ASPECTOS DE SUSTENTABILIDADE NA ATIVIDADE TURÍSTICA NA REGIÃO DO PLANALTO DA BODOQUENA SUBSÍDIOS PARA GESTÃO AMBIENTAL

October 6, 2017 | Autor: Luíza Trisoglio | Categoria: Ecoturismo, Licenciamento Ambiental
Share Embed


Descrição do Produto

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AMBIENTAIS CURSO DE GESTÃO AMBIENTAL

ASPECTOS DE SUSTENTABILIDADE NA ATIVIDADE TURÍSTICA NA REGIÃO DO PLANALTO DA BODOQUENA: SUBSÍDIOS PARA GESTÃO AMBIENTAL

Luíza Ramos Trisoglio

Dourados – MS 2014 i

LUÍZA RAMOS TRISOGLIO

Aspectos de Sustentabilidade na Atividade Turística na Região do Planalto da Bodoquena: Subsídios para Gestão Ambiental

Trabalho de Conclusão do Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental da Universidade Federal da Grande Dourados, como requisito para obtenção do título de bacharel em Gestão Ambiental. Orientação: Prof. Dr. Sandro Menezes Silva

Dourados – MS 2014

ii

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________________ Prof. Dr. Sandro Menezes Silva - Orientador

______________________________________________________________________ Prof. Dr. Paulino Barroso Medina Junior - Examinador

______________________________________________________________________ Prof. Dr. – Emerson M. de Carvalho - Examinador

iii

DEDICATÓRIA

À minha avó (in memorian), que não pôde ver esse sonho se realizar, mas tenho certeza que sempre estará ao meu lado, me protegendo e abrindo caminhos. iv

AGRADECIMENTOS

À minha família, pelo suporte financeiro e emocional durante toda a minha trajetória na Universidade, que não poupou esforços em minha formação. Ao orientador, pela paciência e dedicação no ensino. Aos amigos, que sempre estiveram ao meu lado, iluminando meus dias e me encorajando em minha caminhada. Ao namorado, por todo amor, companheirismo e atenção. Aos proprietários dos empreendimentos, pela disposição em participar da pesquisa. À Clara Antunes, por sua gentileza em contatar os proprietários dos empreendimentos via Atratur - Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região.

v

SUMÁRIO Lista de figuras................................................................................................................vii Lista de siglas/abreviaturas...........................................................................................viii Lista de tabelas.................................................................................................................ix Resumo..............................................................................................................................x Abstract.............................................................................................................................xi 1. Introdução........................................................................................................... 01 2. Métodos.............................................................................................................. 03 3. Resultados e Discussão...................................................................................... 05 3.1 Empreendimentos de Ecoturismo.......................................................................05 3.2 Associações de Bonito.........................................................................................10 4. Conclusão.............................................................................................................12 5. Referências...........................................................................................................13 Anexo 1............................................................................................................................16 Anexo 2............................................................................................................................19 Anexo 3............................................................................................................................20 Anexo 4............................................................................................................................21 Anexo 5............................................................................................................................22 Anexo 6............................................................................................................................23 Anexo 7............................................................................................................................24

vi

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Mapa da região turística da Serra da Bodoquena sobre imagem de relevo do Estado de Mato Grosso do Sul..................................................................................................................... 05

Figura 2. Cartaz produzido em concurso realizado pela Atratur com alunos de escolas municipais de Bonito................................................................................................................... 10

vii

LISTA DE SIGLAS/ABREVIATURAS ABRASEL ......................Associação Brasileira de Bares e Restaurantes APP ................................Área de Preservação Permanente ATRATUR ......................Associação dos Proprietários de Atrativos Turísticos e Região COMTUR .......................Conselho Municipal de Turismo CONAMA ......................Conselho Nacional do Meio Ambiente EMBRATUR ..................Instituto Brasileiro de Turismo FUMTUR .......................Fundo Municipal de Turismo IASB ..............................Instituto das Águas da Serra da Bodoquena IMASUL .........................Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul INMETRO .......................Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia PRONATEC ......................Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego SEMAC .............................Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia VT .................................Viagem e Turismo

viii

LISTA DE TABELAS Tabela 1. Relação dos empreendimentos analisados e as respectivas atividades que oferecem aos turistas....................................................................................................................................06 Tabela 2. Práticas de gestão ambiental dos empreendimentos....................................................06

ix

Aspectos de Sustentabilidade na Atividade Turística na Região do Planalto da Bodoquena: Subsídios para Gestão Ambiental

RESUMO O Ecoturismo tem como proposta a conservação e contemplação da natureza, e vem crescendo nos últimos anos devido ao aumento da preocupação em relação ao meio ambiente, sustentabilidade, e cultura. Seu principal desafio é a acomodação dos visitantes em ambientes naturais sem que se comprometa sua integridade ecológica. Há exigências legais impostas ao empreendedor de atividades de ecoturismo, dentre as quais, o licenciamento ambiental. A região do Planalto da Bodoquena é um exemplo de práticas ambientalmente corretas de ecoturismo. A gestão ambiental é fundamental nesses empreendimentos, pois implanta técnicas de uso racional e sustentável. O objetivo do trabalho foi analisar a gestão ambiental de empreendimentos de ecoturismo na região da Serra da Bodoquena, e sua influência nos moradores locais por meio de questionários aplicados aos empreendedores dessa atividade. O processo de licenciamento ambiental é visto pelos empreendedores como uma das principais dificuldades no processo de implantação dos empreendimentos. Os mesmos realizam práticas de minimização de impactos negativos ocasionados pela atividade turística.

Palavras-chave: 1. Ecoturismo 2. Bonito 3. Licenciamento Ambiental

x

ABSTRACT Ecotourism proposes the conservation and contemplation of nature. It has been growing in recent years due to increased concern in relation to the environment, sustainability, and culture. Its main challenge is the accommodation of visitors in natural environments without compromising their ecological integrity. There are legal requirements imposed on the eco-tourism entrepreneur, including the environmental licensing. The Bodoquena Plateau region is an example of correct environmentally correct practices of ecotourism. Environmental management is essential in these enterprises, since it installs techniques of rational and sustainable use. The objective of this study was to analyze the environmental management of ecotourism ventures in the Bodoquena Plateau region, as well as its influence on local residents through questionnaires applied to ecotourism entrepreneurs. The process of environmental licensing is generally seen by entrepreneurs as one of the main difficulties in the implementation process of the projects. Therefore, they perform practices of minimize negative impacts caused by tourist activity.

Key words: 1. Ecotourism 2. Bonito 3. Environmental Lincensing

xi

1. Introdução O Ecoturismo surgiu no Brasil no final dos anos 80, propondo a conservação e contemplação da natureza, acompanhando a tendência mundial de valorização do meio ambiente. Por intermédio da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92) o ecoturismo ganhou visibilidade e tendência de crescimento. Em 1994, por meio da publicação das Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo pelo Ministério do Meio Ambiente e EMBRATUR, o ecoturismo passou a ser conceituado como: “Ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações (BRASIL, 2008).” O ecoturismo vem crescendo consideravelmente nos últimos anos e sua ampliação deve-se basicamente ao aumento da preocupação em relação ao meio ambiente, questões referentes à sustentabilidade, cultura e à necessidade humana de mudanças e de experimentação (NEIMAN, et al. 2010). Além de tratar-se de um movimento turístico recente, se comparado ao turismo de massa, possui relevante atuação econômica, social e ambiental (SERRANO, 2000). O principal desafio do turismo sustentável é a acomodação dos visitantes em ambientes naturais sem que se comprometa sua integridade ecológica (CIFUENTES, 1992; TAKAHASHI, 1997; MITRAUD, 2001; SABINO & ANDRADE, 2002). A implantação de empreendimentos ecoturísticos ultrapassa os cuidados com a conservação ambiental, pois há exigências legais impostas ao empreendedor, dentre as quais, o licenciamento ambiental. Essas obrigações legais requerem um plano de uso turístico e controle dos impactos causados pela visitação, por meio de programas de monitoramento ambiental (Lei Federal Nº 6.938/ 81). A região de Bonito, localizada no Planalto da Bodoquena desponta no cenário nacional como exemplo de práticas ambientalmente corretas de ecoturismo, em parte pela grande preocupação com a sustentabilidade (SABINO & ANDRADE 2003). Essa atividade está substituindo gradativamente as atividades econômicas tradicionais, como a agricultura e pecuária, mas é importante recordar que a atividade turística também 1

gera impactos ambientais e, por isso, a disciplina e o controle são fundamentais no desenvolvimento dessa atividade (BOGGIANI & CLEMENTE, 1999). A região do Planalto da Bodoquena é inserida em um cenário de paisagem de esplêndida beleza, despertando um grande interesse em atividades turísticas devido aos seus rios, tufas e diversas feições de relevo cárstico, associadas às porções de mata ainda preservadas (BOGGIANI & CLEMENTE, 1999). Os depósitos de carbonato da água doce surgem na forma de barragens naturais e cachoeiras que, juntamente da surgência das águas, compõem vários atrativos turísticos em Bonito e região (BOGGIANI, et al. 1999), que conta com guias especializados, excelente estrutura para acomodar turistas, estabelecimentos com mão de obra qualificada e a administração voltada para o turismo (ATRATUR, 2013). O turismo em Bonito é uma das principais atividades econômicas, sendo o setor que gera mais empregos e responsável pelo fortalecimento no comércio, que corresponde a uma boa parte dos ofícios (CERDOURA & GARDIN, 2008). Dois episódios podem ser considerados marcos do fim do amadorismo e início da especialização da atividade turística na região do Planalto da Bodoquena: a Expedição Franco-Brasileira Bonito/92 e a realização do primeiro curso de guia de turismo da cidade, em 1993. No ano de 1995 foi criado o Comtur (Conselho Municipal de Turismo) de Bonito, através da Lei Municipal nº695 de 1995, composto por quatro representantes indicados pela prefeitura e por seis representantes do setor turístico de Bonito e o Fumtur (Fundo Municipal de Turismo) (BOGGIANI, 2001), que traz no Art. 1º: “O Conselho Municipal de Turismo de Bonito, criado pela Lei Municipal 695/95, de 21 de junho de 1995, alterado pela Lei nº 1.141, de 15 de abril de 2008, tem por objetivo principal formular a política municipal de turismo, visando criar condições para o incremento e o desenvolvimento da atividade turística no município de Bonito - MS (LEI MUNICIPAL Nº 695/95)”. Em termos sociais, a atividade turística é economicamente suficiente em regiões menos desenvolvidas, e evita a migração da população local para áreas com maior índice de desenvolvimento. Em contrapartida, os turistas trazem seus diferentes tipos de comportamento, ocasionando uma profunda transformação nos hábitos da população local, que aceita as consequências da superlotação e modifica seu cotidiano, visto que 2

convivem com uma população atípica, podendo causar tensões sociais e xenofobia (LICKORISH, 2000). Como consequência, a população local altera seus costumes e aspectos sociais, pois estão relacionados à presença dos turistas e ao giro de produtos de circulação nacional e internacional (MARIANI, 2002). Restringir o acesso e visitação dos ambientes naturais em Bonito é um método essencial para a conservação dos mesmos, no que se refere às atividades turísticas (CAMARGO et al. 2011). O licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental autoriza o funcionamento de empreendimentos que utilizam recursos naturais que possam gerar impactos para o ambiente. É uma obrigação legal prévia à instalação dos empreendimentos turísticos, onde são exigidas definições de critérios como capacidade de carga dos atrativos, tipos de instalações compatíveis com o local, forma de operação, entre outras características. A gestão ambiental é essencial nos empreendimentos de ecoturismo, pois implanta técnicas de uso racional e sustentável nestes ambientes, mostrando que o ecoturismo pode ser uma importante ferramenta na conservação da biodiversidade (SABINO, 2002). Este trabalho objetivou analisar a gestão ambiental de empreendimentos de turismo ecológico na região do Planalto da Bodoquena, bem como seus benefícios para a população local.

2. Métodos O Planalto da Bodoquena engloba os municípios de Bonito, Bodoquena, Jardim e parte de Porto Murtinho. A região, abundante em atrativos naturais, é constituída de um maciço de rochas calcárias onde foi esculpido um relevo de paisagens atípicas, com rios de extrema transparência e várias cachoeiras, ao ponto de Bonito ser denominado uma região onde “a água é uma festa” (BOGGIANI, 2001). A cidade de Bonito foi eleita como o melhor destino de ecoturismo do Prêmio VT (Viagem e Turismo) por 12 vezes consecutivas, sendo a primeira edição em 2001. O desenvolvimento do turismo é marcado pela grande preocupação ambiental (AGUENA, 2013). Em 2010, Bonito foi visitada por 92 mil turistas (quádruplo da população total), e esse número deverá chegar de 142 mil a 156 mil turistas em 2015 (BORGES, 2011). A área de estudo é mostrada na Figura 1.

3

Figura 1 – Mapa da região turística da Serra da Bodoquena sobre imagem de relevo do Estado de Mato Grosso do Sul. Fonte: Lobo & Moretti (2008).

O projeto foi desenvolvido em duas etapas: pesquisa bibliográfica e coleta de dados. Os dados foram obtidos através de dois tipos de questionários aplicados às associações representativas de diferentes segmentos do turismo local, a saber: associação de agências; hotelaria; bares e restaurantes; comercial e empresarial; guias de turismo e de atrativos turísticos de Bonito, e aos proprietários/responsáveis por 22 empreendimentos de ecoturismo associados à Atratur na região do Planalto da Bodoquena. Como base para a análise, foram utilizados dois tipos de questionários, aplicados aos empreendimentos de ecoturismo de diversas modalidades e às associações dos diferentes segmentos atuantes no turismo da região. Os questionários direcionados aos empreendimentos de atrativos turísticos (Anexo 1) foram encaminhados via Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e 4

Região - Atratur, e basearam-se no tripé da sustentabilidade (ambiental, social e econômico), com questões referentes ao processo de licenciamento ambiental das organizações; práticas de gestão ambiental dos atrativos; e quadro de funcionários. Foram enviados 22 questionários, obtendo quatro respondidos. A pesquisa encaminhada às associações que reúnem os diferentes segmentos atuantes no turismo da região (Anexos 1 ao 7) teve como foco a percepção sobre essa atividade, bem como sua inserção social. Foram encaminhados seis questionários, e somente dois respondidos (Atratur – Associação de Atrativos Turísticos de Bonito e Região, e Abrasel – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). Foi feita também uma compilação de parte das condicionantes das licenças ambientais de um empreendimento, denominado empreendimento A, concedida durante um estágio, com a finalidade de avaliar quais as principais condicionantes para a operação do atrativo em relação às práticas de gestão ambiental.

3. Resultados e Discussão Informações coletadas durante estre trabalho evidenciaram que o segmento do turismo em Bonito possui mais de 30 atrativos de diversas modalidades, como: arvorismo, aventura, mergulho, flutuação, trilhas, contemplação, bóia-cross, balneários, etc. O setor de hospedagem conta com 71 estruturas para acomodação dos turistas, que variam entre hotéis, pousadas, campings e hostels. Sua gastronomia reúne 22 estabelecimentos de diversas variedades.

3.1 Empreendimentos de ecoturismo A Tabela 1 traz a relação dos empreendimentos que responderam à pesquisa, com suas respectivas atividades desenvolvidas. Conforme já afirmado anteriormente, somente quatro dos 22 questionários enviados foram respondidos. Dois fatores podem auxiliar a explicar este baixo índice de retorno: o destaque dado ao Turismo na região do Planalto da Bodoquena já fez com que muitos pesquisadores procurassem os responsáveis pelos empreendimentos para fornecerem informações, sem o devido retorno a posteriori das conclusões da pesquisa – falta de credibilidade – e excesso de trabalho no período de realização da pesquisa, que coincidiu em grande parte com o que 5

se denomina de “alta temporada”, período de maior procura da região pelos turistas e, portanto, de maior faturamento. Tabela 1 - Relação dos empreendimentos analisados e as respectivas atividades que oferecem aos turistas.

Empreendimentos/Atividades

A

B

Flutuação

X

X

Mergulho

X

X

Arvorismo

X

Bóia-cross

X

Hospedagem

X

C

Contemplação

X

Trilha

X

D

X

Balneário

A Tabela 2 traz a relação de práticas de gestão ambiental das empresas analisadas, bem como a quantidade de suas licenças de ambientais de operação. Tabela 3 - Práticas de gestão ambiental dos empreendimentos

Empreendimentos

A

B

C

D

Número de

3

1

1

2

licenças de operação Uso de soluções

X

X

tecnológicas ambientalmente corretas

6

Prioridade

para

X

X

X

moradores locais na contratação de funcionários Código

de

X

X

X

X

X

X

conduta ambiental formalizado entre funcionários Separação

de

X

resíduos

A destinação de esgoto do empreendimento A é feita por meio de fossa sem sumidouro. A forma de visitação realizada nas trilhas pelos hóspedes e demais visitantes, é feita com o acompanhamento de monitor. O empreendimento possui três licenças ambientais para realizar as atividades: arvorismo; bóia-cross; hotelaria e flutuação. O arvorismo é uma modalidade de turismo ecológico na qual os turistas realizam um percurso acrobático nas copas das árvores. A licença concedida ao empreendimento determina que a capacidade de carga para a atividade é de 9 grupos de 15 turistas, com 2 monitores em cada grupo, o que resulta num total de 135 turistas por dia. É expressamente proibida qualquer espécie de degradação em sua Área de Preservação Permanente (APP), que é de 50 metros e mais a Faixa de Proteção Especial de 100 metros da margem dos rios Formoso e Formosinho. A licença para o arvorismo é válida por quatro anos, e impõe ainda que as áreas alagadas, os banhados e a vegetação pertinentes ao ecossistema da região devem ser preservados, e qualquer alteração na Razão Social da empresa deverá ser comunicada imediatamente ao IMASUL/SEMAC/MS. Uma importante medida de minimização do impacto ambiental da atividade de arvorismo é a elaboração de um projeto de percurso adaptável ao relevo do terreno. É essencial que se evite o contato dos cabos de aço com as árvores, e o uso de pregos ou parafusos diretamente nos troncos, deve ser impreterivelmente evitado. Deve-se realizar 7

o monitoramento do crescimento dos troncos das árvores jovens, assim como os ajustes necessários (ABETA e MINISTÉRIO DO TURISMO, 2009). Para a realização de bóia-cross, a licença autoriza essa atividade num percurso de 1.000 metros de descida no rio Formoso, com as seguintes estruturas de apoio: 1 trilha de acesso; 1 trilha de retorno; 7 decks de apoio; e 1 tirolesa. Sua capacidade de suporte é de 112 turistas/dia, sendo que essa capacidade deverá ser reduzida em 20% no período de seca, decorrente da redução no volume hídrico do rio Formoso. Sua validade também é de quatro anos. A licença para bóia-cross especifica que não é permitida a deposição de lixo em local inadequado e próximo aos cursos d’água. A licença de hotelaria e flutuação exige que a capacidade máxima para a realização da hotelaria é de 55 leitos, enquanto que para a atividade de flutuação a capacidade de carga é de 36 turistas/dia. É obrigatória a preservação da vegetação ciliar; as áreas alagadas; as nascentes; os banhados e vegetação pertinente ao ecossistema da região. O acesso de veículos automotores ao longo das margens dos rios, bem como o acesso dos turistas aos locais não definidos pelas trilhas são vetados, e a retirada/varredura da serrapilheira das trilhas sobre o solo são proibidas. As licenças devem permanecer em lugar visível do empreendimento, para efeito de fiscalização. Essas medidas são de suma importância para a conservação dos ecossistemas, pois diminui a pressão antrópica do ambiente em questão. Os ecossistemas aquáticos sofrem a maioria dos impactos negativos ocasionados pela atividade turística, uma vez que os recursos hídricos despertam um grande interesse turístico. Esses impactos referem-se a altos graus de contaminação em águas desfrutadas por banhistas, provocando a perda de fauna e flora aquáticas, por isso é imprescindível que se estabeleça políticas locais para a conservação desses ecossistemas (MEDINA JR, 2007). No empreendimento B, a implantação de soluções tecnológicas ambientalmente corretas está prevista no planejamento de 2014. O representante aponta como uma das maiores dificuldades encontradas, a contratação de mão-de-obra. O esgoto do empreendimento é destinado por meio de fossa séptica e sumidouro. A forma de visitação realizada nas trilhas pelos visitantes é feita com o acompanhamento de guia.

8

O empreendimento C realiza programas no Sistema de Gestão de Segurança certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia INMETRO, com a finalidade de conscientização, mobilização ou educação ambiental para os funcionários. A destinação do esgoto produzido pelo empreendimento é feita por meio de fossa com sumidouro. A forma de visitação realizada nas trilhas pelos visitantes é feita com o acompanhamento de monitor e guia. O empreendimento D apontou a contratação e capacitação de mão-de-obra, implantação física do empreendimento e situação do local (degradação ambiental, ocupação irregular, etc.). A empresa possui um programa de conscientização e educação ambiental entre os funcionários, como coletas de resíduos trazidos pelas enxurradas às margens do rio. O esgoto do empreendimento é destinado via fossa com sumidouro. A forma de visitação realizada nas trilhas pelos visitantes é feita com o acompanhamento de monitor. Todos os empreendimentos têm entorno rural e a implantação dos mesmos levou em consideração a paisagem local, bem como os padrões de deslocamento da vida selvagem e a ocorrência de ambientes naturais, destacando que no empreendimento A foram utilizados em sua construção materiais regionais como capim sapé, madeira e artesanatos regionais de decoração, e suas trilhas são suspensas de madeira, facilitando o trânsito da fauna por baixo das mesmas. Todos os empreendimentos em questão possuem áreas verdes naturais e algum tipo de cuidado com áreas de vegetação adjacentes a corpos d’água. Suas fontes de energia utilizadas são através de rede elétrica, e como fonte de água são utilizados poços tubulares profundos nos empreendimentos A, B e D, e poço no C. Os quatro atrativos possuem medidas de controle referente às pressões e impactos ambientais do empreendimento como um todo. No caso dos empreendimentos A e D, foi apontado o monitoramento ambiental exigido pelo Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul - IMASUL das Licenças Ambientais, enquanto que no empreendimento C, as medidas referem-se a grupos guiados, números de pessoas por grupo, capacidade de carga, manutenção das trilhas utilizadas para o passeio e, áreas isoladas, e o empreendimento B não forneceu especificações. É pertinente lembrar que há um limite aceitável de alterações em ambientes naturais, e o grau de vulnerabilidade de um local ou atrativo turístico varia de acordo 9

com a fragilidade dos ecossistemas, por isso a delimitação da capacidade de suporte da pressão da visitação pública é uma aliada à preservação da integridade desses ambientes (MEDINA-JR, 2007). Os responsáveis consideram o processo de licenciamento ambiental como uma das principais dificuldades encontradas, por ser um procedimento demorado (mais de um ano para obtenção), ou também por ausência de informações claras sobre o processo. Cabe ressaltar que todo empreendimento turístico deve submeter-se ao processo de licenciamento (CONAMA nº 237/97). Esse processo é dividido em três fases: a licença prévia – análise da viabilidade do empreendimento e sua localização; a licença de instalação – autorização das obras de maneira menos impactante ao meio ambiente; e a licença de operação – autorização do funcionamento do empreendimento, decretando a carga máxima de visitantes para as atividades solicitadas e suas condicionantes, que visam analisar os possíveis impactos ambientais ocasionados pela atividade turística, bem como maneiras de mitigação dos mesmos (LOUBET, 2004). Foi relatado pelos proprietários que o exercício da profissão tem lhes garantido uma remuneração satisfatória, exceto o empreendimento D, que está em fase de implantação. 3.2 Associações de Bonito A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) apontou que os moradores locais são priorizados no processo de contratação de seus funcionários. O número de estabelecimentos de alimentação associados à Abrasel varia de 10 a 20 empreendimentos. A Abrasel considera a comunidade bonitense envolvida e beneficiada parcialmente com a atividade turística desenvolvida na região. A Atratur (Associação dos Proprietários de Atrativos Turísticos e Região) indicou que não há prioridade para os moradores da região no procedimento de contratação de seus funcionários. Entretanto, a associação promove ações sociais à comunidade bonitense, conforme listadas abaixo:  Curso de 1º Socorros e Salvamento Aquático: realizados anualmente, desde 2001; inscrições aberta a todos, contribuindo para a capacitação dos bonitenses e normalmente valores inferiores do que os ofertados em operadoras da área.

10

 Projeto Conhecer Bonito: tem como proposta promover conhecimento sobre turismo e meio ambiente através de visitas técnicas aos atrativos turísticos da região aos estudantes das escolas municipais de Bonito MS. Após estudos da ementa da disciplina Noções Básicas de Turismo, ministrada nas escolas municipais para alunos do 8º e 9º ano, contatos com escolas/coordenadores e professores, solicitação de apoios e parcerias, foi realizada a primeira atividade prática em novembro/2013, levando os alunos da Escola João Alves de Arruda para uma visita técnica na Estância Mimosa, sendo que, a maioria tem pouco contato com o sistema turístico. Foi realizada também uma palestra educacional sobre turismo e foi feito o passeio. As próximas visitas serão realizadas em 2014, com mais escolas. A intenção da Atratur é inserir as visitas como parte da disciplina de turismo, aperfeiçoando mais a matéria, e envolvendo a comunidade no turismo. Também foram realizadas atividades com os alunos das escolas do município na Feira do IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena): Na primeira etapa foi realizada uma palestra com o tema: O Bonitense, o turismo e o turista. Foi feito também um concurso (premiação para as 10 melhores respostas): “Por que o turismo é bom para Bonito?” e colagem: “O que é turismo para você?”.

Figura 2 – Cartaz produzido em concurso realizado pela Atratur com alunos de escolas municipais de Bonito.

11

Outra ação foi com os alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) – Curso de Garçom, que foram levados para conhecer a Fábrica da Cachaça Taboa. A Atratur considera a comunidade bonitense envolvida e beneficiada com a atividade turística. 4. Conclusão Em termos de gestão ambiental, os resultados demonstram que os empreendimentos de ecoturismo realizam práticas de minimização de impactos negativos ocasionados pela visitação pública do ambiente natural. Cabe ressaltar que o licenciamento ambiental é uma importante ferramenta de conservação do ambiente natural, entretanto, para que haja de fato a gestão ambiental de um empreendimento de ecoturismo, é imprescindível que se cumpra as condicionantes das licenças e demais normas ambientais, o que irá garantir a mitigação dos impactos negativos. As ações sociais realizadas pela Atratur geram benefícios para a comunidade bonitense e, em parte, promovem a inclusão social da população local na atividade turística desenvolvida na região.

12

5. Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE ECOTURISMO E TURISMO DE AVENTURA - ABETA E MINISTÉRIO DO TURISMO. Manual de Boas Práticas de Arvorismo. Primeira Edição, Belo Horizonte – MG, 2009. AGUENA, D. Bonito (MS) É Eleito o Melhor Destino de Ecoturismo do Brasil em 2013. Disponível em: . Acesso em: 13/10/2013. ATRATUR.

Cidade

modelo

em

.

Acesso em: 09/11/2012. BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Institui a Política Nacional do Meio Ambiente. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 1981.

BRASIL. Lei nº 695/95, de 12 de dezembro de 2011. Institui o Conselho Municipal de Turismo – COMTUR. Bonito, 2011.

BRASIL. MINISTÉRIO DO TURISMO. Ecoturismo: orientações básicas. Ministério do Turismo, Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, Departamento de Estruturação,

Articulação

e

Ordenamento

Turístico,

Coordenação

Geral

de

Segmentação. – Brasília: Ministério do Turismo, 2008. 60 p.; 24 cm.

BOGGIANI, P.C.; CLEMENTE, J. A questão do Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Turísticos no Planalto da Bodoquena – Mato Grosso do Sul. Revista de Geografia, UFMS, AGB-Dourados, (9): 24- 32, 1999.

BOGGIANI, P. C. Ciência, meio ambiente e turismo em Bonito: a combinação que deu certo? Pp. 151-165. In: Qual Paraíso? Turismo e ambiente em Bonito e no Pantanal (A. B. Júnior & E. C. Moretti, ed.). UFMS, Campo Grande, 205 p, 2001.

BOGGIANI, P. C. Porque Bonito é Bonito? Pp. 11-23. In: Nos Jardins Submersos da Bodoquena (Dias, E. S.; Pott, V. J.; Hora, R. C.; Souza, P. R.). Editora UFMS, 13

Campo Grande, 1999.

BORGES, L. S. O Turismo como Instrumento de Desenvolvimento Sustentável em Bonito – MS. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2011.

CAMARGO, L. J. J.; CAMARGO, C. M. J.; RONDON, E. V.; QUEIROZ, H. P. B.; SANTOS, S. R.; FAVERO, S. Análise da Sustentabilidade do Turismo Ecológico no Município de Bonito, Mato Grosso do Sul na Promoção do Desenvolvimento Regional. Sociedade & Natureza. Uberlândia, 23 (1): 65-75, abr. 2011.

CERDOURA, K. B., GARDIN, C. Conhecendo o Município de Bonito/MS através do Olhar de seus Habitantes: Paisagens, Lugares e a Valorização da Experiência. IV Encontro Nacional da Anppas, Brasília DF, 2008.

CIFUENTES, M. Determinación de capacidad de carga turística en áreas protegidas. Turrialba: Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza – CATIE, 1992. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. 1997. Resolução Conama



237.

Disponível

.

em: Acesso

em

25/02/2014.

LICKORISH, L. J. Introdução o turismo. Tradução de Fabíola de Carvalho S. Vasconcellos. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

LOBO, H. A. S.; MORETTI, E. C. Ecoturismo: as práticas da natureza e a natureza das práticas em Bonito, MS. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo. v. 2, n. 1, p. 43-71, mar. 2008. LOUBET, L. F. Regime Jurídico do Ecoturismo e o Papel do Ministério Público em sua Defesa e Controle. III Congresso Internacional de Direito Ambiental promovido pela Escola Superior do Ministério Público da União em Campo Grande – MS, 2004. 14

MARIANI, M. A. P. Percepção dos turistas e moradores do município de Bonito: o lugar, os sujeitos e o turismo. Turismo: visão e ação. Ano 4, n. 11. Itajaí. 2002. p. 3346.

MITRAUD, S.F. (coord.). Uso Recreativo do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha: um exemplo de planejamento e implementação. WWF Brasil, Brasília. 100p, 2001.

NEIMAN, Z.; SARACENI, R. F.; GEERDINK, S. Levantamento quali-quantitativo da produção científica sobre Ecoturismo no Brasil. Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo v.3, n.3, 2010.

SABINO, J. Planalto da Bodoquena: Natureza em estado de graça. Revista Os Caminhos da Terra, 125: 58-65, 2002.

SABINO, J., ANDRADE, L. P. Monitoramento e conservação no rio Baía Bonita, região de Bonito, Mato Grosso do Sul, Brasil. Pp. 397-404. In: Anais do III Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. Rede Pró-Unidades de Conservação, Fundação Boticário de Proteção à Natureza e Associação Caatinga. Fortaleza, Ceará. 876p, 2002.

SABINO, J., ANDRADE, L. P. Uso e conservação da ictiofauna no ecoturismo da região de Bonito, Mato Grosso do Sul: O mito da sustentabilidade ecológica no rio Baía Bonita (Aquário Natural de Bonito). Biota Neotropica, v3 (n2), 2003. SERRANO, C. O “produto” ecoturístico. In: ANSARAH, M. G. R. (Org.). Turismo: aprender, como ensinar. São Paulo: SENAC, 2000, p. 203–234.

TAKAHASHI, L.Y. Limite aceitável de câmbio (LAC): Manejando e monitorando visitantes. Pp. 445-464. In: Anais do I Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, vol. I. IAP/UNILIVRE, Curitiba, 1997.

15

ANEXO 1 Orientações: O questionário consiste em questões de múltipla escolha que no geral apresentam mais de três alternativas como resposta. É permitido assinalar mais de uma, caso necessário. Os dados com identificação do empreendimento e do responsável pelas respostas não serão divulgados. 1. Características do empreendimento 1.1 Nome fantasia: 1.2 Razão social: 1.3 Localização: 1.4 Ano de estabelecimento do empreendimento: 1.5 Cadastramento a associações e congêneres ( ) ABH ( ) ATRATUR ( ) AGTB ( ) ACEB ( )ABRASEL ( ) Outra: especificar 1.6 Qual o entorno do empreendimento? ( ) Urbano ( ) Rural ( ) Misto: especificar quais 2. Características do proprietário 2.1 Qual a sua cidade de origem? ( ) Bonito ( ) Jardim ( ) Bodoquena ( ) Outra: especificar 2.2 Porque decidiu atuar nessa área? ( ) Nasci em Bonito/Jardim/Bodoquena e quis permanecer na região para trabalhar com o ecoturismo. ( ) Conheci Bonito através do turismo, gostei do lugar e decidi montar um negócio. ( ) Para dar continuidade aos negócios da família. ( ) Porque vejo o ecoturismo como um instrumento de proteção ao meio ambiente. ( ) Porque é uma atividade que me proporciona uma remuneração satisfatória. ( ) Outros motivos: especificar 2.3 Qual(is) a(s) maior(es) dificuldade(s) encontrada(s)? ( ) Processo de licenciamento ambiental. ( ) Contratação de mão-de-obra. ( ) Implantação física do empreendimento (construção, equipamentos, localização, etc.) ( ) Capacitação de mão-de-obra. ( ) Situação do local do empreendimento (degradação ambiental, ocupação irregular, etc.) ( ) Não houve dificuldades. 2.4 Essa atividade tem lhe proporcionado remuneração satisfatória? ( ) Sim ( ) Não 3. Características dos funcionários 16

3.1 No procedimento de contratação dos funcionários, há preferência para os moradores de Bonito? ( ) Sim ( ) Não 3.2 Quantos funcionários são nascidos em Bonito, Jardim ou Bodoquena? Permanentes (

)

Temporários ( ) 3.3 Qual o nível e escolaridade dos funcionários? (apontar quantidade) Fundamental Completo ( ) Fundamental Incompleto ( ) Médio Completo ( ) Médio Incompleto ( ) Superior Completo ( ) Superior Incompleto ( ) Sem escolaridade ( ) 4. Estudos ambientais prévios à instalação 4.1 O empreendimento passou por processo de licenciamento/autorização ambiental? ( ) Sim ( ) Não Em caso positivo, especifique a data: 4.2 Quantas licenças o empreendimento possui? ( ) Uma ( ) Duas ( ) Três ( ) Quatro ( ) Mais de quatro: especificar quantas 4.3 Qual é a sua visão sobre o processo de obtenção das licenças? ( ) É um processo demorado (mais de um ano para obtenção). ( ) Excesso de documentação. ( ) É um processo rápido ( menos de um ano para obtenção). ( ) Ausência de informações claras sobre o processo. ( ) Outras: especificar 4.4 Foi considerada a paisagem local na implantação do hotel, de forma a minimizar o impacto visual gerado pelas edificações e demais estruturas? ( ) Sim ( ) Não Em caso positivo, especifique o tipo de ação executada: 4.5 A construção/implementação do empreendimento levou em conta os padrões de deslocamento da vida selvagem e a ocorrência de ambientes naturais? ( ) Sim ( ) Não Em caso positivo, especifique o tipo de ação executada: 5. Áreas verdes 5.1 O empreendimento possui alguma área verde? ( ) Sim ( ) Não 17

5.2 Em caso positivo, qual o tipo de área? ( ) Natural ( ) Implantada ( ) Outro: especificar 5.3 Qual a forma de visitação realizada nas trilhas pelos hóspedes e demais visitantes? ( ) Sem guia ( ) Com guia ( ) Com monitor ( ) Outra: especificar: 5.4 O empreendimento possui algum tipo de cuidado com áreas de vegetação adjacentes a corpos d’água? ( ) Sim ( ) Não 6. Operação das instalações do estabelecimento 6.1 O empreendimento utiliza alguma solução tecnológica ambientalmente amigável (aquecimento solar, reutilização de água, captação de água da chuva, etc.) ( ) Sim ( ) Não 6.2 Existe algum código de conduta ambiental formalizado entre os funcionários? ( ) Sim ( ) Não 6.3 Qual é a(s) fonte(s) de energia utilizada no empreendimento? ( ) Gerador a óleo ( ) Queima de biomassa ( ) Gerador eólico ( ) Gerador hidrelétrico ( ) Gerador solar ( ) Gerador a gás ( ) Rede elétrica ( ) Outra: especificar 6.4 Qual é a(s) fonte(s) de água utilizada no empreendimento? ( ) Abastecimento público ( ) Poço ( ) Poço tubular profundo ( ) Rio/nascente ( ) Outra: especificar 6.5 Qual a destinação do esgoto produzido pelo estabelecimento? ( ) Rede pública ( ) Fossa sem sumidouro ( ) Fossa com sumidouro ( ) Outro: especificar 6.6 O estabelecimento possui alguma prática de separação de lixo? ( ) Sim ( ) Não Em caso positivo, especifique: 6.7 O empreendimento possui algum programa de conscientização, mobilização ou educação ambiental para os funcionários? ( ) Sim ( ) Não Em caso positivo, especifique: 6.8 Existe medida de controle referente às pressões e impactos ambientais do empreendimento como um todo? ( ) Sim ( ) Não Em caso positivo, especificar o tipo de medida adotada:

18

ANEXO 2 Associação Bonitense de Agências de Ecoturismo – ABAETUR

1. Qual a sua cidade de origem? ( ) Bonito

( ) Jardim

( ) Bodoquena

(

) Outra:

especificar

2. No procedimento de contratação de funcionários da ABAETUR, há preferência para os moradores de Bonito? ( ) Sim ( ) Não 3. O mesmo procedimento ocorre com as agências associadas? ( ) Sim

( ) Não

4. Os proprietários das agências associadas são bonitenses? ( ) Sim

( ) Não

(

) em parte; qual

percentual aproximado?

5. Você considera a comunidade bonitense envolvida e beneficiada com a atividade turística? ( ) Sim

( ) Não

6. Quantas agências são associadas? ( ) 0 – 10 ( ) 10 – 20 ( ) 20 – 30 ( ) Mais de trinta. Especificar quantas.

19

ANEXO 3 Associação Bonitense de Hotelaria – ABH 1. Qual a sua cidade de origem? ( ) Bonito

( ) Jardim

( ) Bodoquena

( ) Outra: especificar

2. No procedimento de contratação de funcionários da ABH, há preferência para os moradores de Bonito? ( ) Sim ( ) Não 3. O mesmo procedimento ocorre com os estabelecimentos associados? ( ) Sim

( ) Não

4. Os proprietários dos estabelecimentos associados são bonitenses? ( ) Sim

( ) Não

(

) em parte; qual

percentual aproximado?

5. Você considera a comunidade bonitense envolvida e beneficiada com a atividade turística? ( ) Sim

( ) Não

6. Quantos estabelecimentos de hospedagem são associados? ( ) 0 – 10 ( ) 10 – 20 ( ) 20 – 30 ( ) Mais de trinta. Especificar quantos

20

ANEXO 4 Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – ABRASEL

1. Qual a sua cidade de origem? ( ) Bonito

( ) Jardim

( ) Bodoquena

( ) Outra: especificar

2. No procedimento de contratação de funcionários da ABRASEL, há preferência para os moradores de Bonito? ( ) Sim

( ) Não

3. Os proprietários dos bares e restaurantes do município são bonitenses? ( ) Sim

( ) Não

(

) Em parte: especificar

percentual

4.

Você considera a comunidade bonitense envolvida e beneficiada com a atividade turística? ( ) Sim

( ) Não

5. Quantos estabelecimentos de alimentação são associados? ( ) 0 – 10 ( ) 10 – 20 ( ) 20 – 30 ( ) Mais de trinta. Especificar quantos

21

ANEXO 5 Associação Comercial e Empresarial de Bonito – ACEB

1. Qual a sua cidade de origem? ( ) Bonito

( ) Jardim

( ) Bodoquena

( ) Outra: especificar

2. No processo de contratação de funcionários há preferência para os moradores de Bonito? ( ) Sim

( ) Não

3. O mesmo procedimento ocorre nos estabelecimentos associados à ACEB? ( ) Sim

( ) Não

4. A ACEB vem “construindo um currículo de lutas e vitórias em prol do setor produtivo e da comunidade.” Aponte pelo menos 3 vitórias conquistadas para os bonitenses em função da existência da Associação.

5. Você considera a comunidade bonitense envolvida e beneficiada com a atividade turística? ( ) Sim

( ) Não

6. Quantos estabelecimentos são associados à ACEB? ( ) 0 – 10 ( ) 10 – 20 ( ) 20 – 30 ( ) Mais de trinta. Especificar quantos

22

ANEXO 6 Associação de Guias de Turismo de Bonito/MS – AGTB 1. Qual a sua cidade de origem? ( ) Bonito

( ) Jardim

( ) Bodoquena

( ) Outra: especificar

2. No procedimento de contratação de funcionários da AGTB, há preferência para os moradores de Bonito? ( ) Sim

( ) Não

3. No procedimento de contratação de guias, há preferência para os moradores de Bonito? ( ) Sim

( ) Não

4. Você considera a comunidade bonitense envolvida e beneficiada com a atividade turística? ( ) Sim

( ) Não

5. Quantos guias são associados à AGTB? ( ) 0 – 10 ( ) 10 – 20 ( ) 20 – 30 ( ) Mais de trinta. Especificar quantos

23

ANEXO 7 Associação dos Proprietários de Atrativos Turísticos e Região – ATRATUR

1. Qual a sua cidade de origem? ( ) Bonito

( ) Jardim

( ) Bodoquena

( ) Outra: especificar

2. No procedimento de contratação dos funcionários da ATRATUR, há preferência para os moradores de Bonito? ( ) Sim

( ) Não

3. O mesmo procedimento ocorre nos empreendimentos associados à ATRATUR? ( ) Sim

( ) Não

4. A ATRATUR “trabalha em prol do desenvolvimento da atividade turística da região de Bonito, na capacitação da mão-de-obra local e na melhoria dos serviços turísticos prestados em ações sociais à comunidade bonitense.” Aponte ao menos 3 ações importantes e o que elas representam para os bonitenses.

5. Você considera a comunidade bonitense envolvida e beneficiada com a atividade turística? ( ) Sim

( ) Não

24

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.