. Virola officinalis Warb. Virola gardneri (A. DC.) Warb.

noz moscada

MORACEAE Sorocea guilleminiana Gaudich. MUSACEAE Musa acuminata Colla

134

Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil Marcella Gomez, Emerson Antônio Rocha, Estélio Gomberg

Musa sapientum L.

banana

Bronquite, pneumonia, verme, diarreia

Xarope da casca/Fruto machucado/Chá

1’

eucalipto

Tosse

Xarope (folha)

1’;6

MYRTACEAE Eucalyptus sp. L'Hér. Eugenia jambolana Lam.

jambolão

Medicinal

-----

6

pitanga, pitangueira

Febre, gripe, tosse, dor de estômago, inflamação

Chá/Banho/Inalação/Lambedor (folhas, casca e semente)

1;1’;2;5;6;7;8

jambo

Medicinal

goiaba branca, araçá

Diarreia e coceira

araçá jamelão

Medicinal Medicinal

----Chá (folhas) Decocção/Emplastro/Chá (folhas e brotos) ---------

Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry

cravo-da-índia

Bronquite, tosse, gripe

Xarope (folha e flor)

1’

Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. Perry

jambo

Diabetes

Chá (folhas)

1’

farinha-seca

Medicinal

-----

3

baunilha

Medicinal

-----

3

biri-biri carambola

Medicinal Pressão alta e diabetes

----Chá (folhas)

2 1;4

cardo santo

Gripe, catarro no peito

Lambedor/Chá (folhas)

1;1’;2

maracujá

Medicinal

-----

6

gergelim preto

Pancada e tuberculose

Macerado em óleo (sementes)

1

Eugenia uniflora L. Eugenia sp. Psidium guajava L. Psidium sp. Syzygium cumini (L.) Skeels

2 1;1’;2;7 2 5

NYCTAGINACEAE Guapira obtusata (Jacq.) Little ORCHIDACEAE Vanilla palmarum (Salzm. ex Lindl.) Lindl. OXALIDACEAE Averrhoa bilimbi L. Averrhoa carambola L. PAPAVERACEAE Argemone mexicana L. PASSIFLORACEAE Passiflora edulis Sims PEDALIACEAE Sesamum indicum L. PHYLLANTHACEAE

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135

Phyllanthus niruri L. Phyllanthus tenellus Roxb.

quebra-pedra quebra-pedra

Pedra nos rins e na vesícula, problemas no fígado, inflamação, diurético Inflamação nos rins e infecção uterina

Chá (folhas e toda planta) Chá (folhas e planta toda)

4;6;8 1;1’

PETIVERIACEAE Petiveria alliacea L. Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms

guiné, prá-tudo pau-d’alho

Reumatismo, asma, bronquite, mal-olhado Medicinal

Chá/Banho (folhas)

1;1’;5

-----

6

PIPERACEAE Ottonia anisum Spreng Peperomia pellucida (L.) Kunth

joão-barandi alfavaquinha-de-cobra, alfavacade-cobra

Pothomorphe peltata (L.) Miq.

capeba

Pothomorphe umbellata (L.) Miq.

capeba

Piper arboreum Aubl. Piper hispidum Sw. Piper asimum (Spr.) Angely Piper sp.

beto preto beto juburandi joão barandinho

6 Diarreia, gripe, problemas no coração, pressão e falta de ar, circulação, problemas intestinais Medicinal Problemas no fígado e rins, dor de cabeça, uretra e coluna Corpo ruim ou mal olhado Medicinal Dor de dente Dor de dente

Chá (planta toda) Lambedor (folhas)

1;1’;2;4;7;8

Macerado (folhas/semente) ----Chá (raiz e folha) Compressa/Chá (folha) Banho (folha) ----(raiz) Sumo (raiz)

1;4 1 3 7 1

Chá (folhas)

1;1’;2;4;8

2

PLANTAGINACEAE

Plantago major L.

tanchagem, transagem

Scoparia dulcis L.

vassourinha, vassourinha-relógio, vassourinha II

inflamações, controlar pressão, problemas de garganta, cólica menstrual, antibiótico, diurético, dor de barriga Diarreia, febre, descarrego, antibiótico, coceira, doença de criança, brotoeja

Decocção (folhas) Banho/Chá/Sumo (folhas e toda planta)

1’;2;3;7;8

POACEAE

Cymbopogon citratus (DC.) Stapf

136

capim-limão, capim-santo

Má digestão, diarreia de sangue, crescimento do cabelo, contra pressão alta, calmante, diurético, dor de cabeça Estimulante

Chá/Suco/Xarope (folhas)

1;1’;2;5;8

Decocção

7

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Cymbopogon densiflorus (Steud.) Stapf Cymbopogon flexuosus (Nees ex Steud.) Will. Watson Digitaria insularis (L.) Fedde Imperata brasiliensis Trin. Melinis minutiflora P. Beauv. Saccharum officinarum L. Sorghum halepense (L.) Pers. Vetiveria zizanioides (L.) Nash Zea mays L.

capim-de-aruanga

capim açu sapé capim gordura cana de açúcar capim aruanda capim-sândalo milho

Dor de cabeça Sinusite, dor no corpo, gripe, febre, enxaqueca Medicinal Prá-tudo Medicinal Pressão alta Medicinal Problemas urinários Inflamação nos rins

bangui, vassourinha, vick

Medicinal

-----

porúbio, falsa-poaia, ipecacuanha

Expectorante, gripe

Sumo (folhas, raiz)

rosa-branca-miúda

Medicinal

-----

joão duro, carqueja ou tirica de barbado

Crianças que demoram de andar, gripe e febre

Banho (planta toda) Decocção e extrato alcoólico (folhas)

capim-citronela

Banho (planta toda)

7

Chá/Inalação/Rape (folhas)

8

----Chá (planta toda) ----Chá (folhas) ----Chá (folhas e raiz) Cha´(fruto)

2 1’ 2 1;1’ 2 8 1’

2 1;3

POLYGALACEAE Polygala paniculata L. Polygala martiana A.W. Benn. ROSACEAE Rosa centifolia L.

6

RUBIACEAE

Borreria verticillata (L.) G. Mey. Coffea arabica L. Genipa americana L. Spermacoce verticillata L.

café

1;7 6

Decocção (ramo) Xarope/Sumo (fruto)

1’;2;6;7

jenipapo

Dor no rim, tosse, anemia

carquejinha

Medicinal

limão-merim

Medicinal

-----

2

limão-rosa limão-tangerina, limão-cravo tangerina laranja laranja-da-terra, laranjeira limão balão laranja

Medicinal Calmante, gripe, febre Medicinal Medicinal Gripe Medicinal Dormir, gripe Inflamação nos olhos, dor de ouvido e mau olhado, coceira,

----Chá/Xarope (folhas) --------Decocção (folhas/fruta) ----Chá/Xarope (folha e fruto) Infusão (folha) Banho/Sumo/Inalação (folhas)

2 8 2 2 6;7 2 1’

2

RUTACEAE Citrus aurantiifolia (Christm.) Swingle Citrus limon (L.) Osbeck Citrus limonum Risso Citrus reticulata Blanco Citrus sinensis (L.) Osbeck Citrus x auratium var. grandis L. Citrus L. Citrus sp. Ruta graveolens L.

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arruda

1;1’;2;6;8

137

doença de criança, brotoeja, antibiótico SIPARUNACEAE Siparuna sp.

tetrex

Febre, infecção, cicatrizante, inflamação, dores

Chá/Sumo/Emplastro (folhas)

8

----Banho (folha) Chá (folha) Banho (folha) --------Goma (caule) Lambedor (fruto)

6 1;4

SOLANACEAE Brunfelsia uniflora (Pohl) D. Don Cestrum laevigatum Schltdl.

manacá coarana; coerana

Solanum americanum Mill.

santa maria, erva de santa maria

Solanum argenteum Dunal Solanum paniculatum L. Solanum tuberosum L. Solanum torvum Sw.

santa-bárbara jurubeba batatinha jurubeba

Solanum sp.

jurubeba

Medicinal Mau olhado, emoliente Inflamação interna, edema, ferida e corte Medicinal Medicinal Asia Gripe Cálculo nos rins, dor de estômago, tosse, circulação, inchaço, gases

1;2 6 2;5;6 1’;2 1

Chá/Xarope (folhas, semente e raiz)

8

SIMAROUBACEAE Simarouba amara Aubl.

pau-paraíba

Medicinal

-----

3

salsa-de-espinho

Medicinal

-----

6

língua-de-vaca

Descer menstrução, pressão alta

Chá (folhas)

1;8

brilhantina, melissa imbaúba, embaúba

Diarreia Medicinal Diabetes, problemas renais, furúnculo Medicinal Ferida Medicinal

Chá (folhas e planta toda) ----Sumo (Raíz) Chá/Compressa (folha) ----Látex -----

1;2;4;8 3

SMILACACEAE Smilax japicanga Griseb. TALINACEAE Talinum triangulare (Jacq.) Willd. URTICACEAE Pilea microphylla (L.) Liebm. Cecropia pachystachia Trécul Cecropia hololeuca Miq. Cecropia pachystachia Tec. Cecropia sp. Cecropia glaziovi Snethl.

embaúba embaúba embaúba branca embaúba

1 2 1’ 6

VERBENACEAE

138

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Ident. Ident.

alfazema II narapiró

Medicinal Medicinal

---------

2 2

alfazema

Azia, coração

Chá/Sumo/Banho (folhas)

8

alfazema camará, cambará, chumbinho cambará camará-branco, cambará-branco

Dor, gripe Tosse, bronquite Cicatrizante Medicinal Calmante, pressão alta, flatulência, dores em geral, mal estar, dor de cabeça, gripe, estimulante, febre, aumenta apetite, vermífugo, diarreia, tonteira

Banho, chá (folhas e flores) Lambedor (flores) Emplastro (folha) -----

1 1;2;3 7 3

Aloysia gratissima (Gillies & Hook.) Tronc. Aloysia lycioides Cham. Lantana camara L. Lantana undulata Schrank

Lippia alba (Mill.) N.E. Br.

erva-cidreira, melissa

Estimulante Lippia alba fo. intermedia Moldenke Lippia lycioides Steud. Lipia sp. Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl Stachytarpheta dichotoma (Ruiz & Pav.) Vahl

melissa alfazema melissa gervão, gerbão, chá de burro gerebão

Chá (folha)

Banho/Decocção/Chá (folhas) 1;1’;2;4;6;7;8 Decocção (folha)

inflamação, pressão alta, dor de barriga, gases, calmante Dor de cabeça Dor de barriga, derrame Tosse Dor de barriga, problemas de fígado

Chá/Xarope (raiz)

8

----Chá (folha) Xarope (folha e galho)

4 1’;2 1’;2;3

-----

4

Medicinal Sangue fraco

----Xarope (folhas)

2 7

Macerado (folhas)

1;1’

VIOLACEAE Hybanthus sp. Jacq. Hybanthus calceolaria (L.) Oken

pulga-do-campo pulga-do-campo

XANTHORRHOEACEAE Aloe soccotrina DC.

babosa

Aloe vera (L.) Burn. f.

babosa

Dores no corpo, verme, reumatismo e câncer Dor nas costas, inchaço no corpo, cicatrização e queda de cabelo

Emplastro (folhas) Usar a polpa

2;6;7;8

Chá (folha e flor) Decocção (folha)

1;1’;6 5;7

-----

4

ZINGIBERACEAE Alpinia zerumbet (Pers.) B.L. Burtt. & R.M. Sm. Alpinia nutans (L.) Roscoe Alpinia speciosa (J.C. Wendl.) K.Schum.

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folha-da-colônia, leopoldina água de alevante, levante água-de-elefante

Problemas de coração Dor de cabeça Pressão alta, problemas do coração, calmante, pós-parto,

139

problemas menstruais, dores em geral Alpinia sp. Hedychium coronarium J. Koen Zingiber officinale Roscoe cf. Hedychium sp. 1 cf. Hedychium sp. 2

140

água de colônia jasmim do brejo, jasmim

Tosse, dor de cabeça

gengibre jasmim lepudirna

Tosse, garganta inflamada Medicinal Medicinal

----Lambedor (raiz) Decocção (ramos) Chá/Xarope (raiz) ---------

2 1;7 6;8 2 2

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