Aspectos Sobre Epistemologia na Ontologia de Platão: Diálogo A República

June 22, 2017 | Autor: Alexandre Athaide | Categoria: A república de Platão
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ASPECTOS SOBRE EPISTEMOLOGIA NA ONTOLOGIA DE PLATÃO: DIÁLOGO A REPÚBLICA

AUTOR PRINCIPAL: Alexandre de Souza Athaide EMAIL: [email protected] DEMAIS AUTORES: Márcio Soares ORIENTADOR: Márcio Soares ÁREA: Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Arte ÁREA DO CONHECIMENTO NO CNPQ: 7.01.00.00-4 - Filosofia Código e nome disponível em http://www.cnpq.br ou http://www.upf.br/pesquisa/ UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO:

A presente pesquisa, vinculada ao projeto Linguagem e Formas de Racionalidade no Pensamento Antigo: Uma Leitura Contemporânea, visa entender a relação estabelecida no pensamento platônico entre as concepções de realidade e de conhecimento a partir do livro VI e VII da obra A República, compreendida entre os grandes diálogos de Platão. Em um primeiro momento buscaremos compreender os fundamentos que motivam a ontologia de Platão, que irá desenvolver-se na tentativa de readequar o lógos ao Ser, de modo que assegure à alma um conhecimento verdadeiro. Em um segundo momento, visamos elucidar e detalhar como o filósofo constrói e define as fases da realidade, existente entre a suprema idéia do Bem no inteligível até as imagens do sensível, e quais são as ferramentas da episteme para o conhecimento destas fases, estabelecendo-se uma tensão entre Epistemologia e Ontologia. METODOLOGIA:

Os procedimentos de pesquisa consistem basicamente em revisão bibliográfica (leitura e análise de texto clássico, bem como de pesquisadores e comentadores de filosofia grega), reconstrução e comparação de textos, resultando em produção filosófico-textual de ensaios críticos, acompanhado de discussões entre pesquisador e bolsista em relação a contemporaneidade do tema. RESULTADOS E DISCUSSÕES:

A Teoria das Formas de Platão, estabelecendo dois níveis de realidade, o sensível e o inteligível, possibilita à alma o desvincilhamento das contradições que envolvem o conhecimento da realidade sensível, elevando ao inteligível a existência da verdade. Platão recorre àquilo que em si parece resistir aos enganos do sensível e representa uma generalidade daquilo que se diz: as idéias. No livro VI da República, encontramos diálogo entre Sócrates e Gláucon a definirem que dentre as idéias, a idéia do bem é objeto da verdadeira ciência, de modo que Sócrates, fará analogia do Bem com o Sol, pois do mesmo modo que o Sol está para o sensível, o bem esta para o inteligível. Na teoria de Platão, a forma do bem é a entidade que permite a harmonía e a existencia do cosmos, da mesma forma que permite a existencia e a possibilidade do conhecimento das idéias. Entendendo o bem como

a forma capaz de dar racionalidade ao universo, compreendemos a relação uno-múltiplo deslocada para uma instância metafísica. Apesar das idéias participarem das coisas no mundo sensível, a questão que se nos apresenta, é de como a alma irá suplantar as contradições de conhecimento sobre a realidade sensível e chegar ao mais puro conhecimento no inteligível? Para demonstar a possibilidade deste conhecimento, Platão utilizando o exemplo da linha dividida, descreverá quatro fases em que se desenvolve a realidade, a partir da unidade inteligível do bem. Nas palavras de Sócrates, o filósofo irá descrever uma linha irregularmente dividida, com cada parte redividida nas mesmas proporções, de modo que para cada nível de realidade, teremos uma ferramenta do conhecimento. Platão, estabelece um percurso ontológico do sensível ao inteligível, ao mesmo tempo que estabelece um percurso epistemológico, para o conhecimento de cada nível da realidade. No início do Livro VII, da República, a alegoria da caverna será uma metáfora da linha dividida que representará a condição da alma humana. CONCLUSÃO:

A pesquisa ainda encontra-se em fase de desenvolvimento e não há conclusões definitivas. Entretanto, temos inúmeras questões especulativas envolvendo definições, como a tentativa de Platão em readequar o logos ao ser, (verdade/realidade) bem como outros problemas decorrentes de interpretação de texto clássico. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ROGUE, Christophe. Compreender Platão. Petrópolis - RJ: Vozes, 2005. SOARES, Márcio. A Ontologia de Platão. Um Estudo ds Formas no Parmênides. Passo Fundo: Editora UPF, 2001. PLATÃO. A República. 8. ed. Introdução, Tradução e Notas: Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Caloustre Gulbenkian, 1996. PAPPAS, Nickolas. A República de Platão. Lisboa- Portugal: Edições 70, 1995.

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Assinatura do aluno

Assinatura do orientador

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