X Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Estado de Roraima – SNCT-RR
As relações entre Turismo e Meio Ambiente no contexto do desenvolvimento regional. BRITO¹, Bruno Dantas Muniz de ¹
[email protected] Palavras Chave: Turismo, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional, Preservação Ambiental.
INTRODUÇÃO A paisagem não passou a existir após o nascimento do homem, ela já estava lá. Mas só quando o homem presta atenção na paisagem é que surge o seu conceito. A paisagem é o que se vê. O real, o vivido, o sentido diferentemente para cada ser humano (BADUCCI JR, 2001). O fomento da atividade turística nas paisagens, mais precisamente em áreas de proteção ambiental, constitui-se num trabalho muito delicado e meticuloso, envolvendo uma série de metodologias, princípios e práticas que são de domínio de diversas áreas do conhecimento humano, como biologia, geografia, ecologia, história e turismo, além de diretrizes estabelecidas pelo governo local e regional. Assim, este trabalho tem por objetivo discutir a relação turismo e impactos ambientais no contexto contemporâneo do desenvolvimento regional através de um olhar na transformação da paisagem. Os resultados mostram que o modelo de desenvolvimento do turismo nos espaços naturais sugere uma prática de devastação e desrespeito às leis ambientais, sobrepondo o discurso da geração de emprego e renda em detrimento da preservação ambiental MATERIAL E MÉTODOS A metodologia teve como base a pesquisa bibliográfica dos conceitos elucidados frente a uma reflexão a cerca de casos identificados na atualidade, sobretudo na cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba. RESULTADOS E DISCUSSÃO Observa-se uma super ocupação dos espaços naturais e preservados, principalmente nas metrópoles onde o crescimento urbano se estrangula pela limitação geográfica, fazendo com que gestores e sociedade, erroneamente, repensem a importância do papel da preservação ambiental posta na legislação. Como afirma Capra (1986), a legislação não mudou, o que modificou-se foram os desejos e interesses corporativos balizados no pseudo discurso desenvolvimentista de subjugar espaços naturais para o atendimento de novas necessidades sociais e econômicas vigentes nesta era. É importante frisar que é necessário se pensar em políticas e planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável do turismo. Durante muitos anos a utilização dos recursos por diversos atores condenou qualquer movimento de preservação do patrimônio ambiental, condenando áreas naturais em grandes acres de pastagem e diminuindo a biodiversidade existe em cada região (VIOLA, 2009).
amplitude da questão do tema “sustentabilidade” em diversos níveis específicos. Dentre os referidos níveis destacam-se alguns essenciais que são: Sustentabilidade para a atividade de turismo; ambiental; social; econômica; cultural; política e institucional. O turismo enquanto atividade capaz de mobilizar outros 55 setores da economia busca incessantemente o seu eixo sustentável nas esferas onde está situado. Não basta que sua influência se faça sentir nos demais setores sem que todos possam atuar de maneira a manter o padrão de utilização aceitável, isto é, sem comprometer a manutenção para o futuro do recurso turístico da região. Assim é que se segue um complexo eixo dinâmico de significantes sustentáveis que precisam ser pensados juntos ao turismo, pois, sem o meio ambiente, a sociedade, a economia, a cultura, a política e suas instituições, não haverá meandros que possam garantir a manutenção dos eixos participativos e sistêmicos do turismo, nem tão pouco sua sobrevivência a médio e longo prazo. ____________________ ANDRADE, José V. Turismo. São Paulo: Ática, 1998. AOUN, S. A procura do paraíso no universo do turismo. Campinas, SP: Papirus, 2001. BADUCCI JR, A.; MORETTI, E. (orgs.). Qual paraíso? São Paulo: Chronos: Campo Grande: Universidade Federal da Mato Grosso do Sul, 2001. BARRETTO, Margarita. Planejamento e Organização em Turismo. Campinas, SP: Papirus, 1996. BRANCO, S. M. Ecossistêmica: uma abordagem integrada dos problemas do meio-ambiente. EdgarBlücherLtda.SãoPaulo,1989. CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. São Paulo, Cultrix, 1986. COOPER, Chris.(org.) Turismo. Porto Alegre: Bookman, 2001. DE MASI, D. O ócio criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000. DENCKER, Ada de Freitas M. Métodos e técnicas de pesquisa em turismo. São Paulo: Futura, 1998. MASI, Domenico de. O Ócio Criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000. FIGUEIREDO, S. L. (org.). O ecoturismo e a questão ambiental na Amazônia. Belém: UFPA/NAEA, 1999. GUHA, Ramachandra. El Ecologismo de los pobres. In: ALIER, J. Martínez (org.). Ecologia Política: Cadernos de debate internacional. FUHEM/ICARIA: Barcelona, 1994. IRVING, Marta de Azevedo. Turismo. São Paulo: Futura, 2002. LEMOS, Amália. (org.) Turismo. São Paulo: Hucitec, 1996. MOLINA, Sérgio. Turismo e ecologia. Bauru, SP: EDUSC, 2002. PÁDUA, J. A. Um Sopro de Destruição. Pensamento Político e Crítica Ambiental no Brasil Escravista (1786-1888). Río de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. PEARCE, D.; BUTLER, R. Desenvolvimento em turismo. São Paulo: Contexto, 2002 RODRIGUES, Adir B.(org.). Turismo e ambiente. São Paulo: HUCITEC, 1997. RODRIGUES, Adir B.(org.). Turismo. São Paulo: HUCITEC, 1997. RUSCHMANN, Doris V. De Meene. Turismo e planejamento sustentável. Campinas: Papirus , 2002. SERRANO, C. M. T.; BRUHNS, H. (orgs.). Viagens à natureza. Campinas, SP: Papirus, 1997. SWARBROOKE, John. Turismo sustentável. São Paulo: Aleph, 2000. VIOLA, Eduardo J. O movimento ecológico no Brasil (1974-1986): do ambientalismo à ecopolítica. No prelo.
Apresentação na forma: ( X ) Oral ( ) Pôster CONCLUSÕES Deseja submeter trabalho completo? ( X ) Sim ( ) não Atualmente, com a ampliação das discussões e dos debates concernentes ao desenvolvimento de diversas atividades econômicas, entre elas o turismo, nota-se que a questão tomou uma dimensão sui generis, o que motivou a Rua Sete de Setembro, 231– Canarinho – 69.306-530 – Boa Vista/RR. Email:
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