AULA 1 e 2 de 2 – (NOÇÕES BÁSICAS) – FABIO LUCIO MOREIRA LIMA

June 6, 2017 | Autor: Liza Amaral | Categoria: Administration
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AULA 1 e 2 de 2 – (NOÇÕES BÁSICAS) – FABIO LUCIO MOREIRA LIMA TÓPICO I – O PATRIMÔNIO, A VISÃO CONTÁBIL DOS REGISTROS 1 - PATRIMÔNIO É o conjunto de bens, direitos e obrigações, de uma pessoa física ou jurídica, avaliado em moeda. Bens – São coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Sob o ponto de vista contábil, Bem é tudo aquilo que a empresa possui para usar, consumir ou trocar. Os bens podem ser classificados de acordo com o modo que forem considerados. Segundo sua constituição física, os bens podem ser: Materiais ou tangíveis – possuem corpo, são móveis (dinheiro, veículo...) ou imóveis (casas, terrenos, ...) . Imateriais ou intangíveis – Não possuem corpo, não tem matéria. São determinados gastos que por sua natureza devem ser considerados parte do patrimônio. Ex.: Benfeitorias em propriedade de terceiros, fundo de comércio (ponto comercial), Marcas e Patentes, etc... Direitos – Valores a receber de terceiros por vendas, empréstimos concedidos, etc... (ou ainda: Direitos são nossos bens em posse de terceiros) Os direitos se apresentam, geralmente, sob a forma de títulos e documentos, tais como duplicatas a receber, cheques pré-datados a sacar, adiantamentos a empregados, tributos a recuperar (ICMS a Recuperar, IPI a Recuperar, PIS a Recuperar, Cofins a Recuperar, Imposto de Renda a Restituir etc.), adiantamentos a fornecedores, empréstimos concedidos, vendas a faturar e notas promissórias a receber. Obrigações – Valores a pagar a terceiros por compras, empréstimos obtidos, etc... (ou ainda: Obrigações são bens de terceiros em nossa posse) 2 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO A fim de facilitar a aprendizagem, utilizamos o “T” para representar graficamente o patrimônio. Do lado esquerdo do T colocamos os bens e direitos, elementos positivos (ativo) e do lado direito as obrigações, elementos negativos do patrimônio (passivo). PATRIMÔNIO AT I V O (ELEMENTOS POSITIVOS) Bens Caixa (dinheiro) Estoque de Mercadorias Móveis e utensílios

P A S S I V O (ELEMENTOS NEGATIVOS ) Obrigações Salários a pagar Duplicatas a pagar Impostos a pagar

PATRIMÔNIO AT I V O (ELEMENTOS POSITIVOS) Bens

P A S S I V O (ELEMENTOS NEGATIVOS ) Obrigações

Caixa (dinheiro) ................... 50 Estoque de Mercadorias ....... 100 Móveis e utensílios .............. 200

Salários a pagar ............... 100 Duplicatas a pagar ........... 30 Impostos a pagar ............ 10

Direitos Duplicatas a receber ............. 50 Promissórias a receber.......... 100

Patrimônio Líquido Capital ........................... 300 Reservas .......... 60

TOTAL

500 TOTAL

500

EQUAÇÃO PATRIMONIAL ATIVO – PASSIVO = SITUAÇÃO LÍQUIDA (Bens + Direitos) (Obrigações) ( Capital Próprio ) NOTA: O Patrimônio Líquido também é conhecido como: 9 Situação Líquida 9 Passivo não Exigível 9 Capital Próprio 9 Passivo Fictício 9 Origens Próprias 9 Fontes Próprias 3 - SITUAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMONIAIS A

1ª - ATIVO MAIOR QUE O PASSIVO (SITUAÇÃO NORMAL)

P SL

Neste caso a situação líquida chama-se: Situação Líquida Ativa, Positiva, Superavitária, Favorável, Riqueza Patrimonial. 2ª - ATIVO MENOR QUE O PASSIVO

A

P

Neste caso a situação líquida chama-se: SL Situação Líquida Passiva, Negativa, Deficitária, Desfavorável, Passivo a Descoberto 3ª - ATIVO IGUAL AO PASSIVO

A

P

Neste caso o Ativo é inteiramente absorvido pelas Obrigações e a Situação Líquida é inexistente, tecnicamente chamada Situação Líquida Nula ou Compensada. CASO PARTICULAR DA 1ª SITUAÇÃO LÍQUIDA: ATIVO IGUAL A SITUAÇÃO LÍQUIDA A SL Neste caso não há obrigações, a Situação Líquida é Positiva. (Particularidade da 1ª situação)

Direitos Duplicatas a receber Promissórias a receber

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Grupo que juntamente com os bens, direitos e obrigações, iguala , completa a equação patrimonial. É a parte do patrimônio que pertence aos sócios. É o capital próprio do(s) titular(es), formado pelo capital inicial, nominal, subscrito, integralizado mais reservas e mais ou menos, respectivamente, lucro ou prejuízo. No gráfico é colocado sempre do lado direito, devendo ser somado (ou subtraído) das obrigações de modo a igualar os elementos positivos (ativo), com os elementos negativos (passivo).

CASO PARTICULAR DA 2ª SITUAÇÃO LÍQUIDA: SITUAÇÃO LÍQUIDA IGUAL AO PASSIVO OU Neste caso, não há Ativo, apenas P Obrigações, a Situação Líquida SL P é Negativa. (SL) SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL IMPOSSÍVEL = SL>A SITUAÇÃO LÍQUIDA MAIOR QUE O ATIVO (Pois não pode haver Origem sem Aplicação)

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AULA 1 e 2 de 2 – (NOÇÕES BÁSICAS) – FABIO LUCIO MOREIRA LIMA 4 - ORIGEM E APLICAÇÃO DOS RECURSOS (ou FONTES E USOS) O início da formação do Patrimônio é o Capital Inicial, como já vimos, também chamado capital nominal, subscrito, integralizado ou seja, o capital do proprietário, mais as suas evoluções (Lucros e Reservas) que pode ser complementado por outros capitais de terceiros que são obrigações para a empresa porque terá que pagar, devolver esses capitais. Dessa forma podemos resumir: As origens dos recursos são: Capitais de Terceiros (obrigações) Capitais Próprios = Patrimônio Líquido (Capital Nominal + Reservas + Lucros) PASSIVO (ORIGEM, de onde vem o recurso, fonte do recurso) Capital de terceiros.100 Capital 50 Capital próprio Reservas 20 Lucros* 10 Capital Total à Disposição 180 (total credor, total das Origens, total do Passivo) *Atualmente tem que ser distribuído ou Convertido em Reserva – Lei 11.638/07

Esses recursos são, invariavelmente aplicados no Ativo. ATIVO (APLICAÇÃO, O que é o recurso, como está aplicado) Caixa Bancos Estoques

30 80 70

Capital aplicado 180 (Total devedor, total das aplicações, patrimônio bruto, total do Ativo) ATIVO (APLICAÇÃO, O que é o recurso, como está aplicado) Caixa Bancos Estoques

30 80 70

PASSIVO (ORIGEM, de onde vem o recurso, fonte do recurso) Capital de terceiros.100 Capital próprio

Capital 50 Reservas 20 Lucros 10

Capital Total à Disposição 180 Capital aplicado 180 (Total devedor, total das (total credor, total das Origens, aplicações, patrimônio total do Passivo) bruto, total do Ativo) 5 – AGRUPAMENTO DE CONTAS NO BALANÇO PATRIMONIAL O Agrupamento das Contas obedece à Lei 6404/76 (Lei das S.A) bem como à técnica contábil.

Transcrição de parte da Lei nº 6404/76:

“Art. 178 No Balanço, as Contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”. § 1º No Ativo, as Contas serão dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos nela registrados, nos seguintes grupos:

a) b) c)

Ativo Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente, dividido em Investimentos, Imobilizado, Intangível e Diferido. § 2º No Passivo, as Contas serão classificadas nos seguintes

grupos: a) Passivo Circulante b) Passivo Exigível a Longo Prazo c) Resultado de Exercícios Futuros d) Patrimônio Líquido, dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliações Patrimoniais, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. 5.1– GRUPO DE CONTAS (Lei nº 6404/76) ATIVO Art 179. No Ativo as Contas são classificadas do seguinte modo: I – No Ativo Circulante: As Disponibilidades, os Direitos Realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recurso em despesas do exercício seguinte; II – No Ativo Realizável a Longo Prazo: Os Direitos Realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedade coligada ou controlada, diretores, acionistas; III – Em Investimentos: As participações permanentes em outras sociedades e Direitos de qualquer natureza não classificáveis no Ativo Circulante e que não se destinem à manutenção da empresa. IV – No Ativo Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. V – No Ativo Diferido: : as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional; VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) PASSIVO Art. 180. As Obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do Ativo Permanente, serão classificados no Passivo Circulante, quando vencerem no exercício seguinte, e no Passivo exigível a Longo Prazo, se tiverem vencimento com prazo maior (após o término do exercício seguinte). RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Art. 181. Serão classificados como resultados de exercícios futuros as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a ela correspondentes. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Art.182. A Conta do Capital Social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. ETC.............................. 6 – PLANO DE CONTAS Plano de Contas é um elenco de todas as contas utilizadas pela empresa, agrupadas de acordo com a esquematização do Balanço Patrimonial. O Plano de Contas é um dos aspectos mais importantes da organização contábil, orientando o registro de todas as operações. O Plano de Contas não deve ser rígido e inflexível, ele deve ser organizado, permitindo que seja possível fazer tantas alterações quantas sejam necessárias e será elaborado de acordo com a estrutura e tamanho da empresa, obedecendo ao que determina a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, quanto ao agrupamento das contas.

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AULA 1 e 2 de 2 – (NOÇÕES BÁSICAS) – FABIO LUCIO MOREIRA LIMA VISÃO SINTÉTICA DO BALANÇO PATRIMONIAL

QUANTO AO AGRUPAMENTO DE CONTAS (LEI 6404/76):

1 -

ATIVO (agrupa contas homogêneas em ordem 2 - PASSIVO (Agrupa contas de acordo com o seu decrescente do grau de liquidez, isto é de acordo com a rapidez vencimento, isto é, aquelas contas que serão liquidadas. As que que possa transformar-se em dinheiro) vencem primeiro, aparecem primeiro)

1.1 – Circulante = Será transformado em dinheiro rapidamente (Até o término do exercício social seguinte) = curto prazo Caixa Bancos conta Movimento Aplicações de Liquidez Imediata

Disponível Contas a Receber (Direitos pessoais) Estoques (Direitos reais)

Duplicatas a Receber Clientes

Mercadorias Material de Expediente Produtos Acabados, matéria-prima e outros materiais secundários (se indústria)

Despesas do Ex. Seguinte

Alugueis Passivos a Vencer Prêmio de Seguros a Vencer

2.1 – Circulante = São as obrigações que são pagas dentro e um ano (curto prazo). Ex.: Fornecedores, salários a pagar, Duplicatas a Pagar, Adiantamentos de Clientes, etc.

2.2 – Exigível a Longo Prazo (São as obrigações que serão liquidadas com prazo superior a um ano) = Dívidas de longo prazo. Ex.: Duplicatas a pagar, Financiamentos, etc.

2.3 – Resultado de Exercícios Futuros

São as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos correspondentes. Ex: Aluguéis Ativos a Vencer

( - ) Deduções do Circulante (Contas de Saldo Credor):

( - ) Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa ( - ) Duplicatas Descontadas ( - ) Provisão para ajuste de estoque a valor de mercado

1.2 – Realizável a Longo Prazo = Espera-se muito tempo para receber (pelo menos após o término do exercício seguinte) Ex.: Empréstimos a sócios ou pessoas ligadas, Duplicatas a Receber, etc. 1.3 – Permanente = Normalmente não se vende, não se recebe, pois é para uso. = denominado Ativo fixo. Participações ( que não se destinem a venda) em outras empresas e outras aplicações permanentes que não se Investimento: destinem à manutenção da atividade operacional da empresa. Exemplos: Imóveis alugados, jóias, etc.

Imobilizado:

Diferido

Intangível:

Direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de controle desses bens Despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tãosomente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional

Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

2.4 – Patrimônio Líquido = representa os investimentos dos proprietários (Capital) mais o lucro acumulado, no decorrer dos anos retido na empresa, ou seja, não distribuídos e ainda não incorporados ao Capital. Além desses itens podemos observar neste grupo de contas as reservas que serão estudadas em momento oportuno. Capital Social

Investimento inicial dos sócios

Reservas de Capital

(+ou-)ajustes de avaliação patrimonial

Reservas de Lucros

(-) (-) (-) (-)

Produto de alienação de Partes Beneficiárias, Ágio na emissão de Ações, etc.

Contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. Podem ser Reservas legais, Estatutárias, De Incentivos Fiscais, para Contingências, para Investimentos, etc.

Deduções do PL (contas de saldo devedor): Capital a Realizar Prejuízos Acumulados Ações em Tesouraria

(-) Deduções do Permanente (contas de saldo credor) Ex.: ( - ) Depreciação Acumulada (ref. a bens materiais) ( - ) Amortização Acumulada (ref. a bens imateriais) ( - ) Exaustão Acumulada (ref. a recursos naturais)

Total

Total

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AULA 1 e 2 de 2 – (NOÇÕES BÁSICAS) – FABIO LUCIO MOREIRA LIMA 7 - ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 7.1 - . ANÁLISE VERTICAL A análise vertical facilita a avaliação da estrutura do Ativo e do Passivo bem como a participação de cada item da Demonstração de Resultado na formação do lucro ou prejuízo. O cálculo do percentual de participação relativa dos itens do Ativo e do Passivo é feito dividindo-se o valor de cada item pelo valor total do Ativo ou do Passivo. Para a participação relativa dos itens da Demonstração de resultado o cálculo é feito dividindo-se cada item pelo valor da Receita Líquida, pois esta é considerada como base. (Ex. no final) Outras constatações podem ser extraídas, mas a utilidade aumenta sensivelmente se a análise vertical for utilizada conjuntamente com a análise horizontal. 7.2 - ANÁLISE HORIZONTAL A análise horizontal tem a finalidade de evidenciar a evolução dos itens das demonstrações contábeis, por meio dos períodos. Calculam-se os números-índices estabelecendo o exercício mais antigo como índice-base 100. Podem ser calculados, também, aumentos anuais. As técnicas utilizadas em análise horizontal apresentam algumas limitações: 01. Quando o valor do item correspondente no exercício-base for nulo, número-índice não pode ser calculado pela forma proposta, pois os números são divisíveis pelo número zero. Nesses casos, podem ser analisadas variações em valores absolutos; 02. Quando o exercício-base apresenta um número negativo e no exercício seguinte o número fica positivo ( e vice-versa), matematicamente, é calculável, mas o resultado deve ser tratado com bastante cuidado, para não ocorrerem interpretações equivocadas da evolução.

não implique "custos extras" em volume superior ao ganho obtido pelo aumento do giro. O mesmo é válido, também, em relação ao giro das contas a receber (e prazo médio das contas a receber), em termos de quanto mais rápido a empresa receber, melhor. Já em relação ao prazo médio de pagamento a fornecedores, quanto maior, melhor, ou seja, quanto mais tempo para pagar, melhor. Freqüentemente, o prazo médio de pagamento a fornecedores é comparado com o prazo médio das contas a receber. Por exemplo, a empresa compra com prazo de 81 dias e vende com prazo de 68 dias, ela tem condições de recomprar antes mesmo de totalizar o pagamento aos fornecedores. 7.7 - ÍNDICES DE RENTABILIDADE Esses índices medem quanto está rendendo os capitais investidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso ( ou insucesso) empresarial. São calculados, geralmente, sobre as receitas líquidas, porém, em alguns casos, pode ser interessante calcular sobre as receitas brutas deduzidas somente das vendas canceladas (devoluções) e abatimentos. Como pode ser observado, este índice quanto maior, melhor.

7.3 - ANÁLISE POR MEIO DE ÍNDICES A técnica de análise por meio de índices consiste em relacionar contas e grupos de contas para extrair conclusões sobre tendências e situação econômico-financeira da empresa. O analista pode trabalhar com índices ou percentual. A classificação dos índices pela empresa pode ser como ótimo, bom, satisfatório ou deficiente, ao compará-los com os índices de outras empresas do mesmo ramo ou porte.. Esta comparação é possível através das publicações em revistas especializadas. 7.4 - ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL Esses índices indicam o grau de dependência da empresa com relação a capital de terceiros e o nível de imobilização do capital. Quanto menor o índice, melhor. 7.5 - ÍNDICES DE LIQUIDEZ Os índices de liquidez mostram a situação financeira da empresa. Quanto maior o índice, melhor. Um aspecto importante que deve ser considerado é que a empresa precisa "repor" os ativos circulantes que converter em dinheiro, para não interromper sua atividade operacional. Nessas condições, os ativos circulantes passam a ter características permanentes. Portanto, os índices de liquidez são válidos para os casos em que a empresa é "liquidada". 7.6 - ÍNDICES DE ROTAÇÃO Os índices de rotação (giros) evidenciam o prazo de renovação dos elementos patrimoniais, dentro de determinado período de tempo. A análise do giro dos ativos fornece informações sobre aspectos de gestão da empresa, tais como as políticas de estocagem, financiamento de compras e financiamento de clientes. Com relação ao giro dos estoques (e prazo médio de estocagem), as empresas procuram aumentar, pois quanto mais rápido vender o produto, mais o lucro aumentará. Esse raciocínio é válido desde que a margem de contribuição seja positiva e o aumento do giro [email protected]

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AULA 1 e 2 de 2 – (NOÇÕES BÁSICAS) – FABIO LUCIO MOREIRA LIMA OBSERVE ABAIXO, OS DIVERSOS ÍNDICES E RESPECTIVAS FÓRMULAS ÍNDICES

FÓRMULAS

Estrutura de Capital Participação dos Terceiros (PCT)

Capitais

de

Exigível total Exigível + Patrimônio Líquido

Composição do endividamento (CE)

Passivo circulante Exigível total

Imobilização (ICP)

do

capital

próprio

Recursos

não

Ativo permanente Patrimônio líquido + Exigível a L.P.

Liquidez Ativo Circulante + Ativo real. L.P.

Liquidez Geral (LG)

Passivo Circ. + Passivo exig. L.P. Ativo circulante

Liquidez corrente (LC)

Passivo circulante Ativo circ. –Estoques – Desp.exerc.seguinte

Liquidez seca (LS)

passivo circulante Disponível

Liquidez imediata (LI)

Passivo Circulante Rotação Custo dos produtos vendidos

Giro dos estoques (GE)

Saldo médio dos estoques Receita operacional bruta – Devol./abatims

Giro das contas a receber (GCR)

Saldo médio das contas a receber Receita operacional líquida

Giro do ativo operacional (GAOP)

Saldo médio do ativo operacional Prazo médio Saldo médio dos estoques

Prazo médio de estocagem (PME)

Custo dos prod. vendidos / 365 dias Prazo médio das contas a receber (PMCR)

Saldo médio das constas a receber (Rec. Oper.Bruta – Devol. e abatim.) / 365 dias

Prazo médio de pagamento fornecedores (PMPF)

a

1.1 - Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos e financeiros objetivando a maximização da riqueza da empresa e do valor das suas ações.

Ativo permanente Patrimônio líquido

Imobilização dos correntes (IRNC)

TÓPICO II – A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1 – Administração Financeira Pode-se definir Finanças como a arte e a ciência de administrar fundos. Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. Finanças ocupa-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos.

Saldo médio de fornecedores Compras brutas / 365 dias

1.2 - maximização da riqueza É a contribuição para o valor da empresa pela seleção daqueles investimentos que possuem a melhor compensação entre risco e retorno. A compensação entre risco e retorno, Dado um nível de risco, é a taxa desejada de retorno que justifica a execução de um investimento. 2 - O que faz o Administrador Financeiro A função de gestão financeira geralmente é associada a um alto executivo da empresa, denominado freqüentemente diretor financeiro ou vice-presidente de finanças. O vice-presidente de finanças coordena as atividades do tesoureiro e do controlador. A controladoria preocupase com a contabilidade de custos e a contabilidade financeira, com os pagamentos de impostos e com os sistemas de informação gerencial. A tesoureira responsabiliza-se pela gestão do caixa e da área de crédito da empresa, por seu planejamento financeiro, e pelos gastos de investimento. Numa empresa menor, o tesoureiro e o controlador talvez sejam a mesma pessoa, não se encontrando dois departamentos distintos. ÊNFASE EM FLUXOS DE CAIXA A função primordial do contador é produzir e divulgar dados para a mensuração do desempenho da empresa, avaliando sua posição financeira, e para o pagamento de impostos. De acordo com certos princípios padronizados e geralmente aceitos, o contador prepara demonstrações financeiras que reconhecem receitas no momento da venda ( quer tenha sido recebido pagamento, quer não) e reconhecem despesas quando são realizadas. Esse enfoque é conhecido pelo nome de REGIME DE COMPETÊNCIA. O administrador financeiro, por outro lado, dá mais ênfase aos fluxos de caixa, na entrada e saída de caixa. Ele mantém a solvência da empresa planejando os fluxos de caixa necessários para que ela cumpra suas obrigações e adquira os ativos necessários para alcançar seus objetivos. O administrador financeiro usa o regime de caixa para reconhecer as receitas e despesas somente no que diz respeito às entradas e saídas efetivas. Independentemente de lucro ou prejuízo, uma empresa necessita ter um fluxo suficiente de caixa para saldar suas obrigações, (VER EM SALA EXEMPLO)

Rentabilidade Lucro bruto

Margem bruta (MB)

Receita Oper. líquida Lucro líquido

Margem líquida (ML)

Receita Oper. líquida Rentabilidade (RCP)

do

capital

próprio

Lucro líquido Saldo médio do Patr. líquido

2.1 - Decisões de Administração Financeira O administrador financeiro deve preocupar-se com três tipos básicos de questões: 2.1.1 - Orçamento de Capital: Processo de planejamento e gestão dos investimentos de uma empresa em longo prazo. Nessa função o administrador financeiro procura identificar as oportunidades de investimento cujo valor para a empresa é superior a seu custo de aquisição. Em termos amplos, isto significa que o valor do fluxo de caixa gerado por um ativo supera o custo desse ativo.

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AULA 1 e 2 de 2 – (NOÇÕES BÁSICAS) – FABIO LUCIO MOREIRA LIMA O princípio econômico fundamental usado na administração financeira é a análise marginal, ou seja, o princípio de que uma decisão financeira deve ser tomada somente quando os benefícios adicionais superarem os custos adicionais. Praticamente todas as decisões financeiras reduzem-se a uma comparação de benefícios marginais e custos marginais. ANÁLISE DE CASO: Problema – substituir ou não os computadores da empresa por um novo, mais sofisticado, que aceleraria o processamento e permitiria processar maior número de transações. O novo computador exigiria o desembolso de R$ 80.000 e o computador antigo poderia ser vendido por R$ 28.000 líquidos. Os benefícios totais com a compra do novo computador (medidos em moeda atual) seriam de R$ 100.000. os benefícios produzidos pelo computador antigo, no mesmo período, (em moeda de hoje) seriam de R$ 35.000. Aplicando a análise marginal, organize os dados e opine sobre a decisão a ser tomada a)

Benefícios com o novo computador

b)

(-) benefícios com o comp. Antigo

c)

benefícios marginais (adicionais)

d)

Custo do novo computador

e)

(-) Receita com a venda do comp. Antigo

f)

custos marginais (adicionais)

g)

Benefício líquido (1) – (2)

b - Obter novos recursos para planos de expansão, com base em estudos de viabilidade econômico-financeira e aos menores custos. A empresa deve ser perpetuada e, para tanto, tem de realizar investimentos em tecnologia, novos produtos, etc., que poderão sacrificar a rentabilidade atual em troca de maiores benefícios no futuro. A grande concorrência existente nas modernas economias de mercado obriga as empresas a se manterem tecnologicamente atualizadas. Nenhuma pode sentir-se segura em uma boa posição, porque a qualquer momento algum concorrente poderá surgir com um produto melhor e mais barato. Deste modo, as empresas são impelidas a desenvolverem continuamente novos projetos e a tomarem decisões sobre a sua implantação. Normalmente isto significa a necessidade de elevadas somas adicionais de recursos e uma elevação no risco do empreendimento. O retorno deve ser compatível com o risco assumido. Maior risco implica a expectativa de maior retorno. c - Assegurar o necessário equilíbrio entre os objetivos de lucro e os de liquidez financeira, quantificando os planos de expansão de acordo com as possibilidades de obtenção de recursos, próprios ou de terceiros. ANÁLISE DE CASO: Considerar se a maximização do lucro é um objetivo razoável, em qualquer caso, tendo em vista: 1 - A distribuição dos resultados no tempo 2 – Os fluxos de caixas disponíveis aos acionistas 3 – O risco Para análise, considerar dois fluxos de caixa: Fluxo A: 3 recebimentos de 1.000 cada Fluxo B : 3 recebimentos, sendo o primeiro de 1.500 o segundo de 900 e o terceiro de 500. Qual dos dois é mais vantajoso?

CONCLUSÃO: 2.1.2 - Estrutura de Capital: Combinação de capital de terceiros e capital próprio existente na empresa. O administrador financeiro tem duas preocupações, no que se refere a essa área. Primeiramente, quanto deve a empresa tomar emprestado? Em segundo lugar, quais são as fontes menos dispendiosas de fundos para a empresa? Além destas questões, o adm. financeiro precisa decidir exatamente como e onde os recursos devem ser captados, e, também, cabe ao adm. financeiro a escolha da fonte e do tipo apropriado de recurso que a empresa, por ventura, tomará emprestado. 2.1.3 - Administração do Capital de Giro: Capital de giro são os ativos e passivos circulantes de uma empresa. A gestão do capital de giro de uma empresa é uma atividade diária que visa assegurar que a empresa tenha recursos suficientes para continuar suas operações e evitar interrupções muito caras. Estas três áreas de administração financeira – orçamento de capital, estrutura de capital e administração do capital de giro – são muito amplas. Cada uma delas inclui uma variedade de tópicos. Porém considerando o nosso objetivo: “noções”, não iremos analisá-las analiticamente, a não ser em exercícios de concursos. 3 - OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 3.1 - Maximização de Lucro: O objetivo mais geral da administração financeira é maximizar o valor de mercado do capital dos proprietários existentes, não importando se a empresa é uma firma individual, uma sociedade de pessoas (quotas) ou por ações. Em qualquer delas, as boas decisões financeiras aumentam o valor de mercado do capital dos proprietários. Pode-se dizer que a administração financeira tem três objetivos básicos: a - Manter a empresa em permanente situação de liquidez, como condição básica ao desenvolvimento de suas atividades. Uma empresa apresenta boa liquidez quando seus ativos e passivos são administrados convenientemente. O importante é manter os fluxos das entradas e saídas de caixa sob controle e conhecer antecipadamente as épocas em que irá faltar numerário.

Comentários:

4 - DECISÕES FINANCEIRAS BÁSICAS 4.1 - Investimentos: A preocupação primordial diz respeito à avaliação e escolha de alternativas de aplicação de recursos nas atividades normais da empresa. Consiste ainda num conjunto de decisões visando dar à empresa a estrutura ideal em termos de ativos – fixos e correntes – para que os objetivos da empresa como um todo seja atingido. Nessa área, o enfoque básico é a obtenção do maior resultado (retorno) possível, dado o risco que os proprietários da empresa estão dispostos a correr. 4.2 - Financiamento: O que se deseja fazer é definir e alcançar uma estrutura ideal em termos de fontes de recursos, dada a composição dos investimentos. É preciso compreender, desde já, que a função financeira, cuja finalidade é assessorar a empresa como um todo proporcionando-lhe os recursos monetários exigidos, não determina, por isso mesmo, quais as aplicações a serem feitas pela empresa. Isto decorre dos objetivos e das decisões da administração e/ou dos proprietários da empresa em um nível mais alto. À administração financeira resta conseguir os recursos necessários para financiar essa estrutura de investimento ao mais baixo custo possível. 4.3 - Utilização (destinação) do lucro líquido: Há uma área de decisões também comumente conhecida pelo nome de política de dividendos, que se preocupa com a destinação dada aos recursos financeiros que a própria empresa gera em suas atividades operacionais e extra-operacionais.

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AULA 1 e 2 de 2 – (NOÇÕES BÁSICAS) – FABIO LUCIO MOREIRA LIMA É nesta área que surgem as indicações mais claras do interrelacionamento das áreas de investimento, financiamento e utilização do lucro líquido. O inter-relacionamento deve-se ao fato indiscutível de que o lucro retido pela empresa (ou seja, o lucro não pago sob a forma de dividendos em dinheiro) constitui-se numa de suas fontes de recursos. Logo, também é problema das decisões de financiamento determinar quanto do lucro líquido disponível deve ser retido, com a decisão complementar forçosa a respeito da proporção que deve ser distribuída aos proprietários. Além disso também há relações entre decisões de investimento e de utilização do lucro líquido. Nas decisões de investimento, um certo retorno deve ser alcançado: digamos então que seja considerada a utilização de lucros retidos para financiar certas aplicações. essa possibilidade deveria ser admitida apenas quando a alternativa de investimento prometesse um retorno superior aos que os proprietários poderiam conseguir se eles mesmos aplicassem os recursos porventura recebidos em decorrência da distribuição de lucros. As magnitudes relativas dos riscos envolvidos nas aplicações disponíveis à empresa e aos proprietários, fora dela, também precisam ser consideradas. 5 - RELAÇÕES DE AGENCY A relação entre acionistas e administradores é denominada relação de agency. Existe quando alguém ("principal") contrata outra pessoa ("agente") para cuidar de seus interesses. Em tais relações existe a possibilidade de conflito de interesses entre o principal e o agente. Tal conflito é denominado de problema de agency. Discutir o problema de agency, na medida em que este se relaciona com a maximização da riqueza dos proprietários e o papel da ética nessa questão. Um problema de agency advém do fato de que os administradores, na qualidade de representantes dos proprietários, podem colocar seus objetivos pessoais à frente dos objetivos empresariais. Forças de mercado, tanto as oriundas dos acionistas, particularmente de grandes investidores institucionais, como as ameaças de compras hostis (takeovers), tendem a prevenir ou a minimizar o problema de agency.

Resumo A função financeira corresponde os esforços despendidos objetivando a formulação de um esquema que seja adequado à maximização dos retornos dos proprietários das ações ordinárias da empresa, ao mesmo te em que possa propiciar a manutenção de um certo grau de liquidez. Na verdade a função financeira dentro de uma empresa esta diretamente relacionada com a decisão de se fazer um investimento e à decisão de se fazer um financiamento, sem esquecer que estas duas funções principais estão interligadas. Além disso, a função financeira abrange numerosos outros aspectos, além do indicado até agora. Se fossemos distinguir finanças das outras funções nas empresas, a característica escolhida para diferenciar seria o tempo, pois os dias, meses, anos ou décadas. Na realidade todas as outras funções dentro de uma empresa com fins lucrativos visam um maior rendimento, maior aproveitamento, lucro, investimento, etc., tudo necessita de um certo cálculo financeiro.

TÓPICO 3: O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO: MATEMÁTICA FINANCEIRA A Matemática Financeira é um ramo da matemática, em que trabalhamos com “finanças”, com valores monetários que pode estar representado de diferentes formas: dinheiro ou título como duplicata, nota promissória, ou cheque, etc. ¾ Lei Fundamental da Matemática Financeira: “O dinheiro nunca fica parado!” Isso significa que R$ 100,00 hoje, será um valor maior amanhã e foi um valor menor ontem (para a matemática financeira, na linha do tempo, se nos adiantarmos, o valor monetário aumenta, Por outro lado, se retrocedermos no tempo, o valor diminui) Trabalhando a “Linha do Tempo” O elemento “tempo” está envolvido em todas as questões financeiras, observe que: 1) Se aplicarmos R$ 10.000,00 numa caderneta de poupança, por exemplo, quanto retiraremos daqui a seis meses? Ou 2) Se temos uma dívida de R$ 10.000,00 que tem que ser paga daqui a seis meses e resolvemos antecipar o pagamento para hoje, quanto devemos pagar? Observe-se que o fator “tempo” está no cerne da questão! “Hoje”, também chamada de “data atual” ou “data zero”. Então, doravante, quando falarmos em “data atual” ou em “data zero”, estaremos nos referindo ao dia de hoje. A linha do tempo é a seguinte: 0 _______________________________ (data zero) Será utilizada da seguinte forma: Tomemos, por exemplo, os enunciados daqueles dois exemplos que criamos acima. Exemplo 1: “se eu tenho hoje uma quantia de R$10.000,00 (dez mil reais), e eu a depositar numa conta de poupança de um banco qualquer, quanto eu irei resgatar (retirar, sacar) daqui a seis meses?” Neste caso, o desenho desta questão seria o seguinte: X 10.000,00 0 1m (data zero)

2m

3m

4m

5m

6m

No segundo exemplo: “eu tenho uma dívida, no valor de R$10.000,00, que tem que ser paga daqui a três meses, mas eu pretendo antecipar o pagamento dessa dívida e pagá-la hoje. Quanto terei que pagar hoje por essa obrigação?” Aqui, o valor monetário que nos foi fornecido pelo enunciado (R$10.000,00) está localizado (na linha do tempo) exatamente na data três meses, Assim, teremos: X

10.000,00

Conclusão A questão da gestão financeira nas empresas é de extrema importância, pois muitas questões envolvem esse assunto, inclusive outros assuntos que possuem gerencias separadas e enfoques bem diferentes tem um relacionamento muito forte com gestão financeira. Praticamente tudo que se pensa dentro de uma corporação tem um impacto financeiro no orçamento sendo então necessário uma avaliação profunda no diz respeito à novos investimentos e seus prováveis retornos e custos reais.

0 (data zero)

1m

2m

3m

Vejamos um outra situação (Exemplo três): Tício contraiu uma dívida e se comprometeu a pagá-la daqui a 30 dias, sendo essa dívida no valor de R$5.000,00. Ocorre que, no dia acordado Tício não possuía o valor, então resolveu renegociar comprometendo-se a pagar em duas parcelas iguais e sucessivas nos prazos de 60 e 90 dias. Qual seria, então, o valor de cada parcela? Teremos o seguinte:

[email protected]

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AULA 1 e 2 de 2 – (NOÇÕES BÁSICAS) – FABIO LUCIO MOREIRA LIMA As Cinco situações da Matemática Financeira:

R$5.000,00 X

X

0 30d 60d 90d (data zero) Pronto! Está desenhada a questão! Alguém pode perguntar: “as setas dos ‘X’ não teriam que ser maiores que a seta do R$5.000,00?” Sabemos que o valor R$5.000,00, em uma data futura, representaria uma quantia maior! Isso é certo! Porém, como esse valor será “quebrado” em duas parcelas (são dois valores “X”) então não podemos afirmar, de antemão, que o valor de “X” será maior que R$5.000,00. Neste caso, basta desenhar os “X” nos locais corretos, designados pelo enunciado, e está tudo certo. No final da resolução, quando calcularmos o valor exato de X, saberemos se é maior ou não que os R$5.000,00. Outra situação (Exemplo 4): Caio, rapaz disciplinado, administra suas finanças de forma que todo mês consegue economizar R$1.000,00 e resolveu que iria, doravante, em todo primeiro dia de cada mês, fazer um depósito numa conta de poupança de um banco qualquer, sempre no valor de R$1.000,00. A questão é a seguinte: quanto o Caio iria ter acumulado após o décimo segundo depósito de R$1.000,00? X Desenhando, teríamos o seguinte: 1.000,00, ... 1.000,00 ...

1.000,00 ...

A Matemática Financeira, tal como é cobrada em provas de concursos públicos, bem como pode ser observada em casos concretos, refere-se a movimentação de valor numa “linha” do tempo. Haverá, basicamente, cinco situações-modelo, dentro das quais poderemos enquadrar, por assim dizer, qualquer questão suscitada. Passemos a conhecer essas “situações-padrão”: ¾ Primeira Situação-Padrão: JUROS. ¾ Segunda Situação-Padrão: DESCONTO. ¾ Terceira Situação-Padrão: EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS. ¾ Quarta Situação-Padrão: RENDAS CERTAS ¾ Quinta Situação-Padrão: AMORTIZAÇÃO OS REGIMES DA MATEMÁTICA FINANCEIRA: ¾

REGIME SIMPLES – A taxa incide, sempre, sobre o valor do capital (do principal), “n” vezes o prazo.

¾

REGIME COMPOSTO – A taxa incide sobre o montante (resultado) do período anterior

OUTROS TÓPICOS IMPORTANTES: TAXAS: NOMINAL, EFETIVA, EQUIVALENTE, REAL, DE INFLAÇÃO, ETC...( VER EM SALA EXEMPLOS PRÁTICOS E RESOLUÇÕES DE QUESTÕES

1.000,00 ... 1.000,00

Como foram doze aplicações de R$1.000,00, todas feitas no início de cada mês, significa que a distância de tempo entre uma aplicação e a seguinte é sempre um espaço de tempo constante (um mês, neste caso). Se a questão quer saber o resultado desta seqüência de aplicações na data da última parcela de R$1.000,00, então chamaremos esse resultado de “X” (porque é desconhecido) e o colocaremos na data designada pelo enunciado. Poderíamos, também, desenhar essa questão de outra forma, invertendo as setas pra baixo pelas aplicações e, ao final de doze meses, seta voltada pra cima, para destacar o resultado. X

Pronto! Concluímos também o desenho deste enunciado! Uma última situação (Exemplo 5): Antonio, resolveu comprar um apartamento de luxo, por R$600.000,00 (oitocentos mil reais), mas só dispõe, hoje, de uma quantia de R$100.000,00 (cem mil reais). Propôs, então, ao vendedor o seguinte: vai pagar os cem mil como uma entrada, e o saldo restante será quitado em vinte e quatro parcelas mensais e de mesmo valor, sendo a primeira delas paga ao final do primeiro mês após a compra. A questão perguntará: “qual o valor dessa prestação mensal que o Antonio irá pagar?” 600.000

100.000

PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP

[email protected]

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AULA 1 e 2 de 2 – (NOÇÕES BÁSICAS) – FABIO LUCIO MOREIRA LIMA EXERCÍCIOS DE PROVAS ANTERIORES TST - 2007

TST - 2008

IEMA - 2007

[email protected]

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AULA 1 e 2 de 2 – (NOÇÕES BÁSICAS) – FABIO LUCIO MOREIRA LIMA IEMA - 2007 MPOG/2008

TJ DF - 2008

TST 07 107-E 108-C 109-C 110-E 111-C

112-E 113-E 114-E 115-C 116-C

GABARITO TST 08 IEMA 119-E 51-E 120-E 52-C 121-E 55-E 122-C 56-E 123-E

TJ DF 51-E 52-C 53-E 54-C 55-C

MPOG 39-C 40-C 41-C 42-E

BOA SORTE, SEMPRE!!!! ALVES – 2009 (JUNTOS ATÉ O FIM)

[email protected]

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