\"Assessoria de imprensa em Portugal\"

July 8, 2017 | Autor: Vasco Ribeiro | Categoria: Relações Públicas, Assessoria de Comunicação, Assessoria de Imprensa
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28/04/2014 Vasco Ribeiro

Assessoria de Imprensa em Portugal “O assessor de imprensa tem um objetivo que, quase sempre, é contrário ao do jornalista, porque tem uma função promocional, ou seja: promove o protagonista, o projeto político, as ideias do assessorado” diz Vasco Ribeiro, professor e coordenador de imprensa da Universidade do Porto (Portugal), além de assessor em campanhas políticas. Nesta entrevista ele trata da atividade de assessoria na realidade portuguesa e tece algumas comparações com o segmento no Brasil. Entrevista de Polyana Castro Como se desenvolvem as funções de um assessor de imprensa em Portugal? Tal como acontece em qualquer outro país democrático do mundo, o assessor de imprensa em Portugal tem (ou deveria ter) como função a projeção positiva para o espaço público de um determinado sujeito ou ação. Neste processo, destacam-se os meios de comunicação como canais preferenciais para a distribuição e indução de mensagens, tendo ainda como motor o relacionamento interpessoal com os jornalistas e a criação de pseudo-eventos. Como você vê o trabalho de assessoria no Brasil? Os assessores de imprensa brasileiros gozam de um peculiar, mas interessante, estatuto, pois, segundo sei, ostentam a carteira profissional de jornalistas. Admito que este modelo me causa muita perplexidade porque não acredito que a assessoria de imprensa procure ser objetiva e servir o interesse público. O assessor de imprensa tem um objetivo que, quase sempre, é contrário ao do jornalista porque tem uma função promocional, ou seja: promover o seu protagonista, o projeto político, as suas ideias. No entanto reconheço, mas com muitas dúvidas, que tal estatuto, se for realmente aplicado, pode conferir mais rigor e veracidade na disseminação de informação. Em que se diferencia o trabalho de um assessor português com o de um brasileiro? Curiosamente, não há grandes distinções. Na prática, os assessores de imprensa brasileiros acabam por nunca serem jornalistas e são propagandistas, Relações Públicas, marketeiros, spin doctors ou uma outra denominação relacionada com a promoção. Defendo que as práticas profissionais desta atividade estão enraizadas desde, digamos, Ivy Lee e que ao longo de todo o século XX não houve grandes alterações ou evoluções. A assessoria de imprensa que, por exemplo, era praticada por assessores de imprensa nova-iorquinos nas décadas de 20 ou 30 não era muito diferente da que se praticou até o boom da internet e a chegada das redes sociais. Isto sim, é que mudou a assessoria de imprensa: as redes sociais vieram transformar por completo toda esta área. Como se dá a relação entre um assessor e um jornalista em Portugal? Podemos pensar ao contrário para esta resposta: como deve ser a relação dos jornalistas com os assessores? É possível deambular (percorrer) sobre estudos e autores que defendem relações que vão da profunda dependência ao conflito e à relação adversativa. Acredito que a relação do assessor deve ser de profundo respeito pelo trabalho jornalístico. Um respeito que deve assegurar a verdade exigida a ambos. No entanto, acho que o assessor de imprensa tem o direito de usar ferramentas de persuasão e propaganda mas, reafirmo, desde que não minta ou exerça outras ações desonestas como o incentivo ao medo, a pressão, perseguição, http://www.cemp.jor.br/conteudo.php?opcao=vis

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etc.. Quanto à manipulação (no sentido de simplificação das mensagens, hipérboles, generalizações, para-verdades, etc...) é lógico que é legítimo. Agora, cabe aos jornalistas defender-se desses "ataques". O jornalista deve sempre validar e verificar a informação que recolhe/recebe das fontes. Poderia destacar as maiores dificuldades para o exercício profissional em Portugal? Não há dificuldades técnicas. Só há dificuldades sociais: desemprego, precariedade laboral, remuneração equilibrada, progressão. Como é o mercado por lá? Com o país em crise o desemprego aumentou. A atividade de relações públicas tem até crescido em número de clientes ou de ações de promoção. Todavia o volume de faturamento decresceu drasticamente. Mais trabalho, mas menos dinheiro. E o ensino na área? O curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto (maior instituição portuguesa) foi o primeiro a colocar a assessoria de imprensa como um ramo de especialização. Este mesmo curso prepara-se para oferecer um mestrado em assessoria de imprensa que procurará reunir docentes com largo conhecimento científico e profissional desta atividade. Há, porém outros cursos superiores de relações públicas (Universidade do Minho, Universidade Fernando Pessoa, entre outras), mas nenhuma oferece especialização nesta área. Qual sua maior motivação como profissional da área? A realização do assessor, que também podemos chamar de fontes profissionais e sofisticadas de informação, está em perceber que pode moldar a opinião pública, ou segmentos dela, através da aplicação de estratégias específicas. Apesar de nunca ter exercido profissionalmente atividades de Jornalismo, também consigo produzir manchetes, abrir ‘telejornais’ e colocar uma rádio em uma manhã a falar de um assunto induzido por mim. E, claro, perceber que a proliferação destas mensagens fazem aumentar as vendas do produto, ampliar as ideias de um político, garantir o discurso da instituição que represento. Qual a responsabilidade de representar um dos maiores partidos políticos do país? Há muita responsabilidade. Defendo uma postura ética e responsável em qualquer atividade da assessoria de imprensa. Apesar de ter como base muitas das técnicas de manipulação desenvolvidas no Creel Committee da I Primeira Guerra Mundial, a assessoria de imprensa nunca deve recorrer à mentira ou à manipulação primária e rude pois isso pode destruir a marca, a instituição ou o político que representa. Por Polyana Castro Vasco Ribeiro é doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho. Atualmente, é professor de assessoria de imprensa na Universidade do Porto e assessor em campanha política do Partido Socialista ‘Europeias’. Iniciou- se sua carreira profissional em comunicação em 1996 desenvolveu diversas atividades no ramo da política, como assessor do coordenador do Gabinete de Imprensa do Partido Socialista, conduziu a Assessoria de Imprensa para a Câmara Municipal do Porto e foi assessor de imprensa do prefeito Nuno Cardoso. Além disso, prestou consultoria em comunicação em diversas empresas e instituições do país, tais como: Porto de Douro e Leixões, Porto Canal, ADETURN - Agência para Norte de Portugal Desenvolvimento do Turismo, FilBox Productions, JGomes Construções , entre outros.

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