As coleções arqueológicas Tupiguarani no Museu Paranaense (1876-2011)

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AS COLEÇÕES ARQUEOLÓGICAS TUPIGUARANI NO MUSEU PARANAENSE (1876-2011)

Curitiba 2011

PARELLADA, Claudia Inês. 2011. As coleções arqueológicas Tupiguarani no Museu Paranaense (1876 -2011). Museu Paranaense, Curitiba, Paraná, Brasil.

AS COLEÇÕES ARQUEOLÓGICAS TUPIGUARANI NO MUSEU PARANAENSE (1876-2011) Arqueóloga Dra. Claudia Inês Parellada Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná

O Museu Paranaense, inaugurado em Curitiba em 1876, e na época denominado Museu de Curitiba, era uma instituição particular, tendo como primeiros diretores Agostinho Ermelino de Leão e José Cândido da Silva Murici (Trevisan 1976; Carneiro 2001). O acervo inicialmente era constituído de coleções que tinham representado o Paraná em grandes exposições antropológicas internacionais (Rankel 2007), e as linhas teóricas não eram amplamente discutidas naquele momento, conforme discussões em Trigger (2004). Em 1882, o Museu passou a pertencer à Província do Paraná com o nome de Museu Paranaense, tendo o regulamento aprovado, e nesse ano há um catálogo de objetos enviados à exposição antropológica no Rio de Janeiro. São mencionados vasilhames cerâmicos relativos a povos Guarani, os “vasos e panellas”, seis coletados dos Cayguás, e outros oriundos das ruínas da missão jesuítica de San Ignacio Mini (1610-1631), onde chegaram a ser aldeados cerca de 10.000 indígenas, a maioria Guarani (Leão 1882, 1900; Martins 1906, 1925). No final do século XIX, o acervo da instituição era bastante diversificado, sendo que a incorporação de objetos arqueológicos e indígenas acontecia através de

doações

esporádicas

por

intelectuais,

empresários

e

populares,

que

encontravam esses vestígios em áreas de plantações agrícolas, na abertura de estradas e ruas, na construção e reforma de edificações, e mesmo, comprados ou trocados diretamente com indígenas. Romário Martins, jornalista e diretor do Museu Paranaense entre 1902 e 1926, com frequência era visitado por índios Guarani, registrando relatos e mitos, além de receber objetos, alguns em cerâmica, sendo os mais comuns pequenos recipientes e cachimbos. Em catálogo de 1925 descrevem-se vasilhas provenientes 2

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das ruínas da vila espanhola de Ciudad Real (1556-1632), nas margens do rio Paraná, bem como fotografias e dados sobre vasilhames Tupiguarani escavados em áreas urbanas do litoral paranaense. Em 1936, com a nomeação do médico e antropólogo Loureiro Fernandes como diretor do Museu Paranaense houve alterações no tratamento do acervo, através da criação de departamentos técnicos com novos pesquisadores. Antigos objetos foram reanalisados, e a partir de 1938 aconteceu a ampliação das coleções etnográficas e arqueológicas através do financiamento de pesquisas em várias áreas do litoral e interior do Paraná, inclusive em parceria com a Universidade do Paraná, como os apontados em Chmyz (2007) e Blasi (2007). Loureiro Fernandes buscou, com insistência, o aumento do acervo do museu, inclusive através da aquisição de coleções particulares, como exemplos a do político Telêmaco Borba (Borba 1908), com a entrada de vários objetos Tupiguarani, e a do fotógrafo José Ruhland, gerente da Sociedade Livonius, de Blumenau. Também fomentou pesquisas etnográficas, como as da austríaca Wanda Hanke, e, imagéticas, como as de Vladimir Kozak, sendo documentados vários grupos indígenas da América do Sul, inclusive os Caiuá no Mato Grosso do Sul, o que trouxe muitos materiais cerâmicos para a instituição, verificar Fernandes (1936) e Furtado (2006). Em 1940, dois vasilhames Tupiguarani da Ponta do Caju, em Paranaguá, foram doados à instituição, um com pinturas geométricas internas. Entre 1950 e 1965, o Museu Paranaense recebia parte do material recuperado em campo de vários cursos intensivos de arqueologia realizados no Paraná, com arqueólogos brasileiros e estrangeiros, como Altenfelder Silva, Oldemar Blasi, Anette Laming e Joseph Emperaire (Laming & Emperaire 1968), entre muitos outros. As escavações no vale do rio Ivaí nos sítios arqueológicos José Vieira e Estirão Comprido, onde ocorriam múltiplas ocupações, sendo as mais recentes Tupiguarani, revelaram a importância de pesquisas arqueológicas mais intensivas. Também eram desenvolvidos estudos etnográficos comparativos, como os dos índios Xetá, da família linguística Tupi-guarani, quando linguístas, arqueólogos e

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etnógrafos se reuniram para discutir esta população nativa que resistia a ocupação do oeste paranaense em 1955. O acervo Xetá, inicialmente reunido por Loureiro Fernandes e Vladimir Kozák, foi ampliado com a chegada ao Museu Paranaense, em 1981, da herança de Kozák, engenheiro documentarista que foi voluntário no museu, sendo responsável pelo Setor de Cinema Educativo nas décadas de 1950 e 1960. Em 1963, parte do acervo do Museu Paranaense foi repassado para o Museu de Arqueologia e Artes Populares da Universidade do Paraná, criado por Loureiro Fernandes e hoje denominado Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE-UFPR), cuja área de visitação fica em Paranaguá, e a reserva técnica em Curitiba. Oldemar Blasi, que ocupou a direção da instituição entre 1967 e 1983, coordenou e publicou pesquisas em sítios Tupiguarani no Paraná, sendo os principais desenvolvidos nos sítios Estirão Comprido, em Prudentópolis, o de Barracão, no município de mesmo nome, o do Passo do Meio, em Porto Amazonas, o do Alto da Glória, em Irati, o da Linha Santa Clara, em Capanema, além das pesquisas em áreas coloniais espanholas, como Ciudad Real e Villa Rica, e nas missões jesuíticas San Ignacio Mini e Loreto, do século XVII, observar Blasi (1961, 1963, 1966, 1967, 2007). Desde 1985, o Museu Paranaense voltou a realizar diferentes projetos arqueológicos, que propiciaram a entrada de um maior número de profissionais especializados, com a ampliação dos estudos multidisciplinares, observar Parellada et al. (2006). No sítio Tupiguarani Estádio de Sengés foi evidenciada a organização espacial da aldeia, inclusive com as áreas de roça e as de queima dos vasilhames. Entre 1988 e 1989 foi pesquisado o sítio São José, no vale do Ivaí, que depois das análises se caracterizou como a missão jesuítica de San Pablo del Inaí, do início do século XVII. Muitos dos vasilhames recuperados foram restaurados e fazem parte da exposição de longa duração do Museu Paranaense. Também houve a retomada de análises de antigas coleções sob guarda do museu, como as de Villa

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Rica del Espiritu Santo e Estirão Comprido, gerando novas discussões, observar Parellada (1997). Em 1990, houve a doação de inúmeros vestígios recuperados pelo arqueólogo José Wilson Rauth, que estavam em Cornélio Procópio, sendo a maior porcentagem relativa a sambaquis do litoral paranaense, alguns com reocupação Tupiguarani. A documentação de novos sítios Tupiguarani, e a entrada de novas coleções, desde 1990, tem acontecido principalmente através de projetos decorrentes de obras civis no Paraná, tanto o estudo com levantamento do patrimônio arqueológico como a implantação de programas básicos. Como exemplos têm-se os resgates arqueológicos na Usina Hidrelétrica (UHE) Salto Caxias (1995-2001), nas Linhas de Transmissão em 525kV entre a UHE Salto Caxias e a Subestação Cascavel (2000), na Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Salto Natal (2001-2002), nas Linhas de Transmissão entre Bateias e Jaguariaíva (2003-2004), nas UHE’s Santa Clara e Fundão (2002-2004), na Barragem Piraquara II (2003-2006), entre vários outros, observar Parellada (2005, 2007, 2008, 2009). Nesses últimos anos, alguns museus e centros culturais foram criados no interior do Paraná com parte do acervo arqueológico emprestado do Museu Paranaense, inclusive com evidências de sítios Tupiguarani. Assim, houve a inauguração, em 1990, do Museu do Parque Estadual de Vila Rica do Espírito Santo, em Fênix, Paraná, em 1994, do Centro Cultural de Cidade Gaúcha, em município do oeste paranaense, no baixo rio Ivaí, e, em 1999, do Museu Regional do Iguaçu, junto à Usina Hidrelétrica de Segredo, no médio rio Iguaçu, em Reserva do Iguaçu, entre outras instituições. Em 2011, as 2.700 coleções arqueológicas estão informatizadas, sendo que em fevereiro de 2011 somavam 315.000 peças, sendo o gerenciamento do banco de dados realizado através do software Access. Desse total cerca de 35.000 peças e/ ou vasilhames são relacionadas aos Tupiguarani, e 55% apresentam decoração. Poucos são os vasilhames inteiros, apesar da existência de vários restaurados ou em processo de restauração, alguns 5

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exemplos podem ser observados nas vinte e cinco fichas com vasilhames arqueológicos Tupiguarani, pertencentes ao acervo do Museu Paranaense, sendo a maioria objetos expostos que fazem parte do circuito de longa duração da instituição. Os procedimentos de conservação preventiva realizados baseiam-se nos discutidos por Froney & Braga (1998), entre outros. O sistema de gerenciamento das coleções arqueológicas é constituído por um conjunto de tabelas relacionadas, sendo que na principal existem os seguintes campos: número da coleção, sítio arqueológico, município, estado, projeto, descrição sintética dos materiais, classificação, locais de coleta, nível, data da coleta, data da doação, coletores e/ ou doadores, referências bibliográficas, indexação das caixas, localização na reserva técnica, e observações. A partir desta tabela principal são emitidos formulários e relatórios, impressos em razão de projetos em execução no Museu Paranaense, ou mesmo, para esclarecer questões relativas ao acervo. A ampliação da revisão de materiais e documentos existentes no acervo da instituição também contribui para uma maior compreensão da ocupação humana em território paranaense, especialmente relativa às ocupações relacionadas a populações ancestrais e atuais filiadas ao Tronco Linguístico Tupi.

Referências bibliográficas: BLASI, O. Algumas notas sobre a jazida arqueológica de Três Morrinhos – Querência do Norte – Rio Paraná. Boletim Paranaense de Geografia, Curitiba, 2-3: 49-78, 1961. _____. Aplicação ao método arqueológico no estudo da estrutura agrária de Vila Rica do Espírito Santo- Fênix-PR. Boletim UFPR, História, Curitiba, 4:1-13, 1963. _____. Investigações arqueol. nas ruínas da redução jesuítica de Santo Inácio Mini, PR, Brasil, nota prévia. Anais 36 Congr. Int. Americanistas, Sevilha, 1: 473-480, 1966. _____. O sítio arqueológico de Estirão Comprido, rio Ivaí, Paraná. Arquivos do Museu Paranaense/ nova série arqueologia, Curitiba, n.3, 60p. 1967.

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_____. Memória fragmentada sobre a arqueologia no Paraná, nas décadas de 1940,50 e 60. Arqueologia, Revista do CEPA- UFPR, Curitiba, num. Especial, 4: 57-6 , 2007. BORBA, T.M. Actualidade indígena. Coritiba, Typ. e Lytog. a vapor Impressora Paranaense, 1908. CARNEIRO, C.M.S.B. O Museu Paranaense e Romário Martins: a busca de uma identidade para o Paraná, 1902 a 1928. Dissertação de mestrado em História, UFPR, Curitiba, 2001. CHMYZ, I. José Loureiro Fernandes e a arqueologia brasileira. Cadernos de Arqueologia, CEPA-UFPR, 10: 43-105, 2006. FERNANDES, J.L. Museu Paranaense: resenha histórica, 1876-1936. Curitiba: Museu Paranaense, 1936. FRONER, Y. & BRAGA, G. Acondicionamento e armazenagem de coleções etnográficas e arqueológicas nas áreas de RT do MAE-USP. In: Anais 9 Congresso ABRACOR, Salvador, p.257-264, 1998. FURTADO, M.R. José Loureiro Fernandes: o paranaense dos museus. Curitiba : Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 2006, 472 p. LAMING-EMPERAIRE, A. Missions arquéologiques françaises au Chili Austral et au Brésil Méridional: Datation de quelques sites par le radiocarbone. Journal Soc. Americanistes, Paris, n.67, p. 77-99, 1968. LEÃO, A.E. Catalogo do objectos do Museo Paranaense remettidos à Exposição Anthropologica do Rio de Janeiro. Curityba: Typ. Á Pendula Meridional, 1882. _____. Guia do Museu Paranaense. Curitiba: Impressora Paranaense, 1900. MARTINS, R. Relatorio apresentado ao Secretario d’Estado dos Negocios do Interior, Justiça e Instrucção Publica, Bento José Lamenha Lins pelo diretor do Museu Paranaense, Romário Martins em 1º de janeiro de 1906. Curityba: Typ. e Lith. a vapor Impr. Paranaense, 1906. _____. Museu Paranaense: catalogos e estudos. Curitiba: Livraria Mundial, 1925. PARELLADA, C.I. Análise estratigráfica e das estruturas arqueológicas do Sítio Estádio de Sengés. Arquivos do Museu Paranaense/ nova série arqueologia, Curitiba, n.7, p.55 – 68, 1993. _____. Um tesouro herdado: os vestígios arqueológicos na cidade colonial de Villa Rica del Espiritu Santo/ Fênix- PR. Dissertação de mestrado em Antropologia Social, UFPR, Curitiba, 210p., 1997. _____. Estudo arqueológico no alto vale do rio Ribeira: área do gasoduto BolíviaBrasil, trecho X, Paraná. Tese de Doutorado em Arqueologia, Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, www.teses.usp.br, 271p. 2005.

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_____. Arqueologia no Museu Paranaense: trajetórias e perspectivas de uma pesquisadora entre 1984 e 2006. Revista Arqueologia, UFPR, Número especial, Curitiba, v.4, p.231-243, 2007. _____. Estética indígena Jê no Paraná: tradição e mudança no acervo do Museu Paranaense. Revista Científica da FAP, UFPR: Curitiba, v.3, p.215-232, 2008. _____. Museus e Patrimônio histórico. In: ZANON, E.R.; CASTELO, P.M.; MAGALHÃES, L.H. (org.) A construção de políticas patrimoniais: ações preservacionistas de Londrina, região norte do Paraná e sul do país. Londrina: UNIFIL, p.43-55, 2009. PARELLADA et al. Vida indígena no Paraná: memória, presença, horizontes. Curitiba: Provopar Ação Social, 2006. RANKEL, L.F. A construção de uma memória para a nação: a participação do Museu Paranaense na exposição antropológica brasileira de 1882. Dissertação de mestrado em História, UFPR, Curitiba, 90p., 2007. TREVISAN, E. A gênese do Museu Paranaense (1874-1882). Arquivos do Museu Paranaense, nova série História, Curitiba, n. 1, 1976. TRIGGER, B. História do pensamento arqueológico. São Paulo: Odysseus, 2004,

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Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 1 Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

55.2009.1

Dimensões:

Diâmetro da boca: 7cm, diâmetro máximo: 16cm, altura: 13cm.

Origem:

Recuperado em 2004 em sítio Tupiguarani de Porto Camargo, na margem esquerda do rio Paraná, trezentos metros a nordeste do depósito de areia da mineradora Porto Camargo. Doado pela população local, em 2006, ao Museu Paranaense. Vistoria em conjunto com a Superintendência do IPHAN no Paraná. Estava no interior de grande vasilhame cerâmico, ainda em Porto Camargo, junto com ossos de sepultamento humano extraviados.

Município, estado:

Icaraíma - Paraná

Técnica:

Acordelado, com pinturas geométricas na superfície externa

Citações bibliográficas:

Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. 2010. Missões: conquistando almas e territórios: registro de exposição. Curitiba: Imprensa Oficial, 84p.

Vista de perfil do 55.2009.1

Foto: Claudia Parellada

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Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 2 Objeto:

Tigela cerâmica Tupiguarani

Número de tombo

55.2009.2

Dimensões:

Diâmetro da boca:34,5cm, diâmetro máximo: 37cm, altura 14,5cm:

Origem:

Recuperado em sítio arqueológico de Porto Camargo, margem esquerda do rio Paraná, doado em 2006 ao Museu Paranaense pela população local. Era tampa de grande vasilhame cerâmico, que ainda está em Porto Camargo, onde estavam ossos humanos, faz conjunto com o vasilhame 55.2009.1

Município, estado:

Icaraíma - Paraná

Técnica:

Acordelado, com pinturas geométricas nas superfícies interna e externa

Vista do 55.2009.2, e detalhe

Fotos: Claudia Parellada

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Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 3 Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

3.74

Dimensões:

Diâmetro da boca: 8cm, diâmetro máximo: 19cm, altura: 11cm

Origem:

Encontrada no interior de grande vasilhame cerâmico, próximo ao porto São José, nas margens do rio Bahia, afluente da margem direita do rio Paraná. Doação em 1974 ao Museu Paranaense, pela população local.

Município:

Taquarussu – MS, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas geométricas na superfície externa, inclusive no bojo

Vistas de perfil, base e topo do 3.74

Fotos: Claudia Parellada

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Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 4 Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

170.97.5

Dimensões:

Diâmetro da boca: 26cm, diâmetro máximo: 37cm, altura 23,6cm:

Origem:

Recuperado no sítio arqueológico Luiz Galdino, em pesquisa coordenada por Claudia Parellada em 1997. O vasilhame tinha sido encontrado em 1980, e servia como vaso de plantas na varanda do proprietário da fazenda, que acabou doando a cerâmica ao Museu Paranaense.

Município:

Londrina – PR, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas geométricas na superfície externa

Citações bibliográficas:

PARELLADA, C.I. (coord.) Diagnóstico do patrimônio arqueológico relativos aos estudos ambientais preliminares da UHE Jataizinho, vale do rio Tibagi, Paraná. Relatório Copel/ Museu Paranaense/ IPHAN, 1997.

Vista de perfil do 17-0.97.5

Imagens: Claudia Parellada

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Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 5 Objeto:

Tigela cerâmica Tupiguarani

Número de tombo

E.70.14, ou etnol 393

Dimensões:

Comprimento máximo: 39,5cm, largura máxima: 30,5cm, altura: 12,2cm

Origem:

Encontrada em quintal da chácara Paiva, Ponta do Caju, no litoral do Paraná, e doada por Pamphilo d’Assunção, em agosto de 1939.

Município:

Paranaguá – PR, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas geométricas na superfície interna

Citações bibliográficas

CHMYZ, I. A tradição Tupiguarani no litoral do estado do Paraná. Revista do Círculo de Estudos Bandeirantes, Curitiba, n.16, p.71-95, 2002.

Vistas de perfil inclinado e topo do E.70.14

Fotos: Claudia Parellada

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Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 6 Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

2.88.1

Dimensões:

Diâmetro máximo: 67,5cm, altura 41,8cm:

Origem:

Recuperado no sítio arqueológico Estádio de Sengés, em pesquisa desenvolvida entre 1988 e 1991. Havia sepultamento humano, com uma lâmina de machado polida, e tampa com fragmentos de tigela cerâmica. Datação do sítio arqueológico, em termoluminescência pela USP, apontou 1700 anos dC. A aquarela é da artista plástica Birgitte Tummler.

Município:

Sengés – PR, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas geométricas na superfície externa

Citações bibliográficas:

PARELLADA, C.I. Análise estratigráfica do Sítio Estádio de Sengés - PR. Anais 36 Congresso Brasileiro de Geologia, Natal, SBG, v.2, p.1108-1116, 1990. PARELLADA, C.I. Análise da estratigrafia e das estruturas arqueológicas do Sítio Estádio de Sengés - Paraná. Arquivos do Museu Paranaense/ nova série Arqueologia, Curitiba, n.7, p.55 – 68, 1993.

Foto: Claudia Parellada

Aquarela: Birgitte Tummler

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Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 7 Objeto:

Fragmento cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

3.88.224

Dimensões:

Comprimento máximo: 14,4cm, largura máxima: 10,1cm:

Origem:

Recuperado no sítio arqueológico Estádio de Sengés, em pesquisa desenvolvida entre 1988 e 1991. Tigela usada como tampa de uma segunda urna funerária. Datação do sítio arqueológico, em termoluminescência pela USP, apontou 1700 anos dC.

Município:

Sengés – PR, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas geométricas na superfície interna

Citações bibliográficas:

PARELLADA, C.I. Análise estratigráfica do Sítio Estádio de Sengés - PR. Anais 36 Congresso Brasileiro de Geologia, Natal, SBG, v.2, p.1108-1116, 1990. PARELLADA, C.I. Análise da estratigrafia e das estruturas arqueológicas do Sítio Estádio de Sengés - Paraná. Arquivos do Museu Paranaense/ nova série Arqueologia, Curitiba, n.7, p.55 – 68, 1993.

Vista do fragmento cerâmico 3.88.224

Foto: Claudia Parellada

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Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 8 Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

21.88.717

Dimensões:

Comprimento máximo: 42cm, largura máxima: 37cm, altura: 36cm

Origem:

Recuperado no sítio arqueológico São José, depois caracterizado como sendo uma paleo-aldeia Guarani onde a missão jesuítica de San Pablo del Iniaí foi fundada em 1627, com duração até 1629. Esse vasilhame, fragmentado em partes, foi usado como tampa de sepultamento secundário em vasilhame cerâmico (21.88.715), que continha outros recipientes cerâmicos internos.

Município:

São Pedro do Ivaí – PR, Brasil

Técnicas:

Torno e modelado, com pinturas geométricas na superfície interna

Citações bibliográficas

PARELLADA, C.I. Um tesouro herdado: os vestígios arqueológicos da cidade colonial espanhola de Villa Rica del Espiritu Santo/ Fênix - PR. Dis. Mestrado, Dep. Antropologia/ UFPR, Curitiba, 1997.

Vista do 21.88.717

Foto: Claudia Parellada

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Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 9 Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

21.88.715

Dimensões:

Diâmetro máximo e da boca: 25cm, altura 25cm:

Origem:

Recuperado no sítio arqueológico São José, depois caracterizado como sendo uma paleo-aldeia Guarani onde a missão jesuítica de San Pablo del Iniaí foi fundada em 1627, com duração até 1629. Esse vasilhame foi usado como recipíente de sepultamento secundário, que era tampado pelos fragmentos do vasilhame 21.88.717, continha outros recipientes internos.

Município:

São Pedro do Ivaí – PR, Brasil

Técnica:

Torno, com pinturas geométricas na superfície interna

Citações bibliográficas:

PARELLADA, C.I. Um tesouro herdado: os vestígios arqueológicos da cidade colonial espanhola de Villa Rica del Espiritu Santo/ Fênix - PR. Dis. Mestrado, Dep. Antropologia/ UFPR, Curitiba, 1997.

Vista do 21.88.715

Foto: Claudia Parellada

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Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 10 Objeto:

Moringa cerâmica Tupiguarani

Número de tombo

21.88.716

Dimensões:

Diâmetro da boca, diâmetro máximo: 22cm, altura 21cm:

Origem:

Recuperada no sítio arqueológico São José, depois caracterizado como sendo uma paleo-aldeia Guarani onde a missão jesuítica de San Pablo del Iniaí foi fundada em 1627, com duração até 1629. Esse vasilhame era acompanhamento funerário de sepultamento secundário em vasilhame cerâmico (21.88.715), que era tampado pelos fragmentos do vasilhame 21.88.717, contendo também o copo (21.88.718).

Município:

São Pedro do Ivaí – PR, Brasil

Técnica:

Torno, com pinturas geométricas na superfície interna

Citações bibliográficas:

PARELLADA, C.I. Um tesouro herdado: os vestígios arqueológicos da cidade colonial espanhola de Villa Rica del Espiritu Santo/ Fênix - PR. Dis. Mestrado, Dep. Antropologia/ UFPR, Curitiba, 1997.

Vista do 21.88.716

Foto: Claudia Parellada

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PARELLADA, Claudia Inês. 2011. As coleções arqueológicas Tupiguarani no Museu Paranaense (1876 -2011). Museu Paranaense, Curitiba, Paraná, Brasil.

Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 11 Objeto:

Moringa cerâmica Tupiguarani

Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

E.70.6

Dimensões:

Diâmetro da boca: 36cm, diâmetro máximo: 55cm, altura: 47cm

Origem:

Está referenciado apenas como sendo do Paraná, sem indicação de procedência, faz parte do circuito de longa duração do Museu Paranaense.

Município:

Paraná, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas geométricas nas superfícies externa e interna

Vistas de perfil e lateral do E.70.6 Fotos: Claudia Parellada

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PARELLADA, Claudia Inês. 2011. As coleções arqueológicas Tupiguarani no Museu Paranaense (1876 -2011). Museu Paranaense, Curitiba, Paraná, Brasil.

Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 12 Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

3.69.5

Dimensões:

Diâmetro da boca: 37cm, diâmetro máximo: 62cm, altura 52cm:

Origem:

Recuperado pelo Sr. Saulo Ferreira, nas barrancas do rio Iguaçu, no município de Foz do Iguaçu, sendo doada pelo coletor em abril de 1969, sendo encontrada junto com outros recipientes cerâmicos (3.69.4 e 6). Faz parte do circuito de longa duração do Museu Paranaense.

Município:

Foz do Iguaçu – PR, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas na superfície externa

Vista de perfil do 3.69.5

Foto: Claudia Parellada

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PARELLADA, Claudia Inês. 2011. As coleções arqueológicas Tupiguarani no Museu Paranaense (1876 -2011). Museu Paranaense, Curitiba, Paraná, Brasil.

Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 13 Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

3.69.6

Dimensões:

Diâmetro da boca: 30cm, diâmetro máximo: 58cm, altura parcial: 46cm:

Origem:

Recuperado pelo Sr. Saulo Ferreira, nas barrancas do rio Iguaçu, no município de Foz do Iguaçu, sendo doada pelo coletor em abril de 1969, sendo encontrada junto com outros recipientes cerâmicos (3.69.4 e 5). Faz parte do circuito de longa duração do Museu Paranaense.

Município:

Foz do Iguaçu – PR, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas na superfície externa

Vista de perfil do 3.69.6

Foto: Claudia Parellada

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PARELLADA, Claudia Inês. 2011. As coleções arqueológicas Tupiguarani no Museu Paranaense (1876 -2011). Museu Paranaense, Curitiba, Paraná, Brasil.

Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 14 Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

E.70.1

Dimensões:

Diâmetro da boca: 48cm, diâmetro máximo: 60cm, altura: 60cm

Origem:

Está referenciado apenas como sendo do Paraná, sem indicação de procedência, faz parte do circuito de longa duração do Museu Paranaense.

Estado, País:

Paraná, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas nas superfícies externa e interna

Vistas de perfil e interior do E.70.1

Foto: Claudia Parellada

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PARELLADA, Claudia Inês. 2011. As coleções arqueológicas Tupiguarani no Museu Paranaense (1876 -2011). Museu Paranaense, Curitiba, Paraná, Brasil.

Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 15

Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

E.70.4

Dimensões:

Diâmetro da boca: 38cm, diâmetro máximo: 55cm, altura 55cm

Origem:

Está referenciado apenas como sendo do Paraná, sem indicação de procedência, faz parte do circuito de longa duração do Museu Paranaense.

Estado, País:

Paraná, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas na superfície externa

Vista de perfil do E.70.4

Foto: Claudia Parellada

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PARELLADA, Claudia Inês. 2011. As coleções arqueológicas Tupiguarani no Museu Paranaense (1876 -2011). Museu Paranaense, Curitiba, Paraná, Brasil.

Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 16 Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

E.70.9

Dimensões:

Diâmetro da boca: 31cm, diâmetro máximo: 50cm, altura parcial: 34cm

Origem:

Está referenciado apenas como sendo do Paraná, sem indicação de procedência, faz parte do circuito de longa duração do Museu Paranaense.

Estado, País:

Paraná, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas na superfície externa

Vista do E.70.9

Foto: Claudia Parellada

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PARELLADA, Claudia Inês. 2011. As coleções arqueológicas Tupiguarani no Museu Paranaense (1876 -2011). Museu Paranaense, Curitiba, Paraná, Brasil.

Acervo do Museu Paranaense/ Secretaria de Estado da Cultura do Paraná Ficha 17 Objeto:

Vasilhame cerâmico Tupiguarani

Número de tombo

E.70.5

Dimensões:

Diâmetro da boca: 38cm, diâmetro máximo: 62cm, altura parcial: 53cm

Origem:

Está referenciado apenas como sendo do Paraná, sem indicação de procedência, faz parte do circuito de longa duração do Museu Paranaense.

Estado, País:

Paraná, Brasil

Técnica:

Acordelado, com pinturas nas superfícies externa e interna

Vistas de perfil e face externa do E.70.5

Foto: Claudia Parellada

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