\"Aspectos trágicos na obra de Tucídides\", In: Ágora,2(1994):1-7.

July 8, 2017 | Autor: Marcos Alvito | Categoria: Historia, História, História Antiga E Medieval, Grécia Antiga
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Asp#trfs$ #rmgrc#s ffie

frbra d* Tucldldec

M*rcos Atvlto Pe?*ira de Ss*m eopold Von H,anka- urn do$ pais da assim chanrada "histdria cientifica"* defende, sm 1817, ufils te$e de dsutorado sobre Tucidides. A escolha do tema ni[o deve ser viste como aeidemtal" Aquotre que um dia afirmou que a principal anbi*So do historiador deveria ser a de 'orecsm$titilir a rnmreirs pela qu*l o passado realmente asontsseu" cs,rtamente participava da corrente quase $n& nime de sdrmiradorns da obra de Tucidides. $eu sonternpor6neo Maca*Iayn psr exennplo, anotou rnargem do seu exsltrplar ds a Histdria da fi*ena do Felopone$o em fevereiro de I f35: "hoje eu terminei Tucidides, depois de l0*lc com indeecrit{vel interes$€ e adrniragfu. Ele d o maior historiador que jmrais existiu." Na verdada, rn*ito ante$ do s*cutro )ffX o atenignse Tucidides* e*{fls *[e riesmo se nuto intitula no ini*io d* primeirc liwo - jS angariava sinnpatizantes ilusses. Emhoramse p&s$afirss ccmprovd-lo, € bem possivel que Maquiavel tenha sida infiuenciado pela leitr.ra da hadug{to feita em 145fi pere s latirm. Em t628, Thomas Hobbes publicou sua prirneira *bra: uma ffadugfro de Tucidides.

*

frfarcu Atsito P**ira

dc

Graduoure ern hist6, ria em 1984 pel* Universida. de Federal Fluminense ondc e'Lueknente ledona Hist6ri* Arrtiga. fulertre ern Hictdris pcla rnesme Univeruidade Marcos tcm se erpecielir*do em estudo* cllssieor, sendo autor de diversor trebslhos ireste 5rea. Flamenguirta doente, ador* dangar ao S o xzc

sbm de lV1adonna

Ico*e da historiografr* positivistq ainda no noss& sdculo Tueidides foi a objeto de uma "adorag&o" iRcondi* *ionnl. S grarxde historjador &anc$s fiustavc Glotz ctregou e mfirrnar em I9?S que qualqusr narrativa acerca da Guerada Pelop*nesojarnais seriaalgo mais do que uum&

f {Was€ ou um resunno ds s€tt livr&". $ autarr d* ' um dos maiores bcst seller$ a$ere& da frrdcia

li.D.f "Kitto,mai*xes-be+t-seiiers a*er+a Aa€reeiral#g*" H.tr.F.Kitto, seguiu A risca a antiga,

itand* c resumindo lortg*s trechos. Corno muito bem dernonstou J.A. ilabdsb Trabulsi, a grande aceitaq{o de Tucidides na Franq* e n* Ingtaterra deve'se e lirfia atd a rnetade do seculo int*ryretaqfio da fonte colnc favor*vel *dernocracia nnoderada e i ideia de um imprialisrn* "civilizador, esclsrecido e pretetor dos po-

observaqflo de

Gleta ainda ern

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m ss traia$do de religi&o, todavi4 iogo surgem as ssntestesses, tf,o dogrn*ticas quants a ortodoxia printitiva. Loga Tucidides foi depreei*de csms rnero cslscien*dor d€ "fato$". Apos a ddcada de 1950, a obra d* Tuci' dides tem sid+ submetide a uma reavaiiaqfro critica" para a qual sern di vida J. R*nrilty bastante contribuiu ao apontar a necessidade de "desmorttar" o texto, sublinhando a seleqfro radical que o originc:ur. A*s pcucos, atraves de *ma 6nfase na anlilise estfletutral", cresceu & suspeita acersa da "objetividade" d* Tue{dides. Descobriu-se que, por detr6s do pretense dista$ciemento e da severa frieza c*m que ?ucidrdes habilmente veste c seu relaic* oeulta'se *nt narrador que domina cor*o ningu*m as emoq& es dos leitores. ste trabalhc pretende eolahrar F+ra a explicitaqEo daquilo qus o especialista norte-a*rericanc W. R.. Connor eF,em*u de "estrqtegia retorica"4 ou, ittspiradss em Peter Gay:, do "estils" de Tucidides. Visamos desnudar a presenga ao longc de toda a "Hisroria da Guerra dc Peloponeso"" de uma visla de mundo existevlte na Tragedia *tice do seculo V Se na ohra de F{er#cto, pulularn irulividu*s cujo destino assern*lha-se ao de }:*rdis tr*gic*,;

ccrno Eclipo ou .4,gar*ernnon, prineipalmente rcis bdrbaros e tiranos, em Tucidides € a pr$pria peiirs democr6tieg franforrnada em urna unida* de ed*tada de um car&ter, que ir{experimentar t**ra tra.letdria senrelhante i das prsonagens dc f;sq*ilo eu Sdfocle$. Para dernonstr*-lo, € pr+ eisa, prirneirar*ente, rmsrdar algwts tra$os seneiais da rmensagern rrfigica segundo J'P. Vernant e P. Vidal-Naquets

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Para facilitar, tomaremss csfiis exemplo o "Edipo Tirano" de S6focles, por ser a histdria bem conhecidade tdos e por ter sido objetade um estudo exemplar/. Um dos aspectos esssnciais da tragedia seria a amhiguidade' present€ na linguagem e nas aq6es dos homens, c*jo resultado sempre inesperado e muitas vezes

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contrdtio ao prcvisto. Ningu€m exemplifiga meihcr esta situaseo do que o famaso Edipo*. "O esnangeiro corintio 6, na realidade, nativo

o dccifradordcenigrnas, umcrtigule que nf;o pode deciftar; o justicoira um criminoso; o ctrcsividsnte, urrt cs&o; o salvadcr da eidadp, a sua Perdigfro."

de Tehae;

ffavds do excmplo de Edipa e de outrCIs r*is" a mg#ia sublinhe que a hYbris, isto S, o orgullio desmedido e, de urnfi r*aneira geral" todns ss a9&es deseontroladas, exce$$iv&$, i*var* * perdi*o" vista co$ro uma

formq afirma sobrefitd* a idCia de que "o h*mr*c d

puniq&o divi*a. D*sta a limitagEc hurflars&,

aBoas iilcertee&": ".Arrastsda no fluxo da Yid.a huma$a $s{t"? o socorro dos deusesla+Eo revela-se itus*ria, vi e impotente. Falta-lh+ possuir esta forga de realizatio, essa a6cr{ia que e pril'ilegio

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mefite da divrndade."Y

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Destaquemos que a historia de Edipo, ao ser apresentada diante dos atenienses no santu*' rio de Dioniso, na encosta da Acropole, j* era

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"m{Lheclda & tadss. Aos esp*ctad*re$ {t$ pels'.r,8 de Edipo, sutr &ut*€onfianqa ine*ntrol&.vei,

)cu dsspr.eo peios xibios eofiselh$s do ceg* frresrs- tornam um signifr**do descsltheeide ae{.os arores, marc€de pl* embiguida&, p*le JN,ruL

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tf{f,omem

do sdculo V, Tu*fdides n$,c perviste de este ref,eremci*l- por demais Fes€nte na vis6+ d* rE:undo d*s at*:'rr€'!E€s & ent6o. Expl*rc-q $sbretuds, faaenao aa pi ts um her*i tr6gi**, plen* de ambiguiJade. en"egado de &yfiris. & dorrot* fre$te aos iacqkm6nios 6 fn"lt* do propria e#a*s atenieftsc, irnpctuoso e ansg&trte. A lrist*ria da gtmrrn c narrada por Tucidid*$ eonfis ume trsgedi& e despeito da aparcnte sisudez de seu texrCI. fr e .Jue veremos a seguir.

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Crinica de uma d*rreas s,nu$*ied&

'.ffi" inicie da peq* de $*fceles, s pslB*!,fi* (--{,gr* cen&*! d um rei adorado, clreio de

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[. Em rneio a uffia avaliaq$,o nncienal das possibilidades exffenrarnente f*vor{vei aos ntenimrses, saltanr & visk do leitor alguns tr*ehCIs aujs Ieitura cm se tendo ci*ncis fu regultsds d*sastrcso da gurrra dcvia ser carregada d* ur$a ircrris Eilese orseular. H& por cxemplq *nta sfirr*ative de ear&ter tr6gieo ern meio n um mar de *airn{sm*: "Ss ffionfeoimgnto* podoffi rrl$vtr-Es tfio inrpr*vist&$$rgs, csnn efeitq Euafitc ss pla*c* d*s honrms.{I. t40}

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utra Fes$agem ndguire um t6m profCtics, $ern ddwids referente A malfadsda exp*digeo * $icilia (415-t3), qu;andc eparenteftrente ticlhs um valor apcnas retdrico; "h,fuitos s*fi-Gs $rotivos tnmbrrn me lcvaffi a esses8f que no6 Erssilerflos supericrc*, Es vos eemprometerdes a mflo tsritar efilplier

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prim*irc discurso de F*ricles, no final do livrc

si, que aeredi&a tsr salvo a cidade &reqa$ ao s€u talent* d* deeifr*ctor de enigm*s. Cr# que os deuses e inspiram e proclmna*se fiiho de So*e, Famo$o, d considerfido * prin'reir* dos liomens, o melhor dos mortais. *a mesffia t"ormE, o primciro livro da obra da Tuqfdides, ernbora seus leitor*s ja e*nh*garrr * dest*.*hm infeliz da guerra par*.4fenas, de*ts** sobrctudo c pote*ciai de vitdrie d*s atefiiene*s, devids aCI scu podeno nav&i, fente r*tirna & todo * pod*n como iernonsu**dc ma char*adg "Arqueolsgia" , os J0 primeiros c*pitul*s); *s sue-q ampla* iesenas finaneeims, As irnp*n**tes rrruralh*s e as multrplas aliamqa*" Ao seu teitor. que tinha :-tsistiiic d perde d+ irnp*rio etenififi$* e dr denoiicio das flortifieaq*** ateniemses &* $sslt ntrnado das fiautas e$s&rtanqs. Tucidldes *briga a pergunB: "& 4uu d*u erradc ?"10 A esa* respeito, destaca-s*, Wr sus armbiguidade, *

* vcsso inrpCrio qumdo e*tivsdoscm gu€fia e a m&* cffyef d*s*r*c+ss*risrnentc perig*g adieicnain dsvido a v&s Enasrno$; *a rc*lidr d*, preccup&rn-ms nnais os vossos elTes q$e se plancs dc inirnigo.* tl.l44)

ironia trdgica tambdm e$tar6 pres€nt€ crn um dos episddios dccisivos peffi e irr*ffio do confliao eontr* Espartal Ao fhxer *nta alia*Ea corn Cdreira- uma des td* rfiai*rss f*r6ss navais da Sr6cis -, Atenas pare*i* qster garantindc $l*a suprerfiasia mar{tima. Os *orcireus, tfid*via" porJcCI *ontrihuirarn pra o Esf,orqo rnitritar ateniens,e, eeabando por ce$sar mai* probiernas devide d s/asrs (guerra civii) que iryp*p* ern C$rcira s*rn tsdt a forga {l[i.80ss" } ", A rnsi*r ircxti* de tcdas, godavia cst^4 presente no final do discurnc, qua*dc Fdrieles fae men+So ss Guerras Fdrsicss:

"gfifi &$ rnaicre* perigos que proporcic narn Es rn*iares h*r*"as, s*ja {* eidadesr s*j* aos indiv{Scr+*. Foi xssin'l que nossos pai* e&*emtsr6r$ *$ psrss$" embera m&* tivessEnr

tantos rccurso$ quffitCI ndq c tenham tido do ahandonar at6 o$ qilo possuiarn; rnais por su* vonurdc do quc por sorte, c com $ne corfr$fin maior do (pe stta forg*, rcpclir&m o Bdrbaro e nos clevs&n * grandeza presente.' oJ que chamamos este trecho de irdnico

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Por um motivo bastante sirnples. Se a ssFutura formal d* tragddia { marcada pela reviravolta ambem a "Histdria da ffuerra do Peloponess" assistiri a unna transf*rrnaryfro radical dos atenienses. Antes defensores da.liberdade da Fldtrade", sarascssdo inimigo brirbaro desejoso de escravirar aGreci4 cada vez rnais Atenas vai ser vista eorno umaprifis despsticemente apegada ao poder sobre seus alia* c{os. Muito mais, assiste-se a uma "barbariza6fro" dos atenienses progressivamente deseritos eorn trasos semelhantes aqs dos persas, Isto fieari bastante claro a partir do exams da expedlq6a *Sicilia Nas pedreiras de Siracusa

€spaeisi Europa(hel&nica) x Asia{birbara}, a invasflo persa esbarra na pr$pria geografia; os rios secarn i passagern dos birbaros. A arrogf;n*ia e a autoconfianqaexagerada de Xerrres contrastarrr csm a humilhante danota so&ida no e$treito de Salamina A dcnota persa 6 vivenci*da pelos gregos como um verdadciro milagre" uma punig6o *hyhris do inimigo" Her6do. to, por sua vez, atribui aos atenienses s responsabilidade pela vit6ria grcg4 impedindo a escravizag&o da HCIade tVII,l39): "Ss cs atsrd€nseq atarma&s com o periga irninente, tivessem evacuado o seu territ6rio, ningudm teria tentdo opor-s€ ao Rei no rrar. {...}

Portantq quenr dissessc quc os denienscs foram os salvadores da Hiladc nilo se distanciaria da vsrdadc (..") onando pela prescrvr e$o ds liberdadc da l{6ladc, com sua oeggs eles despertaram os outros hel*nos ninda rclutantss ern Festuar com os rnadoq c assur1 depois dor dauscs forarn cler que re-

t*s

pelirarm 0 R*i.'*

sicilia- nffiur*o$ que Tucidides inverter{ a menLBZJry n1 economia narr*tiva da obra de ISff)uug*rn de Herodoto e apontani parm Tucidides, devernos relembrar o mode* u$1& Atenas que n8o sornente deseja

,ffi*

entender o valor da aventur&

lo que, servindo dc medida dc carnparaq{o, impor a sua} dorninagEo sobre toda a Hdlad*, explicita a "barbarizaqfro" dcs atenienscs. Tra- ma$ q$c que ctrega a ser comparada a uma

de em -,

ta-se da lgsunda invasEo pers& na vers&c Her6doto''. Dez anos depois da derrota it{aratona (49S), Xerxes - suc€sssr de Sario prepara minuciosa e abertamente e$$a expedigio contra os helenos. Herddoto fameee nume-

ros inacreditiveis para

{vll,

o exdrcito b*rbaro homens,

i E4-7}: mais de cinco milh6es de

sem contar mulheres, concubinas, eufiucos,

ca-

valos, animais de carga, cE* indianos, etc. Alem do exagero epico, este nirrnero deve ser elcarado simbolicamente. Constitu! a express€o do rnedo que wn contingente daquele pode eausou nas pdleis gregas de entEa. Vista camo conh'aria aos limites "naturais" da separagio

tirania explicita e irnplicitamente. Ern duas passagens, Tucidides pOe na boca de dois politicos t6o diferentes {a seu ver} csrto Perieles e Cleon quas€ a mesma afirm*tiva: o primeiro diz em meio i OraSAo Funebrs gue "este imperio € como uma tirani4 cujo irnp+'

srgmificado dc petCtieo frscarso iln $iil!s, e subtrinhad* por Tucidides cs0r1r3 nsn serlql* ffilai*r *iden&s de $rcne segun* ds rele F*ffiffi, de t*dos *s €vent$$ lrel&rri*cs dc

ktrftd

ftffe

que h& reg:istr*" (YIt.&?)" Conrpleta-s* aqui urRa reviravelta t&o os$rpl*{,e qu*xrfe a ocorrida :?* destiElcr eie Edipo. Anuncie-se esgirn + que sc

rsas ilr€snlo assirn e'rs bebidA ernb*np !sd*s*. e tina de smguer e rRuitos delen lutmvmm paru

viriu a t>*on*r e!r$$* uma ddseda depois: * derr*ts fiml dos sts*i*nses. A assirnil*C#o de Ateces * ut"* her$t trdgic# e penTritida pela

;ocsqui-la'

equi

animalieag6o d*s atefiiense$ relsrnuma pas$a$em de "*$ Per$&$", d* Esquila {vv.424"6}, *i"fi qer* *s solded*p pcrsas sto abatidos sss psrrstss 6*$r# stwr*. Sa r$esrria forma q$e *$ h*rbar*x, cs atenienc*s ultrapassam, devido & sua &p,*rrs, gs liffi{tes mf,eriores da na&$ece humama Nicias, assifft s&r$B #emrsten**,,* *x*arrt&. Qua*t* a*s soldados at*niesisfis $eitss pnsrcneiros - nrais de s**e rnil seg*ndEr ?usidi,Jes -, foram desti*adss & $m& dn* puc.ns ccu*

"S'sta ,,-\!i}o

pag6es exelusivas

d*s *$*r&v#$ c?*

Antrguidade: o trabatrho *nr p*dr*{ras" effi} csil!drqOes desumaRas (VIX, S?)' 'Confinedos cst'r*o estsv*rt? et* gra*dm *u* rn€ro Bsm f*sgo *sreit*, * ssndo * la**t descobsrtc, a pri**ipie qr **i e * **J*r sufl** canis os castigmvarm; dop*is as ffioite* #att{o= nais erar* Si*s s as rmudamqa* d* teruper*tur* caus&varfi d*mqen. C*r** s* igtc sr$* b**tasse, psr f*ita de fispaqs el*s fi;rham d* faxry tudo no mgsfilo lugw: pior ai*da c)* *&d-Sve* res erafn aflrt*mt*gd*s qam*do $$ pyipir.l$?*ir$s

val*n*ia *stebsleci$4 no tsxts enEe a sxp**

d;See e a pr&pria;xil;s16. Ele eomprrn a fug* d*s s+ldadc$ el€ni*n$es & "u[m& cidsele frrgi*do

s*rrateirsszrsnte depoix de a*reada" (VII.?Si; Nicias" por $u& veu, m& 6x*r'ta$&.e que faa ao$ s*i"i$ *smamdadqs lefirbra-gs q*e er,n qunlquer Iugar c*nst*tuiriarc uma eidadc (VII.77!. A 6dv'eriensie frna} d* "&jBS Tjrg;te*servirie p*rfeitarir*nte pare #s ateniense*: "tJedr hem habie$tee ds Tebas, fircu$ gs*rcidad$s$! , i-,

ilste C Edip+" deeifrador dos ctrigaa* f*rnes*s; E&e fl*i ll.ur s*n&er poderoso e por csrts o imv*jast*s 6rn ss$$ dia* pass*dCI* de prosp*ridada i*vu!g*r. Erm quc ebi*rno* d* irc*mss ale$dita eie agor*

c*iu!

Sergd* mssirn std o dia

ftt*! d* c.€fisrnoc s*

*lhos mE* dsr,*sn*s dizer que

Fars cCI**luir, fa6am*s unta advert&ueia:

se buseai'mos apsnter e pressnga de aspectos tn@icos *a #br& de Tu*idide$, nes c foi ceru o

intdt* de f*nres*r mu*iqfio

das mudangas de temper&turs, *r,3 sffir!$&s s6meilta*tes, o*eeionand* Br$ r$ai* cheiso insu-

rm*ia eie

atorsnsxtad** pel* f*nne e pel* *od* (...I *rx suma dc mdcs +s r*a}*s * ql*s p*diem 6$ier

rnartsl foi

do s sab*r de qualquer ssfrimsrito!"

::'*rriam em *cnsequ$nsia dos {hnimentoa

portdvel. Ae rnesm* tsffepe eles *rnr&

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fel!.e de vord*de *ntes delp enlear as frofig*iras dn vida in*onstante sem jamais ter prsva*

i&queles

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*ftt s*culo preec$pefi?-s( *,r! julger,

F*t8ncia proli ssignal *nqua**o historiadoE p*r assim dir*rl?. Estav'affi*s g:r*ecupad*s, t*e sorrente, effr ail&iisar o $s* estil*, c que!, $srfi* bemr elt*n:* anacrom i{:a$ts*te, s $ l,ie e*ffi

etenseo Peter Gey, e a chave para *ntenderyn$$ "a pereepq$o tota! d* historiedor s*brc o passado, &s liuritaqses dentro das quais trahaitrq as verdades que clc, crfi s{r& singularidade, fl&!r-&jr de captar"'*. Em outras paiavras, o es{itrs desvenda nffapenas as llmitaqses, l.&s tambdrn a forga e a talento de urn determinado historiad*r. Quantc a Tucicides, que etr* tenha sabido liaffar a queda de Atenall *moldrrrada em un! *squema tr*gi*o e: flo rne$ffto t*rnpc, tenha sido conside-

rad* um modelo de "neutraliciade cieiltific*", nnais do que $int$r,rtr da **rnplexidade da sua ohra e prova do s*u g$nio.

#e& 1. TR.ABULSI, J.

I 6

A. D.- O imperiali*m#

In : /:esa jr:.c {J# s}p"

60-t. 2. ROMILtY" J.- fJr.rlr*ra st y#isrsn c:ke:"i'kucj.rlide" Paris : L*s Belles Lettr*s,lg6?. Cited$ p*r TRABULSI, pp S5ss. Moses F"inley *.aynbem p*btricou $r?r arrigo inlportante na d*cada de t 96C): "Tucidide.*" o n'l*ra!ist*". { I* Fil{Lf,y, h4. t.- Aspe*os r.l* Arurtrryidrude.i$do Faulcr" Martins F*n{es, l99l i. 3. R A WL I NG S, H isnt*r. 7 lte .rtnr*c'/eryei r,t' ? &rr*3, r/xlcs' If is;{.rry. Pri nc*t*n ; Pr i *c eto r: U n i vcrs i ty* Press. tS8l. Mai$ reserir*me*tr: SARB()PHSIIHANSKI, C.- "l-a polrtique d* !'*ristclir*;"

Thucydide historien du present" [n: ,{rarxr),44t I 9S9}, pp.653"6?5.

/euffr'.${

4. COhiN{iR,W.R.- 7'huc*rli*leg Brincer** Frinc*ton {.Jniversit3, Fres$, I 9&4.pp. I 5s*.

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6. VfiRI.-{ANT, J.-P. e VIDAL-NAQUET, i,.{it* e trug{tlia na (irdeiu untiSgct. Sflo Pau Br*siliense,ISSS e tar*bdm o volume II, I Paulo, Brasiliense" I99 I.

7. \IERNANT" "I.-P.- "Ambiguidade s rev: veita. Sobre a estrutura enigm*tica de 'Edi; rei"o, pp. 7?-lSl, do l" volume da obra citr *a nota anterior. &. l
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