ATIVIDADES PRINCIPAIS QUE SUSTENTAM O EVANGELISMO INTEGRADO NA DSA

July 24, 2017 | Autor: Jolive Chaves | Categoria: Evangelism
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ATIVIDADES PRINCIPAIS QUE SUSTENTAM O EVANGELISMO INTEGRADO NA DSA Jolivê Rodrigues Chaves1 Roberto Pereyra Suárez2

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo descrever as principais atividades sustentadoras do Evangelismo Integrado vigente na DSA. Dez atividades foram escolhidas, usando o critério da originalidade. Nove destas atividades podem ser encontradas explicitamente no voto 99-183, que deu origem oficialmente ao Evangelismo Integrado na DSA, a saber (Distribuição de Literatura, Comunicação em Massa, Evangelismo Público e de Colheita, Evangelismo de Semana Santa, Plantio de Igrejas, Discipulado, Pequenos Grupos, Frentes Missionárias, que incluem duplas, classes bíblicas, oração intercessora e ministério da recepção, Projetos Sociais). A décima atividade, a “Informatização da Secretaria”, tem uma relação indireta com o plano original, na medida em que não há como dissociar o tema da conservação de membros e do discipulado do ajuste de secretaria. Tais atividades sustentam e expandem o Evangelismo Integrado no território na proporção em que ganham maior ênfase e investimento no decorrer dos anos.

PALAVRAS-CHAVES: Evangelismo Integrado. Atividades que sustentam o Evangelismo Integrado. Divisão Sul Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

1

Jolivê Chaves - Mestre e Doutor em Teologia Pastoral pelo UNASP (Centro Universitario Adventista de São Paulo), professor do Seminario Adventista Latino Americano de Teologia (SALT/IAENE). Atualmente Iniciando um PhD em Missiologia da Andrews University em Berrien Springs - MI. 2

Orientador - PhD em NT, diretor da Pós graduação do SALT/UNASP e professor de teologia bíblica.

ABSTRACT This article aims to describe the main activities supportive of the current Integrated Evangelism at SAD. Ten activities were chosen using the criterion of originality. Nine of these activities can be found explicitly in the vote 99-183, which gave rise to officially Integrated Evangelism at DSA, namely (Literature Distribution, Mass Communication, Public Evangelism and harvest, Holy Week Evangelism, Church Planting, Discipleship, Small Groups, Mission fronts, including doubles, Bible classes, intercessory prayer and ministry of the reception, Social Projects). The tenth activity, "Computerization of the Secretariat", has an indirect relationship to the original plan, in that there is no way to dissociate the issue of conservation of members and discipleship of the office setting. These activities support and expand the Integrated Evangelism in the territory to the extent that gain greater emphasis and investment over the years.

KEYWORDS: Integrated Evangelism. Activities that support the integrated evangelism. South American Division of the Seventh-day Adventist Church.

1 INTRODUÇÃO

O Evangelismo Integrado, plano evangelizador vigente na DSA desde 1999 (CHAVES, 2014), se sustenta através de atividades regulares que foram estabelecidas desde o momento em que o projeto foi idealizado. Para compor este artigo, foram escolhidas 10 atividades, usando o critério da originalidade. Nove destas atividades podem ser encontradas explicitamente no voto 99-183, que deu origem oficialmente ao Evangelismo Integrado na DSA, a saber (Distribuição de Literatura, Comunicação em Massa, Evangelismo Público e de Colheita, Evangelismo de Semana Santa, Plantio de Igrejas, Discipulado, Pequenos Grupos, Frentes Missionárias, que incluem

duplas, classes bíblicas, oração intercessora e ministério da recepção, Projetos Sociais). A décima atividade, a “Informatização da Secretaria”, não está diretamente inserida no plano original do Evangelismo Integrado, mas foi também escolhida levando em conta dois critérios. Primeiramente pela sua relação indireta com o projeto original, na medida em que não há como dissociar o tema da conservação de membros e discipulado do ajuste de secretaria. O sistema de informatização de secretaria começou a ser implantado no território da DSA em 2002, sendo aperfeiçoado para seu estágio mais avançado em 2011 (MAGDIEL PEREZ, 2014). O segundo critério para a escolha da informatização da secretaria como atividade sustentadora do Evangelismo Integrado é o impacto que a atualização das secretarias tem causado no movimento evangelístico e de discipulado no território (KÖHLER, 2014). O principal período de ajuste de secretaria foi entre 2004 e 2009, conforme pode ser visto no item Relatório Estatístico da DSA na descrição dos resultados do Evangelismo Integrado (anexo I) na tese doutoral que aborda o tema (CHAVES, 2014).

2. Distribuição de literatura

A evangelizacão através da literatura é parte da identidade adventista. Em 18 de novembro de 1848 Ellen White recebeu a orientação de Deus para que seu marido começasse a publicar um pequeno jornal e o enviasse às pessoas. Seria pequeno no começo, mas ao lê-lo o povo enviaria recursos para novas impressões. Ela diz: “Desde este pequeno começo foi-me mostrado assemelhar-se a torrentes de luz que circundam o mundo” (WHITE, 1988, p. 128). Sob essa orientacão, em julho do ano seguinte Tiago White passou a publicar uma série de onze números da revista The Present Truth. As mil cópias da primeira edição foram distribuidas aos membros através do correio.

Em menos de dois meses, leitores enviaram a White o valor de U$64,00, o suficiente para custear as despesas das quatro edições seguintes (COON, p. 2). O Adventismo iniciou-se no Brasil em 1884 através de publicações que chegaram pelo porto de Itajaí, com destino a cidade de Brusque, no interior de Santa Catarina. O pacote de revista que chegou na ocasião “A Voz da Verdade”, foi a primeira literatura adventista enviada ao Brasil (TIMM, 2001, p. 29). Em maio de 1893 chegou o primeiro missionário adventista, Alberto B. Stauffer que introduziu formalmente através da venda de literatura os primeiros contatos com a população. Em 1880 Ellen White escreveu uma mensagem clara quanto a importância de distribuir literatura missionária. Ela disse: “Fazei com que os folhetos, as revistas e livros sejam disseminados em todas as direções. Levai convosco, por onde quer que fordes, um pacote de escolhidos folhetos, os quais podeis passar a outros, logo que se ofereça ensejo” (WHITE, 2004, p. 151). Motivados pela história denominacional e pelas mensagens de Ellen White sobre o tema, os líderes adventistas na América do Sul têm se empenhado ao longo dos anos em divulgar a mensagem bíblica através da literatura missionária. A primeira grande ação de distribuição de literatura, ligada ao “Evangelismo Integrado”, aconteceu no final da década de 1970, quando o movimento de penetração em lugares novos com a mensagem adventista tinha como uma das ações a distribuição do “Folhetão”, material que abordava o tema da volta de Jesus e foi muito incentivado pelos pastores João Wolf e José Candido Bessa Filho, na época, presidente e evangelista da DSA respectivamente (JOSÉ CANDIDO BESSA FILHO, 1979; REVISTA ADVENTISTA ABRIL, maio e junho de 1979). No período dos “Mil Dias de Colheita”, de 1982 a 1985 o principal material missionário que a igreja distribuiu na América do Sul foi a revista Decisão, que abordava temas bíblicos relacionados com as questões do dia a dia das pessoas na época (REVISTA ADVENTISTA, agosto de 1982).

De 1986 a 1990, no período da “Colheita 90”, o movimento evangelístico seguiu a linha do anterior, mas com maior ênfase no uso das publicações. O membros foram motivados a distribuir Bíblias, uma edição especial do livro “O Grande Conflito” e folhetos (REVISTA ADVENTISTA, Janeiro de 1986, p. 8-16). No quinquênio seguinte, de 1991 a 1995, foi a vez do projeto “Missão Global” ser instalado e aglutinar as ações evangelísticas da igreja na DSA. Nesse período uma das decisões tomadas foi a impressão do livro “Conflito dos Séculos” em edição condensada para ser distribuído de forma massiva com a colaboração de todos os departamentos da igreja e a participação dos membros. Sob o voto 90-660, foi decidido que seriam impressos um e meio milhão em português e um milhão em espanhol para a campanha. O livro deveria ser vendido aos membros a um preço mínimo para ser doado a amigos e interessados (ATA DA COMISSÃ DIRETIVA DA

DSA, 1990, p.

356). Em 1995, sob o voto 95-430 a igreja aprovou o plano folhas de outono que visava mobilizar os membros para a distribuição de folhetos e uma revista especial. E no ano 2000 a Comissão Diretiva da DSA votou o projeto “Sinais dos Tempos”, que consistiu na mobilização da igreja para distribuir às autoridades a revista Sinais dos Tempos. Foi escolhido o primeiro sábado de maio para ser o dia especial da campanha de arrecadação e distribuição da revista missionária. Nesse sábado cada igreja e grupo foi motivado a recolher uma oferta especial para ser aplicada na aquisição de assinaturas da revista (REVISTA ADVENTISTA, 2000, p. 19, 30). Em 2003, na comissão diretiva ocorrida em Brasília entre os dias 3 a 6 de maio, a liderança registrou o plano da Associação Geral para 2004 intitulado “O ano da Evangelização Mundial”, que trazia em seus objetivos o propósito de distribuir um bilhão de folhetos no mundo todo, com o programa “Semeie 1 bilhão”. A meta da DSA foi distribuir 120 milhões do folheto (REVISTA ADVENTISTA, JUNHO DE 2003, p. 22). Assim, ao longo dos anos, a distribuição de literatura tem sido uma atividade relevante para o movimento de Evangelismo Integrado, desde a

fase da implantação do projeto. Mas, no período da consolidação do Evangelismo Integrado essa metodologia ganhou mais vulto e regularidade. Os números a seguir mostram que a distribuição de literatura se tornou uma das ações mais importantes do movimento. Outro detalhe também relevante é o fato de que materiais distribuídos, em sua maioria, abordam temas relacionados com a identidade dos adventistas, como a volta de Jesus, o sábado, a lei de Deus e os princípios de saúde.3 Em 2007, “Os Dez mandamentos”, foi o livro missionário escolhido numa tiragem de 3.167.000 cópias. Em 2008 veio o livro “Esperança para Viver”, uma versão da obra “Caminho a Cristo” de Ellen White, totalizando 1.825.000 cópias e mais 24.400.000 revistas “Viva com Esperança”, em português e espanhol. Este material foi usado no “Impacto Esperança” ocorrido no sábado 6 de setembro. Já em 2009 foi a vez do livro “Sinais de Esperança”, de autoria de Alejandro Bullón, com uma tiragem de 6.850.000 impressões. O livro fez parte de um movimento mundial de distribuição de literatura e foi traduzido para mais de 70 idiomas, totalizando 25 milhões de livros impressos. Em 2010, foram impressas 10.915.000 cópias do livro “Tempo de Esperança”, de autoria de Mark Finley, com o tema do sábado, do ponto de vista bíblico, para distribuição massiva. Além disso, a igreja distribuiu mais 29.847.000 revistas “Um Dia de Esperança”, que também mostravam os benefícios do sábado no cotidiano da vida moderna. No ano seguinte, o livro missionário adotado foi escrito por Enrique Chaij com o título “Ainda Existe Esperança”. Foram produzidos 11.628.000 livros distribuídos nos lares de esperança e nos impactos distritais. Em 2012 e 2013, a igreja adotou o livro “A Grande esperança”, uma versão da obra “O Grande Conflito” de Ellen White, que também fez parte de um movimento mundial de distribuição de literatura, totalizando 166.000.000 de cópias para todo mundo, em diversos idiomas. Na DSA foram produzidos 54.500.000 livros. Além disso, o livro o Grande Conflito foi disponibilizado em versão digital para uso em Ipad, Iphone, Ipod ou Website e o livro a “Grande 3

Os dados apresentados nesta página podem ser verificados na tese doutoral “Evangelismo Integrado na DSA, uma descrição” de Jolivê Chaves, defendida no UNASP em 16 de dezembro de 2014, p. 125-164).

Esperança” em áudio e digital, para acesso através dos sites www.esperanca.com.br; www.esperanzaweb.com. Para 2014 a igreja voltou a adotar outro livro de autoria de Alejandro Bullón, desta vez com o título “A Única Esperança”, totalizando 20.200.000 cópias. Finalmente, o livro de 2015 já está determinado, embora, até esse momento ainda não haja uma definição quanto ao número de cópias. Com o tema “Esperança para Viver”, o livro aborda os princípios de saúde conforme pregados pela Igreja Adventista e foi escrito por Mark Finley e pelo médico Peter Landles, ex-diretor do departamento de saúde da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.4 Na tabela abaixo está o título de cada literatura missionária adotada ano a ano, desde 2007, e o número de cópias distribuídas. Tabela de Literatura Missionária e Quantidade de 2007 a 2015

Ano

Livro

Quantidade

2007

Os Dez Mandamentos

2.142.000

Los Diez Mandamientos

1.025.000

Esperanca para Viver

1.215.000

Esperanza para Vivir

610.000

Revista Viva com Esperança

14.400.000

2.008

4

Alguns testemunhos de pessoas que se batizaram na Igreja Adventista como fruto do movimento de distribuição de literatura podem ser encontrados seguintes links: https:// www.youtube.com/watch?v=2-7Ey0tBnyw www.youtube.com/watch?v=NXaGQlxO8xw www.youtube.com/watch?v=8bi2tBbAGzM&feature=related https://www.youtube.com/watch?v=S7jvhfcCrHk

https://www.youtube.com/watch?v=k7NyQpn51nk https://www.youtube.com/watch?v=njUKsqSz6QI https://www.youtube.com/watch?v=oH2-VsXS00o

2009

2010

2011

2012/2013

2014

2015

Revista Viva con Esperanza

10.000.000

Sinais de Esperança

4.000.000

Siñales de Esperanza

2.850.000

Tempo de Esperança

7.465.000

Tiempo de Esperanza

3.450.000

Revista Um Dia de Esperança

19.847.000

Revista Un Día de Esperanza

10.000.000

Ainda Existe Esperança

8.528.000

Todavías Existe Esperanza

3.100.000

A Grande Esperança

40.000.000

La Gran Esperanza

14.500.000

A Única Esperanca

16.000.000

La Única Esperanza

4.200.000

Viva Com Esperança

?

Viva Con Esperança

?

3 Comunicação em Massa

Os líderes Sul Americanos têm buscado usar os meios de comunicacão em favor do avanço de seus planos missionários. Em 1990, a igreja decidiu pelo voto 90-680 que o departamento de comunicação deveria confeccionar 1000 outdoors para divulgação do projeto de “Missão Global” no Brasil e que as uniões dos países que falam espanhol fizessem o mesmo (REUNIÃO PLENÁRIA da DSA, 1990). Na segunda metade da década, quando o Evangelismo Integrado foi estabelecido, essa tendência continuou crescente e os meios de comunicação têm sido um instrumento importante para a efetivação do mesmo no território da DSA.

Em primeiro lugar, percebe-se que houve um aproveitamento maior dos meios de comunicacão como ferramenta de mobiizacão e capacitação dos próprios membros da igreja. No contexto do Evangelismo Integrado, Williams Costa (2006, p. 16), diretor de comunicação da DSA de julho de 2005 a novembro de 2006, idealizou a chamada “Comunicação Integrada”, para divulgar as principais ações do Evangelismo Integrado e dos departamentos nas revistas denominacionais. Advogando que a união de todos é o segredo para o êxito ele diz: No Evangelismo Integrado, estamos dando as mãos uns aos outros no serviço do Senhor. Fico feliz em ver que, na Divisão Sul-Americana, a Igreja cada vez mais se parece com um corpo. Cada vez mais vemos os membros da Igreja as partes do corpo de Jesus na Terra - unidos na caminhada para o Céu; unidos no cumprimento da Missão que Jesus deixou para nós; integrados na visão sublime de levar o evangelho do reino a toda raça, tribo, língua e povo.

O uso da literatura denominacional para a promoção do Evangelismo Integrado ganhou mais vulto ainda nos anos seguintes, quando todas as revistas denominacionais e mesmo a lição da escola sabatina passaram a ser usadas como veículos de divulgação das principais ações do projeto (CHAVES, 2014 Ver anexo D). Recentemente um outro recurso passou a ser utilizado pela DSA, e tem sido importante para agilizar a comunicação interna com economia de tempo e dinheiro. Trata-se da “Videoconferência”, que hoje é um recurso disponível em todas as instituições, bem como nas uniões e campo do território Sul Americano. Segundo Köhler (2014), a Videoconferência foi disponibilizada no território da DSA por volta do ano 2009 e a principal ajuda que trouxe foi a conexão permanente entre a DSA e as suas filiadas, permitindo decisões rápidas e pessoais, com reuniões frequentes de capacitação, promoção e decisão. Para ele isso é fundamental para manter a visão bem integrada e fortalecer os projetos que estão em andamento. Sobretudo, os meios de comunicação têm potencializado a evangelização e têm sido um forte aliado do Evangelismo Integrado na propagação da mensagem bíblica para o público externo. Em 2008, a DSA divulgou o Impacto Esperança em 10.000 outdoors e em 1 milhão de

adesivos para carros. A revista missionária foi colocada como encarte em 2.682.400 exemplares de jornais, entre os quais O Globo, O Estado de São Paulo e Zero Hora, no Brasil e El Comercio, no Equador (KÖHLER, 2008, P. 2). Os três principais veículos de comunicação usados na DSA para a evangelização têm sido o Rádio, a Televisão e a Internet. O pioneiro deles é o Rádio, que, inaugurou a pregação adventista oficialmente no Brasil e na América do Sul com o programa “A Voz da Profecia”, uma versão do programa americano e que teve como primeiro orador em português Roberto Rabelo. A revista adventista de agosto de 1943 anuncia o início de “A Voz da profecia no Brasil” e demais países da DSA, chamando de “A Ofensiva Aérea na América do Sul”. Lindbeck (1943), o articulista, na ocasião diretor da comissão do radio da DSA, explica que, naquele momento, o programa já era veiculado na Argentina e Equador e estava iniciando no Brasil. A ideia era expandir para os demais países da região. Segundo Amilton Menezes (2014), diretor da rede Novo Tempo de Radio, a primeira rádio de propriedade da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil começou sua transmissão em 12 de agosto de 1989, em Afonso Cláudio, Espírito Santo. Hoje no país, as rádios chegam a 40 milhões de pessoas. A DSA possui 148 rádios no sistema Novo Tempo de Comunicação, sendo 18 no Brasil e 130 nos outros 7 países do território. Os principais programas evangelísticos são A Voz da Profecia, Encontro com as Profecias, na Mira da Verdade, Está Escrito Adoração, Arena do Futuro, O Assunto É e Adoração e Louvor. Além disso, a parceria mais forte com o Evangelismo Integrado se dá na divulgação das suas principais atividades e na transmissão da semana santa e da semana de evangelismo via satélite. No início do Evangelismo Integrado, o ponto alto era a transmissão do curso interativo através da TV, rádios e internet, para que os irmãos estudassem com os seus interessados, que depois participavam de uma semana de decisão e colheita (COMISSÃO DIRETIVA DSA , 24 A 27 DE OUTUBRO DE 1999, P. 117). Lisandro Staut (2014), diretor da TV Novo tempo, esclarece que os adventistas foram pioneiros no uso da televisão para a pregação do

Evangelho. O primeiro programa religioso da televisão brasileira veio ao ar em 1962 com o tema “Fé para Hoje”, apresentado por Alcides Campolongo. Depois surgiu o programa “Está Escrito”, apresentado a princípio por Jorge Wanderman. Na sequência os pastores Mark Finley, Alejandro Bullón e Fernando Iglesias foram os próximos apresentadores, tarefa atualmente exercita por Ivan Saraiva. Em 1995 a igreja criou o Sistema Adventista de Comunicação, pelo voto 95-327, fundindo os programas “A Voz da Profecia”, Está Escrito”, e as Rádios Novo Tempo, estabelecendo-se em Nova Friburgo, RJ, propiciando o nascimento da então TV Adsat, ainda voltada para o público interno da Igreja. Posteriormente o sistema passou a se chamar Rede Novo Tempo de Comunicação. Segundo Staut (2014), Um dos marcos históricos da TV Novo Tempo foi a entrada na TV por assinatura Sky

em 2008, o que deu

visibilidade para o canal fora do meio adventista. Hoje a TV Novo Tempo se posiciona como um dos principais canais cristãos do Brasil. Antônio Tostes (2014), atual diretor da Rede Novo Tempo de Comunicações explica que o sistema mudou de Friburgo, RJ, para Jacareí, SP em 2005. Naquela ocasião, foi uma atitude ousada de Milton Souza, então diretor da entidade, mas era necessário buscar um lugar de mais fácil acesso e que possibilitasse maior expansão. Por algum tempo, o sistema funcionou em prédio provisório, até que há dois anos foi inaugurada a sede definitiva. Atualmente a TV Novo Tempo está presente em 17 capitais do Brasil e em outras 280 cidades através de canais legalizados (ao todo 700 municípios recebem a TV em canal aberto mas a grande maioria são canais não legalizados, o que leva a igreja a não contar oficialmente com esses números). Outras grandes cidades da América do Sul recebem a NT como Lima (Peru), Santiago (Chile), Tucumán (Argentina), Valparaiso, Concepción, Temuco e Antofagasta (Chile) (STAUT, 2014). Staut (2014) ainda explica que a TV Novo Tempo está disponível hoje nas duas principais operadoras de TV paga do Brasil e juntas a NET (canal 184) e a Sky (canal 14) acumulam quase 12 milhões de assinantes (o número é variável mês a mês). Além disso, está também disponível na Oi TV

que tem aproximadamente 900 mil assinantes, assim como pequenas operadoras locais de TV a cabo. A TV Novo Tempo e a Nuevo Tiempo, versão para o espanhol, têm uma audiência potencial de mais de 100 milhões de telespectadores na América do Sul. Ambas TVs, no Brasil e demais países do território Sul Americano apresentam vários programas de cunho bíblico, mas a grande parceria da Televisão Adventista com o Evangelismo Integrado se dá na divulgação e cobertura de todas as iniciativas e atividades relacionadas com o mesmo nas suas programações e principalmente através do programa de notícias Revista NT. Também nos treinamentos de semana santa, concílios de anciãos e pastores para planejamento através do canal executivo5, e, sobretudo, transmitindo a semana santa e a semana de colheita via satélite, pelo canal executivo ou pelas antenas instaladas nos templos e PGs (TOSTES 2014).
 Em 2014 todos os pastores estarão realizando a semana de colheita em uma igreja. A novidade é que uma semana antes desta empreitada, haverá uma semana de evangelismo na Rádio e TV em canal aberto, não apenas fazendo apelos para decisão, mas convidando os telespectadores e ouvintes da Rádio para que estejam em uma igreja na semana seguinte, explica Tostes (2014). De acordo com Carlos Magalhães (2014), diretor do departamento de Evangelismo

Web, da Rede Novo Tempo de Comunicações, o projeto

iniciou-se oficialmente em outubro de 2007 com o Esperanca.com.br. Antes disso havia algumas iniciativas voluntárias e específicas como o caso da bibliaonline.net, mas não havia um projeto oficial da organização. Inicialmente o projeto destinava-se a promover o livro missionário. Em 2014 o site foi repaginado e seu objetivo primário é atrair a atenção da audiência web com conteúdo sobre saúde, família e espiritualidade. Em cada página de conteúdo são oferecidos estudos bíblicos e o site também promove as instituições e o movimento evangelístico da igreja (MAGALHÃES, 2014).

5

O Canal Executivo é um canal da TV Novo Tempo de uso interno e utilizado para transmitir treinamentos e programas diretamente à Igreja Adventista e seus líderes no território da DSA.

Magalhães (2014) ainda explica que o Evangelismo Web está em franco crescimento e acompanha o avanço na rede Novo Tempo. Segundo ele, o site novotempo.com e seu correlato nuevotiempo.org, se tornaram os sites mais visitados da Igreja Adventista na América do Sul. Além disso, foram agregados novos sites evangelísticos como Biblia.com.br, focado em estudos bíblicos e Ofimdomundo.com.br, com conteúdo profético relacionado ao fim do mundo. Outros sites incluídos são, o Sabado.org, que aborda conteúdo do dia de repouso, e vidaesaude.tv, com assuntos de saúde. Ele também informa que as redes sociais estão sendo utilizadas de forma muito intensa e que há um

investimento em apps para dispositivos móveis. O app de

estudos bíblicos, por exemplo, recebeu mais de 110 mil downloads nos últimos meses. Outra iniciativa recente é a produção de Games voltados para temas bíblicos, que ainda estão para serem lançados. Porém, as maiores contribuições do Evangelismo Web para o movimento de Evangelismo Integrado é “digitalizando” o livro missionário, que cada

ano ganha uma

versão mais interativa na web e disponibilizando a semana santa e a semana de colheita na web ao vivo e on demand. Além disso, foi criado um evento específico sobre Evangelismo Web (evangelismoweb.com), com o objetivo de incentivar os jovens adventistas a convidar os amigos para 3 ou 4 dias de mensagens especiais apenas na web. Um exemplo disso foi o “Contagem Regressiva”, apresentado por Luís Gonçalves de 13 a 16 de agosto de 2003 (MAGALHÃES, 2014).

4 Evangelismo Público e de Colheita

O Evangelismo Integrado já era usada no território da DSA desde os anos de 1970, mesmo quando ainda não havia um projeto evangelistico com esse nome oficialmente no território. Em 1970 a expressão aparece associada à união de administradores, pastores e oficiais para a realizacão de uma campanha de evangelismo

público no estado do paraná, totalizando 306 séries realizadas ao mesmo tempo (JOSÉ CANDIDO BESSA FILHO, 1970). No ano seguinte a mesma expressão aparece, aplicada ao envolvimento de administradores, departamentais e distritais nos evangelismos públicos que aconteceriam na União Este Brasileira no segundo semestre do ano (ROBERTO AZEVEDO 1971). O mesmo aconteceu em 1978, quando o evangelismo público realizado da cidade de Teixeira de Freitas é chamado de Evangelismo Integrado, por unir pastores e membros no mesmo ideal (MOACYR STORCH 1978). Neste mesmo ano, a Associação Paulista Leste cria uma mobilização geral em torno do evangelismo de domingo a noite, denominado de evangelismo Integrado (DUÍLIO PAROTTI, 1978). É notório que nos seus primórdios, antes de se tornar um projeto oficial da DSA, o Evangelismo Integrado estava associado às campanhas de evangelísmo público que geralmente duravam entre 30 a 90 noites, objetivando a transmissão do conteúdo doutrinário em preparo das pessoas para uma decisão pelo batismo. Isso também era feito num processo semestral através dos cultos de domingo a noite. Porém, na década de 1990 houve uma mudança metodológica no evangelismo. O processo de semeadura ou de doutrinamento passou a ser realizado pelos membros e não mais pelos obreiros assalariados. Diminuiuse o número de obreiros bíblicos, que passaram a atuar geralmente apenas alguns dias antes das semanas de colheita, para ajudar os membros no arremate dos estudos bíblicos. Os evangelistas e pastores passaram a aperfeiçoar-se em evangelismos curtos de colheita. Assim, forte ênfase passou a ser dada na capacitação dos membros como instrutores bíblicos e para outras atividades de apoio (ALEJANDRO BULLÓN 2008, p. 27). Surgiu, então, a semana de colheita, precedida de alguns meses de atividades de semeadura. No primeiro semestre a semana santa passou a ser primariamente uma semana se colheita e a outra passou a acontecer entre outubro e dezembro, ambas com transmissão via satélite. Vieram também os eventos evangelísticos itinerantes, chamados de caravanas ou

revives (GREENLEAF, 2011, p. 678, 679). A primeira “caravana do poder”, aconteceu na União Peruana em 2003, quando em 17 localidades, às vezes com três a quatro pregações por dia, Bullón expôs mensagens apelativas, visando a tomada de decisões, terminando com o batismo de mais de 10.000 pessoas. A segunda Caravana ocorreu no ano seguinte no estado de Rondônia em 12 cidades, sendo assistida por cerca de 40.000 pessoas, resultando em 4.400 batismos. Também em 2004 aconteceu a “Caravana da Esperança”, no Rio Grande do Sul, em comemoração ao centenário da Associação, culminando com um encontro geral no Estádio Beira Rio com a presença de cerca de 30.000 pessoas (RUY NAGEL, 2005, p. 10-12). Em maio de 2009 Luís Gonçalves, então evangelista da União Central Brasileira, tornou-se o evangelista da DSA. Com a entrada de Gonçalves (2014) o projeto de colheita passou a ser ainda mais aperfeiçoado, com os seu processo de capacitação de pastores e estudantes de teologia com o “Evangelismo Escola”,

e dos evangelistas voluntários com a “Escola de

Evangelismo” em parceria com os campos e uniões. O “Evangelismo Escola”, que desde 2010 está sendo aplicado aos pastores, em 2014 foi também iniciado com os estudantes de teologia e consiste em ensinar na teoria e prática como realizar uma campanha de evangelismo, principalmente dentro dos moldes da semeadura através da igreja e a colheita. Na parte da manhã são ministradas aulas com as técnicas de mobilização da igreja para a evangelização, princípios de evangelismo e tipos de apelo, entre outros. No período da tarde os participantes se envolvem no trabalho de visitação aos interessados que estão frequentando um evangelismo de colheita, e à noite participam como apoiadores do evangelismo de colheita, para observar na prática o procedimento de Luís Gonçalves como evangelista. Os participantes recebem uma apostila com os seminários que foram ministrados e são desafiados a colocar em prática as instruções recebidas, tornando-se mais eficientes no preparo dos membros para a semeadura e no evangelismo de colheita.

Já a “Escola de Evangelismo”, é conduzida basicamente pelas uniões e campos e se destina a ensinar os evangelistas voluntários a fazer o processo de semeadura e colheita, utilizando a força da igreja.

5 Evangelismo de Semana Santa

O evangelismo da Semana Santa se realiza cada ano por ocasião da celebração da páscoa cristã, aproveitando o momento de contrição pela semana da paixão de Cristo, celebrada pelos cristãos. Na igreja Adventista Sul Americana esse projeto evangelístico começou em 1970 com Daniel Belvedere na Argentina, visando alcançar o público católico, sensível ao tema da paixão de Cristo e pouco a pouco popularizou-se em todos os países da DSA (MINISTÉRIO PESSOAL, 2014). No período do Evangelismo Integrado, a semana santa consolidou-se como o maior movimento evangelístico da igreja adventista em termos de pontos de pregação simultâneos e com o maior alcance em termos de ouvintes. Os dados de 2008 registram que na semana santa aconteceram 33.199 pontos de pregação, com 327.696 visitantes que participaram das reuniões. Naquele ano aconteceram 20.667 batismos e foram formadas 13.199 classes bíblicas como resultado da semana, além de 10.928 evangelismos que deram sequência ao movimento semanal (LISANDRO STAUT E MARCIA EBINGER, 2008, p. 26). Outra novidade que surgiu relacionada à semana santa durante o evangelismo integrado foi a transformação do evangelismo da semana em um evento de colheita, ao invés de ser principalmente de semeadura, como até então ocorria. No ano 2000, Osmar Reis (1999, p. 36) lançou o projeto, motivando os membros e evangelistas a começar o processo de semeadura em fevereiro, para que no período do evangelismo semanal as pessoas já estivessem prontas para serem batizadas. Hoje os dois conceitos continuam paralelamente, colheita e semeadura ao mesmo tempo, mas uma grande ênfase é dada à colheita durante a semana.

O treinamento através do canal executivo para a liderança da igreja e para os pastores em preparo para a semana santa começou a acontecer a partir de 2008, o que também tem contribuído para tornar o evangelismo mais eficiente e participativo (LISANDRO STAUT E MARCIA EBINGER, 2008, p. 26). Além disso, a semana santa passou a ser transmitida via satélite para que as igrejas que têm dificuldades para encontrar um bom pregador possam assistir a transmissão, que inclui boa música, além da pregação. Outra ênfase a ser considerada é a realização da semana santa através dos pequenos grupos, algo que, oficialmente começou em 2008 (REVISTA ADVENTISTA, Maio de 2008, p. 23) e que evoluiu aos poucos até que, a partir de 2013, já representou a maioria dos pontos de pregação. É uma parceria entre as igrejas e pequenos grupos, pois até na quinta funciona nas casas e

de sexta a domingo nos templos para o encerramento do

evangelismo. A ideia é aumentar o número de pontos de pregação e por consequência de interessados participantes (REVISTA ADVENTISTA, 2012, P. 41). Finalmente, outro ponto a destacar tem sido o envolvimento quase que total dos pastores ao evangelismo da semana santa. Isto inclui os administradores, departamentais, professores de teologia, redatores e pessoal de escritório. Durante a semana santa a atividade principal da maioria tem sido fazer evangelismo. O grupo do escritório da DSA cada ano vai para uma cidade de uma união diferente e se une ao grupo da união, associação ou missão local para o chamado impacto semana santa. O mesmo ocorre com todas as uniões e campos, que se unem muitas vezes com os redatores e professores de teologia para a realização do mesmo impacto. O seminário de teologia do IAENE6, por exemplo, não tem nenhuma outra atividade durante a semana santa. Os professores se unem ao grupo da ULB7 e participam do evangelismo cada ano em um campo diferente. Enquanto isso os estudantes se espalham pelo Brasil todo, para a realização da semana santa. 6

Instituto Adventista do Nordeste, localizado no município de Cachoeira, BA. Instituição que abriga o Seminário Adventista de Teologia do Nordeste do Brasil. 7

União Leste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Sendo assim, fica claro que a semana santa é uma atividade fundamental para a efetivação do Evangelismo Integrado da DSA, à medida em que unifica as forças da igreja para a pregação, sejam membros, pastores em geral, pequenos grupos, igrejas, instituições e os meios de comunicação.

6 Plantio de Igrejas8

O plantio de novas congregações é considerado o método evangelístico mais eficaz que se conhece (WAGNER, 1991, p. 182). Entre os adventistas, alguns estudos indicam que uma igreja nova, cresce 10 vezes mais rapidamente que as antigas (DUDLEY e GRUESBAECK, 1989, p. 203). Uma clara evidência

da importância de plantar igrejas para a

expansão denominacional e evangelística é a constatação de que na América do Norte, a Igreja Adventista do Sétimo Dia só tem crescido em número de membros nos últimos vinte anos, nas cidades em que novas igrejas foram plantadas no período (GLADDEN, 2002, p. 39). Já entre os Batistas do Sul, também nos Estados Unidos, pesquisas indicam que quanto mais nova e menor a igreja, mais ela cresce (CHANEY, 1982, p. 158-162). No contexto do Evangelismo Integrado da DSA, no período prévio à instalação oficial do projeto, a expressão era aplicada principalmente à união de forças ao redor de um evangelismo público, muitas vezes no contexto do plantio de uma nova congragação (JOSÉ CANDIDO BESSA FILHO, 1970; ROBERTO AZEVEDO, 1971). Durante os “Mil Dias de Colheita”, projeto da Associação Geral que imperou no território Sul-Americano de 18 de setembro de 1982 a 15 de julho de 1985, o plantio de igrejas estava entre as ações promovidas (REVISTA

8

Veja no anexo I da tese doutoral de Jolivê Chaves “Evangelismo Integrado na DSA, uma descrição”, UNASP 2014, os dados relacionados à organização de igrejas e plantio de novas congregações no território da DSA de 1999 a 2013.

ADVENTISTA, agosto de 1982). O mesmo aconteceu no quinquênio seguinte de 1985 a 1990 com o plano “Colheita 90, Alcançando os não Alcançados” (REVISTA ADVENTISTA 1986, p. 8-16). A partir de 1990, com o advento do projeto “Missão Global”, o plantio de igrejas ganhou ainda maior ênfase. A Comissão Diretiva da DSA ocorrida de 27 de novembro a 3 de dezembro de 1990 decidiu fortalecer o projeto de plantio de capelas no valor médio de U$ 4.000,00 e a Comissão de 27 de novembro a 6 de dezembro de 1995 estabeleceu o projeto “Pioneiros de Missão Global” pelo voto 95-433, que consistia em transferir famílias para estabelecer igrejas em lugares novos. Na segunda metade dos anos de 1990 quando foi oficializado o projeto de Evangelismo Integrado para todo o território da DSA, entre as ações delineadas estava o plantio de novas igrejas sob responsabilidade do departamento de Missão Global (REVISTA ADVENTISTA, Janeiro de 2001, p. 6). Essa ênfase ganhou ainda mais força com o advento dos projetos da Associação Geral “2004, Ano da Evangelização, Mundial, É Tempo de Colheita” (COMISSÃO DIRETIVA PLENÁRIA DSA, 4 – 7 DE NOVEMBRO DE 2002 , p. 146), “Esperança para as 13 Maiores Cidades” (COMISSÃO DIRETIVA PLENARIA DA DSA 26 – 29 DE OUTUBRO DE 2003, P. 197 – 199) e “Diga ao Mundo” (CONCÍLIO QUINQUENAL DA DSA, 2005), com o voto 2005-237). Porém, no período de consolidação do Evangelismo Integrado o tema do Plantio de Igrejas ganhou a sua maior ênfase e investimentos, especialmente a partir de 2010. Em janeiro desse ano, a Revista Adventista trouxe uma ampla descrição do programa de Plantio de Igrejas que estava acontecendo no continente. Dos vários projetos em execução nas uniões, o chamado "Terra de Esperança" é descrito como talvez o mais ousado e abrangente, com a meta de estabelecer a presença adventista em todas as cidades do Nordeste, em seis anos. Idealizado por Geovane Queiroz, presidente da União Nordeste Brasileira, o projeto estabeleceu 104 grupos mantenedores, ficando cada um responsável por criar estratégias e captar recursos para estabelecer, em seis anos, uma igreja adventista em pelo menos quatro cidades. Basicamente, o

trabalho de cada grupo era enviar e manter um missionário para o município, comprar um terreno e formar a congregação. Dentro desse clima de plantio de igrejas, os estudantes de teologia do Seminário Adventista da Bahia passaram a executar o seu estágio de terceiro ano plantando uma nova congregação. Iniciado por Emílio Abdala, professor de evangelismo do seminário na época, o programa continua até hoje e dezenas de igrejas são plantadas cada ano pelos futuros pastores (REVISTA ADVENTISTA, Janeiro de 2010, p. 22-25). O Evangelismo Integrado de 2011 estabeleceu como meta que cada distrito pastoral e instituição plantasse uma nova igreja por ano, com o propósito de alcançar pelo menos 2.072 novas congregações no território da DSA e que o livro missionário fosse distribuído nos locais de abertura das novas congregações (RUBENS LESSA, 2010, p. 27; ERTON KÖHLER, 2011, p. 4). Köhler (2012, p. 25), afirma que as ações isoladas que ocorriam no passado, no tema de plantio de igrejas, agora dava lugar a um trabalho unificado, com propósitos bem definidos. A Revista Adventista de fevereiro de 2012 das páginas 24 a 28, trás um amplo documentário do departamento de Missão Global, liderado pelo Pr. Edson Choque, e descreve pormenorizadamente os planos da DSA até 2015, cuja meta é atingir 9.000 novas congregações no território. O texto mostra que cada união estabeleceu um plano definido para avançar na busca dessa meta e que somente em 2011, até novembro já haviam sido plantadas 1.420 congregações nos oito países, o dobro do que ocorria nos anos anteriores. Abaixo está uma descrição dos desafios de cada união no território da DSA para o plantio de igrejas de 2011 a 2015: Tabela Com os Desafios de Plantio de Igrejas de 2011 – 2015 em cada União da DSA RA Fevereiro de 2011

!

Já em 2013, o projeto “A Grande Esperança para as Grandes Cidades”, foi aprovado com o voto 2012 - 176, e objetivou fortalecer a presença adventista nas grandes cidades, ou nas cidades mais desafiantes para a pregacão do Evangelho nos oito países que compõem a DSA. Isto representou um detalhado planejamento para o estabelecimento de igrejas e centros de influência nas princpais cidades da região. Cada campo e união escolheu as suas cidades prioritárias e à DSA coube a cidade de Buenos Aires, cujo desafio foi construír quatro centros de influência e quatro novas congregações. Diante dos desafios da proposta, um planejamento financeiro foi estabelecido, tendo a participação da Associação Geral, a DSA e suas instituições, bem como as uniões e seus campos, somando um total de U$ 52.000.000. Para essa ocasião, em 2012, foi lançada uma edição especial da revista adventista, trazendo todos os detalhes do projeto, as cidades mais desafiadoras de todos os países que compõem a DSA, e sugestões para o envolvimento dos membros das igrejas e empresários no projeto de evangelizacão das grandes cidades.

7 Discipulado

Possivelmente

o tema do discipulado seja o maior desafio a ser

efetivamente estabelecido no projeto do Evangelismo Integrado. Se for considerado que Fazer Discípulos é o verbo principal da Grande Comissão Evangélica e o cerne do comissionamento (BOSCH, 2002, p. 101), essa não é uma questão opcional, mas a essência da missão. Por outro lado, nota-se claramente o esforço da liderança da igreja na DSA em estabelecer o discipulado como parte do Evangelismo Integrado. Várias iniciativas ao longo dos anos em que o projeto está em andamento dão evidência disso. Desde o momento em que o Evangelismo Integrado foi implantado, havia uma clara preocupação com a conservação dos novos conversos (RAÚL GOMEZ , 2001, p. 4).

Posteriormente, em 2003, em resposta ao projeto da igreja mundial “Evangelismo e Crescimento da Igreja – do Batismo ao Discipulado”, a DSA tomou a decisão de “Intensificar os resultados de discipulado de longo prazo nos programas evangelísticos, especialmente aqueles que não foram ancorados, apoiados e conduzidos pelos membros da igreja local” (COMISSÃO DIRETIVA DSA 26-29 DE OUTUBRO DE 2003, p. 193 – 196). Foi votado também que o montante mínimo de orçamento para as atividades pós-evangelismo não deveria ser menor que um terço do montante do orçamento para o programa evangelístico em si, visando o fortalecimento dos recém-batizados. (COMISSÃO DIRETIVA PLENÁRIA DA DSA, 3-6 DE MAIO DE 2004). O lançamento do livro “Discípulos Modernos”, de Russell Burrill em 2005 foi um passo fundamental para criar uma visão mais aprofundada sobre a necessidade de um trabalho mais sistemático em relação ao discipulado. Desde então esse livro tem sido largamente estudado entre os pastores e estudantes de teologia. Mas, no período de consolidação do Evangelismo Integrado, nota-se uma série maior de ações e iniciativas objetivando estabelecer um processo de discipulado. A começar com o próprio slogan “Comunhão e Missão”, que deveria ser a plataforma para sustentar o Evangelismo Integrado, objetivado levar cada membro a ter uma experiência efetiva de comunhão diária com Deus e com a missão (KÖHLER, 2007, p. 4, 22, 23). Dentro desse propósito de levar cada adventista a solidificar a experiência diária de comunhão com Deus, a DSA buscou adotar algumas iniciativas práticas que transformassem a decisão em algo efetivo. A primeira iniciativa é um projeto liderado pelo departamento de mordomia, a “Jornada Espiritual”, difundida através do Seminário de Enriquecimento Espiritual. Idealizado por Miguel Pinheiro, o projeto já funcionava na União Nordeste Brasileira desde maio de 2004, sendo implantado na DSA a partir de 2006. Segundo Pinheiro (2014), o propósito é levar cada membros a desenvolver e consolidar o hábito de buscar a Deus na primeira hora de cada manhã, sendo a primeira hora o momento em que a pessoa se levanta. A

ideia é priorizar o espiritual em relação a qualquer tarefa que não esteja ligada à oração, estudo meditativo da Bíblia, louvor e testemunho. Ele explica que até 2012, o projeto já havia alcançado 3.650.725 participantes no território, o que também contribuiu com o crescimento de dízimos e ofertas na DSA. A “Jornada Espiritual”, tem contribuído com o Evangelismo Integrado, por lançar as bases espirituais para o cumprimento da missão, também por promover o crescimento financeiro da igreja, o que tem sustentado os grandes movimentos evangelísticos. O desenvolvimento da comunhão e da consagração diária produz como resultado mordomos mais fiéis. Além disso, os participantes intercedem pelos seus amigos durante os 40 dias do desenvolvimento do hábito da comunhão, e posteriormente, convidam esses amigos para o momento de celebração, encerrando o ciclo, o que tem gerado decisões pelo batismo. Sobretudo, toda essa experiência é o caminho natural de um processo de discipulado, gerando crentes mais maduros e fiéis (PINHEIRO 2014). A segunda medida, liderada pelo departamento da escola sabatina, com a participação das editoras oficiais da DSA , a Casa Publicadora Brasileira no Brasil (CPB) e a Associación Casa Editora Sudamericana (ACES), na Argentina, é a iniciativa de fazer com que cada adventista do sétimo dia adquira e estude sua lição da escola sabatina. Segundo o departamento de gerência de vendas da CPB, o preço da lição ficou congelado de 2005 a 2012 e nos últimos dois anos houve um aumento anual. Essa medida objetivou tornar o preço das lições o mais acessível possível para facilitar a aquisição (LÍLIA GOULART, 2014).

A l é m

disso, há três outras ações principais das editoras para incentivar a aquisição das lições. A chamada cesta básica espiritual que ocorre todos os anos no mês de outubro e alcança a igreja brasileira com mais de 750.000 folders promocionais, incentivando a aquisição dos materiais básicos para a comunhão diária e a assinatura das lições. Experiência similar ocorre nos países que falam espanhol no território da DSA. A segunda ação, são os eventos online, que na CPB ocorrem em junho e dezembro, promovendo as assinaturas através de revistas, folders, cartazes e programação de rádio e TV (LÍLIA GOULART, 2014).

A terceira atividade é uma iniciativa do departamento da escola sabatina da DSA, uniões e campos, em parceria com as editoras e ocorre nos meses de agosto e setembro de cada ano. É o chamado “Projeto Maná”, que consiste em um mutirão de assinaturas promovido por cada união, em datas específicas. Com preço promocional para o período estabelecido, as assinaturas são feitas na forma de mutirão, aos milhares e as editoras fazem um plantão especial, multiplicando o número de atendentes para o período. Como resultado dessas iniciativas o consumo de lições tem aumentado a cada ano, conforme o quadro abaixo, relativo ao Brasil:

Tabela com o total de lições da Escola Sabatina consumidas no Brasil em todos os níveis. Fonte: Departamento de Vendas da Casa Publicadora Brasileira (CPB)

Total de Lições Produzidas na CPB 2013

2.341.500

2012

2.219.500

2011

2.117.500

2010

1.966.000

2009

1.834.500

2008

1.737.000

2007

1.628.000

2006

1.597.000

2005

1.475.500

2004

1.495.000

2003

1.453.501

2002

1.408.500

2001

1.359.000

2000

1.257.500

1999

1.152.000

1998

1.100.000

1997

1.106.000

1996

1.120.500

1995

908.000

1994

916.000

1993

277.000

A terceira medida providenciada pela DSA foi o estabelecimento do projeto “Conectando com Jesus”, que consistiu na promoção de uma coleção de livros escritos por Ellen White, objetivando que cada família adventista que ainda não os tinha pudesse adquiri-los. Esse foi um projeto da Associação Geral, apresentado aos delegados da Assembleia Geral, realizada em Saint Louis, Missouri, no dia 2 de julho de 2005. A proposta era que no quinquênio de 2005-2010 fossem distribuídos ao redor do mundo aproximadamente dois milhões de coleções, compostas dos seguintes livros: Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O Desejado de Todas as Nações, Atos dos Apóstolos, O Grande Conflito, Caminho a Cristo, Conselho para a Igreja, Conselho Sobre Mordomia, Serviço Cristão e a Ciência do Bom Viver. Em apoio ao projeto foi criado o site www.connectingwithjesus.org e na DSA o correlato www.conectandocomjesus.com.br, que disponibilizou os livros em formato PDF e os respectivos guias de estudos em Power Point para cada livro (TIMM, 2008, p. 30-31). Timm argumenta que o objetivo da Associação Geral foi fazer frente ao risco de perda de identidade da igreja, diante do grande número de novos conversos que ingressam na denominação a cada ano, aproximadamente 1 milhão de pessoas das mais variadas culturas. A previsão é que em 2020 haja cerca de 50 milhões de adventistas no mundo, dos quais apenas 12,5%

já eram adventistas no ano 2000. Isto representa um desafio para a preservação da identidade denominacional (TIMM, p. 30-31). A DSA distribuiu 285 mil coleções dos livros referidos e ainda acrescentou um 11º livro da mesma autora, o Mensageiros da Esperança. No total, foram 3.135.000 livros que somaram mais de dez bilhões de páginas impressas. O projeto recebeu subvenções

da Associação Geral, DSA,

Uniões, Campos locais e das casas editoras, o que permitiu que a coleção completa fosse vendida aos irmãos por apenas U$13,009 no Brasil e com preço semelhante nos países que falam espanhol. Além disso, foi feito um grande incentivo para que em cada igreja fosse feito um plano de leitura dos livros, individualmente, em famílias, pequenos grupos ou nos cultos de quarta feira a noite (TIMM, p. 30-31). Para 2015 um outro projeto da mesma natureza estará em execução, mas desta vez, é uma iniciativa exclusiva da DSA. Pelo voto 2014-100 a comissão diretiva da DSA decidiu promover a preço subsidiado uma nova coleção de livros de Ellen White, em consideração aos 100 anos de sua morte. Trata-se do projeto “Mensagens de Esperança”, que traz os seguintes livros na coleção: História da Redenção, Vida e Ensinos, Fundamentos do lar Cristão, Só para Jovens, Orientação da Criança e Eventos Finais. Novamente a DSA, uniões, campos e editoras darão um subsídio para o projeto, ficando a coleção de 6 livros no preço de S$ 4,2910 para os Brasileiros e U$ 4,40 para dos hispânicos. Uma outra iniciativa também objetivando fortalecer a identidade adventista e dar aos membros da igreja a oportunidade de aprofundar os conhecimentos no texto bíblico, veio com o projeto “Série Logos”. Consiste na tradução e publicação em português de todos os volumes do Comentário Bíblico Adventista. O material já estava disponível em espanhol. A obra é composta por 9 volumes, incluindo o Tratado de Teologia, que traz as 28 crenças defendidas pelos adventistas na forma de artigos, além de um material suplementar que relaciona o texto bíblico e os escritos de Ellen 9

Cálculo sobre o valor médio do dólar em 2008, ano do lançamento do projeto da DSA (R$ 1,833). Fonte: http://www.acinh.com.br/servicos/cotacao-dolar 10

Cálculo sobre cotação do dólar de 30 de setembro de 2014 em R$ 2,33. Fonte: http:// www.acinh.com.br/servicos/cotacao-dolar.

White. Segundo Vanderlei Dorneles (2014), redator chefe associado da CPB e coordenador do projeto junto à editora, o penúltimo volume sai ainda em 2014 e o último no ano seguinte. Como o projeto recebe subsídio da DSA, uniões e da CPB, cada volume está sendo vendido aos membros a U$ 23,6011, valor abaixo do preço de mercado. Para Dorneles (2014), a obra contribui para aprofundar o conhecimento do texto bíblico e da mensagem bíblica, promovendo um amadurecimento da igreja em diversos aspectos. Além disso, um outro material foi publicado pela igreja na DSA visando fortalecer a identidade adventista dos recém batizados. Foi preparada uma edição especial da Revista Adventista com o título “Vida Nova, Saiba mais sobre a igreja e a esperança que você abraçou”. Trata-se de uma revista inteiramente voltada para dar aos novos na fé adventista uma visão geral da igreja e dos passos que devem dar para o amadurecimento na fé. Entre os artigos presentes na revista pode-se encontrar: “Igreja Adventista – Identidade e Missão”, “A Estrutura da Igreja a Serviço do Evangelho”, “Crescimento Constante”, Estilo de Vida-Cristianismo Coerente”, “Convite ao Discipulado”, “Fidelidade Cristã, “Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia”, “Cultura Adventista”, entre outros. Cada recém batizado passou a receber essa revista no ato do batismo. Dentro desta mesma linha de raciocínio, foram preparados e publicados recentemente dois documentos, um sobre o compromisso com o sábado e o outro sobre o estilo de vida adventista. Em novembro de 2011, a Comissão Diretiva da DSA votou o documento “Observância do Sábado”, reafirmando seu compromisso com o dia sagrado. O documento mostra os princípios bíblicos para a observância do sábado como dia de guarda e estabelece uma série de 21 itens práticos sobre como proceder no dia santificado (REVISTA ADVENTISTA, fevereiro de 2012, p. 16,17). O documento sobre “Estilo de Vida Cristã Adventista” aprovado pelos líderes da DSA no dia 28 de novembro de 2012, enfatiza a essência da

11

Cálculo sobre cotação do dólar de 30 de setembro de 2014 em R$ 2,33. Fonte: http:// www.acinh.com.br/servicos/cotacao-dolar.

missão adventista e traz orientações sobre oito áreas do estilo de vida: santificação, crescimento spiritual, pureza moral, recreação e mídia, vestuário, joias e ornamentos, sexualidade humana e saúde. No dia 9 de março de 2013, o dia mundial de oração e jejum, as igrejas exibiram um vídeo com o conteúdo resumido do documento, gravado em duas versões, para adultos e adolescentes. O conteúdo escrito também foi enviado para as igrejas (REVISTA ADVENTISTA DEZEMBRO DE 2012, p. 30). Köhler (2013) explica que a proposta objetivou apresentar conceitos e princípios fundamentais, sem necessariamente tocar em detalhes de cada uma das questões envolvidas. Diz ainda que o objetivo não foi incentivar uma visão legalista, nem alimentar excessos ou criar um ambiente de acusação, mas promover reflexão e aprofundar o processo de santificação e discipulado entre os membros. Todo o material está disponível na internet, no portaladventista.org e reavivamentoereforma.com. A iniciativa, porém, que mais diretamente expressa a ação discipular no território da DSA é o projeto “Ciclo de Discipulado”. Liderado pelo departamento de ministério pessoal, o projeto foi elaborado com ampla discussão envolvendo administradores, diretores da área missionária, pastores distritais e lideres de igrejas. Uma versão provisória do projeto foi publicada na revista do Ancião Jan/Mar de 2008 para que fosse apreciada pelos pastores e líderes em geral e que emitissem a opinião e sugestões afim de que, posteriormente um documento definitivo fosse elaborado, com base nessas observações, e fosse votado pela comissão diretiva da DSA (CHAVES, 2008, p. 23-25). O documento definitivo foi apreciado e aprovado na comissão diretiva da instituição em junho de 2008 e passou a vigorar a partir daí como o projeto oficial de formação de discípulos no território, um modelo adventista de discipulado com ações teóricas e práticas baseadas nos conceitos bíblicos sobre o tema (REVISTA ADVENTISTA, Julho de 2008, p. 23). O projeto foi elaborado levando em conta que o imperativo e o produto final da grande comissão evangélica é a formação de discípulos. Sendo assim, é fundamental que haja um processo discipular, pois não basta batizar, é preciso investir no amadurecimento espiritual dos conversos, com

vistas a dois grandes objetivos: multiplicar as forças para a pregação e diminuir a apostasia (CHAVES, 2009, p. 24). O foco principal do Ciclo de Discipulado são os novos conversos, conduzindo-os por um caminho que os leve a ser crentes maduros e produtivos. Para isso, o Ciclo está proposto em três fazes, sendo que cada uma delas tem alguns requisitos a serem preenchidos. As três fases são: conversão, confirmação e capacitação, conforme o quadro abaixo:

Tabela Com As Fazes e Requisitos do Ciclo de Discipulado Fonte: Revista Adventista Especial de 2011, p. 15. Errata: Na revista o requisito “Ser um Discipulador” deveria ser “Ter um Discipulador”.

! Na reunião diretiva da DSA, ocorrida de 26 a 30 de outubro em Brasília, foi estabelecido que 2013 seria o ano do discipulado. Nesta ocasião, os 120 delegados presentes aprovaram o documento “Uma Visão para a Igreja” com o voto 2012-114, relacionado ao tema do Discipulado e fizeram uma cerimônia de dedicação dos materiais do Ciclo de Discipulado a serem

utilizados nas congregações durante o ano12 (REVISTA ADVENTISTA DEZEMBRO DE 2012, p.30). Em entrevista publicada na Revista Adventista de janeiro de 2013, Everon Donato (2013), diretor de ministério pessoal da DSA, defendeu que o Ciclo de Discipulado vai ajudar a igreja a crescer com qualidade, e explicou que para cristalizar essa visão no cenário da Igreja Adventista, o discipulado está sendo apresentado por meio de três palavras, que são dimensões da vida de um verdadeiro discípulo, devendo fazer parte de seu cotidiano. A primeira, a “Comunhão”, significa dedicar-se a Deus desde a primeira hora do dia. A segunda, o “Relacionamento”, envolve a participação em um ambiente de comunidade dentro de um Pequeno Grupo. Finalmente a “Missão”, leva ao compromisso de testemunhar a alguém, de acordo com os dons espirituais. No final de 2013, após a semana de colheita via satélite, a DSA apresentou um programa de treinamento via satélite para conscientizar a igreja e os novos conversos da importância de participar do Ciclo de Discipulado para avançar rumo à maturidade cristã.13 Todas essas medidas estão em conformidade com o projeto quinquenal da Associação Geral “Apelo Urgente pelo Reavivamento, Reforma, Evangelismo e Discipulado”, recebido no concílio da DSA ocorrido de 11 a 13 novembro de 2010 (REVISTA ADVENTISTA, fevereiro de 2011, p. 14,15. Este documento demonstra que o tema do discipulado é um compromisso da igreja mundial e que é necessário criar mecanismos para alcançar o ideal bíblico de maturidade cristã. Conclui-se, portanto, que o Evangelismo Integrado da DSA tem buscado alternativas práticas para investir na edificação espiritual e missionária de seus membros. Isto é louvável, pois, sendo o discipulado o imperativo da missão, não há escusas, é preciso avançar seriamente na busca desse objetivo, do contrário, o trabalho terá sido deficiente. Por outro lado, sendo o discipulado um processo e não apenas uma ação pontual, há de se avançar. Apesar das iniciativas claras já descritas, o desafio continua 12

Veja no anexo G da tese doutoral de Jolivê Chaves “Evangelismo Integrado na DSA, uma descrição”, UNASP 2014 uma amostra dos materiais do Ciclo de Discipulado. 13

O treinamento e os materiais do Ciclo de Discipulado estão disponíveis no seguinte link: http://videos.adventistas.org/pt/editoria/evangelismo-integrado/treinamento-discipulado/.

sendo enorme. Efetivamente há um longo caminho a ser percorrido para que o projeto de discipulado chegue a ser assimilado e praticado com o nível de compromisso que o tema requer. 8 Pequenos Grupos

Os pequenos grupos (PGs), no contexto Adventista do Sétimo Dia são reuniões de oração, estudo da Bíblia e testemunho em casas de famílias, envolvendo em média entre cinco e quinze pessoas. Os chamados PGs, estão ligados a alguma congregação e funcionam como unidades integrantes da igreja mãe. Embora a Igreja Adventista Sul Americana tenha dado uma forte ênfase nos PGs nos últimos trinta anos, seu antecedente histórico remonta à década de 1970, quando Mário Veloso, então líder dos Missionários Voluntários (MV) da Divisão Sul Americana da IASD, lançou as reuniões de “koinonia”, que, em sua essência, seguiam um formato similar ao dos PGs modernos. (MOURA 2009). Alberto Timm cita as Escolas Sabatinas Filiais, Unidades Evangelizadoras, Koinonias e o Projeto Pioneiro como precursores dos pequenos grupos (Timm, 2009). O grande salto, porém no tema de pequenos grupos no território ocorreu a partir de 1995, com Osmar Reis na liderança missionária da DSA. Por dez anos esta foi a atividade mais enfatizada por ele e houve uma grande expansão. No relatório apresentado na Conferência Geral de Junho de 2005 em Sant Louis, Ruy Nagel mencionou haver mais de 60.000 pequenos grupos no território. (NAGEL, 2005, p. 11). Além disso, sob a liderança de Osmar Reis algumas literaturas fundamentais para a ampliação da visão sobre o tema foram publicadas. Os livros “Pequenos Grupos para o Tempo do Fim”, de Kurt Johnson, publicado em 2000, “Pense Grande, Pense em Grupos Pequenos”, de David Cox, no ano 2005 e “Como Reavivar a Igreja do Século 21”, de Russell Burril, também em 2005 foram largamente utilizados em concílios pastorais e treinamento de líderes.

No período de julho de 2005 até o presente a liderança missionária da igreja na DSA esteve a cargo de Otimar Gonçalves (julho de 2005 a outubro de 2006), Jolivê Chaves (novembro de 2006 a julho de 2011) e Everon Donato (a partir de agosto de 2011). Nesse período aconteceram várias iniciativas que permitiram dar uma visão mais adventista ao tema de pequenos grupos, através de discussões com a liderança, bem como de publicações mais voltadas à realidade Sul-Americana14. No concílio quinquenal da DSA ocorrido em Foz do Iguaçu de 30/10 a 09/11/2005, aconteceu uma reunião para uma ampla discussão sobre o tema dos pequenos grupos com os diretores de ministério pessoal das uniões e campos, bem como com alguns representantes dos administradores de campo e uniões da DSA. Como resultado desse discussão foi lançado o documento “Resoluções de Foz do Iguaçu”, dando as definições do pensamento da liderança da igreja sobre o tema, votado no referido concílio. No ano de 2007 aconteceu no Centro de Vida Saudável (CEVISA), em São Paulo o primeiro fórum de Pequenos Grupos da DSA, tendo a presença do presidente e diretor de ministério pessoal da DSA, dos líderes missionários das uniões e campos e uma representação dos presidentes de campos e uniões, pastores distritais e líderes de PGs das igrejas. Nessa ocasião, o objetivo foi delinear exatamente o que a igreja entendia sobre o papel que os PGs deveriam desempenhar no contexto adventista SulAmericano e os passos para buscar tal ideal. Também foi elaborado um documento na ocasião com o título “Pequenos Grupos: Questões e Propostas”, que, posteriormente, foi discutido e votado na comissão diretiva da DSA em maio de 2007. O segundo fórum de PGs da DSA ocorreu em Brasília, em 2009, com uma representação maior de líderes. Na ocasião, cerca de 250 líderes, incluindo todos os administradores e departamentais da DSA, os presidentes e diretores missionários nas uniões e campos, bem como uma representação de pastores distritais e líderes de PGs das igrejas se reuniram por três dias para “aprofundar a caminhada”, em relação ao tema. Foi uma ocasião 14

Os documentos descritos a seguir, como resultado das reuniões e fóruns de PGs na DSA podem ser encontrados no anexo H da tese doutoral de Jolivê Chaves “Evangelismo Integrado na DSA, uma descrição”, UNASP 2014.

propícia para esclarecer pontos ainda não claros e firmar um compromisso maior da liderança em relação a temas como gerenciamento e pastoreio dos PGs, o significado dos PGs relacionais, a transição para uma igreja de PGs, o evangelismo em PGs, etc. Nessa ocasião foi decidido incentivar cada pastor a participar de um PG, independente de qual a sua função e também a realização dos pequenos grupos protótipos para a formação de líderes. As decisões foram publicadas em um documento resultante do fórum. Já em 6 de novembro de 2010, aconteceu em Foz do Iguaçu o terceiro fórum de PGs da DSA. Com cunho principalmente administrativo, esse fórum contou com a presença dos membros da comissão diretiva da DSA e os diretores de ministério pessoal das uniões. Na ocasião, se reforçou temas já estudados anteriormente e se definiu o que significa ter o PG como base da mobilização missionária da igreja, assim como a manutenção e multiplicação dos PGs, bem como o papel a ser desempenhado pelos presidentes e departamentais de ministério pessoal no processo de implantação e manutenção dos PGs. O último fórum para discutir o tema, ocorreu na sede da DSA em Brasília, em julho de 2013, com a presença da principal liderança da igreja no território, incluindo também representantes dos pastores distritais, líderes das igrejas e professores da área aplicada dos seminários de teologia. Na ocasião a principal preocupação foi com a formação e multiplicação de líderes, visando o estabelecimento de novos PGs. Dois outros livros foram produzidos mais recentemente no território da DSA ligados ao tema dos PGs, ambos publicados pelas duas editoras oficiais, a Casa Publicadora Brasileira (CPB) e a Associación Casa Editora Sudamericana (ACES). O livro “Pequenos Grupos, Teoria e Prática”, organizado pelo jornalista Herón Santana, foi escrito pelos diretores de Ministério Pessoal das Uniões e DSA e se baseia no documento do primeiro fórum de PGs. Publicado em 2008, o livro é tido como o manual prático de PGs no continente. O livro mais recente foi organizado por Jolivê Chaves e Alberto Timm e contou com a participação de vários teólogos dos seminários adventistas do território, além dos diretores de ministério pessoal da DSA e Uniões.

Publicado em 2011 com o título “Pequenos Grupos, Aprofundando a Caminhada”, e lançado no concílio ministerial da DSA em junho, em Foz do Iguaçu, o livro aborda o desenvolvimento dos PGs do ponto de vista bíblico, eclesiológico e histórico, sendo o documento teológico sobre o tema na DSA (REVISTA ADVENTISTA, Julho de 2011, p. 23). Estes dois livros são os primeiros produzidos e publicados oficialmente no território Sul-Americano, por autores locais, e que retratam a visão adventista sobre o tema, aplicado à realidade regional. Um outro ponto de destaque em relação ao tema dos PGs na DSA foi a tese doutoral de José Umberto Moura, defendida no UNASP em 2009 com o título “Pequenos Grupos: Uma Fundamentação Bíblica, Teológica e Histórica Desde uma Perspectiva da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil”. Posteriormente Moura publicou um livro com o conteúdo pesquisado e é mais uma importante referencia sobre o tema no território. É importante mencionar que a Semana Santa de 2013 e 2014 foi realizada em sua maioria em PGs de domingo a quinta feira, terminando nas igrejas. Já o evangelismo via satélite de 2013 com Luís Gonçalves foi transmitido a partir de uma casa para os pequenos grupos (REVISTA ADVENTISTA, Maio de 2013 p. 24,25). Como resultado do IV fórum, a igreja Sul-Americana passou a focar na proposta de multiplicação de PGs. Em 2014, o dia escolhido para a multiplicação foi 9 de agosto. Ao longo dos meses anteriores um amplo trabalho de formação de líderes passou a ser executado, principalmente usando os pequenos grupos protótipos. A meta da DSA era aumentar em 10% o número de PGs na referida data, mas houve um crescimento de 20%, pulando de 70.000 para 83.183 PGs na DSA. Vários congressos e festivais foram realizados em todos os países para celebrar a multiplicação, mas o maior deles ocorreu em Maceió. No ginásio do Sesi cerca de 10 mil pessoas assistiram as pregações do Pr. Erton Köhler presidente da DSA, também transmitido pelo canal executivo e pela internet para vários outros locais de celebração (REVISTA ADVENTISTA, Setembro de 2014, p. 24). Em conclusão, pode se afirmar que os PGs têm sido uma das principais ações do Evangelismo Integrado da DSA. Usado como agente de

evangelização, discipulado e fortalecimento espiritual dos membros eles têm se estabelecido como uma atividade permanente no território. Nota-se que no período de desenvolvimento do Evangelismo Integrado houve um forte crescimento dos mesmos e no período da consolidação, houve um trabalho de sistematização e de estabelecimento de uma identidade adventista para os PGs. A realização dos fóruns, os livros publicados e os pequenos grupos de pastores e protótipos são uma base importante para fazê-los cada vez mais sólidos e com possibilidade de um maior crescimento.

9 Frentes Missionárias

Desde o momento em que o Evangelismo Integrado foi estabelecido, ficou delineado que atividades diretamente missionárias e de ensino da Bíblia como as classes bíblicas, duplas missionárias, evangelismo público, ministério da recepção e pequenos grupos deveriam ser incentivadas para efetivar o processo de semeadura e cultivo, para a posterior colheita (DORNELES, 1999, P. 18,19). Porém, o tema ficou ainda mais bem definido e estruturado a partir de 2007, quando a DSA estabeleceu as chamadas frentes missionárias para serem as principais atividades de semeadura e cultivo do Evangelismo Integrado. A Oracão intercessora, as duplas missionárias, as classes biblicas, o ministério da recepção e o evangelismo público configuraram tais frentes, sendo os pequenos grupos a base estrutural de organizacão do processo. A revista missionária “Comunhão e Missão” foi preparada para orientar a igreja nesta direção e passou a ser um manual de treinamento dos membros. Longe de ser as únicas atividades missionárias, elas passaram a ser as ações principais ao redor das quais

houve um maior investimento em

treinamentos e materiais para o preparo dos missionários voluntários. Desde então, independente de qual seja o tema e a estratégia usada durante o ano, o processo de semeadura e cultivo têm se estabelecido através dessas

frentes missionárias.15 Elas constituem-se fundamentais para o sucesso do Evangelismo Integrado, pois, sem ensino da Bíblia e cuidado dos interessados, não há evangelismo que se sustente.

10 Projetos Sociais

Os Adventistas do Sétimo dia, a exemplo da obra realizada por Cristo, crêem que a beneficência social deve ser usada em associação com a evangelizacão, servindo de porta de entrada para que os coracões sejam abertos para a aceitacão da mensagem do Evangelho. Ellen White (2004, 10º ed. p. 26), assim expressa a experiência de Cristo, com respeito a essa dupla ação: À mesa dos publicanos Ele se assentava como hóspede de honra, mostrava por Sua simpatia e beneficência social que reconhecia a dignidade humana; e os homens anelavam tornar-se dignos de Sua confiança. Sobre seu coração sedento, as palavras dEle caíam com bendito poder vivificante. Novos impulsos eram despertados, abria-se para esses excluídos da sociedade a possibilidade de vida nova.

White (2007, 4º ed. p. 131,132), explica que a beneficência social em favor dos necessitados, como aconteceu com o Bom Samaritano, servirá como uma cunha pela qual a verdade encontrará terreno sólido. O Evangelismo Integrado da DSA tem se apoiado em diversas ações de cunho social, objetivando mobilizar os membros em prol do serviço ao próximo, e ao mesmo tempo vender uma imagem positiva do evangelho e da igreja, despertando o interesse de pessoas para o conhecimento bíblico.

15

Devido ao destaque alcançado pelos PGs e pelo Evangelismo Público no projeto Evangelismo Integrado, optou-se por descrevê-los em separado das demais frentes missionárias neste artigo, mas eles fazem parte do conjunto das atividades consideradas Frentes Missionárias.

Com o mesmo voto 2011-122, que aprovou o projeto “A grande Esperanca”, para 2012, a igreja planejou para o dia 24/3 o lançamento do projeto “Vida por Vidas” com uma mobilização nacional para a doação de sangue e medula óssea, para servir de apoio ao Evangelismo Integrado. No ano seguinte, pelo voto 2012-176, a DSA Insentivou às igrejas para usarem a força da Ação Solidária Adventista, os talentos dos membros e outras ações sociais para atender as necesidades da comunidade em que se pretendia plantar uma nova igreja, tanto no âmbito familiar, de saúde, profissionalizante, etc. Sendo assim, várias ações consideradas de cunho social, beneficente ou de desenvolvimento têm sido usadas como

expressão cristã dos

adventistas e ao mesmo tempo como medidas de apoio ao Evangelismo Integrado. A ADRA, Agência Adventista de Recursos Assistenciais é a entidade da igreja responsáveis pelos projetos de desenvolvimento em parceria com o poder público e outras entidades congêneres. Presente em mais de 120 países, a ADRA, realiza vários projetos que promovem o desenvolvimento humano e ajuda as entidades governamentais no atendimento da populacão nos momentos de emergência como terremotos, tsunamis, enchentes, furacões, etc. Os projetos desenvolvidos pela ADRA são vários, desde geração de renda, agricultura, saúde primária, educação, entre outros (WALLAUER, 2014)16. Na DSA, a ADRA atua no Brasil e nos outros sete países que compõem o território. Embora já existisse há vários anos, somente em janeiro de 2010 foi aberto o escritório nacional da ADRA Brasil com sede em Brasília. Pela primeira vez foi nomeado um diretor nacional, Paulo Lopes, que já havia sido missionário na Rússia e Índia. Antes de 2010 a ADRA funcionava no Brasil mais como departamento de igreja que como uma agência ou organizacão não governamental (ONG) (WALLAUER, 2014).

16

Gunter Wallauer é diretor da ADRA e da ASA para o território da DSA desde 2007, depois de ser missionário ligado a ADRA em países africanos e asiáticos.

Wendel Lima (2013) afirma que desde a decisão histórica de se organizar uma ONG adventista brasileira, com identidade jurídica própria, o trabalho de desenvolvimento social da denominação só tem crescido. Algumas regiões do país já contam com escritórios regionais da agência, o que viabiliza a realização de projetos locais e o financiamento público e privado de médio prazo. Somente em 2011, a ADRA Brasil realizou 59 projetos de desenvolvimento comunitário e 30 de assistência, incluindo as ações de resposta a desastres naturais. Essa atuação beneficiou diretamente 444.867 pessoas. A agência participou pela primeira vez em 2012 da ONG Brasil, maior feira do terceiro setor do país. A presença da ADRA Brasil na exposição trouxe mais visibilidade para a entidade e abriu caminho para novas parcerias. Outra providência tomada pela DSA foi o a criação da ASA (Ação Solidária Adventista), em reunião plenária ocorrida em Brasília de 3 – 5 de maio de 2010, sob o voto 2010-090. A entidade foi criada para todo o território da DSA objetivando melhor orientar os trabalhos dos membros da igreja na ação de serviço à comunidade. Para Wallauer (2014), a ASA dá aos membros a oportunidade de colocar em prática o exemplo de Cristo tanto, na própria igreja como na comunidade onde está inserida, compartindo o evangelho prático através de ações solidárias. Sob o título “Com Paixão”, a Revista Adventista de maio de 2013 trás uma série de ações realizadas pela ASA, em várias partes do Brasil, antes, durante e depois da semana santa, para tornar prática a mensagem da páscoa. Ações como corte de cabelo, exame de glicemia, orientação nutricional, aferimento de pressão arterial ou até mesmo relaxar com uma massagem, se tornaram uma oportunidade para convidar as pessoas atendidas para participar da semana santa em São Paulo. Em outros lugares, doação de sangue, castração de animais, distribuição de cestas básicas e visita a asilos fizeram parte das ações solidárias antes, durante ou depois da páscoa, mostrando o apoio dos projetos sociais ao Evangelismo Integrado (MURILO BERNARDO, GUSTAVO CIDRAL E LUCAS ROCHA, 2013, p. 25).

O Mutirão de Natal tem sido uma outra ação solidária muito expressiva de apoio ao Evangelismo Integrado. Iniciado em 1994 na igreja do Botafogo no Rio de Janeiro, através do casal Sérgio e Marli Azevedo, o projeto ganhou todo o território da DSA e consiste em arrecadar alimento, roupa e brinquedos para doar aos necessitados através de uma ampla campanha de mobilização da igreja e da sociedade em geral. Segundo Wallauer (2014), o projeto está sendo implementado nos oito países que compõem a DSA e tem conseguido manter um expressivo número de pessoas envolvidas e alimentos arrecadados. Para ele o projeto ajuda os membros a colocarem em prática a solidariedade cristã, o que contribui com o seu crescimento espiritual. Também, ao mesmo tempo é um apoio ao Evangelismo Integrado, à medida em que serve de cunha para abrir o coração e as casas de muitas pessoas para ouvirem a mensagem bíblica. Veja abaixo o quadro com o número de toneladas de alimentos arrecadados de 2008 a 2013 no Mutirão de Natal:

Tabela do Mutirão de natal Alimentos arrecadados de 2008 a 2013 Fonte: Wallauer, 2014

2008

4.014 toneladas

2009

5.387 toneladas

2010

7.772 toneladas

2011

6.419 toneladas

2012

6.073 toneladas

2013

6.756 toneladas

A Revista Adventista de janeiro de 2012 retrata nas páginas 31 a 33 um resumo do movimento gerado pelo Mutirão de Natal de 2011. O projeto, que mobilizou as igrejas e instituições dos oito países que compõem a DSA,

foi encerrado com um programa ao vivo transmitido pela TV NT. Na ocasião, vários vídeos foram transmitidos mostrando o trabalho de arrecadação e distribuição, que os adventistas fizeram junto às comunidades carentes. O coordenador do projeto para a DSA, Günther Wallauer (2012 p. 31), que participou do programa, disse: “esses vídeos deixam claro que o Mutirão de Natal é um projeto que integra todos os setores da Igreja. Nós não apenas entregamos pão para aliviar a fome, mas levamos esperança para saciar a fome da alma”. Num balanço geral, a reportagem da revista mostra várias situações em que o Mutirão de Natal serve de apoio ao Evangelismo Integrado no território da DSA. Mostra como o projeto consegue unir os departamentos, instituições e membros da igreja em prol de um bem comum, servir por amor. Mostra também que, como resultado, em vários lugares são formados pequenos grupos, classes de estudo da Bíblia ou pontos de pregação após o movimento natalino. São também realizadas cantatas em lugares públicos ou em entidades de cunho social e feita a distribuição do livro missionário, além da cobertura que é dada ao projeto pelos meios de comunicação seculares e da própria igreja, o que acaba por abrir portas para a evangelização. Uma outra atividade de cunho comunitário e social tem sido desenvolvida pelos jovens adventistas em todos os países da DSA, com muita relevância para o Evangelismo Integrado. Trata-se do projeto “Missão Calebe”, que começou em 2005, na cidade de Guanambi, Bahia, com os jovens Estatielma, Nora Ney e Leonardo, e logo ganhou repercussão nacional, vindo nos últimos anos a alcançar todo o território da DSA, diz Areli Barbosa (2014), diretor do ministério jovem da DSA. A “Missão Calebe”, foi inspirada em um outro movimento semelhante, que por cinco anos funcionou nas Uniões Norte e Noroeste do Brasil com o lema “Doe Suas Ferias para Jesus”, também direcionado aos jovens (REVISTA ADVENTISTA, Janeiro de 2010, p. 23). Barbosa explica que o grande objetivo é motivar a juventude para a missão, utilizando estratégias de serviço para alcançar a comunidade. O projeto é realizado durante as férias escolares e muitos jovens saem de sua

própria cidade para dedicar-se ao serviço comunitário e evangelístico proporcionado pelo projeto. As principais atividades tem sido: escola cristã de férias, curso para deixar de fumar, estudos bíblicos, atividades sociais, evangelismo, limpeza das ruas, centros de influência, cozinha saudável, visitas, pesquisas de opinião religiosa, entrega de materiais, etc. Hoje já são mais de 104.000 jovens envolvidos nos 8 países. Outro projeto, que também alcança principalmente a juventude e tem sido um parceiro de apoio para o Evangelismo Integrado é o “Vida por Vidas”, que mobiliza pessoas para a doação de sangue, plaquetas e medula óssea. Como o anterior, esse projeto também surgiu por iniciativa de jovens no Rio Grande do Sul e acabou sendo adotado pela igreja em todo o território da DSA. Estima-se que haja cerca de 300 mil doadores no Brasil e em julho de 2014 foram recolhidas 15 mil bolsas de sangue (BARBOSA, 2014). O site do “Vida por Vidas” mostra que o objetivo do projeto é conscientizar os cidadãos para o hábito de doar, suprindo assim a demanda dos estoques de sangue nos hospitais e hemocentros. Atingir e envolver a mobilização e a participação de voluntários para a doação de sangue e hemoderivados, em hospitais e hemocentros de oito países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. (http://www.adventistas.org/pt/ jovens/projeto/vida-por-vidas/).

Em maio de 2008, o evangelismo de Semana Santa teve o mesmo tema do projeto “Vida por Vidas”, para ligar um projeto com o outro e conquistar a simpatia das pessoas através do programa social e daí convidálas para o evangelismo. A partir desse mesmo ano o projeto passou a operar com três picos de datas especiais. A primeira, em fevereiro antes da campanha da semana santa, a segunda em 14 de junho, o dia mundial do doador de sangue e a terceira no dia 20 de setembro, o dia mundial dos jovens adventistas (REVISTA ADVENTISTA, Maio de 2008, p. 23). A última atividade social aferida por esse documento á o projeto “Quebrando o Silêncio”. Liderando pelo ministério da mulher, esse é um projeto educativo e de prevenção contra o abuso e a violência doméstica,

promovido anualmente pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em oito países da América do Sul, (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai) desde o ano de 2002. A cada ano esta campanha tem uma ênfase diferente, mas o fundamento consiste em conscientizar as pessoas sobre o respeito às mulheres, às crianças e aos idosos. A campanha se desenvolve durante todo o ano, mas uma das suas principais ações ocorre sempre no quarto sábado do mês de agosto. Este é o “Dia de ênfase contra o abuso e a violência”, quando ocorrem passeatas, fóruns, escola de pais, eventos de educação contra a violência e manifestações na América do Sul. No site http:// www.adventistas.org/pt/mulher/projeto/quebrando-o-silencio/

ou no site

quebrandoosilencio.org/, podem ser encontradas as revistas do projeto, orientações e vídeos. Fica evidente, portanto, que o Evangelismo Integrado é sustentado diante do público externo através de várias atividades de cunho social. Elas unem os membros da igreja ao redor de ações e serviços beneficentes, que servem para fortalecê-los espiritualmente à medida em que se desprendem do egoísmo, pela prática do princípio do amor. Por outro lado, tais atividades vendem uma imagem positiva da igreja e do Evangelho, servindo para abrir as portas de muitos corações e lares, que de outra forma não se atentariam para a Palavra de Deus.

11 Informatização da Secretaria

A informatizacão da secretaria das igrejas é uma ação de apoio ao Evangelismo Integrado, desempenhando uma importância vital por fidelizar os números, e fazer com que a organização possa ter uma informação precisa e atualizada dos seus resultados. Este procedimento é uma

atividade recente no território da DSA.

Antes de 2002, várias uniões tinham sistemas variados para sua região, mas entre 2002-2003 o sistema da União Central Brasileira (SGI - Sistema de Gerenciamento de Igrejas) começou a ser implantado em toda a DSA.

Através dele, as secretarias das igrejas colocavam as informações pertinentes (batismos, profissão de fé, transferências, ajustes, remoções, etc, bem como a organização de igrejas e grupos, e estatísticas de crescimento), no sistema através de disquetes ou pendrive (MAGDIEL PEREZ, 2014). No ano de 2011 iniciou-se um sistema online com um banco de dados central e que não dependesse de disquete, pendrive ou envio por e-mail, mas que tudo chegasse diretamente da fonte principal que é a igreja local.

O

Sistema ACMS (Adventist Church Management System) começou a ser usado desde o 01/01/2012 em toda a Divisão, com dados exatos providenciados por igrejas locais e pelos campos, quando a igreja local não tinha condições de enviar as informações informatizadas. O programa foi lançado oficialmente da DSA na comissão diretiva reunida de 26-30/10/2012 e a partir do primeiro trimestre de 2014, o Sistema incluiu os Relatórios Unificados dos Departamentos da Igreja (REVISTA ADVENTISTA DEZEMBRO DE 2012, P. 30). Hoje, de certa maneira, 100% das igrejas estão informatizadas. Aproximadamente 70% das secretarias de igreja enviam os relatórios mensais através do sistema online, enquanto as outras 30% enviam em papel os relatórios e os campos ingressam os dados ao ACMS. Assim, 100% dos dados estão online, embora 30% das igrejas ainda não consigam enviar os dados diretamente através do sistema. No final de 2008 a DSA oficializou que somente os dados entregues

através do SGI seriam considerados

oficiais. Por conta disso, nessa época o número de membros caiu em mais de 600.000 (MAGDIEL PEREZ, 2014). A Associação Geral dos adventistas está implantando em nível mundial esse sistema idealizado no território da DSA. Em 09/10/2012 a DSA e a AG17 assinaram um memorando de entendimento em que a DSA doava o ACMS para ser utilizado no mundo, mas a administração do ACMS ficava em mãos da DSA. Assim, O ACMS já está sendo utilizado em diversas uniões nos territórios da Divisão Interamericana, Divisão África Centro Oeste, Divisão África Centro Leste, Divisão Sul Ásia Pacífico, Divisão Trans17 Associação

Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Europeia e a União do Oriente Médio e Norte da África (MAGDIEL PEREZ, 2014).

12 Considerações Finais

Conclui-se portanto, que o Evangelismo Integrado na DSA, desde o seu estabelescimento oficial em 1999, estruturou-se na plataforma de algumas atividades, que passaram a ser sustentadoras do projeto. Tais atividades são fundamentais para que o Evangelismo Integrado alcance o seu propósito de aglutinar as forças da igreja, incluindo, membros, departamentos e instituicões em prol da evangelizacão. Várias dessas atividades são acões evangelísticas diretas e outras são de cunho social, que servem para abrir caminho para a pregacão do Evangelho. Esse artigo selecionou dez dessas atividades principais, usando o critério da originalidade. Ou seja, elas estão direta ou indiretamente descritas no projeto original, conforme estabelecido em 1999. Na verdade, apenas a informatizacão da secretaria está nessa segunda categoria, as nove outras foram originalmente estabelecidas. Nota-se que basicamente não houve ampliação nas atividades no decorrer dos anos, mas houve sim uma ampliação no investimento e no alcance delas. A exemplo disso pode se citar a ampliacão do uso dos meios de comunicacão e a aceleracão no plantio de igrejas e na distribuição de literatura. Não há sinais de que a igreja mudará a sua ênfase no futuro próximo e o desejável é que os devidos aperfeiçoamentos continuem sendo feitos, objetivando, principalmente, consolidar um processo de discipulado que alcance um nível mais satisfatório de envolvimento e compromisso que a missão requer.

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