ASPECTOS DAS EXTERNALIDADES ADVINDAS DA ALTERNATIVA FOTOVOLTAICA

June 8, 2017 | Autor: M. Fernandes Sobr... | Categoria: Física, Energia Solar, Energia Fotovoltaica
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II Congresso Estadual de Iniciação Científica do IF Goiano II Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Rio Verde do IF Goiano 11 a 14 de novembro de 2013

ASPECTOS DAS EXTERNALIDADES ADVINDAS DA ALTERNATIVA FOTOVOLTAICA LIMA, Rodolpho Fernandes dos Santos (Estudante IC)1; ABDALA, Lívia (Colaborador)2; SILVA; Kárita Cardoso Bento da (Colaborador)3; SILVA, Aluízio Antônio Fernandes da (Colaborador) 4; FERNANDES SOBRINHO, Marcos (Orientador)5. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Urutaí - GO. [email protected]. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Urutaí - GO. [email protected] 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Urutaí - GO. [email protected] 4 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Urutaí - GO. [email protected] 5 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Urutaí - GO. [email protected] 1 2

RESUMO: O presente trabalho é decorrência de uma pesquisa de iniciação científica, de cunho qualitativo, com vistas a apontar e analisar as externalidades advindas da geração fotovoltaica para energia elétrica. Com base na literatura consultada, apesar dos avanços relacionados ao estudo e à produção de energia a partir de células fotovoltaicas, o estudo aponta para a necessidade de desenvolvimento de outros trabalhos relacionados a novas tecnologias, de novas ações mitigadoras, diante das externalidades negativas não só dos sistemas fotovoltaicos, mas também, de outras formas de geração, com vistas a contribuírem para a criação de sistemas mais eficazes. Palavras-chave adicionais: Externalidades. Energia fotovoltaica. Meio ambiente. INTRODUÇÃO As externalidades relacionadas à geração de energia possuem tanto aspectos positivos quanto negativos. As fontes convencionais, incluindo combustíveis fósseis e nucleares, apresentam externalidades ambientais, políticas, econômicas e sociais. (SHAYANI, 2009, p.83). No setor de produção elétrica existem consequências favoráveis ou desfavoráveis para uma gama de estudos, entre elas, a ambiental, social, política e econômica. A falta de ações mitigadoras e uma contabilidade inapropriada podem gerar atenuantes como o uso predatório do meio ambiente e das relações publicas, assim como afirma Senna (SENNA, 2009, p.48). Essas externalidades são importantes para verificarmos se o sistema é viável ou não. O propósito de procurar novas formas de geração de energia se baseia em melhorar ecologicamente, socialmente, economicamente e politicamente um sistema gerador, tornando-o viável para o consumo, sem afetar a população e o ambiente. O presente trabalho procurou identificar as externalidades advindas da geração de energia elétrica a partir de sistemas fotovoltaicos. MATERIAL E MÉTODOS Em um primeiro momento houve uma pesquisa nas ferramentas de busca por meio da internet, de artigos, teses, estudos, e notícias pertinentes à energia fotovoltaica, buscando analisar literaturas que citassem tanto externalidades positivas quanto negativas. Além disso, buscou-se entender o funcionamento e toda

tecnologia envolvida nos módulos de geração investigando possíveis impactos em todo o sistema. Após análise da literatura selecionada, e em especial, dos impactos da alternativa fotovoltaica frente aos pilares da sustentabilidade, pensou-se em um esboço de análise capaz de nos apontar alguns resultados, que passam a ser descrito a seguir. RESULTADO E DISCUSSÃO De acordo com Brito (2006, p.1), os módulos fotovoltaicos e a conversão de energia proveniente do sol em energia elétrica é limpa, pois não emite gases de efeito estufa. “A energia solar fotovoltaica, conversão de energia solar em eletricidade, é uma fonte de eletricidade limpa, pois o seu funcionamento não tem emissões indesejáveis, é renovável, devido à natureza inesgotável do sol.” Porém os módulos possuem baterias de chumbo-ácido que devem ser descartadas no fim de sua vida útil de maneira adequada. Problema que Shayani (SHAYANI, 2009, p.1) já comentou: “Este fator pode ser solucionado com o desenvolvimento de novas técnicas de acumulação de energia, tais como baterias não poluentes, acumuladores eletrostáticos, célula de hidrogênio e termo acumulação, ou conectando o sistema fotovoltaico à rede elétrica”. Com isso podemos perceber que, a única externalidade negativa no âmbito ambiental são as baterias de armazenamento. Shayani (2006), em seu artigo intitulado Comparação do Custo entre Energia Solar Fotovoltaica e Fontes Convencionais, afirma que: 1

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O custo de implantação de um sistema solar isolado pode chegar a 50 vezes o valor de uma pequena central hidrelétrica de mesma capacidade, entretanto fazendo o cálculo considerando a energia gerada durante a vida útil do equipamento solar, de aproximadamente 30 anos, é obtido o valor correspondente à 10 vezes o custo da energia entregue ao consumidor. Ao considerar um sistema interligado à rede, a relação passa de 10 para 3. Ao serem agregados os impostos, custos ambientais e sociais, a energia solar fotovoltaica passa a ser, em um futuro breve, economicamente competitiva. (SHAYANI, 2006, p.80)

Placas solares normalmente são instaladas nos próprios locais onde a energia elétrica será consumida, um fato que ajuda a diminuir os impactos gerados (SHAYANI, 2006). Abrangendo todas as regiões é possível levar energia elétrica e térmica à pessoas que vivem em locais mais isolados. De acordo com Brito (2006), a energia fotovoltaica possui ainda mais externalidades positivas [...] como o longo tempo de vida dos seus equipamentos (da ordem dos 30 anos), a sua baixa manutenção (só é preciso prestar alguma atenção aos acumuladores) e as suas modularidade e portabilidade. (BRITO, 2006, p.1)

Isso, em certa medida, facilita seu uso e sua distribuição para população, tornando-se mais socialmente justa. Tolmasquim (2004) listou alguns impactos negativos, referente à cadeia produtiva dos sistemas fotovoltaicos em seu trabalho chamado Alternativas Energéticas Sustentáveis no Brasil, como: emissões e outros impactos associados à produção de energia necessária para os processos de fabricação, transporte, instalação, operação e manutenção; emissões de produtos tóxicos durante o processo da matéria-prima para a produção dos módulos e componentes periféricos; possíveis impactos visuais; Riscos associados aos materiais tóxicos utilizados nos módulos fotovoltaicos como: arsênico, gálio e cádmio, e outros a exemplo de ácido sulfúrico das baterias; necessidade de se dispor e reciclar corretamente as baterias e de outros materiais tóxicos contidos nos módulos fotovoltaicos (TOLMASQUIM, 2004) O exposto acima nos permite afirmar que, apesar de a tecnologia fotovoltaica da forma como se apresenta atualmente, apesar de ser considerada uma forma de geração “limpa”, as externalidades negativas existem na cadeia produtiva de seus sistemas.

CONCLUSÃO No caso dos sistemas fotovoltaicos atuais, notadamente os módulos parecem estar longe de ser uma opção real de geração de energia elétrica independente, levando em consideração sua baixa geração e problemas no armazenamento de energia. Embora tenha havido avanços relacionados ao estudo e produção de energia fotovoltaica, face às externalidades negativas aqui identificadas, inegável o apontamento sugerido pelo presente estudo para a necessidade de desenvolvimento de outros trabalhos relacionados a novas tecnologias, a novas ações mitigadoras, não só dos sistemas fotovoltaicos, mas também, de outras formas de geração, com vistas a contribuírem para a criação de sistemas mais eficazes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRITO Miguel C. Energia fotovoltaica: conversão de energia solar em eletricidade. Lisboa – Faculdade de Ciências da universidade de Lisboa, Portugal, 2006. BUENO, RÉGIS DIOGO DA COSTA. Energia E Desenvolvimento Sustentável: As Fontes Alternativas De Energia E As Políticas Energéticas No Âmbito Nacional E Internacional. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2010. DYSON, F. 2001. O Sol, o Genoma e a Internet. Companhia as Letras, SP. (Citado no artigo Viabilidade da Energia Solar na UNICAMP , do autor SARRUF, GUSTAVO AFIF, Publicado na revista Ciencia do Ambiente Online, 2006, p.69. Guia prático sobre energia solar fotovoltaica da empresa solarterra energia alternativa. Disponível em http://mbecovilas.files.wordpress.com/2011/06/ene rgia-solar-fotovoltaica.pdf http://www.priberam.pt/dlpo/ dicionário acessado em 14/02/2012 SENNA, MÁRCIA DANTAS DE; GARBIN, RENAN FIGUEIRA. Avaliação Comparativa Entre Fontes Alternativas De Energia Considerando Incertezas e Externalidades. Brasília – UNB, Brasil 2006. SHAYANI, Rafael Amaral. 2006. Comparação do Custo entre Energia Solar Fotovoltaica e Fontes Convencionais. Congresso Brasileiro de Planejamento Energético. Brasília, DF. SHAYANI, Rafael Amaral. Mini Curso Introdução aos Sistemas Solares Fotovoltaicos. 1

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Brasília – UNB, Brasil, 2009. Disponível em http://engenharia.shayani.net/MiniCursoApostila.pdf. Acessado em 28 de abril de 2012. TOLMASQUIM, MAURÍCIO T. et al. Alternativas Energéticas Sustentáveis no Brasil. Editora RelumeDumará. Rio de Janeiro, 2004.

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