ATIVIDADES DE TURISMO EM ÁREAS NATURAIS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: ESTUDO DE CASO DOS PARQUES NACIONAIS DO PARANÁ

July 25, 2017 | Autor: T. Ferrari do Vale | Categoria: Turismo Em Unidades De Conservação
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ATIVIDADES DE TURISMO EM ÁREAS NATURAIS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: ESTUDO DE CASO DOS PARQUES NACIONAIS DO PARANÁ Tatiane Ferrari do Vale 1 Jasmine Cardozo Moreira 2 Resumo: Os Parques Nacionais são uma ferramenta para proteção da natureza que permitem a visitação turística. O uso público desses espaços possibilita que a renda gerada pela visitação seja utilizada na gestão dessas áreas e permite também uma maior conscientização sobre o meio ambiente. Assim, o turismo é um catalizador de recursos e ferramenta de educação ambiental. O objetivo desse artigo foi identificar as atividades de turismo em áreas naturais Parques Nacionais do Paraná. Assim, esse artigo possibilitou uma discussão a respeito da importância das unidades de conservação, bem como uma constatação das atividades de turismo em áreas naturais nesses parques. A metodologia utilizada foi a pesquisa in loco, no Parque Nacional do Iguaçu e Parque Nacional dos Campos Gerais, e a pesquisa bibliográfica, que utilizou livros, consulta a web sites, artigos e publicações. Palavras-chave: Unidades de Conservação. Parque Nacional. Turismo. Paraná

INTRODUÇÃO

Proteger os ambientes naturais é uma necessidade decorrente das ações antrópicas causadas nos últimos séculos, e que hoje ameaçam a existência da biodiversidade e da geodiversidade desses locais. As unidades de conservação são criadas para auxiliar nesse processo, e podem ser definidas segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (2000, p. 4) como: “Unidades de Conservação são espaços com características naturais relevantes, que têm a função de assegurar a representatividade de amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitas e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente. As UC asseguram o uso sustentável dos recursos naturais e ainda propiciam as comunidades 1

Graduada em Turismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. [email protected] Pós-doutora pela Universidad de Zaragoza. Professora do Departamento de Turismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa. [email protected] 2

envolvidas o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis em seu interior ou entorno.”

As UCs podem ser divididas em duas categorias, as Unidades de Proteção Integral e as Unidades de Uso Sustentável. As UCs de Proteção Integral podem ser classificadas como: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre. As UCs de Uso Sustentável são classificadas como: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva da Fauna, Reserva de Desenvolvimento

Sustentável

e

Reserva

Particular

do

Patrimônio

Natural

(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2014a). Para este trabalho delimitaram-se apenas os Parques Nacionais do Paraná, pois essa categoria permite a visitação turística. Essa categoria de Unidade de Conservação é em termos dependente da atividade turística, pois são os visitantes que geram divisas para esses locais, auxiliando (ou em alguns casos subsidiando) a gestão desses locais. O primeiro parque nacional a ser criado no mundo foi o Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, em 1872, e a partir de então, surgiram milhares de parques em todo mundo. A percepção da necessidade de criar essas áreas protegidas faz com que a relação do homem com a natureza fosse assegurada, possibilitando seu desenvolvimento sustentável, quando todas as medidas legais em prol de sua proteção são tomadas. Assim, os parques pesquisados neste trabalho foram: Parque Nacional de Ilha Grande, Parque Nacional Saint-Hilaire/Lange, Parque Nacional do Superagui, Parque Nacional do Iguaçu e Parque Nacional dos Campos Gerais. Um Parque Nacional segundo o Ministério do Meio Ambiente (2014a) pode ser conceituado como: “área destinada à preservação dos ecossistemas naturais e sítios de beleza cênica. O parque é a categoria que possibilita uma maior interação entre o visitante e a natureza, pois permite o desenvolvimento de atividades recreativas, educativas e de interpretação ambiental, além de permitir a realização de pesquisas científicas.”

A metodologia utilizada foi a pesquisa in loco, no Parque Nacional do Iguaçu e Parque Nacional dos Campos Gerais, e a pesquisa bibliográfica, que utilizou livros, consulta a web sites e artigos e publicações. Para classificar as atividades de turismo em áreas naturais nos Parques Nacionais, utilizou-se as Diretrizes para

Visitação em Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), visto que essas são as normas de condutas estabelecidas pelo Órgão gestor dos Parques Nacionais Brasileiros. O objetivo desse trabalho foi identificar as atividades de turismo em áreas naturais existentes em todos os Parques Nacionais do Paraná.

HISTÓRICO DOS PARQUES NACIONAIS NO PARANÁ

Dois anos após o ato inédito da criação do primeiro parque nacional brasileiro o Parque Nacional do Itatiaia (SP), criou-se através do decreto lei 1.035 em 1939 o Parque Nacional do Iguaçu. O Parque abriga espécies ameaçadas de extinção, como

a

onça-pintada

(Pantheraonca),

puma

(Puma

concolor),

araucária

(Araucáriaangustifolia), além de muitas outras, e protege o maior remanescente de floresta atlântica (estacional seminidecídua) da região sul do Brasil (PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU, 2014). Após reconhecer a importância dessa área a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), declarou em 2001 o Parque como Patrimônio Natural da Humanidade e em 2007 como uma das 7 Maravilhas da Humanidade. Cinquenta anos após a criação do Parque Nacional do Iguaçu, em 1989, foi criado o Parque Nacional do Superagui, havendo uma ampliação de sua área em 1997, o que possibilitou a inclusão de outras comunidades além da Colônia do Superagui na área do parque. O PARNA também abriga animais ameaçados de extinção, como o mico-leão-da-cara-petra (Leontopithecus caissara), suçuarana (Felis concolor), etc. Essa área foi declarada Patrimônio Natural da Humanidade em 1999, Reserva da Biosfera em 1991 e Patrimônio Natural e Histórico do Paraná em 1970 (ICMBIO, 2014a). O Parque Nacional de Ilha Grande foi criado foi criado em 1997, e faz divisa entre os Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Essa região é “caracterizada pela existência de sítios históricos e arqueológicos de excepcional relevância para a compreensão da ocupação humana no sul do Continente Americano”, e abriga uma rica biodiversidade (ICMBIO, 2014b). O Parque Nacional Saint Hilaire/Lange foi criado em 2001, e está localizado na Serra do Mar do Paraná. O Parque está inserido na área da Reserva da Biosfera

da Mata Atlântica e na Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba. O parque também abriga diversas espécies ameaçadas de extinção como Palmito Jussara (Euterpe edulis), Canela-preta (Ocotea catharinensis), Canela-sassafrás (Ocotea odorifera), sendo também uma área de refúgio para muitos animais, como aguatirica (Leopardus pardalis), Lontra (Lontra longicaudis), Veado-Mateiro (Mazama sp.), Jacutinga

(Aburria

jacutinga),

etc

(PARQUE

NACIONAL

DE

SAIN’T

HILAIRE/LANGE, 2014a). Já o Parque Nacional dos Campos Gerais foi o último a ser criado no Estado, em 2006, e abrange os municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambeí. O parque representa uma paisagem típica da associação entre floresta das Araucárias e os campos naturais, abrigando sítios geológicos importantes e formações singulares (MMA, 2014b). No entanto, ainda enfrenta problemas com questões legais de desapropriação e indenização dos proprietários das terras na área do parque. Ele não apresenta infraestrutura turística para receber os visitantes, e também não há cobrança de ingresso para se ter acesso às suas instalações. Os parques paranaenses foram criados em diferentes contextos, mas todos buscam salvaguardar seus ecossistemas, e permitem melhorias para o meio ambiente e para a sociedade.

CONCEITOS DE ATIVIDADES DE TURISMO EM ÁREAS NATURAIS O turismo em áreas naturais compreende diversos segmentos, dentre eles o ecoturismo, turismo de aventura, geoturismo, turismo rural e turismo de pesca. Sua segmentação nos permite compreender as especificidades da oferta e da demanda, e consequentemente melhor planejar os destinos, e nos permite explorar de modo claro os conceitos de conservação e aplica-los para que o turista entenda a importância da proteção do lugar que está visitando. Assim, como os Parques Nacionais permitem a visitação, atividades de turismo em áreas naturais devidamente exploradas e planejadas, serão um atrativo para o publico visitar essas UCs. A visitação nesses locais deve ser controlada, seguindo seus planos de manejo, visto que toda atividade humana causa impactos. A atividade turística deve buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos, alguns desses impactos são:

 Impactos positivos: aumento de divisas que auxiliam na gestão do parque, sensibilização ambiental, geração de emprego e renda para as comunidades locais.  Impactos negativos: lixo, erosão do solo, perturbação da vida selvagem, depredação.

Dessa forma, atividades de ecoturismo, podem sensibilizar as pessoas à cerca da importância da bio e da geodiversidade desses locais, enquanto que atividades de geoturismo fazem com que o visitante conheça e aprecie os aspectos geológicos, o turismo de aventura faz com que a adrenalina torne a experiência mais intensa, e o turismo rural e de pesca com que as pessoas relaxem e apreciem a natureza. Podemos conceituar o ecoturismo de acordo com Lindberg e Hawkins (1993, p. 59) como uma “viagem responsável a áreas naturais, com o fim de preservar o meio ambiente e promover o bem estar das comunidades locais”. Esse segmento se distingue dos demais na medida em que o turista adquire uma consciência ambiental, buscando preservar o meio ambiente. O ecoturismo é mais do que uma pequena elite de amantes da natureza, é uma amálgama de interesses que emergem de preocupações de ordem ambiental, econômica e social. Ele envolve um sério compromisso com a natureza como responsabilidade social. Essa atividade promove e satisfaz o desejo que temos de estar em contato com a natureza, explora o potencial turístico visando a conservação e o desenvolvimento, buscando evitar o impacto negativo sobre o meio ambiente (LINDBERG E HAWKINS, 1993). O turismo de aventura “compreende os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não competitivo” (BRASIL, 2010a, p.14). O Mtur utiliza três elementos da natureza (terra, água ar) para dividir as atividades que compõem esse segmento, que são:  Atividades na Terra: arvorismo, bungee jump, cachoeirismo, canionismo, caminhada, caminhada sem pernoite, caminhada de longo curso, cavalgadas, cicloturismo, espeleoturismo, espeleoturismo vertical, escalada, montanhismo, turismo fora de estrada em veículos 4x4 ou bugues e tirolesa.  Atividades na Água: bóia-cross, canoagem, duck, flutuação/snorkeling, kitesurf, mergulho autônomo turístico, rafting e windsurfe.

 Atividades no Ar: balonismo, paraquedismo e voo livre. Já o geoturismo segundo Hose (2000) apud Moreira (2011, p. 28) é uma “disposição de serviços e meios interpretativos que promovem o valor e os benefícios sociais de lugares com atrativos geológicos e geomorfológicos, assegurando sua conservação, para o uso de estudantes, turistas e outras pessoas, com interesses recreativos e de ócio”. Assim como o geoturismo, o turismo rural é outro segmento de turismo em áreas naturais que promove benefícios sociais. O turismo rural segundo o Mtur (2010b, p.18) é “o conjunto de atividades desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade.” Nesse segmento as pessoas tem contato com o modo de vida das comunidades rurais, participando de atividades relacionadas a práticas de ordenhar vacas, colher frutas, etc. O turismo de pesca segundo o Mtur (2010c, p.16) “compreende as atividades turísticas decorrentes da prática de pesca amadora.” Ainda segundo o Mtur a “pesca amadora é aquela praticada por brasileiro ou estrangeiro, com equipamentos ou apetrechos previstos em legislação específica, tendo por finalidade o lazer ou o desporto”.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O ICMBio é o órgão responsável pela gestão dos Parques Nacionais no Brasil, e atualmente existem 68 unidades de conservação regulamentadas nessa categoria. De acordo com o ICMBio (2014c), dos 68 parques, 26 estão abertos oficialmente à visitação, com controle de entrada e ingresso. No Estado do Paraná, dos 5 Parques Nacionais existentes, 3 estão abertos a visitação. Com o objetivo de conhecer as atividades de turismo em áreas naturais nessas UCs, elaborou-se um quadro conforme as Diretrizes para Visitação em Unidades de Conservação do ICMBio, que são classificadas como: caminhada, mergulho, canoagem e rafting, voo livre, canionismo/cachoeirismo, montanhismo e escalada, ciclismo, visita a cavernas, observação embarcada, utilização de animais

de montaria e acampamento. Esse documento foi elaborado com o objetivo de “apresentar um conjunto de princípios, recomendações e diretrizes práticas com vistas a ordenar a visitação em Unidades de Conservação, desenvolvendo e adotando regras e medidas que assegurem a sustentabilidade do turismo.” Mas vale ressaltar que, como aponta o próprio documento, que a visitação e a conservação da natureza é “uma atividade dinâmica e em constante mudança, que não se esgota com esse documento, incorporando atualizações com passar do tempo.” (MMA, 2006c, p.7). No entanto, é importante destacar que pode haver outras atividades realizadas nesses locais que não obedecem a classificação do ICMBio, sendo algumas delas: arvorismo, bungee jump, turismo fora de estrada em veículos 4x4 ou bugues,

tirolesa,

bóia-cross,

duck,

flutuação/snorkeling,

kitesurf,

windsurf,

balonismo, paraquedismo, conforme os manuais de segmentação do turismo (MTUR, 2010a). Com relação ao ecoturismo, também há outras atividades, como: observação de fauna, observação de flora, observação de formações geológicas, observação astronômica, trilhas interpretativas e safaris fotográficos (MTUR, 2010d). Para classificar um visitante em determinada segmentação é importante que se conheça sua principal motivação, entretanto essa questão é muito complexa, e necessita de uma pesquisa específica nessas UCs para ser respondida. Isso se evidencia no fato que, um turista que está realizando uma caminhada pode ser um ecoturista ou um geoturista, e não necessariamente um turista de aventura, pois sua motivação pode ser uma viagem responsável, ou os aspectos geológicos da paisagem. No quadro abaixo, estão listadas as atividades de turismo em áreas naturais nos Parques Nacionais do Paraná. Quadro 1 – Atividades de Turismo em Áreas Naturais nos Parques Nacionais do Paraná Parque Nacional Atividades de Turismo em Áreas Naturais Ilha Grande Caminhada, Observação Embarcada. Saint-Hilaire/Lange Caminhada. Superagui Acampamento, Caminhada, Ciclismo, Observação Embarcada. Iguaçu Caminhada, Ciclismo, Escalada, Observação Embarcada, Rafting. Campos Gerais Acampamento, Caminhada, Escalada, Cachoeirismo, Visita a Cavernas. Fonte: Os autores

O quadro permite observar que em todos os parques do Paraná há atividade de caminhada, e os que mais possuem atividades são o Parque Nacional do Iguaçu, seguido do Parque Nacional do Superagui e o Parque Nacional dos Campos Gerais. O Parque Nacional do Iguaçu é um dos parques que mais possui atividades de turismo em áreas naturais, e o segundo parque nacional que mais recebe visitantes no Brasil, perdendo apenas para o Parque Nacional da Tijuca (RJ) (ICMBIO, 2014d). Isso se justifica no fato do PARNA de Iguaçu ser um lugar único excepcional a nível mundial, o que o deixa em destaque, principalmente por sua beleza cênica. O Parque Nacional dos Campos Gerais também é um dos parques que mais possui atividades, no entanto, uma questão que deve ser considerada é que ele ainda não está aberto oficialmente para a visitação. Contudo, mesmo ele não estando aberto à visitação (não há controle do número de visitantes nem cobrança de taxa de visitação), muitas pessoas realizam essas atividades na área, principalmente a própria comunidade. O PARNA de Superagui oferece algumas atividades de turismo em áreas naturais, e possui infraestrutura para receber turistas, como pousadas, camping e restaurantes. No entanto, ainda não há cobrança de entrada, pois o plano de manejo do parque está sendo elaborado (ICMBIO, 2014e). O Parque Nacional de Ilha Grande não possui muitas opções de atividades de turismo em áreas naturais, no entanto apresenta um diferencial dos outros parques, a observação embarcada, que possibilita que o turista observe os aspectos que compõem a paisagem local. De acordo com o ICMBio (2014b), “A maior atração é próprio cenário, de beleza incrível, formado por lagoas, várzeas e ilhas”, e o próprio órgão aponta o passeio de barco como uma excelente opção de lazer. Já o PARNA de Saint-Hilaire-Lange é o parque paranaense que menos oferece atividades, e não dispõe de estrutura para visitação, como centro de visitantes e sinalização de trilhas, e como no caso do Superagui, seu plano de manejo está em fase de elaboração (PARQUE NACIONAL SAINT-HILAIRE/LANGE, 2014b). Todos os parques nacionais do Paraná possuem atividades de turismo em áreas naturais, e se elas forem devidamente exploradas e estimuladas poderão constituir-se em um diferencial do Estado e atrair mais turistas. No entanto, é importante ressaltar que a quantidade de turistas deve ser limitada, para que o

impacto no meio ambiente seja amenizado, ou seja, um controle no número de visitantes nessas UCs é essencial.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Visitar uma Unidade de Conservação é um modo de entender a natureza e interpretá-la. Assim, os parques nacionais cumprem sua função, ao possibilitar a interação das pessoas o ambiente natural. A visitação nos parques permite além da educação ambiental, a geração de renda que auxilia no manejo desses locais. Os parques utilizam das atividades de turismo em áreas naturais para atrair visitantes, e elas são capazes de motivar uma visita. No entanto a variedade de atividades que um parque oferece, não significa que ele seja mais atrativo turisticamente, mas sim que essas atividades já existiam anteriormente a criação do parque. Há outros casos onde algumas atividades não podem ser executadas, pois não estão previstas no plano de manejo do parque, ou até mesmo são inviáveis economicamente de serem implementadas. No caso dos parques nacionais do Paraná, constatou-se que todos possuem atividades de turismo em áreas naturais, e que a atividade mais frequente é a caminhada, encontrada em todos os parques. Atividades de ecoturismo também são expressivas nessas UCs (no entanto não são contempladas nas diretrizes do ICMBio), o que indica uma preocupação com a educação ambiental quanto aos aspectos da biodiversidade desses locais. Todas as atividades são importantes na composição desses atrativos, pois atraem determinados tipos de turistas que valorizam determinado aspecto do parque. Assim, um planejamento é essencial, tanto no que se refere a implementação dessas atividades, quanto aos da divulgação desses atrativos, pois não importa somente o numero de visitante que uma UC recebe, mas também, e principalmente quantos estarão sensibilizados à importância da natureza.

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