As cidades (in)visíveis: a representação urbana em mapas do Brasil

June 15, 2017 | Autor: Vera Domingues | Categoria: Cartography, Urbanism, Spatial Representation, Brasil; território
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Cartógrafos para toda a Terra produção e circulação do saber cartográfico ibero-americano: agentes e contextos

Cartógrafos para toda la Tierra producción y circulación del saber cartográfico iberoamericano: agentes y contextos

Cartógrafos para toda a Terra produção e circulação do saber cartográfico ibero-americano: agentes e contextos

Cartógrafos para toda la Tierra producción y circulación del saber cartográfico iberoamericano: agentes y contextos

Francisco Roque de Oliveira (org.)

Volume 2

Lisboa 2015

Cartógrafos para toda a Terra. Produção e circulação do saber cartográfico ibero-americano: agentes e contextos Cartógrafos para toda la Tierra. Producción y circulación del saber cartográfico iberoamericano: agentes y contextos organizador Francisco Roque de Oliveira comissão editorial Francisco Roque de Oliveira, Guadalupe Pinzón Ríos, Maria Helena Esteves, Maria Joaquina Feijão, Miguel Rodrigues Lourenço, Zoltán Biedermann revisão Daniel Paiva editores Biblioteca Nacional de Portugal (bnp) | Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa (ceg-ul) | Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores (cham, unl/uaç) capa Fernão Vaz Dourado – Carta parcial da costa noroeste da América do Norte, [ca 1576], perg., il. color.; 385 × 277 mm bnp, Lisboa: IL 171, fl. 19 (pormenor) design tvm designers pré-impressão Área de Gestão Editorial bnp © Autores, Biblioteca Nacional de Portugal, Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa e Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores

Biblioteca Nacional de Portugal – Catalogação na Publicação Cartógrafos para toda a Terra Cartógrafos para toda a Terra : produção e circulação do saber cartográfico ibero-americano : agentes e contextos = Cartógrafos para toda la Tierra : producción y circulación del saber cartográfico iberoamericano : agentes y contextos / org. Francisco Roque de Oliveira. – Lisboa : Biblioteca Nacional de Portugal : Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa : Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores, 2015. – 2 v. : il. Livro eletrónico. ISBN 978-972-565-529-0 cdu

528(46)”15/19”(091)(042)(0.034)

Os trabalhos que integram esta publicação foram submetidos à avaliação por pares (peer review) feita por avaliadores externos à Comissão Editorial em regime de duplo anonimato (double-blind). Los trabajos que integran esta publicación fueron sometidos a evaluación por pares (peer review) hecha por evaluadores externos a la Comisión Editorial en régimen de doble anonimato (double-blind). apoios

volume 2 Parte iv Cartografia e história urbana Cartografía e historia urbana «[O] Melhor Patrimonio do Estado»: representações não-portuguesas das cidades da Província do Norte do Estado da Índia, séculos xvi-xix Joaquim Manuel Rodrigues dos Santos As cidades (in)visíveis: a representação urbana em mapas do Brasil Renata Malcher de Araujo Vera Domingues Sobre a biografia da Planta da Villa de Maceió e a cartografia do engenheiro inglês Carlos de Mornay em Alagoas Maria de Fátima de Mello Barreto Campello A Porto Alegre Imperial Daniela Marzola Fialho A cartografia da expansão da cidade de São Paulo no período de 1881 a 2001 Reinaldo Paul Pérez Machado Iara Sakitani Kako Buenos Aires, mapas y expansión. Cartografía y saberes urbanos en la construcción de la ciudad moderna Graciela Favelukes Reinterpretaciones cartográficas: del origen a la Granada del xviii Ana del Cid Mendoza Da evolução urbana à geografia histórica do Rio de Janeiro: uma análise da produção de Mauricio de Almeida Abreu Pedro de Almeida Vasconcelos

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Parte v Horizontes da cartografia náutica ibero-americana Horizontes de la cartografía náutica iberoamericana La Casa de Contratación de Sevilla, el Padrón Real, las cartas de marear y los inicios de la ciencia moderna Mauricio Nieto Olarte

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La cartografía en los libros españoles de cosmografía, siglo xvi Mariano Cuesta Domingo

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La cartografía náutica española en el siglo xvii: transición de arte a ciencia Alfredo Surroca Carrascosa

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La cartografía en los libros españoles de náutica, siglo xviii José María Blanco Núñez

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A Náutica na Reforma da Universidade de Coimbra (1772): o fim do cargo de cosmógrafo mor e o nascimento das academias de ensino náutico Nuno Martins Ferreira

763

Troncos particulares de léguas: alternativa à carta de Mercator António Costa Canas

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El problema de los mapas náuticos con doble escala de latitud Simonetta Conti

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A cristalização de um modelo: as Filipinas na cartografia portuguesa, 1554-1580 Miguel Rodrigues Lourenço

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Parte vi Cartografias híbridas e imagens literárias Cartografías híbridas e imágenes literarias Topónimos/serpiente: sacralización del paisaje en las Relaciones geográficas, crónicas y documentos pictóricos del siglo xvi en México Ángel Julián García Zambrano

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Imaginar Nuevo México en 1602. La representación de la tierra incógnita: encuentros y desencuentros cartográficos en la América colonial Amaia Cabranes Rubio

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Cartografías de lo interno. Lo subterráneo en la construcción mítica de la Granada contrarreformista Francisco Antonio García Pérez Os sertões: de realidade geográfica a imagem literária André Heráclio do Rêgo El Sudeste Asiático europeo a través de la cartografía literaria: la literatura de viajeros españoles a Filipinas durante el siglo xix José María Fernández Palacios Angola na cartografia colonial e na escrita de António Lobo Antunes Fabiana D’Ascenzo

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Parte vii História da cartografia e divulgação de fundos cartográficos Historia de la cartografía y divulgación de fondos cartográficos Francisco de Borja Garção Stockler versus António Ribeiro dos Santos: os primeiros estudos de cartografia antiga em Portugal, 1805-1817 Francisco Roque de Oliveira

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A edição de Portugaliae Monumenta Cartographica e o seu significado político Carlos Manuel valentim

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El mapa geológico de México. La presencia de uma nueva disciplina en el México del siglo xix Lucero Morelos Rodríguez José Omar Moncada Maya Projeto «Atlas Histórico da Bahia Colonial»: promoção e difusão do saber cartográfico Erivaldo Fagundes Neves Maria Hilda Baqueiro Paraíso Caio Figueiredo Fernandes Adan André de Almeida Rego Raquel de Matos Cardoso do Vale Elane Fiúza Borges Jocimara Souza Britto Lobão Projeto «Album Chorographico Municipal do Estado de Minas Geraes, 1927: estudos críticos» Maria Lúcia Prado Costa

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Maria Aparecida Seabra de Carvalho Maria de Lujan Seabra de Carvalho Costa A importância da cartografia para o estudo da evolução da orla costeira: o exemplo do trecho Buarcos-Cova (Figueira da Foz, Portugal) Joana Gaspar de Freitas João Alveirinho Dias António Mota Lopes Helena Kol Herramientas tecnológicas para la difusión y el estudio de los fondos cartográficos de la Fundación Luis Giménez Lorente Jesús Palomar Vázquez Fernando Buchón Moragues

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volume 1 Cinquenta e um ensaios ibero-americanos de História da Cartografia 15 Francisco Roque de Oliveira Rumos da História da Cartografia 23 Francisco Contente Domingues

Parte i Os cartógrafos e as suas fontes Los cartógrafos y sus fuentes Fontes de origem portuguesa utilizadas por Piri Reis no Prefácio do Kitab i-Bahrye, 1526 37 Rui Manuel Loureiro Alonso de Santa Cruz: argumentos para considerarle el autor del Atlas de El Escorial 47 Antonio Crespo Sanz Isabel Vicente Maroto Nacimiento y evolución de la cartografía matemática en España. Las libretas de campo de tres cosmógrafos: Esquivel, Labaña y Santa Ana 81 Antonio Crespo Sanz Los mapas lícitos de publicar en Amberes. Redes, agentes y fuentes cartográficas usadas por Abraham Ortelius para el «Pervviae Avriferæ

Regionis Typvs. Didaco Mendezio auctore», 1584 115 Sebastián Díaz Ángel Producción y circulación del saber cartográfico entre Europa e Italia a finales del siglo xvi y principios del xvii. Modelos geográficos y cartográficos para representar a la Tierra 149 Annalisa D’Ascenzo Percursos do engenheiro António Carlos Andréis em Cabo Verde, 1765-1779 171 Maria João Soares ¿Original o copia? La colección de Pedro De Angelis y la circulación de la cartografía en el Río de la Plata, 1827-1853 199 Teresa Zweifel

Parte ii Tecnologia cartográfica e disputas territoriais Tecnología cartográfica y disputas territoriales La línea de frontera brasileña en el mapa de Juan de la Cruz y Olmedilla de 1775 219 José Andrés Jiménez Garcés A outra face das expedições científico-demarcatórias na Amazônia: o coronel Francisco Requena y Herrera e a comitiva castelhana 243 Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno Iris Kantor O Padre Francisco Xavier Éder e as Missões de Moxos 265 István Rákóczi Mário Clemente Ferreira Trazos a ciegas: los mapas políticos de Sudamérica en tiempos de las revoluciones independentistas latinoamericanas 287 Carla Lois O território contestado entre a França e o Brasil no âmbito das Sociedades Geográficas Nacionais 317 João Paulo Jeannine Andrade Carneiro O delineamento da Estrada Real desde a serra de Rio Maior a Leiria em 1791 339 Ricardo Charters d’A zevedo

La evolución de la representación cartográfica de las Islas Pontinas en el virreinato de Nápoles – siglos xvi-xviii 357 Arturo Gallia Proyección inglesa sobre las Islas del Pacífico novohispano a través de sus mapas y diarios de viaje – siglo xviii 371 Guadalupe Pinzón Ríos España y la legitimación de sus colonias decimonónicas en el Pacífico a través de los mapas de Francisco Coello 391 David Manzano Cosano

Parte iii A construção territorial do Brasil La construcción territorial del Brasil Análise semiótica da dimensão imaterial da cartografia histórica brasileira: o sentido territorial do Estado do Paraná no século xviii 413 Estevão Pastori Garbin Fernando Luiz de Paula Santil Cartografia Histórica da Capitania de Minas Gerais nos mapas de José Joaquim da Rocha do século xviii 429 José Flávio Morais Castro Território e História. Caminhos, vilas e cidades em Goiás no século xviii 447 Lenora de Castro Barbo Rômulo José da Costa Ribeiro Cartografia de terras e gentes: a guerra aos povos indígenas nas capitanias de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia no início do século xix 465 Maria Hilda Baqueiro Paraíso Caio Figueiredo Fernandes Adan Colonização e cartografia no sul do Brasil oitocentista: o exemplo de Emil Odebrecht 487 Enali De Biaggi Cartografia e experiência histórica no Império do Brasil 511 Leandro Macedo Janke

As cidades (in)visíveis: a representação urbana em mapas do Brasil Renata Malcher de Araujo Universidade do Algarve Centro de História de d'Aquém e d'Além-Mar (cham) Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Universidade dos Açores

Vera Domingues Centro de Estudos Sociais e Instituto de Investigação Interdisciplinar, Universidade de Coimbra Bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia

Nos Diálogos geográficos, cronológicos, politicos e naturais escritos por Joseph Barbosa de Sáa Nesta villa reyal do Senhor Bom Jesus do Cuyabá, no Anno de 1769 o autor do manuscrito, dirigindo-se ao seu leitor, diz que tendo até ali apresentado a América Meridional era necessário «dar huma individual noticia dos dominios portugueses por que saibas, que dei da terra, enque nasci, enque me criei, enque me acho; direi agora o que della souber, naõ jubillidades, nem exagerasoens hyperbolicas, mas sim a verdade que ahinda nenhum a soube rellatar» (sá, 1769: 111) Depois de indicar os limites do território, respectivamente na barra do Grão Pará e na do Paraguai e de dar as medidas da costa e a longitude de levante a ocidente (1670 léguas na sua maior extensão), diz «Dividese em 23 capitanias» que são logo nomeadas. Afirma curiosamente que tais capitanias se separavam em três estados: «Maranhaõ, Bahya, e Rio de janeiro» (sá, 1769: 111), que seguidamente explica com as indicações das submissões de cada uma das áreas aos tribunais correspondentes: Do Grão Pará ao Rio Grande de Natal sob a alçada de Lisboa; de Natal ao Espírito Santo sob a alçada da relação da Baía e do Espírito Santo à costa do Sacramento sujeitas ao Rio de Janeiro. Continua a síntese dizendo que «Contem todos esses estados 13 cidades», de que dá os respectivos nomes. E, no parágrafo seguinte, diz «Compreendem todos estes dominios 82 villas» (sá, 1769: 111), as quais também nomeia por capitania (quadro 1).

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Parece curta a lista de José Barbosa de Sá, que indica no total 105 topónimos urbanos. Contudo é significativa esta percepção do território feita por um «letrado do mato» (Campos, 2012) que, isolado em Cuiabá, literalmente nos limites da América Portuguesa, a descreve a partir do seu conjunto de cidades e vilas. É interessante observar que nesta síntese do território, a vastidão dos espaços, que não é sublimada, pois dela se dá as suas «hiperbólicas» dimensões, é no entanto submetida e ordenada pelas divisões administrativas, jurídicas e espaciais, que culminam nas suas sedes urbanas. O que é veiculado pelo texto é, no fundo, uma imagem geográfica, uma cartografia descrita. Mas é de fato curta a lista de topónimos de Barbosa de Sá, especialmente tendo em conta que, sobretudo na segunda metade do século xviii, é grande a dinâmica de criação de novas vilas. É curta e, afinal, pouco acurada no que diz respeito às próprias localizações das vilas nas respectivas capitanias. Basta considerar que não se listam as vilas da Baía, incluídas, algumas apenas, na capitania de Pernambuco; também não se listam as novas vilas criadas no Grão Pará e Rio Negro pelo Diretório dos Índios (Araujo, 1998), e todas as outras que a seguir se tinham criado na Baía (Flexor, 2006), no Piauí (Araujo, 2011), na Paraíba (Carvalho, 2008) e em várias outras capitanias. As próprias vilas do Mato Grosso, de onde escrevia José Barbosa de Sá, são listadas, muito estranhamente, em Goiás. Para além disso, a grafia dos topónimos é, em vários casos, aproximada, mesmo na capitania de que o autor revela maior conhecimento de casos, a de São Paulo. Contudo, como se disse, todas estas omissões e incorreções poder-se-iam explicar pelo isolamento do autor e pelas dificuldades que teria em obter informações mais acuradas. Este aspeto é deveras significativo. Sobretudo tendo em conta que esta dificuldade também seria eventualmente sentida por alguém que estivesse na mesma época em outro centro maior do Brasil, mesmo no Rio de Janeiro ou em Salvador e até em Lisboa, salvo, naturalmente, os homens envolvidos na elite da governação, que estariam melhor informados e mais atualizados a este respeito. Com efeito, embora se pudesse ter notícias, ou perceber in loco a dinâmica da criação de novas vilas, a verdade é que esta informação não era facilmente veiculada e muito menos sistematizada. Como bem diz Barbosa de Sá, quando afirma que «ahinda nenhum a soube rellatar» (Sá, 1769: 111) Tratava-se de ter em conta não só a criação de novas vilas, no sentido jurí-

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dico do termo, com o estabelecimento de câmaras municipais (Derntl, 2012), mas também o ainda mais premente surgimento efetivo de novos povoados, vivenciado sobretudo nas regiões de mineração (Fonseca, 2012), mas que também ocorria um pouco por toda a parte, a partir de pousos de caminhos, ou nos processos mais dirigidos de transformação dos aldeamentos indígenas. As dificuldades de difusão da informação explicam-se, em parte, pelas grandes distâncias que, a despeito da contiguidade territorial, ainda separavam de facto as várias capitanias. Explicam-se também, em parte, por uma espécie de inércia inerente à administração colonial portuguesa que, em especial no caso do Brasil, caracterizou-se por não divulgar demasiado as informações relativas ao interior do continente americano. Todos sabemos as principais razões que terão estado na base deste procedimento, assim como também sabemos as principais razões que obrigaram a que este quadro progressivamente se alterasse. Os tratados de limites e as demarcações realizadas na segunda metade do século xviii (tratado de Madrid, 1750 e tratado de Santo Ildefonso, 1777) impuseram, antes, durante e depois das suas ocorrências, um conjunto de medidas destinadas não só a conhecer e levantar o território do ponto de vista geográfico, como a fixar os marcos da posse portuguesa deste mesmo território. Sendo óbvio o papel que as povoações, vilas e cidades desempenhavam neste sentido in loco, também o é a necessidade de afirmar esta presença na arena internacional, nomeadamente divulgando através da cartografia impressa a existência e a localização destas inquestionáveis marcas da posse portuguesa do território. Era importante veicular a imagem de um território ocupado e, acima de tudo, colonizado, no sentido em que as indicações toponímicas relativas aos nativos tendem a diminuir consideravelmente (Kantor, 2010). O nosso interesse nesta comunicação é indagar sobre a presença das «cidades», ou melhor, da representação e indicação dos topónimos urbanos (ou proto-urbanos), nos mapas do Brasil. Os exemplares eleitos para serem trabalhados inicialmente foram três grandes mapas da América do Sul impressos entre o final do século xviii e início do século xix, nomeadamente o Mapa geográfico de America Meridional de Juan de la Cruz Cano y Olmedilla (Cruz, 1799), o Columbia Prima de Louis Stanislas d’Arcy Delarochette (Delarochette, 1811) e Outlines of the physical and political division of South America de A.  Arrowsmith (Arrowsmith, 1814).

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Estes mapas estão, certamente, entre os que alcançaram maior divulgação internacional, como era o seu propósito. Embora tenham sido objeto de estudos diversos, cremos que ainda não terão sido suficientemente «lidos» e discutidos nos seus conteúdos internos, em especial no que se refere às indicações de topónimos urbanos. Trata-se de um trabalho em curso de que se dará conta aqui de algumas observações assumidamente parciais e preliminares. Nesta primeira abordagem, as nossas observações far-se-ão sobretudo a partir das listas de topónimos que recolhemos destes mapas procurando questionar, em primeiro lugar, o seu elementar caráter quantitativo. Importa-nos saber quantas são as indicações toponímicas que se possam relacionar com a ocupação humana do território. Esta leitura, embora seja aparentemente árida e meramente estatística, pode ser significativa na medida em que pode fornecer dados sobre os processos de difusão quer do conhecimento do território, quer da sua ocupação. A seguir tentaremos uma aproximação mais específica questionando, para algumas áreas, quais são as localidades nomeadas, procurando ver em que medida estes nomes não só se repetem nos vários mapas, como coincidem, ou não, com outras indicações divulgadas em texto, nomeadamente na Corografia Brasílica ou Relação Histórico-Geográfica do Reino do Brasil, da autoria do Padre Manuel Aires de Casal, publicada no Rio de Janeiro, em 1817 (Casal, 1976). É de certo modo unânime a noção de que a Corografia Brasílica apresenta uma súmula do que se sabia sobre a ocupação do território do Brasil nas vésperas da independência. Trata-se, com efeito, da mais aturada compilação de dados geográficos até em então publicada sobre o Brasil. Embora o autor invoque sobretudo o seu (sic) conhecimento do território, é certo que utilizou as mais atualizadas fontes, quer textuais, quer cartográficas. Dado que as datas de publicação dos mapas situam-se próximas da data de publicação da Corografia, a comparação importa-nos duplamente. Por um lado, as informações da Corografia servem de base de aferição para os próprios dados constantes nos mapas. Por outro lado, servem também pela relação que se possa estabelecer entre o conhecimento interno do território e o que se divulga no exterior. De todos os modos, importa voltar a referir que as nossas observações serão feitas a partir das listas de topónimos obtidas depois da leitura e recolha da informação contida tanto nos mapas como nos textos citados. Nesta

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operação há algo do caráter e da essência dos mapas que fica de certo modo sublimado, que é a própria informação locativa que o mapa pretende dar de cada topónimo. Questionar este aspecto é uma intenção que fica deliberadamente adiada para a continuidade do trabalho. Por agora, lidamos assumidamente com róis de nomes, nomes através dos quais queremos ver as ditas cidades (in)visíveis. Do Mapa Geográfico utilizamos para a análise, não a versão original de 1775 ou as suas sucessivas edições, mas a reimpressão feita em Londres, por William Faden, em 1799. Para os nossos propósitos a reimpressão era mais eficiente quer pela qualidade gráfica do exemplar digitalizado, quer pelo próprio papel desempenhado por esta edição para a difusão internacional do mapa e para a própria aceitação interna pela coroa espanhola, que num primeiro momento pretendeu sustar a sua divulgação (Almeida, 2001: 57-59). Como esclarece André Ferrand de Almeida, em texto publicado nos Anais do Museu Paulista, «o mapa de Juan de la Cruz Cano y Olmedilla tem uma história longa e complexa» (Almeida, 2009: 82). Não cabe aqui discorrer sobre as vicissitudes da elaboração e difusão do mapa e das suas relações com o processo de demarcação das fronteiras na América, que ficam muito bem explicitadas no texto citado. Assim como a observação absolutamente pertinente de que salvo para a bacia amazónica e região platina «o mapa de Cruz Cano não reflete o estado da cartografia portuguesa da época» (Almeida, 2009: 81), dando pouca atenção, por exemplo, para a região de Minas Gerais, uma das mais populosas (e urbanizadas) áreas do território no século xviii. É evidentemente grande o contraste entre a densidade urbana e toponímica das áreas de dominação espanhola e o relativo vazio das áreas de dominação portuguesa. Contudo, e tendo em conta a caracterização hierárquica a que Cruz Cano submete a leitura do território, identificando as várias categorias e tipologias de aglomerados (calcados naturalmente no modelo espanhol), não deixa de ser significativo o resultado da amostragem que apresenta para a América Portuguesa. Como cidade capital do reino é Salvador a indicada, revelando a desatualização, uma vez que desde 1763 a capital fora transferida para o Rio de Janeiro. São cinco as cidades marcadas como capital de província, 18 exemplos são classificadas como cidade regular e 36 como vilas ou cabeça de partido. São ainda indicadas 229 povoações grandes. Para além destas há

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mais 8 núcleos indicados como povoação pequena, aldeia ou fazenda, dentre os quais, um deles, na fronteira, é precisamente a «poblacion nueva» feita junto ao «marco de marmol», apontando para a conjuntura das demarcações. Há ainda 15 nomes indicados como forte, destacamento ou castelo antigo, 16 sítios arruinados, que são significativos na medida em que indicam sobretudo antigos núcleos fundados pelos espanhóis que teriam sido destruídos pelos portugueses, e outros 60 topónimos sem signo gráfico de identificação. No total são 386 topónimos (Quadro 2), o que ultrapassa largamente os 105 de Barbosa de Sá. Como já se disse, o sul está entre as áreas melhor representadas, com a indicação de vários topónimos que geram, nesta escala, um verdadeiro caminho de povoações, que será em parte exagerado do ponto de vista puramente urbano, embora corresponda a um uso efetivamente mais intensivo do território nesta cronologia como área de passagem de gado, com os devidos pousos e estancias (Figura 1). No conjunto do mapa há algumas indicações equívocas, nomes repetidos, e aproximações fonéticas que revelam provavelmente fontes orais ou erros de cópias. Os erros e omissões serão, em parte, fruto da falta de informações sobre os territórios portugueses, contudo convém referir que imprimir, nesta escala, um mapa de toda a América do Sul foi uma iniciativa absolutamente pioneira, levada a cabo pelos espanhóis num momento em que os portugueses não se propunham a tal tarefa «pelo menos antes de 1777» (Almeida, 2001: 60). Por aí se pode eventualmente supor que também possa ter sido deliberado, por parte dos espanhóis, a representação do «vazio» urbano no interior do território português. É precisamente neste aspecto que a Columbia Prima difere, posto que é sobretudo na área central que se passam a concentrar as indicações toponímicas. Impresso pela primeira vez em 1807, em Londres, também por William Faden, postumamente à morte de Louis Delarochettte, que o desenhou, o mapa foi, em 1811, incluído entre os 56 que compõem o General Atlas de Faden, tendo até 1823 mais três edições. A que se trabalha aqui é a edição de 1811. Como se sabe, as condições de produção deste mapa são diversas, assumindo-se para a sua elaboração a colaboração prestada pelo Chevalier Pinto (Almeida, 2001: 64). Trata-se do 1º Visconde de Balsemão, Luís Pinto de Sousa Coutinho, que entre 1769 e 1772 foi governador da capitania do Mato

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Grosso, depois embaixador de Portugal em Inglaterra (1774-1788) e Ministro da Guerra, dos Negócios Estrangeiros e do Reino (1788-1801 e 1803). No desempenho das suas funções, Sousa Coutinho acumulou uma notável coleção cartográfica, sobretudo de mapas do Brasil, relacionados com as questões das demarcações de limites (Garcia, 2011); em Londres, acompanhou os trabalhos de Faden e forneceu vários dos elementos cartográficos relativos ao Brasil que suportaram a execução da carta, alguns dos quais são desde logo indicados na legenda na edição de 1807 (Almeida, 2001: 64). O Columbia Prima é, portanto, pelo menos em parte, fruto do esforço em tornar público o resultado dos trabalhos cartográficos portugueses realizados na América do Sul durante a segunda metade do século xviii. Mais do que sonegar informação sobre a ocupação do território, temendo eventuais invasões, o processo aqui terá sido inverso: cabia demonstrar a ocupação. Neste sentido, a representação do espaço interior do continente ganha outros contornos e estão presentes toda uma série de elementos quer de rede viária, quer civilizacionais, que de antemão não só carregam de apontamentos a zona litoral como preenchem o anterior vazio central que caracterizava os antecedentes mapas da América do Sul. Entre os trabalhos e autores citados como fontes do Columbia Prima constam os mapas de João ( José) Joaquim da Rocha, de onde terão sido retiradas sobretudo as informações relativas a Minas Gerais, mas também do Rio de Janeiro e de Santa Catarina; a carta topográfica de João da Costa Ferreira terá fornecido dados da capitania de São Paulo; e vários mapas da coleção de Sousa Coutinho forneceram informações detalhadas das regiões de fronteira no Mato Grosso e no sul, assim como provavelmente dados relativos ao Grão Pará (Almeida, 2001: 64). É precisamente nas capitanias de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso que a variação de densidade em relação ao mapa de Cruz Cano é mais evidente. Só em Minas são apontados 138 topónimos (Quadro 3). Este grande conjunto de indicações toponímicas resulta da transposição da informação dos mapas regionais para a escala continental, a que se acrescenta ainda a estrutura viária de comunicação entre os núcleos. Embora estes núcleos tivessem certamente dimensões muito diferenciadas, sendo alguns deles vilas populosas e outros pequenos arraiais ou fazendas, o resultado em carta da soma de todos é de uma grande densidade de ocupação do espaço, pelo menos em termos relativos, para as grandes dimensões do Brasil

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Figura 1. Povoações indicadas no Mapa Geografico de América Meridional (cruz, 1799). Intervenção sobre o mapa: Vera Domingues.

(Figura 2). A título de comparação, a Corografia Brasílica de Aires de Casal

indica 58 povoações para a capitania de Minas, das quais 36 coincidem com as indicações toponímicas do mapa. Para Goiás apontam-se 84 topónimos no mapa (Figura 3). A Corografia indica 64 povoações, 30 das quais coincidem. No Mato Grosso o mapa conta com 29 topónimos (Figura 4), enquanto Aires de Casal indica 24 povoações, das quais 11 coincidem. Estas diferenças podem implicar ou os diferentes critérios de inclusão das povoações utilizados no mapa e no texto (Aires do Casal nomeia, via de regra, as localidades que tinham freguesias instituídas) ou ainda situações em que, sobretudo no mapa, mantém-se informações desatualizadas. Porém, mais do que meras estatísticas (embora estes números sejam significativos), o que nos importa chamar a

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Figura 2. Povoações e estradas indicadas em Minas Gerais no Columbia Prima (delarochette, 1811). Intervenção sobre o mapa: Vera Domingues.

atenção é para a leitura que os próprios topónimos permitem. No caso do Mato Grosso podemos confirmar que todos os nomes correspondem a localidades em alguma circunstância referidas na documentação e em algum momento existentes. Contudo, como se disse, algumas sobrepõem-se no tempo, apresentando o mapa um verdadeiro palimpsesto da ocupação do território. Ou seja, é obviamente necessário filtrar a informação contida no mapa, mas é desde logo relevante que ela esteja registada. (Quadro 3). Balsemão, por exemplo, foi o nome dado por Luís Pinto de Sousa Coutinho, em 1769, quando era governador do Mato Grosso, à povoação feita para os índios Pamas na cachoeira do Girau, assim como Lugar de Leomil foi o nome dado na mesma altura à aldeia de São José e Lugar de Lamego

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(Lamora, no mapa) à aldeia de São João de Índios, ambas no rio Guaporé. Guimarães (Caimaraes no mapa) rebatizava a aldeia de Santa Ana, fundada por Rolim de Moura, nas proximidades de Cuiabá (Araujo, 2001: 132). Sousa Coutinho também pretendeu mudar o nome do Destacamento das Pedras (outra fundação de Rolim de Moura) para Destacamento de Palmela, mas tal nome não terá vingado. Pretendeu transplantar ainda uma outra incipiente povoação da capitania, o Arraial de Arraes, na região do Rio das Mortes, que o governador rebaptizou de Amarante (Araujo, 2001: 133). No mapa aparecem as duas localizações, uma de Araeys ou Aroes e outra do Santo Antonio de Amarante ou Amaro Leyte. Porém, tendo em conta o comentário de Aires de Casal, à data da edição do mapa ambas provavelmente tinham já desaparecido: «Na margem esquerda do rio das Mortes existiu uma aldeia com o nome de Amaro Leite, seu fundador: desapareceu depois que se endireitou a estrada mais pelo sul» (Casal, 1976: 141). Da mesma forma, sobre Almeida, Sernacelhe e Aldeia de Ximbua que aparecem no mapa Aires do Casal afirma que «Ao norte do rio Tapiraqués, sobre a margem do Araguaia, no espaço de 24 leguas se fundaram as três aldeias da Lapa, Almeida e Sernancelhe para habitação de várias famílias do gentio Ximbiuá, reduzidas à paz no ano de 1775: as quais, passado pouco tempo, tornaram ao seu natural modo de viver. É gente apaixonada pela caça e pescaria, donde tiram o forte da sua subsistência» (Casal, 1976: 144). Outras reminiscências significativas indicadas no mapa são as Ruins of sitia de Xeres e duas Mission extinct. Respectivamente, a cidade de Santiago de Jerez, estabelecida pelos espanhóis em 1578 no rio Mbotey, afluente da margem direita do Paraguai, e duas implantações dos vários núcleos de missões jesuítas de índios guaranis que, desde 1610, firmavam e instituíam no território as proximidades da linha de fronteira, completando o quadro da iniciativa espanhola de ocupação da região. Quer a cidade de Jerez quer as missões foram destruídas ou abandonadas depois dos ataques levados a cabo pelos bandeirantes paulistas. Importa ter em conta que esta «explusão» dos espanhóis era reivindicada positivamente pelos portugueses e de tal modo pesava no imaginário da construção da região que José Barbosa de Sá se referiu a ela da seguinte forma: «acharão seis povoações de gente castelhana brancos Indios e mestisos com igrejas cazas de telha officinas criaçõens de bois cavallos e carneiros a quem os nossos famosos capitaens como fieis portuguezes fizerão guerra por repetidas vezes thé que pondo

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Figura 3. Povoações indicadas em Goiás no Columbia Prima (delarochette, 1811). Intervenção sobre o mapa: Vera Domingues.

em fuga os brancos recolherão muitos indios destruirão e queimarão as feitorias vendo pertencerem aquelles Lugares aos dominios de Portugal, (...) o que causou tanto espanto e temor as povoaçoens da Provincia do Paragoai que alli não mais tornarão e ao não ser isso serião hoje do dominio de Espanha todos os nossos lugares thé Sam Paulo Minas Gerais Goyas e Cuiabá» (Sá, 1975: 10). Também Aires de Casal invoca a dita cidade desaparecida: «Não muito longe das cabeceiras do Aranhaí ainda aparecem vestígios da mencionda Ciudad Xerês» (Casal, 1976: 133). No entanto, embora contemple povoações desaparecidas, faltam na Columbia Prima algumas outras já existentes quando o mapa foi realizado, como a Vila Maria do Paraguai ou a povoação de Albuquerque, fundadas ambas em 1778, por Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres

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(Araujo, 2001: 170),

embora lá esteja, do outro lado da fronteira, o Forte de Nova Coimbra (Coimbranova no mapa), fundado em 1775. Retomando as estatísticas, a Corografia lista 701 povoações, na Columbia Prima há, no total, 592 topónimos. No mapa de Arrowsmith são já 1263. À semelhança de Louis Delarochette, Arrowsmith foi conhecido no panorama da cartografia por reunir as melhores informações disponíveis recorrendo a uma ampla variedade de fontes, tendo as suas publicações quer topográficas quer hidrográficas merecido diversas reedições, porque o próprio cartógrafo reformulava os mapas consoante as novidades que recebia. O mapa Outlines of the physical and political division of South America primeiro produzido em 1804, atualizado em 1812 e novamente publicado em 1814, é – tal como o autor literalmente o apresenta na legenda – feito recorrendo a documentos originais publicados antes de 1806, e principalmente a mapas manuscritos e levantamentos efetuados entre os anos de 1771 e 1806, revistos e postos à prova segundo observações astronómicas até 1810. O que significa que à vista desarmada encontramos uma estrita relação entre este mapa e o Columbia Prima, possivelmente porque ambos foram desenhados em simultâneo e na casa editorial de William Faden, facilitando a transmissão e troca de informação entre cartógrafos e bebendo das mesmas fontes. No entanto, se a base territorial do mapa de Arrowsmith em tudo tem haver com o anterior, nomeadamente na referência a zonas urbanas ou de fortificação, a rede hidrográfica e a localização das tribos que compunham o mosaico humano, há no mapa de Arrowsmith um investimento maior, como se verifica pela densidade da capitania de Minas Gerais que passa de 138 a 310 topónimos (o que talvez comporte algum exagero). No Mato Grosso a diferença numérica dos topónimos, de 29 para 79, corresponde a uma outra imagem da ocupação da capitania, incluindo-se desta feita não só vários arraiais de mineração, que não tinham sido indicados no mapa anterior (São Vicente, Ouro Fino, Santa Ana, Pilar, Chapada e São Francisco Xavier, nas proximidades de Vila Bela da Santíssima Trindade), assim como as fundações realizadas durante o governo de Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres (Aldeia Maria, Albuquerque, Casal Vasco, Viseu, Santo António de Guará, etc.). O mapa mostra ainda com mais detalhe as ligações entre os pontos ocupados desenhando as vias

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Figura 4. Povoações indicadas no Mato Grosso no Columbia Prima (Delarochette, 1811). Intervenção sobre o mapa: Vera Domingues.

de comunicação e apontando os sucessivos pousos, sobretudo fazendas. Esta é uma informação preciosa, na medida em que não é de todo comum encontrar-se em mapas desta escala. É  evidente que tal informação terá sido retirada de mapas regionais manuscritos e daí terá sido transposta. É possível também, e provável, que possa não corresponder ao momento preciso da elaboração do mapa, mantendo dados eventualmente desatualizados. No entanto, como já se disse, é especialmente relevante que seja indicada (Figura 5). O mesmo se pode dizer no caso da capitania do Grão Pará. Os 150 topónimos indicados correspondem, na sua maior parte, ao processo levado a cabo por Francisco Xavier de Mendonça Furtado, no âmbito da instalação do Diretório dos Índios, que transformou os antigos aldeamentos

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Figura 5. Povoações indicadas no Mato Grosso no Outlines of the physical and political division of South America (arrowsmith, 1814). Intervenção sobre o mapa: Vera Domingues.

missionários em vilas (Figura. 6). Trata-se de informação absolutamente atualizada que, embora possa não corresponder aos núcleos que efetivamente vingaram, dá conta cabal da sua existência num determinado momento. Há algumas imprecisões curiosas, como a vila de Silves que é grafada como St. Ives, e outras eventuais discrepâncias, mas os nomes que ali constam não são eldorados. Aliás, já não há neste mapa a indicação das ruínas da dita golden village, que se apontava no Columbia Prima. Embora se deva dizer que este topónimo também poderia ter especial significado

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Figura 6. Povoações indicadas no Grão Pará no Outlines of the physical and political division of South America (arrowsmith, 1814). Intervenção sobre o mapa: Vera Domingues.

para os portugueses uma vez que poderia invocar a povoação criada, em 1639, pelo capitão Pedro Teixeira, «defronte das bocainas do rio do ouro», onde o capitão «tomou posse, pela coroa de Portugal, do dito sítio e mais terras, rios navegações e comércios» (Araujo, 1998: 90). No título desta comunicação falávamos de cidades invisíveis. No famoso livro homónimo de Ítalo Calvino é a narrativa de Marco Polo que faz surgir aos olhos do grande Kublai Kan as muitas cidades do seu império. Cidades as quais o imperador nunca viu, nem veria, e que contemplava apenas oniricamente vendo-as através da palavra viajante de Polo. A sábia ambiguidade do título remete tanto para a invisibilidade da audição como

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da própria ficção, ambas tornando visível o invisível. Diz-se no livro de Calvino que «A cidade é redundante: repete-se para fixar alguma imagem na mente. (...) A memória é redundante: repete os símbolos para a que a cidade comece a existir» (calvino, 2003: 11). Podemos pensar esta analogia com a cartografia. Nos mapas a representação das cidades são meros símbolos e nomes. Aparentemente, pouco há que as caracterize em termos individuais, salvo as diferenças de tamanho, que se podem indicar com letras maiores ou menores, ou associadas a símbolos distintos. Mas, além disso, há apenas o seu nome, marcando o espaço e afirmando a sua presença. Em vários casos, a sua existência pode ter sido efémera e o nome no mapa é um apontamento para a memória, lembrando que tal povoação existiu ali num determinado tempo. Noutros casos, esta presença pode ter sido ilusória, ou mesmo inventada. De todos os modos, o nome no mapa tem sempre a pretensão de reclamar um espaço, seja ele real ou retórico. Neste sentido, tem sempre a intenção de dar a ver, ainda que eventualmente o invisível. Na verdade, a invisibilidade não está nos mapas, mas na opacidade dos olhos de quem os lê. Os topónimos recolhidos nos três mapas que referimos são especialmente significativos e parece-nos que têm sido pouco trabalhados. São, em primeiro lugar, bastante mais do que nós próprias esperávamos encontrar. Podem conter alguma mistificação e devem, evidentemente, ser questionados. Contudo, a simples listagem destes nomes representa, desde logo, uma informação relevante, uma vez que implica a compilação, numa única fonte, de dados que se encontravam dispersos. Desta forma, e a título de desafio, importa não só encontrar as fontes documentais e cartográficas dos mapas, mas há também que cruzá-las com outras referências procurando estabelecer os filtros, os tempos e os significados de cada um destes topónimos. Mas é preciso sobretudo valorizar os próprios mapas como fontes de pesquisa para a história da construção territorial e urbana do Brasil. Porque a presença que se conta ali não devia ser invisível.

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Referências bibliográficas

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ESTUDOS Almeida, André Ferrand de (2001) – «Entre a Guerra e a Diplomacia: os conflitos luso-espanhóis e a cartografia da América do Sul (1702-1807)». In A Nova Lusitânia Imagens Cartográficas do Brasil nas Colecções da Biblioteca Nacional (1700-1822). Lisboa: cncdp, 37-65. Almeida, André Ferrand de (2009) – «O Mapa Geográfico de América Meridional, de Juan de La Cruz Cano y Olmedilla», Anais do Museu Paulista, 17(2) (2009), 79-89. Araujo, Renata Malcher de (1998) – As Cidades da Amazónia no século xviii: Belém, Macapá e Mazagão. Porto: Faup. Araujo, Renata Malcher de (2001) – A Urbanização do Mato Grosso: discurso e método. Dissertação de Doutoramento, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa (policopiado). Araujo, Renata Malcher de (2011) – «O Piauí e a sua cartografia». In Actas do iv Simpósio Luso-Brasileiro de Cartografia Histórica. Disponível em: Data de consulta: 1 de Julho de 2013. Bueno, Beatriz Piccolotto S., ed. (2012) – «Dossiê - Caminhos da História da Urbanização no Brasil-Colônia», Anais do Museu Paulista, 20(1) (2012). Calvino, Ítalo (2003) – As cidades invisíveis. Trad. Diogo Mainardi. São Paulo: Biblioteca Folha. Campos, Rafael Dias da Silva (2012) – «Que de autor basta eu...»: O Mundo natural nos «Diálogos Geográficos» de José Barbosa de Sá. Dissertação de Mestrado em História, Universidade Estadual de Maringá (policopiado). Carvalho, Juliano Loureiro de (2008) – A formação territorial da Mata Paraibana 17501808, Dissertação de Mestrado, Faculdade de Arquitetura da Universidade da Baía (policopiado). Derntl, Maria Fernanda (2012) – «Uma oficina de novidades: a implantação de núcleos urbanos na capitania de São Paulo, 1765-1775», Anais do Museu Paulista, 20(1) (2012) 109-131. Flexor, Maria Helena Ochi (2006) – «A rede urbana brasileira: meados do século xviii», Revista da Cátedra Jaime Cortesão, 1, 161-212. Fonseca, Cláudia Damasceno (2012) – «Urbs e civitas: a formação dos espaços e territórios urbanos nas minas setecentistas», Anais do Museu Paulista, 20(1) (2012) 77-108. Garcia, João Carlos (2011) – «Introdução», in Cartografia do Brasil na Biblioteca Pública Municipal do Porto – catálogo. cd-rom. Porto: Biblioteca Pública Municipal do Porto; Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

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Estados Cidades

Vilas para maranham seará parahyba do norte pernambuco

Espirito sancto rio de janeiro

gram pará, caeté, maranhaõ, seará, rio grande, parahyba do norte, tamaracá, pernambuco, sergipe, bahya de todos os sanctos, ilheos, porto seguro, espirito sancto, parahyba do sul, cabo frio, rio de janeiro, sam paulo, rio grande de sam pedro, colonia do sacramento, minas gerais, goayas, cuyabá. Maranhaõ, Bahya, e Rio de Janeiro a cidade de Belem do gram pará, a cidade de Sam Luis do maranhaõ, a cidade do natal do rio grande, a cidade de Nosa Senhora das Neves da parahyba do norte, a cidade de Olinda de pernambuco. a cidade de Sam Salvador da bahya de todos os sanctos, a cidade de Sam Christovaõ de sergipe (…), a cidade de Sam Sebastiaõ do rio de janeiro, a cidade Mariana das minas gerais, a cidade de Sam Paulo da capitania do mesmo tittular, a cidade de Sam Pedro do rio grande, a colonia de sacramento. Camutá, Sam George, Guraipá, Caeté, Macapá, Villa Nova de Sam Joseph; Sanctiago, Cumoer (?), Villanova, Alcantara, Amota. Sanctiago, Camuci, Seará merim. Parandibe

23

3 13

82 6 5 3 1

corpo sancto do arecife, Sancto Antonio, Igratuilarinhaen, Porto calvo, 28 Sam Miguel, Alagoas, Nosa Senhora da Conseissam de tamaracá, Goayana, Morobeca, Sam Matheus, Sam George dos ilheos, Sancto Antonio do rio das caravellas, porto seguro, Rio das Contas, Camamcã, Cairú, Nosa Senhora das brotas. Tabayaha, Sancto Antonio, Nosa Senhora da piedade, Villa Reyal, Caxoeira, Iagoaripe, Sancto Amaro, Sam Francisco do sítio, Maragogipe, a Jacobina, e Reys Magos. a da Victoria, e a de Nosa Senhora da Conseissaõ. 2 Grupary, Sam Salvador da parahyba do sul, Sam João dos goyasacales, Sancta Anna de Macahé, Sancto Antonio de Casarabú, a villa de angra dos reys da ilha grande, Nosa Senhora do bom soceso de paraty.

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Sam Paulo

minas gerais goaya

Nosa Senhora da Conseissaõ da Laguna, Sancta Catherina, Nosa Senhora 22 da Grasa (Graça)do rio de Sam Francisco do sul, Nosa Senhora do Rosario de parnagoa, Nosa Senhora das neves da Curitiba, Sam Joaõ baptista de Cananea, o Bom Jesus de Igoápe, Nosa Senhora da Conseisaõ de tanhaen, Sam Vicente, Sanctos, Sam Sebastião, Nosa Senhora da Conseissam de Ubatuba. Nosa Senhora da ponte de Jorocabá. Nosa Senhora da Candellaria de Isú, Jundiahy, Parnahyba, Moigi, Jacaraty, Tabaté, Pindamonhangaba, Goaratinguesá, a Piedade. villa do Serro do frio intitulada villa do principe, Caeté, Sabará, Villarica 7 do ouro preto, Pitangui, Sam Joseph, e Sam Joaõ do rio das mortes. villas reyas do Senhor do Bom Jesus, e a villa bella da Sanctissima 2 Trindade. Quadro 2 – Mapa Geográfico de America Meridional.

Cidade Capital Cidade capital de Província Cidade Regular

S. Salvador ò Ciudad de la Bahia de Todos Los Santos V. R. de Marañam; Olinda, o Pernambuco; Para; Rio Janeiro; S. Pablo

1 5

Villa de Porto Seguro; Ciudad Nueva (Rio Grande do Norte); La 18 Fortaleza (Rio Negro); Caite; N. S. de la Victoria; Villa del Oro; Barcelos; Curupa; Parù; Macapá; Ciudad del Rio Grande de S. Pedro; S. Vicente; Porto S. George; EyEstrecho de Pauxis (óbidos); Sergipe del Rey; Goyaz; Paraiba o Federico; La Concep.u (Itamaracá) Vila ou cabeça Viamon; VIlla nueva de la Laguna; Villa de Nª SA del Socorro ou del 36 de partido Destierro; Ipetuba; S. Francisco; Curituba; Iguapê, S. Amaro; Jarocabas; Villa de Cabofrio, Angra de los Raies, Caralinguela, Pinhanga, Janbute, Jabaraba, Villa del Cármen, Villa Rica, S. Juan del Rey, Villa del Espiritu Santo, Cahete , Juan (?) segun los cosmógrafos misioneros; Villanueva del Principe território de Diamantes, Minas Generales, Guayàs segun los Mission.s; Villa boa, Villa Bela, La Concepcion, Villa de Juan Amaro, Jepoa, Velho, Aracari, Ariparipudi, Camuta, Seara; Xinga; R.t û Arrayal de los Portugueses

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Povoação grande

Povoação pequena aldeia fazenda Forte, destacamento ou castelo antigo

Guardiã; P.blo Nuevo; S. Cayetano; Tojucos; Tapes; Conventas; Vacaria; 229 Camisas; Alto de Sierra; Rodante; S. Miguel; S. Josef ô de S. Juan, segund el viaje del Lord Anson ; S. Antonio, Pelotas; P.blo Sto Tome; Tomido; Frulas; Porcon; P. Atos; Tributos ; Fray Juan; Tibunos; Corio; Papagayros; C. Alegre; C. Alto; Espigon; Monte de S. Juan; Passa 3; C. de Tenente; Fray Carlos, Cabolargo, Porcos; Tajacoca; Pitangui; Polado; Combeju; Roy Poblacion nueva; Tapitay; Caia Canga; Rocha; Araraz; Pinça; Samanibaya ; Rio Verde; Banga; Escama; Podroso; Cubaz; Santos; S. Miguel; Magimiri; Parati; Piedod; Juroca; Escalada; Jacaray, Majis, Moserrate; Buturuné (60), Recisio, P.blo de Guaropara; Leonardo Froes; Villa Ilhu; Guarapiranga, S. Josef; Bello Real; Congonhaz; Itambira; Cavala, Camargos, Aldea de los R.s Magos; Catas altas, Malodentre, La Estancia en donde los Portugueses pasan en hombros las léguas los canoas para penetrar par el rio camapua hasta el matogroso, vutaba, e., Almas; Chopadel; Toreyras; S. Josef segun los Mis.ras; Rita; Rome; Corcola ; S. Amara; Pob.on Bela; Porto Seguravelio; Itacombira; Rosário; Corcola; El Jesus de Cuyabà, Minas de Oro que trabajan los Portug., S. Felisval de los nuevas tierras, Aldea de Tapuyas; Sta. Ana; Villa de S. Antonio; Esperatiza; Pblo. Camamuy Aldea de los Yndios, Frayales del Cármen, Parateca, El R.l de Cardoso, Portal de S. Lan (?); S. Antonio Urubu; Campos generales; S. Mauro, P.blo Capanama, Pedro nuevo, N. S. del Socorro, Aldeã, Torrede ; La Hacienda; Cabo Colar; Aldeã, Pblo. Tapicuro; S. Antonio, S. Christiano, Sta. Isabel; S. Gonzalo, P.blo Pio Wie, R.t de la Asuncion; Aldea de Sohante de Cua; Minas; Corigade Oro; Cosafuerte; Penedo, Nosaco, S. Antonio, N. S. de Monferrato, S. Amaro, Macucagui, R. Sebastiano Nova, N. S. Ajuda, Barreto, Pereira; Almirante; Amasareno; Rocha; Rego, Mouristo; Pardora; Pblo. R. Aurigy; S. Miguel; Espiritu S.to; Igaraez; El Real; S. Juan; Coxubari; S. Anton; N. S. de las Placeyros; N. S. de Guia; Porte; Carvallo; Caramatiba; Salovat; Caldera; Anton; Jorge Pinto; Natal; Ipuntal; Aldea Wewasau Lugar de las Salinas; S. Pedro, Eviratoa; Traquatoa, Paraguara; Tose, Coari, Mucabusa; Mission, M.n Guaranis, Mis.n Guaranis, Los Santos Angeles de Cumaru, Pedrera, S. Elias de Yabu; Aripana; S. Joachin , Topinambas, N.ª Sª del Socorro; S. Pedro Nolasco; S. Lorenzo; S. Sebastian; S. Ygnacio; Cumarú; S. Josef; Buraru; Comaru; S. Jacinto; Maraguau; Paios; S. Franc.co de prado; Surubia, Curupatuba, Anauyra hi, Tacuana, Piraguiri, Ita Cerussa; Guaricura, Araparipucu,; Fucarados; Aricucu; Aricara; Maturu; Arrayal de Porale; Pblo. De Itaboca; Josef Azu; Carambaba; Juan Fureado; Bocas; Pacaids; Sumaúma, Mortigura; Cama; Engenh real; Mongaveiras; Marajou; Casa; Joanes; Concepcaon; Jesus; Inajatava; Paraná; Umineau; Tuhere; Arapijo; Cavian; Boavista; Destierro; P.la de la Campana; Vrubacuara; Piedad de Jamunda Rogistro; Poblacion nueva Marco de marmol; Sta. Anna; S. Antonio; Casa 8 redonda, S. Josef Mission de Clerigas; La Estacada de Sta. Rosa; Itacienda del Francés Guardia; F. to Taiti; Guardia ; Guardia; Guardia de la Cavallada; Guardia 15 del Norte; Tramanday; F.te (s.l); F.te (s.l); F. (forte) de S. Antonio (na ilha); F.ela Sta Cruz; f.te de S. Maurício; F.t Fuerte, F. de Orange; F.te de los Reys Magos

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Sítio arruinado

Topónimos sem signo gráfico

Guayrâ Cuidad R.l destruída; N. Sº de Copacavana Mis.rs destruída; 16 Tambo; Los Arcage les demolido; S.to Tomé; S. Antonio destruído; Villa Rica destruída; Ruinas de la Encarcac.n; S. Xavier destruída; S. Mig.l destruída,; S. Josef destruída; Loreto destruído; Vestigios de la Cruz de Bolanas; Xerez C.d destruída; Pueblo de S. Simon avandonado; Pueblo de S. Josef avandonado; S. F. Xavier . Poblacion nueva; Mostardas; Palmares; Charqueade; Torres; Ibpetuba; 60 Urolonga; Morros de Sta Marta; (Hospital de Pantheon); Tapacraya; Aracori; Bepilanga; Garatuba; Superaguia ô Syparaba; Ararapira; Pblo de la Cananea; Perohibe; Ubatuba; Aldea de la Trinidad; Nazareno; Vermejos; Azaredo; Porto belo; taipas; N. S. de Aiuda; S. Antonio; Aldea del Pânico, S. Christoval; Coqueiros, S. Antonioa; Purupiy; Urubu; Wambay, Acosto; N. S. de Nazaret; Bahia Grande ô Puerto Calvo; Mangaguaba P.to de las Piedras; S. Amaro; candelária; Juan Rivero; Sehop, Gonzalo; S. Pablo de Omaguas; Taromas; S. Raimundo; Cayetano; Aldea Tapuos; Soapari; P.to de las Piedras; Obraulibe; Curuiba; Perealuna; Giraruanga; Maracana; Rarreta; Maribira; S. Antonio; Ibiragaba; Imiritaha 386 Quadro 3 - Columbia Prima.

Capitania del Rey

Rio Grande de S. Pedro; José Carneiro; Mostardas; S. Francisco; S. Amaro; Barros Colorados; Chargacada; João Antones; P.to Alegre; Cachoeira, Guarda; S. Nicolas; S. Joze, Viamai; Anjos; Guarda das Torres; S. Antonio, S. Izidro; S.ª Rita; Alto da Serra, Camisas, Estancias; S. Ignácio; S.ª Anna; Sumide; Porcos; Altos; S. Antonio de Laguna; V.ª Nova de S.ª Anna; S. Jozé; Nª Sª do Desterro; S. Antonio; Carritibanos; C. Alegre; MS Joze; Coritiba Capitania de Povoação Nova; S.ta Maria de Iguaçu; Grandemeri; S. Miguel (ruínas); S. Paul Guaratiba; Parnagua; S. Carlos; S. António (ruínas); Ararapira; Cananea; Iguape; S. Vicente; Santos; Conceição de Ihanhaen; S. Sebastião; Pitangui; Pinca; Rochas; Merumsaba; Itangua; Escama; Cueas; Sezocora ou S. Filipe; Pimorta; Cativos; S. Thome (ruínas); Villa Rica (ruínas); Ciudad Real (ruínas); Vª S.ª da Pacauana (ruínas); S.ra das Aquilas (ruínas); St. Paulo; Nª Sª de Loreto (ruínas); Jundiai, Arazaytamguata; Nazaret; Piedade; Guacatingueta; S.ª Joa; Parieiboca; Pernambuco; Tabatinga; Rezisto, Mogi Rio de Janeiro Ubatuba; Parati; Angra; Conceição; S. João; S.ª Anna; Mage; Rio Janeiro; S. Lourenço; Tanbi; Villa do Cabo Frio; F. S. Antonio; Salvador; S. João Espírito Santo Caripari; Nª Sª da Victoria; Vallalinha; Espirito Santo; Os Reys Magos; S. Matheus Porto Seguro S. Antonio; Nª Sª da Ajuda; S. Amaro Ilheos Passaje; Povoação Velha; Porto Seguro Velho ou Pto. De Sta Cruz; S. Antonio; Boavista; Corralinho; Vacaria; Tapera; Peixe Bravo; Arrayal do Rio Pardo; Curralinho; Tapera; Esperança; S. Anna; os Ilheos Baía Vª do Rio das Contas; Nª Sª da Conceiçao do Camamu; Cocal; Sincera; Amas; Queimados; Boavista; Cachoeira; Vª da Purificação; Pandia; Villa do Urubu; Roseiras; Capanema; Pedra Branco; S. Francisco; Percim; Aldea do Espirito Santo; Torre de Garcia Davila; Topogipo; S. Salvador ou Cidade da Bahia; F. S. Antonio; Boypebo

592

C A RTÓ G R A F O S PA R A TO DA A T E R R A

36

43

14 6 3 15 22

Sergipe

Itamaraca Paraiba Rio Grande Seara Pernambuco

Piauhi Maranham Minas Geraes

Vª de Lagarto; Cabo Color; as Rodas; S. Gonçalo; Rio Real; Sergipe del Rey; Boqueiram; S. Antonio; Larangeiras; Villa Nova; S. Antonio de Urubu; Sª Isabella; S. Christovao; Missam de Aracapa; Fazendas do Curaca; Joazeiro; Missam do Salitre, Sanloce; Villa da Jacobina; Rezisto da Sapolata; Passaje; Boavista Nª Sª da Guia; Nª Sª de Conceição; Iobi; S. Lourenço; S. Miguel de Goyana; Capecura; Abial João Riveiro; Japoa; Rocha; Porte; Carvalhos; Barreto; Paraiba; Apuntal; Mongaguaba; Jorge Pinto Tapuya Paraceilaba; Aldea de Wevessa ou das Salinas; Porto dos Rys Margos Villa do Ico; Villa Vicosa; Aracati; S. Joze de Ribamar ou Seara; Paupina; Tapore; Cadahi; Camussi ou Camossin; Parnaiba Alvarez; Penedo; Nª S. Dourada; Nª Sª da Ajuda; Annunciação; S. Luzia, Porto dos Franceses; P.to Calvo; Nª Sª de Presentação; Nª Sª da Ajuda; S. Amaro, Mato; Macucagui, Yelho; S. Antao; S. Francisco; Igraçu; Olinda Real; Olinda de Pernambuco; S. Antonio; Missam do Rey Matracia; Saldenha; João Ribeiro; Joao Carneiro; Frexas; Villa do Rio Grande; Campo Largo Piracunica; Surubim; Humildes; Oeiras; Fazendas; Parnagua; Passaje do Piauhi; Fazenda da Terra Carcedelo; Guimaraens; S. Joao; Alcantra; S. Luis de Maranham; S. Maria de Tupirosa; Aldea; Tutoya; Monçao, S. Joze; Aldea Grande; Aldeas altas; Fazendas ou Plantations; Aldea alta; S. Pedro Ipoeira; Malhada; Arrayal do Meyo; Japure; Freguezia; Sobradinho; Iratim; S. Pedro; Barrinho; Pedras de Baixo; Palmeirinho; Tambori; Barra do Pacui; Castanhao; Pedras de Cima; Brejo da Salgada; Pandeiro de Beixo; Rancho da Páscoa; Pand. De Cima; Pedras dos Anjuas; S.ta Anna; Coiras; Sta. Rita; Acari; Bouvista; Varede; Anjicas; Gurutuba, Macauba, Gata; R. Verde; Estrema; Arrayal de S. Romao; Pacui; Arrependidos; Cachoeira; Arrayal de Paracatu; Cargo Rico; Campina; Gomitorio; Oliveira; Restacamento do R. da Prata; Barra da Egua; P.to de Bizerra; Estrema ; Reacho do Barro, Jaquetay; Porteira, Barra do Rio das Velhas; S. Gonçalo; Capao; Abate; Espirito Sto., Pindabas, Picao; Papagaio, Passaje, Reacho; Joze Caetano; Bomfin; Piedade; Retiro; Catania; Cormatu; Sta Quiteria; S. Gonçalo; Sta Anna; Carheiro; Agoa Suja; Vª de Minas Novos; Sta Crus; Pe do Morro; R. Preto; Pienade; S. Antonio, Itangua; Tres Barras; Tijuco; Rio Vermelho; Barra do Para; Sta. Rosa; Ribeirao da Arca; Carapina; Retolo; Sete Lagoas; Macacas; Pitangui; Sª Anna; Macedo; Marque; Piui; Talhados; Desimboque; Lanhozo; Tamandao; Corral; Lemos; Pledade; S. Luzia; Sabara, Vª do Caete; Marianna; Villa do Principe; Pacunha; S. Antonio Abaxo; Bento Joaquim; Monte do Carmo; S. Gonçalo de Cuyate; Espicintra; Pozo Allegro; Arrayal do Jacul; Paciencia; Araguay; Cabo Verde; Matheus martins; Braga; Olhos de Agoa; Mocaia; S. Joze; Estiva; Lavras; Campanha do R. Verde; S. Anna, Mande, Magro; Garambe; Baepend; Serranos; Cupiara; Villarica; S. Caetano; Igreja Nª; S. Manoel; Ant. da Bertinga, Mantiqueiro; Pinho velho, Aliaidemor; Lacerda

22

7 10 3 9 27

8 15 138

R E N ATA M A L CH E R D E A R AU J O | V E R A D O M I N G U E S A S CI DA D E S ( I N) V I S Í V E I S : A R E P R E S E N TAÇ ÃO U R B A N A E M M A PA S D O B R A S I L

593

Guayas

Mato Grosso

Gram Para

594

S. Lourenço abandond; Casa Forte; Arrayal de Assumpcan, Aldea de 84 Guacuruagas; Aldea de Xavante de Cuas; Matanca; Pontal; Carmo; Natividade, Taboca; S. Miguel; S. Xavier; Rezisto; Sta Anna (sl); Palmeiras; S. Domingo ; Machado; Murrinhas; Poço Grande; Poço Pequeno; Arayas; S. Felix; Cameteira; Lopes; Agoa Quente; Bezerra; Caisara; Tirinca; Arcay, Cavalgante; Rezisto de Tabalunga; Rez de S. Domingo; S. Vicente; Capoeira; Corriente; Cocut; S. Rita;; Flores; S. Gonçalo; Monjelo; Sta. Rosa; Trahiras; Posipoens, Passaje; Arrayal; Guarino; Pilar; Crixa ; R. de S. Miguel; Guilha; S. Patricio; S. Joze; Laurinhado; S. Joze , S. Antonio; As Tesouras; Curumba; Sta. Rita; Cargo; Meyaponte; Oncu; Ferreiro; Villa Boa; Gomez; Queimado; Ortigao; Rezisto da Insua; Brito; Destacamento dos Diamantes; Cupiarum; S. Luzia; Bonfim; Cahido; Guayzas (aldeas nativas); Cayapo Village destroyed in 1754, Rezisto de S. Marcos; Sta Cruz, Presidio de Sta. Anna, Aldea do Rio; Fortified village destroyed; Great village destroyed in 1752; Villages of … Balsamao; Almeida (sl), Sernancelhe (sl); Aldeas de Ximbua, F.zo do 29 Pincipe da Beira; Lmora; Liomil; Sta. Rosa, Ladario; Destacamento das Piedras; S. Joze; Palmital Puerto; Cubacao; Maxia de Lima; Presidio dos Diamantes; Cuyaba; Caimaraens; Arayes ou Aroes; S. Antonio de Amarante ou Amaro Leyte; Villa Bella; Rezisto da Casa da Telha; Aldea Velha; Marco or Pyramid; Missin extinct; Igaripe Mission extinct; Varado; Ruins of Sitia de Xeres; S. Luis; Guatimuru; S. Ignacio abandond; Coimbranova Putcirinavi, Bocogenna; Guaycaba; Macapa; Inajativa; Parana; Mondim; 101 Conceição; Marajon; Mangaveiras; P.to Salvo, Engenho R.; P.to de Tagioca; Maracuno; P.ta de Atasia; Cintra; Caeite, Viaja; Penha ; S. Antonio; Bemfica; Belem; Longa; Ourem; Porto Grande; Moriguira; Sumauma; Carambota; Camota; Tapera; Oeiras; Baiao; Rucarado; Aripari Pucu, Comau; Villanova; Mazagao; Fragoso; Tuhere; Esposende; Almeirim ou paru; Campanha; Oiteiro;, Monte Allegre; Fran del Prado; Alemauer; Ovidos; Faro; Gurupa; Boavista; Xingu; Porto de Mos; Veiros; Pombal; Souzel; Villa Franca; Villa Boin; Pinhel; Arapujo; Maracaguaco; Coriacos; S. Lourenço; Missam Nova; Nolasco; Serpa; F. de Rio Negro; Taromas; Nª Sª do Socorro; Airao; Cravoeiro ; Moura; Poyares; Barcellos; Moreira; Thomar; Macabari, Marabitenas, Corocuva; S. Joao Nepamacene; S. Antonio; S. Antonio d Amari; Alvarez; Nogueiro; Ega; Feitoria; Missam; Missam de Mataura ; Real ou Arrayal; Borba; Golden Village (ruínas); Fonteboa; S. Joze; S. Francisco Xavier; Olivença ou S. Paulo de Omaguas; Castro de Avellans; Eviratuha; Tranquecauha; Missin of S. Cristoval; S. Antonio; Jaua; Arrayal de Parade 592

C A RTÓ G R A F O S PA R A TO DA A T E R R A

Quadro 4. Outlines of the physical and political division of South America. Capitania Geral do Maranham Governo do Piaui Capitania Geral do Pernambuco

Capitania de Bahia

Vª de Guimmaraens; Vª de Alcantara; St Luis; Rosario; Vª do Viano ; Eregº; Totoya; Iguarasu; Monçao; S. Joze; Aldea grande; Aldeas Altas; Fazendas; Aldea Alta; S. Bento Parnaiba; Paracuruca; Serobim; Humildes; S. Victor; Ville de Oeiras ou Mochia; Fazendas; Fazenda da Terra; Parnague Camosim; Tramambe; Garacu; Paupina; Vila Vicoza; Aquiras; Ceara; Cascavel Vª; Vª do Rosario de Aracati; Fregª das Russas; Selido; Vª Aguacu; Cahico Vª; Vª de Yco; Villa Apody; Wewassu or Salinas Vª; Ft. Dos Reys Magos; Natal, Tareiri; S. Maria; Iuna; Candas; Rosario; Jorge Pinto; Cavalho; Apuntal; Guia; Paraiba;; Frederica; Tapacura; Tapuy; Barreta; Umaripitanga; S. Pedro ; S. Paulo; Antº Sanedo; Duarte Gomez; Pacatiba; S. Goncalo; Itapoa; Maurista; Middleburg; Ibiapud; Mouriscas; Urutagui; Capecura; Vª de Goiana; S. Lourenco; Ibijari; Tabitinga; Lobi; Acaiuiba; N. S. Conecia; N. S. de Geuia; Iguarassu Villa; Praceiros; Guibin«popeba; Olanda; Olinda; Acajuapaie; S. Amaro; Cachoeira de Paulo Afonso; Iacioba Whirpool; Mirubeca; Candelaria; S. Antonia; S. Antº; S. Migue; Caraguatara; Ipojuca; Aracoar; Macucagui; Sirianhaya; Lagoa; S. Goncalo; Vª d Una; S. Cosmo; S. Sebastino; S. Bento; Vª de Pto. Calvo; Spiritu Santo; S. Joao; N. S. Dapenha Franca; N. S. Encarnacao; S. Luzia; S. Amari; Conceição; N. S. Aiuda, Aurade; Piabi; Penedo; Nitº Serra; Conceicaou, Alvarez; Porto da Folha; Ft. Velanes Saldenha; Villa do R. Grande; João Ribeiro; Registo de Joazeiro; Joao Carneiro; Frexas; Passage; Sanloce; Joazeiro; Missam do Salitre; Missam do Rey Matracia; Fazendas do Guardea; Villa da Jacobina; Passaje; Rezisco da Sapotala; Tapira; Capella; S. Antonio; Penedo Vª Nova; S. Antº; Naguan Guiral; Molins; Webers; S. Izabel; Camariva, Simao; S. Antonio; S. Christophle; Conquey; Rosario; Capucinbuys; Boqueirom; Taperagoa; Sergipe d’ El Rey; S. Gonalo; Os Rodas; Passaje; Olhos; Lugart; Fazenda; Torre de Garcia de Avila; S. Salvador ou Cidade de Bahia; S. Maura; Vera Cruz; Logurto; Pereim; Castelhano; Berbassa; Loreta; Purificação; S. Jago; N. S. do Rosario; Amaro; Vª S Joao; Queimados; Pedra Branco; Bovista; Boguiram; Yopitinga; Capanema; S. Luzia ; S. Pedro ; Vª da Cachoeira; Aymores; Sincara; Peruacuzinho; Cocal; Urubu; Tabatinga Contage; Arrayal do meyo; Barrinha; Caxoeirinha; S. Antº do Caete; Capella das Almas; Casa das Tollias; Villa do R.das Contas; Tapera; Imbozeira; Lancoens; S. do Gavião; Aldea de Indios; Aymores; S. Anna; Vª de S. Jorge; Vitoria; Esperança; Camamu

15 9 95

87

R E N ATA M A L CH E R D E A R AU J O | V E R A D O M I N G U E S A S CI DA D E S ( I N) V I S Í V E I S : A R E P R E S E N TAÇ ÃO U R B A N A E M M A PA S D O B R A S I L

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Governo do Rio Grande

C. Alegre; Papagayos; A.º del Campo; A.º de la Natividad; A.º Parado; 105 Natividudo; S. Ant.º; S. Ignacio; S. Pedro ; S. Joze; Concepcion; S. Miguel; S. isidoro; S. Joaquim; Jesus Maria; Yerbal de S. Nicolao; Yerbal de S. Lourenco; Yerbal de S. Miguel; Carritibanos; S. João ; Tributos; S. Thome; Altos; S. Angelo; Cruz do P.º Lucas; Est.ª Tentª Fonsesa; Tapes; Vacaria; Sumide; Frutas, Est. Del Paulista Antunes; St. Miguel; S. Jose; S. Rosario; S. Anna; S. Carherina; Armacao do Sul; Guarda; Conventos; Torres; Guarda de Taramandi; João AntunesQuintao; Charqueada; Mustardas; Barroscalora; S. Simon; S. Amaro; Palmares; Mel Jorge; Provoacam; S. Ana; Alto de Serra; Registo; Lug. De Met. De Barros; Viamao; Anjos; P.to Alegra; Truinto; Feliaresia; S. Ant.; S. Anna; Christovao; Ft. Jesus Mª Jose; S. Antº; S. Ignacio; S. Ant.º; S. Borja; S. Gab.l (S. Gabriel); S. Rafael; S. Do.s (S. Domingos); S. Ant.º; S. Mig. (S. Miguel); S. Fran.co (S. Francisco);; Mbaebera; S. Angelo; S. Tiago; S. Rafael; S. Antº Viejo; R.s de Ft. Gonq.a ; Beca; Quiteria, Mar, Jo Dios; Marcabo; João Martins; Mora; Pantano; Cuba; Maria; Aº de Tahira; Aº de la Cruz; Aº Yabasua; M. Jorge; Cap.m Mor; João Gomez; Ft. Barra Sul; Rio Grande; Sarjph; Fronteira do Norte; Bujuru; Paura; Coponlargo; CompridaS. Francisco; Entorcados Capitania General Aldea dos Reys Magos; Vª do Espirito Santo; Villa Ilha; Leopardo 62 do Rio de Janeiro Freos; Azoredo; Guaipari; Paris; Tamasaris; Tobis; Aldea de S. Antº; Vª de S. João; Vª S Salvador; Fazenda del Rey; S. Anna; Cante Gallo; S. do Desterro; Ubatuba; Conceição; Aldea dos Guaralho; Forte de S. Antonio; Aldea Ipacu; Conceiçao; Coitinho; Reg. St; Trindade; Vª S. Antº; Faze de El Rey; Aldea de S. Pedro; Cid.e Assumpcao; Nazareth; Amparo; Aldea S. Lourenco; S. Xar; S. Anna; S. Gonç; S. Barnape; Solid.e; Conciao Aldea; Ajuda; Mage; Cidade Gloria; Boulta; S. Antº; Guia; Pilar; S. Aleixo; Oroans; Pied.; S. Anna; Potingo; S. Cruz; Guaratiba; Aldea Tagua; S. Joao; Aldea Mangaratiba; Correa; Joao Bap.t; S. Familia; Magel; Alfarez ; Antº Fer.º; Guarda Capitania General Espicintra; Solgado; Colcão d Velhas; Manoelinho; Vieira; João dos 118 de São Paulo Reis; Salgado; Bagres; Paciencia; Arcaquara; Rafael; Carlos Braboza; Guarda do Pinheirinho; Bezerra Gr.; Cercadi; Paciencia; Cazahranca; Pissarao; Olhos d’ Agua; Ituqueba; Ituqiu; Gd.ª Real de Guaira R.s; Villa Rica; S. Xavier R.s; S. Joze; Fachina; Freguezia; Vª Nova; Estirao; Vª de Piracicaba; Piracicaba; Penambuco; Reg.; Urucanga; Muguiaçu; Mugimirim; Tolledo; Registo; Jaguari; S. João; Nazaret; Buturume; Ururitaguabà; Vª de Sorocaba; Itu Vª; Monserate; Abreu; Lopes; S. Joao d Atihura; Jundaihy; Baruasim; Junquiri; Mina de Velhos; Conceição; S. Anna; Tumandale; Cid. De S. Paulo; Arassagicema; Parnaiba; Cotia; Garupucuba; Aldea; Mbou; Coiras; Gr. deTapeceria Reg. A. Amaro; S. Vicente; Santos; Bertiago; Villa; Most.º das Cruzes; Escada; S. Miguel; Jacarahi; Armasao; S. Jose; Tuhate Vª; Pindaminhaguba; Jacui; Curatinquita Ar.ª; Pied.º Ar.t ; Vigario; Fregª Nova; Vª Paraty; Facao; Almeida; Ubatuba; Conceição; Aldea de Peruibe; Isidoro; Iguape; P.to de Rib.ª; Cananea; Barra de Arrarapira; Paranagua; Corral; Guaratuba; Parapanima; Apiahi; Curitiba; Freg. Nova Minas ; Itamqua; Foxenda; S. Jose; Faz.ª; Villa de Yapo; Pinc.ª; S. Carlos; Grandemeri; C. Alto; S. Miguel R.s; Encarnacam; Pintagui; Rochas; S. Thome; S. Ant.º; Tapitay; Povoacao nova; Vª do S. Francisco

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C A RTÓ G R A F O S PA R A TO DA A T E R R A

Capitania General Carunio; Cuxuru; Forte de Principe da Beira; Lamego; Liomil; St. 78 do Mato Grosso Rosa; Oruacaranes; Corapas; Cacoal; Cautatios; Destacan.to das Pedras; Lombis; Cuterias; Pateguis; Alobas; Tamares; Pachazes; Guajejas; Cabixis; S. Vic.te Ar.t ; Ouro Fino; S. Anna Ar; Pilar Ar.; Ar. Chapada; Villa Bella; Morro Torriao; S. Antonio de Guara; P.to dos Guarajus; Palmital P.to; Viseu; Torres; S. Jose; S. Xavier; Cazal Vasco; Ant-º Rois Ponte; Po. Fernando; Casa de Piedra; Gola; Ar S. Barbara ; Alm. Da Aguapetu; Varadoiro; Morais; Reg.to; Ferras; Salinas; Marco; Antº da Sª; Faz. De El Rey; Pontio; Servo; Vª Maria; Mello Faz; Jacobuia; Leonardo Faz; Andre Alves; Faz do Cunha; Faz Coutinho; Japano; S. Pedro de el Rey; Borges; Cocaes; Capateiro; Vª do Cuiaba; Bunaval; Resisto da Casa da Telha; Guimaraes; Lagoinhas Antº Comes; Parnaiba ; Amarante ou descoberto; Amaroleite; Ortigao; Reg.to da Insua; Albuquerque; Nova Coimbra; Estrª de S. Francº Xavier; Cidade de Xerez distaida, Faz.de de Camapuam Capitania General L.º Amacu; S. Isabel; S. Barbara; F.t de S. Joaom; S. Filipe; S. Antº; 150 do Para Conceicao; Caia Caia; S. Joao; Cash Aruha; S. Rosa; S. Agostinho; S. Francisco Solano; S. Carlos F.te Espanhol; Cocuvi; Bocagenna; Guaycaba; F.r de S. Joze dos Marabitanes; S. Marcelina; S. João Bap.ta; S.ta da Gura; S. Filippe; S. Anna; Carocuy; Carmo; Macapa; Braganca; Rebordelo; Portogrande; Ourem Vª; Caza Forte; Braganca; Vigia; Cintra Vª; Vª Nova d’ El Rey; Vigia; P.to Salvo; Penhalonga; Pinheiro; Livramto; Bemfica; Valde Caens; Una; Para; S. Anna; Abaite; Beja Vª; Vª de Cond; Mondim ; Soure; Salvaterra; Monforte; Monsaras; Colares; Fortim; Onças; Igarape Mirim; Oeras Vª; P.to Salvo; P.t de Pedro ; Villar; Chaves; Portel; Melgaco; Breves; Purdente; Mazagao; Vª Nova; Vª e Fort.la Gurupa; Carrazedo; Valarinho; Boavista; P.to de Moz; Almierim Vª; Arraiolos; Espozende; Fragoza; Outeiro L.r; Monte Alegre Vª; Obidos ou Pauxis ; Faro Vª; S. Pedro Nolasco; Carvoeiro; Poiares; Barcellos; Monreira; Thomar; Lamalonga; S. Isabel; S. Antº de Marabi; S. Antº do Casanhero vovo; S.ra das Caldas; Loreto; S. Pedro; S. João; S. Anto. Do Castanheiro; S. João Nepomeceno; Cachoeira Gr.de; S. Joaquim; S. Miguel; F.a de S. Gabriel; Sta. De Nazaret; S. Bernardo; Marco; S. Fernando do deserta; Povoacaonova; Castro de Avaleno; Olivanca; Traquetabauha; Fonteboa; Paragoara; Alvaraces; Nogueira; Ega; Amana; Airao; Feitoria; Missam; Taromas; F.t de S. Joze ; Nª Sª do Socorro; Serpa Vª; St. Ives Vª; Outeiro or Serra Paratim; Villa Franca; Alter do Cham; Santarem Vª e F.ta; Pinhel; Villa Boim; Alanquer Vª; Villa de Vieras; Villa de Pombal; Souzel Vª; Cameta Vª; Baiao; Alcobaca; Pocoes; Funil; Borba Villa; Missam; Coara; Marco; Jaua; Sernancelhe; Almeida; Capa; Tapirapes; S. Antonio; Praia da Tamundo; Balsamão

R E N ATA M A L CH E R D E A R AU J O | V E R A D O M I N G U E S A S CI DA D E S ( I N) V I S Í V E I S : A R E P R E S E N TAÇ ÃO U R B A N A E M M A PA S D O B R A S I L

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Capitania General Casa Ft.; Arrayal da Assumpcam; Funil Registo; Aldea das Guacurua- 233 de Goias gas; Aldea de Sahante de Cua; Lamacat; Ladario; Mello; Ponte de Lima; Matança; Arraial do Pontal; Carmo Ar.l; Formiga; S. Cruz; Bagagem; Chapada; Natividade; Guacuruaguas; Valerio; Conceiçao; S. Mig e Almas; Taboca; Eng.º; Breijinho;; Palmeiras; S. Luiz; Duro Reg.; Rezisto; Aldea de S. Francº Xavier; Caissara; Sitio domeio; Salobra; Mosquito; Mel Dias; Marinho; Queimada; Tiririca; Barra da Palma; Palmeira; S. Clara ; Arrayas; Monjolo; Bezerra; Canabrava; S. Domingas; Parana; Mocamba; Machado; Areias; Gamelaria; Galheiroso; M.ts Claros; S. Domingos; S. Rita; S. Vicente; S. Bernardo; Queimado; Salobro; S. Matheus; Fran.co Alves; S. Thomas; Contage do Campoaberto; Campo aberto; Buenos Ayres; S. Cruz; Carrigente; S. Estevaro; Conceição; Genipapo; S. Bar.to; D.os Piris; Chapada de S. Feliz; Carmo; S. Teodora; S. Clara; Cavalgante; S. Feliz Arraial; Lopes; Gameleira; Caldas de S. Reinaldo; Fundao; Peco Grande ; Peco Pequeno; S. Pedro; Cunha; Angeja; Silva; Anadia; Queimado; Anta Arraial; Zabel Pais; S. Miguel; Ar.al de Crixas; Pilar; S. Jeronimo; Guarinos; Pilar Arrayal; Lages; S. Rita Ar.; S. Jose Ar.l ; Trayras; Agoaquente; Cocal; Tahiras; M.el Teodoro; Burutiqueimado; Pouzo Alegre; Patricio; Corgo da Jaguara; S. Antº; Ar.l da Mera; Borda do Mato; Curumba; Ponte de Lima; Areias; Gaviao; Pt. Atta; Baiao; Contage de S. João; Alvaro Gomes; Faustino; Passaje; Laurinhado; Bern.do Paizana; Tavaral; Bonito; Pocoens; Extrema; Agua Quente; Bom Jesus; Agoa Fria; Arraial do Pontal; Contendas; Cocal; Anjicos; Feli da Barreiras; Retiro; S. Engracia; Arr. Das Flores; Caxaeira; S. Inofre; Corrente; Lagamao; Brejo; Humilaa; Monjolo; Casara; Alegre; Jaburu; S. Maria; S. Goncalo; Boqueirao; Tejoal; S. Rita; S. Jose; Histans; Tabua; Retiro S. Anna; Matto; Itiquari; Bandeirima; S. Rita; Lagoa Seca; Fermoza; Mau Susseco; Luis; Pequeno; Mig. Ign. co (Miguel Ignacio); Sobradinho; Trombas; Correia; Coiros; Bezerra; S. Rosa; S. Joao; Bom Succeso; Coira; Guarapa; B.to Monteiro; S. Pedro; Passaji; Barra da Egua; Campo aberto; Lameirao; Destacamento dos Montes Claros; Vereda Gr.de; Cont. S. Barto; Arrependidos; Taveira; Caveiras; S. Luzia Ar.l; Reg.to S. Jose; Salvador; Rezisto de S. Marcos; Carvalho; Curumba Engº; Luiz Mel; S. Cruz; Famital; Eng. das Almas; Lagoa; Lagoinha; Caveiras; Passa 3; Caza de Telhas; Borda do Matto; Bomfim; Morrinhos; Pirancanjuba; Pontal; Cap.am Mor; Ourotino; Ferreiro; Villa Boa; Cambaruba; Barra; Antº Gomes; Destaºmto dos Piloens; Zedas; Brito ; Toldas; Tejuco; Reg.lo do R. das Velhas; Aldea de S. Anna; Cainpina Gr.de; Pissarao; Presidio do R. das Pedras; Cazados; Paje; Catalao; João Lourco; Er.ao Glz.s; Great Village destroyed 1753

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C A RTÓ G R A F O S PA R A TO DA A T E R R A

Minas Geraes

S. Antonio; Villa Vellia; S. Francisco; Vª de Pto. Seguro; Ajuda; Bocay; 310 S. Almaro; Capao; Coralinho; Tabua; Anjicos; Ribeirão; Pradinho; Vacaria; Carnalinha; Passaje; Tocayos; Pega; S. Dom.s; Agoasuja ; Vicaria; Pameleira; Marrinhos; Martires; Joazeiro; S. Bart.º; Extrema; S. Maria; Tocantis; Caicara; Illia; Castanhao; Passaje; Lagoa; Pedras; Canabrava; Vareda; Lontra; Contendas; Riachao; Caicara; Toboado; Bata; Bonsucecco; Congonhas; Mocambinho; Criolos; Antº Glz; Estrema; S. Antº; Peixebravo; Almas; Retiro; S. Maria; Mosquito; Gaia; Araras; Fogo; Angicos; Ipoeira; Tabua; Japure; Itratim; Morrinhos; Sedro;; Sacuaparu; Tambori; Retiro; Campo debaixo; Marinhos; Sobradingo; S. Vincent; Palmeirinha; Salgada; Bandeiras decima; Bandeiras debaixo; Brava; Baxios; Ranchada; Pedras das Anjicas; Boavista ; Jatuba; Tabovens; Faz de Piracuta; Pacuhi; Extrema; Povoacao; Lajes; Passaje; Arr.l de S. Romao; Boavista; Grado Brabo; S. Cruz; Copao; Elena; Cardozo; Cacapussa; Acari, Curral las Egoa; Bom Jardin; Morrinhos ; S. Anna; Canabrana; Pedras de Cima; Riacho clara; S. Domingos; Cachoeira; S. Anna; Porto da Bezerra; S. Antº; Bosa Sorte; Carapinas; S. Pedro; Mongolos; Reg. S. Izabel; Contage ; Olhos d’ Agoa; Corgo Rico; Passaje; Gomitorio; Almas do Afonco; Guarda e descoberto dos diamantes do R. Prata; S. Dos; S. Anna; Vomitorio; Dom.s Andre; Abaite; Barrachudo; Andaia; Barra da Parapela; Coara; Falcão; Venda Nova; Bicudo; S. Antº Couvelo; Pedra d’ Almolar; Pindaiba; Gracia; Anarequissa; Esp.º Santo; Capao; fundo; S. Antº; Jaquetay; Jenipayo; Barra do Rio das Velhas; Porteira; Pinapore; Yedale; Irinchote; Cabra; Est.º Sto; Olhodagoa; Papelgaiea; Capao; Maquinas; S. Rosa; Bambui; Piauhi; Capeunga; S. Pedro ; Zunda; Piracura; Antº FosetartoPonzo Alegre; Tantandoa; Gondins; Pozo Alegre; Dumba; Bom Jesus; S. Matheus; S. Tomas; S. Rita; Bom Success; Conceição; Estº Sto; Tapixei; S. Quiteria; Baturanti; Mocaia; Peixe; Boavista ; Ar.l de Assussuy; Choro; Mato Grosso; Caet.º Mendes; Pompeo; Formiga; Ionico; Abrete; Guarnas; Sego; Onca; Vª Pitangui; S. Anna; Sra. Olive.ª; Boamorte; Redondo; Ar.l da Lag. Dourada; Abrances; Aboboras; Mello ; Cr. Da Boca; Trindade; Pegabem; Jequibiba; Setelagoas; Jaguaro; Fidalgos; B.to Glz.s; S. Gonc. co; Sabara; Rossa or Cor. Del Rey; Congonhas; S. Gons Mont; S. Gons Bavao; S. Antº do R. Velhas; Aredes; Itambura; S. Cruz do Salto; Soledade; Congonhas ; Redondo; Cap. Mor; Ioand; Barras; Cap do alta; Capao d Agua; Taguarucu; Macaubas; S. Luzia Ar.l; Caite; Rapozas; S. Rita; P. Peque; Druncada; S. Gous.e; Meio da Serra; Rotaco; Itamoe; Onca; Fangue; Tutoeos; M.el Joao; Barra do Caiete; S. Joao; Vª Rica; Cachoeira; Mariana; S. Bart.º; S. Caet; Forquim; S. Jose; Pinheiro; Itatiara; Bacalhao; Chinquiro; Oirobranco; S. Rita; S. Sebast.; Infionado; Moncoes; Cacas altas da Noruega; Piranga; Manoel; Abre Campo; S. Barbara; Reg.to da Parahibuara; Simão Per.ª; Reg.to de Mathias; Medeiros; Marmello; Moreira; Alcaide Mor; Engenho; Engº de Frc.º Gomes; Borda do Campo Reg.t; Registo Velho; Igreanova; Cangalheiro; Eng.º Novo; S. Rita; Ibilipoca; Lacardo; Ar.l da Lagoa; Serranos; Garambe; Carrancas; Magara; Estiva; Marcal Cazado; Vª S Joze; Vª da S. Joao del Rey; Fonte de S. Gon.ca; Socorro; Iervoca; Venda Nova; Lavras; Bento; Passaje de Cima; Baiaperide Ar.l; Lambari; S. Anna; R. Verde; S. Izabel; S. Pedro; Registo; S. Goncalo; S. Caterina; Itajuba; Robello Jurucca Ar.l 1262

R E N ATA M A L CH E R D E A R AU J O | V E R A D O M I N G U E S A S CI DA D E S ( I N) V I S Í V E I S : A R E P R E S E N TAÇ ÃO U R B A N A E M M A PA S D O B R A S I L

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