ARTIGO - DESAFIOS PARA UMA COSMOVISÃO CRISTÃ

August 19, 2017 | Autor: Augustinho Pires | Categoria: Antropología, Cosmovisão Cristã
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SPBC Seminário Presbiteriano Brasil Central extensão em Ji-Paraná- RO.

ANTROPOLOGIA GERAL

JI-PARANÁ NOVEMBRO - 2014

AUGUSTINHO PIRES DE OLIVEIRA JUNIOR

ARTIGO: DESAFIOS PARA UMA COSMOVISÃO CRISTÃ

Trabalho apresentado ao SPBC-RO no curso de TEOLOGIA e com a finalidade de aprimorar os conhecimentos e obtenção de nota, na matéria Antropologia Geral, sob a orientação do professor Mestrando Luciano Marinho de Amorim.

JI-PARANÁ NOVEMBRO – 2014 1

DESAFIOS PARA UMA COSMOVISÃO CRISTÃ: COMPREENDENDO NOSSA SUFICIÊNCIA EM CRITO Augustinho Pires de Oliveira Junior

RESUMO O presente artigo aborda o tema da cosmovisão sobre uma perspectiva cristã reformada. Tem como base tratar a certa dos desafios encontrados pelos cristãos para compreenderem o mundo e enxergarem esse mundo de uma forma cristã, agindo assim como verdadeiros cristãos. Mas o que é cosmovisão? Quanto mais cosmovisão Cristã? Quais os desafios encontrados para ter uma cosmovisão realmente cristã? O artigo de maneira bem objetiva e direta procura responder essas questões. Inicialmente oferece uma definição do que é cosmovisão, e então esclarece conceitos e demonstra os desafios encontrados para exercê-la. Assim o artigo visa dar uma pequena contribuição para orientar os cristãos a enfrenta esses desafios e alcançarem uma verdadeira cosmovisão cristã.

PALAVRAS-CHAVE: Cosmovisão; Cristã; Desafios; Mundo; Cristão; Verdadeiro.

INTRODUÇÃO É evidente que em nossos dias os cristãos têm uma cosmovisão totalmente deturpada daquela da verdadeira cosmovisão cristã. Os cristãos de forma geral tem enxergado o mundo de forma deturpada, pensando humanamente, de acordo com aquilo que o mundo diz e não como realmente as escrituras no ensinam. A cosmovisão dos crentes tem sido moldada pela conveniência momentânea do que pelo ensino cristão. Infelizmente em nossos dias, os 2

cristãos então moldando a sua forma de enxergar as coisas com o intuito de promover-se ou de buscar um bem próprio, ao invés de buscar verdadeiramente uma cosmovisão que encara as coisas como sendo em primeiro lugar para a glória de Deus. Quando nos deparamos com a perspectiva de Jesus sobre as coisas ele enxergava tudo sendo para a glória de Deus, mesmo sendo nas dificuldades ou sofrendo, a forma como Cristo enxergava ou sua cosmovisão é totalmente e verdadeiramente o exemplo de cosmovisão cristã para nós. Talvez devêssemos nos perguntar, como posso saber se a minha cosmovisão é verdadeiramente cristã? Como posso mesmo em meio aos desafios da vida ter uma cosmovisão cristã? Os cristãos de hoje devem ter em mente que Cristo é o centro apesar de todos os desafios e dificuldades. Este artigo pretende mostrar alguns desafios que encontramos para a cosmovisão cristã e como obter uma verdadeira cosmovisão cristã.

1 O QUE É COSMOVISÃO De uma forma simples, cosmovisão é uma série de crenças que temos sobre a vida. De forma mais completa, cosmovisão é a forma como o ser humana enxerga a sua vida, quais a lentes estão na frente de seus olhos, ao encarar as diversas situações da vida. Grandes filósofos como Platão e Aristóteles, dedicaram a sua vida ao estudo da cosmovisão, em entender como os homens enxergavam as coisas e como encaravam as diversas situações da vida. Em seu livro “Cosmovisões em Conflito” Ronald Nash vai dizer: “Uma cosmovisão, então, é um esquema conceitual pelo qual nós consciente ou inconscientemente colocamos ou adequamos todas as coisas que cremos e pela qual nós interpretamos e julgamos a realidade.” (NASH, pg. 3, 2012)1. Dessa forma podemos compreender o que é comosvisão de forma geral. Temos várias formas ou vários tipos de cosmovisão, que tendem a definir quem nós somos e a forma como vivemos neste mundo. Dessa forma compreenderemos aqui duas 1

NASH, R. H. (2012). Cosmovisões em Conflito. Monergismo.

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formas básicas de cosmovisão a primeira que é uma cosmovisão mundana e a segunda uma cosmovisão genuinamente cristã.

1.1 Uma Cosmovisão Mundana Como podemos perceber a forma como enxergamos as coisas, podem nos levar a ter perspectivas diferentes de uma mesma coisa ou situação. Por exemplo, quando perguntamos um determinado indivíduo que descreve com palavras um objeto como uma cadeira, esse indivíduo sendo alguém normal, pode olha-la e descrever a sua forma, sua cor, seu tamanho e outras características comuns. Se perguntarmos a um engenheiro que é especialista em móveis, ele descreverá sua altura, a inclinação do assento e do encosto, o braço se está em uma altura correta, e outras características técnicas que lhe são facilmente percebidas pois ele olha para esta cadeira com as suas lentes de especialista e não com as de um homem comum.

Esta representa uma situação comum, mas talvez adversa. Quando trazemos isso para a nossa vida e nosso dia a dia, Ronald Nash vai dizer: “Os óculos corretos podem colocar o mundo num foco mais claro, e a cosmovisão correta pode funcionar em muito da mesma forma. Quando alguém olha para o mundo a partir de uma perspectiva de uma cosmovisão errada, o mundo não faz muito sentido para ele. Ou o que ele pensa que faz sentido, de fato, estará errado em aspectos importantes. Colocar o esquema conceitual correto, isto é, ver o mundo através de uma cosmovisão correta, pode ter repercussões importantes para o resto do entendimento da pessoa dos eventos e idéias.” 2 (NASH, pg. 4, 2012)

Quando olhamos para o mundo com uma cosmovisão, ou perspectiva como diz Nash errada, o mundo não faz sentido para nós. Quando o mundo é encarado por nós com um cosmovisão mundana não há por que ter algum sentido, nossa vida e emoções são levadas de acordo com o estado momentâneo, pois se aos olhos do mundo estamos bem que quer dizer, com dinheiro, sem dividas, com um carro novo, uma casa boa, etc. tudo que o mundo tem como sendo bom ou proveitoso, então estamos bem, mas a partir do momento em que isso é tirado do homem ele perde a sua alegria. Por que a sua cosmovisão diz que a felicidade está nessas coisas e não tem uma esperança em algo maior. Quanto a isso John Benton diz:

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NASH, R. H. (2012). Cosmovisões em Conflito. Monergismo.

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“As pessoas estão perdendo a fé com a idéia de que a sabedoria humana é suficiente para solucionar todos os problemas da raça humana. Estamos nos afastando da crença na verdade objetiva universal e na certeza. Por exemplo, a idéia de que a moralidade deve ser igual para todos, independente da época, é considerada absurda. De alguma forma, estamos sendo levados a uma forma de pensar que é mais incerta onde o irracional ocupa o espaço maior na vida das pessoas.” 3 (BENTON, pg. 30, 2002)

Quando olhamos para o mundo com essa visão irracional ou com uma cosmovisão mundana, estamos excluindo a crença verdadeira, ou a cosmovisão verdadeira e vivendo de forma totalmente deturpada, também mudando constantemente nossas opiniões quando a esses assuntos e radicalmente sendo afetados pela falta de esperança e inconstância que essa cosmovisão nos trás.

1.2 Uma Cosmovisão Cristã Certa feita Richad Mayhue disse, “Desperdiçar a mente é algo terrível” 4, essa expressão nos leva a pensar como homens tem desperdiçado totalmente a sua vida e principalmente cristãos tem vivido de forma totalmente deturpada e compreendendo o mundo ou olhando para o mundo com as lentes erradas. Uma cosmovisão cristã, como a própria expressão diz, está com a sua base ou tem seu alicerce em Cristo. Ele a primeira lente, que fica em nossa visão, a qual nos faz enxergar o mundo de uma forma correta e verdadeira. A cosmovisão cristã tem como base principal olhar para vida tendo a Cristo, como principal referência, esperança, certeza e dependência, com isso o cristão tende a enxergar as coisas de uma forma melhor a qual trás segurança, estabilidade e alegria mesmo em momentos difíceis. “É importante que os cristãos tenham uma visão de mundo teologicamente formada, estruturada biblicamente. A educação da Igreja de nossos dias deve poder oferecer uma resposta bíblica às pessoas do mundo. Isso requer que uma teologia transcultural de missão seja definida e articulada pela igreja.”5 (MacARTHUR, Pense Bíblicamente, pg. 172, 2013)

Podemos compreender que a cosmovisão cristã, é fundamentada em Cristo, mas só podemos conhecer a Cristo e termos essa cosmovisão se for através da Bíblia como MacAthur 3

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BENTON, J. (2002). Cristãos em Uma Sociedade de Consumo. São Paulo: Cultura Cristã. MacARTHUR, J. (2013). Pense Bíblicamente. São Paulo: Hagnos. MacARTHUR, J. (2013). Pense Bíblicamente. São Paulo: Hagnos.

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descreve, os cristãos devem ter a visão do mundo de acordo com as Escrituras ou com base nelas, e é somente através das Escrituras que podemos ter a nossa mente centrada em Cristo. As Escrituras nos permitem conhecer a Cristo e tê-lo como nossa lente principal, o qual controla nossa cosmovisão e da a ela uma estrutura sólida. O cristão compreende o mundo de uma forma muito melhor, sua cosmovisão Cristã trás uma base que lhe proporciona enfrentar qualquer tipo de dificuldade ou adversidade e mesmo assim viver de acordo com Cristo, tendo depositado a sua suficiência em Cristo.

2 ALGUNS DESAFIOS PARA UMA COSMOVISÃO CRISTÃ

2.1 Pensar Biblicamente O primeiro desafio começa com aquilo que os cristãos não deveriam se preocupar, mas infelizmente, tem sido uma realidade cada vez mais constante em nossos dias, homens e mulheres, que deveriam ter uma mente ou seu pensamento e sua visão totalmente Bíblicos, não tem. Aquilo que se caracteriza como sendo o essencial para todo cristão, é o que tem sido um dos maiores desafios para que tenhamos uma cosmovisão cristã. Alguns podem pensar que isso não acontece, mas é o que mais temos visto, cristãos que não tem uma mente Bíblica, mas tem a sua mente em coisas humanas. Como vimos anteriormente nossa base está na Bíblia, é através dela que podemos conhecer a Cristo o qual se deixou revelar para nós, como João cap.20 v.21, “ Estes porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida eterna.”6 Esse foi o propósito da Palavra de Deus, nos revelar Cristo pelo qual podemos obter a salvação e compreender quem Ele é. Quanto a isso John MacArthur vai dizer: “Uma verdadeira visão cristã de mundo começa com a convicção de que o próprio Deus falou nas Escrituras. Como cristãos, estamos comprometidos com a Bíblia como sendo a infalível e soberana Palavra de Deus. Cremos que ela é fiel e verdadeira de capa a capa, em cada i ou um só til (Mt.5.18). As Escrituras, portanto, são o modelo no qual devemos testar todas as outras declarações da verdade. A menos que esse conceito básico domine nossa perspectiva em toda a vida, não podemos legitimamente declarar termos adotado a visão cristã de mundo.” 7 (MacARTHUR, 2013)

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Atualizada, A. R. (s.d.). Bíblia de Genebra. São Paulo: Cultura Cristã.

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MacARTHUR, J. (2013). Pense Bíblicamente. São Paulo: Hagnos.

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Os cristãos tem diminuído a autoridade das escrituras e deixado de pensar ou enxergar o mundo de forma bíblica, isso tem causado um problema para termos uma cosmovisão cristã, pois se a base para a cosmovisão cristã é a Bíblia, perdendo-se isso não resta nada para termos uma visão cristã das coisas. MacArthur demonstra que a Bíblia deve ser compreendida como única verdade como o Evangelho de Mateus vai dizer, que um “i” ou “til” são verdades absolutas de Deus, o que nos faz ter uma visão Bíblica do mundo e uma cosmovisão verdadeiramente cristã.

2.2 Integrar Fé e Trabalho O trabalho é um dos desafios que encontramos para termos uma cosmovisão cristã. Muitos cristãos tem encarado o trabalho de forma diferente, pois não compreendem o verdadeiro sentido do trabalho, e então influenciados pelo mundo tendem enxergar o trabalho como uma maldição ou algo ruim, o qual ele está destinado a sofrer enquanto nessa vida. Mas a cosmovisão cristã nos leva compreender o trabalho como uma benção divina como algo para o qual Deus no vocaciona e nos presenteia para glorificarmos a ele. O trabalho muitas vezes é encarado como “secular” uma distinção o qual não encontramos nas escrituras. Timothy Keller em seu livro “Como Integrar fé e Trabalho” vai dizer: “Uma das razões de o trabalho ser infrutífero e inútil é a poderosa inclinação do coração humano de tornar o trabalho e seus consequentes benefícios o fundamento primordial da importância e identidade da pessoa. Quando isso acontece, o trabalho deixa de ser um instrumento de criação e revelação das maravilhas da ordem estabelecida, como diria Calvino, ou de ser um instrumento da providência de Deus, suprindo as necessidades básicas de nossos semelhantes, como diria Lutero. O trabalho torna-se um jeito de eu me distinguir do meu semelhante, de mostrar ao mundo e provar a mim mesmo que sou especial. É um modo de acumular poder e segurança e de exercer controle sobre o próprio destino.” (KELLER, Timothy; Katherine Leary Alsdorf, pg. 109, 2014)8

Desta forma podemos perceber como Tim Keller expõe de forma magnifica, como o homem tende a olhar para o seu trabalho como sendo para a sua glória, e não para a glória e para seus méritos e somente para isso, com o trabalho e seus propósitos voltados somente para o seu próprio interesse, sua cosmovisão fica deturpada do propósito real do trabalho e como isso pode ajuda-lo a glorificar a Deus. 8

KELLER, Timothy; Katherine Leary Alsdorf. (2014). Como Integrar Fé e Trabalho. São Paulo: Vida Nova.

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2.3 Não Ter uma Vida Para a Glória de Deus Por não termos uma mente Bíblica, consequentemente vários outros desafios tomam conta da vida do cristão, como não tem uma vida para a glória de Deus. O fato de o cristão viver para si, faz com que ele não tenha lentes que enxerguem algo muito maior do que ele, sua vida se resume aquilo que ele pode trazer de benefícios. Com isso homens vivem para agradar há homens, vivem falsamente enganando a si e a outros como se sua vida só tivesse sentido nisso, mas com isso esses homens estão mortos por si só, o que tendem a não ter uma cosmovisão realmente cristã. Jesus através do apostolo João no capítulo 3 e Apocalipse diz: Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. 2 Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus.(Ap 3:1-2 ARA)9

Jesus diz que tens nome de vivo, mas está morto, por que as obras aquilo para que eles vivem, não é aquilo que Cristo antes havia determinado. Os homens aqui viveram para agradar a sociedade e de acordo com os costumes dela, deixaram para trás aquilo que Cristo havia ensinado, os princípios do verdadeiro cristão, a cosmovisão cristã e viveram de acordo com a sua vontade, não para agradar a Deus e sim para agradar a homens. Joel Beek vai dizer: “O desafio é vivermos pensando com a mentalidade peregrina, com a qual buscamos a cidade vindoura. Essa cidade não é lugar em que um coral de espíritos desencarnados se reunirá para um concerto perpétuo; o gemido da criação será finalmente respondido no desvendamento de uma nova criação gloriosa em que Deus será o foco de todas as coisas. Que motivação! Pensarmos como peregrinos permite que o crente medite sobre como cada atividade que ele realiza e cada decisão que ele toma serão, por fim, aperfeiçoadas, de modo que tudo concorra para a glória de Deus, sem imperfeição, confusão ou ambições egoístas.” (BEEKE, pg. 334, 2010)10

Demonstra com clareza como devemos ter uma mentalidade, persarmos com essa perspectiva, que nesta vida somos apenas peregrinos, e que como peregrinos nossa vida terrana tem um propósito, que é um ensaio para aquilo que virá na glória com Cristo Jesus. Por isso devemos ter em mente que tudo o que fazemos nesta vida e nossa vida deve ser para

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Atualizada, A. R. (s.d.). Bíblia de Genebra. São Paulo: Cultura Cristã.

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BEEKE, J. R. (2010). Vivendo Para a Glória de Deus. São José dos Campos: Fiel.

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a glória de Deus, isso faz com que tenhamos uma cosmovisão verdadeiramente cristã e não mais estejamos vivendo aqui pela simples existência de homens soberbos encimesmados, mas verdadeiramente cristãos e com esta ótica.

3 COMPREENDENDO NOSSA SUFICIÊNCIA EM CRISTO Seguindo os passos aqui já trilhados, evitando os erros e passando por esses desafios, cabe a nós compreender a nossa suficiência em Cristo. Esse é ponto principal e primordial para termos uma cosmovisão cristã, compreendermos que Cristo é suficiente para nós e nele não há mais necessidades terrenas, mas independente das circunstâncias, a nossa visão terá como lente principal Cristo Jesus. “Paulo experimentou a graça de Deus de uma maneira que poucos experimentaram, pois suportou sofrimentos como poucos o fizeram. Em 2 Coríntios 12.9, o Senhor lhe deu uma das verdades mais profundas de toda revelação: “A minha graça te basta, por que o poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Aquela maravilhosa promessa se estende a todo crente, mas foi dada em um contexto de sérias dificuldades, aflição, perseguições e fraquezas humanas.” (MacARTHUR, 2013)11

O Exemplo de Paulo retratado por MacArthur, nos leva a compreender como é um cristão que tem uma cosmovisão cristã verdadeira, Paulo mesmo em meio a qualquer tipo de adversidade ele mostra firme e com uma mente que compreende que a sua suficiência está em Cristo e quanto a graça de Deus através de Cristo Jesus é suficiente para que Paulo enfrenta-se essas adversidades com alegria e com perseverança. Compreendendo nossa suficiência em Cristo, estamos blindados contra tudo aquilo que vier contra nós, pois compreendemos e temos uma cosmovisão cristã, centrada em Cristo e independente da situação atual, nossa esperança está na vida após essa, na que estaremos totalmente com Cristo. “Esse mundo pertence ao nosso Salvador, e recebemos custódia do mesmo. Somos responsáveis diante dele pela forma como usamos sua criação. O problema do pecado inclui não apenas ambiente que pertence a Cristo. Uma série de assuntos, nos campos pessoal, político e social são transformados quando vemos a realeza mediatória de Cristo sob essa ótica. Além do mais, como outra implicação direta, nenhum campo está fora dos limites da fé cristã. Todas as coisas – educação, política, negócios esportes, artes, vida familiar, condições econômicas tais como a inflação e desemprego, pesquisas cientificas, o sistema jurídico e outros – devem ser vistos sob a perspectiva da mediação criadora de Jesus Cristo. Isso representa não apenas uma forma de olhar para o mundo. Uma vez que ele criou, olhar para o

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MacARTHUR, J. (2013). Nossa Suficiência em Cristo. São José dos Campos: Fiel.

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universo de qualquer outra perspectiva resultará em distorção”. (LETHAM, pg. 206, 2007)12

Letham desenvolve essa ideia de forma esplendida, nos demonstrando que somente através de Cristo, poderemos compreender de forma correta e enxergarmos tudo que foi criado e faz parte de nossas vidas. Olhar para o mundo com outra perspectiva ou cosmovisão é deturpação da verdade, e nos leva a uma vida de pecado, sem proposto e infeliz, pois não compreendemos que pelo méritos de Cristo, nosso problemas mesmo que muitos não tem valor, por que Cristo é muito maior do que tudo isso.

4 CONCLUSÃO

Dessa forma podemos pensar que muitas são as formas de deturparmos a nossa cosmovisão e muitos são os desafios para termos uma cosmovisão verdadeiramente cristã. Os crentes de forma geral devem buscar cada vez mais compreender o que é uma cosmovisão cristã, de forma que todo o seu ser e toda a sua vida, estejam baseados na ótica de que Cristo é suficiente e nele somos completos. O pecado que habita em nós, nos leva buscarmos satisfazer a nossa mente e o nosso coração humano, mas não devemos depositar nossas esperanças nisso, devemos partir do pressuposto que nossa ótica deve ser Bíblica e Cristocêntrica, de forma que mesmo em qualquer dificuldade, as lentes da cosmovisão cristão serão superiores as dificuldades encontradas na vida.

ABSTRACT This article is about the worldview of a reformed Christian perspective. It is based on treating the right of the challenges encountered by Christians to understand the world and see themselves this world in a Christian way, acting as true Christians. But what's worldview? The more Christian worldview? What are the challenges found to have a truly Christian

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BEEKE, J. R. (2010). Vivendo Para a Glória de Deus. São José dos Campos: Fiel.

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worldview? The article very objective and straightforward manner tries to answer these questions. Initially provides a definition of what worldview, and then clarifies concepts and demonstrates the challenges encountered to exercise it. So the article aims to give a small contribution to guide Christians to face these challenges and achieve a true Christian worldview.

KEYDORDS: Worldview; Christian; Challenges; World; Christian; True.

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