Audiodescrição

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC



GESTÃO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO





Eduardo Alexandre de Carvalho












SÃO PAULO
Maio de 2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC



GESTÃO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
AUDIODESCRIÇÃO COMO AGENTE DE INCLUSÃO SOCIAL
Orientação: Profª Cristina Queiroz




Eduardo Alexandre de Carvalho










SÃO PAULO
Maio de 2015
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO.........................................................................................................
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2.AUDIODESCRIÇÃO COMO AGENTE DE INCLUSÃO SOCIAL..................
2
3.CONCLUSÃO...........................................................................................................
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4.REFERÊNCIAS........................................................................................................
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1.INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo analisar de que forma a audiodescrição contribui para a inclusão social dos portadores de deficiência visual. A análise levou em consideração a criação da tecnologia de audiodescrição nos Estados Unidos, sua difusão para outros países, principalmente europeus, e como é aplicada nos mercados áudio-visuais no Brasil.























Palavras-chave: Tecnologia, Audiodescrição, Inclusão Social.
2.AUDIODESCRIÇÃO COMO AGENTE DE INCLUSÃO SOCIAL
De acordo com o CENSO de 2010 do IBGE, há no Brasil cerca de 6,6 milhões de pessoas com dificuldade visual severa. São pessoas que não deixam de consumir produtos culturais, mesmo tendo a compreensão em sua totalidade comprometida. Há poucos recursos disponíveis no país, apesar dos avanços e normas estabelecidas pelos órgãos reguladores.
Para minimizar este problema, em 1985 o canal de TV americano WGBH desenvolveu um projeto chamado audiodescrição.
A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que amplia o entendimento das pessoas com deficiência visual em eventos culturais, gravados ou ao vivo, como: peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas, desfiles e espetáculos de dança; eventos turísticos, esportivos, pedagógicos e científicos tais como aulas, seminários, congressos, palestras, feiras e outros, por meio de informação sonora. É uma atividade de mediação linguística, uma modalidade de tradução intersemiótica, que transforma o visual em verbal, abrindo possibilidades maiores de acesso à cultura e à informação, contribuindo para a inclusão cultural, social e escolar. Além das pessoas com deficiência visual, a audiodescrição amplia também o entendimento de pessoas com deficiência intelectual, idosos e disléxicos.
O canal auxiliar com a descrição gravada é, então, disponibilizado através da tecla SAP dos canais digitais ou de trilha sonora separada, nos filmes em DVD ou Blu-ray.
Segundo Paulo Romeu Filho, um dos organizadores do livro "Audiodescrição: Transformando Imagens em Palavras", o profissional que desenvolve a audiodescrição precisa ter competências em diversas áreas:
O profissional de audiodescrição precisa ter bons conhecimentos de tradução semiótica, linguagem teatral, linguagem fílmica, amplo vocabulário, capacidade de síntese, elaboração de roteiros, conhecimento das técnicas e softwares empregados na edição e produção de audiovisuais. Enfim, é necessário um conjunto de conhecimentos específicos em várias disciplinas, principalmente das áreas de comunicação, educação e letras.
Mas a principal característica do perfil de um audiodescritor deve ser a empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar de um espectador com deficiência e saber exatamente o que precisa e o que não deve ser descrito, não superestimando nem subestimando a capacidade de percepção e compreensão desses expectadores.
Nos EUA, as emissoras locais afiliadas dos canais CBS, NBC, ABC e Fox são obrigadas a transmitir pelo menos 50 horas de programação com audiodescrição disponível por trimestre. Apesar de não estar incluída na lista de empresas obrigadas a fornecer a audiodescrição, a Netflix, distribuidora de filmes e séries por streaming, disponibilizou a tecnologia juntamente com sua mais recente série original, Demolidor, que trata justamente da história de um herói cego.
Na Inglaterra, a BBC, através de seu serviço on-demand BBC iPlayer, transmite cerca de 20% de sua programação otimizada para os deficientes auditivos. A emissora começou a oferecer o serviço em 2009, sendo a pioneira neste segmento.
No Brasil, apesar da portaria que regula a audiodescrição ser de 2006, passou a vigorar somente em 2011. As emissoras de sinal aberto digital são obrigadas a transmitir pelo menos duas horas de programação adaptada por semana, aumentando a quantidade de horas anualmente, até atingir 20 horas semanais de transmissão em 2020. Atualmente, a Rede Globo transmite cerca de 6 horas semanais, o SBT 8:30 horas, a Band 5:50 horas, a TV Cultura, 7 horas e a Record 3 horas.
No final de 2014, a ANCINE estabeleceu a obrigatoriedade dos meios de acessibilidade disponíveis nos filmes financiados com recursos públicos.
O primeiro DVD com audiodescrição lançado no Brasil foi o do filme Irmãos de Fé, 2005. Até 2011, já havia cerca de 80 filmes adaptados no Brasil. A Programadora Brasil, distribuidora vinculada ao Ministério da Cultura, disponibiliza filmes com audiodescrição para clubes de cinema, para exibição em sessões não comerciais.
A Universidade Federal de Juiz de Fora ministra o primeiro curso de especialização em audiodescrição do Brasil. O curso, que teve início em 2014, foi elaborado conforme política sobre acessibilidade e tem carga horária de 405 horas.

3.CONCLUSÃO
A pesquisa demonstrou que, apesar das conquistas, ainda falta muito para a inclusão dos portadores de deficiência visual, no que concerne a apreciação de filmes nos cinemas e programas televisivos. Demonstrou, ainda, que o desenvolvimento de muitos projetos depende de voluntários que ajudam na criação e divulgação da audiodescrição, bem como da pressão nos órgãos públicos de regulamentação.


4.REFERÊNCIAS
MOTTA Lívia Maria Villela de Mello, Audiodescrição: Transformando Imagens em Palavras. Livro digital disponível em http://vercompalavras.com.br. Acesso em 23/04/2015.
NUNES, Elton Vergara. Mídias do Conhecimento: um retrato da audiodescrição no Brasil. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação. v.11 n.6 dez/10 ARTIGO 05 Disponível em http://www.dgz.org.br/dez10/Art_05.htm Acesso em 24/04/2015.
IBGE – Censo 2010 - Disponível em http://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?id=1&idnoticia=2125&view=noticia Acesso em 22/04/2015.
EDUCATION DEVELOPMENT CENTER, INC - Disponível em http://www2.edc.org/ncip/library/v&c/cronin.htm Acesso em 23/04/2015.
AUDIODESCRIÇÃO - Disponível em http://audiodescricao.com.br/ad/entrevista-com-paulo-romeu-filho/ Acesso em 22/04/2015.
FEDERAL COMMUNICATIONS COMISSION - Disponível em http://www.fcc.gov/encyclopedia/video-description Acesso em 24/04/2015.
NETFLIX US & CANADA BLOG - Disponível em http://blog.netflix.com/2015/04/netflix-begins-audio-description-for.html Acesso em 24/04/2015.
BBC BRITISH BROADCASTING CORPORATION - Disponível em http://www.bbc.co.uk/corporate2/insidethebbc/howwework/policiesandguidelines/audiodescription.html Acesso em 24/04/2015.
MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES - Disponível em http://www.mc.gov.br/normas/26752-norma-complementar-n-01-2006 Acesso em 23/04/2015.
SECRETARIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - Disponível em http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/noticias/tvs-por-assinatura-aumentam-o-numero-de-programas-com-audiodescricao-para-se-adequar-a-legi Acesso em 22/04/2015.
AGÊNCIA NACIONAL DO CINEMA - Disponível em http://www.ancine.gov.br/sala-imprensa/noticias/ancine-publica-norma-sobre-acessibilidade-da-produ-o-audiovisual Acesso em 22/04/2015.
COM AUDIODESCRIÇÃO - Disponível em http://comaudiodescricao.blogspot.com.br/p/dvd.html Acesso em 24/04.2015.
MINISTÉRIO DA CULTURA - Disponível em http://www.cultura.gov.br/noticias-sav/-/asset_publisher/QRV5ftQkjXuV/content/sav-boletim-eletronico/10889 Acesso em 22/04/2015.
SECRETARIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - Disponível em http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/noticias/sdhpr-e-ufjf-inauguram-primeiro-curso-de-especializacao-em-audiodescricao-do-brasil Acesso em 22/04.2015.




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NUNES, Elton Vergara. Mídias do Conhecimento: um retrato da audiodescrição no Brasil. Disponível em http://www.dgz.org.br/dez10/Art_05.htm Acesso em 24/04/2015.
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