As emoções e o cuidado reprodutivo do laboratório 1

June 8, 2017 | Autor: Marlene Tamanini | Categoria: Gender and Sexuality, Family, Nuevas tecnologías, Reporductive and Child Health
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As emoções e o cuidado reprodutivo do laboratório1 Marlene Tamanini UFPR/PR, Programa de pósgraduação em sociologia, núcleo de estudos de gênero.

Palavras-Chave: Emoções. Laboratório. reprodução Resumo Este texto insere-se no contexto do cuidar reprodutivo realizado em laboratório como um itinerário de expansão tecnológica, crenças e emoções que se vinculam a práticas clínicas reprodutivas, a doações de gametas e aos processos contemporâneos de filiação. A observação dos processos tecnológicos, impetrados sobre os órgãos, gametas e embriões, os arranjos reprodutivos de indivíduos e famílias, as criticas a respeito da medicalização das funções reprodutivas são muito relevantes hoje. Estes conteúdos e muitos outros, associam-se à comercialização, às questões éticas e legais e a formação dos profissionais, bem como, reconstroem certezas e produzem novos abalos sobre as emoções e as crenças reprodutivas. Portanto, estas relações não são puramente tecnológicas, também são biopolíticas e emocionais, e estão na ordem da formação de noções e de valores sobre o fazer filhos e sobre a produção de corpos férteis. O eu que deseja filhos, quando sua busca é por reprodução assistida, está envolto em um ato de desejar que é compartilhado socialmente e, igualmente, pelo entorno biomédico. Também não se separa de um alto investimento, tanto no objeto de desejo que é o filho; quanto em tecnologia, mercado e confiança nos sistemas interventivos que são propostos por peritos deste campo, outrossim, também dizem respeito a intimidade, as dores ocultas, a auto - identificação, a vontade de co-criar, sobretudo de mulheres.

Do contexto das emoções, dos sentimentos e das intervenções. Estando eu em um GT sobre cuidados terapêuticos, crenças e emoções talvez devesse iniciar minha reflexão definindo a partir de que campo relativo as emoções me reporto. Assim sendo, devo dizer, que embora não me proponha aqui a fazer uma 1

Trabalho apresentado na 28a Reunião Brasileira de Antropologia Desafios

Antropológicos Contemporâneos de 2 a 5 de julho de 2012 , PUC – SP/ Brasil. 1

taxomia dos conteúdos das emoções vinculadas ao campo da reprodução humana em laboratório, não desconsidero a necessidade e a rentabilidade em termos de análise e pesquisa de demarcar com maior detalhamento certa quantidade de conteúdos deste contexto. Na impossibilidade de fazê-lo de maneira ampliada, por ora eu me detenho a dizer que esses conteúdos podem ser encontrados em muitos blogs, sites, notícias, depoimentos, histórias de vida, canções para bebês que ainda não nasceram, jornais, facebook, e toda sorte de publicação em multimeios. Suas formas e estilos dizem respeito tanto a depoimentos, a narrativas e a relatos de casais e de um rol enorme de especialistas, como dizem respeito a nascimentos, imagens, corpos, gametas, doadores/as, legislação, conquistas tecnológicas, equipes, medicamentos, laboratórios e seus novos instrumentos. Conectam-se nestes laboratórios, humanos e não humanos (LATOUR;WOOLGAR,1997) motivação e procedimentos que contribuem para o estabelecimento do campo e das intervenções. Os membros desses espaços clínicos que fazem as práticas e os desejos, também compartilham sentimentos sobre o bom, o belo, o certo, o melhor, o adequado. Têm interesses e preocupações em comum, compartilham e discutem sobre decisões interventivas, estudam interdisciplinarmente a conduta médica e laboratorial frente aos casos. Estão em congressos, nas publicações de diferentes contextos de intervenções e nas redes de expansão desses mercados. São parte de um contexto de significados e de ausências de óvulos, espermatozóides, embriões, barrigas, famílias, cartas a filhos que não chegaram. Estes aspectos reforçam e modificam as convicções, revelam a complexa rede de conhecimento, o rol das relações entre saberes interdisciplinares e a circulação de materiais reprodutivos. Dizia uma bióloga entrevistada em Barcelona: Si, a ver en este campo en la RA no hay un protagonismo de una especialidad sobre la otra, siempre ha habido una complementariedad entre la ginecología y la biología. El ginecólogo sin un buen laboratorio es imposible que obtenga nacimientos de bebes, y un buen laboratorio si no tiene una buena parte clínica que es quien estimula a las pacientes, quien hace las transferencias y quien recluta a las pacientes es imposible de poner en marcha un programa, con lo cual esta es una especialidad en la cual la implicación entre una especialidad y la otra es esencial y ha sido así desde los inicios, en todos los grupos el secreto del éxito es ese precisamente en que la parte clínica y la parte de laboratorio estén muy bien coordinadas y muy implicadas la una con la otra, sino no funciona. (Bióloga1, entrevista realizada em 2010).

Este corpo técnico e biomédico não tem embaraço e vergonha (GOFFMAN, 1959) em suas proposições, o que pensam, o que dizem e o que fazem esta perfeitamente

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conectado à

uma

rede de significações sociais e culturais, de um contexto de

intersubjetividades que se encontra muito ampliado nos seus agenciamentos, nas suas práticas e nas normatizações sociais expressas na moral do ter

que fazer-se filhos.

(TAMANINI, 2006). Assim as experiências de fracasso por infertilidade, muito presentes nos relatos de mulheres em blogs, sites, clínicas, cotidiano, e bem delineadas por meio de entrevistas, meu próprio trabalho (TAMANINI, 2009) e etnografias em vários contextos, cito especialmente, a de Carmen Fito (2010), parecem perder relevância do ponto de vista dos especialistas porque estes se pautam na esperança de estarem gerando condições à procriação. Eles se expressam com absoluta consciência do que podem fazer neste campo e de como as práticas se modificaram

em relação ao seu próprio passado. Cito

literalmente: Ha cambiado mucho, ha cambiado muchísimo, porque cuando empezamos a trabajar no solo aquí en Barcelona sino en todo el mundo porque en los años 80 fue que empezaron todos los grupos en todo el mundo. Los protocolos no estaban estandarizados, es decir, no había una escuela, no había una metodología estándar que dijera cómo había que hacerlo, con lo cual pues más o menos íbamos intentando poner a punto protocolos que funcionaran lo mejor posible, pero por ejemplo, en los medios de cultivo, en esos momentos había únicamente un medio de cultivo que era un medio que se había utilizado para modelos animales y que podíamos adaptar a la parte humana, en estos momentos hay un montón de medios de cultivo que están comercialmente disponibles que se pueden comprar, que tienen controles de calidad o sea las cosas han cambiado mucho, hemos aprendido, estos medios de cultivo están específicamente adaptados para el cultivo de embriones humanos. (Bióloga2, entrevista realizada em 2010).

Desde esta posição à confirmação da situação de infertilidade no âmbito social e familiar, e, que era geradora de vergonha, de frustrações e de sentimentos de inferioridade, sempre balizados por comunicações sociais reservadas ao silêncio, ou a conversa com poucos. Ganha na experiência de mulheres e/ou de casais, total visibilidade pela boca dos especialistas, da mídia, das tecnologias, dos laboratórios, dos vendedores de gametas e do mercado de úteros. Estes aspectos falam da criação de condições adequadas ao tratamento e de intervenções nos órgãos e gametas, de um saber prazeroso da parte dos especialistas, e a partir desses elementos, faz-se a objetivação de um discurso midiático favorável aos demandantes de bebês, de produtos reprodutivos, protocolos, medicamentos, embriões e úteros. Essas práticas são mediadas por valores, por dinheiro, por saberes e pesquisas e, são legalizadas em muitos países, ao mesmo tempo em que também produzem novos conteúdos éticos que permitem lidar com o fazerem-se filhos e que permitem lidar com os filhos que são geneticamente de outros. 3

A vergonha e o vazio das primeiras experiências com infertilidade, que é vivida pelas mulheres parece persistir, somente se não se tenta fazer nada a fim de superá-la. Para os casais homossexuais este contexto valorativo, interventivo e ressignificador de modelos gera possibilidades para outras escolhas, para novos ordenamentos e para a geração de outras experiências, já que nunca esteve inserido no vazio da infertilidade e nem no mesmo estigma constituidor do modelo heteronormativo reprodutivo. Dessas emoções primeiras, e nesta afirmação me reporto à história da infertilidade em sua relação com a maternidade, um tema que era vivido como falta, dor, desalento, depressão, estigma (GOFFMAN, 1975) e, em solidão. Portanto, passa-se do campo da invisibilização à visibilização dos sentimentos, ponto sobre o qual me detenho na sequência. Durante meu pos doutorado no ano de 2010 na Universidade de Barcelona, Espanha, entrevistando especialistas, pude ater-me a vários dos aspectos do que vou chamar de desdramatização do campo. Eu vinha de uma experiência focada na dor, no sofrimento, na luta por filhos da parte de casais e de mulheres em reprodução assistida. Quando me deparei com os especialistas em situação de entrevista2 me encontrei frente a falas bem objetivas sobre a doação de gametas e seus usos. De maneira tal, que não posso esquecer o impacto que me causou a observação de cartazes espalhados pela Universidade de Barcelona com os seguintes dizeres:“¿Quieres ser donante? Venga hacer alguien feliz”, “solo hay algo tan maravilloso como ser madre. Ayudar a que otra mujer lo sea”, “Donación de óvulos apúntate a la cadena de la vida”. Ao deparar-me com tais publicidades e com práticas aparentemente tão socializadas, presentes em espaços geográficos de universidades, também em sites de clínicas, que diziam como por exemplo: Na embarazada.com, “Ya somos 237.000 pancitas unidas!!”, “usted puede ayudar a otra mujer a ser madre”; si tiene de 18 a 33 años puede ser donante de óvulos”; fiquei literalmente chocada e pensando como eu não tinha

observado

isto

para Brasil.

Sobretudo, me perguntava que valores eram estes que faziam com que um tema, ainda tão privado, estivesse sendo tratado como se fosse uma doação de qualquer outro produto do corpo, sangue por exemplo. Muitos diziam: “eso es como donar sangre”. Perguntando para alunos que conviviam comigo quase diariamente, na sala do laboratório da universidade, para pessoas do grupo de pesquisa, para outros em

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Foram entrevistados 16 especialistas de diferentes clínicas, laboratórios ou centros de reprodução assistida, ou de preservação de gametas e da genética molecular de Barcelona.

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encontros casuais, muitos me diziam, que tal fato, se devia ao altruísmo do povo espanhol, que eles eram por estatística, os mais abertos a doação de órgãos, e como consequência aos produtos do corpo.

Isto me acalmou no início, mas logo fui

percebendo que se tratava de um grande mercado em franca expansão, do qual poucos falavam, aspecto que eu não desconhecia para Brasil e América Latina. Sendo assim, o tema da venda objetificada, a racionalização do tempo cronológico da infertilidade, as fecundações com menos investidas em estímulos ovarianos e a relação custo benefício estavam em pauta. Esta dinâmica era percebida e pautada pelas feministas que criticavam a ovodoação e essas práticas reprodutivas, como sendo demasiado agressivas, coercitivas e que não deixavam escolhas à mulher. Ao mesmo tempo era incentivada, em geral, por profissionais de entidades civis, como o era no GENERA, uma ONG de apoio às mulheres em reprodução. A política de reprodução por sua vez, também se vinculava à maior politização da maternidade, com a discussão sobre os cuidados para com os filhos e das políticas de renda. Discussão enfrentada por representantes no foro do parlamento espanhol, isto tanto para o lado positivo, quanto para posições de rechaço. Porém em geral, o discurso sobre doação de gametas encontrava forte acolhida frente as posições contrárias e era sustentado pelo compartilhamento da prática de doação/recepção por parte das mulheres. Quando os discursos contrários se colocavam em sites que consultei, não era incomum encontrar reações como as que eu cito na sequência, em que há perfeita sintonia entre as mulheres e o contexto biomédico a respeito das motivações altruístas e da cooperação, como um acordo intersubjetivo. Pensamentos sobre o beneficio da prática eram compartilhados, muito mais do que os pensamentos críticos, ou negativos, no contexto das que se dispunham a participar como doadoras. Um texto colocado na internet3 citado na sequência, faz pensar em muitos aspectos vividos por mulheres e que constituem o espírito critico de um bom grupo de pessoas, ao mesmo tempo que permite analisar os conteúdos das emoções que são forjadas por esta comunicação. Convido portanto, o/a leitor/a para que siga os argumentos: Queridas compañeras: os copio aquí el artículo que escribí sobre la clase que nos dio la semana pasada Itziar Alkorta. Así las que no pudisteis venir podréis saber algo sobre este tema, en el que hay bastante que decir desde un punto de vista de género. Buscando fotos para el artículo, por fin he 3

Disponível em: . Dsiponivel em:< placidayeye.blogia.com. Acesso em maio 2012. Disponivel em: . Acesso em: maio 2012.

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encontrado una información en la que se denuncia esta práctica4. "Hay algo que te hace extraordinaria", dice un folleto de la Clínica Quirón5, sita en el barrio de Egia de Donostia, en su campaña publicitaria para atraer donantes de óvulos. "Lo que te hace extraordinaria no es tener óvulos, sino donarlos", sigue diciendo en el interior. Este folleto me lo encontré colgado de una chincheta en el tablón de anuncios de la facultad de derecho ayer cuando iba a clase. Debe de haber muchos más repartidos en las instalaciones de la UPV. Según nos dijo más tarde la profesora Itziar Alkorta, también abordan a las estudiantes en plena calle, para preguntarles: "¿Quieres ganar un dinerito?" ¿Qué hay detrás de la donación de óvulos? Pues según nos contó ayer esta profesora, que lleva tiempo investigando sobre el tema, muchísimas cosas. La ley sobre técnicas de reproducción asistida de 19886, fue la primera ley europea que reguló esta práctica, y la segunda en el mundo. En su exposición de motivos, la ley dice: "Se calcula que en España hay unas 700.000 parejas estériles casadas en edad fértil, admitiéndose un porcentaje del 10/13 % del total, de las que un 40 % podrían beneficiarse de la FIVTE o técnicas afines y un 20 % de la inseminación artificial." Más adelante habla de los avances y de la oportunidad que suponen las nuevas técnicas de reproducción asistida, y también de los problemas "éticos" que plantean, a los que pretende dar respuesta. Otra razón que se expone para la creación de esta ley es "el respeto a los derechos de la mujer a fundar su propia familia", por lo que la ley "debe eliminar cualquier límite que socave su voluntad de procrear". 17 años después de la aprobación de esta ley, en el estado español hay más de 300 clínicas que realizan prácticas de reproducción asistida. No hay tantas clínicas en ningún otro país eiropeo, en términos absolutos. En internet podemos encontrar unas cuantas, algunas especializadas, como el Institut de reproducció Cefer, en Barcelona, el Iraga, en Santiago, el Fiv en Madrid. En la web de la asociación española de fertilidad hay una lista más detallada. Cada año, alrededor de 4000 mujeres alemanas visitan el estado español para someterse a tratamientos de reproducción asitida. En Álemania no está permitido, pero estas mujeres vuelven a su país embarazadas y nadie sabe si es un embarazo natural o no. De modo que hay una gran demanda de óvulos, ya que a las que quieren tener hij@s, en algunos casos les extraen sus propios óvulos, y, en caso de que no puedan, recurren a donantes. Pero, ¿qué pasa con las chicas que donan óvulos? La ley prohíbe a las personas vender su cuerpo, en el sentido de que un@ no puede vender su sangre ni sus órganos, por ejemplo, sino que tiene que donarlos. Sin embargo, a las donantes de óvulos se les paga. He llamado a una clínica de Madrid diciendo que estoy interesada en donar, y me han dicho que me pagarían "las dietas". No ha querido decirme cuánto, esa información no la dan por teléfono, pero podría ser entre 600 y 900 euros. El dinero es también "por las molestías". Porque una no va allí y dona UN óvulo, que cuesta alrededor de un mes el producirlo, sino que ya que se ponen te sacan unos 20 de una vez. Y para conseguir que tus ovarios produzcan 20 óvulos, te hacen una cosa que se llama "hiper-estimulación ovárica", que consiste en atiborrarte a hormonas para tener 20 ovulaciones, con el transtorno que eso supone. Los efectos secundarios pueden ser alteraciones en el ánimo a consecuencia de las hormonas, pérdida de la fertilidad, adelanto de la menopausia, infecciones en el útero o en los ovarios, la muerte. En todas las informaciones que he encontrado en internet sobre la donación de óvulos suavizan los efectos secundarios y dicen que son "mínimos". Durante el proceso de "engorde hormonal" tienes que ir 3 o 4 veces a que te hagan ecografías para ver que tus ovarios aguantan y que todo está bien. Las complicaciones son mayores en 4

Disponível em: . Acesso em: 12 maio2010. 5 Disponível em:< http://www.reproduccionquiron.com/.>. Acesso em: 12 maio 2010. 6 Disponível em: http://noticias.juridicas.com/base_datos/Admin/l35-1988.html. Acesso em: 12 maio 2010.

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las mujeres con ovarios poliquísticos. No voy a pararme a explicar las distintas técnicas de reproducción asistida que están permitidas, podéis encontrar algo de información, por ejemplo, aquí7. Pero la cosa es que los óvulos no se utilizan sólo para ayudar a otras mujeres a quedarse embarazadas. De hecho, en el caso de las que quieren quedarse y se someten a la hiper-estimulación ovárica, hay un sobrante de óvulos. Pongamos que a una mujer le extraen 20 óvulos, que después son fecundados "in vitro", es decir, fuera del cuerpo. La ley dice que, una vez fecundados, los preembriones pueden estar en la probeta 12 días como máximo. Pasado ese tiempo hay que implantarlos en el cuerpo o congelarlos. Pues bien, en las clínicas del estado español hay más de 500.000 embriones congelados. Esos embriones son materia de controversia, porque pasados 5 años, la ley dice que hay que descongelarlos, pero no qué hay que hacer con ellos. Lo habitual es que se utilicen para la investigación. La iglesia católica los reclama como "personas" y reivindica su derecho a nacer. Hasta organiza campañas para "adoptarlos", con ligas de mujeres católicas dispuestas a ofrecer su cuerpo en pro del "derecho a la vida". El PP, en la modificación de la ley que hizo en 20038, estipuló que "se fecundará un máximo de tres ovocitos que puedan ser transferidos a la mujer en el mismo ciclo, salvo en los casos en los que lo impida la patología de base de los progenitores". Esto quiere decir que no hay embriones sobrantes, y que los 3 ovocitos fecundados se implatan a la vez en el cuerpo de la mujer receptora. Así el Vaticano está más contento. Esta reforma, claro está, no se hizo pensando en la salud de las mujeres, sino en el interés de los preembriones, "esas personas". Este punto de la ley, el de que sólo puedan ser fecundados 3 ovocitos, ha sido o será derogado en una nueva modificación de la ley del gobierno socialista…. Por eso los óvulos se han convertido en el nuevo "eldorado"; serían el petróleo de la industria farmacéutica. Otro dato muy importante es el de quiénes se someten a los tratamientos de reproducción asistida. Hay parejas heterosexuales estériles, mujeres solas, parejas de lesbianas. pero la mayoría son parejas heterosexuales donde la mujer es mayor de 35 años. Y en muchos casos, la causa de la infertilidad de la pareja es natural, es por la edad. Es decir, que si hubieran elegido "quedarse embarazados" 10 años antes no habrían tenido tantos problemas. ¿Por qué no han tenido hij@s antes? Pues seguramente porque estaban muy ocupadas estudiando y trabajando, y les resultaba imposible tener hij@s y hacer todas esas cosas al mismo tiempo. Por eso surge la pregunta de qué hay que hacer para "eliminar los límites que socaven la voluntad de procrear" de las mujeres, como dice la exposición de motivos de la ley; si abrir clínicas de fertilidad artificial para que las mayores de 35 se gasten una millonada para quedarse embarazadas, o si hay que facilitar las cosas a las mujeres para que, si quieren, puedan tener hij@s antes.

As respostas em reação a esta longa citação, que eu deixo neste texto para ilustrar a gravidade e a quantidade de temas envolvidos, foram bem virulentas, demonstrando a carga de emoções que a prática e a experiência com ovodoação e ovo recepção traduz, tanto em relação a maternidade, a solidariedade, ao altruísmo e as crenças no Bem, como em relação aos riscos que são desconsiderados. Muitas mulheres compartilham positivamente esta experiência, vem o bem que é doar um produto seu que já não precisam, ou de ajudar alguém porque também foram ajudadas. Sobre a positividade de dar algo que não se usa mais, bem o mostra o trabalho de Bestard e 7

Dsiponível em: http://www.iraga.net/index2.php?info=link9. Acesso em maio 2010. Disponível em: http://civil.udg.es/normacivil/estatal/persona/PF/L45-03.htm. Acesso em: 12 maio 2010. 8

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Orobitg (2009) em etnografia realizada junto a uma clínica de reprodução em Barcelona. Desde esta perspectiva da experiência positivada, pode-se seguir alguns desses conteúdos em resposta ao exposto acima: Hola a todas! Tengo 26 años una niña preciosa de 20 meses y la gran alegria de hace menos de un año de haber hecho una donación de óvulos. En casa tenían dudas por los efectos secundarios, o si me ponía en peligro, pero nos informamos y no nos arrepentimos. Digo "nos" porque considero que aunque es cosa de la mujer, en mi caso hay un marido y una niña que entonces tenia 8 meses; ¿cómo iba yo a hacer algo que me pudiera hacer daño y dejarlos a los dos solos? Ser madre ha sido lo mejor que me ha pasado en la vida, y con mi donación espero que otra mujer pueda decir lo mismo. Gracias a todas las donantes, y solo decir que la que quiera donar, que se informe bien, y no por comentarios escritos por anonimos en internet. Los profesionales son los que te informarán mejor. Yo ahora quiero volver a donar. Menuda barbaridad acabo de leer!! Yo he donado dos veces y seguramente done una más. Me informé bastante bién antes de hacerlo y no me arrepiento para nada, de hecho, estoy muy orgullosa de haber contribuido a que una pareja haya podido tener un hijo. No es doloroso para nada, por lo menos en mi caso, es simplemente como un dolor de regla durante el día de la extracción y al día siguiente. Animo a las personas que tengan dudas a que donen óvulos, no tengo hijos puesto que tengo 23 años pero me encantan los niños y ya me gustaría tener uno, y sólo de pensar que hay personas que no pueden tenerlos. es una pena, por eso dono. Saludos. hola chicas queria contaron mi experiencia. Yo he sido donante de ovulos los done el la clinica dexeus de Barcelona. estoy muy contenta de haber sido donante solo el mero hecho de pensar que mis ovulos pueden ayudar a millones de parejas con problemas me llena de felicidad. Es algo ke decidi sola lo hable con mi novio (ahora mi marido jejeje ) y el siempre me apoyo. Asi que un buen dia fui y me informe bien de todo el funcionamiento, y segui para alante. Tengo que decir que despues de la extraccion sufri una hierpestimulacion ovarica asi ke tube bastantes dolores pero bueno realize reposo y paso toso. Repito estoy muy contenta con este acto y quizas volvere haceerlo, sin duda en clinica dexeus me trataron muy bien e informaron en todo momento. Espero que mi experiencia os sirva y porsupuesto si alguna de vosotros puede no dudeis en hacerlo, recordad gracias a nosotroas muxas chicas pueden tener bebes.

Neste site havia muitas reações, nenhuma delas era critica ou continha conteúdos negativos a respeito da prática. Essa prática e esse imaginário são manifestações do modo como estas mulheres em reprodução assistida, que são agentes sociais destas mesmas ações, mantêm-se como sujeitos re-organizando ativa e constantemente, a imaginação sobre seus filhos e sobre os filhos dos outros; sobre a ajuda reprodutiva aos outros. Dedicação, eficiência, solidariedade são cada vez mais, expressões presentes nesses conteúdos, que se propõem a superar o sofrimento de um ciclo em busca de

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fertilidade e a contribuir para dar felicidade e solucionar problemas; solidificar profissões e fazer algo concreto frente a ausência de filhos. Da parte médica, especialmente masculina, existe uma narrativa a respeito da paternidade cientifica, da fabricação da ciência e da tecnologia; que resulta em um produto diferente, um ser vivo. Este aspecto agrega um elemento simbólico muito forte. Faz valer uma conexão com o processo criador que é experimentado de maneira intensa. Os especialistas encontram assim, seu deleite a medida que falam e agem sobre embriões, óvulos, gametas, tecnologias, e que extraem prazer do conhecimento, das trocas que fazem nos congressos, de onde relembram sobre como evoluíram desde as primeiras experiências. Enquanto isso, as mulheres seguem falando do corpo, das menstruações, de dar um filho ao companheiro, de como é viver a experiência de ser mãe. Nesse sentido, cabem cartas, músicas, poesias, carinhos, encontrados nos sites, no youtube e nos blogs, de onde participam mulheres e homens, para expressar emoções e sentimentos de dor, perdas, espera, saudade, gratidão, alegria. Desde este “lugar” falam com seus filhos reais e/ou imaginários chamando-os de: Un muñeco de carne, mitad tu mitad yo, vientre de cuna, la dulce espera, milagro, cancion para mi bebe, para mi bebé que esta por nacer, carta para mí bebe, diário para mí bebe, carta de un bebe a su mamita, carta para mí hijo que aun no existe, carta de padres a un bebe no nascido9. Essas conversas, redes, canções, poesias, cartas, manifestações de apoio à mulheres, revelam conteúdos que são carregados de dor, de saudade, de calma e de desespero, e que se conectam aos interesses dos pesquisadores, nos mostrando sua maneira de pensar e seus valores. Logo, todo este contexto resulta da integração de inúmeras avaliações, posições, agentes e práticas, passíveis de ser exercidas em nossa sociedade. Elencam-se novas descobertas para fazer bebês mais saudáveis, mais rápidas, com menor desgaste emocional, físico, econômico, performatam-se novos sentimentos de poder e alegria, e reforçam-se noções sobre

altruísmo, orgulho pessoal,

competências na proposição de soluções. A observação dos processos tecnológicos impetrados sobre o corpo de mulheres, aqui recortado por seus órgãos reprodutivos, conectados pela estimulação hormonal, ou do corpo do homem recortado por seus

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Disponível em:< http://www.youtube.com/watch?v=1mqhp45JtxA>; http://www.youtube.com/watch?v=hDePpMTzE5s; http://www.youtube.com/watch?v=JblCcxufHgE>; http://www.youtube.com/watch?v=CvJZeeKy3qw&feature=related >. Acesso em 10maio 2012.

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testículos e espermatozoides faz destes corpos em fragmentos um território de atuação dos desejos. Assim esta experiência é uma intensa aventura feita de esperança, de vontade, e de grande expectativa de solução. É uma paixão que encontra finalmente uma resposta à altura da intensidade da aventura imaginária sobre o que seria ter um filho, e que encontra na resposta da clínica e do laboratório uma proposta de atuação compatível com a intensidade do desejo. A identificação frente a proposição tecnológica, portanto, é imediata quando já esta na mente do casal, ou da mulher, o desejo por um filho pensado e esperado dentro de certas condições, planejadas e imaginadas. Este aspecto dificulta o afastamento necessário à análise, a compreensão das informações, a apreensão dos limites da intervenção, a ponderação das dificuldades, ao entendimento do contexto da oferta. A possibilidade de pagar o tratamento fecha o ciclo das expectativas que agora entram em práticas de ação e de intervenção, e que ainda, quando tenham que ser realizadas por repetidas vezes, frente ao não sucesso, seguem sendo alimentadas com a ideia de que é preciso confiança na equipe, no material genético, na tecnologia, ter coragem e enfrentamento porque uma hora vai dar certo. Desta forma, parece se interpor também uma boa dose

de

sequestro da

experiência da busca, que passa a ser também da clínica. Ainda que os termos como saudade de meu filho, ditos em contextos de sua ainda não existência, ou ausência cheia de luz, ou minha vida, continuem a sustentar um imaginário altamente produtivo do desejo e do choro por ausência. Estas emoções não necessitam ser controladas porque quanto mais forem reiterativas, produtivas, pungentes, preponderantes, mais serão facilitadoras dos processos nas clínicas. Este contexto que é tecnológico, também é biopolítico e emocional e está na ordem da formação de noções sobre fazerem-se filhos e da produção de corpos férteis, como noções, não apenas biológicas, mas também sociais e institucionais, ou do domínio dos desejos, das emoções e dos vínculos com os diversos aparatos biotecnológicos. O eu que deseja filhos quando sua busca é por reprodução assistida, está envolto em um ato de desejar que é compartilhado pelo entorno biomédico e que não se separa de um alto investimento, tanto no objeto de desejo: o filho. Quanto em tecnologia, mercado e confiança em sistemas que são propostos por peritos deste campo, e que também dizem respeito a intimidade, as dores ocultas, aos desejos de auto - identificação, a vontade de co-criar. Sendo este um aspecto pouco explorado, mas que aparece em muitos sites e nas conversas entre mulheres que se encontram em tratamento para engravidar. Assim fazer filhos nesses diversos arranjos, é produzir um 10

remédio (o filho), para uma doença a infertilidade e, para as muitas situações de anomalias sociais, pessoais, familiares. São condutas argumentativas, cujo teor leva uma mulher ao estremo em sua busca; até que ela não possa mais. Estranhamente, tratase de uma prática bem diferente daquelas costumeiramente utilizadas para curar quando os remédios vêm dos laboratórios, depois de anos de pesquisa. Na reprodução assistida se uma mulher é considerada infértil, na sequência, é feita um ser doente, e, seguirá ela mesma necessitando produzir seu medicamento, ou precisará apelar para que outro corpo de mulher o produza. As doadoras de óvulos entram neste circuito. De igual maneira, o remédio de sua autoprodução os óvulos, necessitam ser de muito boa qualidade, adequados ao processo de fertilização invitro e às suas derivadas técnicas. A infertilidade nesse contexto se constitui como definição clínica, e, é uma biopolítica dos corpos capaz de criar um diagnóstico resultante da informação sobre uma série de tentativas de gravidezes infecundas ou de processos de tratamento frustrado. De outro lado, não é aceita como uma maneira de ser no mundo, constituindo-se em uma narrativa e, em subjetivação como lugar da falta. Sentir-se como quem não tem algo que é tão essencializador em nossa cultura é uma experiência que se vincula ao vazio de lugar e de sentido de si, que só encontra saída, se, face à transferência de um embrião. O que seria diferente, em muitos contextos em se tratando de sêmen. No caso, dos óvulos importa que se a mulher não for capaz de produzir seu próprio remédio, mesmo consideradas as muitas tentativas, os muitos estimulantes ingeridos, então, é chegada a hora de recorrer a outras mulheres que possam lhes fornecer os óvulos, solução que não pode vir a conta gotas, dada a emergência da idade, das condições reprodutivas, do investimento econômico, do stress, das exigências na administração das ausências no trabalho e das condições da vida cotidiana, que fica bastante atribulada com todos esses cmainhos. Essas mulheres serão estimuladas na clínica para que delas, se possa obter o maior número de óvulos possíveis, para garantir muitos processos de fertilização e a circulação ou estocagem de boa parte desse material. A estocagem e o atendimento à demanda por gametas podem ser realizadas utilizando-se o material na, e da mesma clínica, ou fazendo-se captação e circulação de óvulos entre clínicas, entre cidades, sempre que esgotadas as possibilidades de captação e de uso, na população geograficamente correspondente à região da clínica onde a demanda se encontra. Existem filas de espera por estes materiais e um sistema de captação importante baseado na divulgação das necessidades e na explicitação dos critérios para que alguém seja doadora de óvulos em muitos países. 11

Estranhamente, esta prática é diferente daquelas costumeiramente utilizadas para curar, amenizar, ou equilibrar uma doença nos corpos. Nessa busca por fabricar um produto, um embrião bonito e de alta qualidade, e de transferi-lo em seguida à um útero, atende-se a um biodiscurso, fundado sobre uma única narrativa de mundo possível para essas mulheres. Imaginar-se com o barrigão (VARGAS; RUSSO; HEILBORN, 2010) e ver-se mentalmente amamentando, embora vinculado ao físico e ao biológico, faz com que construam uma noção de si como capacidade de criar outro mundo no outro, o filho. Sua capacidade de ser no mundo se expande, ainda que vinculada à uma única narrativa: quero ser mãe, que é parte constitutiva de muitas dessas vidas, e que faz parte do pressuposto pelo qual a biomedicina se insere em um esforço de normalização desses processos: ovulação, busca de materiais reprodutivos, junto ao.desenvolvimento de tecnologias. O nível emocional e psíquico está marcado por esta busca de tal maneira, que muitas vezes, elas não conseguem desfazer-se desta ordem discursiva que constituem estas mulheres como sujeitos desejantes deste mundo reprodutivo com suas tecnologias, fantasias e promessas. Elas são um sujeito desejante e demandante de reprodução assistida, seu mundo é organizado em torno de uma determinada visão de identidade feminina, cuja idéia central se produz pela perspectiva da subordinação. De outro lado, existem alguns outros indicativos sobre a possibilidade de uma experiência de liberdade, para outro imaginário, ou posição de sujeito desejante que se apresenta como uma necessidade discursiva. Algo que não é linear e acachapante, visto que em alguma brecha elas também dizem que, se o marido não colaborar podem ter o filho sozinhas. Elas querem mais o filho do que o marido; o que romperiam com o imaginário: família, papai e mamãe. Isto foi perfeitamente observado por Fito (2010), onde co-criar é também uma arte de si. Nesse momento, em que assim se posicionam, existe de fato a possibilidade de terem outra relação, que não está sendo imaginada no contexto da traição, ou da infidelidade, mas de possibilidades, como o seria a de roubar gametas; não fosse a intervenção do médico, da equipe da clínica, retomando o passo em busca de um doador e de fazendo com que o marido se ocupe desta ideia de pensar a possibilidade de um doador. Desta maneira o médico e outros profissionais, na rede de doadores, assumem um discurso que mantém o mundo organizado sobre as estratégias de como se pode obter gametas. 12

Os doadores de sêmen em geral, não entram da mesma maneira, na rede e nas práticas, como é o caso para as mulheres. Um receptor de sêmen normalmente não recebe materiais por razões de sua idade. A idade do homem em nossa cultura segue contando para frente, para as possibilidades que são expandidas, enquanto a idade da mulher conta para trás, para o que já se perdeu, porém, para ambos, essas possibilidades de confeccionar embriões com gametas doados potencializam opções de retardamento reprodutivo. Em algumas situações, permitem escolhas sobre quando e, em que condições uma mulher vai ser mãe. Muitas mulheres podem afirmar “eu ainda tenho tempo”, mesmo que o façam dentro da conduta cultural, eu tenho que ser em algum momento. E o mais estranho é que um centro médico quando frente a uma impossibilidade reprodutiva e desafiado a afirmar a biologia busca uma doação. Fato que poderia ter efeito contrário, uma ruptura; porém, a doação entra no processo da mulher, frente à perspectiva de afirmar a biologia, uma vez que ela irá gestar e o anonimato lhe dá uma garantia de que a falta genética não será visibilizada, nem na gestação, nem no nascimento. Já o pai biológico é construído sob o signo da falta, como uma categoria do segredo do casal. Seu vínculo paterno é apenas social, não coincidindo com os preceitos da biologia. O anomimato o favorece porque esconde o pai genético, assim, o doador reforça o pai biológico; sob uma falta biológica.´ Desde esta dinâmica não estou falando somente de casais, mas sobretudo, de técnicas, protocolos, saberes, materiais e embriões. De outra parte, são processos que também contam nas condições demográficas e políticas dos países, a quantidade de bebês nascidos destas tecnologias não é pequena. E as razões desses nascimentos, com esses processos de intervenção estão conectadas com as práticas biopolíticas e bioeconômicas de como circulam materiais reprodutivos e maternidades, também produzem relações com a economia, com os mercados, entre os países e suas legislações, bem como com os desejos e sentimentos compartilhados neste universo. Referencias BESTARD, Joan, OROBITG, Gemma. Le paradoxe du Don anonyme. Significacion des dons d´ovules dans les procréations médicalement assistées. In: GENÉ Enric Porqueres I. (direction). Défis contemporains de la parenté. Paris: Éditions de L´École dês hautes Études em Sciences Sociales. 2009. p. 277-301. COLLARD, Chantal, HASHMERI, Shireen. “De embriones congelados a siempre familias”: Ética del parentesco y ética de la vida en la circulación de embriones entre

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