Artigo - No mundo dos contos de fadas

June 6, 2017 | Autor: Priscila Vaz | Categoria: Media Studies, Television Studies
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Descrição do Produto

No mundo dos contos de fadas[1]
A construção de universos diegéticos em Once Upon a Time


Resumo


O estudo das ficções seriadas se faz cada vez mais necessário, por isso, o
foco deste trabalho será de analisar como é construído o universo diegético
da série Once Upon a Time a partir de sua relação com as histórias de
contos de fadas. Através de uma passagem pela formação dos contos, será
possível estabelecer uma base onde se possa identificar as principais
referências que serviram de fonte para a construção do mundo narrativo da
série. O trabalho irá ainda analisar como está sendo feita essa construção
na série e apontar os principais pontos explorados para engajar o público e
aproximá-lo da série.

Palavras-chave

televisão; ficção seriada; contos de fadas

Introdução

Era uma vez um menino que não queria crescer. Seu nome era Peter Pan.
Ele morava em um lugar conhecido como "Terra do Nunca" onde tudo era mágico
e especial. Lá era também o lar de fadas e de outras criaturas mágicas.
Apesar da aparência de criança inocente, Peter Pan escondia um segredo,
escondia suas verdadeiras intenções. Ele não gostava que ninguém saísse de
sua ilha, ele simplesmente não permitia. Aqueles que já haviam tentado
tinha se arrependido profundamente. Peter era uma criatura muito poderosa,
com poderes mágicos que permitiam que ele pudesse desaparecer de um lugar e
reaparecer em outro, atravessar mundos e fazer basicamente tudo que lhe
desse vontade. A "Terra do Nunca" outrora já havia sido um lugar feliz e de
liberdade.
Essa não é exatamente a história do famoso Peter Pan. O menino que não
queria crescer, personagem originalmente criado por James Matthew Barrie
para a peça "Peter e Wendy" ficou mundialmente conhecido a partir da
publicação do livro homônimo em 1911. Essa história já foi alvo de diversas
adaptações, principalmente no cinema, mas nada parecidas com a história
contada acima. No original, Peter é sim, um menino que se recusa a crescer,
mas que tem o coração puro e que leva a vida em suas aventuras. Na
história, ele conhece Wendy, menina que faz com que ele quase desista de
sua eternidade como criança, mas em momento algum Peter é um sequestrador,
ou algo do tipo. Nessa nova proposta, Peter Pan não só tem sérios problemas
de caráter, como também tem uma ligação com diversos outros personagens de
nos Contos de Fadas, como Rumpelstiltskin e Branca de Neve, que nunca foram
mencionados nas histórias e adaptações feitas anteriormente. Porém mesmo
com essas modificações na narrativa, há vários elementos familiares com o
conto original no trecho mencionado.
Utilizando como principal mecanismo de formação narrativa, a relação
entre reconhecimento e estranhamento de histórias de contos de fadas, a
série Once Upon a Time constrói seu universo narrativo baseado na ideia de
integrar histórias e universos ficcionais oriundos de outras narrativas.
Lançada em 2011 pela emissora ABC, a série se pauta em histórias de contos
de fadas e adaptações audiovisuais para construir novas narrativas e
atribuir diferentes significados para histórias que são conhecidas e bem
disseminadas pela cultura de massa.
Apesar de famosos na literatura infantil, foi através dos filmes da
Disney, que os contos de fada ficaram massivamente conhecidos, no século
XX, em um movimento que começou em 1937, mas que teve seu auge nas décadas
de 80 e 90 com a disseminação dos filmes em vídeo. E aproveitando o
público, e conhecimento sobre as obras formado por esse movimento de
"Disneyzação[2]" a série se apropria de diversos elementos para criar um
universo diegético diferente do que já é conhecido, onde todas as histórias
ganham um novo sentido.

As histórias por trás de Once Upon a time
A série Once Upon a time, é um produto audiovisual que se apropria de
um conjunto de histórias pré-existentes oriundas dos contos de fadas, para
construir um universo diegético, onde todas essas histórias são conectadas
por um mesmo fio narrativo. A série, não é uma produção do gênero contos de
fadas, ela é um produto sobre um gênero e sobre um hábito muito antigo, o
de contar histórias. Composta atualmente por 4 temporadas, a série reúne
contos famosos como Branca de Neve, Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, entre
outras. Cada temporada tem uma média de 22 episódios, de 45 minutos cada,
que vão ao ar aos domingos nos EUA, no canal ABC desde 2011.
Para se aproximar da série e começar a entender a lógica sobre a qual
ela é estruturada, antes de mais nada, é preciso entender sua essência, que
é o ato de "contar de uma história". O costume de contar histórias é
anterior ao que hoje chamamos de literatura. Segundo Walter Ong,
"expressões orais existem e surgiram sem nenhum apoio da escrita, já as
expressões escritas, nunca existiriam sem o suporte oral" (ONG. 1982, p.8)
ou seja, essa histórias já eram contadas antes da literatura surgir. Os
contos orais eram o meio pelo qual a sociedade pré-escrita tinha para
transmitir conhecimento, já que, ainda segundo Ong, "culturas orais não
conseguiam gerar categorias [de conhecimento] então, eles precisavam usar
histórias de humanos para guardar, organizar e comunicar tudo que eles
sabiam" (ONG. 1982, p.138). Com a transposição desses contos para a
literatura, esse função educativa e moralizante permaneceu viva, sendo o
principal traço das histórias de contos de fadas.
Porém, as histórias de contos de fadas, desde os contos orais até
chegarem ao cinema, passaram por diversas transformações, e se aproximaram
e se afastaram de sua "função inicial" ao longo dos anos. As re-
apropriações e inserções de novos elementos e a inserção das histórias em
novas mídias fizeram com que houvesse diversas alterações na narrativa, e
com que mudassem a maneira como essas narrativas são construídas e
recebidas pelo público. No entanto, a essência "contar histórias" nunca foi
perdida.
A evolução dos contos está diretamente relacionada às mudanças que a
sociedade foi sofrendo ao longo dos séculos. Jack Zipes (2006) comenta
sobre essa influência
as novas possibilidades de participação na ordem social
(...) são a razão para que em cada novo estágio da
civilização, em cada novo período histórico, os símbolos e
configurações dos contos foram ganhando novos sentidos,
sendo transformados e eliminados de acordo com as
necessidades e os conflitos do povo frente a nova ordem
social (ZIPES, 2006. p. 6)
Esse trecho também nos sugere um dos motivos pelos quais as histórias
e os contos de fadas sobreviveram ao longo de tantos anos. Ao evoluir e se
adaptar as necessidades sociais, e ao mesmo tempo manter sua essência,
esses contos garantiram um lugar especial não só na literatura, mas como no
imaginário e formação individual das pessoas.
Com a chegada do século XX, Zipes (2006) indica alguns autores, na
Inglaterra, que começaram a dar uma nova forma para os contos de fadas.
Nessa época, os contos de fadas passaram por uma grande modificação,
deixando de serem vistos como um instrumento para facilitar o processo
civilizatório e de socialização, e passando a ilustrar um modelo de
sociedade imaginada e alternativa, que trazia uma crítica para diversos
problemas encontrados na sociedade da época. É também nesse momento que o
conceito de utopia é associado aos contos de fadas. O mundo dos contos de
fadas passa a ser um mundo inventado e invertido em relação o mundo real
(ZIPES, 2006).
A partir dos filmes, começa a ser construída a noção de expansão do
universo da narrativa, em outros suportes que não o que está sendo contado
a história original, além da grande disseminação de produtos relacionados
aos filmes, que vão sendo cada vez mais consumidos pela sociedade, e ganham
potencial expansão a partir da década de 1970, com a inauguração dos
parques temáticos de Walt Disney e com a expansão do VHS possibilitando o
consumo repetido dessas histórias. A esse processo, o autor Alan Bryman
(1999), dá o nome de "Disneyzação", que é a maneira pela qual os produtos e
os princípios disseminados pela Disney marcaram gerações em diversos
setores da sociedade. Esses elementos são de grande importância para
entender como os filmes da Disney serviram de referência para compor o
universo diegético de Once Upon a Time, através da lógica das narrativas
comerciais.

Muitas narrativas sobre um universo

Como já foi dito, a narrativa de Once Upon a Time se passa em dois
universos, ambos com características bem específicas, que demarcam as
regras de cada um deles. Desde o primeiro episódio, o espectador é
apresentado aos dois mundos, a Floresta Encantada e ao "nosso mundo" que na
série se resume a cidade de Storybrooke, em Maine, nos Estados Unidos. Na
série, a narrativa se desenvolve na relação entre os acontecimentos em
ambos os universos, sendo que na primeira temporada especificamente, todos
os acontecimentos na Floresta Encantada se passam também no passado, a pelo
menos 28 anos atrás do tempo vigente em Storybrooke.
Segundo Booth (2011), a desorientação temporal é uma das estratégias
mais eficazes das narrativas complexas, no quesito de engajar o público. A
narrativa de Once Upon a Time tem sucesso ao criar essa desorientação,
apresentando na Floresta Encantada, as personagens principais (Branca e
Encantado) com idades por volta dos 30 anos, antes de serem amaldiçoados, e
ao apresentar essas mesmas personagens em Storybrooke, supostamente 28 anos
depois, eles continuam aparentando a mesma idade. É claro que, essa
desorientação precisa ser temporária, porque senão acaba confundindo o
espectador e gerando insatisfação. Na série, a explicação dessa confusão
temporal é dada de maneira sútil, ainda no primeiro episódio, com uma
conversa entre Emma e Henry, e vai sendo reforçada ao longo dos próximos
episódios.
Emma: "Tem sido uma noite muito longa, olhe o
relógio, são quase... 20:15... Mas isso não faz
o menor sentido..."
Henry: "Esse relógio está parado minha vida
toda. O tempo aqui está congelado. A Rainha Má,
enviou todas as personagens de Contos de Fadas
pra cá. E agora eles estão presos."
Emma: "Parados no tempo, presos em Storybrooke?
Essa é sua história?"
Henry: "É verdade!"
Emma: "E porque então que todos não vão
embora?"
Henry: "Eles não podem. Quando tentam fugir,
coisas horríveis acontecem."

Desse trecho, também já é possível extrair o que será o plot[3] de
toda a narrativa da primeira temporada: fazer Emma acreditar que os Contos
de Fadas realmente existem e que as personagens foram amaldiçoadas. Na
série, Emma representa a figura do espectador incrédulo, que pensaria "ah
tá, contos de fadas no mundo real, valeu!", e age em relação ao Henry como
se estivesse lidando com uma criança com problemas psicológicos. Essa
relação de falta de credibilidade é importante para sustentar a expectativa
do público que está sendo apresentado a um mundo novo, imaginado.
Principalmente nos primeiros episódios da temporada, a série mostra a
histórias nos dois mundos, mas sempre usa a relação da Emma e do Henry para
trazer dúvida para o espectador. Será que realmente o menino está falando a
verdade e teremos uma série cheia de magia e fantasia, ou o menino está
inventado tudo?
Esse plot vai sustentar todas as histórias que serão contadas em torno
do dois mundos. Mas, é através da relação das personagens com o mundo
narrativo, que vai sendo possível estabelecer as marcas que comprovam que,
ambos os locais existem e que a maldição não é uma invenção do Henry. Ainda
no primeiro episódio, a série já manipula a questão da apresentação de
personagens. Com a chegada de Henry e Emma em Storybrooke, conhecemos uma
personagem secundária, Archie, o psicólogo de Henry. Para transpor essa
personagem para a Floresta Encantada, o artifício utilizado pela série
ainda não é o de inclusão de mesmas características, e uso do mesmo ator,
pois, na Floresta, Archie é o Grilo Falante, e é representado realmente por
um grilo. Mas para que não haja dúvidas de que essa personagem está nos
dois mundos, a série repete a mesma fala para dois contextos diferentes. Em
Storybrooke, Archie diz para Henry que "Ceder ao seu lado sombrio, não te
traz nada de bom" e na próxima cena, de volta a Floresta Encantada, ouvimos
estas mesmas palavras faladas pelo Grilo Falante.
A série usa esse artifício mais nos casos em que a personagem
representada no mundo real, em Storybrooke, não é um humano na Floresta
Encantada. Esse artifício é útil, mas se aplica menos a personagens como
Branca de Neve, que em Storybrooke é Mary Margareth. Isso porque, em
audiovisual a representação não é descritiva e sim direta, ou seja, se uma
mesma personagem é representada em dois universos, ela é caracterizada para
parecer diferente, no entanto, é sempre interpretada pela mesma atriz. Se
esse história estivesse sendo desenvolvida em um livro, por exemplo, o
leitor poderia ficar na dúvida se a personagem é realmente a mesma pessoa,
porém, como destaca Chatman (1981) a relação na literatura e no audiovisual
é bem diferente.
"O autor, por meio de seu narrador, seleciona e nomeia
precisamente três [características que ele quer fornecer
sobre um objeto ou personagem]. E aí o leitor em posse de
apenas essas características expande a imagem com sua
imaginação. Mas na representação fílmica [audiovisual] o
número de detalhes apresentados é indeterminado, porque o
que essa versão nos apresenta é um simulacro (...)"
(Chatman, 1981)
Já que a imagem é um simulacro, ou seja, uma representação da
realidade, não há como a série manter muito suspense sobre as identidades
dos personagens em um mundo e em outro, a menos que use como artifício o
excesso de caracterização, ou mesmo computação gráfica, como acontece com a
personagem Archie, pessoa em um mundo, grilo no outro. Mas no caso das
personagens representadas por atores, essa caracterização quando
relacionada a algo que já está no imaginário comum, ajuda o espectador a
identificar mais facilmente quem é quem. Na Floresta Encantada, se passam
todas as cenas em que as personagens vivem como contos de fadas. Nesse
universo, as representações são mais próximas das versões já feitas pelos
filmes da Disney. Isso porque é mais fácil partir de bases já formadas no
imaginário para consolidar esse universo. Como a série ainda precisa unir
todas as histórias em lugar só, usar os moldes "pré-prontos" facilita ainda
mais. No entanto, a marcas no textuais continuam aparecendo para reforçar
as apresentações, como pode também ser vista na introdução de Mary
Margareth (Branca de Neve) ainda no primeiro episódio, onde ela também
repete as falas em ambos os universos.
A partir do segundo episódio, é introduzida uma narração diferente na
abertura, que já traz o plot da temporada resumido, para que o mecanismo de
obtenção de novos espectadores possa funcionar bem. Como Mittell (2006)
indica, nas narrativas complexas é preciso sempre manter um equilíbrio nos
episódios. Ao mesmo tempo, precisam oferecer individualidade e continuidade
para a narrativa, o que faz com que seja possível que novos espectadores
acompanhem a série a partir de um determinado ponto, mesmo que não tenham
começado do primeiro episódio. Essa narração se mantém a mesma por diversos
episódios, e vai ganhando cenas adicionais conforme o enredo principal
começa a ficar mais complexo.
"Existe uma cidade, em Maine, onde cada personagem de
contos de fadas que você conhece está preso entre dois
mundos. Vítimas de uma poderosa maldição. Apenas uma pessoa
sabe a verdade. E apenas uma pessoa pode quebrar o feitiço"
(Narração)
Essa narração, além de servir como um chamariz para novas audiências,
é fundamental para reforçar para o público a importância do universo e da
relação da narrativa como os dois mundos onde a história se passa. E ela
ainda dá conta, de responder às principais perguntas que um espectador pode
ter na hora de escolher uma nova série para assistir: o que ocorreu, com
quem ocorreu, como ocorreu. Aí, ele precisa apenas assistir para descobrir
o porquê de tudo isso. Ou seja, apenas usando o artifício da narração
inicial, a série já consegue criar um mecanismo efetivo de engajamento de
entre os públicos fidelizados e novos públicos.
Outro elemento importante, que vai sendo desenvolvido ao longo da
primeira temporada, é o da antecipação dos fatos narrativos para o
espectador, ponto que é citado por Newman (2011), como sendo um dos maiores
prazeres do espectador. Através do avanço da narrativa, o público passa a
ter certeza de que os dois mundo realmente existem e a expectativa é movida
para o momento onde Emma descobrirá toda a verdade e a maldição será
desfeita. Segundo Newman (2011),
"Para muitos espectadores, um dos maiores prazeres da
narrativa seriada vem da antecipação de como um personagem
irá responder a um detalhe narrativo que [os espectadores]
já conhecem, e [vem da oportunidade de] testemunharem o
momento da revelação, que é causada pela repetição do
padrão de tensão seguido de resolução."(NEWMAN, 2011. p. 4)


Ou seja, quando a série antecipa detalhes da narrativa para os
espectadores, eles ganham um poder frente às personagens, porque passam a
saber a verdade antes delas. E se divertem nessa relação de expectativa,
esperando quando será a hora em que a personagem vai descobrir toda a
verdade. Em Once Upon a Time, o espectador vai ganhando esse poder ao longo
dos primeiros episódios, conforme vai descobrindo quem é quem em cada um
dos mundos. E a expectativa vai aumentando na medida em que mais informação
é fornecida e ainda assim, a Emma se recusa a acreditar que tudo é verdade.
Essa relação fica ainda mais clara conforme o espectador vai fazendo
a ligação entre três elementos: a história em Storybrooke, a história na
Floresta Encantada e todas as histórias que ele tem no imaginário, oriundas
de referências das histórias que o espectador ouviu e viu em filmes sobre
os contos de fadas.


Conclusão


Nesse trabalho optou-se por se desenvolver um panorama geral sobre a
formação do universo dos contos de fadas, para que se pudesse entender a
fonte da qual a série se apropria para desenvolver suas adaptações. Além
disso, foram destacadas as influências que esses contos tiveram na
composição das primeiras obras audiovisuais voltadas para o universo
infantil, as animações de Walt Disney. Nessa contextualização, buscou-se
também destacar algumas das principais características dos contos de fadas,
que foram responsáveis por manter o gênero vivo no imaginário comum ao
longo de séculos. Além disso, foi relatado também, como essas
características são aplicadas na formação do mundo narrativo de Once Upon a
Time, e como foi feita essa relação entre as características das narrativas
televisivas e das narrativas de contos de fadas. Destacou-se principalmente
as características de re-interpretabilidade e elasticidade dos contos, que
fornecem para a série opções de inserir novos elementos e de explorar
opções que não foram exploradas nas histórias.
Por fim, foi analisado como todas as teorias foram aplicadas na
primeira temporada da série, dando enfoque para como os mecanismos foram
desenvolvidos, e o que determinada escolha resultou para a narrativa. O
que ficou claro com esse estudo é que a série apresenta diversas relações
com os contos de fadas, mesmo não sendo um conto e que seu papel é
importante para atualizar as histórias que o público tem formadas no senso
comum. Diversos outros aspectos poderiam ser analisados mais profundamente
para observar ainda mais o efeito que podem ter para sustentar a narrativa
e manter a série no ar.
Referências bibliográficas
BOOTH, Paul. Memories, Temporalities,Fictions: Temporal Displacement in
Contemporary Television. Television & New Media12 (4) 370–388. Sage
Publications, 2011.
CHATMAN, Seymour. What novels can do that films can't. (and Vice Versa) in
MITTELL, Jason. Narrative Complexity in Contemporary American Television.
IN:
The Velvet Light Trap, Number 58, 29-40. Fall 2006 by the University of
Texas Press.
NEWMAN, Michael Z. From Beats to Arcs: Toward a Poetics of Television
Narrative. IN: The Velvet Light Trap, Number 58, 16-28. Fall 2006 by the
University
of Texas Press.
ONG, Walter. Orality and Literacy - The Technologizing of the Word. Canada
& USA: Routledge, 1982.
ZIOLKOWSKI, Jan M. Fairy Tales from before Fairy Tales: The Medieval Latin
Past of Wonderful Lies. The University of Michigan Press. USA, 2007.
ZIPES, Jack. Fairy Tales and the Art of Subversion: The Classical Genre for
Children and the Process of Civilization. Routledge. New York, 2006.
ZIPES, Jack. Why fairy tales stick: The evolution and relevance of a genre.
Routledge. New York, 2006.
Referencias audiovisuais:

Once Upon a Time (em itálico). Diretor do filme. EUA: 2011. 1 temporada.






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[1] Trabalho apresentado no GT 3 - Subjetividade, Narrativas e Produção de
Sentido do 8º Congresso de Estudantes de Pós-Graduação em Comunicação, na
categoria Coneco Júnior. PUC Rio, Rio de Janeiro, outubro de 2015.
[2] Termo utilizado por Alan Bryman, no texto "The Disneyzation of
society", para explicar o movimento de consumo massivo que os produtos da
Disney geraram sociedade do século XX e XXI.
[3] O termo plot inglês para enredo, é usado para designar todos os eventos
de uma história para se obter um efeito emocional e artístico, é o enredo,
o que vai acontecer na história.
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