Autarcia e Comercio em Bracara Augusta, vol. I

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Descrição do Produto

Bracara Augusta Escavações Arqueológicas 2

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta Contributo para o estudo económico da cidade no período Alto-Imperial

Rui Morais

Série: Bracara Augusta. Escavações Arqueológicas 2, 2005 Coordenadora: Manuela Martins

Título: Autarcia e Comércio em Bracara Augusta. Contributo para o estudo económico da cidade no período Alto-Imperial Autor: Rui Morais Composição: Pedro Nuno Sousa Grafismo: Luís Ricardo Tiragem: 200 exemplares Editores: UAUM · Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho em parceria com o NARQ · Núcleo de Arqueologia da Universidade do Minho Impressão: ESAG. Estúdio de Artes Gráficas, Lda. Barcelos ISBN: 972-9382-14 Depósito Legal nº 236922/05

Bracara Augusta Escavações Arqueológicas 2

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta Contributo para o estudo económico da cidade no período Alto-Imperial

Rui Morais

Braga 2005

Calendário da Navegação Se te domina o desejo da arriscada navegação, quando as Pléiades, fugindo da força poderosa de Órion caem no mar sombrio, é então que sopram rajadas de toda a espécie de ventos; é então, que já não deves ter os barcos no pélago cor de vinho, e que deves lembrar-te de trabalhar a terra, como eu te mando. Arrasta o barco para terra e calça-o com pedras por todos os lados para que resista ao embate dos ventos que sopram húmidos; e retira a cavilha do fundo, para que a chuva de Zeus o não apodreça; guarda com cuidado em tua casa todos os aprestos e dobra as velas do barco que cruza os mares; pendura o bem trabalhado timão acima do fumo da lareira, e tu fica à espera da época para navegar, até que ela chegue. Então arrasta para o mar o barco veloz e acondiciona bem a carga, a fim de obteres lucro para trazer para casa. Hesíodo – Trabalhos e Dias (v. 618-632). Tradução inédita M. H. Rocha Pereira

A navegação Se voltaste para o comércio o teu espírito insensato, e queres escapar às dívidas e à fome sem deleite, mostrar-te-ei as leis do mar marulhante, apesar de nada saber de navegação nem de naus. Hesíodo – Trabalhos e Dias (v. 646-649). Hélade, trad. M. H. Rocha Pereira

IV

Apresentação A presente monografia, a segunda da série “Bracara Augusta. Escavações Arqueológicas”, corresponde à dissertação de Doutoramento, apresentada e defendida por Rui Manuel Lopes de Sousa Morais, em 2005, na Universidade do Minho. O título da obra, “ Autarcia e Comércio em Bracara Augusta. Contributo para o estudo económico da cidade no período Alto-Imperial”, adverte-nos de imediato sobre as temáticas e cronologia que nela são desenvolvidas, não referindo, todavia, qual a matéria-prima que permitiu ao seu autor forjar um conjunto de considerandos e hipóteses sobre a economia da cidade nos primeiros séculos da nossa era. De facto, sob o título da obra esconde-se um imenso e insuspeito trabalho de estudo de cerâmicas, de cronologia alto-imperial, procedentes de dezenas de intervenções arqueológicas realizadas em Braga desde 1976. Foi a capacidade para manusear amplos universos de materiais cerâmicos e para estudar diferentes tipos de produções, como sigillatas, ânforas, ou lucernas, entre outras, algumas das quais exigentes em termos da sua cuidada descrição, como pode ser avaliado pela leitura do catálogo inserido nesta obra, que permitiu ao Doutor Rui Morais jogar com a diversidade tipológica e cronológica das produções importadas e sintetizar, de forma comparativa, alguns dos fluxos comerciais de Bracara Augusta. Muito embora o estudo agora publicado não colha paralelo em trabalhos realizados noutras capitais de conventos do NO peninsular, onde se tem privilegiado um estudo mais individualizado das cerâmicas, de acordo com as suas categorias, foi possível mesmo, assim, destacar especificidades e recorrências dos três centros urbanos de fundação augústea, no que respeita a algumas das produções estudadas. Pelos aspectos considerados a obra agora editada faz justiça ao imenso esforço realizado no âmbito do “Projecto de Bracara Augusta”, relativamente ao estudo da cerâmica romana, quer importada, quer de produção local, do qual é indissociável o nome de Manuela Delgado. Por isso, a justo título, é o segundo volume desta série monográfica dedicado às cerâmicas de Bracara Augusta, as quais potenciam olhares diferentes sobre a história da cidade, sobre a ocupação do espaço e sobre a sua actividade económica. Sem dúvida que esta monografia honra a série em que é editada, honrando, também, o “Projecto de Bracara Augusta”, a sua equipa e a própria Universidade do Minho da qual o Doutor Rui Morais é docente e investigador.

Braga, Dezembro 2005 Manuela Martins

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Foreword Attempting to understand the whole Roman world is an overambitious pretension, since few sources have been preserved until today. Besides, those sources, either literary or archaeological, cover only a small part of a complex society, which lasted more than twelve centuries. One of the parts with less registered information is the economy, despite its relevance for the understanding of activities, policies and relationship in the Roman society. That is why, scholars since the 19th century, such as Weber, Rostovzeff or Frank, were personally interested in interpreting the scarce data available. Nevertheless, it was not until the 1960s that the work of Moses Finley set up a new agenda in the studies of Roman economy. Since then, most works in Roman economy have tried to reinforce and reject some of the proposals put forward by Moses Finley. He defended the existence of a consumer city and local economies instead of a global market, with no sign of large scale trade. However, the painstaking task of archaeologists from all over the Roman world has revealed the real existence of such a large scale trade, which covered all the provinces. Remains of such large scale trade are a myriad of archaeological testimonies such as amphorae, fine and coarse wares. Once agreed about the existence of large scale trade in Roman times, the next step was defining its nature, scale, mechanisms and forces that drive this economic activity. All these new topics of research in Roman trade involved generating a complete picture of transport networks, demography, productions, regions and administration. In the last decades, every researcher from each region has constructed its own corpus of data with the aim of relating the local trade conditions to the global Roman commercial network. In this context, Rui Morais’ work is an excellent example of how a regional study may shed light on the overall nature of the Roman trade. The Minho region enjoys now, as it did in the Roman times, a privileged position in the Atlantic commercial routes. Its influence in Roman times may have even ranged to distance inland places accessible thanks to a network of river and land transport routes. Besides, the special conditions for archaeological work in its Roman capital, Bracara Augusta, have provided an inexhaustible source of information for the whole region. Rui Morais has masterfully collected all this information, providing us with a new insight in the importance of the Minho region in the large scale trade. There are many relevant issues in this work that deserve a special attention; however, if one was compelled to select three, the following ones would be chosen. The first remarkable contribution of this work is the new value that it gives to the Atlantic route as a key commercial highway between all the Northern provinces of the Roman Empire. These provinces can no longer be studied individually or isolated, but as a consistent territory with similar features. In the last years, the Atlantic façade of the Iberian Peninsula has provided new documentation on the commercial flow between the inland sea (Mediterranean) and the external sea (Atlantic) that was not recognized before. Besides, the large amount of Mediterranean material in the Minho region demonstrates that it was a regular and important commerce. Therefore, the ways of contact between Northern and Southern provinces in the Roman world cannot be reduced only to the Continental waterways, but opened to an outstanding role of the Atlantic sea-routes. Secondly, the study of archaeological material of a particular time-span (Augustus-Tiberius) in the Minho region reveals an interesting evolution of typologies, suppliers and distributions that relate them to other assemblages in the military sites of the Upper and Lower Germania. The Asturian and Cantabrian military campaigns of Augustus and the later settlement in the Tiberius period may explain such a variety and volume of goods recorded in this period. Therefore, the thriving trade of this region may be linked to the military supply of this short period VII

between the end of the Ist century BC and the beginning of the Ist AD. As it happens in the province of Germania, evidences of trade in the Minho region for such a period provide a fascinating viewpoint to understand the public implication in long-distance exchange. The first contribution of Rui Morais’ work may benefit scholars involved in the study of the Northwestern Iberian Peninsula. Most imports recorded in great numbers in Bracara Augusta were also registered in lower numbers in places accessible by land transport from here. It must be remember that Bracara Augusta was an important hub of land communication, a cross-road of the main roads (XVI, XVII, XVIII, XIX and XX) only comparable with Emerita Augusta and Caesaraugusta in the Peninsula. The new documentation available now from Bracara may explain some of the imports recorded in places such as Asturica Augusta or Legio, which were interpreted in a different way in the past. Of course, there are still many unsolved questions that this book will not be able to answer, but at least it brings about new views about this distant territory, more important for the Roman economy than it was first thought. As a conclusion, the book by Rui Morais offers you the pleasure of making you think something really remarkable in the present times.

Barcelona, 23rd April 2005 Cèsar Carreras Monfort

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À Manuela Delgado

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Índice Agradecimentos Preâmbulo Introdução PARTE I CAPÍTULO I – BREVE ANÁLISE DA GEOGRAFIA ECONÓMICA ...............................

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1.1 AS CONDICIONANTES FÍSICAS DO MINHO ..................................................................... 9 1.1.1 A Geomorfologia ................................................................................................................. 9 1.1.2 As linhas de resistência e transformações ocorridas nos períodos pré-romano e romano .......................................................................................................................................... 11 1.1.3 A mineração no contexto da geografia económica da região ........................................ 14 1.1.4 O litoral: características e configurações ........................................................................... 16 1.2 AS CONDICIONANTES FÍSICAS DA CIDADE ..................................................................... 18 1.2.1 As características físicas ....................................................................................................... 19 1.2.2 As possibilidades económicas ............................................................................................. 20 1.3 AS FONTES ESCRITAS: SEU VALOR E LIMITAÇÕES ....................................................... 21 CAPÍTULO II – ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CIDADE ........................................................ 25 2.1 DA EXPANSÃO ROMANA À FUNDAÇÃO DA CIDADE ................................................... 2.1.1 A expansão romana .............................................................................................................. 2.1.1.1 De D. Iunius Brutus a C. Iulius Caesar ............................................................... 2.1.1.2 O período de Augusto .......................................................................................... 2.1.2 A fundação da cidade ...........................................................................................................

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2.2 DE OPPIDVM A DIVES BRACARA .............................................................................................. 32 2.2.1 O enquadramento jurídico .................................................................................................. 32 2.2.2 A padronização e a consolidação da cidade ..................................................................... 34 CAPÍTULO III – O COMÉRCIO E OS MEIOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS ... 39 3.1 O COMÉRCIO: FACTOR DE DESENVOLVIMENTO E ESTABILIDADE ................... 39 3.2 OS MEIOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS ........................................................................ 3.2.1 Os custos de transporte e suas condicionantes ............................................................... 3.2.2 Os meios aquáticos ............................................................................................................... 3.2.2.1.As profissões associadas ao transporte e armazenamento de mercadorias .. 3.2.2.2 As embarcações utilizadas no comércio marítimo ........................................... 3.2.2.3 As embarcações fluviais utilizadas ...................................................................... 3.3 A REDE DE TRANSPORTES DA CIDADE NO CONTEXTO DO NOROESTE PENINSULAR ........................................................................................................................................... 3.3.1 As vias marítimas .................................................................................................................. 3.3.2 As vias fluviais ....................................................................................................................... 3.3.3 As vias terrestres e a importância da via per loca maritima ou via XX do Itinerário de Antonino .........................................................................................................................................

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3.4 O CONTRIBUTO DA EPIGRAFIA ............................................................................................. 3.4.1 As inscrições .......................................................................................................................... 3.4.2 A figura de C. Caetronius Miccio e a existência de negotiatores ...................................... 3.4.2.1 C. Caetronius Miccio: a evolução política de um cidadão ................................ 3.4.2.2 C. Caetronius Miccio: os cargos assumidos e seu significado .......................... 3.4.2.3 Os negotiatores: problemáticas relativas à sua proveniência e situação social . 3.4.2.4 Os negotiatores: o significado da sua presença ...................................................

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PARTE II CAPÍTULO I – OS MATERIAIS ...................................................................................................... 75 1.1 CARACTERIZAÇÃO SUMÁRIA DAS PRINCIPAIS INTERVENÇÕES ARQUEOLÓGICAS ......................................................................................................................................................... 75 1.2 CORRELAÇÃO CRONO-ESTRATIGRÁFICA DOS MATERIAIS ..................................... 77 1.2.1 Problemáticas e metodologia de abordagem .................................................................... 77 1.2.2.Análise dos contextos estratigráficos ................................................................................. 77 1.3 METODOLOGIA E CRITÉRIOS DE APRESENTAÇÃO .................................................... 80 CAPÍTULO II – EXEMPLOS DE AUTARCIA ........................................................................... 83 2.1 OS PRODUTOS LOCAIS .................................................................................................... 2.1.2 A existência de olarias .......................................................................................................... 2.1.3 Marcas e grafitos ................................................................................................................... 2.1.4 Os materiais de construção ................................................................................................. 2.1.4.1 Os tubuli ................................................................................................................. 2.1.4.2 Os tijolos em aduelas ............................................................................................ 2.1.4.3 Outros tijolos ......................................................................................................... 2.1.4.4 As telhas .................................................................................................................. 2.1.5 Exemplos de produções locais ........................................................................................... 2.1.6 Produções cerâmicas subsidiárias de outras actividades .................................................

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2.2 A DISPERSÃO NA CIDADE DOS VESTÍGIOS RELACIONADOS COM AS OFICINAS LOCAIS ...................................................................................................................................................... 97 CAPÍTULO III – AS ÂNFORAS E OS ALMOFARIZES ......................................................... 100 3.1 AS ÂNFORAS IMPORTADAS ....................................................................................................... 3.1.1 As ânforas vinárias .............................................................................................................. 3.1.2 As ânforas oleícolas ............................................................................................................. 3.1.3 As ânforas piscícolas ........................................................................................................... 3.1.4 As ânforas de conteúdo indeterminado ...........................................................................

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3.2 AS ÂNFORAS HALTERN 70 ......................................................................................................... 3.2.1 Os produtos transportados e sua problemática ............................................................... 3.2.1.1 Os tituli picti e os restos de produtos encontrados ......................................... 3.2.1.2 Problemática relacionada com o conteúdo ........................................................ 3.2.2 O papel dos negotiatores ........................................................................................................ 3.2.3 Os vestígios epigráficos recolhidos na cidade .................................................................. 3.2.4 Apreciação geral das características formais ....................................................................

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3.3 AS ÂNFORAS DE PRODUÇÃO REGIONAL E LOCAL ...................................................... 133 3.3.1 Os dados arqueológicos ....................................................................................................... 133 3.3.2 As ânforas .............................................................................................................................. 133 3.4 A DIETA ALIMENTAR SUGERIDA PELAS ÂNFORAS ...................................................... 3.4.1 O vinho e seus derivados .................................................................................................... 3.4.2 O azeite e o papel das gorduras animais: uma problemática por resolver... ................. 3.4.3 Os preparados piscícolas .....................................................................................................

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3.5 OS ALMOFARIZES ........................................................................................................................... 3.5.1 Produções itálicas ................................................................................................................. 3.5.2 Produções béticas ................................................................................................................. 3.5.2.1 Características morfológicas e de fabrico ........................................................... 3.5.2.2 Paralelos e tentativa de ensaio cronológico .......................................................

144 144 145 145 146

CAPÍTULO IV – AS CERÂMICAS FINAS DE MESA .............................................................. 148 4.1 A TERRA SIGILLATA DE TIPO ITÁLICO ................................................................................ 4.1.1 Formas decoradas ................................................................................................................. 4.1.2 Formas lisas ........................................................................................................................... 4.1.3 Fundos ..................................................................................................................................... 4.1.4 Marcas .................................................................................................................................... 4.1.5 Grafitos .................................................................................................................................. 4.2 A TERRA SIGILLATA DO SUL DA GÁLIA ................................................................................ 4.2.1 Formas decoradas ................................................................................................................. 4.2.2 Formas lisas ........................................................................................................................... 4.2.3 Marcas .................................................................................................................................... 4.2.4 Grafitos .................................................................................................................................. 4.3 A TERRA SIGILLATA HISPÂNCIA ............................................................................................... 4.3.1 Formas decoradas ................................................................................................................. 4.3.2 Formas lisas ........................................................................................................................... 4.3.3 Formas lisas típicas da produção decorada ...................................................................... 4.3.4 Formas diversas indeterminadas ........................................................................................ 4.3.5 Formas lisas de produção bética (Andújar e Granada) .................................................... 4.3.6 Motivos decorativos ............................................................................................................. 4.3.7 Marcas .................................................................................................................................... 4.3.8 Grafitos ..................................................................................................................................

148 148 152 165 168 177 178 180 190 198 220 223 223 236 254 254 255 258 260 282

4.4 AS PAREDES FINAS ....................................................................................................................... 4.4.1 Paredes finas importadas ...................................................................................................... 4.4.1.1 Áreas de produção ................................................................................................. 4.4.1.2 Enquadramento cronológico e análise quantitativa .......................................... 4.4.2 Paredes finas locais ...............................................................................................................

292 292 292 292 305

4.5 CERÂMICA BRACARENSE .......................................................................................................... 4.5.1 Características da produção ................................................................................................ 4.5.2 Formas que imitam terra sigillata ....................................................................................... 4.5.3 Formas que imitam terra sigillata com decorações moldadas ........................................ 4.5.4 Formas que imitam paredes finas de Mérida .................................................................... 4.5.5 Outras formas .......................................................................................................................

305 306 306 314 316 317

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CAPÍTULO V – AS LUCERNAS ...................................................................................................... 319 5.1 AS SÉRIES DOCUMENTADAS E SUA CRONOLOGIA ...................................................... 5.1.1 - 1ª série: lucernas tardo-republicanas ............................................................................... 5.1.2 - 2ª série: lucernas de volutas .............................................................................................. 5.1.3 - 3ª série: lucernas de disco ................................................................................................. 5.1.4 - 4ª série: lucernas de canal .................................................................................................. 5.1.5 - 5ª série: lucernas “mineiras” ............................................................................................. 5.1.6 - 6ª série: lucernas de bico redondo ................................................................................... 5.1.7 - 7ª série: lucernas vidradas .................................................................................................

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5.2 ANÁLISE ICONOGRÁFICA ......................................................................................................... 5.2.1 Grupo I: religião e mito ....................................................................................................... 5.2.2 Grupo II: personagens históricas ....................................................................................... 5.2.3 Grupo III: vida quotidiana .................................................................................................. 5.2.4 Grupo IV: fauna ................................................................................................................... 5.2.5 Grupo V: plantas e desenhos florais .................................................................................. 5.2.6 Grupo VI: outras decorações .............................................................................................

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5.3 OS MOLDES ...................................................................................................................................... 361 5.4 MARCAS, GRAFITOS E SÍMBOLOS ANEPÍGRAFOS ......................................................... 5.4.1 Marcas e grafitos .................................................................................................................... 5.4.1.1 Importações ............................................................................................................ 5.4.1.2 Produções Locais ................................................................................................... 5.4.2 Letras e inscrições em lucernas locais ............................................................................... 5.4.3 Símbolos anepígrafos ...........................................................................................................

362 362 363 366 377 378

CAPÍTULO VI – APRECIAÇÕES FINAIS ................................................................................... 380 6.1 ANÁLISE COMPARATIVA DOS RITMOS E PADRÕES DE CONSUMO DA CIDADE . 380 6.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SIGNIFICADO DA CULTURA MATERIAL .................. 391 Apêndice numismático ........................................................................................................................... 400 Bibliografia consultada........................................................................................................................... 403 Chapter VI – Final remarks................................................................................................................... 457

XIII

AGRADECIMENTOS O estudo que agora se apresenta tem como base a minha dissertação de Doutoramento apresentada em Fevereiro de 2005. Com uma ou outra pequena alteração, este estudo segue de perto aquele trabalho, que apenas foi possível graças a uma pléidade de pessoas e instituições a quem, desde já, retomo o meu profundo agradecimento. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao Professor Doutor Carlos Fabião que em mim soube despertar o interesse pelo estudo das ânforas e, desde logo, se disponibilizou a orientar aquele estudo. À Professora Doutora Maria Manuela Martins, minha co-orientadora, um muito obrigado pela amizade, apoio e estímulo prestado desde os meus tempos de estudante e por todas as correcções e sugestões a que sempre se prontificou com a maior disponibilidade. Ao Professor Doutor Jorge de Alarcão agradeço a confiança que em mim deposita e pelos seus ensinamentos como orientador de mestrado e como professor e amigo. À Professora Doutora Maria Helena da Rocha Pereira, a quem se deve o meu interesse pelo mundo greco-romano, um muito obrigado. À Drª Manuela Delgado, com quem aprendi a gostar da cerâmica, agradeço o permanente encorajamento que tanto me ajudou em momentos de maior desassossego. À Drª Isabel Silva, directora do Museu D. Diogo de Sousa (Braga), agradeço todas as facilidades que me concedeu para estudar em condições invejáveis os milhares de fragmentos até à data recolhidos no contexto do “Projecto de salvamento de Bracara Augusta”. A amizade, naturalmente, não tem preço! De entre essas facilidades, quero destacar a colaboração dos funcionários do Museu D. Diogo de Sousa que, no restauro e triagem dos materiais, no desenho e na fotografia, me deram um apoio constante e caloroso. Sem eles este trabalho seria impossível. Por último, mas não em último lugar, desejo expressar o meu sincero agradecimento aos meus Pais e aos meus Amigos, cujo apoio constante foi imprescindível para levar a bom porto este trabalho. Bem hajam!

XIV

PREÂMBULO

gráficos e arqueológicos que permitam definir com maior clareza momentos inequivocamente diferenciados. Falar, por exemplo, da época de Augusto no seu todo é uma tarefa demasiadamente incómoda. De facto, trata-se de uma época na qual convivem sociedades e gerações muito diversas. Falar do “momento augústeo” significa abarcar cerca de meio século, um período mais amplo do que a própria “dinastia flávia”: não se trata de estabelecer unicamente o início de uma nova época nem de um novo estilo de vida, mas antes um momento de compromissos onde perduram elementos arcaicos ao lado de outros elementos inovadores, posteriormente desenvolvidos na dinastia JúlioCláudia. Apesar destas dificuldades, a grande maioria dos estudos sobre este período são unânimes em concordar que Augusto fomentou uma política de equilíbrio, tentando negociar interesses opostos, como eram os do exército e os dos cidadãos, dos senadores e dos cavaleiros, ao mesmo tempo que procurava satisfazer os provinciais. Como fazemos devidamente realçar, a conquista definitiva do Norte Peninsular neste período significou a continuidade da visão atlantista do seu predecessor favorecendo no futuro as comunicações marítimas no eixo Norte-Sul do Império e, a médio prazo, um permanente contacto com a província da Bética. Na dinastia Júlio-Cláudia, destaca-se a intervenção de Tibério no sentido de diminuir ou anular o poder do senado na Península, através da destituição de alguns governadores (Balil, 1968, p. 320). Apesar da escassez de informação quanto à directa intervenção deste imperador na Península, sabemos que ele não abandonou completamente a atenção sobre os territórios atlânticos a julgar pelo desenvolvimento da mineração e dos produtos importados até à data documentados. Não deixa igualmente de ser curiosa a referência a uma embaixada de olisiponenses a este imperador, anunciando que tinha sido visto e ouvido, numa gruta, tocando búzio, um Tritão e se tinha igualmente avistado na mesma costa uma Nereide em agonia, cujo canto triste os habitantes ouviram ao longe (Plínio, N. H. 9, 9; cfr. Guerra, 1995, p. 39 e 122).

Embora conscientes de que todas as periodizações que comummente usamos para o estudo do passado são o resultado de uma escolha prévia e condicionada para melhor o entendermos, decidimos limitar o campo deste estudo a um momento específico da civilização romana, o período Alto Imperial. Este período coincide, grosso modo, com a fundação da cidade romana de Bracara Augusta, até cerca de meados do século III, momento em que se inicia a obra restauradora dos imperadores ilírios que põe fim à profunda crise em que se encontrava imerso o mundo romano, durante a chamada Anarquia Militar (235-268 d. C.). Nesta dissertação ultrapassamos, no entanto, este marco cronológico abarcando os finais do século III, momento da consagração final da autonomia política do Noroeste, com a divisão da Tarraconensis, por Diocleciano, que criou a província da Gallaecia, entre 284 e 288-89. Será nesta nova conjuntura jurídico-administrativa que Bracara Augusta assumirá o papel de capital de província ao reunir os três Conventos iuridici do Noroeste e parte do de Clunia (Martins e Delgado, 1989-90a, p. 30). Apesar de este vasto período se caracterizar por uma certa homogeneidade, não podemos deixar de valorizar certos aspectos específicos, em especial aqueles relacionados com a vocação atlântica da cidade, beneficiária de uma relativa proximidade do mar e de vias de circulação fluvial. Por outro lado, não nos devemos esquecer dos momentos anteriores à fundação da cidade, que permitiram a criação de condições necessárias para a penetração das estruturas oficiais, administrativas e culturais de cariz romano. Neste ponto, salienta-se o papel das primeiras expedições inseridas no âmbito das guerras lusitanas e das primeiras expedições à Galiza, e a “vocação atlantista” de Júlio César, quando a sua aliança com os Gaditanos lhe permitiu chegar até à cidade de Brigantium e levou à rendição das populações indígenas do Noroeste. Na verdade, como iremos constatar ao longo deste estudo, esta análise segundo uma sequência cronológica não é fácil de delinear, dada a ausência de documentos escritos, epi1

As transformações económicas mais significativas desenvolvidas na península, e que consequentemente tiveram grandes repercussões no Noroeste peninsular, ficaram a dever-se, entretanto, a Calígula e Cláudio. Relativamente a Calígula, apesar do seu breve reinado, sabemos da sua orientação atlantista, de carácter claramente cesariano, no sentido de não deixar de atender aos interesses particulares dos comerciantes romanos, tendo sido, inclusivamente, responsável por mandar erigir um farol em Gesoriacum para ajudar a navegação comercial. O grande momento de incentivo ao comércio atlântico fica, todavia, a dever-se a Cláudio. Com justiça pode inclusivamente dizer-se que Cláudio proclamou a verdade ao referir-se como o vencedor do Oceano. Durante o seu reinado, além da conquista definitiva do reino mauritano iniciada por Calígula, organizando administrativamente aquele território, deve-se-lhe a ele a construção do porto de Óstia, a abertura do Senado a novos elementos, e a proibição dos abusos e arbitrariedades cometidos pelos governantes das províncias. Neste ponto ficou famoso (Tác. An. VI 27, Hist. II, 65) o afastamento do procônsul L. Arruntius, substituído pelo seu legado C. Caetronius Miccio que, como testemunha uma das epígrafes da cidade romana de Bracara Augusta, passou a usufruir de um estatuto privilegiado, passando a ter a seu cargo a jurisdição civil da cidade com a consequente substituição do procônsul em todas as anteriores actividades (Alföldy, 1966, p. 372; Tovar, 1975b, p. 124; Blázquez, 1975; Tranoy, 1981, p. 163). Todas estas medidas favorecem as populações litorais, entroncando directamente com a tradição cesariana de criar bases de cidadania provincial à margem da origem dos indivíduos, estendendo-a, inclusivamente a alguns habitantes da Britannia (Millán León, 1998, p. 254). A conquista da Britannia, no ano de 43, representa, por sua vez, um outro momento na sedimentação da via de circulação atlântica, fazendo com que esta ganhasse entidade no Império romano (Morais, 1998, p. 81). A transição para a dinastia flávia faz-se em período de crise, iniciado pela governação de Nero e a ascensão de Galba. No reinado de Nero, assiste-se à sublevação dos ástures e, a nível económico,

ao fim dos procuradores e à conversão da Quinquagesima Hispaniarum em Quadragesima, juntamente com a perda de cidades mauritânias (Balil, 1968, p. 320-21). Com este imperador temos um problema semelhante ao de Tibério, já que a informação é parca no que se refere ao Atlântico. Todavia, e igualmente a julgar pela continuidade da exploração das minas do Noroeste e dos vestígios materiais das cerâmicas importadas daquele período, é de crer na continuidade do impulso atlantista dos precedentes imperadores. A corroborar esta posição temos, entre outros indicadores cronológicos, a “marmorização” do teatro em Olisipo. Igual impulso poderá ser atribuído ao período correspondente à entronização dos Flávios, dada a amplitude da exploração das minas do Noroeste – a julgar pelas referências de Plínio – e o acrescento do porto de Brigantium. Durante o período flávio deve igualmente destacar-se a importância da concessão do ius Latii feita por Vespasiano no ano de 74, que teve como resultados uma maior estabilização política e uma melhoria administrativa das cidades peregrinas que se converteram em municípios e ainda a concessão da cidadania romana a quantos desempenhassem uma magistratura, ou seja, a um sector da população urbana que gozava de certas condições económicas (Plínio, Nat. Hist. III, 30). Como resultado destas medidas assiste-se a um processo acelerado de urbanização e promoção jurídica colectiva e individual. No Noroeste peninsular a política dos imperadores flávios teve particular interesse: além do referido dinamismo nas explorações auríferas, a sua acção está documentada na abertura da nova via romana da Geira e no envio de funcionários superiores da mais alta categoria, como Plínio, primeiro procurator conhecido para a região, e do senador C. Calpetanus Rantius (Almeida, 1983, p. 192). No entanto, é sob os Antoninos, especialmente nos reinados de Trajano e Adriano, que se verifica um período de retoma económica das cidades que se revela em novos projectos de urbanização, resultantes, em parte, da concessão de estatutos de privilégio a diversos núcleos já estabelecidos e na criação de novas cidades (Sánchez Léon, 1998, p. 115). Este é também um período que se caracteriza 2

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

por uma grande actividade na reconstrução e melhoria da rede viária em todo território peninsular (Balil, 1968, p. 322). Apesar deste momento de retoma económica das cidades, a visão atlantista, iniciada por Júlio César, perde vitalidade. De facto, depois da época flávia, este impulso parece esgotar-se, traduzindo-se na redução progressiva dos exércitos na Britannia e na viragem definitiva para o Oriente. Como resultado, dá-se uma quebra progressiva do tráfego marítimo a partir de meados do século II, bem evidente no registo arqueológico. Todo este panorama levou a uma profunda transformação do género de vida das populações atlânticas, que criaram novos hábitos, e a uma consequente adequação das comunicações terrestres entre o litoral e o interior. Como noutras regiões, no Noroeste dáse uma diminuição do tráfego marítimo a cotas inferiores aos níveis da época pré-romana e assiste-se ao desenvolvimento da rede viária terrestre e das produções locais e regionais num contexto de autarcia. A última dinastia do período alto-imperial, a dinastia dos Severos, nutrida por africanos e sírios, representa uma mudança pela instauração da monarquia de base militar, fruto das sublevações dos exércitos provinciais. Neste contexto, fortalece-se a intervenção do estado nas finanças das cidades e o desenvolvimento do comércio de Estado pela multiplicação de curatores estatais (Balil, 1968, p. 323-24). Nesta dinastia, sob o reinado de Caracala, estende-se a cidadania romana aos habitantes livres do império no ano de 212. O alcance desta disposição, conhecida como a constitutio Antoniniana de Caracala, tem sido largamente debatida pelos historiadores.

No que respeita à Península, o verdadeiro alcance desta disposição não é, todavia, verdadeiramente conhecido. Entre outros aspectos poder-se-á perguntar se, à semelhança do que sucedeu no Egipto, esta disposição não representou mais do que uma atribuição puramente honorífica sem consequências imediatas na promoção jurídica pessoal de alguns sectores da sociedade, dado, por um lado, o elevado número de cives já existente (Sánchez León, 1998, p. 117) e, por outro, a não inclusão de agricultores semi-servis e camponeses livres ainda documentados epigraficamente na Hispânia nos finais do século II (Balil, 1968, p. 323-324). O que sabemos, no contexto da economia peninsular, diz respeito à extinção da exploração mineira e a sua activação noutras províncias, como a Britannia e a uma certa decadência da vida urbana quando comparada com o início da expansão das uillae. Este momento coincide ainda com a preocupação dos imperadores, através dos seus legados, no cuidado da rede viária e da tentativa de reanimar as importações dos produtos hispânicos (1968, p. 324). A consagração da autonomia política do Noroeste dá-se, no entanto, nos finais do século III com a divisão da Tarraconensis, por Diocleciano, que criou a província da Gallaecia. Segundo Javier Arce (1986, p. 49), apesar das razões para este fraccionamento não estarem totalmente esclarecidos, é possivel que tal divisão se deva mais a factores de ordem económico, fiscal e militar - tendo em conta um maior controlo das vias nas quais era transportado o imposto (annona) e pelas quais se abastecia o exército - do que a considerações étnicas ou geográficas.

3

No Cap. I apresentamos uma breve análise da geografia económica da região, tendo em conta as condições físicas da região minhota e as condicionantes físicas da cidade. Desta forma procurámos, de um modo breve e sintético, esboçar as características do espaço geográfico desta região e as suas desigualdades e desiquilíbrios de modo a melhor entendermos as condições económicas subsequentes às estruturas e ao dinamismo do território que levaram à fundação da cidade. Estamos assim conscientes de que o espaço exerceu uma influência multiforme sobre o funcionamento económico da cidade, ao comportar-se, como fonte de recursos, mas, simultaneamente, como obstáculo tendo em conta as características específicas deste território. Num terceiro ponto deste capítulo apresentamos as fontes escritas tendo em conta o seu valor e limitações. Estamos em crer que apesar da escassez das fontes no marco cronológico-geográfico do Noroeste peninsular, estas não podem ignorar-se, mesmo que não se seja um helenista ou latinista especializado.

INTRODUÇÃO Autarcia e Comércio em Bracara Augusta. Contribuição para o estudo económico da cidade no período Alto-Imperial, tema aqui apresentado como resultado da tese de doutoramento, vem na sequência do estudo anterior que realizamos sobre As ânforas da zona das Carvalheiras. Contribuição para o estudo das ânforas romanas de Bracara Augusta apresentado como tese de mestrado em 1998, sob a orientação do Professor Jorge de Alarcão. O tema que nos propomos desenvolver é talvez ambicioso nas suas fronteiras e cronologia, mas lacunar, certamente, em muitos aspectos. Torna-se assim indispensável, se não justificar, pelo menos explicar essas lacunas. Em primeiro lugar convém salientar que nos cingimos ao estudo do comércio da cidade romana de Bracara Augusta, naturalmente inserida no contexto do Noroeste peninsular. Com esta opção pretendemos ganhar em coesão, mas também estamos conscientes de que perdemos em horizontes. Em segundo lugar, vimo-nos confrontados com a necessidade de fazer o estudo detalhado de todas as ânforas mas, também, das diversas produções cerâmicas importadas presentes em Braga, pois que elas constituem pilares indispensáveis ao estudo que agora nos propomos realizar. Em resumo, o objectivo essencial deste trabalho é o estudo do comércio de Bracara Augusta que assenta em três pilares fundamentais:

O Cap. II, intitulado “Origem e evolução da cidade”, apresenta, igualmente de um modo sucinto, os antecedentes da fundação da cidade e sua contextualização no quadro da respectiva fundação e posterior desenvolvimento. Na primeira parte deste capítulo levaremos em consideração os mecanismos relativos à conquista militar e aos contactos políticos e comerciais resultantes da conquista do Noroeste peninsular. A análise desses mecanismos é importante se considerarmos que existe um consenso generalizado entre os estudiosos do mundo romano em aceitar que a intervenção militar terá condicionado, ou mesmo extinto, as redes de troca anteriormente estabelecidas (Jones, 1997, p. 192). Na verdade, a submissão dos povos do Noroeste teve consequências importantes a nível político e económico: as primeiras encontram-se vinculadas à necessária consolidação dos poderes pessoais do princeps, cujas vitórias militares serviram de propaganda fundamental; as condicionantes económicas estão relacionadas, acima de tudo, com os próprios benefícios que a acção bélica gerava, resultantes dos despojos de guerra, nos quais se inte-

1) a história da cidade; 2) o comércio e os meios de transporte utilizados; 3) o estudo dos produtos aqui chegados através das ânforas e de outros materiais cerâmicos importados.

I Parte A primeira parte consiste numa apresentação sobre o comércio da cidade nos primeiros séculos da sua existência. Esta apoiase, necessariamente, no estudo dos materiais propriamente ditos, tratados na segunda parte deste trabalho. 4

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Para enquadrar o tema do comércio de Bracara Augusta dentro dos parâmetros globais do Império e seu papel como centro redistribuidor no Noroeste peninsular, apresentamos um outro capítulo, Cap. III, intitulado “O comércio e os meios de transporte utilizados”. Aqui destacamos o papel do comércio como factor de desenvolvimento e estabilidade, fazendo uma breve alusão aos meios de transporte utilizados em época romana e a especificidade dessa rede no contexto do Noroeste peninsular. Ainda dentro deste capítulo não podemos deixar de fazer alusão à importância das epígrafes relacionadas com a economia e comércio da cidade, com destaque para existência de negotiatores documentados no período de Cláudio. Procuramos, assim, contribuir para o estudo desta cidade romana nos primeiros momentos da sua existência, momentos esses vitais para a sua grandeza posterior à qual, em época tardia, Ausónio (Ordo, XI-XIV) se refiriu do seguinte modo: “quaeque sinu pelagi jactat se Bracara Diues” (“junto às praias do mar Bracara orgulha-se da sua riqueza”).

gravam os prisioneiros que seriam objecto de venda como escravos, mas também as possibilidades económicas fruto da conquista de novos territórios e sua exploração. Abordamos ainda a problemática da fundação da cidade, tendo em conta o processo de assimilação das elites locais, antes e após a sua fundação, essencial, não só para o controlo da administração local, mas, também, para um não menos importante meio de controlar um vasto território conquistado. Estes aspectos são deveras significativos se considerarmos, como afirma W. S. Hanson (1997, p. 78), que o império romano era um sistema pró-activo em que os imperadores, ou os seus agentes, interferiam dum modo regular e surpreendentemente consistente na administração das províncias. Neste contexto, e à semelhança do sucedido noutras cidades (1997, p. 78), as diligências romanas na extensão da cidadania a magistrados e a promoção do culto imperial em Bracara Augusta podem ser encaradas como um processo articulado com o desenvolvimento urbano, baseado no modelo romano, e uma tentativa de estabelecer focos de lealdade ao Imperador, particularmente entre os indígenas da elite local que serviam como sacerdotes. Dada a prática ausência das fontes literárias, com excepção das fontes epigráficas, estamos fortemente limitados às evidências arqueológicas para melhor entender aquele processo. Conscientes desta problemática, tentaremos, todavia, contextualizar a evolução jurídica de Bracara Augusta, recorrendo sempre que se justifica aos dados epigráficos, de modo a melhor enquadrar os diferentes momentos do crescimento económico da cidade. Enquadra-se nesta perspectiva a própria extensão do sistema de ciuitas, no qual se insere a cidade, pressupondo um poder centralizado com as elites regionais numa posição de destaque e, simultaneamente, a expansão duma cultura homogénea com marcado cariz romano. A necessidade desse equilíbrio teria certamente resultado numa complexa negociação de projectos externos e internos, pondo em confronto a autoridade imperial e as populações indígenas, circunscritas às suas limitações locais e históricas.

II Parte Como referimos, a segunda parte deste trabalho consiste no estudo dos materiais cerâmicos. Aqui levamos em consideração a dupla natureza da economia romana: a da autarcia e da economia comercial e mercantil. No Cap. I fazemos uma caracterização sumária das principais intervenções arqueológicas efectuadas em Braga ao longo de cerca de trinta anos e apresentamos uma análise crono-estratigráfica dos materiais, seguida dos critérios de apresentação dos mesmos. Constatamos que a maior parte das zonas arqueológicas intervencionadas não possui sequências estratigráficas seguras, fruto das profundas remodelações ocorridas ao longo do tempo de vida da cidade, muitas das quais sacrificaram, ou perturbaram, os estratos dos períodos mais antigos. Nesta situação inerente à própria realidade da arqueologia urbana, destacaram-se, todavia, algumas sequências que permitiram definir cinco períodos ou fases que agrupam diversos estratos ou unidades estratigráficas (U. E) com características comuns. 5

O Cap. II está directamente relacionado com as produções locais que alimentaram o abastecimento interno da cidade e da sua área de influência. Os vestígios dessa produção e os exemplos das produções cerâmicas apresentadas mostram, por si só, a diversidade de actividades possíveis, reflexo apreciável do grau de autonomia produtiva, orientação comercial e dimensões da cidade. Todavia, como o objecto deste estudo é preferencialmente o comércio a longa distância, demos especial protagonismo aos materiais importados, naturalmente enquadráveis numa economia em larga escala. A apresentação destes materiais, repartidos pelos Cap. III a IV, é feita numa perspectiva puramente económica, com o estudo dos seus mercados, das suas rotas, dos seus instrumentos, da sua evolução e seu potencial de consumo de acordo com a densidade da população e poder de aquisição. No entanto, dada a quantidade de informação recolhida no estudo de cada tipo de cerâmica, optámos por apresentá-la individualmente ou agrupá-la consoante a especificidade da sua problemática. Neste sentido, começamos por apresentar as ânforas no Cap. III., dado transportarem bens de consumo de primeira necessidade e, como tal, importantes para conhecer os respectivos mecanismos económicos. Directamente relacionados com estas incluemse, ainda neste capítulo, os almofarizes que sistematicamente acompanhavam as ânforas da mesma proveniência. Apesar da importância inegável das ânforas, desde logo nos apercebemos que separar o estudo do material anfórico do resto da produção cerâmica importada até à data recolhida na cidade, seria oferecer uma visão muito parcial do comércio nos primeiros séculos de vida da cidade. Optámos assim por igualmente valorizar num outro capítulo, o Cap. IV, as cerâmicas finas recolhidas na cidade. Estas estão representadas pela terra sigillata, pela cerâmica de paredes finas e a produção de cerâmica bracarense, que, por um lado, imita com grande perfeição aquelas produções e, por outro, teve uma conhecida expansão regional.

tarcia e a economia de mercado da região e, em particular, da cidade. De facto, a produção abundante de lucernas demonstra que a cidade além de centro receptor e redistribuidor, foi igualmente um dos maiores centros de produção destes bens que tiveram uma ampla difusão regional. No Cap. VI, faz-se uma análise comparativa dos ritmos e dos padrões de consumo na cidade, apresentando os valores e percentagens dos produtos cerâmicos importados, estimando o número aproximado das quantidades médias anuais e o seu significado para a vida económica e comercial da cidade. Finalmente, esboçam-se algumas considerações quanto ao significado da cultura material. Apresentamos ainda como complemento deste estudo um pequeno apêndice numismático e a listagem da bibliografia consultada. Seguem-se num 2º volume dedicadas às estampas das peças apresentadas em catálogo, que obedece à ordem de apresentação exposta na parte II.

A apresentação dos materiais termina com o estudo das lucernas, incluídas no Cap. V. Estas representam um bom exemplo da complexidade e inter-relação entre a au6

Parte I

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

I. BREVE ANÁLISE DA GEOGRAFIA ECONÓMICA

exerceu uma influência determinante na forma e no rendimento da agricultura e, indirectamente, na densidade da população, na divisão do solo e na rede viária, que muito iria beneficiar a exploração dos recursos minerais.

1.1 AS CONDICIONANTES FÍSICAS DO MINHO 1.1.1 A Geomorfologia

(I) Do ponto de vista litológico, o Minho está situado no complexo Centro Ibérico constituído por formações metamórficas de xisto grauvático, de tipo Plisch, interrompidas por importantes intrusões de rochas eruptivas, graníticas (alcalinas e pos-tectónicas), estriadas por alinhamentos quartzíticos que possuem uma orientação NO/SE e O/E. Nesta região é ainda possível observar uma grande variedade de outras rochas, quer quanto à sua génese e forma como aparecem, quer quanto ao aspecto que apresentam e à sua importância

A cidade romana de Bracara Augusta insere-se no território designado Entre Douro e Minho, ou simplesmente Minho (Fig. 1). Incluído na “região geográfica” do “Norte Atlântico”, segundo a nomenclatura de Orlando Ribeiro (1998, p. 144), este território possui uma especificidade geomorfológica muito marcada, resultante da natureza geológica (I), do relevo (II), das condicionantes climatéricas (III) e do revestimento vegetal (IV). Esta especificidade

Fig.1 Bracara Augusta, no contexto do Entre Douro e Minho (Lemos, 1999:90) 9

Breve Análise da Geografia Económica

económica. Estão neste caso as rochas sedimentares, em especial o caulino, presente ao longo da costa litoral e das principais linhas de água fluviais.

mento moderador de uma amplitude térmica mais acentuada, ainda que, em contrapartida, este factor faça com que a humidade atmosférica existente, praticamente todo o ano, seja, como vimos, bastante elevada. Por outro lado, as estações estivais secas, extensas e pouco quentes, não excedem uma temperatura média superior a 22º C no mês mais quente e nos restantes a temperatura média nunca é inferior a 10º C (Ferreira, 1942; Ribeiro, 1955, p. 52). Neste ponto, poder-se-á dizer que a inexistência de uma seca verdadeiramente estival se deve, antes de tudo, à posição em latitude da região do Minho; em segundo plano, à repartição do relevo e sua posição relativamente ao Atlântico. Também, fortemente influenciado pela presença do Atlântico, vamos encontrar um sistema de ventos predominante, oriundo do quadrante Oeste (do oceano), seguidos dos ventos de Este e de Norte (as famosas nortadas dos meses de verão). Em muito menor escala fazem-se sentir os ventos de Sudoeste e de Noroeste.

(II) Sob o ponto de vista do relevo, esta região é definida por duas áreas com características distintas e contrastantes: a primeira, demarcada por relevos vigorosos e de topos aplanados, correspondentes às serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês, separados por grandes e largos vales resultantes da fractura de orientação bética (ENE-OSO); a segunda, constituída por uma faixa litoral, verdadeiramente plana, com planícies aluviais largas em direcção ao mar (Pimentel, 1997, p. 49). Na verdade, um simples golpe de vista sobre a carta Hipsométrica da Península basta para nos mostrar que a feição planáltica que caracteriza a região central e setentrional espanholas caracteriza também o norte de Portugal; simplesmente, à medida que entram no nosso território até ao mar, acompanhando os vales dos rios, que simultaneamente se espraiam, originando junto à costa extensas planícies de aluvião (Girão, 1960, p. 70).

(IV) Na cobertura vegetal, o Minho possui uma história muito complexa: ela associa as chamadas plantas “relíquias” e plantas nativas, ainda existentes no séc. XIX (Ribeiro, 1967, p. 102-104), a outras importadas que adquiriram posteriormente um desenvolvimento espontâneo ou mesmo se multiplicaram por meio de culturas mais ou menos artificiais. As chamadas “plantas relíquias”, constituídas por tojos, urzes, giestas, fetos e silvas, apenas sobrevivem em recantos abrigados e, como tal, podem ser consideradas como relíquias endémicas. As plantas de origem local estão representadas por árvores copadas de folha caduca, em particular por bosques de carvalhos e de castanheiros. A espécie dominante é o carvalho alvarinho ou roble (Quercus robur), que se faz acompanhar por uma gama variada de outras espécies atlânticas como a aveleira, o vidoeiro, o plátano, o choupo, o freixo, o ulmeiro e o teixo. A restante cobertura vegetal, agora dominante, é constituída por bosques de pinheiros que, até ao século XIX, apenas ocupavam áreas litorais, em substituição das matas de carvalhos. Nas zonas mais baixas das montanhas, cobertas por zonas de aluvião e vertentes, a cobertura vegetal está especialmente represen-

(III) Esta exposição, constituída em “anfiteatro voltado para o mar” (Ribeiro, 1991b, p. 1243; 1995, p. 264; 1998, p. 145), pela sua larga abertura e perpendicularidade em relação à costa, permite a penetração dos ventos marítimos e origina uma humidade relativa muito elevada (Ribeiro, 1991b, p. 1243-44; 1998, p. 101). A uniformidade do clima advém, aliás, dessa situação em “anfiteatro” completamente aberto ao oceano e da trajectória geral das depressões vindas do Ocidente (Ribeiro, 1995, p. 268). Segundo as indicações de Orlando Ribeiro (1995, p. 268), “a temperatura média anual é de 15º, a amplitude de 12º4, a precipitação de 1336 mm em 116 dias: os meses mais chuvosos são de Outubro a Março, mas nenhum recebe ... menos de 20 mm de chuva”. A precipitação elevada deve-se, segundo este geógrafo (1995, p. 269), à referida disposição em anfiteatro das montanhas e sua independência relativamente às serranias galegas mais próximas e à frequência e duração das depressões atmosféricas, fortemente influenciadas por este anteparo das montanhas. Como se depreende destes dados, a proximidade do oceano Atlântico actua como ele10

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Os dados climáticos que possuímos para esta região no Iº milénio a. C. são, no entanto, escassos, e aqueles que existem retratam apenas o Norte de Espanha. Os dados proporcionados por esses estudos, em particular a partir dos diagramas polínicos (Aira Rodriguez e Vázquez Varela, 1985, p. 245), dão-nos conta, para aquele período, de uma deflorestação gradual, coetânea com um desenvolvimento de espécies arbóreas que exigem muita humidade (Fagus, Corylus Castanea, Betula, Alnus) e com a extensão da agricultura cerealífera. Todavia, como mostrou Manuela Martins, os melhores solos do Noroeste, existentes nas vertentes baixas e nas planícies de aluvião, não foram relevantes para as comunidade agrícolas deste I Milénio, devido a uma série de obstáculos, resultantes de vários factores de natureza edáfica, mas também da própria erosão dos solos, desencadeada por uma deflorestação crescente, resultante da implantação sistemática de novos povoados (vd. Martins, 1990, p. 197-98). Segundo esta investigadora (1998, p. 203), a criação de animais, a recolecção e a própria caça devem ser consideradas actividades de não somenos importância no sustento destas comunidades proto-históricas, mas valorizando o papel importante que desempenharam na sua economia agro-silvo-pastoril. As estas devem acrescentar-se as actividades ligadas à pesca marítima e fluvial exercidas em sítios situados nas proximidades da costa. Tais sítios exploravam intensamente o mar, através da pesca com redes e anzóis - a partir de embarcações e em terra firme – e procediam à recolha de crustáceos, equinodermos, bivalves e gasterópodos próprios de fundos com lodo, arenosos e rochosos da zona intermareal (Vázquez Varela, 1980, p. 201). Neste ponto, Alberto Sampaio (1923) - o único historiador que aliou ao manejo seguro dos documentos o conhecimento profundo da vida rural - tentou reconstituir os traços essenciais da economia do Noroeste que ocorreram desde a Idade do Ferro até à Idade Moderna. Desde logo, realçou a elevada densidade populacional nesta região, pelo menos desde a época “dos castros”, e a responsabilidade da ocupação romana na descida das comunidades para as terras baixas e na criação de centros urbanos e de unidades agrárias (1923, p. 39-40), especialmente representadas

tada pela policultura intensiva dos cereais. Nas planícies multiplicam-se os campos de legumes e a cultura do milho, ainda que a rotatividade, mais ou menos artificial, permita uma produção constante sem esgotamento dos solos. Com alguma frequência, a separação destes campos de cultivo faz-se por intermédio do sistema da vinha alta ou de enforcado, ou mesmo, pelo plantio de oliveiras. Por vezes, ao longo das linhas de água, constata-se a existência de choupos e salgueiros. É esta diversidade de evolução e de relações ambientais que dá complexidade à cobertura vegetal da região, cuja fisionomia associa retalhos complementares, comandados por acidentes de relevo e condições climáticas, hidrográficas e dos solos, bem como pela intensidade e diversidade das intervenções humanas. 1.1.2 As linhas de resistência e transformações ocorridas nos períodos préromano e romano Em todas as épocas, o meio natural apresenta linhas de resistência que importa considerar. O que varia de uma época para outra é o nível das técnicas utilizadas, directamente relacionado com o número de sucessos ou de derrotas do homem em luta contra essas linhas de resistência. Coincidindo com os fins do Bronze Final e continuando ao longo do Iº Milénio a. C., entramos no período climático sub-atlântico, caracterizado por um aumento das temperaturas e da humidade, e por conseguinte da vegetação arbórea. Estas condições climáticoflorestais teriam provavelmente sido as responsáveis pela fixação das comunidades no interior, estabelecendo os seus habitats em zonas alcandoradas de acrópole, em detrimento das zonas mais baixas, de vale, que estariam cobertas de vegetação e em muitos lugares ocupadas por lameiros e zonas semi-pantanosas que obrigavam a grandes esforços de drenagem que a tecnologia pré-romana não estava em condições de suportar (Calo Lourido, 1997, p. 58 e 78-79). Por outro lado, a fixação das comunidades em zonas elevadas permitia, para além dum maior controlo defensivo no caso de hipotéticas ou reais incursões ofensivas, a defesa das pessoas e dos animais domésticos de potenciais ataques dos predadores (1997, p. 79) (Fig. 2). 11

Breve Análise da Geografia Económica

Fig. 2 - Distribuição dos povoados do curso médio do Cávado. Esc. 1:250.000 (Martins, 1990: 210) pelas uillae rústicas que em épocas tardias geralmente evoluíram para paróquias medievais (1923, p. 77). Apesar de algumas reservas apontadas por dois trabalhos de síntese (Alarcão, 1980, p. 3-11; Martins, 1995, p. 73-114) relativamente à verosimilhança da evolução que Alberto Sampaio traçou, continua a faltar um trabalho de síntese que dê continuidade à obra deste autor. Manuela Martins (1995, p. 73-114), no trabalho acima referido analisou a ocupação sob domínio romano de um território imediatamente próximo da cidade de Bracara Augusta, correspondente à área compreendida entre os vales do Neiva e Ave (Fig. 3 A e B), valorizando, para além dos dados meramente arqueográficos, a hierarquia de povoamento e as características da paisagem agrária. Neste trabalho, a autora considera que:

inclui povoados fortificados e povoados abertos e outro disperso, caracterizado por novos tipos de habitat (uillae, casais, unidades industriais e mansiones) (1995, p. 82-101); • esta ocupação teve como consequência a passagem de uma organização hierárquica e centralizada de povoamento, pelo menos em finais do séc. I a. C., para uma organização político-administrativa criada na região pelos primeiros imperadores romanos, através do papel da rede viária e das cidades que passaram a controlar grandes territórios políticos e económicos, em ligação intrínseca com as uillae e outros aglomerados secundários (uici) (1995, p. 101-105); • a dimensão da área urbana de Bracara Augusta era proporcional ao seu vasto território económico, cuja riqueza seria drenada para a cidade, através das elites rurais (1995, p. 101-105).

• a ocupação romana obedeceu a dois tipos de povoamento: um concentrado que 12

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Fig. 3 A e B. O povoamento da época romana da região de Braga (Martins, 1995: 112-114) 13

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Recentemente dados ambientais disponíveis para o 1º Milénio, obtidos pela Palinologia, Antracologia e Paleocarpologia, permitem considerar que a paisagem que envolvia os povoados era pródiga de recursos, revelando uma clara diminuição das áreas de floresta, com aumento de clareiras para cultivo associada a uma agricultura de regadio e o uso sistemático do arado (vd. Martins, 1996b). Segundo Manuela Martins (1996b, p. 130), “o domínio romano da região mais não conseguiu senão racionalizar, sob outra lógica, mais orientada para o mercado, a exploração dos recursos agro-pastoris dos vales”.

que não seriam rentáveis para pequenos proprietários (Perea Caveda e Sánchez-Palencia, 1995, p. 63). Textos epigráficos corroboram esta situação, assinalando nomeadamente a presença de procuratores metallorum como consta nas inscrições de Villalís e de Luyego (Le Roux, 1982, p. 241-45, nº 241-251 e 272) e a presença de militares nos mesmo locais e em Três Minas, não para protecção ou manutenção da ordem, mas com fins preferencialmente técnicos como, por exemplo, a construção de infra-estruturas hidráulicas ou mesmo administrativas (Domergue, 1986, p. 33-37). A implantação e desenvolvimento da mineração do ouro nesta região esteve ainda directamente relacionada com a necessidade de cunhagem de moeda para fazer frente ao pagamento dos exércitos e para controlo da expansão comercial associada a uma actividade urbana crescente (Perea Caveda e SánchezPalencia, 1995, p. 20). Nesta perspectiva, a criação de centros urbanos determinada por Augusto após o fim das guerras cantábricas mostra o interesse que este imperador dedicou à região com a criação de três grandes cidades no Noroeste: Bracara, Lucus e Asturica. Entre os sítios mais importantes do territorium metallorum romano contam-se as jazidas de Três Minas, de Gralheira e Campo de Jales (Mina dos Mouros) localizadas nos prolongamentos do sudoeste da Serra da Padrela, no NE transmontano e incluídos na faixa de xistos auríferos que se continua pelas províncias de Orense, Lugo, Zamora, Léon e Oviedo. Estes conjuntos são um importante testemunho da valorização de jazidas primárias numa zona periférica: sendo domínio imperial e fiscal, estas minas, durante os dois primeiros séculos da nossa era, foram exploradas numa escala industrial, através da exploração e tratamento de sulfuretos polimetálicos complexos, com elevados teores de ouro e prata (Wahl, 1998, p. 57). A partir das estruturas conservadas do espólio como, por exemplo, as ferramentas de mineiro e elementos do equipamento mecânico, foi possível identificar significativos detalhes de carácter histórico e técnico utilizado pelos romanos. De entre estes identificou-se a utilização do meio do desmonte por

1.1.3 A mineração no contexto da geografia económica da região De acordo com os vestígios de jóias achadas em recintos proto-históricos (braceletes, diademas, pendentes, colares, argolas ou brincos), sabemos que as populações do Noroeste conheciam o tratamento dos metais e, mais precisamente, do ouro (Domergue, 1970a, p. 263-64; Sánchez-Palencia, 1983, p. 31-34; Silva, 1986; 1990; Férnandez Carballo, 2001, p. 133-41; Domergue, 1990, p. 166; Perea Caveda e Sánchez-Palencia, 1995). Como indica Floro (2, 33, 59-60), após a pacificação definitiva do Noroeste peninsular, o imperador Augusto ordenou medidas específicas para a exploração dos recursos minerais. Para tal, o poder romano, desde logo, disponibilizou todos os meios técnicos e de engenharia com vista à extracção, controlo e transporte daquele metal para Roma. A exploração do ouro deixou de ser um recurso artesanal para se converter numa verdadeira “empresa industrial”, sob a vigilância e controlo do Estado (Perea Caveda e Sanchéz-Palencia, 1995, p. 21). A mineração passou a ter um papel predominante na actividade económica da região e, de um modo mais abrangente, na gestão económica do fisco imperial. A peculiaridade da exploração do ouro no Noroeste relativamente a outras regiões na Península reside, precisamente, na sua forma de exploração e no seu papel dentro do sistema monetário romano (Orejas e Plácido, 2000, p. 29). Não devemos todavia esquecer que este protagonismo do fisco imperial se ficou a dever, naturalmente, a razões de ordem técnica, tendo em conta a envergadura das infra-estruturas 14

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vestuário, baldes, roldanas e rodas hidráulicas (Lima e Gomes, 1999). De entre as várias explorações mineiras aí documentadas, as mais importantes encontram-se no distrito de Viana do Castelo, onde se registaram escombreiras na Serra da Arga, filões em Grovelos, poços e galerias em Monte-Mor, e desmontes, poços e galerias em Tinas (Almeida, 1970, p. 289). No limite sul do território do Noroeste peninsular, nas proximidades do Porto, na Serra das Banjas, há uma grande zona com mais de 60 km de comprimento, na direcção de Paredes, Valongo, Gondomar, passando depois o rio Douro para Castelo de Paiva, onde se extraiu grande quantidade de minérios auríferos em época romana. Desta ampla zona destacam-se as minas auríferas da região de Valongo pela sua importância em época romana (Pinto, 1993). Aqui, na chamada Pirâmide de St.ª Justa, são bem visíveis as marcas de antigas explorações romanas, constituídas por poços, uns quadrados, outros circulares, e uma galeria que se inicia 7 m. acima do nível da Ribeira de Valongo e se abre em desmonte, a céu aberto, a 300m. de distância da entrada (Almeida, 1970, p. 290). Em época romana, os filões começaram por ser desmontados a céu aberto, a partir dos afloramentos, por meio de escavações que progrediram em profundidade seguindo os caprichos morfológicos do terreno, e à qual se dá o nome de “bolsadas” ou “ore-shoots” (Dias de Carvalho, 1978, p. 13). Para além deste núcleo mais importante, outros vestígios podem ainda estar subjacentes a uma série de outras elevações com cerca de 300 m de altitude: Santa Justa, Pias, Santa Iría e Banjas (1978, p. 13). Para além dos vestígios da mineração romana em minas não devemos esquecer a recolha de ouro em grânulos e pepitas nas aluviões dos rios, entre os quais o rio Douro e o rio Sabor (Almeida, 1970, p. 298). A vastidão e importância deste recursos no Noroeste peninsular e no restante território do Norte da Península levará o estado romano a criar, nos finais do século I, a procuradoria das Astúrias e Galiza, responsável pela administração das minas e, como referimos, a manutenção das tropas estacionadas no território (Domergue, 1970a, p. 270-71; 1970b, p. 14-15). A extinção desta procuradoria financeira e com cargos específicos para o Noroeste (como o procurator de

meio do fogo, referido por Plínio (Nat. Hist. 33, 71), a extracção através de poços mediante cabrestantes, o transporte em galerias através de carros e a trituração do minério bruto por moinhos de quatro pilões (Wahl, 1998, p. 57). Segundo cálculos provisórios efectuados por aquele autor (1998, p. 68), calcula-se um volume da ordem de 15 a 20 milhões de toneladas de rocha e minério extraídos apenas das grandes cortas de Três Minas, e o equivalente em ouro de cerca de 15 000 a 20 000 kg (electrum). Avaliando ainda uma exploração efectuada ao largo de 150 anos, o autor (1998, p. 68) calcula uma produção anual de cerca de 100 a 130 kg. de ouro, para além de uma considerável produção de prata (numa proporção de 1/10 no contexto do minério bruto). Nas minas de Jales, a cerca de 6 km. de Três Minas em linha recta, foram encontrados, em cerca de 1.200m. de extensão, trincheiras e poços onde foram recolhidos, à semelhança de Três Minas, diferentes materiais de época romana datáveis do período alto-imperial (Almeida, 1970, p. 296). Jales corresponde, efectivamente, a uma grande jazida de mineração aurífera em território português. Na continuação destas minas, apareceram ainda vestígios de época romana em minas situadas na margem esquerda do rio Douro, em Penedono. No distrito de Bragança existem vestígios de mineração romana em Ervedosa (Couto mineiro de Vinhais, freguesia de França), em Urrós (no Buraco dos Mouros, Torre de Moncorvo), no Lugar do Seixo (Ansiães), em Macedinho (Vila Flor) e, provavelmente, em S. Salvador e Vila Verde (ambas no concelho de Mirandela), onde existem restos de explorações representados por galerias, poços e trincheiras (1970, p. 298). Mais a sul, nas proximidades da cidade de Chaves, são ainda conhecidos vestígios evidentes de explorações mineiras romanas para a extracção de ouro, do qual se destaca o chamado Poço das Freitas, com uma abertura de 100x80m, situado entre Nogueira, Sapelos e Bobadela (1970, p. 297). Na região do Alto Minho existem, paralelamente, vestígios de trabalhos mineiros de certa importância resultantes de explorações romanas em jazidas auríferas, como parece demonstrarem os achados de objectos variados relacionados com a lavra mineira: material de iluminação, ferramentas, cordas, restos de 15

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Asturia e Gallaecia) em meados do século II / inícios do século III deverá, com alguma probabilidade, ser atribuída a uma baixa de produção na indústria mineira desta região (1970a, p. 279; 1970b, p. 15-18; 1990, p. 28889; Sánchez-Palencia, Orejas e Dolores Fernández-Posse, 1994, p. 251), relacionada com repercusões no sistema monetário romano (Sastre e Orejas, 2000, p. 289-90), que levou à metalização da moeda de ouro (Perea Caveda e Sánchez-Palencia, 1995, p. 63). No contexto da mineração, a rede viária foi primordial na política económica do poder romano dado que a sua construção e consequente conservação facilitou a rápida saída dos metais e matérias primas extraídos nesta região. As comunicações tanto terrestres como marítimas e fluviais na região foram, de facto, essenciais. A demonstrá-lo, a existência de um conjunto de vias (Vias XVII, XVIII, XIX e XX “per loca maritima”), a que vinham unir-se ramais e vias secundárias e a existência de rios navegáveis e dum litoral que permitia igualmente escoar grandes quantidades de minério.

de problemas de navegabilidade apenas durante os meses de primavera (1991a, p. 116). O relevo litoral português responde às características litológicas do país. No Norte, húmido e euro-siberiano, mesmo na sua versão meridional, as rochas cristalinas que constituem o conjunto orográfico do Minho e Trás-os-Montes, cheias de irregularidades, determinam as peculiaridades principais de uma costa de elevação que se estende até à desembocadura do Douro. A distribuição dos sedimentos sobre a plataforma continental apresenta alguns contrastes entre o norte e o sul: até Peniche predominam as areias junto à costa e os lodos a maior distância. Apenas frente ao litoral do Minho surge uma linha de fundos rochosos (1991a, p. 55). Esta costa, de traçado maciço e muito pouco recortado, não apresenta grandes reentrâncias que ofereçam refúgio certo ou chanfraduras que entrem pela terra dentro, em baías abrigadas, sendo, pelo contrário, fértil em longas áreas desabrigadas. Esta unidade de contorno contribuiu decerto para que a forma da Península fizesse lembrar ao geógrafo grego Estrabão (III, 1, 30) a pele de um boi estirada – tergori bovis adsimilis. Poder-se-á dizer, todavia, que, na sua generalidade, a costa possui uma cornija baixa e rochosa e uma costa de ampla curva de estuários no Minho que continua durante vários quilómetros, de forma quase rectilínea, até à embocadura do Douro (Fig. 4). Recta, sem inflexões e enseadas, pode considerar-se como uma cornija atlântica brava onde desembocam três dos seus maiores rios, Minho, Lima e Cávado, que formam três grandes vales com vertentes ravinosas e fundo plano, seguindo uma direcção ortogonal (Birot, 2004, p. 48). Apesar desta configuração orográfica da costa miniana-duriense não é possível estabelecer, de forma conjunta, as suas características definidoras. Para isso seria inevitável realizar um estudo compartimentado de cada tramo costeiro, tendo em conta os diferentes acidentes costeiros naturais, especialmente promontórios e cabos. Neste contexto, a análise de cartas náuticas, roteiros e descrições de antigos navegantes é de grande utilidade dado possibilitarem uma melhor definição das estruturas de navegação ao longo do litoral. Como vimos, a costa norte do actual território português com

1.1.4 O litoral: características e configuração Como se sabe o litoral do Noroeste, de feição atlântica, é banhado por massas de água e de ar com características oceânicas. Neste ponto, o litoral norte possui um regime de marés com uma ondulação forte ou, até, alterosa, de direcção oeste ou noroeste. Aqui, as ondas, com um regime bidiurno e amplitude moderada (cerca de 2,5 m em média, menos de 4 m nas marés vivas) (Daveau, 1998, p. 56). O litoral português é assim percorrido por uma corrente, de norte a sul, e, no Algarve, de oeste para este, que se deve essencialmente à circulação geral determinada pela posição do anti-ciclone dos Açores. Também a temperatura e a salinidade das águas aumentam quando se caminha para o sul, embora as variações não sejam muito consideráveis (Moreira, 1987, p. 57). As correntes marinhas gerais favorecem a navegação de altura no sentido este-oeste na faixa costeira cantábrica e no sentido sul no Atlântico (Naveiro, 1991a, p. 116). A navegação no sentido contrário - para norte na costa portuguesa e este na costa cantábrica - carece 16

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Fig. 4 Fotografia de satélite do Grande Porto e Minho (LANDSAT 5 TM 1994, a 800 km de altitude)

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mas com moluscos de água sabrosa, com diatomitos incluindo diatomáceas de água doce associadas a espécies de águas salobras, com turfas)...”. Exemplos de contextos semelhantes estão presentes na actualidade na conhecida Lagoa da Apúlia, em Esposende, e, pelo menos até ao século XVI, no porto de Fão, considerado um bom porto de mar (Machado, 1951, p.45). Como complemento à existência de zonas com funções portuárias existia também outro conjunto de estruturas fundamentais no apoio à navegação ao longo da costa: referimo-nos a edifícios que tinham como função comum servir de referência ou aviso aos navegantes, designadamente os faróis ou torres de sinalização. A existência de instalações portuárias romanas ao longo da costa do NO poderia, no entanto, não pressupor a construção de instalações complementares a estes portos, mas somente o seu funcionamento como simples pontos de transvase de produtos, independentemente de uma actividade comercial maior que devia realizar-se nos núcleos urbanizados. Nesta perspectiva, a comercialização dos produtos poderia processar-se através de pequenas embarcações de carga e descarga, que, dado o escasso calado, e consequente facilidade de manobra, poderiam aceder a qualquer ponto da costa, penetrando inclusivamente até ao interior pelas vias fluviais. Como bem acentuou A. Balil (1974, p. 221), a navegação atlântica aproveita, em Portugal, a navegação fluvial que permite não só uma penetração para o interior mas também uma ramificação da mesma pela utilização dos tramos costeiros navegáveis dos grandes rios. Sob outro ponto de vista, a existência de um vasto litoral permitiu o abastecimento de pescado e de sal. A descoberta de numerosos vestígios de salinas associados a materiais romanos como os que foram encontrados na orla marítima a norte do rio Lima (Lemos, 1982, p. 29; 1999, p. 86) ou sob cordões de dunas, na faixa entre o Neiva (Almeida, 1979b, p. 5; 1998, p. 25-26 e 32-33) e o Cávado (Lemos, 1999, p. 86), são disso testemunhos.

fraca altura de mar e cheia de parceis, com a rebentação a considerável distância, carece de condições favoráveis à navegação; em toda a extensão, faltam elevações protectoras dos portos baixos. Como bem salientou Pierre Birot (2004: 55), em geral, o mar banha praias estreitas nas quais são visíveis pontas rochosas encostadas a declives abruptos que parecem orientados por escarpas de falhas. De facto, contrariamente à Galiza que é penetrada por rias largas e profundas, os vales fluviais do Minho não são muito favoráveis à vida marítima intensa. Excepcionalmente, alguns acidentes, promontórios e baías naturais, proporcionaram – e ainda proporcionam – excelentes lugares de ancoradouro, ainda que potencialmente perigosos em situações de marulhada. A comprová-lo temos a existência de lugares que, tendo servido na Antiguidade como ancoradouros, permanecem hoje em dia com idêntica função. De facto, a morfologia costeira associada ao regime dos ventos, às correntes marinhas e à rede hidrográfica e recursos económicos, facilitou a determinação de rotas e a localização de fundeadouros, embarcadouros ou lugares de troca (Naveiro López, 1991b, p. 22). No entanto, a constante modificação da costa, resultante dum crescimento urbanístico febril dos últimos tempos e da própria dinâmica litoral resultante das transformações incrementadas pela acção de agentes geológicos, marinhos, climáticos, e, naturalmente, antrópicos, dificulta a identificação de estruturas localizadas nas zonas costeiras da Antiguidade, ocultando eventuais testemunhos materiais respeitantes a antigas instalações portuárias. Neste ponto não devemos, todavia, esquecer que a tendência rectilínea da costa actual resultou de dinâmicas morfológicas mais recentes pelo que, durante o Quaternário, esta seria mais recortada e com “pequenos golfos” (Meireles, 1992, p. 156 e 200). Na verdade, um estudo mais recente de H. Granja (1993, p. 44), elaborado a partir de estudos geomorfológicos, sedimentológicos, vibrossondagens e acesso a datas de radiocarbono, sugere que o litoral teria sido formado por um sistema lagunar que havia “...permanecido durante centenas de anos incluindo o tempo de ocupação romana, de acordo com os dados das datações” e originando “...unidades litoestratigráficas com “tijuca” (depósitos constituídos por areias limosas, algu-

1.2 AS CONDICIONANTES FÍSICAS DA CIDADE A análise da geografia económica do Minho não se esgota, naturalmente, nas carac18

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136), “uma bacia hidrográfica, abrangendo toda a extensão de território cujas águas confluem à mesma artéria fluvial, corresponde geralmente a uma porção de superfície bem individualizada, não apenas por características de ordem física, mas sobretudo de ordem humana e económica”. Este é o contexto em que foi implantada a antiga cidade romana, situada no fundo de uma depressão amplamente aberta, no limite entre pequenos cursos de água que pertencem à bacia do rio Este (ou Deste) (cfr. Leal, 1979, p. 432), tributário do Ave, e de outros que correm em sentido oposto para norte, em direcção ao rio Cávado (Lemos, 1999, p. 83). Bracara Augusta estava assim situada junto a uma rede de cursos de água que naturalmente favoreceram e ditaram a sua implantação. Destes rios interessa-nos em particular o rio Cávado, pela sua proximidade imediata à antiga cidade romana de Bracara Augusta. O rio Cávado (em latim Cadavus, Cavadus, Cavus, Celandus, Celanus e Celenus), considerado como uma linha estrutural da morfologia do Noroeste peninsular, possui uma extensão de 118 km. Inclui-se no grupo dos cursos fluviais da Península pré-existentes ao arranjo tectónico do maciço galaico-lusitano (Choffat, 1907, p. 55). Nasce da confluência de diversas nascentes, passa próximo da nascente do Tâmega, em Trás-os-Montes (Montalegre) na Serra do Larouco (segunda elevação do País) a uma altitude de 1500m; atravessa a Serra do Gerês, e no Vau do Bico junta-se ao rio Homem (Leal, 1979: 216). Fenómenos de abatimento da zona costeira devem ter-se produzido na sua foz (Girão, 1960: 112). De Barcelos até Montalegre e até à sua confluência com o Homem, possui um leito que segue uma orientação NE/SO. Juntamente com o baixo curso do rio Homem e toda uma extensa rede de ribeiros de orientação quase sempre transversal (N/S e NO/SE), este rio foi estruturante na modelação do relevo e na morfologia contrastante da bacia média do Cávado. De facto, o seu curso, para além de reflectir a acção de acidentes estruturais, tem especial significado na distinção entre o ciclo dos planaltos e o dos vales. Além de servido na margem direita pelas águas dos rios Cabril, Caldo, Homem e Prado, e na margem esquerda pelas águas do Rabagão, o rio Cávado encontra ainda no carácter pluvioso da região outra grande fonte de reserva.

terísticas mais ou menos homogéneas desta região. De facto, essa análise deve ter em conta uma grande diversidade de áreas que constituem sub-unidades geomorfológicas. Como salientou Manuela Martins (1990, p. 43), as características geográficas da região devem ser analisadas tendo em conta a diversidade de soluções adoptadas a nível regional, sejam elas ligadas às actividades agrícolas, mineiras ou pecuárias. É nesta perspectiva que começaremos por apresentar o contexto geográfico da fundação da cidade, realçando as características físicas que condicionaram o seu sítio e respectivas possibilidades económicas resultantes de tal escolha. 1.2.1 As características físicas Bracara Augusta beneficiou de uma importante posição geo-estratégica (Martins, 1990: 221). A cidade, situada nas coordenadas 41.º 36’ de latitude e 12.º 39’ de longitude N, foi implantada numa zona correspondente a uma pequena colina de pendor suave e de sub-estrato granítico. De acordo com o valor registado na Carta 1: 25.000 do Instituto Geográfico Militar (folha nº 70), o ponto mais elevado, que corresponde à chamada “Colina da Cividade”, tem a cota máxima actualmente perto dos 188 metros. A disposição oblíqua dos vales em relação à costa e a ramificação dos ribeiros e rios secundários, alinhados de forma ortogonal relativamente aos eixos principais, foram factores decisivos que contribuíram para o desenvolvimento das comunicações (Lemos, 1993, p. 82). Apesar de posicionada numa zona soalheira, a cidade apresenta um elevado índice de pluviosidade média anual em consequência dos ventos dominantes do sudoeste, predominantes nos meses de Outono, Inverno e ocorrentes mesmo na Primavera. O clima da cidade é ameno, com invernos suaves, embora chuvosos, e estios agradáveis, possuindo temperaturas menos elevadas que a média do território português. A geografia diz-nos que uma região dividida por duas bacias hidrográficas favorece a formação de individualidades distintas, “onde se apaga a influência dos “rios que unem” (Ribeiro, 1998, p. 141)”. Como acentuou Amorim Girão na sua Geografia de Portugal (1960, p. 19

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metros de Braga sabe-se da existência de quatro destas unidades: a uilla de S. Frutuoso (na área onde no séc. VI foi erguido o túmulo do conhecido bispo); a uilla situada em S. Vítor; a uilla situada nas proximidades do solar das Ínfias e uma outra, localizada no limite oeste da actual urbanização das Parretas (infelizmente destruída sem qualquer estudo prévio). Uma outra cintura de uillae estava por sua vez disposta a cerca de mais de um quilómetro da cidade; dentre estas conta-se a uilla escavada por Luís Fontes em S. Martinho de Dume (Fontes, 1987, p. 124; 1994, p. 76) e a uilla de Santarão que, segundo a bibliografia, era adjacente à Senhora do Lírio, em Semelhe (1994, p. 76). Como refere Manuela Martins (1990; 1995; 1996a), o registo arqueológico documenta na zona ocidental bracarense a implantação de sítios rurais do tipo uilla, com particular destaque para o vale do Cávado, onde se regista uma implantação precoce, logo no século I, associada à exploração agrícola da área envolvente da cidade. A este fenómeno está associado um correlativo abandono dos povoados de baixa altitude, cujos territórios económicos passaram a constituir os fundi destes sítios (2001, no prelo). De acordo com a autora (1990, p. 52), um dos recursos relativamente abundantes nos terraços da bacia média do Cávado e em menor quantidade ao longo do rio Homem, é a argila, matéria prima de base no fabrico da cerâmica. Nas freguesias de Barreiro (Amares), Prado e Cabanelas (Vila Verde), todas situadas nas margem direita do Cávado, existem abundantes barreiros de argila, numa faixa que se prolonga pelas freguesias de Fornelos, Manhente, Tamel, até Vila Frescainha (Barcelos). Na margem esquerda do rio testemunhase ainda a existência de barreiros em Padim da Graça (Braga), Areias de Vilar e Milhazes (Barcelos). Esta situação repete-se no concelho de Esposende onde igualmente se verifica a existência de abundantes jazidas de argila nas margens esquerda e direita do rio Cávado. Jazidas de argila ricas em caulinos estão ainda documentadas ao longa da faixa litoral do Norte de Portugal, desde o concelho de Esposende até à faixa costeira da região galega. Um outro recurso valioso são as jazidas auríferas especialmente presentes nos núcleos da serra do Valongo, do Barroso e da Serra da Padrela (Lemos, 1999, p. 83).

Na actualidade o assoreamento do litoral português é um facto incontroverso. Neste ponto o Cávado não é excepção. O Cávado encontra-se seriamente assoreado, pelo que as suas margens são baixas e os vales têm maior abertura, sobretudo na fase final em que o próprio rio parece não ter pressa de chegar ao mar. 1.2.2 As possibilidades económicas Inserida numa zona ainda de clima mediterrâneo mas com uma forte influência atlântica, a vegetação característica desta zona é constituida por matas de sobreiro (Quercus suber L.) e azevinho (Ilex aquifolium L.), especialmente em áreas ainda não afectadas pela crescente urbanização e rearborização, com florestas de espécies exóticas onde predominam os pinheiros bravos (Pinus pinaster). Os recursos hidrológicos abundantes na bacia do Cávado e a ocorrência de nascentes, em altitudes muito variáveis, favoreceu seguramente a sobrevivência e desenvolvimento dos povoados em época proto-histórica e sua continuidade em época romana e possibilitou uma fácil irrigação dos campos de cultivo, estivessem eles situados nos cumes ou nas vertentes. A abundância destas nascentes proporcionou ainda a manutenção de ribeiros com um caudal significativo, permitindo a existência de uma fauna piscícola mesmo em períodos de maior estiagem (Martins, 1990, p. 53). Nas proximidades da cidade, as montanhas envolventes foram garantia de vastos recursos pecuários e silvo-pastoris. Ao longo dos vales do Ave, do Cávado, do Lima e do Minho, a existência de vastas áreas de solos profundos assegurou o cultivo de produtos cerealíferos, essenciais à sobrevivência das comunidades subsidiárias de uma economia de subsistência. No território contíguo à cidade, os solos eram particularmente férteis, tanto a sul e a leste, nas margens do rio Este e na veiga de Lomar, como a oeste e a norte, nos campos de suave inclinação que se estendiam até à margem do rio Cávado (Lemos, 1999, p. 86). Estas circunstâncias favoreceram o aparecimento de Bracara Augusta e a existência de uillae dispostas em cinturas concêntricas sucessivas em relação à cidade (Fig. 5). A uma distância de cerca de quinhentos 20

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Fig. 5 - Distribuição dos sítios e achados romanos do curso médio do Cávado. Esc.1:250.000 (Martins, 1990: 235) Mais abundante são as minas ricas em cassiterite, com a mesma formação e orientação das anteriores, situadas em Ribeiro de Seixo, Cerqueiros, Quebrosa, Abelheiras, Tomada de Salgueiro, Vieiros, Fonte Videira, Portela e S. Gens (Teixeira, Medeiros e Macedo, 1973, p. 49; Martins, 1990, p. 53). No território circundante de Braga estão ainda documentadas minas de ferro, situadas no concelho de Barcelos (Vilar, freguesia de Paradela), e nos limites dos conselhos de Esposende e da Póvoa do Varzim (Thadeu, 1965, p. 19).

Na bacia do curso médio do Cávado, os recursos mineiros são relativamente escassos e restringem-se às manchas quartzosas e aos filões pegmatíticos, em especial na franja ocidental de Vila Verde (Martins, 1990, p. 53). Nas proximidades da cidade encontramse também, ainda que de forma escassa, formações áureo-argentíferas na zona da Portela das Cabras (Vila Verde) e em Sobradelo, em forma de filões quartzosos orientados NE/ SO (Teixeira, Medeiros e Lopes, 1975, p. 52; Martins, 1990, p. 53). Corroborando algumas informações orais que referem a existência de minas de ouro exploradas pelos romanos, no lugar de Criaz, freguesia da Apúlia, concelho de Esposende (Machado, 1951, p. 33-34), as investigações geológicas identificaram indícios de explorações antigas de ouro nos filões quartzosos auro-antimoníferos em local não muito distante, situado na Lagoa Negra (Teixeira, Medeiros e Lopes, 1975, p. 43-44).

1.3 AS FONTES ESCRITAS: SEU VALOR E LIMITAÇÕES Estamos longe de conhecer todos os aspectos da história económica da Antiguidade e de entender as razões, modalidades e etapas desse processo. 21

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Estas dificuldades são em parte o reflexo das características e limites da percepção que os antigos tinham da economia e dos factos económicos. Não concebiam a economia como uma ciência autónoma, gerida por leis próprias e susceptível de ser analisada como tal. A percepção que dela tinham não era resultante duma análise estruturada mas consistia antes num conjunto de alusões fragmentadas, imersas em discursos políticos, sociais e éticos. Uma dificuldade acrescida ao estudo da vida económica romana é a tendência para interpretar aquele conjunto de dados como o reflexo de momentos ou fases de um processo histórico linear. Estas circunstâncias não devem, porém, ser impeditivas de uma análise detalhada das fontes. De facto, ainda que os autores antigos greco-latinos não se tivessem interessado pela produção e pelo comércio, não deixaram de fazer alusões suficientes ao mundo do trabalho para nos permitir induzir algumas características da realidade e da mentalidade da época. Nesta perspectiva, os testemunhos de autores como Plauto, Catão, Varrão, Cícero, Diodoro Sículo, Dionísio de Halicarnasso completam as parcas informações proporcionadas pelos vestígios materiais. No contexto do Noroeste peninsular, as fontes são mais escassas. Entre estas possuímos os testemunhos de Pomponio Mela e Cláudio Ptolomeu que nos deixaram descrições geográficas da fachada atlântica relativa à parte ocidental do Império e referências várias de outros autores. Pomponio Mela - que nasceu em Tingentera num pequeno sítio nas proximidades de Cádis - redigiu, possivelmente na época do Imperador Cláudio (cerca de 43 ou 44 d. C.), uma Chorographia com o nome de quase 200 cidades (Blázquez, 1976, p. 80), na qual faz referência à costa atlântica e a um número considerável de rios, incluindo os rios das Rias Baixas. Nesta obra refere ainda o golfo dos Ártabros, descrevendo-o como possuindo uma estreita embocadura e um amplo contorno no qual desembocam quatro rios (vd. Naveiro López, 1991a, p. 122, fig. 28 e p. 124). Para esta obra Pomponio Mela contou, para além da sua experiência pessoal, com notícias referidas por outros autores como Salústio, Cornelio Nepote e Varrão. Esta obra possui o mérito de ser a primeira descrição do mundo

antigo escrita em Latim. Claudio Ptolomeu, já em meados do séc. II (90-168 d. C.), indica mesmo as coordenadas geográficas para a localização de povos e cidades e dá-nos, com bastante precisão, uma descrição da costa com as suas baías, promontórios e desembocaduras dos rios (Naveiro López, 1991a, p. 124-25). Um outro autor, Caio Plínio Secundo (23-79 d. C.), o Plínio-o-Velho sobejamente conhecido, que foi procurator na Provincia Hispania Citerior Tarraconense no tempo do imperador Vespasiano (entre os anos 72 a 74 d.C.), é um dos autores mais representativos, dada a carreira administrativa que desempenhou e lhe permitiu integrar dados de arquivo e de observação directa. A sua descrição da organização política, da geografia e da economia da Hispânia deve entender-se à luz desta sua condição. Da Naturalis Historia, elaborada nos anos 75 a 77, interessam-nos aqui, sobretudo, os livros III-IV, que incluem uma detalhada descrição dos aspectos administrativos e, sobretudo, das actividades económicas do Noroeste, especialmente úteis para o conhecimento da mineração de ouro (N. H. 33, 78, 80) e estanho (N. H. 34, 156-158, 139) nesta região. O autor salienta ainda a importância que as minas do Noroeste (incluídas as da Lusitânia) tiveram para Roma ao referir que delas saíam 20. 000 libras de ouro por ano (uns 6. 500 kg.). Para além deste conhecimento “directo” do território, Plínio utilizou a famosa Orbis Pictus de Agripa, pintada no pórtico de Vipsania Polla (irmã de Agripa), em Roma, obra terminada após a morte de Agripa, em 12 a. C., pelo próprio Augusto e que constava de um mapa e Comentarii, explicando as divisões que apareciam no mapa, medidas e outras informações de carácter diverso (González Alonso, 1997, p. 183). O carácter enumerativo de diversas passagens da obra de Plínio leva a crer que o autor teve também acesso às formulae provinciarum, espécie de estatísticas oficiais do Estado romano que, no caso da Tarraconense, datam da época de Claudio (1997, p. 183) e diversos périplos de costas e ilhas do Mediterrâneo e do Oceano Atlântico (Marin Dias, 1988, p. 409). Faz ainda uma lista pormenorizada dos povos até então conhecidos, curiosamente todos costeiros, excepto alguns interiores relacionáveis com as principais artérias fluviais de 22

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

(Marselha) a Gadeira (Cádis), durante a Guerra Sertoriana, para estudar o fenómeno das marés; de Artemidoro de Éfeso, que navegou até ao promontório Sacrum (o actual Cabo de S. Vicente) e viveu na Hispania até o ano 100 a. C.; de Píteas, cuja Descrição do Oceano, que relata as suas navegações, se perdeu mas foi recuperado por Políbio, entre outros; de Tímon, no seu testemunho sobre as Baleares e mesmo dados orais recolhidos por viajantes que tinham estado na península e de Asclepíades de Mirlea “que ensinou gramática na Turdetania e publicou uma descrição detalhada dos seus povos” (III, 4, 3; 4, 19), em começos do séc. I a. C. Estrabão menciona ainda um ou outro autor contemporâneo de Augusto e seu amigo, como o filósofo estóico Atenodoros. Esta obra, provavelmente escrita entre os anos 29 e 7 a. C. e retocada superficialmente por volta do ano 17 ou 18 d. C sob o reinado do imperador Tibério (Blázquez, 1976, p. 79), não é um mero tratado de geografia, dado incluir dados etnográficos, imprescindíveis para melhor enquadrar a situação do Noroeste (ou mesmo, na generalidade, o Norte da Península) no período imediatamente anterior às Guerras Cantábricas. Descreve ainda a costa do Noroeste sob uma forma esquemática, com um primeiro tramo orientado de sul a norte e um segundo de oeste a este, separados pelo cabo Nérion (vd. Naveiro López, 1991a, p. 122, fig. 28 e p. 124). Entre os poucos acidentes considerados constam as desembocaduras de alguns rios, nomeando os rios navegáveis mais importantes – Douro, Lima e Minho –, ainda que refira a existência de outros mais a norte e de curso paralelo, identificáveis com as Rias Baixas (1991a, p. 122, fig. 28 e p. 124). Na costa setentrional, o único ponto digno da sua referência é a baía ou “Porto dos Ártabros” (1991a, p. 122, fig. 28 e p. 124). No contexto do período baixo-imperial, conhece-se para o Noroeste peninsular um passo fornecido pela Notitia Dignitatum, referindo que o governador da cidade de Braga e sua província possuía categoria consular, e as referências de Orósio e Ausónio. Destes últimos autores, Orósio, de origem hispânica, muito possivelmente da zona da Gallaecia, escreveu, por volta de 416 d. C., uma História contra os pagãos, em jeito de História Universal do mundo romano. Ausónio (Ordo, XIV), por seu lado, na sua descrição das cidades famo-

penetração (vd. Naveiro López, 1991a, p. 122, fig. 28 e p. 124). Inclui Bracara Augusta que denomina Bracarum oppidum Augusta (Plínio, N. H. 4, 112). Informações de carácter geográfico ou etnográfico podem encontrar-se em obras de autores clássicos como Sílio Itálico, Trogo Pompeu e Marcial e em repertórios de estradas, já tardios (do séc. III em diante) como o Itinerário de Antonino, a denominada “2ª tábua de barro de Astorga” (precisamente a única que parece ser verdadeira, das quatro atribuídas ao duúnviro Lépido) e o Anónimo de Ravena. O Itinerário de Antonino (Itinerarium provinciarum Antonini Augusti) é um documento histórico de objectivo eminentemente prático: consiste numa descrição de rotas com indicação dos lugares de passagem (mansiones, stationes, mutationes) e referencia às distâncias entre eles. Apesar do nome deste Itinerário, o autor não foi um imperador da dinastia antonina, pois este documento refere dados bastante posteriores ao séc. II, ainda que não deixe de ser possível que o documento tivesse sido redigido naquele período e tivesse sofrido uma série de correcções e acrescentos em datas posteriores (González Alonso, 1997, p. 185). Para a região do Noroeste, o Itinerário de Antonino (juntamente com o referido Anónimo de Ravena) representa um valioso instrumento para um melhor conhecimento da rede de estradas nesta região. A análise da evolução económica de Bracara Augusta está, todavia, dificultada pela prática ausência de fontes literárias, dado que estas apenas se resumem a algumas parcas e simples notícias sobre acontecimentos históricos de carácter político. Neste contexto, Estrabão, natural de Amasia, na Capadócia, região da Ásia Menor, (viveu entre 64 ou 63 a. C. e 19-20 ou 25 d. C.) assume um papel privilegiado na medida em que nos fornece, ainda que indirectamente, um importante quadro sobre a economia das comunidades do NO, na qual, posteriormente, se veio integrar a cidade de Bracara Augusta. Dos 17 livros da Geographiká de Estrabão interessa-nos particularmente o livro III, dedicado à descrição da Península Ibérica, a Iberia, que é a primeira das terras da oikomene a partir do ocidente. Esta obra foi escrita em grego com base em informações várias: de Posidónio de Apameia, que fez a rota costeira da Massalia 23

Breve Análise da Geografia Económica

sas, salienta a posição desta “opulenta” cidade “junto às praias do mar”. Um outro autor de particular interesse para o período baixo-imperial é Hidácio (ou Idácio), bispo de Chaves, muito possivelmente bracarense, fundamental para melhor enquadrar os últimos momentos da ocupação romana da cidade. O mesmo sucede com a obra de São Martinho de Dume, bispo de Braga, que na sua pastoral, De correctione rusticorum, nos oferece alguns dados interessantes sobre aquele período conturbado da cidade. No rol variado de fontes relativas aos finais do período baixo imperial e antiguida-

de tardia, destaca-se a peregrinação da monja Egéria à Terra Santa nos anos de 381 a 384. Este texto, o primeiro redigido por uma mulher, do qual apenas ficou parte do manuscrito relativo ao trajecto na zona do Monte Sinai e Palestina, é de interesse excepcional. Este interesse revela-se não só pelo facto de se tratar de uma monja originária da Galécia, província onde Bracara, enquanto capital provincial, assumia grande preponderância política e cultural, mas também porque inaugura, de certo modo, a literatura de viagens na Antiguidade Tardia e ilustra o funcionamento do Cursus Publicus, no contexto da extensa rede viária do mundo romano.

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Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

II. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CIDADE

haviam começado já no séc. II a. C. para terminarem em definitivo no reinado de Cláudio ou Nero, com a vitória sobre a última revolta ocorrida nas Astúrias (Tranoy, 1981, p. 125). Como realça A. Tranoy (1981, p. 125), a ocupação paulatina dos territórios do NO pelos exércitos romanos foi realizada em dois períodos cronologicamente distintos que de seguida passamos a analisar.

2.1 DA EXPANSÃO ROMANA À FUNDAÇÃO DA CIDADE 2.1.1 A expansão romana A inserção das terras do Noroeste peninsular no mundo romano, consideradas pelas fontes escritas como pouco hospitaleiras (Estr. III, 1, 2), situadas no fim do mundo (Expositio totius mundi, 59), na extremidade da terra (Idácio, Crónica, pref. 1) e povoadas por nações tão tenazes e tão longínquas (Flavius, A guerra dos Judeus, II, 16, 375), fez com que vastas áreas, ainda numa fase pré-urbana de povoamento, começassem a ser objecto de uma campanha estatal, tipicamente mediterrânea, fortemente centrada na cidade. Para isso contribuíram as forças militares romanas presentes desde os primeiros momentos do processo de incorporação do Noroeste peninsular no império, as quais funcionaram como uma das primeiras vias de “romanização” deste território, ou seja, da penetração das estruturas oficiais, administrativas e culturais de cariz romano. Efectivamente, num contexto social em relação ao qual as elites locais tiveram certamente necessidade dum espaço de tempo mínimo para adquirir uma “mentalidade urbana”, a sua organização deve ter dependido de uma série de regras transmitidas pelos técnicos militares. Antes do período augústeo, ter-se-iam já criado as condições necessárias para que – à semelhança do que nos é relatado por Díon Cássio para a Germânia – num primeiro momento as legiões se tivessem limitado a controlar as principais vias de comunicação e, num segundo momento, a impulsionar a organização de “mercados” ou “synodoi”, com o objectivo de instalar novas relações sociais e económicas. Mas foi a partir do reinado de Augusto que no NO se instalou uma “articulação conjunta do território”, com a fundação de cidades em nós estratégicos de comunicação, ao serviço de uma “reforma administrativa de carácter totalizador” (Fernández Ochoa, 1993, p. 227). Contudo, ainda que a fase essencial dessa conquista se tenha efectuado sob a égide de Augusto, os primeiros recontros nesta área

2.1.1.1 De D. Iunius Brutus a C. Iulius Caesar O primeiro período insere-se no âmbito das guerras lusitanas e das primeiras expedições à Galiza. A primeira expedição ocorreu em 139 a. C. quando o procônsul Q. Servilius Caepio decidiu um ataque conjunto contra Viriato pelo sul e pelo norte da península, que devastou os campos dos Galaicos. Mais tarde, em 138-136 a. C., dá-se a segunda expedição sob a égide do procônsul D. Iunius Brutus, homem da mais alta estirpe do patriciado romano. Em 137 a. C., atravessa o Douro, e entra na Galécia até ao curso do rio Minho. Nesta expedição punitiva ficou célebre a passagem do mítico rio Lima ou Leça, denominado na antiguidade por Lethes ou Belión, à semelhança do rio do esquecimento da mitologia clássica. As fontes clássicas referem que se tratou de uma hábil artimanha das tribos galaicas para conter o avanço das tropas romanas; outra leitura pode, todavia, ser feita: as tropas romanas, cansadas destas campanhas punitivas e na perspectiva de terem que enfrentar uma guerra de guerrilha com conceitos e tácticas diferentes das romanas, deixaram correr o rumor da existência, naquelas terras, do rio do esquecimento (vd. Martínez Mera, 2001, p. 306, nota 33). Este confronto, que teria tido lugar a 9 de Julho de 137 a. C. (Ovídio VI, 669) - data que foi comemorada em Roma pela construção dum templo a Marte (Tranoy, 1981, p. 128) erigido no Campus Martius dois ou três anos mais tarde (Blanco Freixeiro, 1992, p. 97) – teria causado a morte, segundo Orósio (que nos dá seguramente proporções exageradas), de cerca de 50. 000 Galaicos e feito 6. 000 prisioneiros (só 4. 000 mil puderam fugir). A partir deste momento, os Galaicos passaram a ficar sob o controlo teórico da Hispânia Ulterior. 25

Origem e Evolução da Cidade

Segundo J. M. Blázquez (1975, p. 198), esta campanha poderia ter tido como finalidade conhecer as explorações auríferas da região do Noroeste, dado que o comércio de estanho se fazia por via marítima (Estr. III, 176). O que pode certamente aceitar-se é que a partir daquela data as regiões a Norte do Douro parece terem-se aberto a contactos comerciais com o Sul da Península e com o mundo romano como, por exemplo, se pode deduzir da presença de diferentes tipos de cerâmica e de moedas tardo-republicanas encontradas nos tesouros dos povoados de Sanfins e Alvarelhos (Paço e Jalhay, 1955; Torres, 1978-79, p. 15-250; Martins, 1990, p. 166) e no Alto da Cividade, em Braga (Zabaleta Estévez, 1999a). De 96 a 94 a. C. seria a vez do procônsul da Ulterior P. Licinius Crassus - que comandou, uma segunda expedição em terras do Noroeste, no seguimento da sua intervenção na Lusitânia, para interditar os sacrifícios humanos e reprimir uma nova agitação dos Lusitanos - indicar que nestas áreas o mineral aparecia à superfície e que os indígenas eram pacíficos (Tovar, 1975a, p. 80-1). Como sublinhou A. Tranoy (1981, p. 130), esta expedição teve um significado singular no contexto do comércio romano porque permitiu daí em diante aos negotiatores de Roma a abertura de novos horizontes para a exploração das riquezas mineiras nesta área da península. De facto, como indica Estrabão (III, 5, 11), Crasso ficou responsável por “ensinar” a rota para o abastecimento de grandes quantidades de minério. Esta expedição possibilitou o enriquecimento de Crasso e a partir desse momento a sua família passou a ser uma das mais abastadas e influentes de Roma (Martínez Mera, 2001, p. 307). Uma outra expedição ocorrida no quadro das guerras sertorianas enquadra-se no âmbito duma campanha realizada por M. Perpena, provavelmente no ano de 74 a. C., e que teria resultado na tomada de Cale e na hipotética sublevação das tribos da Galécia. Mais tarde foi a vez de C. Iulius Caesar que veio à Hispania pela primeira vez no ano de 68 a. C. na qualidade de questor do propretor Caius Antistio Vetus, ocasião em que conheceu o gaditano Lúcio Cornélio Balbo, que haveria de ser um dos seus mais leais colaboradores e confidentes (Casimiro Torres, 1992, p. 19). Na qualidade de procônsul, no governo da Hispania Ulterior, - depois de uma longa

viagem desde Roma seguindo a rota continental (Plut. Caes., 11,3 e ss) - César desembarca em Corduba, em data próxima ao dia 15 de Maio de 61 a. C. (cf. Ferreiro Lopez, 1988, p. 363). A partir daí começa a preparar as suas tropas e à volta de 10 de Junho, ou talvez um pouco antes, partiu com as suas legiões para a Lusitânia. De seguida, não se conformando em limitar-se a reprimir o banditismo na Lusitânia, provocou uma guerra (que termina antes da primavera do ano 60 a. C.) estendendo-a ao norte do Douro. Segundo se depreende das fontes conhecidas (Apiano, Civ. II 8; Díon Cas. XXXVII 52-53; Plut. Caes. 12) esta campanha teve como motivo primeiro a obtenção de metais preciosos, provavelmente ouro, de modo a obter os fundos necessários para o pagamento das suas avultadas dívidas em Roma e enriquecer o erário público (cfr. Blázquez, 1975, p. 198). Esta expedição, realizada com a colaboração da família dos Balbos gaditanos e apoiada pelos barcos de carga daquela cidade, levou César até à cidade de Brigantium (Betanzos – Corunha) e à rendição das populações indígenas do NO (Díon Cássio, XXXVII, 52; 53, 4), iniciando desta forma a sua submissão (Plut. Caes. 12). Na verdade, a ajuda dos gaditanos a Júlio César insere-se no contexto da obrigação da cidade de Gádir que, como cidade aliada, estaria condicionada a cumprir os seus laços de fidelidade e amizade com os indivíduos e cidadãos de Roma, fornecendo-lhes todo o apoio ao seu alcance: tropas, frota naval e ajuda logística em recursos materiais. Esta dependência da cidade relativamente a Roma foi bem assinalada por Cícero (Pro Balbo, 24; 39) quando nos diz que em virtude do foedus de 206 a. C., a cidade teria participado em numerosas campanhas a favor dos romanos (López Castro, 1995, p. 157). De entre estas, Cícero refere a ajuda dos Gaditanos a D. Iunius Brutus, o Galaico, que a partir da referida campanha de 138 e 136 a. C., requisita o apoio dos barcos gaditanos com o propósito de aprovisionar a sua base em Olisipo, na desembocadura do rio Tejo. Depois da morte de César continuam as revoltas no Noroeste peninsular centradas nas Astúrias e Cantábria como demonstram as menções a triunfos obtidos: no ano de 43 por Lépido; em 38 por C. Domício Flaco; em 35 por C. Norbano Flaco; em 34 por L. Márcio Filipo; em 33 por Ap. Claúdio Pulcro; em 29 26

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

por T. Statílio Tauro e em 28 por Caio Calvísio Sabino. É suposto que o território que genericamente seria ocupado pelos Galaicos Bracarenses, no coração do qual será fundada Bracara Augusta, se encontrasse pacificado e beneficiasse de uma já significativa interacção económica com o Sul da Península.

esclarecem as escavações arqueológicas realizadas em povoados neste território. Os dados revelados pela arqueologia permitem, no entanto, saber que os habitats fortificados, ainda que correspondessem a um mesmo tipo de aglomeração, não possuíam as mesmas estruturas, nem a mesma importância e função em todos os seus momentos de ocupação, revelando, antes, sociedades diferenciadas. Povoados como as Citânias como Sanfins, Briteiros, Santa Luzia e Santa Tecla parecem ter adquirido uma maior hegemonia nos séculos II e I a. C., e apresentavam já um traçado de aspecto urbano, merecendo a sua classificação como oppida. Por outro lado, ainda que a romanização se fizesse notar já a partir de meados do séc. I a. C. em muitos povoados da região, a verdade é que muitos destes não foram abandonados com a integração no Império, mas antes sofreram um processo de transformação consoante o papel que desempenharam na nova estrutura sócio-política e administrativa imposta a partir de Augusto na região (Martins, 1995). O que se sabe ainda é que a particularidade destes povoados fortificados, cruzando períodos tecnológicos e culturais diferenciados, residia numa modalidade de ocupação bem adaptada ao meio ambiente em que se inseriam. Ao contrário de muitas regiões europeias, na Península Ibérica existiu uma solução de habitat estável e exclusiva que sobreviveu mesmo à integração da região num estado de tipo imperial (1995). As guerras astúrico-cantábricas, ocorridas nos finais do séc. I a. C., representaram, todavia, um novo período no contexto da conquista definitiva do extremo norte da Península. Neste contexto, o território dos Callaeci mantem-se perfeitamente à margem deste conflito, como parece demonstrar a acção militar de P. Carisivs contra os Astures, entre 24 e 27 a. C., a partir da região litoral, provavelmente em território dos Bracari (Tranoy, 1981, p. 140). Como testemunho indirecto desta situação temos a dispersão das moedas da caetra (pouco frequentes nas Astúrias) e o aparecimento em numerosos povoados da região galaico-minhota de consideráveis quantidades de ânforas vinárias, maioritariamente Haltern 70. A intervenção pessoal do princeps no confronto com os povos do Norte Peninsular tem sido justificada pela necessidade de pacificação total da Península num momento em

2.1.1.2 O período de Augusto A pacificação da Península no final das guerras cantábricas contribuiu para um processo de romanização que se processa, por um lado, com a actuação pública do Estado e dos seus agentes directos e, por outro, pela iniciativa dos privados, fossem eles da elite local ou provincial. Sabemos, entretanto, que no momento anterior a essa pacificação o sistema de ocupação no Noroeste peninsular baseava-se em povoados, denominados “castros”. Destes nem todos perduraram para além da conquista, nem responderam aos mesmos estímulos na sua formação e desenvolvimento. À data da sua integração no mundo romano a estrutura social destas comunidades proto-históricas, muito próximas ou semelhantes a um regime de “chefado”, traduziam, segundo as fontes arqueológicas e epigráficas, um desenvolvimento e complexidade social que pressupõe a existência de sociedades de tipo centralizado e de hierarquização entre os diferentes castella. Segundo Manuela Martins (1990, p. 192), essa complexidade, perceptível ao nível da organização e valorização do habitat e na organização e reordenamento espacial dos diferentes povoados, iria “facilitar” o próprio processo de pacificação e integração da região no mundo romano. No entanto, neste processo interferem também factores de ordem mental, como crenças, atitudes e valores demonstrando a predisposição destas comunidades para as transformações que vão ocorrer. De facto, no âmbito cronológico e social, ter-seia processado uma dinâmica de mudança que necessita ser melhor analisada, pese embora as fontes disponíveis relativas ao período anterior a Augusto serem insuficientes e basearem-se em indícios frágeis e discutíveis. Efectivamente, e partilhando a opinião de Patrick Le Roux (1996, p. 364), se pouco se sabe acerca do impacto das campanhas realizadas por D. Iunius Brutus, no ano de 138 a. C., pouco mais nos 27

Origem e Evolução da Cidade

lo (V, 38), Estrabão (III, 2, 9) e Plínio (N. H. XXXIII, 77). Esta conquista havia de pôr nas mãos de Augusto as ricas minas auríferas da zona. Relembramos que estas, como nos indica Plínio (N. H., XXXIII, 4, 78), chegaram a alcançar uma produção anual de 20.000 libras (uns 6.540 quilos), justificando, desse modo, o controlo da sua exploração pelo próprio imperador (Domergue, 1990, p. 200). Na reorganização e estabelecimento de novas fronteiras deve, no entanto, ser devidamente ressaltado o papel dos exércitos. Ainda que se conheça através das fontes literárias e da epigrafia uma quantidade numerosa de contingentes militares que participaram nestes episódios bélicos, a verdade é que a informação que deles possuímos é demasiado escassa, desconhecendo-se, por exemplo, os seus lugares de assentamento e as frentes bélicas nas quais intervieram. Na verdade, os testemunhos escritos sobre o desenvolvimento das campanhas militares no período de Augusto no Norte da Península são escassos e fragmentários, limitando-se a passos isolados, por vezes anedóticos, recolhidos em Suetónio, Horácio, Veleio Patérculo ou na Anthologia Palatina, e referências nas obras de Floro, Díon Cássio e Orósio. Esta realidade é, no entanto, contrária aos diferentes cenários interpretativos criados pela historiografia sobre a Guerra Cantábrica. Tais interpretações abusivas, baseadas unicamente em argumentos de natureza toponímica, resultaram numa série “verdades incontestáveis”, recorrendo-se à arqueologia unicamente quando esta servia para corroborar uma ou outra afirmação. A insuficiência destes argumentos, face à problemática da Guerra Cantábrica, tem, todavia, levado a outras tentativas de aproximação por via da arqueologia. Neste sentido, um estudo crítico de Enrique Gutiérrez Cuenca e José Ángel Hierro Gárate, intitulado “La Guerra Cantábrica: de ficción historiográfica a realidad arqueológica” (Gutiérrez Cuenca e Hierro Gárate, 2001, p. 71-96), expõe esta problemática, salientando os resultados nefastos de uma historiografia tradicional, unicamente baseada em argumentos supostamente arqueológicos e toponímicos, para destacar a importância de uma renovação metodológica baseada em prospecções sistemáticas e escavações arqueológicas.

que se inaugurava uma nova constituição e se afirmavam os seus poderes vitalícios. No Verão de 27 a. C., Augusto saíu de Roma com a proclamada intenção de fazer uma expedição na Britannia (Arce, 1976, p. 122). Na realidade veio à Hispania para acabar definitivamente a conquista da Península (1976, p. 122). Efectivamente, após o ano de 27 a. C., decisivo na história constitucional de Roma, Augusto desembarca em Tarraco onde, no dia 1 de Janeiro do ano 26 a. C., inaugura o seu oitavo consulado (Tovar, 1975, p. 116; Arce, 1976, p. 115), fazendo deste modo frente aos seus inimigos do Senado, consolidando o seu prestígio com a eliminação dos núcleos rebeldes e adquirindo um maior controlo do exército. A estadia do imperador na cidade entre os anos 26-24, quando regressa de uma campanha no norte, na região Cantábrica, e se cura de uma doença (Suetónio, Aug. 81), confirma-a então como nova capital. Aqui recebe Augusto não só as notícias dos cenários da guerra, mas também embaixadores de outros países (Floro, Epit. II, 51). Esta acção tem sido inserida no contexto duma declarada propaganda política, dado que a vitória sobre estes povos garantia a Augusto uma notável fama como construtor da paz e garante da prosperidade da Península, se não mesmo do Império. Por outro lado, como refere Chic García (1997, p. 128), o pacto constitucional de 27 a. C. para ocupar todo o Norte da Península Ibérica tinha ainda uma dimensão atlântica que não foi suficientemente ressaltada, pois significava unir de forma directa, debaixo do governo de Roma, o território do NO com o gaulês, o que havia de favorecer no futuro as comunicações marítimas no eixo Norte-Sul do Império e, a médio prazo, um permanente contacto com a província da Bética. Efectivamente, a pacificação deste território por Augusto previa, para além de uma óbvia propaganda política e ideológica, o controlo económico destas regiões (Tranoy, 1981, p. 134-35). As guerras seriam assim justificáveis tendo em conta a riqueza mineral do NO em estanho, e especialmente ouro, da qual os romanos tinham claras notícias a partir dos torques e outros elementos de ourivesaria usados pelos guerreiros indígenas, certamente bem conhecidos a partir das incursões anteriormente realizadas. De facto, o Noroeste era famoso na antiguidade pelas suas minas de ouro e estanho como referem Diodoro Sícu28

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

O resultado destas novas pesquisas baseadas em trabalhos de prospecção e escavações tem possibilitado, de facto, dados substancialmente distintos dos fornecidos pela historiografia tradicional, permitindo reavaliar os conhecimentos entretanto adquiridos (Fernández Ochoa e Morillo Cerdan, 1999). Neste panorama foi possível identificar pelo menos uma das vias de penetração militar romana no território da antiga Cantabria. Trata-se de uma área situada numa pequena cordilheira que separa os vales de Besaya e de Pas (desde o rio Ebro até às zonas mais orientais do maciço de Dobra), onde se detectaram um conjunto de sítios directa ou indirectamente ligados a estes episódios. De entre estes, pelo menos três participaram de forma directa num assédio: o “Castro de Espina del Gallego” e os acampamentos romanos de “Cildá” e “Cantón” (Gutiérrez Cuenca e Hierro Gárate, 2001, p. 85-91). Outros, como o acampamento do “Campo de las Cercas” e as estruturas de “Cotero de Marojo” e “Cotero del Medio”, poderiam ter participado, directa ou indirectamente, nestes episódios bélicos (2001, p. 85-91). A existência de outro tipo de acampamentos situados em áreas mais dispersas e ainda em fase de investigação podem, no futuro, fornecer novos elementos para a compreensão e contextualização das fontes literárias. Segundo os autores referidos, exemplos destes são o pequeno acampamento de “La Muela” e o grande acampamento de “Castillejo” (aparentemente associado ao importante povoado de “Monte Bernorio”) que poderão vir a confirmar a importância do vale do Ebro como via de penetração militar dos exércitos no interior da região cantábrica e os recintos fortificados de “Santa Marina-monte Ornedo” e “Peña Cutral” que a confirmaremse como acampamentos de época augustana revelariam uma nova via de penetração militar romana no contexto do interior da região cantábrica (2001, p. 90) Apesar destas lacunas resultantes de interpretações historiográficas descontextualizadas e contextos arqueológicos ainda por desvendar, o que podemos certamente aceitar é que a implantação da estrutura política romana e o controlo efectivo de todo o Noroeste peninsular dependeu da estrutura dos exércitos que, no cumprimento das suas funções, empreenderam e participaram activamente na

construção da rede viária, com fins declaradamente militares e de controlo dos importantes recursos mineiros (Carretero Vaquero, 1993, p. 60 e 72). A constante presença militar resultou assim numa maior aproximação entre os soldados e a população indígena favorecendo seguramente a implantação de novos sítios, através dum excelente corpo de técnicos, engenheiros e especialistas. Apesar de, no estado actual dos nossos conhecimentos, não sabermos se Bracara Augusta surgiu ou não de um acampamento, o que não podemos negligenciar é a importância dos contingentes militares no processo da sua fundação, seguramente presentes no território para cumprirem funções de vigilância, participarem na construção da estrutura viária e simultaneamente dotarem a cidade das primeiras infra-estruturas. A planta de Bracara Augusta identificada pela arqueologia é bastante regular: apresenta um conjunto urbano ordenado através de dois eixos paralelos, no sentido NO/SE, e no sentido SO/NE, à maneira dos grandes cardines, ou melhor na forma helenística de stenopoi, que dividem a cidade numa série de strigae, mediante os decumani, ou plateiai (Martins e Delgado, 1989-90a, p. 39; Martins, no prelo) (Fig. 6). Assim, o mais provável é que, à semelhança das outras cidades do Noroeste, Bracara Augusta tivesse sido inicialmente administrada

Fig. 6 Leitura interpretativa do traçado da muralha romana e medieval e sinalização dos eixos coincidentes com a malha urbana romana (Fotograma nº 5012, FAP, 1946 Esc. 1:33.000) 29

Origem e Evolução da Cidade

sob influência militar, pelo menos até Cláudio, época em que esta administração poderia terse convertido em civil (cfr. Sutherland, 1934, p. 177 s.). Esta hipótese é, aliás, coerente com um dos passos de Estrabão (2, 3, 8) quando este refere que as tropas aquarteladas no Noroeste foram um veículo não só de pacificação, mas também de civilização. Acrescente-se, ainda, a importância dos exércitos como agentes eficazes de integração política (vd., Le Roux, 1995, p. 84). Porém, como vimos ao longo deste capítulo, não devemos exagerar a importância das unidades militares estacionadas na região. De facto, estas não estiveram directamente implicadas no contexto das guerras cântabras; na verdade, os únicos acampamentos até ao momento documentados correspondem ao acampamento de Aquis Querquennis (Baños de Bande – Ourense), datado da época flávia/ princípios do século II, e de Cidadela (Sobrado dos Monxes – Corunha), com uma cronologia de finais do século IV d. C (Caamaño Gesto, 1994, p. 37-44).

“utilitas” e “venustas” (firmeza, comodidade e graça), a máquina romana organiza politicamente o bem-estar e a própria vida administrativa, ao mesmo tempo que através da monumentalidade das suas construções transmite às populações uma forte sentimento de segurança e confiança no poder. O cognomen augústeo atribuído a cidades como Bracara Augusta tinha certamente um valor político e religioso. Augusto, seguindo uma tradição já estabelecida em Roma pelo menos desde o período dos Gracos (Beltrán Lloris, 1992, p. 31-32), personaliza uma fundação que na origem deveria possuir o estatuto peregrino, dado que a criação de cidades privilegiadas era apenas prerrogativa do Senado, que as assinalava com nomes mais genéricos, frequentemente derivados de divindades ou expressivos de qualidades ou desejos positivos (1992, p. 31-32). Como vimos, a fundação de Bracara Augusta não foi um feito desligado e solitário. Não se pode falar dela com propriedade sem a enquadrar num contexto histórico amplo e integrado. Este contexto histórico é justamente a política de Augusto na Hispânia e o desenvolvimento das campanhas que o Imperador e os seus generais levaram a cabo contra os povos do Norte da Península nos últimos anos do séc. I a. C. A fundação ex novo de Bracara Augusta, no coração da área dos Bracari e da região de Entre Douro e Minho, insere-se numa estratégia de controlo económico, político e administrativo de uma vasta região que se estendia do Douro até à ria de Vigo e do Atlântico às serras do Gerês, Cabreira e Marão (Martins, 1990). Para Alain Tranoy (1980, p. 17-18), a criação de Bracara Augusta foi motivada pela vontade de dotar a “poderosa” gens dos Bracari dum concilium. Bracara Augusta seria assim, à semelhança de Lucus Augusti e Asturica Augusta, sede dum concilium gentis e um necessário caput para os cidadãos residentes na área de influência da cidade. É neste contexto que devemos entender a viagem de P. Fabius Maximus, legado de Augusto, entre os anos 4 e 1 a. C., testemunhada por inscrições encontradas em Semelhe (Braga) e Lugo. Como afirma Manuela Martins (1990, p. 166-67), a inscrição encontrada em Semelhe dedicada pelos Bracaraugustani, no

2.1.2 A fundação da cidade Roma exportou para o NO a forma urbana, desconhecida até então, pondo em confronto a urbanitas e feritas, entre a chamada civilização e o mundo primitivo. Uma vez eliminadas as últimas resistências à presença romana e abandonada a política de expansão “preventiva” anterior a Augusto, a primeira preocupação deste foi organizar as províncias. Nas regiões ocidentais a conquista implicava a existência de interlocutores regionais que permitissem difundir e fazer respeitar as leis romanas (Gros, 1992, p. 237). Apresentando-se como edificador de um mundo novo, como refundador de Roma, mas também fundador de novas cidades e transformador dos centros preexistentes, Augusto desenvolveu um modelo de cidade ideal, “à romana”, que encontramos expresso em Vitrúvio: uma cidade capaz de deter as funções típicas da vida civil romana, funções que tinham o seu suporte necessário numa série de edifícios públicos para as reuniões cívicas e religiosas, para os espectáculos e para os banhos. Na cidade romana, através dos princípios urbanísticos que Vitrúvio (Livro I, cap. II, 22) refere nos seus conceitos de “firmitas”, 30

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

dia natalício daquele legado, em conjunto com a dedicatória feita a M. Agrippa Postumus, os filhos de Agripa, datada de 4 d. C., que possui a mesma menção, significa que “as populações da região de Braga possuíam uma consciência de colectividade, reveladora de um primeiro esforço de reagrupamento e organização”. A data precisa da fundação da cidade continua, no entanto, por esclarecer, mau grado a abundância de epígrafes de carácter honorífico e monumental datadas do tempo de Augusto, encontradas, quer em Braga, quer nos arredores (Martins e Delgado, 1989-90a, p. 14-5). Parece pacífico aceitar, todavia, que a decisão imperial de criar os três centros urbanos do NO, ocorrida entre os anos 16/15 a. C., aquando da presença de Augusto na Hispânia, tenha correspondido, como é sugerido por P. Le Roux (1994, p. 230-31), à data da consagração oficial da cidade. Esta hipótese está de acordo com a referência de Díon Cássio (54, 23) quando afirma que Augusto, logo após a pacificação imposta por Agripa no ano de 19 a. C., “fundou então numerosas cidades na Gália e em Hispânia”. A data da segunda viagem de Augusto à Hispânia ocorrida posteriormente ao ano 15 a. C. coincide, aliás, com as referências expressas numa obra conhecida como Monumentum Ancyranum e das quais se estrai os seguintes passos: “Colonias militum in Italia, aut in Provinciis ad memoriam aetatis meae feci” e, no cap. 28, em referência ao ano 14 a. C.: “Colonias in Africa, Sicilia, Macedonia, utraque Hispania, Achaia, Asia, Gallia Narbonensis, Pisidia, militum deduxi”, ou seja, Augusto teria fundado no ano 14 a. C. colónias em África, Sicília, Macedónia, em ambas Hispânias, Achaia, Asia, Gália Narbonensis, Pisídia (Ed. Mommsem, 1883, LXXI, 5, 35 e LXXXII, 119; Beltrán Martínez, 1976, p. 225; Pastor Muñoz, 1976, p. 72). Estas referências parece ainda estarem corroboradas pelo testemunho escrito legado pelo próprio Augusto nas suas Res Gestae (12, 37) quando refere que “Cum ex Hispania Galliaque, rebus in iis provincis prospere gestis, Romam redi...”. De facto, neste passo o Imperador refere-se aos mesmos feitos e às mesmas datas dos textos anteriores, notando que veio à Hispania e levou a bom termo - assim como na Gália - a sua gestão, sem dúvida de índole administrativa. Este conjunto de dados permite-nos

afirmar, com alguma verosimilhança, que a fundação de Bracara Augusta foi efectivada aquando da segunda estadia de Augusto em Tarraco, ainda que se possa admitir que não fosse forçosa a sua presença no momento da fundação; o mais provável seria que tivesse delegado as suas funções num dos seus generais, talvez o próprio Agripa que, depois de C. Furnius, foi legado da Tarraconense a partir do ano 19 a. C. até cerca dos anos 15 e 13 a. C.. Apesar da precariedade destes dados, somos assim tentados a considerar que Bracara Augusta, à semelhança de Astorga e Lugo, foi fundada num espaço de tempo correspondente ao ano 15/13 a. C.. Em apoio desta data tão recente temos alguns indícios fornecidos pela interpretação epigráfica e por um conjunto de materiais que, inequivocamente, nos apontam para uma data tão recuada (Morais, 1997-98a, p. 47-97). No que respeita à epigrafia, a (re)interpretação duma conhecida inscrição de Bracara Augusta, hoje integrada na fachada do Largo D. João Peculiar, devida a Santiago Montero e Sabino Perea (ad. CIL II 2421, 1996), veio redimensioná-la, relativamente ao seu contexto religioso, como único bidental testemunhado epigraficamente na Hispânia, e quanto à data da sua fundação. Com uma cronologia aproximada entre o ano 5 e 2 a. C. esta inscrição, para além de evidenciar a importância dos prodigia na mentalidade religiosa romana, poderá contribuir para o sítio de alguns laços causais entre a campanha de Augusto no norte de Hispânia e este bidental no momento posterior à fundação da cidade (Santiago Montero e Sabino Perea, 1996, p. 300). Segundo os autores (1996, p. 213), a expiação deste bidental, supostamente um fulmen regale, teria atingido um lugar emblemático da cidade, obrigando a uma “refundação”. Este acto, para além de obedecer à psicologia religiosa dos romanos, herdada dos Etruscos, deveria ter correspondido também a uma motivação política onde o próprio Augusto teria oportunidade de demonstrar o seu interesse em preservar da “impureza” e dos maus presságios, uma cidade portadora do seu nome e criada por sua decisão (Fig. 7). Considerando a data atribuída a esta inscrição, é provável que a cerimónia da procuratio do bidental tivesse sido realizada por Paullus Fabius Maximus, legatus pro praetore, 31

Origem e Evolução da Cidade

Se tivéssemos de deduzir a fundação de Bracara Augusta a partir da existência destes materiais, sem dispor de outros dados cronológicos, teríamos que concluir, inevitavelmente, que esta tinha sido fundada em data próxima àquela por nós referida, ou, inclusivamente, num momento imediatamente anterior. 2.2 DE OPPIDVM A DIVES BRACARA Fig. 7 Inscrição integrada na fachada do largo D. João Peculiar (Sé de Braga).

2.2.1 O enquadramento jurídico

que, portador e transmissor pessoal das ordens do imperador, desempenhou um importantíssimo papel como difusor do culto imperial no Noroeste peninsular (1996, p. 307-15), como também se reconhece pelas duas epígrafes conhecidas em Lugo (Tranoy, 1980, p. 71). O que esta inscrição revela, em definitivo, é que parte do solo de Bracara Augusta seria considerado locus religiosus, por reconhecimento do próprio imperador (1980, p. 70). Um outro testemunho desta função civil e religiosa que teria levado à fundação da cidade está testemunhada pela presença de diferentes sacerdotes pertencentes ao conventus. De entre estes o primeiro de que se tem conhecimento é proveniente da cidade e detém o nome de Camalus, filho de Melgaecus (CIL, II, 2703; Tranoy, 1980, p. 67-83; 1981, p. 330; 1985, p. 65). Este nome caracteristicamente indígena está curiosamente testemunhado noutros locais do Norte da Hispânia, mas em particular na região do conventus Bracaraugustanus, designadamente na cidade e na Citânia de Briteiros. Outro dado para corroborar esta fundação tão recuada está relacionado – como já referimos - com o conjunto de materiais exumados, resultantes do elevado número de escavações empreendidas em vários pontos da cidade que forneceram, nos níveis mais antigos e em contextos revolvidos, materiais variados que inequivocamente comprovam aquela data (Morais, 1997-98a, p. 47-97). Do conjunto de materiais dessa época pode referir-se a presença, por um lado, de cerâmica de fabrico indígena atribuível à transição da era, e, por outro, de materiais típicos desse período, nomeadamente, moedas, paredes finas, terra sigillata itálica, alguns dos quais acompanhados por ânforas itálicas Dressel 2-4 e ânforas béticas Haltern 70.

Na primeira divisão das terras conquistadas no Norte peninsular durante as guerras cantábricas de 29-19 a. C. a zona do NO e a asturiense faziam parte da Lusitânia e a região dos Cântabros, da Citerior (Plínio, N. H. 3, 6). Esta divisão inicial talvez se possa explicar por critérios meramente geo-estratégicos, permitindo aos conquistadores a separação de povos aptos a unirem-se em caso de rebelião (Martin, 1999, p. 97). Mas nos anos 16-13 a. C., Augusto, por ocasião da sua segunda viagem ao Norte da Península, procedeu a uma nova reorganização das províncias, fazendo com que toda a área do Noroeste peninsular passasse a fazer parte integrante da província da Citerior (Díon Cass. 54, 25). A inclusão do Noroeste na Citerior deveu-se seguramente ao facto desta província ser de categoria imperial, não senatorial, dependendo do princeps em caso de necessidade de intervenção, dado que a conquista não foi exactamente paralela com a pacificação (Arias Vilas, 1992a, p. 33). A existência, por algum tempo, de um “legatus Asturiae et Gallaeciae” com carácter jurídico, e, relativamente aos aspectos económicos e fiscais, um procurator Asturiae et Gallaeciae, permite supor que ambas eram consideradas de algum modo como um território conjunto (1992a, p. 33; Balil, 1992, p. 48). Dentro deste processo de reorganização é perfeitamente admissível que esta se completasse com a divisão em conventus, tendo em conta que no ano 1 d. C. já existia o conventus Arae August(a)e (Santos Yanguas, 1986, p. 115). Esta perspectiva adquire legitimidade se aceitarmos como correcta a posição de alguns autores (Alföldy, 1983; Dopico Caínzos, 1986) que admitem para o período augústeo a criação dos conventus iuridici. Neste ponto uma epígrafe datada de 1 d. C., a chamada Tabula 32

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Lougeiorum, leva M. L. Dopico Caínzos (1988, p. 62-63) a defender a criação destas entidades ainda no reinado de Augusto, na sequência da reorganização administrativa da Península. Sobre a contextualização jurídica de Bracara Augusta existe apenas uma alusão de Plínio que, na História Natural (4, 112), a inscreve na lista dos oppida peregrinos. Quanto à sua promoção jurídica não existem testemunhos directos que aludam à condição de município. Alguns autores, como Alföldy e Tranoy, consideraram que a urbs devia ter alcançado o privilégio municipal no período flavio. Todavia, a política municipal dos Flávios e em concreto a extensão do ius Latii às províncias hispânicas tem sido objecto dum prolongado debate historiográfico a partir dum controverso e lacónico texto de Plínio (Nat. His., III, 30), que nos informa da concessão, por parte de Vespasiano, do estatuto latino ao conjunto da Hispânia. O alcance real da concessão generalizada do ius Latii às províncias hispânicas tem motivado um profundo debate: para uns, a extensão desse direito latino foi um direito pessoal, outorgado aos indivíduos e não às comunidades, à margem e independentemente do estatuto jurídico das cidades a que os indivíduos pertencessem; para outros, o conjunto de direitos pertencentes ao ius civile tinha necessariamente implícita uma série de instrumentos institucionais, administrativos e judiciais inseparáveis, só praticáveis no âmbito dum estatuto municipal (cfr. López Castro, 1995, p. 259-61). Desde há alguns anos Patrick Le Roux (1994; 1995; 1996) estranhando a ausência da categoria de município, directa ou indirecta, nos dados epigráficos de Bracara Augusta propõe que esta tenha usufruído desde a sua fundação do ius latti, e não do estatuto de simples cidade peregrina. Uma recente interpretação, por nós ensaiada (Morais, 2004, p. 227-40), sobre marcas de lucernas com a referência ao governo municipal parece, no entanto, contrariar aquela hipótese. Estamos, todavia, de acordo com Patrick Le Roux (1996, p. 366) quando este é de opinião que as fórmulas de Plínio, que reservam a palavra civitas para o conventus de Braga, e oppidum para cidade de Bracara

Augusta, quereriam significar, por um lado, um maior grau de urbanização deste território e, por outro, a atribuição dum estatuto de cidade a Bracara Augusta, em simultâneo com a posição de caput civitatis. Corroborando esta posição, Amílcar Guerra (1995, p. 63), nos seus comentários e tradução dos excertos da Historia Natural de Plínio-o-Velho que dizem respeito ao território português, vê no facto de Bracara ser definida pelo etnónimo correspondente, um sinal significativo do processo de implementação destas realidades administrativas. O que pode certamente aceitar-se, ainda que permaneça em dúvida a data da consagração de Bracara Augusta como centro de um conventus jurídico, é que ela pressupunha, para além do acolhimento das audiências judiciais do governador, ou do seu representante, como legado jurídico, a realização das celebrações do culto imperial que agregavam grande parte da população regional. Neste contexto, o envio de Paullus Fabius Maximus ao NO foi um acontecimento importante dado que este teve como missão estabelecer o culto imperial em Braga e em Lugo, como testemunham as inscrições conhecidas. A sua presença nestas cidades revela, desde logo, uma estreita ligação entre a criação das mesmas e o culto imperial. A importância do culto imperial pode ainda ser testemunhada pela presença na cidade de consagrações aos membros da família augustana e pela participação dos notáveis indígenas nesse culto, como atesta a presença do já referido sacerdote do conventus, Camalus. A importância do culto imperial está ainda evidenciado em Braga por uma inscrição em honra de Ísis Augusta dedicada por Lucretia Fida, sacerdos do conventus Bracaraugustanus e pelo facto de um dos sacerdotes mencionados em Tarragona ser originário de Bracara Augusta (Le Roux, 1996, p. 369-70). Neste contexto não deixa ainda de ser significativa a referência de Díon Crisóstomo (Or., XXXV, 15), quando diz que a criação de um conventus iuridicus numa cidade trazia ainda grandes vantagens económicas. Estas inscrições são uma prova da dimensão que este culto podia assumir. Uma ara em honra de Agrippa Postumus, filho do lugar tenente de Augusto, M. Vipsanius Agrippa, respeita a mesma filosofia. Como vimos, a acção 33

Origem e Evolução da Cidade

deste último na península foi de curta duração mas frutífera: numa data posterior à segunda guerra cantábrica em 19 a. C. até ao verão de 18 a. C., Agripa teria empreendido um trabalho estrutural de organização e urbanização do NO, reorganizando e planificando as bases da propaganda imperial. Segundo Patrick Le Roux (1996, p. 369), teriam ainda existido na cidade magistrados e uma ordo decurionum bem como estátuas em honra de personagens importantes, ou de imperadores colocadas em praças públicas locais. A corroborar esta afirmação existe um fragmento de uma estátua encontrada nas escavações realizadas na insula das Carvalheiras. Este fragmento, proporcionalmente idêntico à pata dianteira do cavalo da estátua equestre de Marco Aurélio, deveria fazer parte de uma estátua de um imperador colocada no fórum (Morais, 2002c, p. 230, Est. VIII, 1-2) (Fig. 8).

controlo ou governo de uma sociedade ampla (Chic García, 1997, p. 73). Na Hispânia as tarefas de censo não começaram antes de 8 a. C., uma vez executada a reorganização do solo hispano em três províncias, duas delas imperiais (Tarraconense e Lusitânia) e uma senatorial (Bética). Nas primeiras duas províncias os populi são a base característica que permitiria definir as bases do censo (1997, p. 75). Possivelmente baseado neste censo, Plínio (III, 23-28) calculou a densidade da população do conventus bracaugustanus em 285. 000 tributários livres, na totalidade das suas 24 civitates. 2.2.2 A padronização e consolidação da cidade Nos reinados de Augusto e de Tibério, a tomada de consciência das realidades políticas do sector norte-ocidental da Península levará o poder imperial a consagrar estruturas militares e administrativas especialmente para esta área (Tranoy, 1985, p. 70). Mas são em definitivo as reformas de Vespasiano que estabelecem a especificidade e expressão do culto imperial e permitem um melhor exercício da justiça imperial, através duma descentralização administrativa e judicial, no contexto da qual o governador delegava o seu poder nos legados jurídicos de cada conventus (1985, p. 70). A actuação flávia completaria assim uma obra deixada por concluir pelo fundador do Império. Entre o último quartel do séc. I e os inícios do séc. II teve lugar um programa de obras e monumentalização da cidade testemunhado por importantes vestígios de edifícios de carácter público e privado postos a descoberto através das escavações (Martins, no prelo). Simultaneamente, assiste-se ao crescimento demográfico de Bracara Augusta e ao aumento crescente do poder de compra da sua população, associado a um elevado ritmo das importações, bem documentadas pelas escavações. O urbanismo supõe que a cidade já na época flávia dependia duma classe de proprietários fundiários, de comerciantes e de artesãos que viviam na cidade e desenvolviam uma grande actividade favorável ao desenvolvimento da vida urbana (Martins, 1995). Como aconteceu para a generalidade do mundo romano, a Era dos Antoninos marca a

Fig. 8 - Pata dianteira de uma estátua equestre. Esc. 1:2. Uma outra questão importante prendese, exclusivamente, com a recolha de impostos nas províncias. Para repartir adequadamente a carga dos impostos e, sobretudo, para saber de que forças e recursos dispunha o Império era necessário dispor de um censo o mais completo possível, de um inventário regular das pessoas e bens do conjunto do território controlado por Roma. Esta tarefa, empreendida por César e desenvolvida de forma sistemática por Augusto, conduziu, como bem assinalou J. Goody (1990, p. 147), a uma transformação da ideia de governo através da mudança dos padrões económicos vigentes, baseados na administração doméstica, para se converter num 34

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

divisão entre o período de maior expansão e crescimento económico que, em geral, caracterizou o Principado, e o período de invasões e recessão económica que se lhe seguiu. Esta transformação é difícil, todavia, de investigar e impossível de expressar de maneira quantitativa dado que a decadência não foi um processo contínuo e uniforme, como o confirma em Bracara Augusta a reforma das termas públicas do Alto da Cividade que sofrem uma ampliação em finais do século III (Martins, no prelo). Insiste-se frequentemente – demasiado, talvez – sobre o declínio das cidades quando foram obrigadas a fecharem-se sobre si próprias dentro de estreitas muralhas. Acontece porém que Bracara Augusta parece ter usufruído ao longo do período Baixo-Imperial dum estatuto privilegiado no contexto do Noroeste peninsular, contrariando os efeitos por vezes nefastos deste período conturbado. Entre finais do séc. III e inícios do séc. IV, foi construída uma muralha de forma tendencialmente elíptica, embora pareça possuir tramos rectos, circunscrevendo uma área superior a 48 ha. A análise estereoscópica de fotogramas da cidade permitiu identificar uma parte significativa do traçado da linha da muralha, que realça o percurso tradicional sugerido por José Teixeira em 1910. Escavações recentes na Quinta do Fujacal, na Sé (Torre de Nossa Senhora da Glória) e no gaveto entre a Avenida da Imaculada Conceição e a R. dos Bombeiros Voluntários permitiram identificar torreões semicirculares semelhantes aos das muralhas de Lugo e de Astorga. No séc. III, o Noroeste peninsular alcançou uma certa autonomia política através da criação duma nova província, a Hispania noua Citerior Antoniniana per diuisionem, por Caracala - melhor dizendo, sob o governo de sua mãe, Julia Domna, enquanto o imperador se ocupava das fronteiras orientais. Os limites desta província são, no entanto, mal conhecidos. Para alguns ela incluía, além do Noroeste, as Astúrias, o território militar de Legio e o de Zamora a sul e, ainda, o território do conventus de Clunia, cuja divisão com a Citerior se faria pelo Pisuerga, afluente do Douro; outros autores são de opinião que o território desta nova e efémera província seria bastante mais reduzido (vd. Martin, 1999, p. 108). A criação desta nova província, com motivações pouco

claras e de duração efémera, não ultrapassando o ano de 238, é sustentada ainda por argumentos bastantes frágeis e baseia-se única e exclusivamente numa inscrição votiva proveniente de León (vd. CIL. II 2661), na qual as siglas PR. H. N. C. têm sido interpretadas como abreviaturas de uma nova circunscrição provincial, designada como Provincia Hispania Nova Citerior (González Román, 1995, p. 28). A consagração final da autonomia política do NO dá-se, no entanto, nos finais do séc. III com a divisão da Tarraconensis, por Diocleciano, que criou a província da Gallaecia, entre 284 e 288-9. Na verdade, a especificidade do NO que levaria ao sítio em definitivo desta nova província está bem patente na anterior manutenção por parte do governador Rutilius Pudens Crispinus, em 238-241, do título de legado da província da Hispania Citerior e da Gallaecia (Tranoy, 1985, p. 73). Será nesta nova conjuntura jurídico-administrativa que Bracara Augusta assumirá o papel de capital de província ao reunir os três conventus do Noroeste e parte do de Clunia (Martins e Delgado, 198990a, p. 30). Consequentemente, a cidade beneficiou das reformas administrativas introduzidas pela Tetrarquia e posterior rsítio da unidade imperial sob Constantino que, adepto de uma descentralização administrativa, optou pela criação de prefeituras regionais, incrementando, deste modo, as funções de gestão desempenhadas pelas cidades. Durante o séc. IV a adopção do Cristianismo como religião oficial proporcionou a Bracara Augusta, na sua qualidade de província eclesiástica nos finais deste século (coincidente com a anterior divisão de Diocleciano), a administração de um importante território e o controlo directo sobre as dioceses sufragâneas. Este papel assumido pela cidade fará com que esta seja de categoria superior à própria Tarraco, dado que o seu governador e a própria província eram, segundo a Notitia Dignitatum, de categoria consular, fazendo com que Ausónio (Ordo, XIV) lhe atribua o título de dives Bracara, revelador do desenvolvimento deste centro urbano. Não pode estabelecer-se com precisão a data em que foi instituída a sede episcopal na cidade, ainda que saibamos que pelo ano de 400 d. C. um dos seus arcebispos, Paternus, assistiu ao Primeiro Concílio de Toledo (Balil, 1992, p. 47). 35

Origem e Evolução da Cidade

As transformações políticas resultantes da presença sueva na Península, no período compreendido entre os sécs. V e VI, não afectaram a sobrevivência da cidade. O espaço onde o reino suevo exerceu o seu domínio, a partir do ano 411, coincidiu com o território da província da Gallaecia. Bracara Augusta transformava-se, assim, na capital política e administrativa desse reino com uma vida activa, pelo menos até 456, aquando da invasão de Teodorico II (Fig. 9). Nesse mesmo ano teriam ocorrido os primeiros movimentos bagáudicos na região de Bracara (Hydat. 158), num contexto duma série de revoltas a Norte da Península, relacionadas com os movimentos rurais, realizados por pobres agricultores de condição livre, colonos e escravos agrícolas (Blázquez, 1975). As funestas consequências dos movimentos bagáudicos na região e o quadro dramático da invasão por Teodorico II historiado pelo cronista Idácio parece, no entanto, ser desmen-

tido pelos dados arqueológicos que demonstram a sobrevivência da cidade e a continuidade da vida urbana ao longo dos sécs. V/VI e mesmo VII (Martins e Delgado 1989-90a, p. 31). A invasão e pilhagem da cidade não respeitando as igrejas nem os eclesiásticos, como bem testemunha a expulsão em 455 das virgens consagradas (Maciel, 1998, p. 28), inserese na luta contra o poderio suevo realizada por Teodorico II que, na condição de federado do imperador, penetrou com as suas tropas na Península (Hydat. 173-75) (vd. Blazquez, 1975). Por outro lado, e como bem salienta Oliveira Martins (1994, p. 87), embora revoltado contra a ferocidade dos invasores, Idácio ingenuamente nos revela os sentimentos do clero a esse respeito. Os dados fornecidos pela Arqueologia para o Baixo-Império evidenciam duas fases distintas: uma primeira de renovação entre os finais do séc. III/inícios do séc. IV e, provavelmente, meados do séc. V; uma segunda fase,

Fig. 9 Mapa do reino Suevo (c. 585) 36

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

evidenciada por remodelações mais tardias, nos sécs. V e VI, marcadas pela deterioração da qualidade de construção que corresponde, muitas das vezes, a arranjos de edifícios preexistentes cuja funcionalidade original foi sacrificada. A anexação por parte dos Visigodos do actual território do Noroeste peninsular ocorreu em 585 com a derrota dos Suevos, após uma série de campanhas realizadas pelo rei Leovigildo. A primeira campanha conhecida dá-se em 573 após um ataque na zona sudoeste do conventus Bracaraugustano, na região montanhosa que se estende ao longo do rio Sabor. Para o ano de 575 conhece-se uma segunda campanha desta vez ocorrida a noroeste do conventus, com a anexação da região dos montes Aregenses (situados na parte oriental da actual província de Orense) que se encontravam sob o domínio de um magnate local, Aspidium. Decorrido um ano, em 576, tem lugar uma terceira incursão dos Visigodos que, desta feita, e segundo a crónica de Juan de Bíclaro, invadem directamente o território suevo, designadamente a região do Baixo Minho e o Sul da actual Galiza (Quiroga e Lovelle, 1994, p. 86-7). Mas, como vimos, será só a partir do ano 585 que a ocupação visigótica destes territórios se efectuará, dado que nem as fontes nem os dados arqueológicos permitem recuar para uma ocupação anterior (1994, p. 91). A partir da integração e ocupação destes territórios os Visigodos decidem instalar guarnições que funcionaram como postos de controlo em núcleos principais como as cidades de Lugo e Tui, mas sobretudo, nos territórios da antiga base territorial sueva situada entre os cursos dos rios Minho e Douro, aproximadamente na actual região Entre Douro e Minho até às zonas mais a Este do conventus bracarense, os montes aregenses, na proximidade dos antigos povoados que se situavam nas imediações das uillae tardias (1994, p. 104-105). Como resultado deste conjunto de conflitos, Bracara Augusta sofreu nefastas consequências ao nível da administração e da vida económica, condicionando as relações comerciais e as indústrias e consequentemente agravando a má situação económica dos estratos mais baixos da população. Saqueada pelos Visigodos, parcialmente sacrificada pela cidade medieval que em parte se lhe sobrepôs, a cidade romana de Bracara Augusta foi sendo sepultada sob os campos cultivados que envolviam o pequeno burgo medieval.

A “revisitação” da cidade apenas se efectua a partir do século XVI, fruto dos humanistas bracarenses que se lançaram na busca da antiga cidade romana e na redescobeta da sua história (Martins, 2000). De entre os documentos mais significativos deste período destaca-se a publicação, nos finais do século XVI (1594), de uma planta da cidade atribuída a Georgius Braun (mais conhecido, entre nós, por Braunio), gravador alemão na qual se faz referência aos espaços da antiga cidade romana, designadamente aos locais de saída das principais vias militares e à provável posição do antigo Forum romano (Fig. 10), que segundo este autor se situava no lugar onde se ergue a Igreja de S. Sebastião: “S. Sebastiani aedicula ubi forum Romanorum fuite creditur” (Igreja de S. Sebastião onde se julga que existiu o Forum Romano). A referência a outros testemunhos da cidade romana estão ainda reunidos na obra de autores eruditos como o arcebispo D. Rodrigo da Cunha (1634) que ensaiou a primeira tentativa de síntese da história de Braga e, mais tarde, a Jerónimo Contador de Argote (173234) que, enquadrado no espírito iluminista do século XVIII, procedeu à mais ampla tentativa de reconstituição da história da cidade romana a partir dos testemunhos arqueológicos e do recurso às fontes escritas. Pouco tempo passou para que a divulgação da memória de Bracara Augusta se perpetuasse pela divulgação de novos achados, designadamente na Gazeta de Lisboa e nas Memórias Paroquiais aproveitadas por Pedro A. de Azevedo para obter informações de interesse arqueológico e no 2º volume do “Dicionário Geográfico” pelo Padre Luís Cardoso (1751). De entre os testemunhos de maior realce referidos nas obras destes humanistas destacam-se, entre outros, as diversas referências ao anfiteatro romano dado como situado nas proximidades da antiga igreja de S. Pedro de Maximinos (vd. Morais, 2001, p. 55-76) - que se encontra documentada num mapa da cidade (Fig. 11) da autoria do conhecido arquitecto tardo-barroco André Soares (1756) - e a referência a um “precioso tesouro” encontrado em Braga junto ao “Convento das Freiras da Conceiçam” (actualmente conhecido como Convento da Regeneração), “onde ainda ao presente existe huma grande parte de muralha antiga do tempos dos Romanos” (vd. Morais, 2002c, p. 219-35). 37

Origem e Evolução da Cidade

Fig. 10 Planta da cidade atribuída a Georgius Braun

Fig. 11 Planta da cidade de André Soares, onde se assinala o local do anfiteatro romano 38

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

III. O COMÉRCIO E OS MEIOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS

destas povoações resultante da escassez de vias terrestres, não podemos esquecer os diferentes vestígios arqueológicos encontrados que revelam a existência de um intenso comércio destas regiões, em particular por via fluvial e atlântica. Sabemos que já desde a época préromana se exerciam, entre os povos do Noroeste peninsular, dois tipos de comércio: um comércio interno, realizado na área da “cultura” castreja; e outro, externo, que relacionava esta área com outras zonas geográficas. O comércio interno tinha lugar nos fora que serviam, possivelmente, de mercados tribais ou gentilícios onde os produtos de intercâmbio seriam bens perecíveis, objectos e roupas, ou produtos como o ouro, cobre, estanho e chumbo. Nestes mesmos fora podiam ser trocados alguns outros produtos como, por exemplo, cerâmica exótica e contas de vidro, provenientes de mercados externos. O comércio externo com outras áreas peninsulares, ou extra peninsulares, foi determinado pelo estanho e certamente impulsionado pela criação de condições favoráveis tais como a prestação de serviços, protecção, liberdade de circulação e isenção de pagamentos. As rotas deste comércio faziam-se por via aquática e terrestre. Estas últimas, no entanto, com excepção dum caminho interior desde o Sul da Península até ao Noroeste (a conhecida Via da Prata em época romana), são, na maior parte dos casos, difíceis de precisar. Contrariamente, os exemplos mais significativos das rotas comerciais no período pré-romano estão representados pelos povoados fortificados litorais localizados em lugares de destaque e na desembocadura de rios importantes, tais como os povoados de Coaña, Sta. Tecla, Sta. Luzia, Terroso, Bagunte e V. N. de Gaia (vd. Naveiro López, 1991b, p. 24). Numa posição de maior proximidade relativamente a Bracara Augusta, cabe destacar, a título de exemplo, a importância de um outro povoado de menores dimensões situado numa posição alcandorada junto à foz do Cávado. Trata-se do povoado de S. Lourenço, situado a NE de Esposende, que, pelo conjunto de vestígios arqueológicos até ao momento encontrados – entre os quais um fragmento de cerâmica ática de figuras vermelhas do século IV a. C. (Arruda, 1997, p. 82; Almeida e Cunha, 1997, p. 14) -, permite enquadrá-lo no contexto do comércio marítimofluvial do Atlântico.

3.1 O COMÉRCIO: FACTOR DE DESENVOLVIMENTO E ESTABILIDADE “Una de las actividades económicas que ha supuesto un mayor contacto entre distintas culturas, provocado un mayor desarrollo técnico de las comunicaciones y el transporte y favorecido la estabilidad es sin duda el comercio”: estas palavras são de C. Carreras Monfort que assim inicia o seu capítulo introdutório à economia da Britannia romana (2000a, p. 17). Não poderíamos estar mais de acordo. A palavra latina Commercium significava qualquer actividade relacionada com os negócios, o intercâmbio ou a compra e venda de mercadorias com a aceitação dos riscos inerentes à transação (Will, 1987). Como salienta Jacques Le Goff (1982, p. 7), o comércio, para além de suscitar conflitos, funciona como um dos maiores laços entre as áreas geográficas, as civilizações e os povos. Nenhuma sociedade pode deixar de consumir nem pode, portanto, deixar de produzir e distribuir. Deste modo, todo o conjunto da actividade económica, centrada no movimento da produção, distribuição e consumo de bens, é um processo dinâmico e circular. Dentro desta circulação de produtos, a distribuição proporciona o vínculo fundamental. Nesse sentido, todas as relações duradoiras de uma dada sociedade implicam transações, intercâmbios e, num maior grau de complexidade, comércio (Aubet, 1997, p. 93). Todavia, quando não se dispõe de suficiente documentação escrita é extremamente difícil reconstituir os mecanismos de intercâmbio no mundo antigo. É o caso do Noroeste peninsular onde se insere a cidade romana de Bracara Augusta. Uma leitura superficial das fontes pode induzir-nos a admitir um isolamento quase total das povoações do Noroeste e Norte da península, isolamento especialmente realçado no início do III livro de Estrabão (3, 1, 2), quando refere que esta região “não é só excessivamente áspera, mas também fria e oceânica; e além disso não contacta, nem tem comércio com as demais regiões, de modo que esta é a região que se mostra mais difícil de habitar”. Esta situação não é, porém, totalmente verdadeira. De facto, apesar do isolamento 39

O Comércio e os Meios de Transporte Utilizados

nidades. A pertença a um collegium e a participação nos seus rituais dava aos mercadores, fossem eles escravos ou libertos, um sentido de identidade e um certo estatuto dentro da comunidade (Meijer e von Nijf, 1992, p. 74). São muito menos frequentes as referências epigráficas relativas às actividades económicas dos collegia, enquanto associação. Sabemos, todavia, que estes funcionavam como verdadeiras empresas comerciais que tinham como finalidade defender a respectiva hegemonia nas actividades económicas a que se dedicavam (1992, p. 74). Não nos devemos, porém, esquecer que numa sociedade baseada numa economia de subsistência, como o eram todas as sociedades do mundo antigo, o ramo mercantil mais importante não era, naturalmente, o comércio de objectos de luxo, mas sim o intercâmbio de artigos de primeira necessidade, vitais para o abastecimento das populações dos diferentes núcleos urbanos. Assim, o Estado Romano dotou as províncias duma rede principal de estradas unindo os centros nevrálgicos que impulsionaram o incremento do consumo de artigos de primeira necessidade e a expansão da vida urbana. Para um conhecimento mais profundo e enquadrado da economia e do comércio de uma cidade no mundo romano deve ainda levar-se em consideração os custos de transporte na antiguidade em geral e sua relação com os meios utilizados num determinado contexto geográfico. É sob este ponto de vista que de seguida passamos a expor os dados conhecidos nos estudos da especialidade de modo a permitir-nos uma melhor contextualização da economia e comércio de Bracara Augusta. Pretendemos com esta análise enquadrar as parcas referências literárias e epigráficas que até nós chegaram e, na medida do possível, explicar a natureza do comércio romano numa cidade situada na periferia do Império. Neste ponto, o estudo da cultura material desta cidade, não apenas das ânforas mas de todo o tipo de cerâmica, sugere uma lógica económica, em particular no que respeita aos bens importados. Trata-se, efectivamente, de um sistema de mercado, condicionado pelos meios naturais e infra-estruturas usadas ou mesmo desenvolvidas pela própria cidade (marítimas, fluviais, terrestres, etc) que, em úl-

O trabalho realizado por P. Pinto (1997) sobre os povoados fortificados de altura do Noroeste peninsular é elucidativo a este respeito. O autor expõe as motivações que levaram à fixação humana ao longo da faixa costeira e do envolvimento humano com o meio aquático a partir da respectiva posição geográfica (marítima, litoral e de ria). Como complemento a este trabalho, um estudo mais recente, realizado por K. Struut (2000), demonstra, a partir da análise espacial de distribuição de povoados proto-históricos e sítios romanos na região do Ave, que os comportamentos humanos no que respeita à escolha do habitat não só diferiram nestes dois períodos, como também obedeceram a opções distintas. Os povoados fortificados de tipo “castrejo” em altitude situavamse frequentemente em posição sobranceira aos principais cursos de água, ao contrário da ocupação romana que privilegiou as vertentes baixas e as planícies de aluvião, correspondentes aos terraços fluviais e às próprias planícies costeiras que sugerem uma ligação imediata com os recursos aquáticos e a escolha de terrenos com aptidão agrícola (2000, p. 126). Outro aspecto interessante destacado pelo autor (2000, p. 127 e 132) prende-se com o tipo de orientação adoptado pelos sítios romanos que - contrariamente aos de tipo castrejo cujas vertentes se orientam em todas as direcções - se dispõem preferencialmente nas vertentes expostas a sul, sueste e leste. Esta orientação dos diferentes sítios romanos, como bem destacou Mª Luísa Blot (2003, p. 34), corresponde, curiosamente, à orientação dos diferentes povoados e entrepostos de época fenícia no nosso território, segundo um critério tipicamente mediterrâneo. Com a definitiva anexação destes territórios pelos romanos, o comércio passa a ser um dos principais factores de desenvolvimento económico, a par da agricultura e da mineração; o comércio só era condicionado pelos direitos das fronteiras de cada província e consequente distribuição, o que facilitava fortemente o seu desenvolvimento. Os mercadores romanos estavam frequentemente organizados em associações voluntárias denominadas collegia. Os dados fornecidos pela epigrafia, que consistem maioritariamente em inscrições do tipo funerário e honorífico, demonstram que estas actividades eram social e religiosamente importantes na vida das comu40

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Um primeiro estudo sobre os custos de tranporte de mercadorias e sua relação com os meios de transporte utilizados foi elaborado por R. Ducan-Jones (1974, p. 366 ss) que estabelece os seguintes valores: 1 via marítima; 4,9 via fluvial e 34 a 42 por via terrestre. Posteriormente, A. Deman (1987, p. 81), a partir dos preços estabelecidos para os cereais no Edictum de pretiis rerum venalium de Diocleciano (7, 1, ss), calculou que a proporção dos custos entre os distintos meios de transporte seria aproximadamente a seguinte: via marítima 1; via fluvial 5 a 8; e via terrestre 39. Mais recentemente, um estudo detalhado C. Carreras Monfort (1994, p. 32) calcula os seguintes custos em função dos distintos meios de transporte: 1 em barco por via marítima; 3,4 e 6,8 em embarcações por via fluvial, segundo se vá a favor – descer – ou contra – subir – a corrente; 43, 3 em animais de carga e 50, 72 em carroça. Ainda a propósito da vantagem do transporte de mercadorias por via aquática, o estudo conjunto de P. A. Gianfrotta e P. Pomey (1981) é elucidativo: seriam necessárias 375 carroças com uma capacidade de 400 quilos para efectuar o transporte de uma carga equivalente à de uma embarcação com uma capacidade média de cerca de 3. 000 ânforas, ou seja, 150 toneladas. Segundo os cálculos destes autores (1981, p. 51), a partir da já referida lista de preços estabelecidos na época de Diocleciano, seria menos oneroso enviar um carregamento de cereais por via marítima aos confins do Império do que transportá-lo em carros de tracção animal numa distância de 100 Km. Apesar da esclarecida vantagem do transporte de mercadorias por via aquática, não nos devemos esquecer, todavia, que esse mesmo transporte, particularmente o marítimo, tinha grandes riscos, dada a escassez de instrumentos de navegação que obrigava os pilotos a guiarem-se pelo instinto e pelos astros (orientando-se pelo sol durante o dia e pela posição das estrelas durante a noite). Por esse motivo, a maior parte das viagens marítimas fazia-se pelo sistema de cabotagem, não só pela referida carência de utensílios náuticos, com primitivos sistemas de direcção e de propulsão, mas também pelos fenómenos meteorológicos próprios de cada estação climática, que dificultavam, quando não impediam, o

tima análise, determinaram, num delimitado espaço de tempo, o seu potencial económico. Quando analisado à escala regional, este modelo, ainda que fortemente condicionado por mecanismos particulares de mercado e redistribuição, encontra-se também dependente de outras variáveis relacionadas com o poder de compra e características étnicas da população que teriam condicionado possíveis tendências de mercado. 3.2. OS MEIOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS 3.2.1 Os custos de transporte e suas condicionantes R. J. Forbes (1966, p. 160) calculou que os preços de transporte por terra faziam duplicar o preço do cereal em cada 100 milhas (142,2 km) e, com alguma probabilidade, o mesmo acontecia com aquelas mercadorias cujo valor fosse pequeno em relação ao seu volume ou peso. M. I. Finley (1986, p. 175-81), tendo em conta estes rendimentos médios de transporte no mundo antigo, pôs em relevo a relação existente entre a capacidade de transporte e o desenvolvimento da vida urbana, salientando o facto de os sistemas de tracção serem pouco eficientes e onerosos, tendo em conta os pesados carros de madeira levados por animais de tiro e carga. Efectivamente, a utilização do boi, como principal animal de tiro da antiguidade, da mula ou do burro, era determinada não só pela lentidão motora destes animais, mas também pela sua natural voracidade. Saliente-se, ainda, que não se conhecia a ferradura, não se conseguindo evitar que os animais não ferissem as patas (Chic García, s/ data: 46). O custo seria então acrescido, sobretudo em grandes distâncias, em função da quantidade de produtos a transportar e do número de animais e arrieiros empregues. Na verdade, a debilidade de tracção do jugo antigo determinava que ainda no séc. IV d. C. as viaturas não pudessem transportar mais do que 429 quilos (Foraboschi, 1990, p. 820). Pelo contrário, o transporte por via aquática, marítima ou fluvial, para além de mais rápido, eficiente e seguro, era muito menos oneroso. 41

O Comércio e os Meios de Transporte Utilizados

tráfego marítimo, levando muitas vezes a frequentes perdas de vidas humanas e carregamentos de mercadorias. A este respeito, os autores antigos focaram a linha ténue que separava um marinheiro da morte por afogamento e os poemas de despedida dirigidos a amigos que partiam em viagens marítimas eram muitas vezes interpretados como elegias à sua morte certa (Casson, 1994, p. 149). Quando uma embarcação estava em dificuldades perto da costa, se conseguia ancorar, devia livrar-se de parte do seu lastre para não afundar. A frequência destas situações levou à criação de equipas de mergulhadores especializados em recuperação de mercadorias, por exemplo, os urinatores documentados numa inscrição encontrada em Óstia, dedicada ao imperador Antonino Pio (Beurdeley, 1991, p. 14-15). Pelo mesmo motivo, em muitos dias do ano o calendário religioso proibia os negócios de qualquer espécie incluindo a demanda das embarcações. As datas de 24 de Agosto, 5 de Outubro , 8 de Novembro, ou mesmo os últimos dias do mês, eram de mau presságio para a navegação (Casson, 1994, p. 154). Nos dias favoráveis à navegação, antes do embarque, procedia-se a sacrifícios de animais, frequentemente uma ovelha ou um touro. Se o vento fosse favorável, se não houvesse nada de errado com a data e se o sacrifício fosse de bom augúrio, a superstição ainda considerava uma gama de maus presságios: um espirro enquanto se subia para a rampa de acesso à embarcação, um corvo ou uma pega pousados ou crocitando no cordame, o vislumbrar de alguns destroços, pronunciar certas palavras ou expressões e um número indeterminado de sonhos considerados como maus presságios (por exemplo, sonhar com águas turvas, chaves, âncoras ou animais – em particular, cabras, javalis, touros, corujas e aves nocturnas, gaivotas e outras aves marinhas) (1994). Havia ainda outro factor a ter em conta quando se tinha de decidir entre uma viagem por terra ou por mar. Na verdade, se levarmos em consideração que durante uma terça parte do ano os barcos estavam amarrados no porto e durante outro terço a navegação era considerada perigosa, verificamos que ela apenas se efectuaria durante os quatro meses da estação estival (Pounds, 1987, p. 41). Tais restrições à navegação deviam-se às severas tempestades

de Inverno e aumento de nebulosidade que ocorre entre o Outono e a Primavera. Neste sentido, a própria administração romana estabeleceu um período de mare clausum (12 de Novembro a 10 de Março) e outra de “mar aberto” (27 de maio a 14 de Setembro) acrescentados de dois períodos de insegurança (10 de Março a 27 de Maio e 14 de Setembro a 12 de Novembro) (Chevalier, 1988a, p. 119). Este facto não impedia, todavia, que em certas ocasiões as navegações não se efectuassem em meses menos aconselháveis: sabemos, por exemplo, que Cláudio tentou, inter alia, encorajar os mercadores especializados no transporte de cereais a importá-los para Roma durante os meses de Inverno através de uma regulamentação específica (Suet. Cl. 18.4; 24) que estabelecia que em caso de naufrágio ou abandono de parte da carga devido às tormentas invernais estes deveriam ser reembolsados do valor, concedendo-lhes, inclusivamente, privilégios especiais (Suet. Cl. 18, 4, 19) (Cfr. Sirks, 1991, p. 41 e 61-62). Temos também conhecimento de viagens excepcionalmente realizadas em períodos menos aconselháveis no caso do transporte de militares para resolver situações de emergência (Casson, 1994, p. 149). Dadas estas limitações, o período reservado à navegação era bastante breve e, como já referimos, o sistema de orientação baseavase no posicionamento das estrelas e, em particular, da estrela polar. Esta estrela, a que os gregos chamavam pheniké, controlada sobre o horizonte com a altura da mão, marcava não só o norte, mas também a altitude em que se encontrava o observador (Tinoco Pérez, 2001, p. 198). Os navegantes ainda faziam subir um vigia ao mastro, ou seguiam a migração das aves, podendo, inclusivamente, soltar aves, pombas e corvos fundamentalmente, para observar a maior ou menor distância relativamente à costa (2001; Martínez Maganto, 1990, p. 70). Sabemos também da existência de iluminação nocturna nas embarcações obtida por meio de ânforas perfuradas e fixadas nas proas dos barcos, no interior das quais se fazia arder uma luz que mantinha o contacto nocturno entre as frotas (Tinoco Pérez, 2001, p. 194 e 199). A comprovação arqueológica desta teoria está documentada pela descoberta de uma ânfora do tipo Dressel 1 A encontrada num naufrágio datado do século II a. C., cujos 42

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

vestígios de uso e características permitiram identificá-la como sendo uma lanterna de embarcação (Martínez Maganto, 1990, p. 69-70) No campo da navegação, a existência de faróis era essencial. Os faróis representavam, à semelhança dos dias de hoje, elementos de sinalização de portos e orientação de lugares de ancoragem seguros. O sistema de sinalização empregue, utilizado pelo menos desde a época helenística, é antecedido por sistemas de sinalização nocturna que se baseavam em sinais luminosos através de fogos costeiros ou torres de vigilância militares (1990, p. 67-69 e 85). É também provável que os faróis fossem importantes na sinalização diurna, neste caso pelo uso de sistemas de sinalização baseados na reflexão de raios solares através de superfícies polidas que possibilitassem uma sinalização intermitente de grande visibilidade, de colunas de fumo, e da emissão de sinais sonoros durante os dias de cerrado nevoeiro ou temporal, através de engenhos mecânicos (1990, p. 75-76 e 85). No contexto da faixa atlântica do actual território português apenas temos conhecimento da existência de uma torre (com função de farol) pelo testemunho de Estrabão (III, 3, 1). Trata-se de uma torre que teria existido num local ainda não determinado, provavelmente situada no Cabo Espichel ou em Outão (vd. Alarcão, 2004, p. 317-25), a qual, entre muitas outras que seguramente existiam ao longo da faixa atlântica, tinha funções determinantes para a viabilidade dos circuitos de navegação ao longo da costa. Não é, todavia, de afastar outras possiblidades designadamente a existência de duas torres sendo, ou não, uma delas um farol (2004, p. 317-25). Nesta costa, o mais conhecido de todos está situado na Corunha. Conhecido pelos marinheiros da antiguidade como o “porto dos ártabros” (Estr. III, 154), ou altissimum pharum (Orosio, Historiarum adversus paganus, I, 2, 71), serviu de vigia das embarcações que se dirigiam ou vinham da Bretanha. Também conhecido como Torre de Hércules, conserva a tradição arquitectónica do conhecido farol da antiguidade construído na Alexandria do Egipto (Hauschild, 1977, p. 136). Neste local da Corunha estava situado Brigantium, o último dos grandes centros portuários da Hispania, que desde a época pré-romana era um empório de comércio de estanho e que, pelo menos

desde a época romana, capitalizava o tráfego comercial com destino ao Cantábrico e Atlântico e controlava a rota até à Britannia (Martínez Maganto e Carreras Monfort, 1993, p. 102). Este farol, que Ptolomeu situa no grande porto dos galaicos lucenses, denominando-o Farum Precantium (deveria ser lido Pharum Brigantium; cfr. Franco Maside, 2001, p. 227, nota 25), estava seguramente relacionado com uma statio ligada ao importante papel económico (comercial) daquele centro portuário, responsável pela recolha de produtos, como o portorium, por parte dos funcionários romanos encarregues desta tarefa (exactores), documentados em inscrições na Corunha (Arias Vilas, 1992b, p. 55). Não devemos, contudo, valorizar em excesso a importância deste equipamento, no contexto de Brigantium. Como bem referiu Fermín Pérez Losada (Pérez Losada, 2002, p. 135): Brigantium é polo tanto un punto de especial interese estratéxico e administrativo a nivel estatal (ou imperial se se quere), concretado na prestación de servicios a este alto nivel que confiren ó enclave un carácter próprio e extremamente singular dentro do mundo galaicoromano. De facto, como mais adiante refere o autor (id. ibidem), os vestígios arqueológicos são relativamente pouco abundantes quando comparados com outros contextos costeiros (por exemplo, Vigo ou Iria), o que leva a pensar mais num “tráfico “de paso” de mercadorías (abastecemento da Galia e Britania desde o Mediterráneo) que propriamente un centro relevante de consumo, producción ou almacenamento/redistribución masiva de bens importados cara ás terras do interior”. Segundo Naveiro López (1991a, p. 133 e 154), este farol teria, para além de uma função meramente económica, um particular interesse estratégico a nível político e administrativo. Sabemos inclusivamente por Orósio (I, 2.71) que este farol tinha a função de prevenir da proximidade da costa peninsular às naves que regressavam de noite das ilhas Britânicas. Este era o único porto continental para os barcos que se dirigissem para o Canal da Mancha ou ao Canal de S. Jorge, normalmente favorecidos pela rápida corrente atlântica (Millet, 1998, p. 70). A edificação deste farol teria provavelmente ocorrido no século II como parece deduzir-se da recolha de alguns materiais encontrados por L. Monteagudo nas escavações realizadas junto à torre (vd. Martínez 43

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gem junto do dono do navio (magister navis), do oficial responsável pela parte comercial da viagem, da manutenção do barco e assuntos afins. O manejo do navio ao longo da viagem estava a cargo do mestre de navegação, o gubernator (Casson, 1994, p. 153). As embarcações construídas durante o período imperial pertenciam aos naviculari, bem conhecidos pelas inscrições e melhor ainda pelos textos jurídicos conservados no Digesto. Estes, representando ricos proprietários individuais ou poderosas sociedades de transporte marítimo, tratavam directamente do abastecimento das diferentes regiões do Império e, em particular, da cidade de Roma, através do conhecido sistema da annona. Para além destes representantes existia ainda, nos diferentes portos do império, toda uma “indústria” de transportes navais, por sua vez ao serviço de simples mercadores. Neste ponto, a epigrafia informa-nos sobre diferentes categorias profissionais da navegação, a sua organização, a sua ocupação específica no contexto fluvial (navicularii, nautae, ratiarii, utricularii...) (Izarra, 1993, p. 13). Por exemplo, conhecemse para o rio Tibre numerosas corporações de barqueiros – scapharii, caudicarii, lenuncularii e lintrarii – associados ao tipo de embarcações que servem (Rougé, 1978, p. 18-19). A estes barqueiros podemos juntar aqueles que exerciam uma profissão muito particular: os urinatores. Como já referimos (supra 3.2.1), estes pertenciam a uma classe de mergulhadores especializados que tentavam recuperar, quando fosse possível, as mercadorias caídas ao mar, ou mesmo carregamentos tombados em zonas pouco profundas (1978, p. 19). Um texto do Digesto (cfr. Gassend, 1978, p. 30) refere um mercador que teria contratado urinatores para recuperar as mercadorias de um naufrágio, ocorrido devido a uma tempestade. Ainda relacionados com o transporte de mercadorias existiam, entre outras profissões, a dos saccarii, directamente ligados ao transporte de mercadorias nos portos e lugares de consumo. Melhor conhecidas são as profissões relacionadas com o armazenamentos dos produtos nos portos, dentre as quais cabe destacar o papel dos mensores (machinarii ou ponderatores) e dos tabularii. Os primeiros tinham a tarefa de assegurar o volume e o peso das mercadorias que chegavam e partiam no decorrer das

Maganto, 1990, p. 80). Aí foi ainda encontrada uma inscrição votiva gravada na rocha natural, localizada a cerca de 15 metros a sul da dita torre. A inscrição é dedicada a Marte (Marti Aug(usto) sacr(um) por um indígeno-latino (G. Sevius Lupus Aeminiensis Lusitanus) arquitecto de profissão (architectus), possivelmente um architectus militaris, segundo Patrick Le Roux (1990). Outros faróis ou fachos teriam existido na costa da baía Arousa facilitando, como o de Fariña, a entrada pelo rio Ulla (A Lanzada, O Grove, Stº Tomé do Mar, Torres de Oeste) e a mesma função cumpriria o (antigo) Facho de Donón no Morrazo, no qual apareceram várias lápides a uma divindade galaico-romana (Arias Vilas, 1992b, p. 55). Num passo de Mela (Chorog., 3, 11) encontramos a menção a uma turris Augusti situada na desembocadura do rio Sar, nas proximidades de Iria Flavia (Forum Iriensis). A existência de um eventual farol nas cercanias da cidade não deixa de ser interessante dado que esta cidade constitui, juntamente com Brigantium, o principal núcleo junto à orla costeira da actual Galiza (vd. Pérez Losada, 2002, p. 87). O farol cumpriria assim uma clara função portuária e comercial dada a sua proximidade do único porto até ao momento documentado por diversos vestígios arqueológicos entre os quais um conjunto de materiais importados que inequivocamente comprovam, pelo menos para o período altoimperial, a existência de um centro de armazenamento e redistribuição naquela região (Naveiro López, 1991a, p. 139 e 153-154; Pérez Losada, 2002, p. 97, 103-104 e 108). 3.2.2 Os meios aquáticos 3.2.2.1 As profissões associadas ao transporte e armazenamento de mercadorias As embarcações romanas tinham uma função primordialmente comercial. Não existiam embarcações de passageiros, os viajantes procediam, como haveriam de proceder até ao aparecimento do primeiro paquete no século XIX: eles dirigiam-se ao porto e informavam-se sobre a embarcação que se dirigisse numa direcção que eles pudessem utilizar. Tendo escolhido a embarcação, o viajante tratava da sua passa44

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diversas manutenções; para isso utilizavam medidas previamente estabelecidas e cuidadosamente verificadas, recorrendo, por vezes, a balanças de prato duplo, designadas machinae; os segundos eram responsáveis pelo registo dos bens que saíam e entravam nos armazéns; no caso de se tratarem de armazéns portuários estes profissionais eram chamados horrearii (Rougé, 1978, p. 19; Chic García, 1984, p. 41; Izarra, 1993, p. 190). Neste rol de actividades deve incluir-se ainda o controlo da qualidade dos produtos. Sabe-se, por exemplo, que cada carregamento com cereais era acompanhado de um saco de couro selado contendo uma amostra que permitia verificar se o produto estava em bom estado; no caso de se tratar de vinho era obrigatório que este fosse acompanhado de frascos selados (ampullae) e de provadores profissionais que verificavam se o vinho expedido era da mesma qualidade da amostra (Izarra, 1993, p. 190).

de materiais de construção ou o abastecimento da annona e apenas ancorando em portos de enorme dimensão, caso dos portos de Óstia, Alexandria, Antioquia, Marselha, Cartago e Pireu (Meijer e van Nijf, 1992, p. 152). Para o estudo destas embarcações de carácter comercial dispomos, para além dos restos recuperados nos naufrágios, de um rol iconográfico importante (vital para o conhecimento dos diferentes tipos de aparelhos utilizados) e de um conjunto de textos, essencialmente literários e raramente técnicos, que permitem uma abordagem mais ou menos aproximada da realidade. Os estudos arqueo-náuticos, cada vez mais numerosos, têm-se revelado fundamentais para o estudo da tonelagem e das técnicas de construção naval, embora não permitam esclarecer, com exactidão, como seriam os velames ou mesmo o tipo de embarcações utilizadas. Para isso, tem-se recorrido com frequência às numerosas representações de embarcações que figuram em diferentes suportes usados na vida quotidiana dos romanos, falamos, por exemplo, de relevos, mosaicos, pinturas murais, grafitos, placas de terracota e moedas. A totalidade destes dados permite reconhecer, para além das particularidades de cada representação, três tipos fundamentais de perfil de cascos que se distinguem essencialmente pela forma das extremidades:

3.2.2.2 As embarcações utilizadas no comércio marítimo As frotas comerciais de época romana eram compostas por embarcações extremamente diversificadas de pequena e média cabotagem, próximas de dimensões modestas, ou de grandes embarcações de alto mar. Esta variedade de tipos exprime também uma grande diversidade de origem dado que cada região da bacia do Mediterrâneo tinha os seus tipos tradicionais. Infelizmente, não é possível, no estado actual dos nossos conhecimentos, encontrar com segurança a origem dos principais tipos de embarcações. Conhecemos, no entanto, através das diferentes fontes escritas, o nome atribuído a algumas delas, tais como, Isis, Corbita, Ponto, Cladivata, Gaulus, Rotundae, por vezes também associadas a transportes específicos ou ao volume de mercadorias que estas poderiam transportar como, por exemplo, as referidas por Estrabão (III, 3, 1) – quando descrevia o Tejo como um espaço de grande capacidade portuária - as muriagogoi, que, segundo este, poderiam transportar cerca de 10. 000 ânforas ao mesmo tempo. Outras havia ainda associadas a situações de transporte específicos como as Naves Onerariae, cuja capacidade podia atingir mais de mil toneladas, quando unicamente usadas para o transporte

• o primeiro tipo, longe de ser o mais frequente, pode ser considerado como o navio de carga por excelência: caracteriza-se por possuir uma roda de proa convexa e uma popa poderosa que se reveza segundo uma curva regular bem acima da roda da proa (Pomey, 1978, p. 20); • o segundo tipo, aparentemente menos conhecido, possui igualmente uma roda de proa convexa mas apresenta uma popa menos elevada e parecida com a proa, o que, naturalmente, lhe confere um perfil simétrico (1978, p. 20); • o terceiro e último tipo, distingue-se dos precedentes pela forma da sua roda de proa côncava que acaba em forma de espora ao nível da quilha, enquanto que a popa permanece semelhante à do primeiro tipo (1978, p. 20).

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Encontramos, na generalidade destas embarcações, algumas características comuns. Sabemos, por exemplo, que a maior parte das cabines existentes se situava na popa e, mais raramente, no centro. Sabemos, ainda, que estas estavam equipadas com dois lemes laterais protegidos por uma espécie de caixa lateral que nasce na parte dianteira do navio (1978, p. 22-23). A existência de uma vela redonda, perpendicular ao eixo da embarcação, era também seu apanágio, ainda que, na generalidade, fosse de fraca dimensão e com a finalidade de facilitar um melhor equilíbrio da embarcação em velocidade e auxiliar nas manobras de mudança de direcção (1978, p. 24). Na verdade, com excepção de grandes embarcações de três mastros, que a partir do séc. II podiam apresentar velas de grande volume, o mastro antigo é sempre monóxilo impedindo, como tal, a sobreposição de velas redondas (1978, p. 24). Sendo a vela o seu único meio de propulsão, as velocidades dependiam da direcção e intensidade dos ventos: para a navegação diurna, levando em consideração as manobras de saída e atracagem, as velocidades podiam oscilar entre 2 nós (= o nó corresponde a uma unidade de velocidade constante correspondente a 1 milha marítima por hora. A milha itinerária marítima corresponde a 1852 metros), com ventos laterais, e 4, com vento de popa (Naveiro López, 1991a, p. 121). Na navegação de altura, com um menor conjunto de manobras e um maior aproveitamento dos ventos e das correntes, as velocidades podiam aumentar até cerca de 5 a 6 nós ou mesmo mais, desde que os ventos fossem favoráveis (1991a, p.121).

durante o outono e nos inícios da primavera, quando os rios apresentavam um maior caudal de água (1993, p. 76-77). As embarcações fluviais podiam ser de diversos tipos segundo a sua função e o curso do rio em que eram utilizadas: quase todas se moviam a remos, ainda que por vezes uma pequena vela ajudasse os remadores, como no caso das grandes barcaças. Assim, a maior parte das embarcações fluviais, quando não denominadas simplesmente nautae, adquiriam um nome específico (1993, p. 38). Dos vários tipos de embarcações documentadas nas fontes escritas, monumentos epigráficos e outros suportes (mosaicos, relevos), destacam-se - para além do ponto (grande embarcação utilizada no comércio) - dois tipos de grandes barcas fluviais de fraco calado, os linter e rates, que podiam navegar nos meandros dos cursos de água. - o linter (também conhecidas por Lynter ou Lintris; Bonsor, 1989: 89), raramente mencionada como embarcação marítima (1993, p. 112), era uma embarcação tipicamente fluvial ou lacustre que se caracterizava por ser utilizada em águas pouco profundas, manobrandose com o remo e possuindo quilha, ponte e vela (Chic García, 1984, p. 34; Parodi Álvarez, 2001, p. 30-31). O comprimento da embarcação a partir do convés e o casco arredondado (não tinha um fundo plano como um simples lanchão) conferia-lhe uma grande mobilidade, apesar de a tornar instável (Grenier, 1934, p. 592). Cícero (Brutus, 60, 216), ao troçar de um orador que balançava o seu corpo da direita para a esquerda quando falava, disse que ele parecia falar dentro de um linter. As mais primitivas foram talhadas numa só peça a partir de um tronco, mas posteriormente tornaram-se mais complexas, podendo adquirir diferentes tamanhos (Izarra, 1993, p. 111). Este tipo de embarcações estava destinado ao transportes de viajantes, animais e mercadorias, podendo chegar a albergar um máximo de seis indivíduos (1993, p. 111). César assinala a presença destes pequenos barcos no Sona e no Sena; Tito Lívio (XXI, 26), no Ródano; Ovídio (Fastes, VI, 779) no Tibre (cfr. Grenier, 1934, p. 591). Eram ainda utilizadas (como os rates) para a construção de “pontes de barcos”. - os rates (também conhecidos como rates silve rataria) eram simples balsas fabricadas mediante a união de troncos com cordas

3.2.2.3 As embarcações fluviais utilizadas Apesar das embarcações fluviais (naves fluminales) serem conhecidas pela sua precariedade, intermitência e lentidão, estas foram largamente utilizadas no mundo romano. Contrariamente às embarcações marítimas onde a propulsão não podia ser assegurada senão pelo uso do remo ou da vela estas beneficiavam ainda de um leque mais vasto de possibilidades, entre as quais, o aproveitamento da pouca profundidade dos rios e a vantagem da corrente descendente (Izarra, 1993, p. 157). O seu uso estava dependente, naturalmente, do regime de cada rio e da época do ano, em particular 46

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ou cravos (Chic Garcia, 1984, p. 35; Parodi Álvarez, 2001, p. 31); eram sólidos e maciços, ainda que mais primitivos e de construção mais simples do que o linter (Grenier, 1934, p. 59293); manobravam-se com a pértiga, remo ou vela, em função do seu tamanho e deslocação (e do curso do rio onde se encontrassem) (Parodi Álvarez, 2001, p. 32). Como o linter podiam servir de barcaça e servir como auxiliares para embarcar e desembarcar mercadorias de naves maiores (Grenier, 1934, p. 592-93; Parodi Álvarez, 2001, p. 32). - o ponto era uma embarcação de grande tonelagem movida à vela, com dois mastros e um casco sólido que formava uma voluta na popa e era pontiaguda na proa; possuía ainda um esporão bastante saliente e reforços laterais que tinham como função o engate das cordas. Esta embarcação era especialmente dedicada ao comércio e utilizada nos rios e grandes ribeiras. Podia também ser utilizada na navegação marítima como grandes navios de carga ou para fins especificamente militares, incluídos nas “naves onerariae” (Izarra, 1993, p. 115; Parodi Álvarez, 2001, p. 27-30). César fez referência a embarcações deste género na Gália (De Bell. Gall., III, 13, 1). Os três modelos referidos correspondem, sem dúvida, aos principais tipos de embarcações fluviais. Mas a actividade da navegação criou outras variedades numerosas e diversas das quais destacamos, no contexto do comércio e de transporte de produtos, a stlatta, de casco arredondado, fundo plano, e movida a remos estava destinada para o comércio; a vegeiia, uma embarcação especial igualmente movida a remos ainda que com maior capacidade para o transporte de viajantes ou mercadorias; as naves codicariae, embarcações de pequenas dimensões de casco arredondado, cobertas, com porão e com um mastro destinado principalmente para o reboque (vd. Grenier, 1934, p. 598-99; Izarra, 1993, p. 108-19; Parodi Álvarez, 2001, p. 24-25) e as scapha, um outro tipo de embarcações menores usadas na navegação interior, correspondentes a barcas movidas a remos e de casco igualmente arredondado usadas no transporte de mercadorias e pessoas, ainda que igualmente úteis para o reboque e manobras (Parodi Álvarez, 2001, p. 33-34). Podemos ainda encontrar outro tipo de nomes de embarcações mencionadas por

Ausónio, já em época tardia. Referimo-nos a um passo da sua obra (Epist., 22, 1, 7) em que diz que escreveu a um certo Paulino de Nola para lhe pedir que forneça ao seu procurador, Philon, um nausus ou nausum, um importante barco de comércio, para transportar as suas mercadorias entretanto armazenadas; neste passo refere ainda os diferentes tipos de embarcações que o seu procurador poderia utilizar ao percorrer o rio Tarn e o rio Garona (cfr. Grenier, 1934, p. 598; Izarra, 1993, p. 114). O método utilizado para fazer subir os barcos rio acima era a sirga. Ainda que em certas ocasiões pudessem ter sido utilizadas equipas de bois, o normal era que esta fosse efectuada por homens (herciarii) que puxavam as barcaças fazendo uso de uma corda atada a um mastro situado na proa de uma embarcação (Chic García, 1984, p. 37; Parodi Alvaréz, 2001, p. 25-26). Este sistema de tracção a partir das margens dos rios exigia a existência de caminhos de sirga apropriados (pedestro iter) (Chic García, 1984, p. 37). Além deste método utilizavam-se, ainda, as scaphae, barcaças impulsionadas por remos, para rebocarem, contra a corrente, as embarcações que só possuíam a força do vento para poder navegar. A existência destas barcaças encontra-se especialmente documentada na iconografia naval de Narbona (Izarra, 1993, p. 56) e por inscrições encontradas em Sevilha (Bonsor, 1989, p. 89), com referências a barqueiros (schapharii), que comercializavam com a Colonia Romula Hispalis (Sevilha) e que erigiram vários monumentos aos imperadores Antonino Pio e Marco Aurélio, ou cidadãos ilustres como L. Castricius Honoratus e Sex. Iulius Possessor (1989, p. 89). Uma inscrição encontrada na necrópole Este de Córdova menciona uma escrava pertencente à corporação dos portonarii, ou seja, dos encarregados desta actividade (Chic Garcia, 1990, p. 29). Sabemos, ainda, que, em vários pontos, o rio Guadalquivir foi adaptado à navegação por meio de grandes barcaças, que lhe fixaram o seu curso e estabeleceram uma série de diques (portus) para conter e elevar o nível das águas (Chic Garcia, 1988b, p. 11). O mesmo tipo de adaptações também está documentado, num texto de Plínio (N. H., III, 9, 1), relativamente ao rio Tibre: aí este refere a existência de represas (piscinae) para conter a água em épocas de estiagem e facilitar a navegação na 47

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parte inferior do seu curso. Sem referência a nenhum local específico, o interesse de Roma em manter navegáveis os cursos dos rios está também documentado nas disposições legais compiladas no capítulo XV do livro XLIII do Digesto (Chic Garcia, 1978; Escacena Carrasco e Padilla Monge, 1992, p. 73).

Um dos exemplares mais antigos relacionados com a navegação é uma piroga mesolítica de Noyen-sur-Seine datada (pelo radiocarbono e dendroconológico) de cerca de 6000 a. C.. Diversas embarcações monóxilas estão documentadas, com alguns melhoramentos e materiais mais aperfeiçoados, em diferentes épocas, testemunhando assim a persistência duma navegação interior até à época moderna. O registo por Estácio da Veiga no final do século XIX do aparecimento duma canoa monóxila no Algarve e de uma referência oral sobre os restos duma presumível “canoa de tábuas” (?) encontrados (e perdidos) próximos do povoado de Guifões (Matosinhos), representavam as duas únicas indicações de possíveis embarcações pré-romanas de que temos conhecimento para o actual território português (vd. Filgueiras, 1980, p. 147). O aparecimento em Março de 1985 no rio Lima, a cerca de 15 km de Viana do Castelo (Geraz do Lima), de uma piroga monóxila de carvalho de cerca de 4,4 mts., num banco de areia, a 3 mts. de profundidade, datada do século XI, constitui um achado de importante significado. Esta piroga é a primeira embarcação deste tipo que se encontra conservada (Alves, 1986, p. 223), representando um valioso testemunho da continuidade de uma tradição náutica em uso desde os tempos pré-históricos. Em território galego conhecem-se representações figurativas de antigas embarcações romanas de pequenas dimensões numa estela proveniente de Vilar de Sarria (Lugo) e num fragmento de parede de uma jarra tardia (decorada com uma aguada vermelha) encontrada em dragagens realizadas no rio Ulla e actualmente depositada no Museu do Povo Galego (Naveiro López, 1991a, p. 119-20, 138 e nota, 73); na estela está representada uma embarcação de casco arredondado, com proa e popa rematadas por cabeças zoomórficas, vela quadrada e quatro tripulantes; no fragmento cerâmico vê-se a representação incisa (pós cozedura) de uma embarcação que, apesar de não possuir vela, apresenta um casco ricamente adornado, no qual se destaca uma quilha curvada que se prolonga, continuamente, em roda e cadaste (1991a, p. 119-20). Para o conhecimento sobre as antigas embarcações a recorrência a estudos de carácter etnográfico pode revelar-se de particular

3.3 A REDE DE TRANSPORTES DA CIDADE NO CONTEXTO DO NOROESTE PENINSULAR 3.3.1 As vias marítimas A via aquática, especialmente o transporte por mar, segundo as palavras de M.I. Finley (1986, p. 178), “criou possibilidades radicalmente novas para a cidade antiga”. Os viajantes e os comerciantes preferiam sempre que possível o transporte por mar dado que, comparativamente ao transporte por terra, era mais rápido, mais económico e, paradoxalmente, mais seguro, permitindo, também, transportar maior número de mercadorias com menor investimento. A informação arqueológica relativa às relações comerciais do Noroeste atlântico com os países do Norte, em especial com as ilhas Britânicas e as terras que rodeiam o Canal da Mancha, data-as pelo menos de 1750-1500 a. C. (Montenegro et al., 1989, p. 14). Esse comércio fazia-se com barcos de couro que depois foram substituídos, com a chegada dos romanos, por barcos feitos a partir de troncos de árvores. Estes dados são-nos fornecidos por Estrabão (III, 3, 7) que, ao referir-se aos povos do Noroeste, nos diz: “Antes da expedição de Bruto, usavam embarcações de couro, em virtude das inundações através dos charcos; mas hoje até barcos feitos de um só tronco são já raros”. Aquele processo de construção dos barcos parece igualmente corroborado por Plínio (Nat. Hist., XXIV, 65; XXXIV, 156), quando faz referência às embarcações feitas de peças de couro ligadas com fio de linho e, indirectamente, pelo próprio Estrabão (III, 5, 11), quando se refere aos habitantes das célebres Ilhas de Estanho, as Cassitérides, que faziam a troca de peles de animais, por outros artigos, tais como peças de cerâmica, sal e utensílios de bronze que lhes ofereciam os mercadores, certamente púnicos e tartéssicos. 48

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

interesse. A este propósito, o estudo de Lixa Figueiras, intitulado “A Evidência das Navegações desde o Bronze – necessidade duma cartografia específica” (Figueiras, 1980), denuncia a semelhança existente entre exemplares pertencentes a contextos etnográficos do actual território português e embarcações da antiguidade. O autor (1980, p. 147-149), refere os seguintes exemplos: o caso da jangada de canas de S. Torpes e os modelos da Sardenha e Marrocos que teriam estabelecido as ligações mediterrâneas desde 8 000 ou 9 000 a. C.; o da jangada de odres de Lagoaça (Miranda do Douro), “talvez o vestígio derradeiro da utilização dos odres para atravessamento dos rios pelos Lusitanos”; o das barcas dos afluentes do Douro relacionados com os barcos derivados das canoas de tábuas de tipo mesopotâmico; o parentesco entre o barco de mar (barco de xávega, saveiro) e seus parentes próximos da “ria” de Aveiro, no Mondego, na Nazaré e os híbridos do Tejo/Guadiana com o modelo de prata encontrado numa tumba em A-bar-gi (Ur). Neste rol de exemplos poderíamos acrescentar o chamado barco de dornas do rio Minho que se construía unindo dois troncos (Alonso, 1985, p. 61) e a presença das diversas barcas de passagem que, naturalmente, poderiam encontrar paralelos específicos em antigas embarcações pelos menos testemunhadas no mundo romano. A representação de embarcações no petróglifo de Borna (Meira, Pontevedra), estudado por Fernando Alonso Romero e referido por Lixa Filgueiras como possível testemunho dos legendários barcos evocados por Avieno (cf. Filgueiras, 1980, p. 148 e 152), representa um testemunho relevante para o estudo das antigas embarcações no contexto da fachada atlântica do noroeste. Um projecto de arqueologia experimental (Projecto “Breogan”) realizado sob a orientação de Fernando Alonso Romero (1976, p. 173-91), veio demostrar que estas antigas embarcações podiam navegar no atlântico. Segundo este autor (1976, p. 187), e de acordo com as antigas lendas irlandesas do Livro das Invasões, as viagens em embarcações de couro desde o noroeste da Peninsula Ibérica só eram posssíveis em Maio ou nos princípios do Verão, tendo em conta a melhoria do tempo e o predomínio dos ventos do sudoeste, imprescindíveis para impulsionar uma embarcação de vela até à costa sul das ilhas Britânicas;

daí seguiriam uma rota costeira até alcançar as costas irlandesas. Mais recentemente, a descoberta na mesma província (Pedornes, Santa María de Ola, Pontevedra) de um novo petróglifo que apresenta, entre outros motivos, a representação de uma embarcação vem, de novo, salientar a importância da navegação na costa atlântica desde épocas recuadas. À parte estas problemáticas, o que sabemos, todavia, é que a costa atlântica, situada num dos circuitos naturais de navegação, constituiu uma área de confluência de culturas desde a Idade do Bronze até à época pré-romana, como já testemunham os périplos de Hanão e Himilcão que, desde Cádis, marcavam as rotas Norte e Sul do Atlântico em busca de ouro, marfim, cobre, estanho e âmbar. Este último périplo tem sido interpretado como representativo da reabertura da rota do estanho até às Oestrímnides ou Cassitérides (“ilhas de estanho”), com o fim de renovar o seu comércio que, controlado desde o Bronze Final pelos grupos autóctones do sudoeste, se tinha interrompido no séc. VI a. C. (López Castro, 1995, p. 72). Frequentemente, as Oestrímnides ou Cassitérides são localizadas em frente às costas da Galiza, na Bretanha ou inclusivamente nas ilhas Britânicas (Plínio, N. H. 4: 119). Seja como for, é provável que os Tartessos de Huelva desenvolvessem contactos regulares e por via marítima com o Noroeste peninsular durante o Bronze Final atlântico, como parece corroborarem os indícios de navegação fenícia regular ao longo da costa portuguesa desde meados do séc. VII a. C. (Aubet, 1997, p. 251; Arruda, 1999-2000; no prelo a; no prelo b). A análise exaustiva dos elementos orientais e orientalizantes no actual território português realizada por Ana M. Arruda (1999-2000, p. 257), permitiu confirmar que estes vestígios se concentram sobretudo ao longo da orla costeira, ainda que particularmente concentradas em áreas restritas, concretamente no estuário de três grandes rios (Sado, Tejo e Mondego) e em regiões da orla costeira do Algarve. Segundo esta autora (1999-2000, p. 257), a presença fenícia no espaço correspondente ao actual litoral português implicou, a partir da 1ª metade do século VII a. C., o sítio permanente de povoações oriundas da área do Estreito de Gibraltar, em locais fundados ex nihilo, como, 49

O Comércio e os Meios de Transporte Utilizados

por exemplo, as fundações de tipo colonial de Abul e Santa Olaia. Um bom exemplo destes contactos afectado por um “profundo orientalismo” é, entre outros locais, bem evidente na ocupação da primeira metade do I milénio a. C. em Castro Marim (vd. Arruda et al., no prelo). Neste local, os habitantes entraram em contacto directo com os colonos fenícios então já instalados na região gaditana, como são testemunho os abundantes materiais recolhidos nas escavações, oriundos de Atenas, do Norte de África e da região de Gádir (Arruda et al., no prelo). A navegação no Atlântico, desde o Norte da Hispania até à Britannia, é também documentada por outras viagens antigas como a de Píteas, Timeo ou Posidónio (sécs. IV-I a. C.), como testemunham os textos de Avieno e Estrabão. O mais amplo destes itinerários está representado pela obra traduzida por Avieno (Rufius Festus Avienus) no séc. IV d. C., a partir de um texto grego, presumivelmente escrito no séc. I a. C., conhecido por Orla Marítima. Segundo Schulten esta viagem poderia ter sido efectuada à roda de 530, entre a batalha de Alalia e o primeiro tratado romano cartaginês de 509 (cfr. Blázquez et al., 1999, p. 359). Este itinerário ao copiar dados antiquíssimos de navegantes é extremamente interessante, dado revelar o conhecimento que os navegadores e exploradores gregos tinham da costa peninsular e proporcionar a alusão geográfica de cidades, portos, acidentes geográficos e povos que habitavam a Ibéria no ano de 600 a. C. A referência de Estrabão (III, 5, 11), à existência de um porto que recebia estanho desde as Cassitérides, parece corroborada por referências mais tardias da época visigótica que mostram intensas relações entre a Irlanda, a Britania e a Hispania, ou entre esta e as Gálias, que naturalmente devem remontar à Préhistória (apud. Balil, 1968, p. 336, notas 61 e 62). A partir do séc. VI a. C. o comércio com o litoral norte da Península foi, como vimos, definitivamente restabelecido pelos gaditanos (Estrabão III, 5, 11), não só com o objectivo do abastecimento de estanho, mas também para o comercializar com Cartago e com os Fenícios no âmbito do comércio no mediterrâneo. Um eco das relações precoces do Noroeste peninsular com outros povos atlânticos

está ainda documentado em Tácito quando refere que os Iberos tinham chegado à ilha antes dos Celtas (apud. Blázquez, 1968, p. 204). Em época romana, a ligação por via marítima do Noroeste com o restante mundo comercial do império continuou a fazer-se, essencialmente, a partir do porto de Cádis, o qual, directamente ligado ao abastecimento da Bretanha, através da rota atlântica e à bacia do mediterrâneo pelo porto de Óstia, servia como ponte de união a esta longínqua região do Império. O relato da fundação de Cádis mencionado por Posidónio e transmitido por Estrabão (III, 5, 5) contém informação útil: menciona um lugar da costa mediterrânea andaluza onde a arqueologia tem documentado uma grande incidência da presença fenícia arcaica, confirmando, ainda, uma notícia recolhida numa obra tão tardia e problemática como a referida Orla Marítima de Avieno (González Wagner, 2001, p. 37). Faz, aliás, referência a uma série de viagens prévias à fundação de Cádis anteriores ao aparecimento dos sítios fenícios no litoral mediterrâneo andaluz, o que nos leva ao tema do comércio pré-colonial e à continuidade ou descontinuidade dos contactos entre Ocidente e Oriente em finais do 2º milénio (2001, p. 37-38). Como afirma González Wagner (2001, p. 40), “a conquista simbólica dos limites do mundo, situados agora nas Colunas de Hercules / Melkart, longe de ser um projecto sem sentido, constitui um acto político que inaugura e legitima a expansão fenícia no Mediterrâneo”. A esta cidade (a Gadeira dos Gregos, ou a Gades Romana), afluiu, desde a sua fundação, um florescente empório que drenava grande quantidade de produtos (especialmente o estanho) provenientes da costa peninsular atlântica, pela rota há muito conhecida e praticada pelos tartéssios, desde as rias Baixas da Galiza até ao Sul da Inglaterra e da Irlanda. Na verdade, Cádis controlava o acesso ao estreito de Gribraltar, e condicionava grande parte do circuito marítimo, mediterrâneo e atlântico. Para Mª Eugenia Aubet (Aubet, 1997, p. 172) o controlo do arquipélago gaditano significava, entre outras coisas, o acesso directo a um dos territórios do Ocidente mais ricos em recursos metalíferos, ou seja, como porta de entrada até ao mineral atlântico. De facto, foi a partir de Cádis que se organizou o 50

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processo de expansão atlântica cujo efeito seria a exploração sistemática dos recursos, não só comerciais, mas também de todo o género (vd. Blázquez et al., 1999, p. 364). A vitalidade deste comércio está documentado, pela referência de Estrabão (III, 5, 11), quando nos diz que antes da chegada dos romanos os gaditanos comercializavam com estas ilhas trocando sal, utensílios de bronze e cerâmicas, por peles, estanho e chumbo. Como aliada de Cartago, e à semelhança de outras cidades púnicas ocidentais, como Lixus que controlava as navegações atlânticas norte-africanas, e como Málaka (Málaga), Sexi (Almuñecar) e Abdera (Adra), no domínio das costas meridionais da Andaluzia, Cádis era desde os finais do séc. VI a. C., uma pujante cidade portuária, comercial e marinheira (Arteaga, 1997, p. 121). De Cádis partiu Píteas na sua viagem a Tanais (Estr. II, 4, 1), no último quartel do séc. IV a. C. e Eudoxio de Cícico para circumnavegar África, no tempo de Evergetes II do Egipto (146-117 a. C.) (Estr. II, 3, 4-5; Mela, III, 90-92). Para além de controlar a Área do Estreito e explorações agrícolas e mineiras dos territórios vizinhos, os gaditanos lideravam uma vasta indústria pesqueira no atlântico e exploravam vastas salinas ao longo da costa (Arteaga, 1997, p. 121). Como refere Oswaldo Arteaga (1997, p. 121), as consagrações a Melkart, que tanto Lixus como Cádis ostentavam nos seus templos dedicados ao deus comercial dos semitas, podem servir para testemunhar que em torno do Estreito de Gibraltar os gaditanos centravam o poder hegemónico numa “Liga Púnica Ocidental”. A fundação de Cádis parece não responder só a uma estratégia comercial, mas também política, segundo se deduz do texto de Estrabão (III, 5, 5). Cádis, aliás, era, na Bética, a cidade mais importante quer pela sua antiguidade, quer pelos seus templos e actividade comercial. A este propósito, Estrabão (III, 2,1) descreve-a como cidade que se distingue “pelas suas empresas marítimas e pela sua aliança com os romanos”. Efectivamente, quando Cádis, em 206 a. C., assinou um foedus com Roma (que seria rectificado em 78 a. C.), a região submetida à sua administração durante o período bárcida passou a ser indirectamente controlada por

Roma para salvaguardar os seus interesses comerciais (Rodriguez Ferrer, 1988, p. 106). Nesse momento Cádis e o seu território foram incluídos no sistema administrativo romano como ager privatus ex iure peregrino, ou seja, foi considerada como uma civitas liberae et foederatae (id. ibidem). Esta aliança, pia et aeterna segundo as palavras de Cícero (Pro Balbo, 35), permitiu estabelecer uma situação contratual de paz, ainda que a inclusão no tratado da cláusula maiestatem populi romani comiter conservanto estabelecesse a superioridade de Roma e convertesse Cádis num municipium fundanum (Rodriguez Ferrer, 1988, p. 106-107). Como refere J. M. Blázquez (1976, p. 91), os gaditanos dedicavam-se ao comércio em grande escala; provavelmente os barcos béticos que levavam as mercadorias do sul da Península Ibérica, que “eram os barcos de comércio mais numerosos e de maior tonelagem (Estr. III, 5, 3) que chegavam a Putéolos e Óstia, porto de Roma ..., e seu número é quase igual aos que vem de África”, eram gaditanos, dado que durante a Guerra Cívil (Caes. BC II, 18, 1) os gaditanos e os de Hispalis construíram 10 naves de guerra para os Pompeianos. Na verdade, os gaditanos eram os que navegavam em maior número e maiores naves, quer no Mediterrâneo, quer no Atlântico, e, como refere Estrabão (III, 169), a maioria vivia no mar ou estava em Roma, dedicados aos negócios. Sabemos, por exemplo, que uma viagem marítima desde Cádis a Óstia, demorava apenas cerca de nove dias (Plut. Galba, VII) e em ocasiões mais favoráveis seis a sete dias (Plinio, Nat. Hist. XIX, 1). A referência de Plínio (II 167-168) aos gaditanos, como aqueles que navegavam em todo o Atlântico em ambas as direcções, vem confirmar as anteriores referências. Esta situação fez com que para o Noroeste peninsular a relação comercial com a província da Bética fosse essencial. Convertida desde 49 a. C. em Municipium Civium Romanorum (Liv. Per. 111), Cádis, parece ter assumido as formas de propriedade e organização económica próprias de Roma (Blázquez, 1976, p. 92; Ferrer Albelda e García Vargas, 2001, p. 563); a sua conversão em cidade romana deve entender-se como consequência imediata do apoio incondicional que a cidade ofereceu a Júlio César, no 51

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contexto da guerra civil entre este e Pompeu, ou ainda, em momentos anteriores relacionados com a ligação estreita entre César e a oligarquia gaditana, especialmente com a família dos Balbos, que remonta à época da expedição de 61 a. C. a Brigantium e se manteve ao longo da conquista do território dos Vénetos, na Gália, onde, como na expedição costeira lusitana, foi acompanhado por Cornelio Balbo na qualidade de praefectus fabrum (2001, p. 563). Nos inícios do período imperial Cádis era já a cidade marinheira do Ocidente com maior tradição mercantil; a abertura e exploração do Atlântico em ambas as direcções, mais do que a uma intervenção fenícia, deve-se efectivamente aos gaditanos. Mas não só as fontes literárias nos confirmam a existência dum comércio costeiro atlântico. Os dados que têm sido obtidos pela arqueologia oferecem uma imagem de um movimento marítimo fenício-púnico pelo Atlântico muito mais dinâmico do que poderia suporse. De facto, sabemos, através dos achados arqueológicos provenientes de diversos sítios costeiros, que, pelo menos desde a época préromana, o Noroeste peninsular foi uma zona económica de convergência, como mostram, entre outros materiais, os achados de ânforas massaliotas e púnicas em povoados costeiros e outros achados destas mesmas ânforas e as de tipo Dressel 1 em contextos submarinos (Naveiro López, 1991a, p. 63 e 69; Paiva, 1993, p. 100; López Castro, 1995, p. 72 e 138). O achado de outros materiais de proveniência oriental vem reforçar a existência de um comércio datado, pelo menos, a partir do século VI a. C.:

Serra do Pilar (Santa Marinha, Vila Nova de Gaia), datáveis de cerca de 406 a. C. e 326-323 a. C., – segundo Mário C. Hipólito (1983: 75-82), a proveniência deste achado neste local e a sua circulação nestas paragens “extremas do atlântico” é, todavia, duvidosa - e fenícias de Gadir do séc. III a. C., em Bares, e de Malaka em Montoxo, Castro Lupario e Francos (Maya González, 1989, p. 60; Calo Lourido, 1997, p. 57). Se a estes materiais acrescentarmos as cerâmicas de verniz negro e vermelho, essencialmente áticas, campanienses de tipo Kouass (ou suas imitações), e a cerâmica comum de tradição púnica ou ibero-púnica, o panorama fica muito mais completo: • entre outros locais, a cerâmica ática foi identificada nos povoados portugueses de Romariz (Vila da Feira), Porto (área urbana), Penices e Ermidas (ambos em Vila Nova de Famalicão), S. Lourenço (Vila Chã, Esposende), Castelo de Faria (Barcelos), Santo Estêvão da Facha (Ponte de Lima), Coto da Pena e nos galegos de C. da Forca (Pontevedra), Castromao (Orense), Fozara (Pontevedra), Alobre (Pontevedra), Recarea (Corunha) e Elviña (Corunha); • a cerâmica campaniense de tipo Kouass, ou imitações, em Romariz, Santa Luzia (Viana do Castelo) e Coto da Pena (Caminha) no norte de Portugal e em Santa Tecla (Pontevedra), Toralla (Pontevedra), Vigo (Pontevedra), La Lanzada (Pontevedra), Catoira e no farol da Corunha, na Galiza (Maya González, 1989, p. 60; Rouillard, 1991, p. 23 ss.; Luis Maya e Francisco Cuesta, 1993, p. 100, fig. 4; Almeida, 1998, p. 89); • a cerâmica comum de tradição púnica ou ibero-púnica em Romariz (Vila da Feira) e Gaia (Castelo de Gaia e no Morro da Sé) e, a norte do Douro, no Morro da Sé, Terroso, Facha, Coto da Pena; na Galiza, em C. de Forca, Castromao, A Lanzada, Alobre e na Baía da Corunha (Naveiro López, 1991b, p. 25; Luis Maya e Francisco Cuesta, 1993, p.100, fig. 4).

• o fragmento de amphoriskos (Morro da Sé, Porto), o vidro egípcio ou sírio-palestiniano (povoado de Ermidas, Vila Nova de Famalicão), a conta de vidro oculada (Eiras Velhas e São Julião, Braga) e o aríbalo (aryballos) de pasta vítrea de O Neixón (Corunha); • a bracteada descoberta nos arredores de Bragança que utilizou como matriz o reverso de uma decadracma de Siracusa datável de 400-370 a. C., a fíbula de Alobre (Pontevedra), a agulha de fíbula de pivô de Castromao (Orense), e o achado de moedas gregas (tetradracmas) provavelmente recolhidas na

Neste contexto cabe destacar um estudo sobre cerâmicas áticas realizado por Ana M. Arruda (1997, p. 71-72 e 77, mapa 146) que evidencia, com especial clareza, o papel de Cá52

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

dis como receptor e distribuidor desta cerâmiterminaram o sítio de rotas e a localização de ca para ocidente do estreito de Gibraltar. ancoradouros, embarcadoiros ou lugares de Estes antigos circuitos comerciais de troca. Os ancoradouros são espaços mais ou navegação foram posteriormente consolidados menos amplos, de águas tranquilas ao abrigo por diversas expedições romanas de carácter dos ventos, localizados em baías ou enseamilitar que ampliaram paulatinamente os codas; os embarcadouros - espaços mais limitanhecimentos geográficos sobre a costa atlântidos, com condições naturais de atracagem e ca. Com a “Pax Romana” ocorrida, a partir de varadouro - estão normalmente situados em Augusto, o Noroeste e a costa atlântica sofreafloramentos rochosos nas proximidades de ram um forte impulso económico resultante da areais com fundos relativamente profundos e exploração das suas riquezas mineiras que cofrequentemente associados a um sítio terrestre meçaram a ser exploradas imediatamente após concreto. o fim das guerras cantábricas, e do incremento Neste contexto, a rota atlântica contava do fluxo comercial com a exportação de outro com locais de escala principais e intermédios – tipo de produtos (Blázquez, 1978, p. 82). relacionados com a navegação de altura (“porA consolidação desta rota é indirectatos de escala”, de acordo com a nomenclatura mente testemunhada por Plínio (NH, 2, 167), usada por Naveiro López 1991a, p. 127) e sequando diz que, com Augusto, todo o Atlânticundários – relacionados com a grande e peco era navegável; por Horácio (Odes, I, 31-13) quena cabotagem, ligadas ao abastecimento e quando refere que se podiam realizar várias escoamento de produtos (“portos de apoio”, viagens por ano no Atlântico sem se sofrer segundo a nomenclatura de Naveiro López qualquer contratempo; por Estrabão (III, 2, 1991a, p.127) (Fig. 12). 5), quando refere Nesta rota que “a extinção da atlântica, os locais pirataria é favorável de escala principais à actual paz, e de estavam naturaltal modo que os mente fixados por navegantes desfrutam stationes ligadas ao duma segurança controlo aduaneiabsoluta”; pelos tesro que estabelecia temunhos arqueocomo paragens lógicos de infra-esobrigatórias o truturas portuárias percurso Gades(ancoradouros e Brigantium-Bursítios costeiros) e, digala-Gesoriacum ainda, pelo volume (1991a, p. 134, fig. de mercadorias en31) (Fig. 13). contradas, entre as Além desquais se destacam tes locais de escala as ânforas. permanentes exisO circuito tiam outros locais, comercial pela via considerados como atlântica foi faciliintermédios, que tado na Península faziam a ligação Ibérica pela morocasional com a fologia costeira, as referida navegação correntes marinhas de altura e, naturale ventos favoráveis, mente também lia distribuição da gados a sistemas de rede hidrográfica e grande cabotagem. ainda pelos recurNo território sos económicos, actualmente portuFig.12 A navegação da altura e o controlo aduaneiro que certamente deguês, os locais de no Atlântico Norte (Naveiro López, 1991: 134) 53

O Comércio e os Meios de Transporte Utilizados

escala intermédios foram, na zona meridional, têm vindo a ser descobertos na margem direias importantes cidades portuárias de Balsa, ta do Douro. Além de vestígios de ocupação Ossonoba e Olisipo, para além de outros núpré-romana e romana documentados na rua cleos marítimos como Caetobriga e Tróia, ou D. Hugo (nº 5), no Largo do Colégio (nº 9portos fluviais como Salacia (Alarcão, 1990a, 12), na rua da Penaventosa (nº 45 e 39), na rua p. 432-33; Martínez Maganto e Carreras Monde S. Sebastião e na Casa Museu Guerra Junfort, 1993, p. 102). queiro, destacam-se os vestígios de ocupação A norte do Tejo, havia portos secundários romana encontrados na casa do Infante (Real dos quais se destaca Peniche, Alfeizerão, a foz do et al., 1985-86, p. 34; Silva, 2000, p. 99). Mondego e Cacia (Alarcão, 1990a, p. 432), e ouDe todas as intervenções até à data reatros complexos portuários que igualmente funlizadas (vd. Silva, 1999, p. 138), são de especial cionaram como unidades portuárias marítimas e importância as escavações realizadas no edifício fluviais (vd. Blot, 2003, p. 197-235). do antigo Aljube (criado nos meados do século Acrescente-se ainda a referência a corXVIII, em 1749) situado na rua de S. Sebastião porações de marinheiros em Miróbriga (CIL, (vd. Carvalho, Guimarães e Barroca, 1996, p. II, 260), cujo porto se situava seguramente em 199-203). As escavações realizadas a cargo de Sines (Alarcão, 1990a, p. 432). A inscrição de Joel Cleto revelaram tratar-se de potentes aterros Olisipo (CIL, II, 25) é seguramente falsa. realizados aquando da construção deste edifício No Noroeste, Cale e os rios Minho e nos quais abundam distintos materiais romanos Ulla funcionaram também como locais de es(entre os quais paredes finas da Etrúria e abuncala intermédios, ainda que nem sempre regudantes cerâmicas comuns béticas de origem lares (Naveiro López, 1991a, p. 127). com especial destaque para as ânforas. O estudo Destes Cale, situado no morro da Sé destes materiais que temos vindo a realizar tem do Porto ou da Perevelado o predonaventosa, foi um mínio das ânforas ancoradouro imHaltern 70 (cerca portante, donde era de 80 % do material possível alcançar, de anfórico), com cerca uma só singradura, de três centenas de as zonas portuárias exemplares. Apesar das rias baixas galede se tratar de uma gas (Alarcão, 1990a, zona de aterros, esta p. 433; Naveiro Lóquantidade parece pez, 1991a, p. 127). inequivocamente O Douro decontextualizar a imveria possuir ao lonportância comercial go das suas margens de Cale nos inícios estruturas portuárias do período imperial. de um nível elemenA não destar, relativas a locais prezar é também a de ancoradouro ou existência de estelas meros varadouros funerárias enconque possibilitavam tradas em ambas o transbordo de as margens do rio mercadorias para Douro que levaram as certamente nuAlain Tranoy (1995) merosas barcas de a sublinhar o papel passagem. de comunicação e A importânconvergência decia destes locais está sempenhado pelo documentada pelos rio. A corroborar Fig. 13 Traçado hipotético dos circuitos marítimos, diferentes vestígios esta posição temos com as correspondentes áreas de apoio (Naveiro Lóarqueológicos que um recente achado pez, 1991: 263) 54

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encontrado fora de contexto pelo Gabinete de Arqueologia Urbana da Câmara Municipal do Porto. Trata-se de uma ara em granito encontrada num dos alicerces de um templo proto-românico aquando da intervenção arqueológica realizada em 1987 no Castelo de S. João da Foz. Esta estela, de leitura problemática dado o profundo desgaste do campo epigráfico, estaria dedicada às divindades aquáticas (Aquis Magaudiis), estando o seu carácter votivo documentado pela fórmula final, L(ibens) V(otum) S(olvit) (Osório e Silva, 1994, p. 91; Silva, 2000, p. 102-103). Na outra margem do rio vários têm sido os vestígios que igualmente testemunham a importância comercial e económica desta região (vd. síntese em Guimarães, 2000, p. 155-157, 159, 161, 164-165 e 167-168). De entre estes destaca-se a recente descoberta de uma muralha romana, previamente atribuída aos meados do século I ou durante a primeira metade (Carvalho e Fortuna, 2000, p. 160), situada na encosta Sudeste do Monte do Castelo de Gaia. Este local, situado numa pequena elevação junto à foz do Douro e usufruindo de uma privilegiada posição estratégica e de controlo, sofreu uma ocupação desde os inícios do Bronze Final até os nossos dias, sendo de destacar os vestígios

correspondentes a um povoado proto-histórico posteriormente romanizado e os vestígios correspondentes a uma ocupação Baixo-Imperial que se prolongou nos períodos “suevo-visigótico” e alti-medieval (2000, p. 158, 160 e 162). Apesar dos dados anteriormente expostos, devemos ainda considerar a possibilidade de outros locais nas proximidades do Douro terem funcionado como importantes fundeadouros em época pré-romana e romana. Na verdade, as dificuldades da barra, dificultadas pela rede de penedias que se atravessavam na passagem, e os labirintos de percurso e assoreamento, teriam provocado certamente um número elevado de naufrágios, de recusas de acesso e de passagens ao largo. Associe-se a isto os processos precários de carga e descarga possivelmente efectuadas sobre pranchas que ligavam as embarcações aos cais de acostagem. Na barra, como referimos, a existência de penedias como ainda se vê na gravura de T. Maldonaldo, inserta na Descrição Topográfica e Histórica da Cidade do Porto, de Agostinho Rebelo da Costa, teria obrigado ainda à existência de um corpo de pilotos disponível para assegurar a entrada de embarcações estranhas, evitando eventuais naufrágios (Fig. 14).

Fig. 14 Gravura de T. Maldonado, incerta na descrição topográfica e histórica da cidade do Porto, de Agostinho Rebelo da Costa 55

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mister pera isso, nem convém que os Padres a essa conta padeçaõ tanto trabalho”.

De entre outros locais que funcionaram como ancoradouros destacam-se, pelas características físicas, os escolhos exteriores que funcionam como quebra mar natural conhecidos como Leixões da foz do Leça, actualmente centro portuário depois de afeiçoada a costa marítima para implantação do actual porto oceânico. A característica deste local, com a configuração natural de abrigo, juntamente com os Cavalos de Fão, em Esposende e a Ínsua de Caminha, foi já devidamente realçada em 1943 num trabalho realizado por J. O. Boléo e, mais recentemente, por Mª Luísa Blot (2003, p. 48 e 61). Citando Daveau (1995), esta última autora (Blot, 2003, p. 113) refere a importância deste local, destacando a transferência das principais funções portuárias para Leixões, em detrimento do porto fluvial no Douro pelo facto deste ultimo apresentar um estuário de dimensões inferiores, de possuir uma barra incerta e um porto fluvial inseguro em situação de cheias, contrário às exigências da modernidade. Destes dados se infere afinal que o porto ideal estava já delineado nas pedras conhecidas por “leixões”, que funcionavam, como vimos, como abrigo natural ao largo da pequena foz do Leça. Sem necessariamente ter existido um local de atracadouro, as maiores embarcações deviam arribar a Leixões para esperarem a entrada na caprichosa barra do Douro. As embarcações mais pequenas podiam ainda descarregar directamente no areal, na margem sul. De acordo com a transcrição de uma obra datada de 1666 publicada por Guilherme Felgueiras em 1958 na Monografia de Matosinhos (1958, p. 751), sabemos que o rio Leça era navegável até pelo menos à antiga ponte de Guifões, nas proximidades do povoado com o respectivo nome:

Segundo Joel Cleto e Manuel Varela (2000, p. 142-43), o povoado de Guifões, erguido na margem esquerda do curso fluvial do Leça, está situado muito próximo de uma zona que antes da construção do Porto de Leixões era ainda de estuário. Ainda segundo estes autores (2000, p. 142-43) esta localização privilegiada facilitou, desde cedo, a sua actividade comercial, sendo o principal entreposto em direcção a outros importantes povoados na bacia do rio e, inclusivamente, “lugar central” de outros pequenos povoados existentes nas proximidades. O estudo dos materiais anfóricos que temos vindo a realizar, proveniente das antigas escavações realizadas nos anos 1950 por Joaquim Neves dos Santos e das recentes escavações realizadas pelos autores supra citados, vem definitivamente corroborar o significado e a importância deste povoado como centro redistribuidor à escala regional. De entre estes materiais cabe destacar, de momento, o predominínio das ânforas Haltern 70 (cerca de 75 do total %), com cerca de 230 exemplares. Os locais de escala secundários ligados ao tráfego de pequena e grande cabotagem no actual território português situavam-se no litoral algarvio, como Castro Marim, Portimão e talvez Lagos; Sines e talvez a foz do rio Mira, na costa alentejana; Peniche, Alfeizerão, a foz do Mondego, e Cacia a norte do Tejo (Alarcão, 1990a, p. 432). A norte do Douro estes situavam-se na foz dos rios Ave, Cávado, Lima e Minho (este último ocasionalmente ligado à grande cabotagem). Na parte correspondente ao norte de Espanha, os portos secundários situavam-se nas embocaduras das rias de Arosa (A Lanzada, O Grove, Aguiño ou Ribera), CoruñaBetanzos-Ares-Ferrol (Corunha), OrtigueiraBarqueiro-Viveiro (Bares?) e talvez Ribadeo (vd. Naveiro López, 1991a, p. 127) (Fig. 15). A testemunhar a importância destes locais em época romana, temos a identificação dum naufrágio na ria de Arosa (Vilagarcía de Arousa, Pontevedra), onde se encontraram vestígios do lastro duma embarcação juntamente com fragmentos importados de ânforas vinárias (alguns dos quais com resina no interior) e outros fragmentos importados entre

“3. Navegavase nos tempos antepassados da sua fóz atê a Ponte de Guifoe~s, que nos fica mais assima: mas como esta passagem devassava o nosso recolhimento, a prohibiraõ os Reis. Ficou depois impedida com o assude das azenhas, que se fizeraõ abaixo, cujas condições, que nos importavão muito, nunqua forão bem guardadas. Saõ agora do Colegio da sagrada Companhia de Jesu no Porto, com o qual fizemos este concerto; que avendo de meter pera serviço dellas na sua caldeira barco, andará nelle hu~ Padre, qué nos vigie, & defenda a clausura: mas nem elle se ha 56

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Fig. 15 Vias fluviais. Rios mais importantes, cursos navegáveis e hipotéticas zonas de penetração (Naveiro López, 1991: 268). 57

O Comércio e os Meios de Transporte Utilizados

os quais terra sigillata do Sul da Gália (Luaces Anca e Toscano Novella, 1989a, p. 259-62). A intensificação das escavações urbanas a partir da década de 90 na cidade de Vigo (zona do Areal e “Casco Vello”) têm vindo a revelar a existência de um porto de comércio importante, com a função de armazenamento e redistribuição de produtos (Naveiro López, 1991a, p. 151-53; Pérez Losada, 2002, p. 264). A importância desta região era previsível dado o aparecimento de cerâmicas de proveniência púnica e meridional (povoados de Toralla e Castriño), datadas entre os séculos V e II a. C, e pela descoberta de vestígios subaquáticos - localizados no actual porto de Bouzas, nas imediações da “punta de San Gregorio” (Coia) e nas proximidades do pavilhão desportivo do R. C. Náutico - e ainda a provável existência dum naufrágio romano em “Cabo de Mar (Luaces Anca e Toscano Novella, 1989b, p. 12227; Carballo Arceo, Luaces Anca e Toscano Novella, 1998, p. 96 e 124). Em época romana, o povoado de Vigo ocupou também uma posição de destaque. As diversas campanhas de escavação ali realizadas têm fornecido grandes quantidades de materiais cerâmicos importados (Hidalgo Cuñarro, 1985a e b; 1987, p. 123134; 1989a, p. 47; 1989b, p. 279-91; 1991; Naveiro López, 1991a) e moedas (Centeno, 1987; Hidalgo Cuñarro, 1985a e b; 1989a, p. 48; Ferrer Sierra, 1996), que revelam a sua importância como lugar de intercâmbio e de recepção de produtos fabricados em distintos pontos do Império Romano. Muito provavelmente estes produtos foram desembarcados na conhecida praia do Areal, como parece demonstrarem os vestígios de ânforas dos séculos II a. C. a I d. C., que têm vindo a aparecer nas escavações efectuadas nesta zona (Carballo Arceo, Luaces Anca e Toscano Novella, 1998, p. 87). Estes vestígios, especialmente ânforas, associados a achados subaquáticos directamente relacionados com o tráfego comercial marítimo e os vestígios de uma indústria extractiva do sal, justificam, como já referimos, a posição de Vigo como um importante centro de armazenamento e redistribuição de produtos em toda a região do litoral do Noroeste peninsular e costa cantábrica (Pérez Losada, 2002, p. 264). A passagem do cabo Finisterra-ilhas Sigargas e cabo Prior-Estaca de Bares, representava, todavia, uma zona perigosa e difícil, dada a inflexão geográfica entre as correntes

atlântica e cantábrica, o que tornava aconselhável, para ambos os casos, passar bem longe da costa para evitar a forte marulhada que se levanta nas imediações dos bancos de pedra (Naveiro López, 1991a, p. 118; Maciñera, 1993, p. 220). Daqui até ao Cantábrico a costa torna-se progressivamente de mais difícil acesso, tendo apenas como pontos de abrigo o interior das designadas Rias Altas, com especial destaque para a já referida ria “múltipla” de Corunha-Betanzos-Ares-Ferrol que possui uma costa recortada (Naveiro López, 1991a, p. 116). Mais a norte as rias de Cedeira, Ortigueira, O Barqueiro e Viveiro, já referidas, representam o último refúgio antes de atingir a zona Cantábrica, ainda que as suas desembocaduras orientadas a norte apenas dêem segurança de navegação em condições meteorológicas favoráveis (1991a, p. 116). A continuidade de portos na costa este cantábrica está testemunhada pelas fontes que destacam a importância do Portus Amanum, do Portus Victoriae Iuliobrigensium e do Portus Blendium ou Portus Veseiasueca (Plínio, IV, 110 e ss.), locais que têm vindo a ser identificados como Castrourdiales, Santander e Nuances, respectivamente (vd. Martínez Maganto e Carreras Monfort, 1993, p. 102). Esta rota através da costa setentrional, de Brigantium até à região cantábrica, estava ligada à conhecida rota de Aude-Garona, também conhecida como a rota do istmo gálico (Braudel, 1949, p. 159). Partia de Narbona (Narbo Martius) e seguia o Aude, rio acima, até alcançar Toulouse (Tolosa) por via terrestre. Daqui, seguia o percurso do rio Garona até ao importante emporion de Bordéus (Burdigalia), desembarcando-se aí as mercadorias para alcançar a Britannia e todo o Noroeste peninsular, através duma navegação de cabotagem (Iglesias Gil, 1994, p. 70; Carreras Monfort, 2000a, p. 209). Por esta rota chegaram a terra sigillata do sul da Gália e das oficinas riojanas aos principais portos marítimos e fluviais da Gallaecia, e daqui até aos diferentes centros de consumo, por via fluvial e/ou terrestre. Em sentido inverso, a estes portos teria chegado o mineral proveniente das explorações mineiras, particularmente auríferas, da região galaica para ser conduzido para diferentes regiões do Império, através da rota atlântica ou da rota “cantabroaquitana” (Sáez Taboada, 2001, p. 262). 58

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Estas rotas estavam, naturalmente, condicionadas pelas correntes marítimas. Estas favorecem uma navegação no sentido este-oeste, na costa cantábrica, e no sentido norte-sul na costa atlântica, ainda que em certos períodos da Primavera a finais de Outono as condições climatéricas possam inverter o sentido das correntes (vd. Naveiro López, 1991a, p. 116-117, fig. 26). Na verdade, a sua eleição era também determinada por numerosos outros factores relacionados com as infra-estruturas, o custo, o tempo consumido, o risco das viagens e, inclusivamente, a própria rede viária. A sua escolha exigiu um mínimo de infra-estruturas para o transporte e armazenagem assim como sítios para a reparação de barcos, botes e carros, e pessoal para a carga e descarga naqueles pontos em que as mercadorias mudavam de meio de transporte. Por outras palavras, a própria navegação exigia, como vimos, instalações especiais para trasladar carregamentos e amarrar os barcos durante o inverno (portus) ou por certo período de tempo (statio). Apesar de parcos, os achados subaquáticos junto da actual costa portuguesa e galega representam documentos inequívocos da importância da rota atlântica e dos estuários em época romana, pelo menos em situações de fundeadouro ou de possíveis naufrágios. Estes testemunhos reunidos por Mª Luísa Blot (2003, p. 146-50), dizem respeito a uma série de vestígios dos quais destacámos a presença de cepos de âncora (vd. Alves et al., 1988-98, p. 116), alguns dos quais poderiam estar associados a embarcações entre 100 e 200 toneladas, equivalentes a uma capacidade média de cerca de 3.000 ânforas.

este, na sua desembocadura, tinha dois portos (III, 3, 4) existindo outro no território dos “ártabros” (III, 5, 11) (Blázquez, 1991, p. 31). A embocadura de um rio não faz parte deste, funciona antes como local de entrada, a dividir a terra do mar. Salvo raras excepções, a foz de um rio apenas pode funcionar como ponto de escala e não como local portuário, dado ser frequentemente uma zona de baixios repleta de seixos e lama provenientes da erosão das costas aluviais. Na verdade, o curso do rio é muito mais importante que a sua embocadura, pois constitui uma rota de acesso ao interior facilitada por locais favoráveis para a fixação de pontos de escala ou mesmo locais portuários que variavam, naturalmente, de acordo com a maior ou menor grandeza dum rio. Possuindo a foz dum rio aquelas características, normal seria que a trasfega dos produtos fosse efectuada por embarcações ligeiras a partir da carga das grandes embarcações. Lembremo-nos, a título de exemplo, que ainda no período de Augusto não havia um autêntico porto em Óstia. A embocadura do Tibre estava obstruída por barras de areia e bancos de argila, de tal modo que as embarcações se viam forçadas a largar âncora a certa distância da costa, onde os barcos fluviais iam recolher a mercadoria (Bonsor, 1989, p. 90). Seria só mais tarde, com o imperador Cláudio, que se construiu o porto de Óstia a partir de um canal que se escavou uns quatro quilómetros a norte da antiga embocadura, permitindo aos barcos maiores chegar até aos armazéns que se construíram em Roma para o efeito (1989, p. 90). Com a bacia hidrográfica mais extensa de todos os rios peninsulares (98 375 km2) o Douro (Durius) era navegável para grandes navios (Estr. III, 3, 4), em cerca de oitocentos estádios (correspondentes a cerca de 25 léguas, pouco menos de 150 km), encontrando-se o primeiro ponto fixo de navegação na cidade indígena de Acontia, “... pertencente aos Vaqueus”, segundo as palavras de Estrabão (III, 2, 3). Este limite corresponde a Barca d`Alva, situada na actual fronteira entre Portugal e Espanha. O restante percurso era realizado a partir de barcas movidas a remo, ajudadas por velas (Apiano, Ibér. 91). Na sua desembocadura situavam-se dois grandes núcleos populacionais, o enclave marítimo de Portus Cale (actual cidade de Vila Nova de Gaia), na margem meridional, e o núcleo urbano de Cale (actu-

3.3.2 As vias fluviais F. Izarra (1993, p. 27), citando A. Grenier, refere que aos olhos dos geógrafos da antiguidade, os rios eram uma espécie de braços do mar. Assim se compreende que para Estrabão os rios expostos à vertente atlântica representassem prolongamentos marítimos (1993, p. 27), dada a sua navegabilidade. A norte do Douro as desembocaduras dos rios Cávado, Lima e Minho acolhiam pequenos portos ou simples ancoradouros, o último dos quais testemunhado pela referência de Estrabão (III, 3, 4), que inequivocamente se lhe refere (Alarcão, 1990a, p. 433), dizendo que 59

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D. Iunius Brutus em 137 a. C., foi especificamente referido por Apiano (Ib., 73) e Estrabão (III, 3, 4) a propósito da sua navegabilidade. Num outeiro sobre a margem sul do rio, fica situado o povoado de Santo Estevão da Facha, com uma cronologia de ocupação desde o século IV a. C. até ao século VII (Almeida et al., 1981). Os diferentes materiais encontrados neste povoado revelam mais uma vez o importante papel dos povoados situados em posição estratégica na proximidade da foz de rios navegáveis e seu papel nas relações marítimas do Noroeste com outras regiões peninsulares e mediterrâneas. O rio Ave é conhecido, pelo menos para o período medieval e moderno, como um rio onde existiram distintos complexos portuários associados a pequenas povoações com clara função económica. A importância deste rio deve, no entanto, ser valorizada no contexto do comércio e abastecimento das zonas limítrofes deste curso fluvial, e no contexto do abastecimento da cidade de Braga em época romana (Lemos, 1999; Blot, 2003) já que era navegável até Caldas das Taipas, a cerca de 9 km de Braga (Lemos, 1999; Blot, 2003, p. 178). No que diz directamente respeito ao abastecimento da cidade romana de Bracara Augusta e território circundante, a importância do rio Cávado foi primordial. É possível que em época romana os maiores navios também tivessem descarregado parte das suas mercadorias no rio Cávado, na chamada Cala, zona profunda e guarnecida por escolhos exteriores (funcionando como quebra mar natural) que fica entre os “Cavalos de Fão” e a costa, no lado Sul da barra de Esposende. Com grande probabilidade, seria nesta área, entre os Cavalos e a costa, que a maior parte das embarcações romanas de maior calado davam fundo e realizavam a aguada, a salvo de qualquer percalço, se fossem conhecedoras, ao pormenor, dos baixios que a circundam e dos ciclos de invernia. Este local, funcionando como um verdadeiro ancoradouro, poderia ainda ter servido como local de escala para a espera de ventos favoráveis e, em último recurso, de apoio às navegações nocturnas. De facto, este termo, de origem latina, figura entre outros termos utilizados no Itinerarium Antonini (Rickman, 1996, p. 284) para distinguir os espaços portuários consoante as condições naturais ou de equipamentos. O conhecimento e uso deste

al cidade do Porto), na margem setentrional (provavelmente, Porto era Cale e Gaia, Portus Cale; só na época suévica se terá chamado Portus Cale ao Porto). Quanto à navegabilidade do rio Minho existem numerosas referências dos autores clássicos, desde Estrabão, Plínio, Apiano e Pomponio Mela. De entre estes destaca-se Estrabão (III, 3, 4) – denominando-o Bainis ou Minius - quando refere que este era navegável até cerca de 800 estádios (150 km) a partir da sua foz, na qual existia uma ilha com dois molhes que formavam docas. A distância de 800 estádios leva-nos, na sua confluência com o Sil, até à actual Belesar, a menos de 70 km de Lugo. A navegabilidade do Minho está ainda documentada pelos portos de Caminha, Valença e Vila Nova de Cerveira, que tiveram ao longo da história uma importância bem documentada (Cortesão, 1958-1962; Ribeiro, 1977; Blot, 2003) e pelos vestígios encontrados na periferia urbana de Tui. Aqui se preservam os vestígios da antiga Tude ou Tyde romana que se constituiu capital de civitas posteriormente à época flávia (Pérez Losada, 2002, p. 63-64). À semelhança de outros aglomerados costeiros ou fluviais, constava, provavelmente, de instalações portuárias, quer de apoio comercial, quer de apoio à navegação (2002, p. 87 e 337). Um dos sítios mais representativos da navegabilidade do Minho e sua relação com a via atlântica é o povoado de Santa Tecla. Este povoado, com uma situação privilegiada na foz do rio, tem proporcionado um conjunto significativo de materiais importados de procedências variadas e com ampla cronologia (Naveiro López, 1986, p. 44). Aqui, os objectos recuperados mostram a importância do comércio de importações, com grande quantidade de fragmentos de ânforas vinárias, terra sigillata, lucernas de volutas, vidro, moedas, etc, frente a uma reduzida percentagem de produções metalúrgicas e de cerâmicas locais (Peña Santos, 1989, p. 70; 1991, p. 68). É, no entanto, aceitável que em época romana os maiores navios, para além de se dirigirem aos “portos de escala” dos rios Douro e Minho, também descarregassem parte das suas mercadorias noutras bacias hidrográficas, como a dos rios Lima, Ave e Cávado (Fig. 16 A e B). O rio Lima, provavelmente associado ao episódio da passagem das tropas do procônsul 60

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Fig. 16 A Mapa da rede viária e fluvial.

Fig. 16 B Pormenor do posicionamento de Bracara Augusta no contexto dos cursos fluviais dos rios Cávado e Ave. 61

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local pelos romanos parece ainda corroborado pela curiosa referência de Pinho Leal (1979, p. 462) quando diz que os romanos lhe chamavam “Promontório Avaro”. Por todos estes aspectos, parece imprescindível a realização de uma intervenção subaquática neste local que permita melhor inferir a sua importância no contexto do comércio da região e, em particular, a sua relação com a cidade que imediatamente dele beneficiava. Esta situação não é, todavia, contrária à existência de um outro porto fluvial no rio Cávado, nas proximidades imediatas de Bracara Augusta. Todavia, a sua localização continua por resolver. Na verdade, os vestígios materiais de tipo portuário poderão nunca ter existido se aceitarmos, como acima referimos, o transbordo de produtos efectuado por pequenas embarcações de cabotagem e “barcas de serviço” na chamada Cala, especializadas no vaivém até à zona de ancoradouro. É no entanto possível que o transvase dos produtos para os veículos de tracção animal se efectuasse também por meio de pequenas rampas para facilitar a aproximação dos veículos no acto de carregar e descarregar as embarcações e o embarque e desembarque de pessoas. Não se deve afastar ainda a possibilidade de algumas destas pequenas embarcações terem funcionado como serviço de reboque fluvial e de sirga que, quer por tracção animal, quer humana, praticada ao longo das margens, permitia o acesso directo de alguns navios de porte médio até onde o calado o permitisse. Estes carregavam no rio, possivelmente na actual zona de Barca do Lago, para depois estivar na Cala (Fig. 17).

Segundo Jerónimo Contador de Argote em “Memórias para a História Eclesiástica do Arcebispado de Braga (1732-4, p. 867 e 872)”, o Cávado, suprimidas que fossem as azenhas e pesqueiros, seria navegável durante todo o ano até Afurada (perto de Vilar de Frades). Por sua vez, Albano Belino (1896, p. 50) admite que a navegação do Cávado poderia ir mais a montante e prolongar-se em direcção a Braga pela regularização e conversão em canal de um dos seus afluentes, o rio Córrado, hoje conhecido como o rio Torto. M. J. Machado (1953, p. 26063) admite que, a ter existido este canal ele prolongar-se-ia pelo leito do ribeiro de Castro, fixando em Dume o porto fluvial. Contrariando estas duas últimas hipóteses, Vasco Gil Mantas (1996, p. 905) afirma que a localização do porto de Braga continua por determinar. Entretanto, faz referência ao topónimo “Furada”, que localiza a cerca de 5 km de Braga, admitindo que ele possa ter correspondido ao referido porto. Ora, acontece que, na folha nº 69 da carta militar de Portugal na escala de 1: 25 000, não encontramos nenhum topónimo com esta designação, a cerca de 5 Km de Braga. Encontrámos sim, a cerca de 9 Km de Braga (em linha recta), o topónimo Afurada, no concelho de Barcelos, próximo de Areal de Caíde, coincidente com a referência de Argote. Assim, pensamos que, no rio Cávado, a navegação a montante não iria para além da zona de Areal de Caíde, atendendo ao encaixe e desnível que o rio Cávado aí apresenta, impossibilitando a navegabilidade (a confirmá-lo, a construção de um pequena hídrica, a “Central Hidro-Eléctrica da Penida” que, a partir de 1914, passou a abastecer a cidade de Braga de energia eléctrica) (Fig. 18). Não sendo possível o transbordo de produtos a montante deste rio, parece-nos provável que os produtos chegados a Areal de Caíde ou, um pouco mais a jusante, na zona da Barca do Lago – o que poderá explicar a densidade de vestígios romanos assinalados por Brochado de Almeida (1996) - seguissem por via terrestre, percorrendo pouco mais de uma dezena de quilómetros até entrarem na cidade, por uma estrada secundária que deveria ter existido ao longo da margem esquerda do Cávado (Mantas, 1996, p. 903-908). Esta é uma das três estradas transversais pertencentes a uma rede de cinco estradas secundárias, a ocidente do eixo Bracara-Cale, cuja localização e importância são realçadas por Vasco Gil Mantas.

Fig. 17 Ampliação do fotograma nº 5002, 1946, Esc. 1:33.000, no qual é visível o sítio da Barca do Lago, sendo igualmente perceptíveis as linhas de muralha do castro com o mesmo nome. 62

Fig. 18 - Mapa do curso do Cávado com a localização dos sítios de Areias de Vilar, Areal do Caíde e Afurada. Esc. 1:100.000

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Como referimos, seria por mudas sucessivas que os “comboios” de animais de carga, carros, e barcas de ribeira transportavam os produtos importados e também colectavam, nas suas proximidades, os excedentes oriundos dos campos. Neste ponto, se atendermos à estrutura viária de época romana, facilmente depreendemos que, para além das vias terrestres, das pontes e de vaus, existiam as chamadas barcas de passagem. A este propósito, Alberto Sampaio, na sua obra Estudos históricos e económicos (1923, p. 266-67), refere um conjunto de palavras que designavam embarcações nos antigos documentos medievais, algumas das quais com uma nítida origem latina, como sejam, “baixel” de vascellum, “caravela” de carabus no diminutivo, “nau” e “nave” de navis, “pinácia” de pinacea e “barca” de barca. Na generalidade, estas embarcações, de pequenas e médias dimensões, serviam para facilitar as comunicações entre as margens dos rios, indispensáveis no transporte de pessoas, animais e mercadorias, favorecendo assim o comércio e o abastecimento das comunidades. No entanto, as barcas de passagem nem sempre tinham locais de acostagem fixos já que as transformações dos leitos dos rios (cheias, secas, obras diversas, etc.), obrigavam a fixar outros locais mais adequados. Seria normal, por isso, que existissem barcas de passagem que acostavam no verão num local e no inverno noutro. Parece-nos, todavia, que mesmo em época romana estes locais tinham que estar dotados de condições de segurança para as manobras de atracagem e saída das barcas, e de instalações minimamente válidas para permitir a entrada e saída de mercadorias, pessoas e animais. Dada a dificuldade de identificação destas instalações de natureza rudimentar no contexto do abastecimento da cidade de Bracara Augusta devemos recorrer a outro tipo de vestígios a estes associados, como sejam a existência de vias, miliários ou mesmo edifícios relacionados com o trânsito viário, que pela sua localização possam pressupor a utilização de barcas fluviais e pequenas instalações a estas associadas. A importância económica que este tipo de embarcações adquiriu está documentado nalguns documentos medievais. Sabemos, por exemplo, que no século XII Dª Teresa, Rainha de Portugal, concedeu ao Bispo de Tuy o

privilégio das barcas de passagem no porto de Tuy e a maioria das pesqueiras no rio Minho (Iglesias Almeida, 1988, p. 10). Como possível exemplo dum local de época romana onde provavelmente existiam barcas de passagem e instalações associadas é o sítio conhecido como Alto da Ponte – Antas (S. Paio), situado numa pequena colina, sobranceiro ao rio Neiva. Para Brochado de Almeida (1996, p. 24-25), a hipótese mais viável é que se trate dum edifício relacionado com o trânsito viário. Segundo o autor (1996, p. 24-25), a travessia do rio, que neste lugar tem margens altas, far-se-ia de barco dada a proximidade do mar e o caudal que não permitia uma travessia a vau. O que certamente se pode aceitar é que, pelo menos durante os meses de Inverno, a transposição de mercadorias, pessoas e animais exigiria a presença de barcas de passagem indispensáveis a uma travessia segura. No rio Cávado sabemos, também, da existência de barcas no local da Barca do Lago até cerca de meados do séc. XX. Quando não havia ponte em Fão, a ligação litoral do Sul com o Norte do País fazia-se através destas barcas: aqui fazia escala o Mala-Posta (Manuel de Boaventura, o famoso “Zé do Telhado”), e por aqui passaram a partir do séc. XVI, os peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, entre os quais o próprio rei D. Manuel (Macedo e Figueiredo, 1996, p. 12 e 43). Do exposto podemos depreender que Bracara Augusta, à semelhança da maioria dos portos no Mediterrâneo ocidental e costa atlântica, possuía um enclave costeiro no curso do Cávado e a certa distância da sua foz, e como vimos, possivelmente na actual zona de Barca do Lago. Esta situação interior atenuava as dificuldades logísticas de uma posição em oceano aberto e estaria menos condicionada pela amplitude das marés. Tal circunstância está, aliás, de acordo com os conselhos de autores antigos, como por exemplo Vitrúvio, que aconselhava a não se construírem portos em zonas invadidas por aluviões como a foz dos grandes rios (vd. Blackman, 1982) e, indirectamente, por Estrabão, quando refere as desvantagens da posição do porto de Óstia, sujeito que estava a processos de assoreamento (vd. Meiggs, 1997). De facto, Bracara Augusta, à semelhança de outras cidades como Talabriga, Conimbriga, Aeminium, Eburobrittium, Scallabis, Sellium (vd. Blot, 2003), Salacia e Myrtilis, beneficiava 64

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

A reorganização administrativa realizada por Augusto e a definitiva divisão tripartida das províncias da Hispânia fizeram da construção de vias uma tarefa provincial que, em linhas gerais, tratava de unir entre si as capitais de província, e estas com Roma, o centro do Império,. De facto, um dos elementos geo-políticos de maior importância para o conhecimento do panorama económico e social é constituído pela rede viária, através da qual se realizou o intercâmbio de ideias e mercadorias (Blázquez, 1975, p. 294). Neste sentido, os vestígios arqueológicos do período de Augusto e da época Júlio-Cláudia são uma prova da evolução de um sistema viário que gradualmente perde a sua função militar para adquirir uma função preferencialmente administrativa, comercial e de integração da população indígena. Compreende-se assim que uma cidade como Bracara Augusta, cujo sítio se localiza a alguma distância do litoral e das grandes vias fluviais, se situe na intersecção de dois eixos que anteriormente haviam servido as populações proto-históricas (um atlântico oriundo do vale do Tejo e um outro que ligava a Meseta à Orla Marítima) e simultaneamente tenha empreendido a construção de vias secundárias destinadas a ligar essas grandes vias de circulação com o seu centro, justificando assim a “centralidade” da cidade que a tornará num dos “epicentros” fundamentais da rede viária do Noroeste peninsular e um mercado privilegiado da região (Martins, 1996a, p. 187). Bracara Augusta, ligada às principais cidades do Noroeste e ao Sul da Península por uma vasta rede viária, desde cedo se tornou centro viário como testemunham, para além dos dados epigráficos, algumas referências em várias fontes literárias antigas, especialmente os itinerários viários, com destaque para o conhecido Itinerarium Antonini Augusti. Nesta obra, cuja redacção deve situar-se nos inícios do séc. III, são mencionadas trinta e quatro vias da Península, com as suas distâncias totais do ponto de partida ao final e as parciais entre mansio e mansio, ou seja, entre os pontos que indicavam jornadas de marcha e que serviam de lugar de descanso e troca de animais. Este itinerarium indica, para além da via XVI, que ligava Bracara a Olisipo, três outras vias que se destinavam a Asturica Augusta: a via XIX,

de um tráfego marítimo-fluvial, utilizando as vias aquáticas até onde fosse possível navegar, posteriormente complementado pela diversidade de eixos viários terrestres que completavam o percurso. Bracara Augusta enquadra-se assim no tipo de cidades entendidas por Carlos Fabião (1998, p. 176) como beneficiárias de “circuitos secundários de distribuição, efectuados a partir de pontos de recepção nas áreas costeiras, ou alcançáveis por cursos de água navegáveis”. A corroborar a posição geo-estratégica destas artérias fluviais e terrestres temos ainda a documentação medieval que revela a continuidade de uso destas rotas. Sabemos, por exemplo, da continuidade da utilização náutica da barra de Esposende pelas Inquirições de 1258 e do benefício das propriedades das igrejas situadas no litoral, entre as quais os mosteiros, situados em Ponte de Lima, Cávado (Mattoso, Falcão e Ferreira, 1985, p. 231-46; Blot, 2003) e na foz do Rio Ave (em Vila do Conde) (Freitas, 1989; Blot, 2003, p. 101). Sabemos ainda que o sítio de Esposende foi posteriormente reconhecido como local de construção naval e navegação, recebendo em meados do século XVI navios de alto bordo (Amândio, 1994; Felgueiras, 1997, p. 192), e funcionando ainda no século XVIII como um porto de comércio muito intenso (Amândio, 1994; Blot, 2003, p. 116-17 e 173-174, Fig. 51). A demonstrá-lo ainda a existência de documentos cartográficos datados de 1612 e 1648 que inequivocamente o comprovam (vd. Blot, 2003, p. 27, Est. 6). 3.3.3 As vias terrestres e a importância da via per loca maritima ou via XX do Itinerário de Antonino Ainda que favorecendo o desenvolvimento das comunicações entre pessoas e, de certo modo, a circulação dos bens que não eram susceptíveis de ser trasladados por outras vias mais económicas, como as de navegação, a função principal das vias terrestres foi sobretudo a administrativa. Ao favorecer a transmissão de ordens e notícias através do serviço do cursus publicus, e como tal provida de toda uma série de sítios destinados ao descanso dos viajantes (mutationes, mansiones, praetoria, tabernae...), estas converteram-se num poderoso meio de unificação política. 65

O Comércio e os Meios de Transporte Utilizados

De entre estas queremos destacar a importância da via per loca maritima ou via XX acima referida, dada a sua importância no contexto do comércio marítimo-fluvial do Noroeste peninsular. Esta via, à semelhança da via XIX, partia de Bracara Augusta e fazia ligação com as restantes duas capitais conventuais, Lucus e Asturica. A partir de Bracara e até chegar a Asturica o Itinerário assinala as seguintes mansiones: Aquis Celenis, Vicus Caporum, Ad Duos Pontes, Glandimiro, Atricondo, Brigantium, Caranico, Lucus Augusti, Timalino, Ponte Neviae, Uttaris e Bergido. A viabilidade desta rota era, naturalmente, função dos meios de transporte utilizados, quer aquáticos, quer terrestres e da estreita ligação dos traçados terrestres com os portos marítimos e fluviais, de forma a tornar-se mais económica.

que seguia por Ponte de Lima (Limia) e passava por Tuy e Lucus Augusti; a via XVII, para Aquae Flaviae e uma terceira construída cerca de 80 d. C. por Tito e Domiciano; a via XVIII, denominada Via Nova nos miliários, referida duas vezes na Cosmografia do Anónimo de Ravenna (ou Ravenate), fonte tardia, seguramente do séc. VII, que lhe chama Augusta Bracaria e que passava pela Portela do Homem e actual província de Orense (Mantas, 1996: 666). O Itinerarium faz ainda referência a uma outra via que ligava as cidades augústeas de Braga e Astorga, a via per loca maritima ou via XX que incluía Brigantium (Corunha) no seu percurso (Mantas, 1994, p. 228-30; Ferrer Sierra, 1995, p. 80; Franco Maside, 2001, p. 21748; Sáez Taboada, 2001, p. 249-67). Uma outra via não citada no referido itinerário correspondia à via que, de Bracara Augusta, conduzia a Emerita, por Viseu e Egitania (Figs. 19 e 20).

Fig. 19 Mapa simplificado da rede viária romana da Península Ibérica, no qual se representa as principais vias que faziam ligação a Bracara Augusta. 66

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Com a designação, per loca maritima, esta via, mista no seu percurso, seguia - na totalidade da franja ocidental e a noroeste da antiga Gallaecia - um traçado preferencialmente costeiro até chegar a Glandimiro, a partir da qual se fazia uma inflexão pelo interior até Lucus Augusti. A partir desta rota natural e principal juntavam-se vias secundárias que utilizavam os interflúvios dos maiores rios, como ficou demonstrado pelos estudos de R. Maria Franco Maside para o território galego: nestes estudos (vd. 2000, p. 143-70; 2001, p. 234) a autora assinala um conjunto de sítios que podem ser testemunho de locais de contacto e transição desta via com as referidas vias secundárias e destas com as vias denominadas “terciárias”. Este conjunto de vias favorecia, naturalmente, a influência marítima em áreas do interior e condicionou a disposição de vilas ao longo do litoral (especialmente dedicadas

à salga de peixe) que corroboram a importância deste traçado em época romana (2001, p. 241). No contexto do conventus Bracaraugustanus é também relevante a existência de pequenos centros de redistribuição de produtos directamente ligados à via per loca maritima e à rede viária secundária. Estão neste caso, e apenas a título de exemplo, os chamados “castros agrícolas” de Outeiro dos Picoutos ou da Felícia (freguesia de Fonte Boa – Esposende) e Forte de Lobelhe (Vila Nova de Cerveira). O primeiro situa-se no lugar da Barca do Lago, num pequeno outeiro debruçado sobre o Rio Cávado (Almeida, 1996, p. 194), a jusante da cidade de Barcelos. Na vertente poente deste povoado passava a via per loca maritima (futura “via veteris”) que fazia a ligação pelo litoral entre o Norte e o Sul do Minho, designadamente, entre Cale, Ponte de Ave, Rates, Viana do Castelo e Caminha (1996; 1998, p. 37).

Fig. 20 - Necrópoles e vias de Bracara Augusta. 67

O Comércio e os Meios de Transporte Utilizados

O segundo, a uma distância considerável da cidade de Bracara Augusta, é também um exemplo elucidativo, dada a sua motivação, localização e espólio dum núcleo habitacional da época romana com evidente função económica e em estreita ligação com a navegação marítimo-fluvial. Trata-se de um povoado da época de Augusto, situado sobre um pequeno outeiro que permitia a acostagem de todo o tipo de barcos que o demandassem e, muito provavelmente, junto à via per loca maritima. Esta excelente posição geográfica pode explicar que este se tenha transformado numa villa ou num vicus (1996, p. 304; 2000, p. 106-107) entre os finais do século I e os inícios do século II (2000, p. 108). Tratando-se de uma ou outra possibilidade, a verdade é que, tendo em conta as estruturas que têm vindo a ser descobertas pelas escavações e a variedade e riqueza de espólio, sobretudo de cerâmicas de importação (paredes finas, terra sigillata de tipo itálico, do sul da Gália e hispânicas) e cerâmicas regionais (bracarenses, cinzentas finas) associadas a cerca de uma centena de ânforas, predominantemente Haltern 70 (1996, p. 304), este local teria servido como entreposto comercial. Tal ficou demonstrado pela existência (1996, p. 304) de um compartimento que serviu de armazém para ânforas e pela recente descoberta de um pequeno porto actualmente sob um dos pilares da ponte fluvial aí construída. Este local foi também certamente importante como centro redistribuidor e foi também com alguma probabilidade local de escoamento do minério extraído das minas de ouro e estanho da freguesia de Covas (1996, p. 304 e 429; 2000, p. 106-107). Estes dados podem ainda ser indicativos de estarmos perante um pequeno aglomerado secundário, que pela sua posição geográfica tenha tido no período alto-imperial uma função comercial, como ponto de armazenamento, tráfego, intercâmbio, compra e venda de bens (agrícolas e manufacturados). A via per loca maritima foi estruturante no desenvolvimento económico e comercial da cidade. Como vimos, esta via partia de Bracara Augusta e, à semelhança da via XIX do Itinerário de Antonino, fazia ligação às restantes duas capitais conventuais, Lucus e Asturica. A via partia então da cidade através de uma estrada secundária que deveria ter existido ao

longo da margem esquerda do Cávado (Mantas, 1996, p. 903-906), até Areal de Caíde ou, um pouco mais a jusante, na zona da Barca do Lago (Morais, 1998, p. 19, 20, fig. 6 e p. 21), seguindo muito provavelmente o curso do rio até Barcelos e Esposende. De Esposende esta via seguiria então para norte em direcção a Caminha (Aquis Celenis?), na confluência do Minho e o Atlântico. Este percurso parecenos, de momento, o mais credível se aceitarmos que este trajecto misto teria como função prioritária servir os interesses económicos dos sítios situados na confluência das rotas marítimo-fluviais. Os povoados de Alto da Pena, do Facho e de Cristelo (Silva, 1986, p. 69) e o povoado de Santa Tecla situado na outra margem do rio Minho (Peña Santos, 1989; 1991; Fernández Rodríguez, 1995) são testemunho, pelo conjunto de materiais encontrados, da inserção desta região na rota do comércio romano por via marítima. De entre os referidos materiais devem destacar-se os numismas (Centeno, 1987, p. 132; Cavada Nieto, 1992a; 1992b; Ferrer Sierra, 1996, p. 440) e as ânforas de origem bética (Díaz Alvarez, 1984, p. 206; Peña Santos, 1989; 1991; Paiva, 1993; Fernández Rodríguez, 1995). Para além da importância da via per loca maritima e das outras vias principais, Bracara Augusta e o seu território dependiam necessariamente, também, de uma série de estradas consideradas secundárias, as chamadas viae vicinales, que poderiam ter retomado os caminhos proto-históricos (dos povoados para a costa ou ao longo dos rios) e que, melhoradas em época romana, se ajustariam aos novos padrões de povoamento e aos interesses específicos da sua administração. Estas estariam sob a tutela dos poderes políticos da cidade que, naturalmente, se encarregaram da sua construção e posterior conservação. A intercomunicação e complementaridade destas vias existentes no conventus bracaraugustano fazia-se ainda através de outra rede de pequenas vias privadas, viae privatae, constituídas por uma série de carreiros e caminhos rurais que garantiam o acesso às diferentes propriedades agrárias existentes na região. O estudo destas vias tem sido particularmente enriquecido pelos trabalhos realizados a partir de documentos medievais, 68

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

3.4.1 As inscrições

dos quais se destaca um estudo de há longa data realizado por Carlos Alberto Ferreira de Almeida (1968) na sua dissertação de licenciatura. Aqui este autor explora com rigor e sabedoria as diferentes referências a cartas de doação, cartas régias, testamentos, compra, troca ou venda de propriedades, etc, com preciosas indicações toponímicas essenciais para a identificação destas antigas vias romanas. No contexto do actual território português, estudos mais recentes, resultantes de teses de doutoramento defendidas em 1996, por Carlos Alberto Brochado de Almeida sobre o Povoamento romano do litoral minhoto entre o Cávado e o Minho” (1996) e por Vasco Gil Mantas, sobre a A rede viária romana da faixa atlântica entre Lisboa e Braga (1996), representam dois contributos fundamentais para situar com maior rigor o conjunto de vias principais e secundárias relacionadas com a cidade.

No colóquio organizado em Novembro de 1995 sobre “a rede viária da Gallecia” e publicado com data de 1995/96, destaca-se um conjunto de artigos relacionados com a via XVIII, referida no já mencionado Itinerário de Antonino. A partir de então outros trabalhos de síntese têm sido produzidos no âmbito do projecto de salvamento de Bracara Augusta, dentre os quais se destaca um estudo de Francisco Sande Lemos (2002, p. 95-127), dando conta de pequenas intervenções arqueológicas que permitiram documentar antigos caminhos romanos relacionados com viae vicinales e privatae.

A função de mercado privilegiado que a cidade desde cedo exerceu está bem documentada por um conjunto de inscrições consagradas a divindades estreitamente ligadas ao mundo marítimo e à protecção dos viajantes e suas travessias. Referimo-nos a uma inscrição com dedicatória a Mercúrio, encontrada num muro da cerca do Seminário de Santiago em Braga (Tranoy, 1981, p. 315; Santos, Le Roux e Tranoy, 1983, p. 188, nº 8; Est. IV, nº 10), actualmente em depósito no respectivo museu, e três outras inscrições dedicadas a dividindades menores, aos Lares Viales (CIL, II, 2417; AE, 1973: 310), uma das quais ainda inédita. O papel económico da cidade está, no entanto, especialmente bem documentado por duas inscrições: uma (CIL, II, 2413 = ILER, 547) consagrada ao Genius do edifício do mercado (Genius Macelli) e outra (CIL, II, 2423) dedicada, na época de Cláudio, a Caius Caetronius Miccio pelos cidadãos romanos que negociavam em Bracara Augusta (cives Romani qui negotiantur Bracaraugusta). Da do Genius Macelli, hoje desaparecida, dá notícia Jerónimo Contador de Argote (1732-34, p. 227): “Da família Flavia Vrbica se acha outra Memoria notavel em Braga, a qual se encontrou ha pouco tempo na parede do Cruzeiro da Sé, da parte do Evangelho, aonde agora está a Capella de Nossa Senhora das Angustias. Manoel Fernando, Mestre Pedreiro da obra, a levou para sua casa, onde a conserva. Do seu feitio se vê foy base de estatua, e diz a Inscrição assim:

3.4 O CONTRIBUTO DA EPIGRAFIA

GENIO/MACELLI/FLAVIVS/VRBICIO/EX VOTO/POSVIT/SACRVM”.

O estudo da epigrafia no contexto do comércio é fundamental para o entendimento da economia duma cidade. Gostaríamos, pois, de saber até que ponto as epígrafes latinas de Bracara Augusta nos esclarecem acerca da vida económica e, sobretudo, acerca da sua evolução urbana no contexto do Noroeste peninsular. No entanto, ao consultarmos o actual corpus de inscrições urbanas, desde logo nos apercebemos da extrema dificuldade em deduzir, a partir deles, testemunhos sobre a vida económica.

A outra, procedente da Capela de Sta Ana em Braga, encontra-se depositada no Museu D. Diogo de Sousa (Fig. 21). A transcrição integral desta inscrição, de carácter honorífico, foi efectuada por Géza Alföldy (1966, p. 367) que dela lhe dá a seguinte interpretação: “ A Caius Caetronius Miccio, filho de Caius, da tribo Camília, ao tribuno do povo, pretor, legado imperial na Hispânia Citerior, legado imperial da Legião II Augusta, procônsul da província Bética, prefeito do erário militar, pre69

O Comércio e os Meios de Transporte Utilizados

Fig. 21 Estado da inscrição no momento em que foi lida por G. Alföldy. Reconstituição da inscrição proposta por G. Alföldy feito para a exacção dos restos dos tributos a cobrar para o erário do povo romano – os cidadãos romanos que negoceiam em Bracaraugusta”.

de tais funções pelo próprio imperador, Tibério (Tranoy, 1981, p. 163). Sabemos também (Alföldy, 1966, p. 372) que fez parte do “cursus” senatorial de Caius Caetronius Miccio o cargo exercido como procônsul da província senatorial da Bética, cerca do ano de 37, talvez 37-38. Particularmente interessante foi o último cargo exercido por este senador: após a prefeitura do erário militar, foi praefectus reliquorum exigendorum populi Romani (título aqui pela única vez testemunhado na epigrafia romana), com a função de tomar ao seu cuidado a exacção dos saldos das contribuições destinadas ao aerarium populi (1966, p. 370-1).

Para o estudo da estrutura económica da cidade nos inícios da época imperial, a inscrição é, pois, especialmente significativa: a referência específica à existência de negotiatores que dedicam uma lápide a C. Caetronius Miccio vem redimensionar o papel da cidade de Bracara Augusta no contexto do Noroeste peninsular. 3.4.2 A figura de C. Caetronius Miccio e a existência de negotiatores 3.4.2.1 C. Caetronius Miccio: a evolução política de um cidadão

3.4.2.2 C. Caetronius Miccio: os cargos assumidos e seu significado

Como refere Géza Alföldy (1966, p. 372), “ os negociantes romanos que negoceiam em Bracara Augusta” erigiram uma lápide em honra de Caius Caetronius Miccio considerando-o, talvez, seu patrono, em consequência das actividades económicas e financeiras por ele desenvolvidas, na condição de legatus Augusti Hispaniae Citerioris, aquando do seu primeiro cargo pretoriano, exercido por volta do ano 32 (ou, talvez, já anteriormente), com a função de substituir o governador L. Arruntius, afastado

A substituição de L. Arruntius por C. Caetronius Miccio, inserida na tentativa de impedir os abusos e arbitrariedades dos governantes nas províncias (Tovar, 1975b, p. 124), ficou famosa na Antiguidade (Tác. An. VI 27, Hist. II, 65) dado tratar-se do afastamento, por cerca de dez anos, dum personagem de categoria consular. Como consequência daquele “ostracismo”, C. Caetronius Miccio pôde usufruir, como legatus do Imperador, dum estatu70

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

to privilegiado, ficando com a jurisdição civil da cidade e substituindo o procônsul em todas as suas actividades. A ascensão de Caius Caetronius Miccio (Alföldy, 1966, p. 372) ao proconsulado da província senatorial da Bética teve também pleno significado. Este cargo, atribuído por sorteio a pessoas que anteriormente tivessem exercido na sua carreira política uma prefeitura, permitiu-lhe o controlo civil e político – e, por consequência, seguramente económico – de toda a província da Bética. Na verdade, a figura de um procurador - apesar de se tratar de um cargo eminentemente associado à política administrativa da antiga República – representava, agora, um elemento essencial da burocracia imperial que, ao delegar o controlo financeiro a elementos da ordem equestre, controlava, desta forma, determinados recursos, como sejam a administração das minas ou a recolha de determinados impostos. Entre estes, podemos citar os impostos relativos à vigesima hereditatium (5% sobre as heranças), à vigesima libertatis (5% sobre a passagem de um escravo a liberto) e ao sítio de 2% sobre as importações, imposto conhecido como quagesima ou portorium (González Román, 1995, p. 28). Tendo em conta o contexto conhecido dum comércio activo e permanente de Bracara Augusta com a província da Bética, durante o séc. I, induzido dos materiais arqueológicos, não é de excluir a influência benéfica por ele exercida nas relações comerciais com aquela província. É neste contexto que assume particular relevância, como atrás se disse, o exercício do cargo de praefectus reliquorum exigendorum populi Romani dada a actividade desenvolvida e sabendo nós que os negotiatores podiam usufruir - como beneficiários directos dos imperadores que os encorajavam a investir no comércio - da isenção dos munera e honores publici, caso estimulassem a importação de bens e investissem metade das suas fortunas (Sirks, 1991, p. 395-97 e 412); podemos admitir que estes tenham erigido a lápide na tentativa de vir a beneficiar de tais isenções. Não se deve afastar, ainda, a possibilidade de estes negotiatores pretenderem vir a ser magistrados locais, à semelhança de outros casos conhecidos do mundo romano peninsular, designadamente os de Gaius e Aquinus Mela

(Blázquez, 1975, p. 207-208), grandes homens de negócios que exploravam as minas hispânicas no final da República. 3.4.2.3 Os negotiatores: problemáticas relativas à sua proveniência e situação social Negotiator é um termo de significado muito lato: representa aquele que actua, que é activo, que pratica os negotia (Valencia Hernández, 1989-90, p. 205; 1992, p. 101). O negotiator é um cidadão romano ligado aos meios dirigentes que exerce uma actividade muito diversificada (política, financeira, bancária ou comercial), em particular nas províncias (Feuvrier-Prevotat, 1981, not. 38; García Brosa, 1999, p. 184). Na generalidade, são recordados como pertencentes a um grupo definido pela sua actividade comercial e financeira, embora pouco se saiba acerca da sua proveniência e situação social. Na época republicana, o termo negotiator difere do de mercator: o primeiro indicava um comerciante de modestos recursos económicos, o segundo um rico e poderoso homem de negócios. A partir, pelo menos, da 2ª metade do séc. I d. C., os dois termos tendem, porém, a confundir-se e a ser usados indiferentemente para indicar comerciantes (Colavitti, 1999, p. 21). Regra geral, o termo negotiator refere-se, todavia, a vendedores sedentários, mercadores de grande escala que participavam no comércio marítimo (Tácito, Annales, XII, 51), a chamada magna mercatura, sobretudo em questões financeiras (Rougé, 1966, p. 274-83; Jones, 1974; Kneissel, 1983): alugavam barcos e emprestavam dinheiro, mas não costumavam viajar com as mercadorias, delegando estas funções a outros comerciantes (Tácito, Annales, II, 87), os publicani (os contratistas públicos da época republicana), que mantinham relações com a administração imperial (Badian, 1972; Cinna, 1981). Os achados epigráficos relativos ao porto de Óstia e seu fórum (Piazzale delle Corporazioni) são demonstrativos de como os negotiatores se organizavam em associações para realizar transacções comerciais através de oficinas na cidade (Becatti, 1961; Pohl, 1978; Houston, 1980). No caso presente da inscrição de Braga, independentemente da polissemia e conse71

O Comércio e os Meios de Transporte Utilizados

quente ambiguidade que os vocábulos negotia e negotiatores geram, a utilização do termo negotiantur revela, antes de mais, a importância política destes cidadãos romanos na cidade. À semelhança de outros contextos conhecidos no mundo romano (Valencia Hernández, 1989-90, p. 195-216; García Brosa, 1999, p. 185), o emprego desta fórmula verbal foi certamente determinado pela necessidade de encobrir uma realidade que contradizia a ideologia tradicional e conservadora da época, como se depreende da leitura e análise dos discursos narrativos de autores antigos, entre os quais Cícero (Valencia Hernández, 1989-90, p. 195216), que utilizavam a mesma fórmula verbal quando se referiam aos modos de vida das classes dirigentes, fossem eles da ordem senatorial ou equestre. Mais, e de novo à semelhança de outros contextos conhecidos (1989-90, p. 195-216), o cuidado destes dedicantes em manifestarem a sua qualidade de ciues Romani (não referindo o estatuto social) teria servido – como vimos - para encobrir uma situação sociopolítica concreta mas também para justificar determinadas práticas económicas e o seu carácter não-profissional.

sido a importação de produtos como o azeite e o vinho ou cerâmica itálica ou gálica. No estado dos nossos conhecimentos, estamos em crer que esse conventus de negociantes se dedicou preferencialmente à comercialização do vinho proveniente da província senatorial da Bética, como se pode induzir da relativa escassez, na cidade, das cerâmicas finas de produção itálica e gálica (Morais, 1997-98a), bem como de ânforas para transporte de azeite, em perfeita contradição com a abundantíssima quantidade de contentores de vinho, aqui representadas pelas ânforas Haltern 70 de proveniência bética (Morais, 1997-98a e b; 1998). Esta actividade comercial, associada ao facto de negotiatores poderem ser armadores, realizar empréstimos e participar noutras actividades ligadas à posse de terras (Panciera, 1980), tornaria quase inevitável que estes tivessem fixado a sua residência na cidade, local onde podiam realizar as suas actividades e contactar com os mercadores (mercatores). Esta seria, provavelmente, a situação dos negotiatores em Bracara Augusta. De facto, como referimos, a presença maciça de ânforas do tipo Haltern 70 sugere um fluxo contínuo de mercadorias cujo testemunho não pode ser fruto de aventuras comerciais ocasionais, mas sim de uma certa facilidade que tinham os seus habitantes em adquiri-las e, talvez, o resultado da dedicação exclusiva de um comerciante especializado em negociar alguns bens particulares com vantagens económicas.

3.4.2.4 Os negotiatores: o significado da sua presença A presença na cidade de negotiatores revela, como menciona Patrick Le Roux (1996, p. 371), a existência dum conventus de negociantes com estatuto oficial, cuja ocupação podia ter

72

Parte II

Fig. 22 - Mapa das intervenções mais significativas realizadas em Bracara Augusta desde 1977 até 2004

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

I. OS MATERIAIS

8. Caires (Rua do) Núcleo de sepulturas de incineração pertencente à necrópole de Maximinos, associada à saída da Via XVI, poderá estar antes associada à via per loca marítima. 9. Cangosta da Palha Núcleo de sepulturas de incineração e de inumação associado à necrópole da Via XVII. 9A. Capela dos Coimbras Área não urbanizada 10. Cardoso da Saudade (Antiga Fábrica) Vestígios de uma domus, com tanque revestido de mosaico. 11. Casa da Roda Vestígios de habitação com pavimentos de mosaicos. 12. Casa do Poço Presumível conjunto artesanal de fabrico de cerâmica e vidro. 13. Casa da Bica (Colina da Cividade Norte) Vestígios de habitação, associados a uma cloaca. 14. Casa Grande de Santo António das Travessas (Ex-Albergue Distrital) Vestígios de uma domus, limitada por pórticos que acompanham uma rua, de orientação N/S, sob a qual corre uma cloaca. Vestígios do pórtico a oeste da rua que definia outro quarteirão 15. Cavalariças (Antigas Cavalariças do Regimento de Braga) Restos de várias construções de natureza habitacional e artesanal que se repartem pela área de três insulae da cidade romana. 16.Carvalheiras Casa de átrio e peristilo, rodeada de pórticos e ruas limítrofes e vestígios de outras casas adjacentes, com respectivos pórticos. 16A. Comendador Santos da Cunha Estruturas correspondentes à área habitacional. 17. Escola da Sé (Antiga) Vestígios de uma habitação, delimitada por um pórtico a este. 18. Falcões, nº 8-10 (Rua dos) (Irmandade de Sta. Cruz) Estrutura de material laterício, cujas características parecem apontar para a sua funcionalidade como forno. 19. Fonte do Ídolo Santuário rupestre, talhado num afloramento rochoso, com uma parede vertical onde se encontram as dedicatórias e figuras esculpidas. Escavações realizadas no local permitiram identificar estruturas associadas ao funcionamento do santuário. 20. Frei Caetano Brandão (Rua), nº 154 Troço da cloaca identificada nas escavações da Casa Grande de Santo António das Travessas

A realidade pluriestratigráfica própria da arqueologia urbana impede-nos a apresentação integral do contexto estratigráfico de todos os materiais dada a quantidade de informação analítica impossível de gerir, além de ser repetitiva para o estudo da economia e comércio nos primeiros três séculos de vida de Bracara Augusta. A necessidade de colmatar as deficiências de informação existentes, em grande parte resultantes da ausência de numerosos contextos seguros, levou-nos, no entanto, a considerar globalmente todos os materiais arqueológicos utilizados. Neste sentido, fornece-se, de seguida, uma caracterização sumária das principais intervenções arqueológicas que forneceram materiais cerâmicos analisados neste trabalho, de modo a estabelecer um contexto genérico para os mesmos (Fig. 22). 1.1 CARACTERIZAÇÃO SUMÁRIA DAS PRINCIPAIS INTERVENÇÕES ARQUEOLÓGICAS 1. Afonso Henriques, nº 13-25 (Rua) (Edifício do Cardoso da Saudade) Aterro com características humosas que forneceu abundante material cerâmico de cronologia alto-imperial. 2. Afonso Henriques n.º 30-56 (Rua) Vestígios de um balneário público. 3. Afonso Henriques n.º 90-92 (Rua) Canto de um pórtico e canalização da época romana. 4. Anjo nº 55 (Rua) Restos habitacionais e abundante espólio da época suévico-visigótica. 5. Avenida Central Conjunto de sepulturas de incineração associadas a uma necrópole que assinala a saída da via XVIII. 5A. Avenida Central (Café Miragem) Estruturas modernas, entre elas um poço. 5B. Avenida da Liberdade, nºs 682-706 Núcleo de sepulturas da necrópole da via XVII com lucernas, vasos e pulseiras de vidro. 6. Avenida da Liberdade Núcleo de sepulturas de incineração pertencentes à necrópole associada à Via XVII. 7. Bombeiros Voluntários (Rua dos) Alicerces de um hipotético torreão da muralha romana 75

Os Materiais

(Ex Albergue Distrital). 21. Frei Caetano Brandão (Rua), nºs 183-185 / Santo António das Travessas (Rua), nºs 20/26 Vestígios de uma domus, com restos conservados de pintura das paredes, a qual foi remodelada, posteriormente, para construção do que se supõe ser um edifício público. 22. Frigideiras do Cantinho Ruínas de habitação tardia com balneário. 23. Fujacal (muralha) Extenso troço da muralha romana, associada a dois torreões de forma aproximadamente semicircular. 24. Fujacal (Campo da Nora) Vestígios de habitações, cuja cronologia aponta para o séc. VI. 25. Granjinhos Possível complexo industrial muito destruído, com restos de pavimentos de tijoleira, parte de um hipocausto, um tanque aquecido e ainda um original sistema de aquecimento de canais escavados na areia de alteração granítica. 25A Granjinhos (intervenção BRA 82, salvamento) Grande muro romano, eventualmente associado a uma villa sub-urbana. 26. Gualdim Pais, nº 28-38 (Rua) Vestígios de habitação tardia, com balneário. 27. Hospital de S. Marcos – Novo Bloco operatório Vestígios de muros de habitações destruídas pela construção da muralha romana, cujo traçado coincidia com uma poderosa estrutura da época moderna, parcialmente posta a descoberto. 28. Imaculada Conceição, Av. (núcleo de sepulturas) Núcleo de sepulturas em caixa e uma em covacho, integradas na necrópole associada à Via XVI. 29. Imaculada Conceição, Av. (Oficinas da Livraria Cruz) Vestígios de possíveis fornos, eventualmente associados a um complexo artesanal de produção de cerâmica. Outros achados documentam que poderíamos estar perante uma villa suburbana. 29A. Lar das Enfermeiras= Jardim da Santa Casa da Misericórdia (Necrópole de S. Lázaro) Sepultura integrada na necrópole de S. Lázaro 30. Largo Carlos Amarante (Claustro do Convento dos Remédios) Núcleo de 2 sepulturas de incineração em caixa, integradas na necrópole da Via XVII, das quais apenas uma foi escavada. 31. Largo do Paço (claustro) Vestígios de diferentes épocas. Os mais antigos

correspondem a valas de fundação de muros totalmente saqueados e a cerâmicas do séc. I. Muros dos sécs. III/IV e estruturas da época medieval. 32. Largo de S. João do Souto (R. Afonso Henrique, 31-33) Vestígios de estruturas medievais e modernas e de fossas cujos enchimentos forneceram cerâmicas romanas e medievais. 33. Misericórdia, Santa Casa (Jardim) / Necrópole de S. Lázaro Núcleo de sepulturas romanas, atribuídas a uma nova necrópole, presumivelmente associada à saída da via Bracara-Emerita. 34. Misericórdia, Santa Casa (Infantário- tabuleiro B) Conjunto de estruturas muito fragmentárias, atribuíveis a uma área habitacional. 35. Misericórdia, Santa Casa (terrenos a norte – tabuleiro A) Vestígios de compartimentos com solos de opus signinum, integrados numa área habitacional. 36. Museu (terrenos a poente) Vestígios de pavimentos e muros na área envolvente do mosaico. Rua e ruínas associadas à existência de um balneário. 37. Nossa Senhora do Leite (Rua da) Muro romano de excelente qualidade, paralelo à parede da Sé, associado a dois solos de opus signinum rompidos pelos alicerces da catedral, pertencente a uma construção pública rectangular com pórtico virado a nascente. 38. Paio Mendes (Rua), nºs 67-75 Troço da muralha romana, associado a um provável cubelo exterior semicircular e a uma pavimentação pétrea no lado interno. 39. Praia das Sapatas Conjunto de vestígios de uma habitação romana. 40. S. Geraldo, n.º 27-31 (Rua de) Conjunto de vestígios de área habitacional, composto por rua e negativos na rocha de muros e de silhares. 41. S. Geraldo, n.º 34 (Rua de) Conjunto de alicerces e alinhamentos de muros de uma casa romana, totalmente desmantelados por construções posteriores, muito provavelmente da Alta Idade Média. 42. S. Geraldo (Rua de) (Colégio da Sagrada Família) Vestígios de estruturas habitacionais, com pavimentos. 43. S. Geraldo (Rua de) (Quintal da Santa Casa da Misericórdia) Conjunto de vestígios caracterizados por pavimentos e restos de muros, muito destruídos que definem compartimentos, alguns dos quais com solos de opus signinum. 76

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44. S. Victor (Rua) / Francisco Martins Sarmento (Rua) (necrópole) Sepulturas de incineração e de inumação e vestígios de um solo de opus signinum que poderá ser atribuído a um mausoléu, ou templete. Este núcleo de sepulturas articulava-se com a via XVII (situa-se fora do mapa anexo). 45. Sé Catedral Conjunto de vestígios de um edifício de planta rectangular, que se prolongava na actual R. Nossa Senhora do Leite, capela de S. Geraldo e naves da igreja. Com mais de 30 metros de comprimento, este edifício público apresenta no séc. IV uma configuração basilical . 46. Sé Catedral (Capela da Nossa Senhora da Glória) Troço da muralha romana, ao qual se associavam várias pavimentações. 47. Seminário de Santiago (Cerca do) Vestígios de área habitacional, designadamente rua calcetada e vestígios de um pórtico a norte que se associaria a uma casa adjacente. 48. Seminário de Santiago (Claustro do) Conjunto de muros que definem o peristilo de uma casa romana, rodeada de um pórtico que dava acesso a um balneário. 49. Termas do Alto da Cividade Termas públicas associadas a um teatro anexo.

1.2.2 Análise dos contextos estratigráficos A análise dos contextos anteriormente referidos permitiu definir 5 períodos ou fases, que agrupam diversos estratos ou unidades estratigráficas com características comuns. As escavações seleccionadas para a definição destas fases tiveram lugar em zonas incluídas na malha urbana da cidade romana. A ausência de estruturas construtivas de época augustana deve-se, provavelmente, à sua desmontagem ou mesmo destruição, tendo em vista alterações urbanísticas iniciadas, de acordo com os vestígios arqueológicos, a partir da época júlio-claúdia avançada e em época flávia e antonina. Estas escavações forneceram grande quantidade de materiais comercializados desde a fundação da cidade até inícios / meados do século III, o que indica claramente o interesse comercial da cidade para os “negotiatores” responsáveis pelo comércio destas cerâmicas, ao mesmo tempo que é revelador de uma actividade económica importante relacionada com um contexto de crescimento demográfico e urbano. A partir do estudo estratigráfico das escavações seleccionadas obtivemos sequências cronológicas que serão utilizadas como referência constante para os restantes materiais recolhidos noutras escavações. Como referimos, a análise destas sequências estratigráficas permitiu estabelecer 5 fases. Os materiais associados a estas fases constam da base de dados apresentada como complemento desta dissertação.

1.2 A CORRELAÇÃO CRONO-ESTRATIGRÁFICA DOS MATERIAIS 1.2.1 Problemáticas e metodologia de abordagem Como referimos, à semelhança do que acontece na generalidade dos sítios escavados em grandes centros urbanos raramente se encontram sequências estratigráficas que possam inequivocamente contribuir para uma correlação segura e eficaz dos primeiros séculos de vida da cidade. Tal facto fica, naturalmente, a dever-se às profundas remodelações ocorridas ao longo do tempo de vida desta urbe, muitas das quais sacrificaram ou perturbaram os estratos dos períodos mais antigos. Bracara Augusta não é excepção. Todavia, foi possível obter algumas sequências estratigráficas identificadas nas escavações realizadas nas Antigas Cavalariças do Regimento de Infantaria de Braga, no edifício termal e área envolvente situado na Colina do Alto da Cividade e nas insulae do Albergue Distrital e das Carvalheiras.

Fase 1 - Período de Augusto a finais de Tibério / inícios de Claúdio (Zona: Antigas Cavalariças) Das escavações realizadas nesta zona destaca-se uma recente intervenção realizada no sector Este do actual edifício do Museu (sector 8). Aqui foi detectado um enchimento selado por um pavimento exterior empedrado. O conjunto de cerâmicas recolhido neste enchimento é particularmente importante pela quantidade e variedade de materiais importados, datáveis do período de Augusto a finais do período de Tibério / inícios de Cláudio. Como se pode conferir na base de dados apresentada em anexo foi possível individualizar cerca de 250 exemplares, repartidos 77

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por fragmentos de ânforas, almofarizes e de terra sigillata de tipo itálico. As ânforas, de entre todos os materiais os mais abundantes, estão maioritariamente representadas pela forma Haltern 70. Foram ainda recolhidos alguns fragmentos de ânforas vinárias, oleícolas e piscícolas de diferentes origens e produções: as ânforas vinárias estão representadas por fragmentos oriundos da costa gaditana incluídos em formas de fundo plano de Tipo urceus e por fragmentos de produção tarraconense, incluídos no tipo Dressel 7-11; as ânforas oleícolas apenas estão representadas por fragmentos do Guadalquivir, do tipo Dressel 20; as ânforas piscícolas estão representadas por produções da Bética costeira, da forma Dressel 7-11 e ânforas lusitanas incluídas na variante A do tipo Dressel 14. Como acima referimos, além das ânforas, estão também documentados fragmentos de almofarizes da Bética costeira, datáveis da primeira metade do século I, e fragmentos de terra sigillata do tipo itálico, maioritariamente representados por pratos do tipo Consp. 18 e taças do tipo Consp. 22. À semelhança do que acontece com a totalidade das produções de tipo itálico, estes produtos datam preferencialmente dos finais do período de Augusto e reinado de Tibério, momento de transição entre o período “clássico” e “avançado”, estabelecido por C. Goudineau (1968) para esta tipo de cerâmica.

tre os finais do século I a. C. e o reinado de Cláudio. Os fragmentos de terra sigillata, estão documentadas por um fragmento de tipo itálico Consp. 22.1. [2], datável de 15 a. C. a 14 d. C. e um fragmento da forma Drag. 15/17 oriundo de La Graufesenque, datável dos reinados de Tibério a Nero. Incluídos nos interstícios das lajes que compõem o lastro da cloaca foram encontrados um fragmento de forma indeterminada de terra sigillata de tipo itálico e dois fragmentos de fundo de terra sigillata do Sul da Gália, cujo fabrico nos parece poder ser enquadrado nas cronologias dos exemplares acima referidos. Fase 3 - século I (Zonas: Insula das Carvalheiras; Termas do Alto da Cividade e respectiva área envolvente) Para a selecção de alguns estratos da insula das Carvalheiras valorizamos apenas aqueles que apresentavam um contexto cronoestratigráfico bem definido. Refira-se ainda que os materiais cerâmicos associados a esta fase estão directamente relacionados com valas de fundação de muros (U. E 508; 546; 752; 1020), pavimentos de terra batida e enchimentos de nivelamento sobre a rocha (U. E 170; 909) ou alterite para a preparação de pavimentos (U. E 923; 716), relacionados com o 1º momento de ocupação da insula. Do conjunto termal do Alto da Cividade e área envolvente destacam-se, num contexto de 287 U. E, doze U. E, relacionadas com pavimentos (U. E 114; 162; 168) e diferentes tipos de enchimento - associados a valas de fundação de pilares (U. E 119), de blocos (U. E 282), de muros (U. E 96; 164; 169; 172; 177) ou mesmo enchimentos sobre a rocha (U. E 160; 166) e preparação de pavimentos (U. E 176) - , todos eles relacionados com um conjunto de estruturas que dão corpo a um edifício anterior à construção das termas. Em ambos os contextos das Carvalheiras e do Alto da Cividade são absolutamente predominantes as ânforas e a terra sigillata hispânica. Como seria de esperar, continua o predomínio das ânforas béticas Haltern 70 sobre as restantes, sendo estas as únicas ânforas representadas nas termas. Na insula das Carvalheiras, além do referido predomínio das ânforas Haltern 70, constata-se a presença de ânforas vinárias e piscícolas e uma ânfora de con-

Fase 2 - Período de Claúdio / Nero (Zona: Cloaca do Albergue Distrital) Trata-se duma grande cloaca de drenagem com 1,40 m. de altura implantada numa profunda vala de fundação orientada segundo os eixos da cidade romana. As duas paredes possuem um excelente aparelho em opus vittatum, apenas com uma face interna e um lastro de lajes de granito; grandes pedras de granito servem-lhe de cobertura. A vala de implantação da cloaca (sector L1/L2, camada 9 f) forneceu alguns fragmentos de paredes finas de produção itálica e fragmentos de terra sigillata de tipo itálico e do Sul da Gália. As paredes finas estão apenas representadas por dois fragmentos da forma híbrida Mayet XXXIII / XXXV, oriundos da área Centro Ocidental do Vale do Pó, datáveis en78

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teúdo indeterminado: as ânforas vinárias estão representadas por fragmentos do tipo Dressel 2-4 de produção itálica e bética, fragmentos de Tipo Ródio oriundos do Egeu e fragmentos do tipo Dressel 7-11 de origem Tarraconense; as ânforas piscícolas apenas estão representadas por fragmentos de fabrico lusitano integráveis na variante B da forma Dressel 14; a ânfora de conteúdo indeterminado pertencente à Classe 1 das ânforas púnico-ebusitanas estudas por J. Ramon, enquadrável no Tipo 8.1.3.3 (= PE – 18). A terra sigillata, salvo alguns raros fragmentos do tipo itálico e do Sul da Gália, são na sua quase totalidade correspondentes às produções de Tricio. De entre estas, predominam, as formas decoradas Drag. 29 e 37 e as formas lisas Drag. 27 e 15/17, com características morfológicas e de fabrico datáveis de meados a finais do século I. Nesta fase estão ainda bem representadas as cerâmicas bracarenses, presentes na quase totalidade das formas documentadas em Braga, alguns fragmentos indeterminados de paredes finas e lucernas de volutas e de disco, incluídas na 2ª e 3ª séries.

ras estão residualmente representadas, sendo apenas de salientar a presença de cerca de uma dezena de fragmentos do tipo Haltern 70 e um fragmento do tipo Dressel 2-4. Dos restantes materiais datáveis salienta-se, mais uma vez, a presença destacada de terra sigillata hispânica, com igual predomínio das formas decoradas Drag. 29 e Drag. 37 e as formas lisas Drag. 15/17 e Drag. 27. A estas acrescente-se ainda a relativa abundância da forma Drag. 36. São agora predominantes as formas e os fabricos datáveis dos finais do século I e os inícios do século II. À semelhança da fase anterior estão igualmente presentes as cerâmicas bracarenses (fragmentos indeterminados e imitações das formas Drag. 35 e Hisp. 4) e alguns tipos de lucernas de volutas e de disco, enquadráveis na 2ª e 3ª séries. Além dos materiais cerâmicos destaca-se a presença de fragmentos de vidro enquadráveis nesta fase (por exemplo, Isings, 5; Isings 50) e moedas datadas do período de Trajano e Adriano. Fase 5 - finais do século II / inícios do século III (Zona: Termas do Alto da Cividade e respectiva área envolvente) Esta última fase, também ela apoiada no conjunto de estruturas identificadas no edifício termal e área envolvente, está unicamente representada por 6 U. E, datadas de fins do século II / inícios do século III. Estas correspondem a diferentes tipos de enchimento (entulhamento de áreas de serviço (U. E 246), valas de fundação de muros (U. E 268), valas de fundação de canalizações (U. E 255), preparação de pavimentos de compartimentos (U. E 263) e pavimentos, em terra batida (U. E 254) ou em solos de opus signinum (U. E 257). Com excepção de um fragmento de ânfora de produção regional integrável na forma Regional II, que possui fortes afinidades com o tipo bético “Almagro 50” Keay XVI, infelizmente não encontramos materiais cronologicamente integráveis nesta fase. Deparamos sim com alguns fragmentos de cerâmicas, especialmente terra sigillata hispânica, fora de contexto, cuja presemnça cabe interpretar como residual. Este dado parece-nos, no entanto, significativo, na medida em que permite testemunhar um decréscimo acentuado dos produtos de importação na cidade.

Fase 4 - inícios do século II (Zona: Termas do Alto da Cividade e respectiva área envolvente) Representada por um vasto conjunto de unidades estratigráficas (U. E), cerca de 41, relacionadas com a construção do edifício termal e com o teatro anexo. Directamente relacionado com o edifício termal surgem algumas U. E correspondentes a pavimentos (por exemplo, de terra batida (U. E 4; 14; 180; 247; 248), de opus signinum (U. E 256; 258), tijoleiras de hipocaustos (U. E 243) e diferentes tipos de enchimentos (por exemplo, sobre a rocha (U. E 5; 93; 132; 148; 207; 241; 249; 259; 262), sobre canalizações (U. E 33; 276), de nivelamento de solos (U. E 41; 101; 102; 122; 147), de preparação para implantação de muros (U. E 73; 103; 127; 232; 286), valas de saque (U. E 117; 144; 153; 167; 173), níveis de limpeza de praefurnia (U. E 264), valas de implantação de canalizações (U. E 34; 71). Outras estruturas estão relacionadas com enchimentos de uma calçada circundante ao teatro (U. E 80; 128) e com o entulhamento de um tanque para construção da referida calçada (U. E 130; 131). Nestas unidades estratigráficas as ânfo79

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1.3 METODOLOGIA E CRITÉRIOS DE APRESENTAÇÃO

A não inclusão da cerâmica comum neste trabalho deve-se a duas ordens de razão específicas. A primeira diz respeito à quantidade de materiais que, como se pode calcular, exigia, por si mesmo, um trabalho monográfico, impossível de incluir num estudo de síntese como este. Outra ordem de razão prende-se com o facto do estudo desta cerâmica fazer parte de um trabalho de equipe que tem vindo a ser realizado no âmbito do “Projecto de Salvamento de Bracara Augusta”, e que inclui, para além do estudo meramente arqueológico, análises laboratoriais ainda em curso.

O estudo das cerâmicas importadas alto-imperiais aqui apresentado corresponde à totalidade dos materiais até à data recolhidos na cidade ao longo de cerca de trinta anos de escavações. Para o tratamento quantitativo e qualitativo destas produções elaboramos uma base de dados, que apresentamos em suporte CD, para a qual foram criados diferentes Layouts # consoante o tipo de cerâmica, mas que possuem, entre si, uma série de campos comuns. A informação quantitativa relativa aos totais foram obtidos a partir da base de dados e são apresentados em gráficos, obtidos através do programa EXCEL. A análise quantitativa das cerâmicas seguiu as recomendações do protocolo de quantificação de cerâmicas elaborado pelos participantes da mesa redonda de Mont Beuvray (Arcelin e Tuffreau-Libre, 1998), privilegiando a análise do número mínimo de indivíduos (N M I). Seguindo este critério as tabelas elaboradas para cada tipo de cerâmica apresentam a totalidade da informação recolhida, apresentando-se a percentagem bruta e o número mínimo de indivíduos. Com excepção das ânforas, a coincidência quantitativa entre a precentagem bruta e o número mínimo de indivíduos para cada tipo de cerâmica apenas foi possível graças a um trabalho criterioso e minucioso que levou em consideração a posição estratigráfica dos materiais e as suas características tipológicas e de fabrico.

As ânforas e os almofarizes Como sublinhámos no nosso estudo sobre as Ânforas da zona das Carvalheiras..., apresentado como tese de mestrado em 1998, a falta de um critério comum na caracterização das produções de ânforas dificulta o seu estudo. A relação dos materiais aqui apresentados beneficiou de uma classificação morfológica e análise prévia das pastas à lupa binocular, apresentada naquele estudo. Mau grado as dificuldades na classificação tipológica das ânforas, resultantes do facto de aos mesmos tipos serem atribuídas características diferentes, seguimos as tipologias mais usadas pela generalidade dos investigadores e, designadamente, aquelas que nos parece melhor corresponderem à definição das suas características morfológicas. A partir da bibliografia consultada e dos dados obtidos no estudo das ânforas recolhidas na cidade optámos por seguir um critério de apresentação que contemplasse a origem, o conteúdo, a difusão e a cronologia das mesmas. Para facilidade de apresentação, estas foram reunidas em função dos produtos que preferencialmente transportavam: vinárias, oleícolas, piscícolas e indeterminados. Na apresentação gráfica do material optámos por realizar um catálogo contínuo de modo a que cada fragmento seja identificado por um único número, nas estampas, como no texto. Salvo algumas excepções devidamente assinaladas, caso de ânforas completas ou fragmentos de grande dimensões, a maioria dos desenhos serão apresentados à escala ½. Com excepção dos dois almofarizes de origem itálica, a falta de uma tipologia especí-

Os produtos locais Contrariamente aos restantes materiais aqui estudados, na apresentação dos vestígios e dos exemplos de produções local optámos por não seguir uma numeração contínua. Este critério foi adoptado tendo em conta o tipo diferenciado de produções e respectiva temática. Pelos mesmos motivos não tentamos uniformizar a escala dos desenhos apresentados em estampa. As marcas presentes nos materiais de construção serão reunidas em diferentes quadros sinópticos correspondentes a cerca de 260 símbolos distintos. 80

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Para a classificação da terra sigillata hispânica seguimos a última proposta tipológica reunida na obra “Terra sigillata Hispanica, Centros de fabricación y producciones altoimperiales” (Roca e Fernández, 1999). Entre outras, a consulta da obra de síntese elaborada por Françoise Mayet (1983; 1984) e a última proposta tipológica ensaiada por Ángeles Mezquíriz no Atlante (1985) foi, também, imprescindível para a integração formal dos fragmentos hispânicos até à data recolhidos em Braga. Os motivos decorativos da terra sigillata hispânica são apresentados em tamanho natural. De entre os inúmeros motivos decorativos excluem-se neste estudo os círculos, os pequenos frisos superiores ou inferiores e os motivos de separação das métopas que figuram nas estampas das formas. Para facilitar o sítio de paralelos dos motivos recolhidos na cidade, optámos por seguir a ordem de exposição estabelecida por Ángeles Mezquiriz (1961) e retomada por Françoise Mayet (1984).

fica para os almofarizes de origem bética recolhidos na cidade levou-nos a apresentá-los tendo em conta as suas características morfológicas e de fabrico. À semelhança das ânforas e pelas razões acima expostas, optámos por realizar um catálogo contínuo. Na sua totalidade os desenhos serão apresentados à escala 1/3. As cerâmicas finas de mesa Na apresentação da terra sigillata optámos pela divisão clássica entre formas lisas e formas decoradas. A classificação das formas de terra sigillata lisa de tipo itálico é feita segundo a tipologia do Conspectus (1990) que, por um lado, nos permitiu classificar com maior rigor certos fragmentos cujos detalhes ou variantes não eram contemplados nas tipologias anteriores; por outro lado, tornou possível classificar com maior segurança e atribuir a respectiva cronologia a diversos fundos de vasos encontrados. A classificação das formas decoradas é feita segundo a tipologia do Conspectus e, sempre que necessário, com recurso à tipologia de W. H. Dragendorff (1948). Todos os exemplares lisos são apresentados de acordo com a sequência formal apresentada no Conspectus, ilustrando-se a grande maioria dos exemplares de cada tipo e respectiva variante. A referência ao número individual de cada forma do Conspectus (ex: tipo Consp. 11.1.[1]), não tendo um específico valor cronológico nem formal, apenas serve para aproximar os fragmentos recolhidos em Braga com aqueles exemplificados nesta obra. Os fragmentos decorados são apresentados na sua totalidade.

Para as marcas recolhidas na cidade apresentamos no final de cada produção uma proposta de leitura, classificação e análise da sua distribuição no mundo romano. Para esta última análise levamos em consideração os paralelos específicos de cada marca e outras assinaturas realizadas pelos mesmos oleiros ou oficinas recolhidas em diferentes sítios do mundo romano. Longe de ser exaustiva, a referência à dispersão destas marcas apenas serve como contributo para um melhor conhecimento da origem dos produtos importados na cidade e para ajudar na compreensão dos fluxos e rotas de intercâmbio da Antiguidade romana. Para a classificação e leitura das marcas de tipo itálico consultamos a segunda edição (1ª edição electrónica) do suplemento ao Corpus Vasorum Arretinorum de A. Oxé e H. Comfort (1968), actualizado por P. M. Kenrick (2000). Na classificação das marcas provenientes do Sul da Gália seguimos a já clássica obra de F. Oswald, “Index of potters` stamps on terra sigillata Samian ware” (1923), reeditada em 1964. Para a classificação da terra sigillata hispânica adoptamos as obras referidas na apreciação tipológica.

Na classificação dos produtos de terra sigillata do Sul da Gália recolhida na cidade seguimos o critério tipológico adoptado por Alain Vernhet (1979; 1986), onde figuram vasos integráveis nas tipologias consagradas de Curle, Dragendorff, Hermet, Knorr e Ritterling e a partir do nome do acampamento romano de Haltern. Para uma maior uniformização, simplicidade de apresentação do texto e respectivo catálogo e estampas, seguimos o critério de apresentação formal adoptado por aquele autor. 81

Os Materiais

tas foram desenhadas e catalogadas cerca de metade, dado que as restantes se apresentam demasiadamente fragmentadas. Em consequência do estado de fragmentação e desgaste da maioria dos exemplares apresentados, optámos por prescindir das fotografias em favor do respectivo desenho. Por razões de clareza de exposição estruturámos este estudo em cinco partes. Na primeira parte reunimos as lucernas em conjuntos de sete séries distintas, de modo a obter um panorama geral do conjunto. As séries, reunindo vários tipos diferenciados de lucernas, correspondem, em linhas gerais, a grupos específicos de lucernas que possuem determinadas afinidades: lucernas de volutas, de canal, de disco, etc. Este critério apenas tem como finalidade facilitar a apresentação do material. Para a tipologia específica de cada tipo de lucernas seguimos, em geral, o critério de apresentação de Angel Morillo Cerdán (1999). A segunda parte, relativa ao enquadramento cronológico do material, segue o critério da apresentação anterior. Para cada tipo específico de lucernas foi proposta uma cronologia, de acordo com a bibliografia consultada e os dados proporcionados pelas escavações da cidade. Para a análise iconográfica das lucernas, correspondente à terceira parte, seguimos a antiga classificação de S. Loeschcke (1919), actualizada por D. M. Bailey (1980). Na quarta e quinta parte apresentámos os moldes e as marcas até à data recolhidos na cidade. Por fim, optámos por uma descrição detalhada de cada peça constante do respectivo catálogo em vez de uma apresentação esquemática.

De acordo com a bibliografia consultada, tentou-se actualizar os dados fornecidos por estas obras, referindo-se outras locais onde se recolheram marcas assinadas pelos mesmos oleiros até à data recolhidas na cidade. Na apresentação das paredes finas levamos em consideração as suas características morfológicas. Esta apresentação faz-se, sempre que possível, recorrendo à obra de Françoise Mayet (1975b); para as formas que aí não figuram seguimos as tipologias contempladas na obra de A. López Mullor (1990). A cerâmica bracarense está organizada de acordo com as produções que imitam e tendo em conta a sua ordem de importância. Em primeiro lugar apresentam-se as imitações de terra sigillata, optando-se pela clássica divisão entre formas lisas e formas decoradas a molde; seguem-se-lhes as imitações das cerâmicas de paredes finas de Mérida e outras formas originais ou inspiradas noutras categorias cerâmicas. Aos exemplares constantes dos catálogos e respectivas estampas atribui-se uma numeração contínua dentro de cada produção. Com excepção da cerâmica de paredes finas e das marcas de terra sigillata apresentados em tamanho natural, os restantes desenhos são apresentados são apresentados à escala ½. As lucernas O presente estudo inclui um conjunto superior a seiscentas lucernas (cerca de 637), correspondentes a peças completas, discos decorados e outras partes fragmentadas. Des-

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Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

II. EXEMPLOS DE AUTARCIA

2.1.2 A existência de olarias

2.1 OS PRODUTOS LOCAIS

A importância das actividades oleiras na região de Braga está bem documentada no estudo realizado por Mário J. Barroca (1993, p. 159-70) sobre os “Centros Oleiros de EntreDouro-e-Minho (Séc. XIII)...”. Neste estudo, realizado a partir de referências documentais e vestígios arqueológicos conhecidos na região, destaca-se a actividade oleira na zona do Prado/Cervães no contexto do abastecimento de uma vasta área na região “Entre-Douro-e-Minho”, onde é reconhecida como uma das mais importantes e melhor documentadas para o período medieval (1993, p. 163). A importância deste centro oleiro manteve-se, todavia, para além daquele período como se pode constatar pelo excelente estudo etnográfico que lhe consagrou Rocha Peixoto nos inícios do passado século (1900, p. 227-70; 2º ed., 1966, p. 9-60, Ests. I-XI; 3ª ed. 1967, p. 89-132); aí se refere a dispersão destes produtos, no sentido norte-sul, desde a Galiza até à Figueira e, para leste, até Trás-os-Montes e as Beiras. Um estudo mais recente publicado por J. Viriato Capela (1992, p. 5-55), intitulado “Os despachos da Alfândega de Viana entre 1750 e 1830”, distingue este centro oleiro como “um dos núcleos de produção mais significativo, com uma das mais alargadas áreas de expansão comercial”, penetrando, inclusivamente, no território alto-minhoto e galaico, através do porto de Caminha e do rio Minho, sobretudo nas regiões costeiras. A recorrência a estes barreiros em época romana era previsível se salientarmos que naquela área, para além da existência de um povoado (entretanto destruído pela construção de uma fábrica de confecções), se encontraram importantes e abundantes vestígios de romanização muito próximos (4 km.) de uma via romana que estabelecia a ligação Bracara – Tude. Hoje podemos afirmar que, de entre as várias indústrias conhecidas na cidade romana, a olaria foi, sem dúvida, uma das mais significativas. Esta afirmação baseia-se, naturalmente, nos achados arqueológicos que têm vindo a ser exumados nas últimas décadas. Acontece, porém, que até ao momento não se encontraram evidentes estruturas associadas às diferentes oficinas que existiram na cidade.

À semelhança de outras cidade romanas, Bracara Augusta possuía uma economia baseada numa actividade económica mista de agricultura, indústria e comércio. Este facto implica que qualquer tipo de análise económica sobre a cidade e território envolvente terá que levar em consideração os tipos de exploração agrícola e as actividades comerciais. Um exemplo dessas actividades foi a produção de cerâmica que funcionou como complemento para o abastecimento interno da cidade e sua área de influência. Na verdade, a produção cerâmica constitui um campo privilegiado para a análise do nível de autarcia, dado que estas se integram num modelo económico dinâmico que inclui actividades complementares relacionadas com a produção e comercialização de um excedente ainda que limitado a mercados locais ou regionais. Em Bracara Augusta e seu território como noutras cidades congéneres e seus territórios - essa actividade conduziu ao fabrico de uma ampla gama de instrumenta necessários à produção agrícola e à vida doméstica: lucernas, cerâmicas comuns, cerâmicas finas, ânforas, dolia, materiais de construção e objectos diversos (por exemplo, pondera e terracotas). Não deixa de ser verdade que num mundo que, norma geral, não conhecia circuitos comerciais privados estáveis nem regulares, e no qual a tendência geral era o predomínio da economia doméstica sobre a industrial, a produção de bens facilmente manufacturáveis, como a cerâmica, ficava quase totalmente nas mãos de poucos indivíduos ligados ao mundo do negotium. Qualquer perturbação em tão débil circuito comercial levaria a um encarecimento tão acentuado do produto que a produção local de cerâmica, não tão fina, mas muito mais barata, acabaria por se impor. Os vestígios da produção local de cerâmica e respectivos exemplos que de seguida se apresentam servem para demonstrar como numa sociedade pré-industrial se mantinha uma dupla ordem económica: o da auto-suficiência e sua íntima relação com uma economia integrada relacionada com o comércio mercantil.

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Exemplos de Autarcia

Apenas se conhece a referência a um possível forno encontrado em duas intervenções de salvamentos realizada pela UAUM, em 1978 e 1979, num terreno desaterrado para construção, situado entre as instalações da Livraria Cruz e a Rodoviária Nacional e da existência de um outro referido pelo Cónego Arlindo Ribeiro da Cunha (vd. Correio do Minho 5-111964 a 13-11-1964) resultante da abertura da R. Santos da Cunha no ano de 1955. A existência deste último forno foi posteriormente corroborada por J. Rigaud de Sousa (1966; 1969), quando, a propósito do estudo de dois moldes de lucerna encontrados na sequência da abertura da dita rua, refere os vestígios daquele forno, associado a uma grande quantidade de argila pronta a ser utilizada. Este último importante testemunho resultou das intervenções realizadas em 1966 por J. Rigaud de Sousa, aquando da construção de um edifício situado no ângulo Este das ruas Santos da Cunha e de Pêro Magalhães Gândavo. Aí foram identificados vários muros que formavam compartimentos rectangulares e, junto a estes, um outro constituído por fiadas de pedras irregulares ao qual estava adoçado um pavimento forrado por ladrilhos. Este pavimento era percorrido por profundos sulcos descrevendo figuras mais ou menos espiraladas e recobertos por barro nativo muito fino e depurado. A análise deste barro efectuada nos laboratórios do Fundo de Fomento Mineiro por Rebolho Lapa revelou tratar-se de uma argila proveniente dos barreiros da freguesia de S. Romão da Ucha (Concelho de Barcelos), situadas a cerca de 14 Km da actual cidade (Oliveira, 1998, p. 39). Além dos materiais cerâmicos propriamente ditos e da referência aos vestígios de fornos e um tanque para decantação de argila, deve destacar-se ainda a presença de alguns acessórios de olarias, representados por duas relas de roda de oleiro cavadas em suporte de argila (Est. I, nº 1-2), um calço de argila provavelmente utilizado para separar os vasos no forno (Est. I, nº 3) e uma parte de um suporte bitroncocónico (Est. I, nº 4). A ausência de vestígios de excesso de cozedura neste último exemplar leva a supor que ele teria sido apenas utilizado como suporte para facilitar a secagem das peças e não utilizado como separador de um forno.

Exemplos semelhantes de suportes utilizados para os mesmo fins foram encontrados, entre outros locais, no centro oleiro de Pinheiro para a secagem de ânforas lusitanas do tipo Almagro 51 c (Mayet, Schmitt e Silva, 1996, p. 75, fig. 50, nº 166-69) e na Bética no centro oleiro de Matagallares, para as ânforas Gauloise 4, Dressel 30 e Almagro 51 c (Lorenzo e Bernal Casasola, 1988, p. 437-438, figs. 171-72). Fora da península exemplos idênticos podem ser vistos em diversos centros produtores galo-romanos que produziram cerâmicas comuns, ânforas, telhas (Rivet, 1986, p. 11934, fig. 15) ou mesmo terra sigillata, como por exemplo, no centro produtor de La Graufesenque (Vernhet et al., 1987, p. 46-47). Na Suiça também se conhecem exemplares que cumpriam a mesma função em locais que possuíam fornos, designadamente, Aventicum (Castella, 1995, p. 129, 131-32, Ests. 4-5, nº 67-84), Aquae Helveticae-Baden (Drack, 1949, p. 21-30); Petinesca-Volderberg (Zwahlen, 1995, p. 126-27) e Lousanna-Vidy (Laufer, 1980, p. fig. 46, 58-59). Encontrou-se também um disco fragmentado proveniente das escavações realizadas em 1978 na “Casa da Bica”, situada na Colina da Cividade (Est. I, nº 5), idêntico a um outro proveniente duma villa (Póvoa do Lanhoso) (Est. I, nº 6), eventualmente utilizados na fase do torneamento ou enfornamento. Este tipo de elementos está bem documentada em locais de produção de cerâmica, sendo normalmente denominados como aneis-suportes, isoladores, separadores, etc (vd. Rivet, 1986, p. 129-30, fig. 15). Com uma função ainda não claramente determinada, mas provavelmente relacionada com a sua utilização nos fornos como separadores de cerâmicas durante o processo da cozedura (Bouet, 1999, p. 80-81, fig. 46), encontraram-se, ainda, quatro exemplares de forma cilíndrica com um orifício disposto verticalmente (Est. II, nº 7-10), três dos quais provenientes das Cavalariças e o restante da R. Damião de Góis. Elementos idênticos, dados como separadores de cerâmicas durante o processo da cozedura, foram encontrados em fornos datados do século I, no sítio de La Lagaste em Pomas e Rouffiac (Aude) (Rancoule, 1970, p. 61) e em contextos mais tardios, datáveis do 84

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

2.1.3 Marcas e grafitos

século II/III, provenientes de Lavoye (Meuse) (Chenet e Gaudron, 1955, fig. 39, nº 14 e 15 e fig. 45, nº 16 e 26) e Pont-des-Rèmes à Florent (Marne) (1955, fig. 42, nº 4). Nas antigas escavações realizadas em Maximinos foi recolhido um bloco de argila a que atribuímos um particular interesse, presentemente em depósito no Museu D. Diogo de Sousa. Trata-se de um bloco de argila primitiva (Est. III, nº 1) imperfeitamente amassado seguramente submetido à acção do sol, e com alguma probabilidade proveniente de um tanque de decantação. Foram ainda encontrados nas escavações realizadas nas Cavalariças pequenos restos de escórias de cerâmica (Est. III, nº 2), que supomos relacionados com fornos existentes in loco ou nas proximidades.

A presença de marcas de oleiro (signacula) impressas antes da cozedura mediante selos de cerâmica, metal ou madeira com o nome ou iniciais do fabricante ou proprietário e marcas nominais grafitadas sobre a argila ainda fresca são de valor inestimável para um melhor conhecimento das olarias e dos oleiros que trabalharam na cidade. Até à data, além das marcas em lucernas de fabrico local, apenas se conhece uma marca impressa no bordo dum dolium, encontrado nas escavações realizadas nos terrenos da Misericórdia, e duas outras registadas em tegulae, uma das quais proveniente das Termas do Alto da Cividade e a outra duma intervenção realizada nos arredores da cidade. A marca encontrada no bordo do dolium, está representada pela assinatura CAMAL, abreviatura de CAMALVS (Est. IV, nº 1). Este nome, muito conhecido na onomástica indígena, está presente noutros dolia e em numerosas inscrições lapidares e rupestres nos povoados do Noroeste - com especial destaque para a Citânia de Briteiros (Cardozo, 1962, p. 70-74; 1976, p. 43; Silva, 1986, p. 26870, Est. LXIV). É também muito frequente em Bracara Augusta, como documentam as inscrições funerárias (Tranoy e Le Roux, 1989-90, p. 201, nº 11, p. 212-213, nº 3, Fig. 17, p. 216, nº 4, Fig. 20, p. 220, nº 2, p. 224-225 e p. 226). Pela análise paleográfica das diversas inscrições relativas aos menbros familiares associados a Camalus recolhidas na Citânia de Briteiros, Armando Coelho da Silva (1986, p. 270), ensaia a reconstituição de um diagrama em que se representa a possível relação familiar entre este e outros antropónimos, propondo, o carácter patrilocal encabeçado por Camalus e o desenvolvimento de uma actividade familiar tradicional que era assumida pelos membros masculinos que fixavam residência junto do grupo da mulher. Ainda segundo este autor (1986, p. 272), a união de vários grupos familiares organizados, descendentes dos mesmos antepassados comuns, constituíram a primeira unidade suprafamiliar com funções específicas dentro de cada povoado.

Est. I 1 Rela de oleiro. Proveniência: Salvamento do Largo de Santa Cruz (N. I. : 20011310). 2 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 2002-0314). 3 Calço de argila. Proveniência: Fujacal (N. I. : 1999-2592). 4 Suporte bitroncocónico. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 2001-1303). 5 Elemento em disco. Proveniência: Casa da Bica (N. I. : 2002-0311). 6 Id. Proveniência: Póvoa do Lanhoso (N. I. : 2002-0313). Est. II 7 Elemento de forma cilíndrica com orifício central disposto verticalmente. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 19971319). 8 Id. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1997- 1320). 9 Id. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 2002-0312). 10 Id. Proveniência: R. Damião de Góis (N. I. : 1999-0259). Est. III 1 Bloco de argila. Proveniência: Maximinos (N. I. : 2001-1306). 2 Restos de escória de cerâmica. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 2001-1302).

Como referimos, as marcas encontradas nas tegulae (Est. V, nº 2-3) ostentam em letras capitais a abreviatura SATVR (= de 85

Exemplos de Autarcia

SATVRNINVS), cognome igualmente associado à antroponímica pré-romana (Kajanto, 1982: 213). A sigla SAT em tipo actuário está ainda presente no fundo de pequenos potes e jarros de engobe vermelho provenientes do povoado de S. Julião (Vila Verde) (Est. VI, nº 4-7). A existência de cerâmicas assinaladas com o nome SATVRNINVS não é, todavia, característica única do Noroeste peninsular. Na verdade, este nome, frequentemente em genitivo e apresentando, à semelhança dos exemplos aqui referidos, um nexo entre as letras V e R ou as letras A e T, pode ser encontrado, entre outros materiais, em almofarizes datados de um período pré-claudiano (Aguarod Otal, 1991, p. 133) e em materiais de construção datados da época flávia (Jimeno Martínez, 1980, p. 60-61, Fig. 9, nº 72). Mais significativa é, todavia, a presença do mesmo tipo de marca em materiais de construção recolhidos nas cidades de Braga e Tiermes. A presença da marca SATVRNINVS em ambas as cidades, poderá pressupor, mais do que mera coincidência, a existência, à semelhança de determinadas oficinas lucernárias, de olarias maioritariamente dedicadas à produção de materiais de construção relacionadas entre si através de laços familiares ou a existência de autênticas sucursais dispersas em locais considerados estratégicos para a distribuição deste tipo de produtos. Como referimos, estão ainda documentadas na cidade marcas nominais incisas sobre a argila ainda fresca que assinalam, em letras de tipo actuário, marcas de oficina ou de propriedade, sendo, ainda, por vezes, simplificadas através de simples sinais, sem carácter alfabético, à semelhança de marcas em materiais de construção encontradas na cidade. A presença destas marcas nominais grafitadas antes do processo da cozedura pode ser vista em dois fragmentos de dolia, um dos quais (Est. VII, nº 8) proveniente de antigas escavações, onde se lê um nome em genitivo de origem grega, [?] IFFLLOES, gravado com ramo de árvore ou arbusto, e outro (Est. VII, nº 9) de escavações mais recentes, realizadas no Edifício Cardoso da Saudade, onde se lê SVO (seu?). As abreviaturas idênticas àquelas encontradas em materiais de construção (vid. quadro III) encontram-se num pote de cerâmica comum (Est. VIII, nº 10) e num fragmento de bordo e parede de um dolium que apresenta

ainda a particularidade de possuir sob o bordo um conjunto de grafitos correspondestes a numerais (Est. IX, nº 11). Assinale-se, ainda, a existência de um outro fragmento da parte superior de um dolium (Est. IX, nº 12) encontrado pelo Dr. Manuel da Cruz aquando da construção do Campo de Aviação de Palmeira (Sampaio, 1963, p. 265). Este fragmento, publicado num trabalho intitulado “Inscrições Romanas do Museu Pio XII em Braga” (Santos, Le Roux e Tranoy, 1983, p. 5-27, Lam. I-XVI), apresenta, à semelhança dos dois primeiros dolia referidos, letras de tipo actuário gravadas antes da cozedura, onde se lê: RVFINI, um nome derivado de RVFVS, comum na onomástica local (vd. Tranoy, 1981, p. 364), como se documenta, por exemplo, numa inscrição encontrada na “Casa do Passadiço”, em Braga, datada dos primeiros decénios do século III (Tranoy e Le Roux, 1989-90, p. 197-98, nº 6, Fig. 7, p. 224 e 229). Os restantes elementos dizem respeito a uma panóplia de marcas e simples sinais e impressões realizados em materiais de construção, correspondentes a cerca de 260 símbolos, realizados antes da cozedura através de processos de impressão, como por exemplo pela utilização dos dedos, ou da incisão, recorrendo-se para tal a ramos de arbustos ou de árvores. Alguns destes símbolos, na sua quase totalidade inseridos no campo inferior direito destes elementos, parecem querer representar o nome de proprietários de olarias ou nomes de oleiros dedicados à produção dos diferentes tipos de cerâmica existentes na cidade. Estes símbolos também se apresentam sob a forma de numerais ou sinais diversos de significado nem sempre fácil de discernir. De entre os símbolos (Est. XL) que nos parecem indicar o nome de proprietários de olarias ou nome de oleiros distingue-se, para além da abreviatura SIL, o nome em genitivo de PIRI e SABINI, representados em letras capitais (quadro I a). Todos os restantes (quadro I b), representados por letras capitais ou cursivas do alfabeto latino, estão presentes por uma única letra, por um conjunto de duas letras, ou mesmo mais, neste último caso quando grafadas em nexo. Por vezes, estas letras podem apresentar uma posição retrovertida, como no caso específico da letra N, assinada de forma 86

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

nº 4), estrelas (Est. XXV, nº 22) ou elementos ornamentais (Ests. XIII, nº 3; XV, nº 10-12) de significado nem sempre fácil de discernir. De entre estes destaque-se, a título de curiosidade, a representação de uma possível oliveira (Est. XI, nº 9) e uma suástica (Est. XIII, nº 4), esta última talvez relacionada com o culto do Sol, associado ao fogo e à imortalidade da alma, ou mesmo associado a prováveis virtudes profiláticas (Santos, 1963, p. 133-56). Além destes elementos meramente simbólicos estão presentes outros grafitos que devem ser interpretados como sinais evidentes de literacia. Trata-se de grafitos nominais inscritos em genitivo, caso de DAFIILLE (Est. XIV, nº 7), de origem grega, de N / VRSI (Est. XII, nº 20) e LICINI (Est. XXV, nº 24), comuns na onomástica latina, ou grafitos com carácter augural, caso da inscrição SAECULARES (Est. XIII, nº 2) relativa a celebração de jogos seculares (Dressel, C.I.L. XV, 2, 6.221), ou religioso, como se vê na representação de um crísmon com as primeiras letras do nome de Cristo (Est. XII, nº 17). Neste último caso, não se trata de uma precoce manifestação critã em Bracara Augusta, mas antes um grafito mais tardio aposto numa peça de cronologia mais recuada. Como se depreende dos exemplares apresentados, estes elementos podem também aparecer em conjunto (misturando-se motivos de carácter simbólico com caracteres do alfabeto latino), como por exemplo STA (Est. XIII, nº 4), provavelmente relativo a um escravo manumitido por testamento (STA[TV LIBER]) (vd. Oxé e Comfort, 1968, p. 473, nº 2040-42), ou simplesmente individualizados, como no caso da abreviatura MAN (Est. XIV, nº 6), significando possivelmente “pela mão de” (MAN[V]).

individual, ou associada ao que parece corresponder à colaboração de dois fabricantes. Quando os símbolos parecem corresponder a numerais (quadro II), estão presentes pelos números romanos usuais, ou pela combinação de signos, utilizando o sistema “aditivo” ou “subtractivo”: no sistema “aditivo”, os números adicionam-se da esquerda para a direita, ou seja, os mais baixos situam-se à direita dos mais altos; no sistema “subtractivo”, os números subtraem-se da direita para a esquerda, escrevendo-se agora os mais baixos à direita dos mais altos. Este tipo de símbolos, frequentes noutro tipo de materiais como por exemplo as ânforas, têm sido normalmente interpretados como simples símbolos de distinção de lotes no local de fabrico, permitindo um maior controlo do rendimento dos operários por parte de um determinado oleiro. Mais lata é, todavia, a representação de outros símbolos (quadro III), apresentados de forma individual ou composta, a que poderíamos certamente atribuir numerosas interpretações, entre a quais a representação de letras do alfabeto latino representadas de forma cursiva, ou outros elementos aparentemente decorativos. De entre estes últimos elementos destacam-se: traços ligeiramente ondulados dispostos na vertical; três linhas rectas convergindo para um centro comum; formas irregulares de círculo, com apêndice inicial, riscado da esquerda para a direita; formas em arco ou abóbada e arcos semicirculares cortados transversalmente por uma linha recta. Para além destas representações gráficas e figurativas presentes em materiais de construção, estão também presentes outro tipo representações a que poderíamos chamar “símbolos de casualidade”, testemunhadas através da impressão de mãos, pés, sandálias, ou patas de animais domésticos.

Estão também documentadas na cidade inscrições pintadas (tituli) em cerâmicas, como se vê em dois potinhos fragmentados provenientes de sepulturas sem contexto da necrópole da R. Rua do Caires. Num deles (Est. XVI, nº 1), correspondendo a cerca de um terço da parte superior da peça, lê-se o que parece ser um O, seguido de um E bem definido e a metade superior de um provável S.; no outro exemplar (Est. XVI, nº 2), apenas representado por um fragmento de pança, lêse as letras S. P.

Importante é também assinalar o conjunto de grafitos efectuados depois da cozedura, provavelmente fruto de motivações individuais e com características de espontaneidade, presentes em peças de jogo, testos de cerâmica e fusaiolas (vertici). Estes grafitos, gravados à mão livre numa ou nas duas faces destes elementos, apresentam-se, entre outros, sob a forma de motivos arbóreos (Ests. X, nº 1; 6; XI, nº 9; 11; XIII, nº 1; XXIV, nº 16), suásticas (Est. XIII, 87

Exemplos de Autarcia

Est. IV 1 Fragmento de bordo e parede de dolium. Proveniência: Misericórdia (N. I. : 1995-1212).

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Est. V 2 Fragmento de tegulae. Proveniência: Misericórdia (N. I. : 1996-0125). 3 Id. Proveniência: Acompanhamento realizado nos arredores de Braga (N. I. : 2002-1959).

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Id. Proveniência: Cerca do Seminário de S. Tiago (N. I.: 1997-0037). Id. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1996-0892). Id. Proveniência: Colina da Cividade (N. I. : 1999-2536). Id. Proveniência: Cerca do Seminário de S. Tiago (N. I. : 1999-1441). Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1997-1360).

Est. XI 9 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1994-0736). 10 Id. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I. : 1999-2770). 11 Id. Proveniência: Fujacal (N. I. : 19992546). 12 Id. Proveniência: Termas (N. I. : 19992551). 13 Id. Proveniência: Termas (N. I. : 19992540). 14 Id. Proveniência: Braga / sem contexto (N. I. : 1999-2538).

Est. VI 4 Fragmento de pequeno pote de engobe vermelho. Proveniência: Castro de S. Julião (Vila Verde) (N. I. : 2002-2007). 5 Id. Proveniência: Castro de S. Julião (Vila Verde) (N. I. : 2002-2008). 6 Jarro de engobe vermelho. Proveniência: Castro de S. Julião (Vila Verde) (N. I. : 2002-2006). 7 Fragmento de parede de forma indeterminada de engobe vermelho. Proveniência: Castro de S. Julião (Vila Verde) (N. I. : 2002-2070).

Est. XII 15 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1999-3033). 16 Id. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1998-1284). 17 Id. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1992-0889). 18 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 2000-0084). 19 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 2000-0881). 20 Id. Proveniência: sem contexto (N. I. : 1992-0828). 21 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1992-0971). Est. XIII 1 Testo. Proveniência: Termas (N. I. : 1992- 0826). 2 Id. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1992-0886). 3 Id. Proveniência: Termas (N. I. : 19920829). 4 Id. Proveniência: Av. Imaculada Conceição, Lote A e B (N. I. : 1998-1204).

Est. VII 8 Fragmento de parede e parte de colo de uma talha ou dolium. Proveniência: Antigas escavações (N. I. : 2001-1308). 9 Fragmento de bordo e parede de dolium. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I. : 1999-0061). Est. VIII 10 Pote de cerâmica de uso comum. Proveniência: Misericórdia (N. I. : 19960917). Est. IX 11 Fragmento de bordo e parede de dolium. Proveniência: Ferreiros (N. I. : 2002-1957). 12 Id. Proveniência: Campo de Aviação de Palmeira (N. I. : 2002-1991). Est. X 1 Ficha de jogo (calculus). Proveniência: Termas (N. I. : 1999-2917). 2 Id. Proveniência: “Praia das Sapatas” (N. I. : 1992-0825). 3 Id. Proveniência: Cerca do Seminário de S. Tiago (N. I. : 1997-0036).

Est. XIV 5 Id. Proveniência: Colina da Cividade (N. I. : 1999-2555). 88

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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tubuli são canalizações em argila de forma quadrangular ou rectangular, de altura variável. Trata-se de verdadeiras condutas, justapostas à parede, que permitiam a circulação de ar quente, com a particularidade de possuírem aberturas laterais que permitiam o aquecimento da totalidade da parede.

Id. Proveniência: Termas (N. I. : 19992543). Id. Proveniência: Misericórdia (N. I. : 1996-0913).

Est. XV 8 Id. Proveniência: Colina da Cividade (N. I. : 1992-0824). 9 Id. Proveniência: Albergue (N. I. : 19970044). 10 Id. Proveniência: Cónego Arlindo (N. I. : 1992-0827). 11 Id. Proveniência: Av. Imaculada Conceição, Lote A e B (N. I. : 1998-1205). 12 Id. Proveniência: Termas (N. I. : 19960903). 13 Id. Proveniência: Av. Imaculada Conceição, Lote A e B (N. I. : 1998-1203). 14 Id. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19992664).

Como se vê na imagem, o primeiro tubulus de cada coluna repousava frequentemente sobre um tijolo de suspensura suportado por colunelos; os restantes tubuli do conjunto eram, sustentados por pregos de ferro em forma de T ou apoiados contra a parede através de uma argamassa. Em Bracara Augusta, este tipo de material foi encontrado nas termas públicas do Alto da Cividade, associado à 1ª fase construtiva do edificado, e em áreas privadas com balneários, como se verifica na insula das Carvalheiras, e nas escavações num balneário romano na R. Afonso Henriques. O conjunto destes materiais permite, desde já, identificar seis tipos de tubuli empregues na cidade, destrinçáveis, entre si, pelas suas dimensões e pelo tipo de abertura lateral que possuem (vd. quadro). Com uma altura variável entre 17,5 e 29,6 cm, estes são, na sua totalidade, rectangulares, e possuem apenas uma única abertura de cada um dos lados laterais, de forma circular ou quadrada, adequada às suas medianas dimensões. Como se depreende de um exemplar encontrado no balneário da R. Afonso Henriques (N. I.: 954-94) os tubuli eram fabricados a partir da união de duas partes iguais em forma de U, unidas, naturalmente, antes do processo da cozedura, dando origem à sua forma alongada e rectangular. À semelhança de outros contextos conhecidos no Império Romano (Bouet, 1999, p.

Est. XVI 1 Fragmento de potinho. Proveniência: Necrópole da R. do Caires (N. I. : 19910685). 2 Id. Proveniência : Necrópole da R. do Caires (N. I.: 1991-0686). 2.1.4 Os materiais de construção No período imperial romano dá-se uma proto-industrialização da construção pelo emprego, entre outros, de materiais de construção em cerâmica. Estes materiais oferecem uma capacidade de resistência a fortes temperaturas tornando-os preferíveis à própria utilização da pedra. A este nível, e apesar da padronização típica destes materiais, a história das produções técnicas utilizadas contribui para a identificação de fácies culturais utilizadas num determinado momento numa dada região. Nesse sentido, apresentamos o conjunto de materiais de construção provenientes das escavações realizadas em Bracara Augusta, com o intuito de dar a conhecer as preferências de utilização e as técnicas locais adoptadas nesta cidade ao longo de todo o período imperial. 2.1.4.1 Os tubuli Largamente utilizados em construções romanas da época imperial (nas províncias difundem-se a partir de finais do século I), os 89

Exemplos de Autarcia

ALTURA (cm)

SECÇÃO (cm)

FORMA DAS ABERTURAS LATERAIS

DATAÇÃO

LOCAL

POSIÇÃO ESTRATIGRÁFICA

Termas

27,8

30,8x15,8

Circular

Inícios do Séc. II

“in situ”

R. Afonso Henriques

29,6 ? 29,6 29,6

31,7x12,6 ?x14,7 ?x15,5 ?x20,2

Circular Quadrangular Circular Circular

23,2 23,2 a 25,2

29,5x14,3 29,5x14,3

Quadrangular Circular

18,6 ? 17,5 17,5

37,8x12,3 ?x12,3 ?x17,2 ?x17,2

Quadrangular Quadrangular Circular Circular

Carvalheiras

Dume

1ª metade do séc.II derrube

Séc. III/IV Séc. III/IV Séc. III/IV Séc. III/IV

NÚMERO TIPOLOGIA DE INVENTÁRIO I-I I – II I – III I – IV I–V

954-94 960-94 955-94 957-94

I – III I – VI

251-2000 ? 711-94 709-94 708-94 707-94

Tubuli de Bracara Augusta O 1º Grupo está representado por elementos de corpo rectangular que se caracterizam por possuir numa das extremidades dois encaixes para o assentamento das tijoleiras; dentre estes, destacamos um exemplar dado apresentar uma abertura central situada no corpo do tijolo, certamente utilizada para aligeirar o seu peso.

66-67), em Bracara Augusta a espessura das paredes dos tubuli pode ser indicativa de maior ou menor antiguidade: os exemplares provenientes de contextos alto-imperiais do conjunto termal do Alto da Cividade e da insula das Carvalheiras, com uma espessura média de 1,8 a 2,5 cm, diferem de outros encontrados em contextos baixo-imperiais nas escavações da R. Afonso Henriques, com uma espessura média de 2,5 a 3,5 cm. A corroborar esta hipótese temos os tubuli provenientes de contextos dos sécs. III/ IV encontrados na uilla romana de Dume, cuja espessura da parede medeia os 2,7 e os 4 cm.

O 2º Grupo apenas está presente por um exemplar idêntico aos anteriores mas que se distingue por possuir um corpo rectangular cuja largura é superior à altura. Os do 3º Grupo diferenciam-se dos precedentes pela presença de dois entalhes numa extremidade e dois encaixes no lado oposto, possibilitando, assim, o assentamento de duas tijoleiras criando verdadeiras condutas entre cada arco. Deste grupo fazem parte os tijolos em aduelas de corpo quadrangular e de corpo trapezoidal.

2.1.4.2 Os tijolos em aduelas Os tijolos em aduelas eram utilizados nas construções para diferentes funções, com especial destaque para a criação de sistemas abobadados de cobertura das salas quentes em edifícios termais e balneários privados. Com a forma quadrangular, rectangular ou trapezoidal, estes tijolos caracterizam-se por possuir dois encaixes dispostos numa extremidade podendo, ainda, associar na outra extremidade dois entalhes. Como testemunho do seu emprego como aduelas, a maior parte possui um perfil em cunha mais ou menos pronunciado de acordo com o talhe das tijoleiras que encerram o sistema abobadado. Em Bracara Augusta podemos distinguir 4 Grupos de tijolos em aduelas tendo em conta o modo de encaixe nas tijoleiras e respectiva altura (excepto dos entalhes), largura e espessura (base e topo) que estes poderiam adquirir.

Por último, o 4º Grupo está representado por tijolos em aduelas que se caracterizam pela presença de quatro encaixes dispostos frente a frente sobre todo o comprimento do tijolo. Se nos detivermos na análise do quadro relativo à totalidade destes elementos facilmente podemos inferir o predomínio dos tijolos pertencentes ao Grupo 1, relativamente aos Grupos III e IV que, apesar da idêntica paridade numérica, não ultrapassam quantitativamente o primeiro. Por outro lado, e no que diz respeito à sua distribuição na cidade, po90

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

der-se-á ainda constatar a maioria de elementos encontrados no conjunto termal da colina do Alto da Cividade, seguido das áreas adstritas a necrópoles. Tal concentração para além de testemunhar, inequivocamente, o seu uso preferencial em áreas termais, permite, ainda, pressupor, uma certa tradição continuada dos oleiros de Bracara Augusta na feitura destes elementos de construção.

grandes dimensões, destinados para armazenamento, transporte e outros fins. Na cidade existiu ainda uma tradição de fabrico de cerâmicas com características particulares de retenção de calor e resistência ao fogo, caracterizadas por possuir um engobe vermelho não vitrificável. Estas cerâmicas estão representadas por dezenas de milhares de fragmentos distribuídos por toda a área outrora ocupada pela cidade romana. A mesma técnica de fabrico e o carácter não vitrificável do engobe são o denominador comum destas cerâmicas que perduraram do século I d. C. até meados do século V d. C. Esta longa duração pode explicar as particularidades significativas do engobe, das pastas e das tipologias que naturalmente conduziram à sua integração em três grupos distintos, de acordo com critérios bem definidos: imitações do engobe pompeiano (“pompejanish-roten Platen”); imitações da terra sigillata hispânica e da sigillata africana e produções comuns destinadas a servir à mesa, para armazenamento e de cozinha (vd. Delgado, 1993-94, p. 113-139, Est. I-X). A par destas produções, os oleiros de Bracara Augusta tiveram a iniciativa e a mestria de oferecer à população produções diversificadas de apreciável qualidade, como alternativa mais económica às cerâmicas de importação cujas formas de maior êxito tão bem souberam imitar. Foi o caso bem documentado das cerâmicas bracarenses e da produção de lucernas, ilustrativas do savoir faire dos oleiros bracaraugustanos e da intencionalidade de comercializar os seus produtos à escala regional. Estas duas produções serão desenvolvidas no capítulo dedicado aos materiais. Aqui referir-nos-emos resumidamente às cerâmicas pintadas, fabricadas a partir de barreiros cauliníticos e da região do Prado (Gomes, 2000), às miniaturas votivas, aos vasos rituais, às representações de mascarões e terracotas e às peças de jogo:

2.1.4.3 Outros tijolos Nas diferentes escavações foram ainda recolhidos outro tipo de tijolos modelados segundo a dimensão do pé romano (=26, 6 cm). Referimo-nos, entre outros, aos conhecidos tijolos de forma quadrada (pedalis, bipedalis, sesquipadalis, e bessalis) e triangulares obtidos a partir dos anteriores. 2.1.4.4 As telhas A utilização de telhas de barro cozido foi uma revolução nos métodos de construção romana e encontramo-los nas escavações das localidades romanas como no caso de Bracara Augusta. As telhas eram fabricadas através da introdução do barro em moldes, onde se deixavam a secar e endurecer, sendo depois colocados em fornos para serem cozidas. Como se testemunha na cidade estas eram fabricadas em vários tamanhos. Como seria de esperar foram recolhidos na cidade tegulae e imbrices usados pelos romanos. 2.1.5 Exemplos de produções locais Como seria de esperar, cerca de 60 a 90% das produções cerâmicas corresponde à cerâmica dita comum. Trata-se de uma cerâmica, destinada a cobrir todas as necessidades, de que são exemplo a baixela de mesa, as cerâmicas de cozinha e de armazenamento, os contentores de transporte, o mobiliário funerário, etc. Em Braga podemos distinguir, atendendo às características técnicas, dois grupos genéricos desta cerâmica: um de pastas finas, de cor creme, destinadas a servir à mesa; outro, de pastas com abundantes inclusões e superfícies menos cuidadas, frequentemente utilizadas para ir ao fogo, como demonstram os vestígios de fuligem, outros, por vezes de

• de entre um conjunto significativo de cerâmicas pintadas destacam-se três pequenos fragmentos (Est. XVII, nº 1-3) de pasta fina, esbranquiçada, decorados com motivos humanos encontrados num contexto arqueológico datado dos anos 50-80 d. C. (Alarcão, 1975c, p. 103, Est. XX, nº 1-2). A existência destes fragmentos vem mais 91

Exemplos de Autarcia

uma vez demostrar o grau de mestria dos oleiros que trabalhavam na cidade que recorriam a decorações inspiradas em modelos clássicos. Num destes fragmentos (Est. XVII, nº 1) vê-se a representação tosca de duas figuras separadas por um friso vertical interiormente decorado por uma linha vertical ondulada. A figura disposta à direita deverá corresponder a um servo ligado a um dos cultos existentes na cidade, no acto de coroar a figura à esquerda representada por uma jovem bailarina desnuda; • as miniaturas votivas enquadram-se no tipo de objectos encontrados em fossas votivas (Krause, s/d., p. 45-46, fig. 41). O primeiro (Est. XVIII, nº 1) foi encontrado sem estratigrafia associada num contexto de necrópoles e o segundo (Est. XVIII, nº 2) provém de uma fossa aberta na alterite junto a uma insula (cova 31). Nesta fossa, datada entre a 2ª metade do século I a finais do século III (Delgado, 1996-97, p. 153), foram ainda encontrados cerca de 59 vasos de cerâmica posteriormente reconstituídos, dos quais se destaca a presença de um vaso ritual realizado em cerâmica pintada (199697, p. 142 e153, Est. XIV, nº 83); • o vaso ritual (Est. XIX, nº 3) possui na metade superior da pança uma decoração particularmente realçada pela aplicação de um bico vertedoiro em forma de falo, encimado por uma espécie de pátera e ladeado, em ambos os lados, pela representação de uma vulva; a face oposta da pança está ornamentada pela decoração, também aplicada, de dois falos dispostos transversalmente, mediados por uma única vulva; os falos são representados com testículos. Acrescentem-se, a estes exemplares, quatro pequenos fragmentos com o mesmo tipo de decoração encontrados em Braga: um em cerâmica comum fina, ligeiramente engobada, proveniente das Cavalariças (Est. XX, nº 4) e três outros em cerâmica pintada, encontrados nas escavações da R. de Santo António das Travessas (Est. XX, nº 5), R. D. Paio Mendes (Est. XX, nº 6) e da referida fossa junto à insula das Carvalheiras, este último (Gomes, 2000: 142) submetido a análise laboratorial. Ainda que bem testemunhados no mundo romano, apenas conhecemos no actual território português dois outros publicados provenientes das

escavações de Conimbriga. Trata-se de um exemplar fragmentado saído de uma camada de aterro e de um outro completo encontrado numa insula a oeste do forum, datado dos meados do século I (Alarcão, 1975b, p. 93-95, pl. I, nº 609, pl. XXIX; Alarcão, 1984, p. 123 e 134, nº 555; 1994, p. 64 e 166, nº 557); • a representação de mascarões aplicados com figurações zoomórficas ou humanas está documentada em dois exemplares. É o caso da ornamentação simbolizando a cabeça de um javali aplicada na parede de uma pequena jarra (Est. XXI, nº 1) proveniente de uma sepultura da Via XVI do núcleo de necrópoles da R. do Caires (Zona 80B; sepultura a) (Martins e Delgado, 1989-90b, p. 60-61, fig. 11, nº 17, p. 84-85 e p. 180), elemento que se repete num exemplar fragmentado e de feitura tosca com o que parece ser a cabeça de um leão (Est. XXI, nº 2), e pela curiosa presença no fundo interno de um vaso de forma indeterminada de uma face humana muito estilizada (Est. XXI, nº 3); • a representação de serpentes: de referir também a presença de uma pega na qual se representa a cabeça extremamente estilizada de uma cobra ou serpente (Est. XXII, nº 4), elemento que parece repetir-se num outro pequeno fragmento de pega cuja representação dos olhos e boca se faz através de pequenos orifícios (Est. XXII, nº 5). A representação destas serpentes em fragmentos de cerâmica poderá estar relacionada, à semelhança de outros exemplares de cerâmica pintada encontrada no povoado de Guifões (Santos, 1963a, p. 136-56), com o culto ofiolátrico, porventura relacionado com o Genius Loci ou o culto de Asklepios ou Esculápio, curiosamente mencionado numa inscrição lapidar da região de Braga (Vasconcelos, 1913, p. 265); • neste rol de produções inclui-se ainda, como referimos, a presença de uma miniterracota correspondente a uma meia noz, recolhida nas escavações da insula das Carvalheiras (Est. XXII, nº 6). A excelente execução deste exemplar leva-nos a pensar que se trata de uma peça datada do altoimpério. Para este elemento encontrámos paralelos específicos na colecção de terracotas depositadas no Museu das Antiguida92

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

des Nacionais em Saint-Germain-en-Laye, estudadas por M. Rouvier-Jeanlin (1972, p. 401, nº 1267-71). Na verdade, os achados deste tipo são raros em estações romanas, pelo menos no que respeita ao território actualmente português: para além deste exemplar apenas temos conhecimento de uma mini-máscara de um negro proveniente da estação do Alto da Cidreira (Alcabideche, Cascais) (Branco et al., 1970-72, p. 101-104; Encarnação et al., 1982, p. 6), estudada por Jeannete Nolen (1988, p. 6566, Fig. 1), e três outras, bastante desgastadas e incompletas, encontradas na villa de Freiria (também em Cascais) (Cravinho, 1993-94, p. 333-48, Figs. 6-9). Segundo diferentes autores (Klose e Silber, 1929, p. 83; Rouvier-Jeanlin, 1972, p. 29; Krause, s/d., p. 39 e 40; Jealin, 1998, p. 153-61), as representações em terracota possuem um forte significado religioso: podiam ser colocadas nos larários familiares, como parte da decoração religiosa da casa, ou como parte do mobiliário de sepulturas, enquanto oferendas funerárias. Referem ainda a possibilidade de poder tratar-se de meros brinquedos. Encontra-se ainda no espólio do Museu D. Diogo de Sousa a representação de um pássaro em terracota proveniente das antigas escavações realizadas na Colina de Maximinos (Est. XXII, nº 7). Trata-se da representação de uma pomba fracturada ao nível da cabeça que encontra paralelos aproximados noutros exemplares do mundo romano (Klose e Silber, 1929, p. 83, nº 48; Rouvier-Jeanlin, 1972, p. 36876, nº 1127-54, p. 391, nº 1211-12; Krause, s/d., p. 39 e 40, Fig. 34; Jealin, 1998, p. 153-61, Fig. 4, nº 5). Um exemplar idêntico proveniente da insula II da cidade de Saragoça e actualmente em depósito no Museu daquela cidade representa uma pomba em alabastro, também fragmentada ao nível da cabeça, encontrada num enterramento infantil datado da 1ª metade do século I (Beltrán-Lloris, 1998, p. 130-31, nº 351); • as peças de jogo estão representadas por um dado (t. lusoriae) (Est. XXII, nº 8), que apresenta uma face lisa faltando-lhe por gravação o equivalente ao número três, e tésseras (calculi) de pequenas a grandes dimensões, utilizadas como fichas de jogo. O dado encontra paralelo numa peça prove-

niente da sepultura 2 (UE 76) da necrópole oriental de Mérida (vid. Bejarano Osorio, 1996: 37-58, em particular, 54, nº 5). As fichas de jogo recolhidas em Braga foram elaboradas para o efeito em fabrico idêntico ao de material de construção (Est. X, nº 1) ou, mais frequentemente, improvisadas a partir de vasos de cerâmica comum (Ests. X, nº 2-8; XI, nº 9-14) e engobes vermelhos (Est. XII, nº 15-21). Est. XVII 1 Fragmento de vaso pintado com figuras humanas. Proveniência: Antigas escavações (N. I. : 2002-1282). 2 Id. Proveniência: Antigas escavações (N. I. : 2002-1283). 3 Id. Proveniência: Antigas escavações (N. I. : 2002-1939). Est. XVIII 1 Recipiente votivo em miniatura. Proveniência: Braga s/contexto (N. I. : 19910745). 2 Id. Recipiente votivo em miniatura. Proveniência: Carvalheiras - fossa 31 (N. I. : 1991-1754). Est. XIX 3 Vaso Ritual. Proveniência: Carvalheiras - fossa 31 (N. I. : 1991-1761). Est. XX 4 Fragmento de vaso ritual. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 2002-0310). 5 Id. Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I. : 2002-0309). 6 Id. Proveniência: R. D. Paio Mendes (N. I. : 2002-1005). Est. XXI 1 Pequena Jarra com mascarão. Proveniência: Necrópole da R. do Caires - Zona 80B, sepultura a (N. I. : 9910997). 2 Mascarão de forma de cerâmica indeterminável. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1992-0738). 3 Face humana estilizada no fundo interno de um vaso de cerâmica comum fina. Proveniência: Braga s/contexto (N. I. : 1993-0694).

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Exemplos de Autarcia

Est. XXII 4 Pega em forma de serpente. Proveniência: Braga s/contexto (N. I. : 19990119). 5 Id. Proveniência: Colina da Cividade (N. I. : 2002-0315). 6 Mini-terracota. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1992-0859). 7 Terracota votiva ou brinquedo. Proveniência: Maximinos (N. I. : 1997-0169). 8 Dado. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1992-0872).

Os vestígios que indirectamente documentam a produção de tecidos na cidade estão representados por pesos de tear (pondera). A estes acrescente-se as fusaiolas (verticilli). Os pesos de tear, por vezes com grafitos idênticos aos dos materiais de construção, possuem diferentes formas (Est. XXIII): paralelepípedos; pirâmides truncadas de base rectangular e quadrangular; face trapezoidal e lado rectangular; em escudo, etc. As fusaiolas, os pesos associados ao fuso de fiar, fusus, para garantir o movimento de rotação do mesmo, foram elaboradas expressamente para o efeito (Est. XXIV, nº 15), ou afeiçoadas a partir de cerâmicas comuns (Est. XXIV, nº 6-10; Est. XXV, nº 11-18) e engobes vermelhos (Est. XXVI, nº 19-25).

Desta última escavação provém ainda o exemplar (Est. XXVII, nº 1), bastante mais pequeno que os anteriores e terminando num bordo simples, com de vidro preto opaco que possivelmente foi utilizado para a produção de jóias (2001, p. 34-35, fig. 14, nº 3). Um exemplar com o bordo tronco-cónico (Est. XXVII, nº 2), proveniente da insula das Carvalheiras, contém na parede interna areia calcinada pelo fogo. Segundo Mário da Cruz (2001, p. 33), poderá tratar-se de um vaso de “fritura” da areia antes da fusão final para a produção de vidro ou talvez, dada a existência de areias e as altas temperaturas que necessariamente atingiu, da calcinação acidental provocada por um incêndio. Além de objectos especificamente relacionados com a produção de vidro, encontram-se ainda na cidade outro tipo de vasos de produção local que atestam, ainda que indirectamente, a importância desta actividade. Trata-se de almofarizes de produção local que possuem no seu interior uma característica cobertura vitrificada (Est. XXVIII, nº 3-4). Estes almofarizes, que encontram paralelos em exemplares encontrados no povoado de Guifões (Santos, 1963b, p. 157-66), possuem um característico vidrado plumbífero, ainda hoje utilizado nalgumas olarias rústicas do Minho, como, por exemplo, em pequenas olarias caseiras da região de Barcelos. Como bem observa Joaquim Neves dos Santos (1963b, p. 161), a propósito dos referidos exemplares do povoado de Guifões, este revestimento interior permitia não só a impermeabilização das pastas porosas da cerâmica, como também lhes aumentava a sua resistência mecânica indispensável “na arrecadação de líquidos ácidos como o vinho, o azeite e a manipulação de gorduras ferventes, facilitando também grandemente a indispensável limpeza depois das aplicações de cozinha, quando a isso eram destinados”.

A utilização de cadinhos em cerâmica para a produção de vidro está bem documentada na cidade (Cruz, 2001, p. 33-34). Estes estão representados pelos característicos vasos de formato tronco-cónico. A quase totalidade destes exemplares, em estado muito fragmentado, provém das antigas escavações de Maximinos e de camadas de entulho de recentes escavações realizadas na Quinta do Fujacal.

Ligado às artes do fogo temos ainda exemplares de cadinhos em material do tipo refractário utilizados na fusão de metais a altas temperaturas, idênticos a tantos outros encontrados no mundo romano (Krause, s/d., p. 36-37). O achado destes exemplares nas escavações realizadas no Edifício Cardoso da Saudade, na R. Frei Caetano Brandão e nas Cava-

2.1.6 Produções cerâmicas subsidiárias de outras actividades Como seria de esperar, no contexto da grande diversidade de produções até à data documentadas na cidade, estão também presentes outras produções cerâmicas usadas em diversas actividades, como no caso de fabrico de tecidos ou o fabrico específico de cadinhos e moldes em cerâmica directamente relacionados com as actividades vidreiras e metalúrgicas.

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Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

lariças, pressupõe, à semelhança do fabrico do vidro, a existência de diferentes oficinas locais dedicadas àquelas actividades. Das escavações realizadas no Edifício Cardoso da Saudade provém um exemplar de parede (Est. XXIX, nº 1) e três pequenos fundos assentes numa pequena base plana (Est. XXIX, nº 2-3), ou em forma de bico fundeiro (Est. XXIX, nº 4), este último com vestígios de escorrência de bronze na face externa. Na R. Frei Caetano Brandão foram encontrados dois cadinhos, um dos quais em forma de pequena taça (Est. XXIX, nº 6) e com a particularidade de estar abundantemente contaminado com ouro, presente sob a forma de pequenas pérolas. A actividade ligada à fusão de ouro está também documentada na zona das Cavalariças pelo achado de dois cadinhos (Est. XXIX, nº 5-7) que, à semelhança do exemplar anterior, apresentam vestígios de contaminação de ouro. A existência de fragmentos de cadinhos com escórias resultantes da fusão do bronze estão igualmente documentados.

do pelas duas faces do molde bivalve permite perceber que se trata de moldes para a fundição de lâminas decoradas provavelmente pertencentes à parte superior de sítulas. Um outro (Est. XXXIV, nº 11) corresponde à parte superior do suporte anelar da asa de uma armela de sítula. No actual território português o achado de moldes idênticos ao de Braga foram, entre outros sítios, documentados no povoado de Santo António, Afife, Viana do Castelo (Silva, 1986, p. 168 e 194, Est. LXXXIII, nº 13). Quanto à presença de moldes para a feitura de armelas de sítula apenas se documenta, de acordo com a bibliografia consultada, em Conimbriga (Alarcão, 1994, p. 13, 78, nº 123 e p. 79, nº 122) e Lomba do Canho (Arganil) (Fabião, 1998b). Na Galiza o achado de exemplares deste tipo de objectos é mais frequente como testemunham os moldes e lâminas e de suportes de asa, para além de vários suportes em bronze, encontrados nos povoados de Santa Trega, A Guarda (Pontevedra), Fozara, Castelo de Neiva e Sto. António (Carballo Arceo, 1983, 7-32, Ests. XII-XVII; 1989, p. 60-63, fig. 35, Est. VIII, p. 219-220 e 125). Moldes com idênticas decorações estão ainda documentados na área da antiga Asturica, em “El Castrelín de San Juan de Paluezas (Sánchez Palencia, 2000, p. 78).

A estes vestígios acrescente-se uma significativa e importante quantidade de moldes em cerâmica para a fundição de sítulas em bronze (Martins, 1988, p. 23-29, Ests. I – III). Estes moldes encontrados nas escavações realizadas no Albergue Distrital (Ests. XXX, nº 1; XXXI, nº 2-3; XXXII, nº 4-6; XXXIII, nº 710) e nas Cavalariças (Ests. XXXIV, nº 11-12; XXXV, nº 13-14; XXXVI, nº 15-17; XXXVII, nº 18-20; XXXVIII, nº 21-22; XXXIX, nº 2327), provém de níveis não selados. O estudo de alguns destes moldes (Ests. XXXV, nº 13-14; XXXVI, nº 15; 17) realizado por Manuela Martins (1988, p. 27-29), permitiu, todavia, datá-los, com alguma segurança, entre os finais do século I a. C. e os meados do século I da nossa era (1988, p. 27-28). Estes moldes, com pastas de tons variados (predominantemente negras no interior e com superfícies externas alaranjadas), correspondem à parte decorada de moldes bivalves que apresentam uma decoração geométrica com um número limitado de motivos, constituídos por elementos em SSS entrelaçados dispostos em bandas horizontais, e decorações em espinha e linhas de pérolas também dispostas na horizontal. Um deles (Est. XXX, nº 1) representa-

Est. XXIII Pesos de tear. Est. XXIV 1 Fusaiola. Proveniência: Maximinos (N. I. : 1997-1382). 2 Id. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1996-0895). 3 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1992-0882). 4 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1997-1391). 5 Id. Proveniência: Cerca do Seminário de S. Tiago (N. I. : 1997-0003). 6 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1999-0281). 7 Id. Proveniência: Colina da Cividade (N. I. : 1999-0280). 8 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1997-1374). 9 Id. Proveniência: Fujacal (N. I. : 19992797). 95

Exemplos de Autarcia

10

Id. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19992902). 2

Est. XXV 11 Id. Proveniência: Colégio da Sagrada Família (N. I. : 1990-1288). 12 Id. Proveniência: Fujacal (N. I. : 19990105). 13 Id. Proveniência: Termas (N. I. : 19992777). 14 Id. Proveniência: Fujacal (N. I. : 19971322). 15 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1997-1390). 16 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1992-0876). 17 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1997-1367). 18 Id. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1998-1282).

3 4

5 6

7

dução de bronze. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I. : 19990068). Id. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I. : 1999-0065). Id. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I. : 1999-0066). Fragmento de cadinho em forma de bico fundeiro associado à produção de bronze. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I. : 1999-0067). Id. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1996-0894). Cadinho associado à produção de ouro. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I. : 2002-0332). Id. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1991-0869).

Est. XXX 1 Fragmento de molde bivalve de sítula. Proveniência: Albergue Distrital (N. I. : 1998-1076).

Est. XXVI 19 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1999-0344). 20 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1992-0861). 21 Id. Proveniência: Cerca do Seminário de S. Tiago (N. I. : 1997-0025). 22 Id. Proveniência: Braga s/contexto (N. I. : 1997-1377). 23 Id. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1997-1389). 24 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1999-0548). 25 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1992-0737).

Est. XXXI 2 Id. Proveniência: Albergue Distrital (N. I. : 1998-1825). 3 Id. Proveniência: Albergue Distrital (N. I. : 1998-1824). Est. XXXII 4 Id. Proveniência: Albergue Distrital (N. I. : 2002-1008). 5 Id. Proveniência: Albergue Distrital (N. I. : 2002-1009). 6 Id. Proveniência: Albergue Distrital (N. I. : 1998-1077).

Est. XXVII 1 Cadinho utilizado na produção de vidro. Proveniência: Fujacal (N. I. : 20000959). 2 Id. Proveniência: Carvalheiras (N. I. : 1999-0169).

Est. XXXIII 7 Id. Proveniência: Albergue Distrital (N. I. : 2002-1011). 8 Id. Proveniência: Albergue Distrital (N. I. : 2002-1013). 9 Id. Proveniência: Albergue Distrital (N. I. : 2002-1012). 10 Id. Proveniência: Albergue Distrital (N. I. : 2002-1010).

Est. XXVIII 3 Almofariz com revestimento interno vítreo. Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 1991-2288). 4 Id. Proveniência: Misericórdia (N. I. : 1996-0816).

Est. XXIV 11 Fragmento de molde de armela de sítula. Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1991-0862). 12 Fragmento de molde bivalve de sítula.

Est. XXIX 1 Fragmento de cadinho associado à pro96

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

tesanais, dependentes de fabri envolvidos em actividades tecnológicas específicas. Como referimos, para isso contribui a sua posição geo-estratégica que determinou o seu desenvolvimento e favoreceu a difusão de produtos manufacturados e a aquisição de matérias primas. De entre estas, a argila e a madeira eram adquiridas nas proximidades da cidade enquanto que os metais e o vidro, quando não apenas reciclados, podiam ser adquiridos em bruto para de seguida serem trabalhados em oficinas especializadas. Neste contexto, salienta-se uma estela encontrada no século XVIII, nas proximidades do “Convento dos Remédios”, decorada com motivos provavelmente relacionados com uma oficina de ferreiro (Tranoy e Le Roux, 1989-90, p. 193-94, fig. 4). Esta estela foi dedicada por Agathopous, escravo de T. Satrius, a outro escravo seu colega, também este de nome grego, chamado Zethus (198990, p. 193-94, fig. 4). As oficinas de oleiros e telheiros, como certamente outras que provocavam poluição, foram geralmente estabelecidas na periferia das cidades, pois necessitavam de grandes espaços, de muita água, de muita lenha e, sobretudo, de barro abundante. Tal parece ser o caso da zona de Anobra, situada a cerca de 6 km a noroeste da cidade romana de Conimbriga, como zona provável para o sítio de olarias, e de Avelar, situada a 25 km a sudeste, neste caso, para a extracção de argilas para a produção de louça de barro vermelha típica de uma produção tardia atestada nesta cidade (Alarcão, 1984, p. 26-27; 1994, p. 21 e 23). No caso da cidade romana de Bracara Augusta, a região do Prado/Ucha, situada a cerca de 14 km, foi seguramente um local para a extracção de barros e, quiçá, centro de sítio de olarias destinadas ao abastecimento da cidade e respectiva região, situação, aliás, comprovada desde os idos medievais até à actualidade. A possível existência de oficinas de oleiros fora da cidade não invalida, porém, o seu sítio no interior da mesma. De facto, a articulação das informações relativas a antigas referências e a vários achados encontrados nas escavações permite situar um importante sector artesanal fora da malha regular das insulae situado no quadrante sudoeste da cidade, testemunhado pela referência a um forno, um tanque de decantação de argila e dois moldes de lucernas.

Proveniência: Cavalariças (N. I. : 19910874). Est. XXXV 13 Id. Proveniência: Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1991-0702). 14 Id. Proveniência: Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1991-0701). Est. XXXVI 15 Id. Proveniência: Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1991-0703). 16 Id. Proveniência: Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1991-0863). 17 Id. Proveniência: Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1991-0704). Est. XXXVII 18 Id. Proveniência: Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1991-0867). 19 Id. Proveniência: Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1991-0864). 20 Id. Proveniência: Proveniência: Cavalariças (N. I. : 1991-0877). Est. XXXVIII 21 Id. Proveniência: Proveniência: Cavalariças (N. I. : 2002-1956). 22 Id. Proveniência: Proveniência: Cavalariças (N. I. : 2002-1288). Est. XXXIX 23 Id. Proveniência: Proveniência: riças (N. I. : 1991-0865). 24 Id. Proveniência: Proveniência: riças (N. I. : 1991-0866). 25 Id. Proveniência: Proveniência: riças (N. I. : 1991-0861). 26 Id. Proveniência: Proveniência: riças (N. I. : 1991-0741). 27 Id. Proveniência: Proveniência: riças (N. I. : 1991-0860).

CavalaCavalaCavalaCavalaCavala-

2.2 A DISPERSÃO NA CIDADE DOS VESTÍGIOS RELACIONADOS COM AS OFICINAS LOCAIS Como comprovam os vestígios até ao momento reunidos, Bracara Augusta, à semelhança de outros aglomerados antigos de certa importância, acolhia numerosas oficinas ar97

Exemplos de Autarcia

Os vestígios do trabalho de vidro foram documentados em inúmeros quarteirões situados dentro e fora da malha regular das insulae. De entre estes, os mais significativos encontram-se na periferia daquela malha provenientes das antigas escavações realizadas na Casa do Poço, situada na zona oeste da cidade, nas proximidades do decumanus máximo correspondente à actual Rua de S. Sebastião. Daqui provém um tijolo do tipo refractário coberto por escorregamentos de vidro fundido que, conjuntamente com escórias de vidro verde gelo comum aos vidros dos séculos I-II, encontrados nos entulhos de um poço romano, inequivocamente comprovam a existência de uma oficina. Ao contrário da maior parte das oficinas especializadas isoladas na periferia dos quarteirões de habitação, os testemunhos das actividades metalúrgicas estão documentados no interior da malha urbana regular, à semelhança de outras cidade do mundo romano (Alarcão, 1984, p. 21; 1994, p. 14; Krause, 2001, p. 56-57; Pettinau, 1993, p. 76). De facto, com excepção de fragmentos de cadinhos para a fundição de bronze e/ou outros metais encontrados na sua periferia, provenientes das escavações realizadas no Edifício Cardoso da Saudade situado na parte nordeste da cidade, os restantes testemunhos das actividades metalúrgicas estão documentados no âmago da cidade. Estes vestígios correspondem a cadinhos para fundição de ouro e bronze e moldes para a fundição de elementos de sítulas, designadamente, a parte superior de lâminas decoradas e suportes anelares de armelas. Como se depreende da análise da dispersão dos vestígios relacionados com todas estas actividades destaca-se o núcleo das Cavalariças como o bairro artesanal por excelência.

Esta situação resulta da variabilidade de concentração de indústrias que aí parece ter tido lugar. Efectivamente, nesta área foram encontrados vestígios relacionados com as actividades oleiras e metalúrgicas. A estranheza da concentração de todas estas actividades bem dentro da malha urbana deve, a nosso ver, ser considerada à luz da cronologia precoce de alguns destes vestígios. De entre estes destaca-se a presença do molde de lucerna datado do período de Augusto a Tibério (Morais, 2002b, p. 181-96) e dos moldes de sítula acima referidos datados do período pré-flavio. Os restantes vestígios relacionados com as olarias encontradas no interior e no exterior da malha urbana são residuais e nem sempre fáceis de explicar. Estão neste caso as duas relas de oleiro, uma proveniente da insula das Carvalheiras e outra do Largo de Santa Cruz, e de um provável acessório de olaria de função indeterminada encontrado nas escavações na R. Damião de Góis. Os vestígios relacionados com a produção de vidro encontrados no interior da malha urbana, provenientes da insula das Carvalheiras e da Misericórdia, podem, todavia, querer significar a existência de pequenas oficinas, trabalhando a uma escala restrita, para satisfazer as necessidades daqueles quarteirões habitacionais. De fora desta apreciação ficam os testemunhos encontrados nas escavações realizadas na antiga Quinta do Fujacal, situada no extremo sudeste da cidade romana. Trata-se de uma área junto à muralha do Baixo Império, cuja fundação data de finais do séc. III/inícios do séc. IV, onde abundam aterros de materiais cujo significado não pode ser valorizado para se concluir da localização de oficinas artesanais (Fig. 23).

98

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Fig. 23 Dispersão na cidade dos vestígios relacionados com as oficinas locais.

99

As Ânforas e os Almofarizes

III. AS ÂNFORAS E OS ALMOFARIZES

(64,04%) transportados nas ânforas Haltern 70, que merecerão um tratamento mais desenvolvido. Esta percentagem contrasta com o índice notavelmente baixo das restantes produções: os produtos piscícolas (18,67%), seguidos dos produtos vinários (9,81%) e oleícolas (apenas 1,99%). As ânforas de produção regional e local, possivelmente utilizadas no transporte de produtos vínicos e preparados piscícolas, correspondem apenas a 4,74%.

3.1 AS ÂNFORAS IMPORTADAS A análise das produções anfóricas recolhidas em Bracara Augusta dá-nos uma imagem do fluxo das ânforas importadas e da grande variedade de produtos oriundos de distintas províncias do Império que chegaram a esta cidade. Como se vê na Fig. 24 a e b, predominam os produtos oriundos da Bética, em particular os produtos derivados do vinho

Fig. 24 Quantidade e relação percentual dos produtos importados e produções regionais e locais

Ânforas Vinárias Piscicolas Oleícolas Indeterminadas Regionais e Locais Haltern 70 Total

Quantidade 143 272 29 11 69 933 1457

Produtos Quantidade

143 Vinárias

272

Piscicolas Oleícolas Indeterminadas Regionais e Locais 29

933

Haltern 70

11 69

Fig.24a

Produtos %

10% Vinárias

19%

Piscicolas Oleícolas Indeterminadas Regionais e Locais 2%

64%

Haltern 70

1% 5%

Fig.24b 100

% 9,81 18,67 1,99 0,76 4,74 64,04 100,00

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

3.1.1 As ânforas vinárias

outras províncias do Império (nº 13-27; 32-55). A estas acrescente-se alguns fragmentos do Tipo Dressel 7-11, provenientes da Tarraconense (nº 56-64), e do tipo Gauloise 4, com um fabrico atribuível ao Sul da Gália (nº 73-85). Neste conjunto cabe ainda destacar um número significativo de ânforas alto imperiais de proveniência bética, correspondentes a formas de Tipo urceus (nº 88-135), e alguns raros fragmentos atribuíveis aos tipos Dressel 28 (nº 71-72), Beltrán 68 (nº 87) e Matagallares I (nº 86), este último possivelmente fabricado num centro oleiro situado na região de Granada.

As ânforas vinárias encontradas na cidade com uma cronologia alto e médio imperial estão representadas por oito tipos distintos (Fig. 25). As ânforas de “Tipo Ródio” estão representadas por uma heterogeneidade de fabricos característicos da região do Egeu (nº 1-12). As ânforas Dressel 2-4, com excepção de alguns fragmentos integráveis nas designadas ânforas “a bastone” de cronologia médio-imperial (nº 28-31), estão representadas por diferentes fabricos oriundos da Península Ibérica e de

Fig. 25 Quantidade e relação percentual das ânforas vinárias Ânforas Vinárias Tipo Ródia Dressel 2/4 (itálica) Dressel 2/4 (gálica) Dressel 2/4 (bética) Dressel 2/4 (tarraconense) Dressel 2/4 (oriental) Dressel 2/4 (africana) Dressel 7/11 (tarraconense) Dressel 28 Gauloise 4 Matagallares I Beltrán 68 Tipo urceus Haltern 70 Total

NF

NMI

% vinárias

58 57 6 20 5 3 3 13 2 18 1 1 52 3614 3853

24 28 6 9 4 2 3 11 2 11 1 1 41 933 1076

2,23 2,60 0,56 0,84 0,37 0,19 0,28 1,02 0,19 1,02 0,09 0,09 3,81 86,71 100,00

% total de ânforas 1,65 1,92 0,41 0,62 0,27 0,14 0,21 0,76 0,14 0,76 0,07 0,07 2,81 64,04 73,85

1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100

Ti po D re R ss ód el ia 2/ 4 D (it re ál ss ic el a) 2/ 4 D (g re D ál ss re ic el a) ss 2/ el 4 2/ ( b 4 ét (ta ic a) rra D co re ne ss el ns 2/ e) D 4 re (o ss rie D re el nt ss 2/ al el 4 ) (a 7/ fri 11 c an (ta a) rra co ne ns e) D re ss el 28 G au lo is M e at 4 ag al la re s I Be ltr án 68 Ti po ur ce us H al te rn 70

0

NMI %vinárias

101

As Ânforas e os Almofarizes

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3

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5

6

7

8

9

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12

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Fragmento de bordo. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a. C150. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 1999-0051). Id. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a. C -150. Diâmetro: 128 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0548). Id. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a. C -150. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1071). Fragmento de asa. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a. C -150. Proveniência: Albergue (N. I.: 19971072). Id. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a. C -150. Proveniência: Sé (N. I.: 1997-1035). Id. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a. C -150. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1033). Id. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a. C -150. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0568). Id. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a. C -150. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1036). Fragmento de fundo. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a. C -150. Diâmetro da parte mais larga: 112 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 1999-0049). Id. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a.C. -150. Diâmetro da parte mais larga: 71 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0553). Id. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a.C. -150. Diâmetro da parte mais larga: 72 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1034). Id. Tipo Ródio (região do Egeu). Cronologia: c. 15 a. C -150. Diâmetro da parte mais larga: 62 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0993). Fragmento de bordo. Dressel 2-4 (itálica). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Diâmetro: 134 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 1999-0050). Id. Dressel 2-4 (itálica). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Misericórdia (N. I.: 19970978). Fragmento de asa. Dressel 2-4 (itálica).

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Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0985). Id. Dressel 2-4 (itálica). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1997-0980). Fragmento de pança com início de arranque de asa. Dressel 2-4 (itálica). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Diâmetro da parte mais larga: 185 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0283). Fragmento de fundo. Dressel 2-4 (itálica). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Diâmetro máximo: 68 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0983). Fragmento de bordo e colo. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Diametro: 147 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 19971098). Fragmento de bordo. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 20030395). Fragmento de pança com carena. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Diâmetro mais largo: 290 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0572). Fragmento de fundo. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Diâmetro: 85 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0986). Id. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Diâmetro: 58 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0991). Fragmento de asa. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1997-1188). Id. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0987). Id. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2630). Id. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: c. 15 a. c. – c. 14. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0574). Id. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: I-III. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1998-1304).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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Id. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: I-III. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0990). Id. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: I-III. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0786). Id. Dressel 2-4 (itálica / Campânia). Cronologia: I-III. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0787). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Dressel 2-4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto – fins I/inícios II. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1999-0501). Fragmento de asa. Dressel 2-4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto – fins I/ inícios II. Proveniência: Rua do Anjo (N. I.: 2003-0382). Id. Dressel 2-4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto – fins I/inícios II. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0550). Id. Dressel 2-4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto – fins I/inícios II. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 19970982). Id. Dressel 2-4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto – fins I/inícios II. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0976). Fragmento de fundo. Dressel 2-4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto – fins I/inícios II. Diâmetro da parte mais larga: 61 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-0542). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Dressel 2-4 (Bética / Cádis). Cronologia: I – 1ª décadas II. Diâmetro: 147 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0565). Fragmento de bordo. Dressel 2-4 (Bética / Cádis). Cronologia: I – 1ª décadas II. Diâmetro: 143 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0561). Fragmento de asa. Dressel 2-4 (Bética / Cádis). Cronologia: I – 1ª décadas II. Proveniência: São Sebastião (N. I.: 2003-0556). Id. Dressel 2-4 (Bética / Cádis). Cronologia: I – 1ª décadas II. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0974). Id. Dressel 2-4 (Bética / Cádis). Cronologia: I – 1ª décadas II. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0973).

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Id. Dressel 2-4 (Bética / Cádis). Cronologia: I – 1ª décadas II. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0555). Id. Dressel 2-4 (Bética / Cádis). Cronologia: I – 1ª décadas II. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0971). Fragmento de fundo. Dressel 2-4 (Bética / Cádis). Cronologia: I – 1ª décadas II. Diâmetro: 55 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0785). Fragmento de asa. Dressel 2-4 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I – 1ª décadas II. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0263). Id. Dressel 2-4 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I – 1ª décadas II. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 20030549). Id. Dressel 2-4 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I – 1ª décadas II. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0975). Id. Dressel 2-4 (Tarraconse). Cronologia: c. 15 a. c.-finais II. Proveniência: Rua do Anjo (N. I.: 2003-0363). Id. Dressel 2-4 (Tarraconse). Cronologia: c. 15 a. c.-finais II. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1997-0977). Id. Dressel 2-4 (Oriental). Cronologia: I-1ª décadas II. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0213). Fragmento de fundo. Dressel 2-4 (Oriental). Cronologia: I-1ª décadas II. Diâmetro: 83 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0979). Id. Dressel 2-4 (Oriental). Cronologia: I-1ª décadas II. Diâmetro: 69 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19970988). Fragmento de bordo, colo e asa. Dressel 2-4 (Africana). Cronologia: II. Diâmetro: 152 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0986). Fragmento de asa. Dressel 2-4 (Africana). Cronologia: I-1ª décadas II. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0970). Fragmento de bordo. Dressel 7-11 (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-flávios. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1031). Id. Dressel 7-11 (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-flávios. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1032).

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Id. Dressel 7-11 (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-flávios. Diâmetro: 215 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1029). Id. Dressel 7-11 (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-flávios. Diâmetro: 219 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1030). Id. Dressel 7-11 (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-flávios. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0596). Fragmento de asa. Dressel 7-11 (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Proveniência: R. Damião de Góis (N. I.: 2003-0563). Id. Dressel 7-11 (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Proveniência: R. dos Falcões, Nº 8 (N. I.: 1997-1269). Id. Dressel 7-11 (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0595). Fragmento de pança com início de arranque de asa. Forma indeterminada (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.flávios. Diâmetro na parte mais larga: 290 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0312). Fragmento de fundo. Forma indeterminada (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-flávios. Diâmetro da parte mais larga: 56 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0594). Id. Forma indeterminada (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-flávios. Diâmetro: 103 mm. Proveniência: Irmandade Santa Cruz (N. I.: 1997-1268). Fragmento de asa. Forma indeterminada (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-flávios. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1027). Fragmento de opérculo. Forma indeterminada (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-flávios. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0305). Fragmento de pança com grafito. Forma indeterminada (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-flávios. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1028). Fragmento de opérculo. Forma indeterminada (Tarraconense). Cronologia: c. 15 a. c.-flávios. Diâmetro: 122 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0576).

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Fragmento de bordo. Dressel 28 (Bética). Cronologia: c. 15 a. c.-III. Diâmetro: 125 mm. Proveniência: Quinta do Fujacal / R. 25 Abril (N. I.: 19971414). Parte superior de ânfora. Dressel 28 (Guadalquivir). Cronologia: c. 15 a. c.III. Diâmetro: 127 mm. Proveniência: Necrópole da R. do Caires (N. I.: 19910692). Fragmento de bordo com início de arranque de asa. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/Tibério-III. Diâmetro: 124 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0984). Fragmento de bordo. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/TibérioIII. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-0545). Id. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/Tibério-III. Diâmetro: 133 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1998-0657). Id. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/Tibério-III. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0768). Parte superior de ânfora. Gauloise 4 (Sul da Gália). Marca: C. Cronologia: Augusto/Tibério-III. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: São Sebastião (N. I.: 2002-1286). Id. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/Tibério-III. Diâmetro: 103 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0551). Exemplar completo. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/TibérioIII. Diâmetro: 114 mm. Diâmetro do pé: 90 mm. Altura: 631 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1991-1461). Fragmento de colo a asa. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/ Tibério-III. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0749). Fragmento de asa. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/TibérioIII. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0750). Fragmento de fundo. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/TibérioIII. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1998-0664).

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Id. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/Tibério-III. Diâmetro: 87 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0755). Id. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/Tibério-III. Diâmetro: 83 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 19992600). Id. Gauloise 4 (Sul da Gália). Cronologia: Augusto/Tibério-III. Diâmetro: 65 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 19992613). Fragmento de bordo e colo. Matagallares I (Bética / Granada?). Cronologia: III-IV. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2636). Fragmento de fundo. Beltrán 68 (Bética / Cádis). Cronologia: meados III-meados V. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1998-1316). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1998-1314). Fragmento de bordo. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0323). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19990960). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 112 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19990965). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 131 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19990966). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19990968). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19990969). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19990964).

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Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030292). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 142 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0963). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030227). Fargmento de bordo e colo. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: III. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0229). Fragmento de bordo. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0967). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030333). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 138 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030230). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 125 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030332). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030310). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030298). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030287). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 136 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030327). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030288).

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Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0228). Fragmento de bordo. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0326). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0297). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 141 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 19992627). Fragmento de bordo e colo. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: III. Diâmetro: 145 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0383). Fragmento de bordo. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0358). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 144 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20030304). Fragmento de bordo e colo. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: III. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0376). Fragmento de bordo. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 144 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1998-0662). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 126 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1998-0663). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 128 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19970601). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19981189). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20030381).

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Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030226). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19990970). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19990508). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1998-0660). Fragmento de asa. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0308). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-0552). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0309). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0290). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0989). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0789). Fragmento de fundo. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 117 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0229). Fragmento de asa. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: Albergue (N. I.: 1998-0658). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0783). Id. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0659). Fragmento de fundo. Tipo urceus (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0791).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

arcaica” ou “oleárias do Tipo B augustotiberiana” (nº 136-137) e um fragmento de asa com a marca L folha F folha O (=L.F.O) proveniente do centro oleiro de La Catria, situado na margem esquerda do Guadalquivir (nº 161).

3.1.2 As ânforas oleícolas As ânforas alto e médio imperiais que transportavam azeite estão pouco representadas na cidade quando comparadas com ânforas de transporte de vinho e preparados piscícolas (Fig. 26). No conjunto (nº 136-167) daquelas ânforas presentes em Braga predominam as ânforas Dressel 20 datáveis da primeira metade do século I, provenientes do Vale do Guadalquivir e com um fabrico idêntico às ânforas Haltern 70 (nº 138-148; 165). As restantes, menos numerosas, possuem cronologias mais tardias: finais do período júlio-cláudio / época flávia (nº 149-150); período antoniniano (nº 151-152; 155-156); inícios a finais do século III (nº 153-154; 157). Além do exemplar completo (restaurado), datável da primeira metade do século III (nº 157), destacam-se ainda dois fragmentos enquadrados nas designadas “Dressel 20

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Fragmento de bordo. “Dressel 20 arcaicas” (oleárias Tipo B) (Bética / Guadalquivir). Cronologia: Augusto-Tibério. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0476). Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. “Dressel 20 arcaicas” (oleárias Tipo B) (Bética / Guadalquivir). Cronologia: Augusto-Tibério. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0475). Fragmento de bordo. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 15-40. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0329).

Fig. 26 Quantidade e relação percentual de ânforas oleícolas Ânforas oleícolas “Dressel 20 arcaica”/Tipo B (Augustea-Tiberiana) Dressel 20 Total

NF 2 40 42

NMI 2 27 29

% 6,90 93,10 100,00

% total de ânforas 0,14 1,85 1,99

100

80

60

40

20

"D re s (A s e ug l 2 us 0 a to rc -T ai ib ca er "/ ia Ti na po )

D re ss el 2

B

0

0

NMI % 107

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Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 10-50. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1021). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 5 a. c.-10. Diâmetro: 122 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1997-1023). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 15-55. Diâmetro: 123 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1998-1306). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 15-55. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030328). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 15-55. Diâmetro: 137 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1026). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir).. Cronologia: c. 15-55. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1024). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 45-55. Diâmetro: 165 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0258). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 45-55. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0257). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 45-60. Diâmetro: 131 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1998-1307). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 45-60. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0388). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 55-70. Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1022). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 55-75. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0407). Fragmento de bordo e colo. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c.135-160. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 19971215).

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Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Grafito indeterminado no colo. Cronologia: c. 130-170. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2621). Parte superior de ânfora. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 200-280. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 19912328). Fragmento de bordo, colo a asa. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 200-250. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Escola Velha da Sé (N. I.: 2003-0513). Fragmento de bordo e colo. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 150-200. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0559). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 150-200. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0321). Exemplar completo. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 200-250. Diâmetro: 130 mm. Diâmetro da pança: 475 mm. Altura: 696 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-2290). Fragmento de pança, colo e asa. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: II?. Diâmetro na parte mais larga: 366 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1018). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II?. Diâmetro: 94 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-0590). Fragmento de colo e asa. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: III?. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1020). Fragmento de asa. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Marca: L folha F folha O (=L.F.O). Cronologia: Tibério-Trajano. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2001). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0372). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-0587). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: I-II. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1025).

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As ânforas de proveniência lusitana correspondem aos tipos Dressel 14 (nº 273-315), Almagro 51 C (nº 326-334), Almagro 50 / Keay XXII (nº 338-340) e, provavelmente, ao tipo Dressel 7-11 (nº 232). Do conjunto destas ânforas importa destacar as ânforas Dressel 7-11 e Beltrán II A, como ânforas tipicamente alto-imperiais, e as ânforas Beltrán II B e Dressel 14 como tipos de tradição alto-imperial, mas cuja produção perdura no século III. Com excepção dos fragmentos classificáveis no tipo Puerto Real 1, datados da época severiana, as restantes ânforas estão representadas, como acima se refere, pelas formas Almagro 51 A/B, Almagro 51 C, “Almagro 50” / Keay XVI, Almagro 50 / Keay XXII e Beltrán 72, típicas, mas não exclusivas, do período baixo-imperial. A inclusão das formas Almagro 51 C neste estudo é feito com reservas dado a longevidade de fabrico que em muito ultrapassa o âmbito cronológico deste estudo. A sua inclusão apenas se justifica para tentar um melhor enquadramento das importações lusitanas na cidade.

Fragmento de fundo. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: Augusto-Tibério. Diâmetro: 77 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 19971019). Id. Dressel 20. Cronologia: I-II. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: R. dos Bombeiros Voluntários (N. I.: 2003-0540). Id. Dressel 20 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: indeterminada. Diâmetro: 53 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-0558). 3.1.3 As ânforas piscícolas

Com excepção de oito fragmentos da forma Dressel 7-11, de origem tarraconense e de provável conteúdo vinário, as ânforas piscícolas de cronologia alto e medio-imperial recolhidas na cidade provém da Bética e da Lusitânia (Fig. 27). À semelhança dos restantes produtos importados, predominam as ânforas de origem bética, representadas pelas formas Dressel 7-11 (nº 168-231), Beltrán II A (nº 233), Beltrán II B (nº 234-239), Puerto Real 1 (nº 241-242), Dressel 14 (nº 259-272), Almagro 51 A/B (nº 322), Almagro 51 C (nº 323-325), “Almagro 50” / Keay XVI (nº 335-337) e Beltrán 72 (nº 341).

Ânforas piscícolas Dressel 7/11 (bética) Dressel 7/11? (lusitana) Beltrán II A Beltrán II B Puerto Real 1 Dressel 14 (bética) Dressel 14, var. A (lusitana) Dressel 14, var. B (lusitana) Dressel 14, var. C (lusitana) Dressel 14 Tardia (lusitana) Dressel 14, var. ind. (lusitana) Almagro 51 A/B (bética) Almagro 51 C (bética) Almagro 51 C (lusitana) “Almagro 50” / Keay XVI var. A “Almagro 50” / Keay XVI var. C Almagro 50 / Keay XXII Beltrán 72 var. B Total

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NF 128 1 1 8 2 17 50 73 7 2 20 1 3 12 2 1 9 2 339

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Fragmento de bordo com início de arranque de asa. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0240).

NMI 70 1 1 8 2 17 50 70 7 2 18 1 3 10 2 1 7 2 272

% piscícolas 25,74 0,37 0,37 2,94 0,74 6,25 18,38 25,74 2,57 0,74 6,62 0,37 1,11 3,68 0,74 0,37 2,57 0,74 100,00

% total de ânforas 4,80 0,07 0,07 0,55 0,14 1,17 3,43 4,80 0,48 0,14 1,24 0,07 0,27 0,69 0,14 0,07 0,48 0,14 18,67

As Ânforas e os Almofarizes

70

NMI % piscícolas

60

50

40

30

20

10

ss el

D re

D re

ss el

7/ 11 (b 7/ ét 11 ic ? (lu a) si ta na Be ) ltr án II Be A ltr P u án I IB er D D to re re R ss ss e el el al 14 14 1 D re ,v (b ss ar é tic el .A 14 D (lu a) re ,v si ss a ta r. el n B 14 D (lu a) re ,v si ss ar el . C tan D re 14 (lu a) ss T si el ar ta di 14 na a ,v ) ( l u ar s Al .i ita m nd na ag .( ) ro lu si 51 ta Al na A/ m B ) ag (b ro Al é "A tic 51 m ag lm a) C ag ro (b ro 51 ét "A i 50 ca C lm "/ ) ( ag Ke lusi ro t an ay 50 a) X "/ Ke VI v Al a a m r y ag XV . A ro Iv 50 ar .C /K ea Be y ltr X án XI I 72 va r. B

0

Fig. 27 Quantidade e relação percentual das ânforas piscícolas 169

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Fragmento de bordo. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0219). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19970766). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 168 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0759). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-0272). Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 196 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0772). Fragmento de bordo e colo. Dressel 711 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0367). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0220).

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Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0235). Fragmento de bordo. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 175 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 20030557). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0765). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0762). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 175 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0302). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0217). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1998-1096).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 168 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0299). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 175 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0387). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0249). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 193 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1999-0080). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 185 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0318). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 236 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0295). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 240 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0233). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 209 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0371). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 215 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0758). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 203 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0284). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 219 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0757). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 204 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0214). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0764). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 220

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mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0406). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 225 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0236). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 239 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0761). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 209 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0211). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: R. Dº Afonso Henrique (N. I.: 2003-0401). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 216 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0571). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 209 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030266). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 253 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0253). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 260 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0325). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 233 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0366). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 260 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0379). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 221 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0291). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 240 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0760). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâ-

As Ânforas e os Almofarizes

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metro: 246 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0238). Fragmento de bordo. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 219 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1997-0767). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0296). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1998-1075). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 260 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1998-1502). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 241 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-0294). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 218 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0301). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0599). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 230 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0763). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0224). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 260 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0317). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0286). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 230 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0271). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0365).

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Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 250 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0255). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 224 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0598). Id. Dressel 7-11 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0744). Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Dressel 7-11 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0564). Id. Dressel 7-11 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 152 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1188). Fragmento de bordo. Dressel 7-11 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 15 a. c.-II. c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1161). Id. Dressel 7-11 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1166). Id. Dressel 7-11 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 1999-0045). Id. Dressel 7-11 (Bética / Guadalquivir). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 188 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 1997-1183). Fragmento de bordo. Dressel 7-11? (Lusitano). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0566). Fragmento de bordo. Beltrán II A (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II. Diâmetro: 236 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1998-1312). Id. Beltrán II B (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-III. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0773). Id. Beltrán II B (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-III. Diâmetro: 219 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19970774).

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Id. Beltrán II B (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-III. Diâmetro: 229 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0307). Id. Beltrán II B (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-III. Diâmetro: 263 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1997-0770). Fragmento de bordo e colo. Beltrán II B (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-III. Diâmetro: 230 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0402). Fragmento de colo e parte inferior do bordo. Beltrán II B (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-III. Diâmetro parte mais larga: 195 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1997-0775). Exemplar completo. Beltrán II B (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-III. Diâmetro: 242 mm. Diâmetro do pé: 58 mm. Altura: 1120 mm. Proveniência: Vila do Conde (N. I.: 1992-0983). Fragmento de bordo e colo. Puerto Real 1 (Bética / Cádis). Cronologia: 1ª metade II-inícios III. Diâmetro: 225 mm. Proveniência: Misericórdia (N. I.: 1997-0771). Fragmento de bordo. Puerto Real 1 (Bética / Cádis). Cronologia: 1ª metade II-inícios III. Diâmetro: 256 mm. Proveniência: Necrópole da Via XVII (Cangosta da Palha) / R. D. João C. Novais e Sousa (N. I.: 1997-1413). Fragmento de colo com início de arranque de asa. Bética indeterminada (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-IIIII?. Diâmetro: 286 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0514). Id. Bética indeterminada (Bética / Cádis). Letra T? Incisa. Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0571). Fragmento de pança. Bética indeterminada (Bética / Cádis). Negativo de pequeno molusco gravado. Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-2009). Fragmento de pança superior, colo e início de arranque de asa. Bética indeterminada (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Diâmetro parte mais larga: 222 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0752).

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Fragmento de asa. Indeterminada (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-IIIII?. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0786). Id. Indeterminada (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0785). Id. Indeterminada (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0779). Id. Indeterminada (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0777). Id. Indeterminada (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0748). Id. Indeterminada (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0776). Fragmento de fundo. Indeterminada (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.II-III?. Diâmetro: 48 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0754). Id. Indeterminada (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Diâmetro: 113 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0747). Id. Indeterminada (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. C.-II-III?. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Rua do Alcaide (N. I.: 1997-0756). Opérculo (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0385). Id (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0394). Id. (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c.-II-III?. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0399). Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Dressel 14 A (Bética / Guadalquivir). Cronologia: Tibério-II. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1998-1315). Fragmento de bordo e colo. Dressel 14 A (Bética / Guadalquivir). Cronologia: Tibério-II. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1186). Id. Dressel 14 A (Bética / Guadalquivir). Cronologia: Tibério-II. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1189).

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Id. Dressel 14 A (Bética / Guadalquivir). Cronologia: Tibério-II. Diâmetro: 156 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1156). Id. Dressel 14 A (Bética / Guadalquivir). Cronologia: Tibério-II. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0390). Id. Dressel 14 A (Bética / Guadalquivir). Cronologia: Tibério-II. Diâmetro: 185 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0996). Id. Dressel 14 B (Bética / Guadalquivir). Cronologia: meados I-III. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0270). Id. Dressel 14 B (Bética / Guadalquivir). Cronologia: meados I-III. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0289). Id. Dressel 14 B (Bética / Guadalquivir). Cronologia: meados I-III. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0554). Id. Dressel 14 B (Bética / Guadalquivir). Cronologia: meados I-III. Diâmetro: 177 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2612). Id. Dressel 14 B (Bética / Guadalquivir). Cronologia: meados I-III. Diâmetro: 175 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0560). Id. Dressel 14 B (Bética / Cádis). Cronologia: meados I-III. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030293). Id. Dressel 14 B (Bética / Cádis). Cronologia: meados I-III. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0745). Id. Dressel 14 B (Bética). Cronologia: meados I-III. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0983). Fragmento de bordo, colo e asa. Dressel 14 A (Lusitana). Cronologia: Finais de Augusto-Tibério. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 19971119). Fragmento de bordo. Dressel 14 A (Lusitana). Cronologia: Finais de AugustoTibério. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0374). Fragmento de bordo e colo. Dressel

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14 A (Lusitana). Cronologia: Finais de Augusto-Tibério. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 19971122). Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Dressel 14 A (Lusitana). Cronologia: Finais de Augusto-Tibério. Diâmetro: 166 mm. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (N. I.: 19971121). Fragmento de bordo e colo. Dressel 14 A (Lusitana). Cronologia: Finais de Augusto-Tibério. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0973). Id. Dressel 14 A (Lusitana). Cronologia: Finais de Augusto-Tibério. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0975). Fragmento de bordo. Dressel 14 A (Lusitana). Cronologia: Finais de AugustoTibério. Diâmetro: 166 mm. Proveniência: Largo São João do Souto (N. I.: 1999-0082). Id. Dressel 14 A (Lusitana). Cronologia: Finais de Augusto-Tibério. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1109). Id. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 151 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0562). Id. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 189 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0546). Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 204 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0541). Fragmento de bordo. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 195 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0543). Id. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1123). Id. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 171 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1073). Id. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia:

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Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1116). Id. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1107). Id. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 178 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1099). Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1114). Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0273). Id. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1999-1901). Id. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1108). Fragmento de bordo e colo. Dressel 14 B (Lusitana). Cronologia: Cláudiofinais I/inícios II. Diâmetro: 199 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0231). Fragmento de bordo e colo. Dressel 14 C (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1125). Fragmento de bordo. Dressel 14 C (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Hospital (N. I.: 19971075). Fragmento de bordo. Dressel 14 C (Lusitana). Cronologia: Cláudio-finais I/inícios II. Diâmetro: 199 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1113). Fragmento de bordo. Dressel 14 C (Lusitana). Cronologia: III-meados V. Diâmetro: 214 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 1999-0044). Fragmento de bordo, colo e asa. Dressel 14 C (Lusitana). Cronologia: III-meados

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V. Diâmetro: 229 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0222). Id. Dresel 14 Tardia (Lusitana). Cronologia: meados do século III. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1102). Id. Dresel 14 Tardia (Lusitana). Cronologia: meados do século III. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 1997-1100). Fragmento de colo e asa. Dressel 14 (Lusitana). Cronologia: I-II. Diâmetro na parte mais larga: 134 mm. Proveniência: Jardins da Misericórdia (N. I.: 1997-1091). Id. Dressel 14. Cronologia: I-II. Diâmetro: 148 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1097). Fragmento de asa. Dressel 14? (Lusitana). Cronologia: III-meados V. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0972). Fragento de asa. Dressel 14? (Lusitana). Cronologia: I-II. Proveniência: Colégio Sagrada Família (N. I.: 1997-1110). Pança e parte inferior de ânfora. Dresel 14 (Lusitana). Cronologia: I-II. Diâmetro na parte mais larga: 220 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0451). Id. Dresel 14 (Lusitana). Cronologia: I-II. Diâmetro da parte mais larga: 82 mm. Proveniência: A Mis (N. I.: 20021050). Id. Dresel 14 (Lusitana). Cronologia: I-II. Diâmetro na parte mais larga: 350 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1994-0315). Fragmento de fundo. Dressel 14 (Lusitana). Cronologia: I-II. Diâmetro na parte mais larga: 58 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1083). Id. Dressel 14 (Lusitana). Cronologia: I-II. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1082). Id. Dressel 14 (Lusitana). Cronologia: I-II. Diâmetro na parte mais larga: 67 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1078). Id. Dressel 14 (Lusitana). Cronologia: I-II. Diâmetro na parte mais larga: 90 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1077). Id. Dressel 14 (Lusitana). Cronologia: I-II. Diâmetro na parte mais larga: 68

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mm. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (N. I.: 1997-1079). Id. Dressel 14 (Lusitana). Cronologia: I-II. Diâmetro na parte mais larga: 159 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1081). Id. Dressel 14 (Lusitana). Cronologia: I-II. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1076). Fragmento de opérculo (Lusitana). Lusitano. Cronologia: I-II. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 1999-0048). Id. Lusitano. Cronologia: I-II. Diâmetro: 96 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1997-1095). Id. Lusitano. Cronologia: I-II. Diâmetro: 98 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1094). Id. Lusitano. Cronologia: I-II. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0397). Id. Lusitano. Cronologia: I-II. Diâmetro: 99 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0238). Id. Lusitano. Cronologia: I-II. Proveniência: Jardins da Misericórdia (N. I.: 2003-0398). Parte superior de ânfora. Almagro 51 A/B (Bética / Guadalquivir). Cronologia: finais II-IV. Diâmetro: 81 mm. Proveniência: Salvamento na Quinta do Fujacal (N. I.: 1991-2273). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Almagro 51 C (Bética / Guadalquivir). Cronologia: finais IIIV. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0316). Id. Almagro 51 C (Bética / Guadalquivir). Cronologia: finais II-IV. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0303). Id. Almagro 51 C (Bética / Guadalquivir). Cronologia: finais II-IV. Diâmetro: 94 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0324). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Almagro 51 C (Lusitana). Cronologia: finais II-IV. Diâmetro: 114 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1074). Id. Almagro 51 C (Lusitana). Cronologia: finais II-IV. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1998-1310).

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Fragmento de bordo e colo. Almagro 51 C (Lusitana). Cronologia: finais IIIV. Diâmetro: 124 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0592). Fragmento de bordo. Almagro 51 C (Lusitana). Cronologia: finais II-IV. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1997-1111). Id. Almagro 51 C (Lusitana). Cronologia: finais II-IV. Diâmetro: 114 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 20030322). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Almagro 51 C (Lusitana). Cronologia: finais II-IV. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 1997-1120). Fragmento de bordo e colo. Almagro 51 C (Lusitana). Cronologia: finais IIIV. Diâmetro: 87 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 1999-0074). Id. Almagro 51 C (Lusitana). Cronologia: finais II-IV. Diâmetro: 88 mm. Proveniência: Salvamento na Quinta do Fujacal (N. I.: 1999-0086). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Almagro 51 C (Lusitana). Cronologia: finais II-IV. Diâmetro: 99 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2625). Fragmento de bordo e colo. “Almagro 50” / Keay XVI, var. a (Bética / Cádis). Cronologia: finais II-III. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0404). Id. “Almagro 50” / Keay XVI, var. a (Bética / Cádis). Cronologia: finais IIIII. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0570). Fragmento de bordo e asa. “Almagro 50” / Keay XVI, var. c (Bética / Cádis). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 214 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0782). Fragmento de bordo. Almagro 50 / Keay XXII (Lusitana). Cronologia: IIImeados V. Diâmetro: 173 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1997-1101). Fragmento de bordo e colo. Almagro 50 / Keay XXII (Lusitana). Cronologia: III-meados V. Diâmetro: 181 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19980776).

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Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Almagro 50 / Keay XXII (Lusitana). Cronologia: III-meados V. Diâmetro: 194 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0544). Ânfora completa. Beltrán 72 (Bética / Guadalquivir?). Cronologia: III-finais IV/inícios V. Diâmetro: 106 mm. Diâmetro do pé: 48 mm. Altura: 389 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 19970170).

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3.1.4 As ânforas de conteúdo indeterminado

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As ânforas de conteúdo indeterminado recolhidas na cidade correspondem a fragmentos do tipo Richborough 527 (nº 342-348), Tipo 8.1.3.3 (PE – 18) (nº 349-350), Dressel 30 (nº 351), Majuello II / Almagro 51C, var. a (nº 352) e “Africana Grande” B (nº 353) (Fig. 28).

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Fragmento de bordo. Richborough 527 (Itálica / Lipari?). Cronologia: finais IIV. Diâmetro: 131 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0221). Id. Richborough 527 (Itálica / Lipari?). Cronologia: finais I-IV. Diâmetro: 148 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0218). Fragmento de pança e asa. Richborough 527 (Itálica / Lipari?). Cronologia: finais I-IV. Diâmetro: 204 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0265). Id. Richborough 527 (Itálica / Lipari?). Cronologia: finais I-IV. Proveniência: Termas (N. I.: 1997-0997). Fragmento de fundo. Richborough 527 (Itálica / Lipari?). Cronologia: finais I-IV. Diâmetro: 55 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0306). Id. Richborough 527 (Itálica / Lipari?). Cronologia: finais I-IV. Diâmetro: 52 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0788).

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Fig. 28 Quantidade e relação percentual das ânforas de conteúdo indeterminado Ânforas de conteúdo indeterminado Richborough 527 Tipo 8.1.3.3. (PE 18) Dressel 30 Majuelo II / Pinheiro “Tardia” Africana Grande B Total

NF 10 2 1 1 1 15

NMI 6 2 1 1 1 11

% 54,55 18,18 9,09 9,09 9,09 100,00

60 50

NMI %

40 30 20 10

ric

B ra n

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117

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.( 3. 3 8. 1.

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PE

52 7

18 )

0

% total de ânforas 0,41 0,14 0,07 0,07 0,07 0,76

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Id. Richborough 527 (Itálica / Lipari?). Cronologia: finais I-IV. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0790). Fragmento de pança, colo e início de arranque de asa e bordo. PE 18 (Baleares / Ibiza). Cronologia: c. 15 a. c.-50/70. Diâmetro: 135 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0760). Fragmento de pança e colo. PE 18 (Baleares / Ibiza). Cronologia: c. 15 a. c.-50/70. Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2030313). Fragmento de pança, colo e asa. Dressel 30 (Mauritânia). Cronologia: finais II-finais IV. Diâmetro: 227 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0792). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Majuello II (Lusitano?). Cronologia: III-1ª metade V. Diâmetro: 114 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0408). Fragmento de pança, colo, bordo e asa. “Africana Grande” B (Norte da Tunísia). Cronologia: finais II-finais IV. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2610).

mos que as ânforas Haltern 70 transportavam defructum, sapa, oliva ex defructo, oliva dulcis e muria. O defructum era um líquido doce obtido pela cozedura do mosto (Colls, et al, 1977, ns. 31 e ss.; Parker e Price, 1981; Peacock e Williams, 1991, p. 116; Parker, 1992, p. 330-331), que poderia ser comercializado como bebida (Van der Werff, 1984), como ingrediente de cozinha (Sealey, 1985, p. 62-3) e inclusivamente ser utilizado como substituto do mel (Beltrán Lloris, 2000a, p. 325-326, nota 29 a 31). Referências ao defructum podem ler-se nos tituli picti de três fragmentos de ânforas Haltern 70 provenientes do naufrágio de “Port Vendres II, datado de época claudiana: def(ructum) / excel(lens) (nº 31), Q(uinti) Vritti Revocati, defr(uctum) / excel(lens) (nº 39), [-], def[r(uctum)-] (nº 40). Acrescente-se ainda os tituli encontrados em Augst, [...]efr(uctum) (Martin-Kilcher, 1994, p. 390), e Estrasburgo, onde se lê um [...]F, que segundo J. Baudoux (Baudoux, 1996, p. 45-46) poderia corresponder a DEF, de defructum. Pode referir-se ainda, embora sob reserva, um fragmento encontrado no naufrágio de “Saint-Gervais à Fos-surMer” cuja atribuição à forma Haltern 70 é duvidosa: Defr(utum) / excell(ens) (Liou e Marichal, 1978, p. 144-145, nº 35; Beltrán Lloris, 2000a, p. 326, nota: 34). A sapa não era mais do que um vinho cozido, parente pobre do defructum e de uso comum na cozinha (Apicius, Exc. I, 2, 4). A referência a este produto consta de um titulus pintado num colo de uma ânfora Haltern 70 proveniente de Amiens, datado entre os anos 15 e 5 a. C: sapa / Aucto (L)icinio (Massy e Vasselle, 1976; Lequément e Liou, 1978, p.183-184). Como referimos, as ânforas Haltern 70 podiam ainda transportar oliva ex defructo, azeitonas negras em conserva, como mostram duas inscrições encontradas em Weisenau, em Mainz, e outras duas inscrições encontradas em Schutthügel (Vindonisa) e Soissons:

3.2 AS ÂNFORAS HALTERN 70 De acordo com os dados quantitativos até ao momento disponíveis, Bracara Augusta foi um dos maiores centros de recepção de ânforas do tipo Haltern 70. Na verdade, o número mínimo de indivíduos de cerca de 932 ânforas até ao momento encontrados, permite afirmar que a cidade representava um dos maiores entrepostos de comércio daquelas ânforas no contexto do Noroeste Penínsular. Esta situação privilegiada leva-nos a colocar um feixe de questões relacionadas com a natureza dos produtos que elas transportavam e destacar o papel dos negotiatores como responsáveis directos neste processo.

• Mainz (nº 1): oliva / nigra / ex defr(ucto) / penuar(ia) / [...] (Loeschcke, 1942, p. 100101; Léquement e Massy, 1980; Van der Werff, 1984); • Mainz (nº 2): oliva / nigr(a) / ex defr(ucto) / penuar(ia) / excell(ens) / C. Rutili [...]icis (Loeschcke, 1942, p. 100-101; Van der Werff, 1984, p. 379, 2b);

3.2.1 Os produtos transportados e sua problemática 3.2.1.1 Os tituli picti e os restos de produtos encontrados Graças aos tituli picti conhecidos sabe118

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

• Vindonissa: oliva / nigr(a) / ex def(ructo) (Loeschcke, 1942, p. 100-101); • Soissons: oliv(a) nig(ra) / ex defr(ucto) / [...] pen(uaria) / [...] M. Grassi Seruandionis (Léquement e Massy, 1980, p. 263 ss).

foras Haltern 70 transportavam vinho, como acontece com os diversos tipos e proveniências das chamadas ânforas vinárias; 2º Sabe-se, por vestígios encontrados e pelas referências dos tituli picti, que as ânforas Haltern 70 transportavam, preferencialmente, sapa, mulsum e defructum, com predomínio deste último;

A corroborar este conteúdo temos os achados de restos de caroços de azeitona, presentes nos naufrágios de Sud-Lavezzi I (Córcega) (Liou, 1982, p. 444; Liou e Domergue, 1991, p. 29; Parker, 1992, p. 414-15), Cala Culip IV (Nieto et al., 1989) e Saintes-Maries-de-la Mer II (Liou, 2000, p. 1063), completados pelas recentes análises de fotolitos num exemplar deste tipo (Juan Tresseres, 1998). Outros tituli revelam ainda a comercialização de azeitonas preservadas num produto doce derivado do vinho, como indicam os tituli encontrados em Nyon (Pélichet, 1946, p. 198; Paunier, 1981, p. 236) (o(li)(va) / dul(cis) / pl / uncil) e Augst (Martin-Kilcher, 1990; Dangréaux e Desbat, 1988, p. 123) (dul(cia). Os recentes achados de Celsa e Saragoça revelaram um outro produto: a muria (vid. Carreras Monfort, 2003, p. 416-417). A estes tituli acrescentem-se dois outros encontrados em Londres referentes à muria e ao met (Carreras Monfort, 2000a, p. 95). Saliente-se a muria, uma solução salina utilizada na preparação de molho e salga de peixe que resultava da fermentação das vísceras e guelras de atum, misturadas com o sangue e outros líquidos provenientes do mesmo peixe. Além dos conteúdos já mencionados interessa ainda referir os restos de ictiofauna encontrados num exemplar Haltern 70, recolhido em Broch of Gurness (Escócia) (Fitzpatrick, 1989), restos de grainhas de uva e resina em ânforas provenientes dos naufrágios de Punta de la Nao (Chic García, 1980, cit. Carreras Monfort, 2000a, p. 95) e Port-Vendres II (Colls et al., 1977).

3º Tituli picti com referências a estes mesmos produtos foram encontrados em ânforas com outras tipologias, como é o caso duma ânfora itálica do tipo Dressel 6 A proveniente de Castro Pretório e duma ânfora gálica tipo Dressel 7-11 encontrada em Lyon com a referência mulsum vetus; exemplares do tipo Gauloise 4 encontrados em Fos: mulsum ar( ) / LX / Q(uinti) I(uli) T ( ) / Pom( ) e mulsum / C ( ) B ( ) e em Gaujac: MV(lsum) / N; o mesmo produto em grego (glukus oinos) numa ânfora Dressel 2-4, encontrada em Pompeia; e, por fim, a referência a defructum em três ânforas do tipo Beltrán II B encontradas num contexto subaquático de Fos e Saint-Gervais 3 (Liou, 2000, p. 1063) e em Marselha (Beltrán Lloris, 2000a, p. 325 e 327). De imediato pode parecer plausível que as ânforas Haltern 70 apenas tivessem transportado estes produtos e, por conseguinte, não possam ser consideradas ânforas vinárias. E, todavia, não há unanimidade entre os autores que se pronunciaram sobre esta problemática. Para alguns autores as ânforas Haltern 70 eram essencialmente vinárias e os mesmos consideram despropositada a discussão à volta do defructum, como conteúdo privilegiado destas ânforas, considerando que os seus defensores não levam na devida conta o carácter sempre residual deste produto no contexto da vinicultura (Fabião, 1998b; 2000a, p. 668; Liou, 2000, p. 1063). Para outros as ânforas Haltern 70 transportavam predominantemente o defructum que eles consideram unicamente um condimento obtido a partir do mosto cozido, com propriedades edulcorantes (Parker e Pryce, 1981; Sealey, 1985; Sealey e Tyers, 1989; Beltrán Lloris, 2000a); produtos como o defructum não eram mais do que uma espécie de xarope muito concentrado que podia, inclusivamente, ser utilizado como substituto do mel.

3.2.1.2 Problemática relacionada com o conteúdo Antes de equacionar a problemática relacionada com o conteúdo destas ânforas convém sublinhar, a título de introdução, os principais dados adquiridos: 1º Não se conhecem, até hoje, evidências que possam permitir afirmar que as ân119

As Ânforas e os Almofarizes

Outros autores (Van der Werff, 1984, p. 171; Dángreaux e Desbat, 1988; Liou, 1988, p. 171) consideram que o defructum, além das utilizações referidas, podia ainda ser comercializado como produto alcoólico, mais ou menos equivalente aos vinhos doces actuais entre os quais, alguns vinhos gregos. Para estes autores tratava-se de um vinho cozido com possibilidades de fermentação e com um papel importante na composição de outros produtos apreciados, como os frutos macerados em álcool semelhantes aos que ainda hoje se podem encontrar nos mercados (Baudoux, 1996, p. 45). Numa tentativa de esclarecimento desta problemática, Cèsar Carreras Monfort (Carreras Monfort, 2000a; 2000b), considera que a variedade de produtos documentados a partir dos tituli picti e dos restos de produtos encontrados em naufrágios é perfeitamente compreensível tendo em conta a localização de vários centros produtores das ânforas Haltern 70 na “zona de las Marismas”, uma região que apresenta uma economia muito diversificada, baseada na exploração de variados recursos agrícolas e piscícolas. Segundo o mesmo autor tal situação está, aliás, em sintonia com o conhecido passo de Estrabão (III, 2, 6) quando, citando Posidónio, situa a exportação de vinho bético na época de Augusto: “da Turdetania (Bética) exporta-se trigo, muito vinho e azeite, não somente em quantidade, mas ainda em qualidade” e ainda com a referência de Columela (De re rustica I, 20) quando escreve que “a Itália após a morte de Augusto, apesar da sua fertilidade, se viu obrigada a importar cereal das províncias além mar e de vinho das Ciclades e da Bética”. Efectivamente, se atentarmos nas áreas de dispersão e quantidades de ânforas Haltern 70 fora e dentro da Península, desde logo se nota um predomínio desta ânfora, cuja presença ronda os 80% (Fabião, 1989, p. 117; 199394, p. 236; 1998a, p. 169-198; Naveiro López, 1991a, p. 66-67; 1996, p. 201-204; Paiva, 1993, p. 102; Morais, 1998, p. 45, 81; 2000a, p. 687690 e Figs. 3 a 6; Carreras Monfort, 1996, p. 205-210; 2000a, p. 96; Beltrán Lloris, 2000a, p. 329, Est. III, Fig. 3), ao longo do litoral cantábrico e, em particular, na zona do Noroeste. Ora, parece-nos indubitável que a presença esmagadora destas ânforas neste território a partir das últimas décadas do período tardorepublicano reflecte, antes do mais, os hábitos

de consumo destas comunidades que, como já tivemos oportunidade de salientar num outro trabalho (Morais, 1997-98b, p. 175-182), se caracterizam pela hegemonia do vinho. O gosto das comunidades pré-romanas do Noroeste peninsular pelo vinho deve ter-se desenvolvido largamente a partir das primeiras importações itálicas e dos primeiros contactos com o mundo romano, situação aliás bem documentada noutros pontos do Império, entre os quais a região gaulesa e britânica, que garantiam a esta bebida um mercado amplo e seguro, o qual constituiu, por sua vez, um incentivo às produções locais, com expressão significativa nas províncias da Bética e da Tarraconense. Na verdade, se atentarmos nos dados arqueológicos, parece indiscutível que o consumo do vinho se propagou por todo o Noroeste peninsular, primeiro como bebida de prestígio, depois como bebida comum ou de luxo de acordo com a origem e qualidade do produto. São disso testemunho as ânforas vinárias “republicanas” Dressel 1 e Lamboglia 2, datáveis dos finais do período tardo-republicano, normalmente associadas a um consumo de prestígio por parte das populações indígenas, e as ânforas Dressel 2-4 e tipo Ródio cuja generalização no Noroeste peninsular se situa entre os meados do século I a. c. e meados da centúria seguinte (Naveiro López, 1991a, p. 63). A quantidade destas ânforas, que transportavam vinho de melhor qualidade, acrescida daquelas que traziam vinho inferior - como era o caso das ânforas Dressel 2-4, de imitação, provenientes da Narbonense, Tarraconense e da Bética e ânforas Pascual 1 (Morais, 1997-98b, p. 177) da Tarraconense -, pode considerar-se residual quando comparada com a quantidade das ânforas Haltern 70 que constituiram 80% de toda a produção anfórica importada no Noroeste peninsular. Ainda que os dados apresentados por Cèsar Carreras Monfort justifiquem a variedade dos produtos referidos nos tituli picti e os textos clássicos confirmem a apetência das populações do Noroeste pelo vinho desde épocas pré-romanas, permanece por esclarecer se as ânforas Haltern 70 eram usadas ou não no transporte de vinho, e, por outro lado, se o defructum possuía um teor alcoólico que permitisse ser comercializado como uma bebida equivalente ao vinho. 120

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

A presença em Bracara Augusta de cerca de meio milhar de ânforas Haltern 70, no curto espaço de tempo compreendido entre a penúltima década do século I a. c. – correspondente à data da fundação da cidade – e os inícios do último quartel do século I adquire uma importância significativa para a discussão da problemática referida (vd. Quadro I). De facto, tal quantidade de ânforas Haltern 70 encontradas numa cidade romana inserida no Noroeste peninsular, cuja apetência para o uso do vinho das respectivas populações está bem documentada, obriga a formular a seguinte alternativa:

sem, também, denominações diferentes; o arrobe utilizava-se, assim, para lotear colheitas com pouca graduação, tornando o vinho mais forte e doce, muito em voga e apreciado pelo menos no período de Augusto. Para obter vinho a partir do mosto concentrado os romanos adicionavam-lhe água, recorrendo a uma regra de mistura previamente estabelecida. O adelgaçamento de mostos e vinhos é, aliás, ainda realizado nos dias de hoje. Para baixar o grau alcoólico adiciona-selhes água e a esta 1 g. de ácido tártaro por litro. Para obter o efeito desejado, poderá ser utilizada a tabela apresentada (Fig. 29) ou fazer o cálculo com o auxílio da “Regra de Cramer” (Vieira, 1972, p. 15). A qualidade do produto seria fraca e, seguramente, muito doce. Mesmo resguardando-nos de simplificações, podemos afirmar, sem demasiados riscos de erro, que este vinho de fraca qualidade quando não devidamente misturado, podia resultar numa espécie de água-pé servida na mesa dos menos favorecidos ou vendido nas tabernae, enquanto o consumo corrente dos vinhos mais apreciados (com um teor mais elevado de álcool) e de melhor qualidade representava um privilégio das mesas abastadas. Recentemente, seguindo a receita referida em De Agricultura de Columella (XII, 21) foi recriado o defructum que resultou num vinho fortemente aromatizado com gosto idêntico aos vinhos de Jura ou Xérès (vid. Tchernia, 1998, p. 503-509).

• ou as ânforas Haltern 70 transportavam vinho e complementarmente os “sub-produtos” referidos nos tituli picti; • ou estas ânforas transportavam exclusivamente e em enormes quantidades estes “sub-produtos” com grande predomínio do defructum e este necessariamente tinha de possuir propriedades essenciais que tornassem possível a sua comercialização como bebida alcoólica (ou mesmo vinho de inferior qualidade) além das outras utilizações já referidas. Realce-se a propósito desta última alternativa que os romanos conheciam bem as técnicas relacionadas com a cozedura do mosto. Esta técnica - que em português se designa por arrobamento - já era aliás conhecida dos egípcios: consistia na concentração do mosto mediante a cozedura a fogo directo com vista a conseguir a evaporação de 1/3 a 1/2 da água e, deste modo, aumentar a concentração de álcool permitindo uma melhor conservação. O produto daí obtido podia ser utilizado como correctivo para aumentar o teor sacarino de mostos fracos, favorecer a conservação de vinhos débeis e ocultar sabores desagradáveis. Segundo Columela (XII, 19-20), esta técnica da cozedura do vinho, da qual resultavam o defructum e a sapa, era obtida fazendo cozer o mosto em contentores de chumbo colocados acima do fogo, mas não em contacto directo com a chama; tal produto, destinado a múltiplos usos, seria sobretudo utilizado para os vinhos débeis, mais doces e menos agressivos. No mundo romano é provável que, a diferentes graus de redução, correspondes-

3.2.2 O papel dos negotiatores As ânforas Haltern 70 raramente apresentam marcas. De acordo com a bibliografia consultada, para além da marca de Sevilha (C·FVF·AVITI), apenas se conhecem mais quatro marcas em ânforas encontradas nos seguintes locais: golfo de Fos (LRV) (Amar e Liou, 1984), Angers (Siraudeau, 1988, p. 183), Pompeia (CCIVL) (Manacorda, 1977b), Estrasburgo (LI·FO) (Baudoux, 1996, p. 44, Fig. 11, nº 8 e p. 45) e Richborough (DSD) (Carreras Monfort, 2000a, p. 93). A situação é, porém, contrária no que respeita aos tituli picti que referem o conteúdo do envase e o nome de mercatores e negotiatores. A estes acrescente-se um recentemente encontrado em Lyon (La Muette) onde se lê M CAR 121

As Ânforas e os Almofarizes

ou M CATR (Desbat e Lemaître, 2000, p. 796 e 806, Fig. 8, nº 5). Dos mercatores e negotiatores envolvidos neste comércio conhecem-se os seguintes nomes: Q(uinti) VRITTI REVOCATI (Colls et al., 1977, nº 33 e ss); M. GRASSI SERVANDONIS (Léquement e Massy, 1980, p. 263 ss); C. RUTILI[...]ICIS (Van der Warff, 1984, p. 379, 2b); M. VALERI EVPHEMI (Manacorda, 1977a, p. 131, Fig. 1); SEX(ti) MAI PAETI (Baudoux, 1996, p. 44, Fig. 11 e p. 45-46), (Cal)PVRNI CEPHALI(o)NIS (Beltrán-Lloris, 2000a, p. 330-331 e 342-343, Ests. II-III, Fig. 1-2) e a inscrição nominal relativa a SEX PAETI, TACTI e CELI ou CEPI, encontrada em Estrasburgo (Baudoux, 1996, p. 46). De entre estes destaca-se a importância dos nomes Q(uinti) VRITTI REVOCATI e M. VALERI EVPHEMI pelo facto de serem mencionados em tituli encontrados sobre ânforas Dressel 20 (Colls et al., 1977; Manacorda, 1977a, p. 131, Fig. 1 [CIL IV, 9611]; Beltrán Lloris, 2000a, p. 324 e 331, nota 86). Tal facto parece sugerir, mais uma vez, ainda que indirectamente, a relação das ânforas Haltern 70 com as ânforas Dressel 20, não só pelos locais de produção, mas, também, pela coincidência de circuitos específicos de comércio.

No estado actual dos nossos conhecimentos, o que podemos certamente aceitar é uma estreita relação entre as modalidades de produção das ânforas e as características da produção agrícola e sua comercialização. Ou seja, à semelhança de outros exemplares – como, por exemplo, as ânforas Dressel 20 e as ânforas Gauloise 4 – a produção da forma Haltern 70 teria obedecido a um claro projecto de exportação que implicou a criação de uma forma padronizada, produzida em grandes quantidades em diferentes regiões da Bética – especialmente no vale do Guadalquivir. De facto, a expansão destas formas está intimamente ligada à comercialização dos produtos vinícolas e derivados aí produzidos mediante a criação de circuitos e práticas comerciais aptos a servir uma procura importante e estável. A quantidade maciça exportada para o Noroeste peninsular – e em larga escala para a cidade romana de Bracara Augusta – só se entende se aceitarmos que estes produtos se convertiam em artigos básicos na dieta alimentar destas comunidades e como consequência de um intercâmbio de tipo colonial para os diferentes povoados, ou no contexto do abastecimento de mercados urbanos que ofereciam grandes capacidades de consumo.

Fig. 29 122

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

(nº 359) com uma inscrição onde se lê β R?C / IVN ou R?C /SVN que, à semelhança do anterior, poderá corresponder ao nome de um negotiator. Os restantes tituli estão excessivamente fragmentados e gastos, destacando-se apenas o fragmento (nº 355) onde se lê a provável representação das letras F e N, e o fragmento (nº 364) com a letra B bem definida (tratar-se-á de β (S)A?B(INI) ?). A totalidade destes tituli foram epigrafados recorrendo-se às duas principais variantes de atramentum: o de tonalidade escura e o rubrum, mais avermelhado ou alaranjado, devido à provável presença, no pigmento, de elementos pesados como o ferro. Além destes documentos sobre o conteúdo das ânforas, contamos ainda com a presença de restos orgânicos em ânforas deste tipo: referimo-nos a um fragmento de parede revestido interiormente por uma superfície rosada avermelhada (nº 369) e bico fundeiro com restos de resina no interior (nº 370). A epigrafia das ânforas Haltern 70 não se fica, todavia, pela presença de uma marca e vários tituli picti. Além destes valiosos testemunhos contamos ainda com a presença de 2 grafitos em fragmentos de parede e um número elevado de grafitos gravados no bico fundeiro com um instrumento afiado ou mesmo com a pressão dos próprios dedos na argila ainda fresca e com a ânfora em posição invertida (Fig. 30; nº 481-521). Estes grafitos apresentam características extremamente simplificadas: um traço vertical, dois ou mais traços combinados, ou mesmo letras isoladas. Grande parte destes signos pode interpretar-se como marca de responsabilidade e / ou controlo de elementos e quantidades fabricadas. A sua presença permite intuir a existência de um processo de fabrico articulado em fases, relacionado com actividades especializadas que exigiam, necessariamente, um controlo ou coordenação do trabalho. Neste contexto, alguns dos grafitos, aparentemente associados a iniciais de nomes de oleiros, poderão estar relacionados com valores numerários, quer dizer, números romanos escritos segundo um sistema de abreviaturas latinas que se utilizavam na Antiguidade. Por exemplo, a utilização de um sistema numeral abreviado permite escrever o valor de 80 apenas com a letra R (Capelli, 1990, p. 413-421).

No caso da cidade romana de Bracara Augusta, como já acentuámos, estes produtos teriam beneficiado da difusão de um modelo de consumo, relacionado com as possibilidades de mercado e rede de tráfego, criadas pela inclusão da cidade num determinado marco político e económico inter provincial. Como já salientámos num estudo sobre o contributo da epigrafia para a história económica da cidade (Morais, 2003, p. 115-121), a existência de um conventus de negotiatores documentado no período de Cláudio parece estar directamente relacionado com o comércio de produtos oriundos da Bética e em particular com o abastecimento de ânforas Haltern 70. 3.2.3 Os vestígios epigráficos recolhidos na cidade O elevado número de fragmentos de ânforas Haltern 70 encontrado na cidade permitiu individualizar uma marca e 14 tituli picti. A marca de uma das ânforas, gravada no colo junto ao arranque de uma das asas, está aparentemente incompleta, apenas sendo legíveis as letras [?]EL (nº 354). Esta marca encontra um possível paralelo em ânforas Dressel 20 fabricadas em Las Valbuenas, com as assinaturas L. AEL e L. AL (Chic García, 1985, p. 42). A estas acrescentem-se, ainda, diversas outras variantes destas marcas catalogadas por M. H. Callender (Callender, 1970, p. 146-147, nº 792 e p. 294-295, nº 9-10), datadas da 2ª metade do século I, uma das quais encontrada em Volubilis e, por fim, no Testaccio, ainda que com uma cronologia mais tardia, situada na 2ª metade do século II (Chic García, 1985, p. 43). Do lado oposto ao da marca, esta ânfora possuía ainda um titulus cujas letras se apresentam incompletas, provavelmente relacionadas com um tria nomina, onde apenas se distingue com clareza a sigla inicial representada por um β T. Em três outros fragmentos conseguem ainda distinguir-se as letras equivalentes à numeração romana γ LII, γ .L.I.I. (nº 356-357) e a letra isolada β M (nº 358). Nos dois primeiros casos julgamos poder tratar-se de siglas relativas à capacidade da ânfora, 52 sextarii, equivalente a pouco mais de 28 litros (vd. Sealey, 1985, p. 12); a terceira, dada a posição no colo da ânfora, poderá estar relacionada, entre outras possibilidades, com o nome de um negotiator. A estes tituli acrescente-se ainda o fragmneto 123

As Ânforas e os Almofarizes

Fig. 30 Grafitos em fundos de ânforas Haltern 70. idênticos ao tipo Camulodunum 185, datados de inícios do século I até ao período de Tibério-Cláudio (var. b); bordos com a face interna côncava (var. c); bordos altos ligeiramente esvasados e sem aparente ressalto externo, datáveis de um período não posterior ao reinado de Nero (var. d); e, finalmente, uma forma mais tardia derivada da Haltern 70, com um colo alto e esguio que termina num lábio simples, datado dos finais do século II/inícios do III de acordo com as indicações de Martin-Kilcher (var. e). Ainda que possa aceitar-se que estas características morfológicas correspondam a diferentes momentos na evolução das ânforas citadas, temos de levar em consideração que a origem da ânfora Haltern 70 remonta ao 1º quartel do século I a. c., juntamente com as ânforas LC 67 e as Dressel 1 C (García Vargas, 2000a, p. 67; Fabião, 2000a, p. 665-682), altura em que esta ânfora possuía um colo muito estilizado e bordo esvasado e simples. No caso dos fragmentos até ao momento encontrados em Braga uma possibilidade de distinção apenas poderá ser tentada com base em fragmentos de bordo (raramente em asso-

3.2.4 Apreciação geral das características formais A grande concentração de ânforas Haltern 70 na cidade permite e aconselha uma observação mais detalhada das características formais desta ânfora, em particular dos bordos, com vista a estabelecer diferenças, eventualmente correspondentes a uma evolução cronológica. Com o mesmo propósito destacam-se os trabalhos de Martin-Kilcher e Juliette Baudoux pelo esforço de sistematização tipológica realizado. Martin-Kilcher (Martín-Kilcher, 1994, p. 386) propõe quatro fases evolutivas da forma Haltern 70, desde um subtipo augústeo, com um bordo curto e moldurado, até um bordo mais amplo na época flávia. Juliette Baudoux (Baudoux, 1996, p. 4345, Fig. 11, nº 1-9), por seu lado, apresenta uma proposta muito semelhante, admitindo cinco variantes evoluindo desde bordos pouco esvasados e curtos em ânforas augusto-tiberianas (var. a); bordos mais altos e bem demarcados 124

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

ciação com o colo e asas, dado o seu excessivo estado de fragmentação). Com esta reserva, seleccionaram-se algumas sequências estratigráficas nas escavações realizadas nas Antigas Cavalariças, na insula das Carvalheiras e no edifício termal do Alto da Cividade. Da 1ª escavação seleccionou-se uma zona designada por sector 8 correspondente a um enchimento selado por um pavimento empedrado com materiais datáveis do período de Augusto a finais do reinado de Tibério/inícios de Cláudio. Da insula das Carvalheiras e do edifício termal do Alto da Cividade seleccionámos U. ES relacionadas com pavimentos e diferentes tipos de enchimento (correspondentes a valas de fundação de pilares, de muros, enchimentos sobre a rocha e preparação de pavimentos), todos eles datáveis do período flávio e flávio/ antonino. Esta análise permitiu-nos individualizar diferentes tipos de bordos e agrupá-los de acordo com as suas características morfológicas:

flávios e flávios/antoninos, particularmente bem representados na insula das Carvalheiras (nº 442-445) e no edifício termal do Alto da Cividade (nº 446). Fora desta apreciação fica ainda um conjunto de bordos, com um fabrico igualmente do Guadalquivir, atribuíveis ao tipo Haltern 70, mas que apresentam a particularidade de possuírem a face interna côncava (nº 447-451). Para estes bordos os exemplares mais aproximados, mas com diferenças significativas, correspondem a imitações do tipo Haltern 70 recolhidos nos centros produtores de Almadrava (Almadrava V) (Gisbert Santonja, 1998, p. 393 e 413, Fig. 11, nº 1) e Bas-de-Loyasse (Lyon) (Desbat, 1987, p. 162, fig. 2-2; Dangréaux e Desbat, 1987-1988, p. 122; Baudoux, 1996, p. 50-51, Fig. 2, nº 8). Esta tentativa de constituir grupos de acordo com as características dos exemplares encontrados permitiu constatar que havia um significativo número de bordos que dificilmente se poderiam incluir nos grupos acima referidos. Estes, apesar de possuírem o mesmo fabrico inequivocamente atribuível às ânforas Haltern 70 do Guadalquivir, após análise mais detalhada das suas características formais, sugerem poder ser integrados nas conhecidas formas piscícolas Dressel 7 a 11 e Dressel 14. O estudo morfológico e a análise macroscópica de todas as ânforas Haltern 70 recolhidas na cidade permitiu ainda individualizar um fragmento com um fabrico oriundo da região gaditana (nº 467), recentemente confirmado pelos estudos arqueométricos sobre as produções béticas em Bracara Augusta, e provavelmente, de Granada (nº 468).

nº 371: bordo muito alto, ligeiramente esvasado, que parece poder filiar-se nas ânforas Dressel 1 C; nº 372-381: bordo alto cuja junção com a parede externa é de um modo geral pouco acentuada (vid. nº 424); nº 382-395: bordo com a face externa rectilínea, vertical ou oblíqua (vid. nº 421); nº 396-409: bordo com a face interna com curvatura muito acentuada. A junção do bordo com a parede externa forma um ângulo bem nítido (vid. nº 426); nº 410-420: bordo com lábio geralmente revirado para o exterior. A junção do bordo com a parede forma uma cavidade muito característica quando a espessura da parede é muito inferior à do bordo (vid. nº 425). Com excepção do nº 371 todos os bordos correspondentes a estes grupos estão representados no sector 8 das Cavalariças (nº 421-427) que, como se referiu, data do período de Augusto a finais do reinado de Tibério/inícios de Cláudio. Constituiu-se ainda, um outro grupo de bordos, de um modo geral menos elaborados, o que dificulta a sua atribuição a tipos claramente definidos (nº 428-441). A generalidade destes bordos foi encontrada em contextos

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Fragmento de pança, colo e arranque de asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro máximo: 286 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20021004). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro máximo: 293 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20021974). Fragmento de pança e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro máximo: 265 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-2181).

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Fragmento de pança. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0874). Fragmento de colo e arranque de asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro máximo: 141 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2002-0983). Fragmento de pança, colo e arranque de asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro máximo: 315 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2226). Fragmento de pança e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro máximo: 167 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2002-0970). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro na parte mais larga: 182 mm. Proveniência: Necrópole de Maximinos / R. Comendador Santos da Cunha (N. I.: 2002-0237). Fragmento de pança e arranque de asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2204). Fragmento de pança. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2225). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2000-0885). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-2199). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-2198). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Tituli Picti e grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-1978). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Anto-

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ninos. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1158). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Parede interna impregnada de cor avermelhada escura. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0400). Fragmento de fundo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Fundo interno com vestígios de pez. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro na parte mais larga: 97 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0389). Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0264). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/ inícios de Cláudio. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1141). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 165 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1144). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/ inícios de Cláudio. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19970617). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0403). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 146 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 19992602). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20031190). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/

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inícios de Cláudio. Diâmetro: 155 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1194). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 168 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20031185). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/ inícios de Cláudio. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1187). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 144 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2599). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 164 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1147). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/ inícios de Cláudio. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1193). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-2262). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/ inícios de Cláudio. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1184). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/ inícios de Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1183). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/ inícios de Cláudio. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1181). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 198 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0783). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 155 mm. Proveniência: Regeneração / R. dos Bombeiros Voluntários (N. I.: 1997-1187).

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Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Salv. na Av. da Imaculada Conceição / Livraria Cruz (N. I.: 1997-1185). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 176 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1155). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1164). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/ inícios de Cláudio. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2617). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1173). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1149). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 176 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1159). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 166 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1997-1168). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0614). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1163). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 156

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mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1143). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-1094). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1150). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/ inícios de Cláudio. Diâmetro: 153 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2609). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1151). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0602). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1177). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 157 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1997-1182). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1997-1184). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1192). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 156 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2601). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de

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Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 148 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1130). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1444). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Carvalheiras (S/n:). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0396). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1160). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 19992615). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 164,5 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1217). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/ inícios de Cláudio. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1139). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0622). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 194 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20031191). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0368).

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Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0364). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0369). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0377). Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 116 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0378). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/ inícios de Cláudio. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20030384). Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – finais de Tibério/inícios de Cláudio. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0370). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 162 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1442). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 158 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1175). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 156,5 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1174). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 142 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1153). Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15

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a. c. – Antoninos. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 19971169). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70. (Bética / Gualdalquivir) Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos.. Diâmetro: 168 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1137). Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1152). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 164 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2607). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1145). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1157). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0623). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1134). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2616). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 152 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0633). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1176). Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 144 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1445). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15

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a. c. – Antoninos. Diâmetro: 157 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0609). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 145 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1172). Fragmento de bordo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-0178). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 164 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1140). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-1148). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0621). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-1162). Fragmento de bordo e colo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 185 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2635). Fragmento de pança, colo, bordo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 165 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0532). Fragmento de colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 272 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1997-1186). Fragmento de pança e fundo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro na parte mais larga: 325 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0228). Fragmento de pança. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro na parte mais larga: 325 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2162).

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Fragmento de colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-2185). Fragmento de pança e fundo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 235 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0748). Fragmento de colo e asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 112 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1443). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 128 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2638). Fragmento de asa. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1179). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19971181). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-0588). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Termas (N. I.: 2001-0347). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19970782). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19971441). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Sé (N. I.: 1997-1178). Fragmento de bordo, colo e asa. Haltern 70 (Bética / Cádis). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-0722). Fragmento de colo e asa. Haltern 70 (Bética / Granada?). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 254 mm. Proveniência: Salv. na R. dos Bombeiros Voluntários (N. I.: 1997-0232).

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Opérculo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-1294). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2002-1295). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-1293). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0216). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0359). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0360). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20030361). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0362). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0215). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-1292). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2002-1296). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0393). Fragmento de fundo. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 76 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0498). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0482). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (N. I.: 1997-0529).

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Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 60 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0511). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 64 mm. Proveniência: Salvamento na R. do Alcaide (N. I.: 1997-0495). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0627). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1170). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 92 mm. Proveniência: Jardins da Misericórdia (N. I.: 1997-0527). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 88 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0488). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 60 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0515). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0517). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 124 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0494). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 88 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0481). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 66 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0489). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 76 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0509). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0777).

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Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0521). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 118 mm. Proveniência: Salvamento na R. do Alcaide (N. I.: 1997-0512). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0491). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 76 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0502). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 72 mm. Proveniência: R. São Geraldo (N. I.: 1997-0483). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0523). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 74 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0526). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0508). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 108 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0520). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 64 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0522). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). GrafitoCronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 60 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0497). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 68 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0525). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 64 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0513).

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Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 56 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0499). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 84 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 1997-0493). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 56 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0519). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 68 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0506). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 64 mm. Proveniência: R. de São Geraldo, 34 (N. I.: 19970507). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 64 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0524). Est. CXI Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 66 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0501). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 64 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1171). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 72 mm. Proveniência: Quinta do Fujacal (N. I.: 1997-0510). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 66 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0500). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 62 mm. Proveniência: Misericórdia (N. I.: 1997-0528). Id. Haltern 70 (Bética / Gualdalquivir). Grafito. Cronologia: c. 15 a. c. – Antoninos. Diâmetro: 88 mm. Proveniência: Quinta do Fujacal (N. I.: 1997-0505).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

3.3 AS ÂNFORAS DE PRODUÇÃO REGIONAL E LOCAL

permitiu a obtenção dos teores de 30 elementos: Na, K, Fe, Sc, Cr, Mn, Co, Zn, Gn, Ga, As, Br, Rb, Zr, Sb, Cs, Ba, La, Ce, Nd, Sm, Eu, Tb, Dy, Yb, Lu, Hf, Ta, W, Th, U. Com especial destaque para as ânforas, estas análises permitiram uma primeira distinção entre os exemplares de proveniência local e importados, nomeadamente através do indicador geoquímico Th vs Cr. Este conjunto comporta dois grupos de acordo com a morfologia e características de fabrico:

3.3.1 Os dados arqueológicos Os dados arqueológicos reunidos nas últimas décadas, embora desiguais quanto ao volume e qualidade de informação, forneceram um acervo de material particularmente importante, sobretudo ânforas, de produções importadas e produções de proveniência regional e local. O estudo destas produções pressupôs, naturalmente, uma primeira análise segundo os critérios arqueológicos tradicionais: formas, decorações, revestimentos, técnicas, características macroscópicas das pastas ... Dessa análise resultou a distinção e a diferenciação de distintas categorias de ânforas de acordo com a sua proveniência e grau de utilização. A semelhança macroscópica de algumas destas produções levantou, todavia, algumas interrogações que necessitavam de ser esclarecidas. Tratava-se, em primeiro lugar, de verificar a pertinência dos grupos constituídos e, em segundo lugar, de determinar a sua origem. Os resultados preliminares das análises de laboratório afiguraram-se, sob o ponto de vista arqueológico e laboratorial, extremamente interessantes pois permitiram uma primeira distinção entre as ânforas de proveniência regional e local e as de importação, com destaque para as de origem Bética (Fig. 31).

• o 1º está representado por ânforas que imitam formas importadas conhecidas em Bracara Augusta, especificamente associadas ao transporte de produtos piscícolas, com uma característica pasta branca e micácea, e superfície externa por vezes coberta por uma ligeira aguada ou mesmo engobe acastanhado: pasta de cor Branca (2,5 Y 9/0). Pouco dura, quase branda. Muito esponjosa. Inclusões abundantes com grãos de quartzo mal calibrados; hematite de tamanhos diversos e ínfimas partículas de mica. Superfície externa muito deteriorada. Pode apresentar uma aguada castanha escura (5 YR 5/4); • o 2º compreende um conjunto de formas locais que apresentam um fabrico igual a grande parte da “cerâmica de uso comum” fabricada na cidade. As ânforas de produção regional, pertencentes ao 1º grupo, estão representadas por exemplares com uma morfologia e fabrico afins a ânforas recolhidas no forno galego de San Martinho de Bueu (Diaz Alvarez e Vazquez Vazquez, 1998, p. 5-51): - Forma Regional I: uma ânfora completa integrável na forma San Martiño de Bueu I, que possui fortes afinidades com o tipo Gauloise 4 (nº 522); - Forma Regional II: vários fragmentos integráveis na forma San Martiño de Bueu II, directamente inspiradas na variante c da forma “Almagro 50” / Keay XVI (nº 524-558). Com o mesmo fabrico acrescente-se ainda um fragmento de bocal de módulo mais pequeno que julgamos inspirar-se na variante B do tipo Beltrán 72 (nº 523).

3.3.2. As ânforas Como referimos, foi recolhido na cidade um conjunto significativo de fragmentos de ânforas cuja proveniência regional e local foi devidamente sustentada pelo estudo arqueométrico realizado no Instituto Tecnonógico e Nuclear (Sacavém) (Dias et al., no prelo). O resultado destas análises (Dias et al., no prelo), ainda que preliminares e baseadas num pequeno universo quantitativo, permitiu confirmar a divisão macroscópica por nós realizada. As análises químicas foram realizadas pelo método instrumental de análise por activação com neutrões (AAN), utilizando-se o Reactor Português de Investigação (Sacavém, Portugal) como fonte de neutrões. Esta análise 133

As Ânforas e os Almofarizes

Fig. 31 Quantidade e relação percentual das ânforas de produção regional e local

Ânforas de produção regional e local Forma Regional I Forma Regional II (Beltrán 72 var. B) Forma Regional II (“Almagro 50”/Keay XVI, var. C) Módulo 1 (local) Módulo 2 (local) Módulo 3 a (local) Módulo 3 b (local) Local indeterminada (tardia ?) Total

NF 1 1 86 3 8 1 1 6 107

NMI 1 1 49 3 8 1 1 5 69

% 1,45 1,45 71,01 4,35 11,59 1,45 1,45 7,25 100,00

% total de ânforas 0,07 0,07 3,36 0,21 0,55 0,07 0,07 0,34 4,74

80

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Fo rm

Fo rm

a

Fo rm a R eg R a eg R io eg na io na io l II na lI (B lI el I( trá "A n lm 72 ag va ro r. 50 B) "/K ea y XV I, va r. C ) M ód ul o 1 (lo ca l) M ód ul o 2 (lo ca l) M ód ul o 3 a (lo ca l) M ód u Lo lo 3 ca b li (lo nd ca et er l) m in ad a (ta rd ia ?)

0

NMI %

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Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

A oportunidade de examinar um conjunto significativo de ânforas recolhidas em sítios do actual Norte de Portugal e Galiza permitiu-nos identificar outros conjuntos de fragmentos de ânfora com características integráveis nestas formas. De entre estes destaca-se um exemplar ligeiramente fragmentado recolhido por pescadores no Mar de Matosinhos e actualmente em exposição no Museu do Castro de Santa Tecla (nº 559). A produção a nível regional de ânforas com características afins às formas dadas como provenientes de San Martiño de Bueu é extremamente significativa no contexto do Noroeste Peninsular. A existência deste centro produtor, dado a conhecer por um trabalho de carácter preliminar, está agora inequivocamente comprovado por recentes escavações. Estas escavações, ainda inéditas, a cargo de Fructuoso Díaz Garcia, permitiram identificar uma fábrica da salgas datável do século II (com um conjunto de seis tanques de salga) (Fig. 32), parte das edificações anexas (armazéns e oficinas) e uma oficina de produção de ânforas piscícolas (nº 560-562), no qual se destaca um forno de planta circular irregular e câmara de combustão central (Fig. 33). Estes dados, sem dúvida importantes, permitem melhor enquadrar os exemplares recolhidos em Braga (e de outros locais do actual Norte de Portugal e Galiza) e parecem adquirir novo significado à luz das recentes publicações que dão testemunho das actividades conserveiras no norte hispânico (vid. Lagóstena Barrios, 2001, p. 33-41). A importância desta indústria está inequivocamente comprovada num mapa de difusão das fábricas de salgas na Hispania Citerior apresentado por M. Beltrán Lloris (Beltrán Lloris, 2000b, p. 457, Fig. 2), onde está representada um conjunto significativo de locais concentrados na região galega. De entre estes, o autor (Beltrán Lloris, 2000b, p. 458) destaca o conjunto de sítios seguros em Pontevedra (Igresiña – Nerga, Adro Vello-O Grove, Villagarcía de Arosa), Corunha (Cariño-ría de Ferrol -, Espasante, Bares), Lugo (Playa de Area-Vivero) e, no litoral cantábrico, Gijón. Estes vestígios, são, todavia, menos consistentes no que se refere ao actual Norte de Portugal. Na verdade, até à data apenas foram identificados alguns vestígios de tanques tradicionalmente relacionadas com o aprovei-

tamento de recursos marinhos, provavelmente salinas, destacando-se, os conhecidos conjuntos da Praia de Anjeiras (Lavra, Matosinhos) e do Alto de Martim Vaz (Póvoa do Varzim) (Lanhas e Pinho, 1969, p. 324; Almeida, 1979, p. 11-12; Silva e Figueiral, 1986; Cleto, 1995-96, p. 23-45), este último lamentavelmente destruído. Destes vestígios salienta-se o conjunto da Praia de Anjeiras onde se encontrou até à data um conjunto de 32 tanques, provavelmente salinas (Fig. 34), estas estão dispersas por cinco núcleos (A, B, C, D e E) (Cleto, 1995-96, p. 23-45), provavelmente associados à villa romana de Fontão, datável dos séculos III e IV (vd. Lanhas e Pinho, 1969, p. 324; Gorges, 1974, p. 456; Silva e Figueiral, 1986; Cleto, 1995-96, p. 23-45). A existência de novos vestígios descobertos aquando da abertura dos alicerces de uma casa da povoação leva a supor que se trata dum conjunto mais vasto e complexo, como salientou Joel Cleto (Cleto, 1995-96, p. 38). A presença deste ultimos vestígios, com revestimentos característicos dos tanques de salga, leva-nos a suspeitar da possibilidade de se tratarem de cetárias. 522

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Ânfora completa. Forma Regional I (imitação Gauloise 4). Cronologia: IIII. Diâmetro: 106 mm. Diâmetro do pé: 78 mm. Altura: 460 mm Proveniência: Achado na R. Sá de Miranda (N. I.: 1991-1454). Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Forma Regional II (imitação Beltrán 72, var. B). Cronologia: III-meados IV/inícios V. Diâmetro: 126 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19980780). Fragmento de bordo, colo, pança e asa. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1997-1016). Fragmento de bordo, colo a asa. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 128 mm. Proveniência: R. Cruz de Pedra (N. I.: 20030252). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronolo-

As Ânforas e os Almofarizes

Fig. 32 Tanques de salga (San Martiño de Bueu)

Fig. 33 Forno de planta circular e regular e câmara de combustão central (San Martiño de Bueu)

Fig. 34 Localização dos núcleos de cetárias da Praia de Anjeiras, Matosinhos (Cleto, J., 199596: 32, Fig. 4 a 6) 136

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gia: finais II-IV/V. Diâmetro: 158 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0237). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20030254). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: João C. Novais e Sousa (N. I.: 2003-0246). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). “Almagro 50” / Keay XVI (var. C) (imitação / regional). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1012). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 164 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19970965). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20030248). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 148 mm. Proveniência: R. Dº Pêro Magalhães Gôndavo (N. I.: 2003-0242). Fragmento de bordo, colo e asa. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais IIIV/V. Diâmetro: 136 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-0212). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 176 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19980778). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 156 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19970960). Fragmento de bordo. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). “Almagro 50” / Keay XVI, var. c (Bética / Cádis). Cronologia: finais II-

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IV/V. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-0988). Fragmento de bordo, colo, pança e asa. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 168 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19970192). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 19992614). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Salvamento na Quinta do Fujacal (N. I.: 1998-1095). Fragmento de bordo, colo e asa. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 76 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0593). Fragmento de bordo, colo, pança e asa. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. finais II-IV/V. Diâmetro: 182 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2637). Fragmento de bordo. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0320). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0330). Fragmento de bordo e colo. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0250). Fragmento de bordo. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 161 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0964). Fragmento de bordo e colo. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-0963).

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Fragmento de bordo e asa. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1017). Fragmento de pança e asa. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0239). Fragmento de asa. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0251). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0232). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 2003-0311). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-0244). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0781). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0241). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1997-1013). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0781). Fragmento de fundo. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 82 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0961). Id. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Diâmetro: 68 mm. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (N. I.: 1999-0453). Ânfora de perfil completo. Forma Re-

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gional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/ V. Diâmetro: 150 mm; Diâmetro do Pé: 86 mm; Altura: 860 mm. Proveniência: Achado sub-aquático. Depositado no Museu de Santa Tecla (La Guardia) (N. I.: sem número). Fragmento de bordo, colo e asa. Forma regional I (imitação Gauloise 4). Cronologia: II-III. Proveniência: Forno de San Martiño de Bueu (N. I.: sem número). Id. Forma regional I (imitação Gauloise 4). Cronologia: II-III. Proveniência: Forno de San Martiño de Bueu (N. I.: sem número). Fragmento de bordo e colo. Forma Regional II (imitação “Almagro 50” / Keay XVI, var. C). Cronologia: finais II-IV/V. Proveniência: Forno de San Martiño de Bueu (N. I.: sem número).

As ânforas de produção local, pertencentes ao 2º grupo, correspondem a formas de fundo plano com um característico colo cilíndrico e bordo moldurado, cujas características formais nos permitem individualizá-las como eventuais contentores de transporte de vinho, com uma morfologia aproximada às ânforas Dressel 28 e Gauloise 7 (nº 563-579). De entre estas últimas, destaca-se a presença de três módulos distintos, fazendo pressupor uma autêntica tradição deste tipo de forma, aliás corroborada pela presença de exemplares com a mesma morfologia noutros sítios do Noroeste, como, por exemplo, Mozinho (Soeiro, 1984), Tongobriga (Dias, 1995a, p. 10) e Lugo (Alcorta Irastorza, 1995, p. 221222, Fig. 17, nº 1). Apesar de extemporâneas, acrescente-se a estas um pequeno conjunto de exemplares (nº 580-584) com um fabrico característico das cerâmicas comuns de cronologia mais tardia, provavelmente dos inícios do período Baixo-imperial. A presença de ânforas de fundo plano é importante na medida em que pressupõe, ainda que indirectamente, a produção de vinho na região. Esta produção de vinho estava provavelmente associada ao colapso dos grandes fluxos de exportação vinícola que passaram a confinar-se aos abastecimentos institucionais e a fenómenos de circulação residual. 138

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Na verdade, como bem sugeriu Carlos Fabião (1998a, p. 188), a presença destas ânforas de fundo plano, à escala do Noroeste peninsular sugere uma generalização do consumo do vinho neste território, ligado a redes locais e regionais de distribuição no seio de uma nova sociedade provincial, já plenamente romanizada. Consideramos, por isso, que, além dos locais referidos onde se encontram formas com igual morfologia, se deve, num futuro próximo, proceder a uma prospecção com vista a conhecer a sua difusão na região do Entre Douro e Minho de modo a verificar se as produções conhecidas na região são idênticas às de Braga. A partir daí, o prosseguimento do estudo destas produções necessitará de apoio laboratorial com vista à caracterização de fabricos e sua proveniência. A resposta a estas perguntas permitirá contribuir para um melhor esclarecimento sobre a importância e dinâmica da comercialização destes contentores no contexto da expansão da vitivinicultura a nível local e regional a partir dos finais do século II.

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Fragmento de bordo, colo, pança e asa. Módulo I (local). Cronologia: finais IIIV?. Diâmetro: 102 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0275). Ânfora completa. Módulo I (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 79 mm. Diâmetro do pé: 130 mm. Altura: 368 mm. Proveniência: Quinta do Fujacal / R. 25 de Abril (N. I.: 1991-0728). Fragmento de bordo, colo, pança e início de arranque de asa. Módulo I (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 96 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-2291). Id. Módulo I (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 92 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-0236). Fragmento de bordo, colo, pança e asa. Módulo II (local). Cronologia: finais IIIV?. Diâmetro: 111 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1998-1511). Id. Módulo II (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 99 mm. Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 1991-2296). Id. Módulo II (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 125 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1991-2246).

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Id. Módulo II (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Falperra (N. I.: 2003-0274). Id. Módulo II (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 125 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-2294). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Módulo II (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 141 mm. Proveniência: Salvamento na Rua dos Bombeiros Voluntários (N. I.: 2003-0277). Fragmento de bordo e colo. Módulo II (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 125 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0259). Id. Módulo II. Cronologia: finais IIIV?. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0278). Fragmento de bordo, colo e início de arranque de asa. Módulo II (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1999-0079). Id. Módulo II (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-0012). Id. Módulo II (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Salvamento na Quinta do Fujacal (N. I.: 2003-0261). Fragmento de bordo, colo, pança e asa. Módulo III a (local). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 126 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1997-0230). Id. Módulo III b (local?). Cronologia: finais II-IV?. Diâmetro: 127 mm. Proveniência: Póvoa do Lanhoso (N. I.: 1997-0231). Fragmento de bordo, colo, pança e asa. Local indeterminada. Cronologia: Baixo-Império?. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0260). Id. Local indeterminada. Cronologia: Baixo-Império?. Cronologia: finais IIIV. Diâmetro: 136 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0233). Parte superior de ânfora. Local indeterminada. Cronologia: Baixo-Império?. Diâmetro: 104 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1997-0234).

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e apreciado, à semelhança de outras sociedades arcaicas pelos seus efeitos de embriaguez e euforia. Citamos a propósito um testemunho datado dos inícios do século XVIII (1705) referente aos índios do Canadá Francês: “os índios só bebem pelo prazer de se embriagarem, para perder a razão. Eles chamam a isso “a embriaguez plena”. Nas comunidades pré-romanas, a natureza da atracção pelo vinho poderia não ter sido muito distinta. Recordemos as palavras de Tácito (XXII), quando descreve um festim entre os germanos: “É geralmente nos seus festins que eles tratam das conciliações, casamentos, eleições de chefes, da paz e da guerra. É lá, com efeito, que o coração se abre mais facilmente à sinceridade, onde ele se abraça mais pela glória. É lá que as pessoas descobrem o fundo da sua alma”.

Fragmento de bordo e asa. Local indeterminada. Cronologia: Baixo-Império?. Diâmetro: 158 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0276). Id. Local indeterminada. Cronologia: Baixo-Império?. Local indeterminada. Cronologia: Baixo-Império?. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1997-0933). 3.4 A DIETA ALIMENTAR SUGERIDA PELAS ÂNFORAS 3.4.1 O vinho e seus derivados

A presença destacada do vinho e seus derivados em Bracara Augusta está de acordo com uma presença igualmente destacada no Noroeste peninsular. A hegemonia deste produto e seus derivados, de há longa data objecto de atenção por parte de alguns investigadores (Naveiro Lopéz, 1991a, p. 67-69; Carreras Monfort, 1996, p. 205-210; Paiva, 1993, p. 103; Fabião, 1993-94, p. 236; 1998a, p. 198; Morais, 1997-98b, p. 175-182), enquadra-se num tipo de estrutura alimentar específica extremamente complexa. Não é, por isso, aconselhável caracterizar a destacada presença destes produtos na cidade sem previamente analisarmos o seu significado no contexto mais vasto do Noroeste peninsular.

A existência no Noroeste peninsular, pelo menos até meados do séc. I, de um comércio a longa distância, testemunhado pela presença esmagadora das ânforas Haltern 70, permite duas constatações básicas: por um lado, a persistência de alguns dos hábitos alimentares indígenas e, por outro, a ausência da prática da vitivinicultura. Se a primeira facilmente se depreende da análise dos testemunhos arqueológicos resultantes das escavações dos povoados e da cidade de Bracara Augusta, a segunda já é mais difícil de comprovar dado o estado actual dos nossos conhecimentos. De facto, os estudos de paleocarpologia realizados pela Universidade de Santiago, a partir de análises comparativas de macro-restos de sementes provenientes de povoados indígenas com ocupação da Idade do Bronze-Ferro e de época romana, permitiram constatar uma acentuada ruptura nos modos de produção e abastecimento de alimentos entre aquelas duas épocas (Dopazo Martínez, Fernández Rodríguez e Ramil-Rego, 1996, p. 317). Verificaram ainda a presença da videira como planta silvestre desde o final do Terciário (Dopazo Martínez, Fernández Rodríguez e Ramil-Rego, 1996, p. 322), mas concluíram pela ausência do cultivo sistemático da vinha em época romana, dada a sua escassa presença nas amostras paleocarpológicas, antracológicas e nos diagramas polínicos. Todavia, testemunhos arqueológicos da existência de possíveis lagares e lagaretas escavadas nas rocha para a prensagem de uvas,

Num célebre texto de Estrabão (III, 3, 7) é referido que os povos do norte peninsular “Bebem zhytos [espécie de cerveja] e raramente vinho e o pouco que conseguem depressa o consomem em banquetes familiares...”. Neste texto, Estrabão faz referência a uma espécie de cerveja muito popular e certamente barata a que chama zhytos (termo egípcio), também mencionada por Plínio, quando refere na sua História Natural que os iberos e gauleses bebiam “celia” ou “ceria” e que, com a espuma dessa bebida fermentada obtinham ainda o equivalente a uma levedura que fazia fermentar o pão. Mas voltando ao texto de Estrabão, o que nele ressalta é a oposição entre a vulgaridade do “zhytos” e a raridade do vinho pouco abundante e depressa consumido em banquetes familiares. Quer dizer que entre os povos do Noroeste peninsular o vinho, bebido no seu estado puro, era considerado uma bebida de prestígio 140

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no interior ou nas imediações de algumas estações arqueológicas (Soeiro, 1984, p. 41-42 e 127; Dopazo Martínez, Fernández Rodríguez e Ramil-Rego, 1996, p. 321; Almeida, 1996, p. 24; Almeida, Pinto e Almeida, 1997, p. 15-24; Calo Lourido, 1997, p. 113), parece contrariarem a referida ausência da prática da vitivinicultura nesta região. Perante estes dados contraditórios não é possível garantir a presença ou ausência do cultivo da vinha no Noroeste peninsular. Admitimos, porém, que o cultivo da vinha nesta região seria pouco provável, pelo menos até meados / finais do século I. Não podemos esquecer que o cultivo da vinha corresponde a uma tarefa plena de exigências e a sua plantação, além de representar uma mudança nos sistemas tradicionais de cultivo, requer um cuidado permanente e prolongado cujos benefícios só se manifestam a longo prazo. É, aliás, sabido que não basta aclimatar uma espécie alimentar a um território novo para que, automaticamente, os seus habitantes a adoptem. Por outras palavras, as estruturas alimentares ligadas ao cultivo da vinha não teriam sido imediatamente adoptadas pelas populações indígenas romanizadas, mesmo se algumas regiões do Noroeste oferecessem condições favoráveis à sua aclimatização. O abrandamento da importação das tradicionais ânforas vinárias na 2ª metade do século II pode já ser um sinal significativo do sítio definitivo da cultura da vinha nesta região, documentada, também, pela presença de ânforas de fundo plano em todo o Noroeste peninsular e em particular na cidade de Bracara Augusta. Embora admitindo – a partir deste momento – a existência de redes regionais e locais de distribuição de vinhos produzidos na região não devemos descartar a possibilidade da continuidade da importação de vinho através do seu transvase para diferentes contentores, como, por exemplo, odres e barris. A complementaridade de uma possível produção vinária a nível local e a continuidade das importações teria certamente permitido um momento de adaptação a novas estruturas e o reajustamento das relações comerciais com as restantes províncias, em particular com a Bética. De qualquer modo, o que podemos certamente aceitar é que o consumo de vinhos e

seus derivados durante o primeiro século da existência da cidade foi extremamente significativo. À semelhança de outros grandes núcleos urbanos, o consumo de vinhos teria naturalmente obedecido a diferentes “situações” de consumo. É assim natural pensar que, em Bracara Augusta, o vinho fosse usado nos ingredientes culinários e nas ementas familiares ou nas refeições e bebidas tomadas nos propinae (restaurantes) e tabernae vinariae (bares), seguramente existentes na cidade. Poder-se-á pressupor igualmente que grandes quantidades de vinho e seus derivados seriam usados em contextos diversos, caso de rituais religiosos, banquetes públicos, fabrico de medicamentos ou outros fins menos evidentes, como a extinção de fogos e arrefecimento da cal nos fornos. 3.4.2 O azeite e o papel das gorduras animais: uma problemática por resolver... Ne extra oleas - “Não vos afasteis das oliveiras” (Adágio grego retomado pelos romanos) A escassez das conhecidas ânforas Dressel 20 no Noroeste peninsular tem sido reiteradamente sublinhada por quantos têm estudado a região (Naveiro, 1991a, p. 67-69; Paiva, 1993, p. 103; Fabião, 1993-94, p. 236; Morais, 1998, p. 81-82). Não se trata de uma deficiente avaliação dos dados disponíveis. Como bem sublinha Carlos Fabião (1993-94, p. 239), existe uma “ampla e diversificada” informação para o Noroeste peninsular que permite, desde logo, afastar a hipótese de se tratar apenas de uma deficiente “geografia de investigação”. Tal situação não deixa de causar alguma perplexidade, visto que se trata duma região onde a olivicultura não encontra as condições ideais de desenvolvimento. Como se sabe o cultivo da oliveira em época romana no Norte de Portugal e na Galiza não é garantido pelas referências paleobotânicas correspondentes a estudos antracológicos realizados na região do Minho (Figueiral, 1990) e Trás-os-Montes (1992; 1995) e pelos estudos polínicos realizados nos maciços galaico-minhotos e no extremo ocidental da Península Ibérica pela Universidade de Santiago. Nos diagramas polínicos registou-se apenas 141

As Ânforas e os Almofarizes

a presença da oliveira como planta silvestre (Olea sylvestris L.), testemunhada no final da Idade do Bronze, ou mesmo ainda em períodos anteriores à adopção da agricultura (Ramil Rego, 1992; Ramil-Rego 1993; Dopazo Martínez, Fernández Rodríguez e Ramil-Rego, 1996, p. 322-23; Ramil Rego et al., 1998). Como explicar estas ausências dada a importância do azeite na alimentação, na conservação de alimentos e na iluminação? Entendemos que a questão poderá ser explicada se a encararmos no contexto da economia dos povos do Noroeste peninsular que tinha como fonte de subsistência a criação de gado em regime silvo-pastoril. Os autores clássicos, em especial Estrabão, referem que o gado era abundante entre os povos do Norte (III, 154) que sacrificavam bodes e cavalos a uma divindade idêntica a Ares grego (Mars Cosus). O gado bovino e suíno constituía a base de alimentação destes povos do norte peninsular, como se depreende ainda das referências de Estrabão (III, 162; 155) à fama dos presuntos cantábricos e cerretanos. As gorduras animais, em especial do porco, tinha um papel importante no regime alimentar destes povos que, ainda segundo Estrabão, substituíram o azeite pela gordura do porco (Livro III, 4, 11) e pela manteiga (III, 162; 155). Aliás a utilização das gorduras animais não é apenas característica das comunidades da Idade do Ferro. A escassa presença de contentores de azeite ao longo de todo o período imperial e os dados obtidos pelas análises arqueométricas realizadas na Universidade de Santiago mostram que a romanização do Noroeste Peninsular parece não ter implicado uma transformação imediata dos hábitos alimentares das povoações indígenas (Dopazo Martínez, Fernández Rodríguez e RamilRego, 1996, p. 294). Neste estudo o porco (Sus Domesticus) aparece como o terceiro componente principal das actividades pecuárias galaico-romanas, evidenciando um aproveitamento básico da carne que de acordo com os autores poderá ser testemunho dum momento de “relacíon óptima entre magro y grasa” (Dopazo Martínez, Fernández Rodríguez e Ramil-Rego, 1996, p. 295). Se, como vimos, a escassa representação das importações de azeite pode ser parcialmente explicada para o período tardo-republicano e os meados do séc. I, o mesmo não

pode dizer-se relativamente à representação exígua deste produto desde a época flávia até ao período baixo-imperial. Duas hipóteses de explicação são admissíveis ou mesmo complementares: • a primeira admite - com base numa passagem controversa de Estrabão (III, 3, 6) - a possibilidade de o azeite necessário para o consumo local ter sido assegurado pela produção da própria região duriense. F. Sande Lemos parece corroborar esta possibilidade (Lemos, 1993, p. 457) quando propõe que o cultivo e produção da oliveira tivessem sido iniciados em época romana em locais onde se estabeleceram as uillae da Terra Quente e do Planalto de Alijó, aproveitando os sítios abrigados e micro-climas apropriados para o seu desenvolvimento. A identificação de um lagar de azeite na uilla rústica baixo imperial do Castelo da Pousa da Fonte do Milho. Ainda que não situada em Trás-os-Montes, a descoberta de um moinho de azeite encontrado na villa de Frontão (Lavra, Matosinhos) (Gorges, 1974, p. 456; Brun, 1997, p. 51) parece vir em favor desta hipótese; • a segunda explica a escassez deste produto em consequência da continuidade do uso das gorduras animais, constante na dieta alimentar das comunidades do Noroeste peninsular. Esta continuidade de carácter eminentemente cultural é, aliás, corroborada pela informação disponível sobre as dietas das ordens religiosas da Antiguidade Tardia onde se regista um maior consumo de azeite no seio das ordens meridionais do que das ordens setentrionais. De momento, alguns argumentos parecem-nos, todavia, favoráveis à segunda possibilidade. Na verdade, e ainda que possa aceitar-se a presença da oliveira em época romana, esta não devia representar um papel importante na economia rural, nem corresponder às necessidades básicas da população. De facto, tal como a existência da vinha não implicou necessariamente a produção de vinho, a existência da oliveira pode não ter implicado a produção de azeite. A este respeito, um estudo realizado sobre a oliveira, com especial referência a Trásos-Montes e Alto Douro, refere que a cultura da oliveira se difundiu primeiramente na região 142

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

fumadas. Só com o peixe é que o azeite aparecia invariavelmente associado, alimentos “magros” que ambos eram”. Sob outro ponto de vista, a análise de substâncias conservadas em reservatórios de lucernas (através do conhecido método de cromotografia em estado gasoso) poderá, no futuro, vir a esclarecer se, para além do uso do azeite, se empregaria outro produto alternativo na iluminação. A questão fica, de momento, em aberto até que novos dados venham esclarecer esta problemática. Como desafio, não podemos, no entanto, deixar de recordar o grafito presente numa peça de jogo elaborada a partir de um fragmento de cerâmica comum (Est. XI, nº 9) onde parece estar representada uma oliveira. Tratar-se-á de um grafito feito em época romana ou de um grafito aposto em data posterior?

galega e a sul do Minho e só posteriormente se estendeu à região de Trás-os-Montes e Alto Douro (Monteiro, 1999, p. 17-18). A presença da oliveira na região galega e a sul do Minho deve, todavia, ser considerada residual e apenas com significado religioso. A primeira documentação conhecida para esta grande área, datada de 747, refere para a região galega o topónimo “Villa Olivatello majore et alio Oliveto Ripa Sile” e na região a sul do Minho faz referência, em 1066, ao topónimo oliuaria ou uluaria, atribuído à actual freguesia de Oliveira do Douro, em Vila Nova de Gaia (Sampaio, 1923, p. 110). Segundo Orlando Ribeiro, a difusão da oliveira em Trás-os-Montes e Alto Douro, onde as condições climáticas são todavia mais favoráveis do que na região Entre Douro e Minho, não se verifica antes do séc. XVI (Ribeiro, 1991, p. 139). Na verdade, ainda que possa remontar-se a existência da oliveira a ocidente desta região (eixo Lamego/Chaves) aos inícios do século XIII e século XIV (Monteiro, 1999, p. 20), a propagação desta cultura só teve lugar a partir do século XVI na região da Terra Quente, hoje a principal mancha oleícola de Trásos-Montes e Alto Douro. Uma das respostas para esta problemática deve residir no facto de termos de assumir em definitivo que a escassez de vestígios de ânforas de azeite na região de Trás-os-Montes e Alto Douro durante o período romano fica essencialmente a dever-se ao uso quase exclusivo das gorduras animais como dieta alimentar, e admitir que o azeite foi usado em regime de complementaridade com as gorduras animais de acordo com os fins em vista: uso culinário, conservação de alimentos, alimentação, ou outros. A este propósito não deixam de ser interessantes as conclusões de um estudo efectuado por Iria Gonçalves a propósito da alimentação medieval. Segundo esta autora (Gonçalves, 2000, p. 39-30), ainda que o azeite fosse a gordura vegetal de melhor qualidade e a mais fácil de obter e conservar, não era a gordura mais apreciada: “Utilizava-se habitualmente porque disponível e porque capaz de se conservar durante bastante tempo sem sofrer deterioração. No entanto, antes dele e a entrar nos pratos melhores e mais delicados, preferia-se a manteiga; a dar gosto às comidas populares, as carnes gordas do porco, frescas, salgadas, sobretudo

3.4.3 Os preparados piscícolas A diversidade e quantidade de ânforas que transportavam preparados piscícolas em Bracara Augusta é, como vimos, significativa. Esta situação deve-se, naturalmente, à importância destes produtos na dieta alimentar, quer pelo seu valor nutritivo, quer pelas grandes quantidades de sal que possuíam. Como se constatou, estes produtos são importados das regiões costeiras da bética e da lusitânia, com destaque para as ânforas Dressel 7-11 e Dressel 14. À medida que caminhámos para o período médio e baixo-imperial, estes produtos foram sendo substituídos por produções regionais que imitavam formas já conhecidas, e que, em última análise, poderá pressupor, além de um simples fenómeno de imitação, a deslocação de oleiros vindos da bética e/ou da lusitânia. A confirmá-lo a produção de ânforas em San Martiño de Bueu (Bueu, Pontevedra) idênticas a outros exemplares recolhidos em Bracara Augusta e noutros locais do Noroeste peninsular. A existência deste centro produtor, ainda que dado a conhecer por um trabalho de carácter preliminar, parece adquirir novo significado à luz das recentes publicações que dão testemunho das actividades conserveiras no norte hispânico (vd. Lagóstena Barrios, 2001, p. 33-41). 143

As Ânforas e os Almofarizes

3.5 OS ALMOFARIZES

das à produção de materiais de construção (telhas e tijolos) e, em menor proporção, ao fabrico de recipientes de uso comum como dolia e mortaria (Steinby, 1979, p. 266). Pelas características formais e de fabrico, podemos incluí-lo na forma Dramont D 2 e enquadrável, pelo tipo de bordo, na fase 3 estabelecida por C. Aguarod Otal (1991, p. 141, Fig. VIII, 3 e p. 177), correspondente ao auge da produção, entre os finais do período de Cláudio e os inícios do período antonino. Como ilustram os mapas de dispersão elaborados por C. Aguarod Otal (1991, p. 139, nº 43 e p. 178, nº 45) e Mª Ángeles Sánchez Sánchez (1995, p. 259, Fig. 7), estes dois tipos de almofarizes, além de serem particularmente abundantes em Itália, encontram-se ainda bem difundidos no Mediterrâneo oriental e ocidental (Riley, 1979, p. 295-96), nas províncias do norte e Grã-Bretanha (Cunliffe, 1968, p. 87; 1971; Hartley, 1973, p. 49-57; Tyers, 1996, p. 122) e presentes nalguns naufrágios (Parker, 1992, p. 71, nº 98, p. 165-66, nº 371 e p. 199-200, nº 470). Entre outros achados na Península Hispânica, os mapas de distribuição apresentados por C. Aguarod Otal (1991, p. 138, nº 42 e p. 177, nº 44) para a Tarraconense, e por Mª Ángeles Sánchez Sánchez (1995, p. 258, Fig. 6), para o vale do Guadalquivir, são bem demonstrativos da presença abundante destas formas de almofarizes no território peninsular. A estes acrescente-se, ainda, os exemplares destas formas recolhidos em Lugo, um dos quais, correspondente ao tipo Dramont D 1, com a marca M. CIMONI / SATURNINI (Alcorta, 1995, p. 202-203, Fig. 1, nº 1). No actual território português conhecemos, até à data, os exemplares das mesmas formas encontrados em Conimbriga, um dos quais, pertencente ao tipo Dramont D 2, com a marca Cn. DOMITIUS ARIGNOTUS, um dos libertos dos irmãos DOMITII que desenvolveram uma ampla actividade industrial (Alarcão, 1975a, p. 137, Est. XVIII, nº 48 a 52; Aguarod Otal, 1991, p. 162).

À semelhança das cerâmicas de paredes finas recolhidas na cidade, os cerca de 77 almofarizes importados encontrados até ao momento faziam parte das cargas “parasitárias” dos navios que transportavam as ânforas. Se considerarmos a presença abundante de ânforas em todo o território peninsular, fácil é admitir que não se tenha prestado a devida atenção àqueles objectos transportados no contexto referido. E, todavia, pode mesmo afirmar-se, atendendo sobretudo ao que ultimamente tem vindo a ser publicado, que os almofarizes foram largamente exportados. Infelizmente, alguns deles, designadamente os de origem bética, não foram ainda objecto de uma análise integrada que permita atribuir-lhes uma tipologia. Em Braga, com excepção de dois fragmentos oriundos de Roma, integráveis nas conhecidas formas Dramont D 1 e 2, os restantes fragmentos correspondem a exemplares provenientes da Bética, o que confirma a relação comercial privilegiada de Bracara Augusta com aquela província. 3.5.1 Produções itálicas Como acima se referiu, até ao momento apenas se encontraram na cidade dois almofarizes oriundos da Itália central, mais concretamente da área tiberina e de Roma. Um destes exemplares, com um diâmetro de 289 mm, (nº 1) possui uma pasta fina e rosada coberto por um engobe de cor bege esbranquiçada e uma superfície interna com pequenas partículas de rochas duras incrustadas na argila ainda fresca. De acordo com as características morfológicas e de fabrico, podemos atribuí-lo ao tipo 1 de Cap. Dramont, maioritariamente exportado a partir de meados do século I até meados do século II (Hartley, 1973, p. 54 e 57; Aguarod Otal, 1991, p. 44). Este tipo está frequentemente associado ao equipamento de legionários, como é caso dos acampamentos de Numância e de la Chorquilla e outros acampamentos germânicos, como Haltern (Aguarod Otal, 1991, p. 140). O exemplar nº 2, de perfil completo, com um diâmetro de 348 mm, possui uma cor bege acastanhada e uma pasta com abundantes inclusões plásticas, em particular minerais de origem vulcânica, rica em quartzos e óxidos de ferro, característicos de oficinas urbanas da área romano-tiberina, dedica-

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Fragmento de bordo e parede. Dramont D 1. Cronologia: meados do séc. I / meados do séc. II. Diâmetro: 289 mm. Proveniência: Salvamento na Quinta do Fujacal (N. I.: 1999-0110). Perfil completo. Dramont D 2. Cronologia: fins de Cláudio / inícios do período Antonino. Alt.: 89 mm. Diâmetro: 348 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1997-1289).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

3.5.2 Produções béticas

c. 70. Diâmetro: 300 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-0353).

3.5.2.1 Características morfológicas e de fabrico

Os exemplares atribuídos ao grupo II caracterizam-se por possuírem a parte superior da parede externa moldurada e uma superfície interna estriada. Este grupo admite diferentes tipos de bordos:

A hegemonia, praticamente absoluta na cidade romana de Bracara Augusta, dos almofarizes de origem bética, enquadra-se, como vimos, no contexto de uma relação comercial privilegiada com aquela província. Do total de cerca de 75 exemplares, apenas 1 possuI um fabrico característico do vale do Guadalquivir (nº 3), sendo os restantes representados por formas e fabricos reconhecidamente atribuídos à região bética costeira, em particular à baía de Cádis. Ainda que sem pretensões de criar uma tipologia para estes recipientes, a ausência de um estudo específico que nos permita enquadrar os fragmentos individualizados na cidade leva-nos a estabelecer 3 grupos distintos para permitir uma apresentação mais clara do material.

• II A (nº 8 a 13), bordo engrossado com o lábio interno reentrante e um diâmetro variável entre 260 (nº 13) e 362 mm (nº 9); • II B (nº 14 a 19), lábio simplesmente engrossado (nº 14 a 16) ou engrossado com a face externa triangular (nº 17 a 19) e um diâmetro variável entre 280 (nº 15) e 398 mm (nº 17); • II C (nº 20 a 25), lábio em forma de martelo e um diâmetro variável entre 260 mm (nº 21) e 360 mm (nº 25); • II D (nº 26), lábio reentrante e pega curta abaixo do bordo. 8

O grupo I, representado na cidade por 13 exemplares, com afinidades com a forma Dramont D 1, caracteriza-se por possuir um bordo em forma de aba abaulada com ressalto na extremidade interna. Todos estes exemplares possuem uma superfície interna com um revestimento de pequenas pedras incrustadas na argila ainda fresca. Os exemplares nº 3 a 6 são originários de Cádis e possuem um diâmetro variável entre 300 mm (nº 3) e 440 mm (nº 6). O nº 7, proveniente do Guadalquivir, com um diâmetro de 300 mm, possui um bordo que podemos considerar ainda inspirado na mesma forma mas com a face superior da aba horizontal e oblíqua e a face inferior ligeiramente engrossada.

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Perfil completo. Grupo I. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Alt.: 56 mm. Diâmetro: 300 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1998-1181). Fragmento de bordo e parede. Grupo I. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 320 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0569). Id. Grupo I. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 420 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2623). Id. Grupo I. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 440 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-0335). Id. Grupo I. Cronologia: c. 10 a. C. /

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145

Id. Grupo II A. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Alt.: 60 mm. Diâmetro: 338 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1994-0484). Id. Grupo II A. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 362 mm. Proveniência: Cavalariças Cavalariças (N. I.: 2003-0349). Id. Grupo II A. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 360 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0337). Id. Grupo II A. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 330 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0336). Id. Grupo II A. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 318 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0340). Id. Grupo II A. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 260 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0341). Fragmento de bordo e parede. Grupo II B. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 320 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-0354). Id. Grupo II B. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 280 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0342). Id. Grupo II B. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 360 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0354). Id. Grupo II B. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 398 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-0371).

As Ânforas e os Almofarizes

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Id. Grupo II B. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 364 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0338). Id. Grupo II B. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 310 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-0351). Id. Grupo II C. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 310 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0343). Id. Grupo II C. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 260 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0351). Id. Grupo II C. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 320 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0348). Id. Grupo II C. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 300 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-0339). Id. Grupo II C. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 350 mm. Proveniência: Misericórdia (N. I.: 1999-0350). Id. Grupo II C. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 360 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1999-0355). Id. Grupo II D. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1098).

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3.5.2.2 Paralelos e tentativa de ensaio cronológico Na ausência de paralelos específicos para o grupo I, ficamos limitados à cronologia fornecida pelas escavações de Braga. Estes provêm de estratos datáveis de momentos anteriores ao período flávio, destacando-se dois exemplares (não ilustrados dado o estado de fragmentação), recolhidos no sector 8 das Cavalariças, com materiais datáveis de Augusto a finais do período de Tibério / inícios do reinado de Cláudio. À semelhança dos exemplares do grupo anterior, os almofarizes integrados no grupo II provêm igualmente de estratos anteriores ao período flávio. Os exemplares do grupo II A estão bem representados noutras estações arqueológicas. Refira-se, entre outros, os almofarizes tardorepublicanos recolhidos em Mesas do Castelinho (Almodovar) (Fabião, 1998b, p. 412, Fig. 110, nº 1-2), os exemplares provenientes do depósito augusto-tiberiano de Abul A (Alcácer do Sal) (Mayet e Tavares, 2002, p. 28, 37, 46, Fig. 12, nº 113-116 e p.118-120). Os exemplares do grupo II B estão, à semelhança de Braga, bem representados na maior parte das estações onde se encontraram almofarizes. De acordo com a bibliografia consultada, existem exemplares enquadráveis neste grupo em contextos datáveis dos finais do período tardo-republicano, recolhidos no Castelo da Lousa (Mourão) (Wahl, 1985; Fabião, 1998b, Fig. 110, nº 3; Gonçalves e Carvalho, 2002, p. 186) e em níveis da 1ª metade do século I, provenientes do depósito augusto-tiberiano de Abul A (Alcácer do Sal) (Mayet e Tavares, 2002, p. 28, 37 e 46, Fig. 12, nº 117) e do nível tibério-claudiano de Los Castillones

Num III grupo incluímos 3 fragmentos tão exíguos que não permitem atribuí-los a qualquer dos grupos anteriores, dado não ser possível reconhecer com segurança o tipo de perfil e o tratamento da superfície interna, mas apenas a forma do lábio, simplesmente engrossado (nº 27) e engrossado com perfil triangular (nº 28-29), com um diâmetro variável entre 283 mm (nº 27) e 360 mm (nº 29). 27

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Fragmento de fundo. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2624). Id. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0347). Id. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0350). Id. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 151 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0352).

Id. Grupo III. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 283 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1099). Id. Grupo III. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 310 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0346). Id. Grupo III. Cronologia: c. 10 a. C. / c. 70. Diâmetro: 360 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1998-1305).

Além dos exemplares referidos, referenciámos ainda na cidade um conjunto significativo de 25 fragmentos (nº 30 a 33) com uma parede estriada e fundos assentes em pés anelares. 146

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

1976b, p. 71-72, 136, Est. XVII, nº 1-3); os exemplares provenientes de Balsa (Tavira) idênticos aos nossos almofarizes do grupo I, mas aqui com estrias na parede interna (Nolen, 1994, p. 136 e 149, Est 26, nº 15 e Est. 27, nº 16-17); os exemplares sem a característica moldura na parede externa recolhidos em Conimbriga (Alarcão, 1976b, p. 72-73 e 136, Est. XVII, nº 10-17), Balsa (Tavira) (Nolen, 1994, p. 136 e 149, Est. 26, nº 14) e no centro produtor de Andújar, que os fabricou na 2ª metade do século I (Serrano, 1995, p. 231, 234, Fig. 4, nº 28 e p. 245). Relativamente ao material aqui apresentado não podemos deixar de valorizar a presença na cidade de um número significativo de almofarizes oriundos da região de Cádis com fabrico idêntico ao das ânforas piscícolas com a mesma proveniência. Este dado é mais um forte indicador dum âmbito de comercialização comum a estes produtos. Neste contexto, e tendo em conta que uma das finalidades específicas dos almofarizes consistia em triturar e misturar molhos, cujo ingrediente principal seria o garum (vd. Apício), não devemos pensar que os almofarizes representavam uma simples produção complementar às ânforas, mas antes um produto imprescindível e indissociável da comercialização das mesmas.

(apud. Serrano Ramos, 1995, p. 231, 234, Fig. 4, nº 27 e p. 245). A estes acrescente-se ainda 1 exemplar sem contexto recolhido em Balsa (Tavira) (Nolen, 1994, p. 136 e 149, Est. 26, nº 12) e outros referidos por Encarnacíon Serrano, dados como provenientes de Munigua, Lacipo, Itálica e Sevilha (apud. Serrano, 1995, p. 231). Os exemplares do grupo II C são idênticos a exemplares de Conimbriga, recolhidos em estratos do período claudiano e flávio (Alarcão, 1976b, p. 72-73 e 136, Est. XVII, nº 5-7). A diversidade morfológica dos almofarizes de produção bética não se esgota, naturalmente, nos tipos recolhidos na cidade. Tal diversidade mereceria que num futuro próximo se tentasse estabelecer uma tipologia específica para estes produtos tendo em conta a sua evolução formal e cronológica. Refira-se, a título de exemplo, o fragmento de almofariz com o bordo bifurcado, semelhante a peças publicadas por M. Vegas, datado do 3º quartel do século I a. C. (Fabião e Guerra, 1994, p. 280; Fabião, 1998b, p. 412, Fig. 110, nº 4); os exemplares com bordo alto, moldurados na face externa e lábio ligeiramente biselado, recolhidos em Mesas do Castelinho (Almodôvar) (Fabião, 1998 b, p. 412, Fig. 110, nº 5) e Conimbriga (Alarcão,

147

As Cerâmicas Finas de Mesa

IV. AS CERÂMICAS FINAS DE MESA

Este total, como se verifica nos quadros e histogramas de seguida apresentados, reparte-se pelas seguintes quantidades: 49 fragmentos decorados, dos quais 25 são indeterminados; 172 fragmentos de formas lisas; 43 fragmentos de fundo e 26 marcas . Tomando por base as fases estabelecidas por C. Goudineau, a partir da estratigrafia de Bolsena (Goudineau, 1968, p. 376-377), predominam, como acima referimos, os produtos datáveis dos finais do período de Augusto e do reinado de Tibério, momento enquadrável nos finais da fase “clássica” e inícios da fase “avançada” (Fig. 35). Assim, num total de 290 fragmentos, 155 datam daquele momento, seguindo-selhes, em número, aqueles exclusivamente enquadráveis na fase “avançada”, com 62 fragmentos. As fases iniciais e finais desta produção estão pouco representadas: 12 fragmentos da fase “precoce”; 27 fragmentos da fase “clássica”; 30 fragmentos enquadráveis no momento de transição entre a fase “avançada” e a “tardia” e quatro fragmentos da fase “tardia”.

4.1 A TERRA SIGILLATA DE TIPO ITÁLICO Coincidindo com a fundação da cidade por volta dos anos 15 a 13 antes da nossa Era chegaram à cidade os primeiros produtos importados: terra sigillata oriunda dos principais centros de produção itálicos ou de pequenas filiais a estes associados. À falta de análises laboratoriais para determinar a proveniência específica dos fragmentos recolhidos, a atribuição a determinados centros produtores baseia-se essencialmente no estudo das marcas de oleiro e, com maiores reservas, nos fragmentos decorados a molde. O conjunto de marcas e a análise dos vasos com decoração moldada parece sugerirem a hegemonia dos produtos fabricados em Arezzo e suas sucursais. Esta situação é, aliás, concordante com a distribuição destes produtos na Península onde, contrariamente aos materiais de Haltern - cujas análises revelaram um predomínio dos produtos oriundos de La Muette, em Lyon (Lesfargues e Vertet, 1976) – regista uma notável difusão das produções de tipo aretino, especialmente no território costeiro mediterrâneo, litoral português e nas regiões do vale do Ebro e da região bética costeira (Beltrán Lloris, 1990, p. 74-75). Tal situação – a confirmar-se - explicarse-ia pelo sucesso que em determinado momento este centro de produção obteve na comercialização dos seus produtos, particularmente abundantes nos mercados ocidentais e assegurando um lugar importante nos orientais. Em Bracara Augusta, à semelhança dos restantes sítios estudados no actual território português, o quadro das importações dos produtos de tipo itálico dá-se entre finais do reinado de Augusto e reinado de Tibério. Este dado vem demonstrar que a importação da terra sigillata de tipo itálico só teve significado económico durante este período. Além de cerca de duas centenas de fragmentos indeterminados e indetermináveis atribuíveis a produções de tipo itálico encontrados em Braga, foi individualizado o número mínimo de 290 (cerca de 6,10% do total de terra sigillata) fragmentos correspondentes a formas lisas, decoradas, fundos e marcas.

4.1.1 Formas decoradas Como indica a Fig. 35, resumem-se a 49 os fragmentos decorados recolhidos até ao momento em Braga. Apesar do estado excessivo de fragmentação foi possível atribuir uma tipologia a 24 fragmentos, todos eles contemplados nas tabelas formais estabelecidas por W. H. Dragendorff (1948) e Conspectus (1990) (Figs. 36 e 37). Com excepção de um fragmento oriundo de Putéolos (nº 16) pode atribuir-se à quase totalidade dos fragmentos uma origem aretina, dado aliás coincidente com o predomínio das marcas daquela proveniência até à data recolhidas na cidade. Como seria de esperar, predominam os produtos datáveis dos finais do período de Augusto e do reinado de Tibério (transição fase “clássica/avançada”), com 33 fragmentos, seguidos dos produtos unicamente tiberianos (fase “avançada”) com 11 fragmentos (Fig. 35). Os restantes apenas estão representados por três fragmentos mais antigos situados na última quinzena do século I a. C. (fase “clássica”) e dois fragmentos mais tardios datáveis a partir de meados do século seguinte (tardo-itálicos). 148

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Fases

Formas decoradas

Formas lisas

Fundos

Marcas

Total por fases

% por fases

2

8

2

12

4,14

3

22

2

27

9,31

Precoce Clássica Clássica / Avançada

33

95

13

14

155

53,45

Avançada

11

26

17

8

62

21,38

25

5

30

10,34

4

1,38

290

100,00

Avançada / Tardia Tardia

2

2

Total

49

172

43

26

100 90 80 70 60

Formas decoradas Formas lisas Fundos Marcas

50 40 30 20 10 0 Precoce

Clássica

Clássica / Avançada

Avançada Avançada / Tardia

Tardia

Fig. 35 Quantidade e relação percentual das Fases de Terra Sigillata de Tipo Itálico

Tipo Consp. R.1.1[1] Tipo Consp. R.1.2[1] Tipo Consp. R.2.1[1] Tipo Consp. R.2.2[1] Tipo Consp. R.2.3[1] Tipo Consp. R.4.1[1] Tipo Consp. R.5.2[1] Tipo Consp. R.7.1[1] Tipo Consp. R.7.2[1] Tipo Consp. R9? Tipo Consp. R.10.2[1] Tipo Consp. R.11.1[1] Tipo Consp. R.12 Drag. II?

2 1 4 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1

2 2 1 1 1 1

c. 27 a.C – 14

Drag. VII

2

2

c. 27 a.C – 14

Drag. IX? Drag. XIV? Tipo Consp. K Drag. 29 Tardo-Itálica Ind.

1

1

1-2 3 4-7 8 9 10 11 12 13 14-15 16 17 18 19 20 46 47

1

1

21

1 25

1 --------

22 23-45; 48-49 49

c. Era – c. 37 c. 40 – c. 50 variável Total ∗

Quantidade por Tipo

Cronologia Geral de Produção 10 a.C - Era 10 a.C – Era 15 a.C – 14 15 a.C – 14 15 a.C – 14 14 a.C – 37+ 15 a.C – 15 14 – 30/50 14 – 30/50 14 – 37/54 14? – c. 37? 41 – 54∗ Era – 37 c. Era - c. 37

Formas Decoradas

Quantidade

3 6 1 1

Ilustração

Fig. 36 Terra Sigillata Decorada de Tipo Itálico

No Consp. esta forma data de 15 a.C. -14/37. 149

As Cerâmicas Finas de Mesa

Fig. 37 Quantidade e relação percentual de Terra Sigillata decorada de Tipo Itálico

Formas decoradas

Quantidade % decoradas % na produção Itálica

Tipo Consp.R.1.1.[1]

2

4,08

0,69

Tipo Consp.R.1.2.[1]

1

2,04

0,34

Tipo Consp.R.2.1.[1]

4

8,16

1,38

Tipo Consp.R.2.2.[1]

1

2,04

0,34

Tipo Consp.R.2.3.[1]

1

2,04

0,34

Tipo Consp.R.4.1.[1]

1

2,04

0,34

Tipo Consp.R.5.2.[1]

1

2,04

0,34

Tipo Consp.R.7.1.[1]

1

2,04

0,34

Tipo Consp.R.7.2.[1]

1

2,04

0,34

Tipo Consp.R.9.?

2

4,08

0,69

Tipo Consp.R.10.2.[1]

1

2,04

0,34

Tipo Consp.R.11.1.[1]

1

2,04

0,34

Tipo Consp.R.12

1

2,04

0,34

Drag. II?

1

2,04

0,34

Drag. VII

2

4,08

0,69

Drag. IX?

1

2,04

0,34

Drag. XIV? / Tipo Consp. K

1

2,04

0,34

Drag. 29 Tardo-Itálica

1

2,04

0,34

Indeterminadas

25

51,02

8,62

Total

49

100,00

16,90

60

50

40

30

20

10

Ti po C o Ti po nsp .R C .1 o Ti po nsp .1.[ 1] .R C on .1. Ti 2 s po .[1 p. R ] C on .2. Ti 1 sp po .[1 .R C .2 ] o Ti po nsp .2.[ 1 .R C .2 ] o Ti po nsp .3.[ 1] .R C on .4. Ti sp 1.[ po 1 .R C .5 ] o Ti po nsp .2.[ 1] .R C on .7. sp 1.[ Ti 1] .R . Ti po C 7.2 po on .[ C sp 1] o Ti po nsp .R. 9. .R C on .10 ? sp .2 Ti .R. .[1] 11 po .1 C on .[1 sp ] .R . D 12 ra g D . ra D II? g. ra XI g .V V? D II D / Ti rag ra po .I g. X? 29 Co Ta nsp . r In do- K de Itá te l rm ica in ad as

0

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Quantidade % decoradas % na produção Itálica

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

estilo decorativo, podem ser atribuídos a C. CISPIVS (nº 42) e a C. VIBIENVS (nº 43-44).

Os produtos decorados mais representados na cidade provêm das oficinas de RASINIVS, com treze fragmentos: um fragmento da parte superior de um cálice do tipo Consp. R 1.1.[1] (nº 2); um pequeno fragmento de parede com início de arranque de asa da forma Drag. VII (nº 20); um fragmento de uma forma fechada possivelmente atribuível à forma Drag. XIV (nº 21) e por outros dez fragmentos de forma indeterminada (nos 23-28; 36-38; 41), um dos quais pertencente a um dos seus escravos, provavelmente PANTAGATHVS (nº 28).

1

2

Igualmente bem representados estão os produtos saídos das oficinas de M. PERENIVS, representados por dez fragmentos. Dois destes podem ser atribuídos a formas específicas: um belo fragmento de parede decorado com cipo itifálico encimado por um busto barbado voltado à direita e um cacho de uvas característico do repertório figurativo do escravo BARGATHES (no 3) e um raro fragmento da forma Drag. 29 da produção tardo-itálica, decorado com um friso de bailarinas que H. Comfort considerou semelhante à base de um altar, típico da decoração de PERENIVS (nº 22). Os restantes fragmentos indeterminados das oficinas de M. PERENIVS podem ser atribuídos a TIGRANVS (nº 29; 39), SATVRNVS (ou SATVRNINVS) (nº 34) e, de novo, BARGATHES (nº 30-32). Deste conjunto consta ainda um fragmento exclusivamente atribuível a PERENIVS (nº 40) e um outro cujo estilo decorativo é comum às oficinas de M. PERENNIVS e N. NAEVIVS HILARVS (no 33). Da obra de P. CORNELIVS recolheu-se um exemplar de perfil completo do tipo Consp. R 11.1.[1] (nº 17), para o qual se conhecem paralelos específicos nas obras Dragendorff/ Watzinger (1948) e Cristina Troso (1991); um fragmento moldado com a aplicação de uma cabeça de um bode aplicada num vaso de tamanho médio provavelmente da forma Drag. II (nº 19) e um fragmento decorado de forma indeterminada (nº 40).

3

4

5

6 Do conjunto de peças decoradas recolhidas em Braga faz ainda parte o fragmento já referido atribuível ao tipo Consp. R 10.2.[1] (nº 18), associado a N. NAEVIVS HILARVS, oleiro de Putéolos, e 3 outros fragmentos que, pelo

7

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Fragmento de Cálice. Tipo Consp. R 1.1.[1]. Cronologia: 10 a. c. – Era. Diâmetro: 198 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1809). Id. Tipo Consp. R 1.1.[1]. Fiada de pingentes (Dragendorff e Watzinger, 1948, confrontar com Fig. 18, nº 1, p. 134, neste caso mais simplificadas), semelhantes a pequenas tochas (Hayes, 1976, p. 6, nº 7, Est. 1, nº7, p. 86), mediados por um friso de fraco relevo com a decoração sobreposta de rosetas que incluem pequenas flores de onze pétalas no centro (Dragendorff e Watzinger, 1948, Fig. 18, nº 3, p. 134). Uma fiada de pequenas pérolas de fraco relevo terminam a decoração. Produto de RASINIVS (1948, p. 134). Cronologia: 10 a. c. – Era. Diâmetro: 157 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1845). Id. Tipo Consp. R 1.2.[1]. Parte superior da parede junto ao bordo decorada com decoração roletada sobre uma friso de óvolos simples típicos da decoração de Perenius (Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 18, Fig. 1, nº 1). A decoração ilustra um cipo itifálico encimado por um busto barbado voltado à direita. Em frente a representação de um cacho de uvas característico do repertório figurativo de M. Perenius Barghates (1948, p. 202-03, Est. 22, nº 277, 282-285 e 287288). Cronologia: 10 a. c. – Era. Altura aproximada: 149 mm. Diâmetro aproximado: 175 mm. Proveniência: Antigas escavações (N. I.: 1996-0448). Id. Tipo Consp. R 2.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-1271). Id. Tipo Consp. R 2.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Rua do Anjo (N. I.: 1999-1279). Id. Tipo Consp. R 2.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1996-0444). Id. Tipo Consp. R 2.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 153 mm. Proveniência: Albergue Distrital (N. I.: 1991-1876).

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Id. Tipo Consp. R 2.2.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 183 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1083). Id. Tipo Consp. R 2.3.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 148 mm. Proveniência: Quinta do Fujacal (N. I.: 2000-0264). Id. Tipo Consp. R 4.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: São Geraldo, nº 27-31 (N. I.: 2003-1307). Id. Tipo Consp. R 5.2.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 15. Diâmetro: 289 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1808). Id. Tipo Consp. R 7.1.[1]. Cronologia: 14 30/50. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-1283). Id. Tipo Consp. R 7.2.[1]. Cronologia: 14 - 30/50. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1864). Id. Tipo Consp. R 9?. Cronologia: 14 30/50. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-1273). Id. Tipo Consp. R 9?. Cronologia: 14 30/50. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0451). Id. Tipo Consp. R 10.2.[1]. Os exemplos registados desta forma sugerem que pode existir uma relação específica com a oficina de N. NAEVIVS HILARVS em Putéolos (Kenrick, 1990, p. 180). Cronologia: 14? – c. 37?. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0455). Perfil completo. Copo hemisférico com pé baixo e oblíquo com o fundo interior interno muito alteado. Tipo Consp. R 11.1.[1]. Coroa de folhas de carvalho e gavinhas fusiformes, alternadas e simétricas, típicas da decoração de P. CORNELIVS (Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 48, 162 e 231; Troso, 1991, p. 113, nº 362). Friso inferior com círculos concêntricos duplos. Óvolos duplos, pequenos e abertos, com uma lingueta simples, encimados por uma linha de pérolas tipo Hahnle 29, atribuíveis à oficina de P. CORNELIVS. Paralelo em Dragendorff e Watzinger (1948, p. 48, 162, Est. 34, nº 547 [Inv. 4671], p. 231) e na obra de Cristina Troso (1991, Est. 62, nº 362). Oficina de P. CORNELIVS.

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Início da produção no final do período Tardo-Augustano (cfr. Stenico, 1955, p. 215), atingindo o máximo desenvolvimento no período de Tibério (1960, p. 215-16; Troso, 1991, p. 66). A presença de fragmentos decorados na Britannia poderá pressupor a continuidade da sua actividade ainda no período de Cláudio (1991, p. 66). Cronologia: Pelo fabrico a peça parece, todavia, de Cláudio (= 41 – 54). Alt.: 69 mm; Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Largo São João do Souto (N. I.: 1995-0315). Fragmento de Cálice. Tipo Consp. R 12. Cronologia: Era – 37. Diâmetro: 69 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-1802). Id. Fragmento moldado de um vaso de tamanho médio com a parte superior da parede, oblíqua e lisa, limitada inferiormente por uma moldura; parte inferior encurvada, limitada superiomente por uma fiada de óvalos e ornamentada com uma garça voltada à direita, acompanhada de um motivo floral. À direita desta decoração foi aplicado um motivo decorativo representado a cabeça de um bode típica do repertório figurativo de Cornelius (vd. Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 237, nº 615, Est. 39, nº 615 ; Hayes, 1976, p. 6-7, Est. 4, nº 1819). Provável forma Drag. II. Cronologia: c. Era – c. 37. Proveniência: Termas (N. I.: 1998-1548). Fragmento de Kantharos. Parede com início de arranque de asa. Forma Dragendorff VII (Dragendorff e Watzinger, 1948, Fig. 2, nº VII, p. 21). Com alguma dificuldade de leitura vê-se a parte traseira de um leão e parte do tronco e ramagem de uma árvore ou arbusto (confrontar com Stenico, 1960, p. 63, nº 137, p. 134-36, Est. 15, nº 81-82). Produto de RASINIVS (1960, vol. I). Cronologia: c. 27 a. c. - 14. Alt. aproximada: 128 mm; Diâmetro aproximado: 124 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1835). Fragmento de forma fechada. Óvolos característicos da produção de Cornelius (vd. Cristina Troso, 1991). Provável forma Dragendorff XIV / Tipo Consp. K. C. Cronologia: Era – c. 37. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-1384).

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Fragmento taça. Forma Dragendorff 29 tardo-itálica. A decoração ilustra figuras de ménades de tipo Rasiniano (vd. Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 217-218, nº 432, Est. 28, nº 432; Stenico, 1960, p. 26, nº 15-17, Est. 5; Pedrazzini, 1972, p. 32, nº 94 e p. 65, nº 80). Esta decoração descreve provavelmente um cena dionisíaca na qual apenas resta a figura de três ménades. Apesar da mutilação sofrida consegue-se compreender que a composição desenvolve uma simetria de gestos perfeitamente correspondente à atitude psíquica das cada personagens: as ménades, que provavelmente seguiam um cortejo em honra de Diónisos, caminham em gesto de dança para a direita. Neste cortejo a primeira das ménades representadas parece suspender o passo voltando a cabeça para trás. Apesar do estado de conservação do fragmento é de realçar a perfeita transparência das vestes. Cronologia: c. 40 – C. 50. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1991-1841). Fragmento de Cálice ou Copo. Parede inferior que termina numa carena, acentuada por uma dupla moldura feita no torno. Decoração subdividida por linhas duplas em triângulos. No vértice desses triângulos uma flor, do tipo 203 (Stenico, 1960, p. 50, nº 270), da qual sai uma folha alongada. Entre os triângulos uma lingueta, do tipo 157 (1960, Est. 45, nº 266 e 268-71). Produto de RASINIVS (1960, p. 49-50, vol. I). Cronologia: período augustano. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1844). Fragmento de parede de forma indeterminável. Decoração inferior sugerindo uma fiada de flores com oito pétalas (Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 127; Fig. 1, nº 5, p. 18, Est. 5 [moldes], nº 35; Stenico, 1960, p. 65, nº 185, Est. 31, nº 155-56, Est. 32, nº 163, 165-66 e 168) encimada por motivos em espinha de peixe, formando uma espécie de chaveta (1960, Est. 3, nº 9, Est. 4, nº 12 e 13); ambos motivos integráveis no estilo ornamental de RASINIVS (Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 127; Stenico, 1960, p. 65, vol. I). Cronologia: período augustano. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1999-1269).

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Id. Decoração constituída por uma roseta tipo 202 (Stenico, 1960, Est. 44, nº 258 e 260) e por um outro motivo floral (pequena palmeta?). Produto de RASINIVS (1960, p. 49, vol. I). Cronologia: período augustano. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1842). Id. Motivo ornamental constituído por uma fiada de pingentes semelhantes a pequenas tochas mediadas por um friso de fraco relevo com a decoração sobreposta de rosetas que incluem uma pequena pérola no centro conhecidas na produção de Annius (Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 154, Fig. 23 e p. 223, nº 471, Est. 32, nº 471) e Rasinius (Stenico, 1960, Est. 40, nº 225-226). Cronologia: período augustano. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1372). Id. Fiada de pingentes (Dragendorff e Watzinger, 1948, confrontar com Fig. 18, nº 1, p. 134, neste caso mais simplificadas), semelhantes a pequenas tochas (Hayes, 1976, p. 6, nº 7, Est. I, nº7, p. 86), mediadas por um friso de fraco relevo com a decoração sobreposta de rosetas que incluem pequenas flores de onze pétalas no centro (Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 134, Fig. 18, nº 3). Bis: dada a mesma proveniência e por razões de composição, estilísticas e de fabrico pensamos que este fragmento pertence ao Cálice inventariado com o número 1991-1845, nº 2. Cronologia: c. de 10 a. c. a 10. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1846). Fragmento de parede com início de arranque de bordo de forma indeterminada. Decoração com uma fiada de pequenos pingentes? (Dragendorff e Watzinger, 1948, confrontar com Fig. 18, nº 1, p. 134, neste caso mais simplificadas), semelhantes a pequenas tochas (Hayes, 1976, p. 6, nº 7, Est. 1, nº7, p. 86), e uma grinalda de folhas (louro?). Uma pequena roseta de fraco relevo ligada por motivos lisos horizontais termina a decoração. Oficina de RASINIVS, provavelmente PANTAGATHVS [RASINI MEMMI?] (cf. Dragendorff e Watzinger, 1948, Est. 4 [moldes], nº 31, p. 125, nº 33, p. 126). Cronologia: período au-

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gustano. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1843). Fragmento de parede de forma indeterminável. Flor de lírio?. A encerrar a composição o motivo em espinha de peixe atribuível a M. PERENNIVS TIGRANVS (Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 41, 117, Fig. 5, p. 42, Est. 12, nº 197, 199). Cronologia: c. de 10 a. c. a 10. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1838). Id. Fiada de botões em relevo, reticulados (Dragendorff e Watzinger, 1948, Est. 19, nº 299 e 300 e p. 204; Alarcão, 1975a, p.9, nº14, Ests. I e XVI) e vestígios de uma folha de acanto?. Oficina de M. PERENNIVS BARGHATES (Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 195-208). Cronologia: período augustano. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2000-0276). Id. Decorado com uma folha de acanto e ramagem afim (Dragendorff e Watzinger, 1948, Est. 17, nº 317, p. 205, Est. 18, nº 266 e 267 e p. 201). Bis: para este fragmento evocamos as razões acima expostas. Cronologia: período augustano. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2000-0275). Id. Possui uma canelura na transição para o bordo. Decoração em pérolas e dupla espinha de peixe (Dragendorff e Watzinger, 1948, Est. 19, nº 207, 214, Est. 20, nº 208, 216). Bis: Dada a mesma proveniência e por razões de composição, estilísticas e de fabrico pensamos que se trata do mesmo vaso. Cronologia: período augustano. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2000-0274). Id. Decoração inferior de pingentes? (Dragendorff e Watzinger, 1948, confrontar com Fig. 18, nº 1, p. 134, neste caso mais simplificadas), semelhantes a pequenas tochas (Hayes, 1976, p. 6, nº 7, Est. 1, nº7, p. 86), seguidas por uma grinalda de folhas (louro?) traçada à mão livre (trattini manoscritti) comuns aos grupos de M. PERENNIVS e N. NAEVIVS HILARVS (cf. Alarcão, 1975a, p. 9, nº 9, Est. I, nº 9). A parte superior do fragmento termina com a representação de uma lingueta da qual sai uma pequena grinalda também traçada à mão livre (1975); a ladear a lingueta dois pingentes (Dra-

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gendorff e Watzinger, 1948, confrontar com Fig. 18, nº 1, p. 134, neste caso mais simplificadas), semelhantes a pequenas tochas (Hayes, 1976, p. 6, nº 7, Est. 1, nº7, p. 86). Oficina de M. PERENNIVS BARGATHES ou N. NAEVIVS HILARVS?. Cronologia: período augustano. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1270). Id. Friso inferior decorado por uma paliçada em óvalos alongados (Dragendorff e Watzinger, 1948, Est. 26, nº 377, p. 211), imitando vasos em metal (Oswald e Pryce, 1966, p. 72-3; para exemplares em baixela de metal veja-se Gehrig, 1981, p. 32; Martin-Kilcher, 1989, p. 20, Fig. 6; Baratte, 1989a, p. 88, 248; 1989b, p. 267). Oficina de PERENNIVS, provavelmente SATURNVS (Dragendorff e Watzinger, 1948, Est. 26, nº 377, p. 210-11). Cronologia: período augustano. Proveniência: Hospital (N. I.: 1999-1271). Id. Parede inferior que termina numa canelura feita no torno. Decoração subdividida por linhas duplas desenhando metade de arcos de volta perfeita que se entrecruzam formando pequenos arcos em ogiva. Nos vértices superiores dos arcos ogivais figura uma palmeta, associada ao oleiro VIBIENVS (Dragendorff e Watzinger, 1948, Est. 27, nº 396, p. 213). Fora dos arcos ogivais desenhase, em linhas duplas e lados curvilíneos, uma forma em jeito de triângulo cujo vértice inferior está assinalado por volutas. Das volutas sai uma folha de acanto alongada mediada por duas rosetas de oito pétalas (1948, Fig. 6, nº 5, p. 47). O fragmento termina com a decoração em espinhas de peixe presentes ainda em VIBIENVS (1948, Est. 27, nº 386, 389, 395, Est. 30, nº 398, 400, Est. 35, nº 384, Est. 37, nº 385, 387 e p. 211-13). Estes últimos motivos também ocorrem em alguns produtos de TIGRAVS (vd. infra). Produto de C. VIVIENVS (1948, Est. 27, nº 390, p. 212, Est. 27, nº 396, p. 213, Fig. 6, nº 4 e 5, p. 47). Cronologia: período augustano. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 1991-1840). Id. Parede inferior com uma pequena moldura feita no torno a separar a decoração. Esquema decorativo de uma

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cena báquica de nítida inspiração neoática: membros inferiores de um sátiro, com a pele de leopardo descida até à parte traseira do joelho e uma ménade, com túnica plissada até aos pés, ambos dirigindo-se para a direita (cf. Stenico, 1960, Est. 1, nº 1, Est. 2, nº 1-2, Est. 3, nº 9, p. 25-26; cf. Hayes, 1976, Est. 1 e 2, nº 1, p. 86-7). À direita desta última um motivo decorativo que parece corresponder a um rochedo e a uma pequena pilastra alongada (cf. Stenico, 1960, Est. 7, nº 31, p. 27-8). Produto de RASINIVS (1960, vol. I). Cronologia: período augustano. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1833). Id. Perna de jovem dançante à esquerda e vestígios de uma pele de leopardo idêntica à anterior (cf. Stenico, 1960, Est. 1, nº 1, Est. 2, nº 1, 2 e 4). Bis: dada a mesma proveniência e por razões de composição, estilísticas e de fabrico pensamos que este fragmento pertence ao fragmento acima referido. Cronologia: período augustano. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1834). Id. Parte inferior do tronco e membros inferiores de um sátiro?. Bis: para este fragmento evocamos as razões acima expostas. Cronologia: período augustano. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1836). Id. Parte de um ciclo de vindima, “Zyklus VIII”( Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 182). Perna e braço de um Sátiro virado à direita (tipo VIII 2) na tarefa da vindima, no acto de pisar uvas (1948, Est. 6, nº 57, p. 182; Chase, 1916, Est. VI, nº 22; Stenico, 1959, p. 57, Est. IV, nº 7b; Hayes, 1976, p. 5). Estilo de M. PERENNIVS TIGRANVS (Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 38, 74 ss., Est. 6, nº 57, p. 182). Cronologia: período médio, c. de 1 a. c. – 1. (cf. Hayes, 1976, p. 5). Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1837). Id. Parte superior de uma figura masculina provavelmente representado Hércules (vd. Dragendorff e Watzinger, 1948. p. 184, nº 88, Est. 8). Saído das oficinas de Perenius ?. Cronologia: período augustano. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1373).

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Id. Motivo idêntico ao do fragmento nº 20 atribuído à forma Drag. VII (confrontar com Stenico, 1960, p. 63, nº 137 e 134-36, Est. 15, nº 81-82). Produto de RASINIVS (1960, vol. I). Cronologia: c. 27 a. c. - 14. Cronologia: período augustano. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 20031389). Id. Decoração com a parte dianteira de um cão peludo (Dragendorff e Watzinger, 1948, p. 165 e 230-31, Ests. 36, 37, nº 539) ou, mais provavelmente, de um lobo (Troso, 1991, p. 45, Est. 50, nº 296-97, Fig. 9, nº 68) em posição de corrida; vestígios de rochedo e árvore ou arbusto traçados à mão livre (trattini manoscritti). Possivelmente o quadro decorativo seria completado com a típica perseguição de um cervo (vd. decoração idêntica em Brit. Mus. L 160 com a marca de CORNELIVS e em Cristina Troso, 1991, p. 45, Est. 18, nº 102 a, b, c, Est. 50, nº 296-97). As sequências realizadas com apenas figuras de animais, um tema decorativo raro no âmbito da cerâmica aretina, têm uma particular difusão nos produtos de P. CORNELIVS (1991, p. 45). Produto de CORNELIVS. Cronologia: cfr. cronologia do oleiro no fragmento nº 17. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1839). Id. Parte considerável de um cavalo em corrida atrelado a um carro, como se depreende das rédeas que possui (decoração idêntica em Stenico, 1955, p. 194-95, Est. IV, nº 52). Produto de C. CISPIVS (1955, p. 173-217, Ests. I-VI). Cronologia: início da produção no ano 3 (1955, p. 215). Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-0070). Id. Pequeno fragmento com uma decoração de óvolos idênticos aos óvalos do repertório figurativo de C. Cispius (vd. Stenico, 1955). Cronologia: período augustano. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1393). Id. Pequeno fragmento correspondente a um friso decorado junto à base com a representação de motivos vegetais (folhas de palma?) (vd. Pedrazzini, 1972, p. 36, nº 124, 72, nº 172, Est. XIX, nº 124). Cronologia: período augustano.

As Cerâmicas Finas de Mesa

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Proveniência: R. Damião de Góis (N. I.: 2003-1388). Fragmento da parte superior de uma asa provavelmente pertencente ao tipo Drag. VII. Cronologia: período augustano. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20031379). Fragmento de uma asa de skyphos provavelmente do tipo Drag. IX. Cronologia: período augustano. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 20031371). Fragmento de pé de cálice. Cronologia: período augustano. Diâmetro do pé: 100 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-1385). Id. Cronologia: período augustano. Diâmetro do pé: 109 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1306).

ritariamente representados por pratos do tipo Consp. 12 (nº 61-85) e suas equivalentes em taças do tipo Consp. 14 (nº 87-100); nos produtos com uma cronologia final de produção, posteriores ao reinado de Augusto, predominam os pratos do tipo Consp. 18 (nº 102-116) e as taças do tipo Consp. 22 (nº 139-165). Com 26 fragmentos seguem-se-lhes, em número, os produtos unicamente tiberianos, correspondentes à fase “avançada” (nº 58-60; 117-128; 137-138; 174-175; 179). Os restantes fragmentos repartem-se pelas fases iniciais e tardias desta produção. Os produtos mais antigos estão representados por dois fragmentos da fase “precoce” (nº 50; 180) e 23 fragmentos da fase “clássica” (nº 51; 61-75; 86). As produções mais tardias estão presentes com 25 fragmentos datáveis do momento de transição entre o período “avançado” e o “tardio” (nº 129-136; 166-173; 176-178) e por dois fragmentos exclusivamente datáveis deste último período (nº 52).

4.1.2 Formas lisas Os exemplares lisos, naturalmente muito mais numerosos, oferecem um leque mais amplo de formas e respectivas cronologias. Dos 53 tipos constantes do Conspectus foram recolhidos em Braga 24 (Figs. 38, 39 e 40). Apesar da maior variabilidade das taças, com 13 tipos diferenciados num contexto de 60 fragmentos, predominam os pratos com 73 fragmentos, abarcando 9 tipos distintos. Com excepção de um fragmento de copo, as formas menos frequentes da terra sigillata de tipo itálico (jarro, cinzeiro, cálice, pyxis, testo) estão ausentes. À parte as características específicas de cada tipo que, entre outras obras, estão reunidas na obra clássica de C. Goudineau (1968) e nas mais recentes tipologias apresentadas no Atlante (1885) e Conspectus (1990), cabe apenas acentuar o predomínio de determinadas formas e respectivo enquadramento cronológico.

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Como já se referiu, e pode constatar-se na Fig. 35, à semelhança das formas decoradas, dos fundos e das marcas, também no repertório liso da terra sigillata de tipo itálico predominam, com 95 fragmentos, os produtos datáveis dos finais do período de Augusto e do reinado de Tibério, momento de transição entre o período “clássico” e “avançado”.

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Os produtos mais antigos que não ultrapassam o reinado de Augusto estão maio156

Fragmento de prato. Tipo Consp. 1.2.[2]. Cronologia: c. 40 a. c. - 15/10 a. c. Diâmetro: 176 mm. Proveniência: Albergue Distrital (N. I.: 1999-1265). Id. Tipo Consp. 2.3.[1]. Cronologia: c. 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1262). Id. Tipo Consp. 3.1.[1]. Cronologia: c. 50 – c. 125. Diâmetro: 135 mm. Proveniência: Hospital (N. I.: 1999-1246). Id. Tipo Consp. 4.2.[1]. Cronologia: 11/9 a. c. Diâmetro: 485 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 19911881). Id. Tipo Consp. 4.4.[1?]. Cronologia: 11/9 a. c. – 10. Diâmetro: 401 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1996-0447). Id. Tipo Consp. 4.5.[1]. Cronologia: – 9 a. c. - 14. Diâmetro: 178 mm. Proveniência: R. Frai Caetano Brandão (N. I.: 2003-1296). Id. Tipo Consp. 4.5.[1]. Cronologia: – 9 a. c. - 14. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-1226). Id. Tipo Consp. 4.5.[1]. Cronologia: – 9 a. c. - 14. Diâmetro: 134 mm. Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I.: 2003-1281).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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Id. Tipo Consp. 4.6.[1]. Cronologia: 14 - 54. Diâmetro: 144 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2000-0279). Id. Tipo Consp. 4.6.[1]. Cronologia: 14 - 54. Diâmetro: 312 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1217). Id. Tipo Consp. 4.6.[2]. Cronologia: 14 - 54. Diâmetro: 168 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1240). Id. Tipo Consp. 12.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 460 mm. Proveniência: Salvamento na R. dos Bombeiros Voluntários (N. I.: 1991-1851). Id. Tipo Consp. 12.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 280 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1849). Id. Tipo Consp. 12.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 151 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-1800). Id. Tipo Consp. 12.1.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 516 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1223). Id. Tipo Consp. 12.1.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 186 mm. Proveniência: R. Damião de Góis (N. I.: 1991-1850). Id. Tipo Consp. 12.1.[3]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0458). Id. Tipo Consp. 12.1.[3]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20031783). Id. Tipo Consp. 12.1.[3]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 398 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 20031275). Id. Tipo Consp. 12.1.[3]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 415 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1847). Id. Tipo Consp. 12.2.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I.: 2003-1282). Id. Tipo Consp. 12.3.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 418 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 20031801). Id. Tipo Consp. 12.3.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 254 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-1232).

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Id. Tipo Consp. 12.3.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20031782). Id. Tipo Consp. 12.3.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-1284). Id. Tipo Consp. 12.3.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 10 a. c. Diâmetro: 340 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19992346). Id. Tipo Consp. 12.4.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 300 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-1285). Id. Tipo Consp. 12.4.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 361 mm. Proveniência: Colina da Cividade. (N. I.: 19911883). Id. Tipo Consp. 12.4.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 259 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19960468). Id. Tipo Consp. 12.4.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1239). Id. Tipo Consp. 12.4.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 260 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-1291). Id. Tipo Consp. 12.4.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 372,5 mm. Proveniência: Quinta do Fujacal (N. I.: 19911882). Id. Tipo Consp. 12.5.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 269 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-1803). Id. Tipo Consp. 12.5.[1?]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Braga sem contexto (s/número). Id. Tipo Consp. 12.5.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1780). Id. Tipo Consp. 12.5.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1860). Fragmento de taça. Tipo Consp. 13.3.[1]. Cronologia: 15 a c. – 10 a. c. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1303). Id. Tipo Consp. 14.1.[1]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: R. Sº António das Travessas (N. I.: 2003-1293).

As Cerâmicas Finas de Mesa

Cronologia Geral de Produção 40 a.C. - 15/10 a.C. 15 a.C. - 10 a.C. 50 - c. 125 -11 a.C. / 9 a.C. 11/9 a.C. - 10 11/9 a.C. - 10 -9 / 14 14 - 54 14 - 54 15 a.C. - 10 a.C. 15 a.C. - 10 a.C. 15 a.C. - 10 a.C. 15 a.C. -10 a.C. 15 a.C. - 10 a.C. 15 a.C. - 10 a.C. 15 a.C. - 10 a.C. 15 a.C. - 14 15 a.C. - 14 15 a.C. - 14 15 a.C. - 14. 15 a.C. - 14 15 a.C. - 10 a.C. 15 a.C. - 10 15 a.C. - 10 15 a.C. - 10 15 a.C. - 10 15 a.C. - 10 15 a.C. - 10 15 a.C. - 10 15 a.C. - 10 15 a.C. - 10 15 a.C. - 10 15 a.C. - 10 15 a.C. - 15 15 a.C. - 15 20 a.C. - 10 a.C. 10 a.C. - 37 10 a.C. - 37 10 a.C. - 37 10 a.C. - 37 10 a.C. - 37 10 a.C. - 37 10 a.C. – 37 10 a.C. – 37 15 a.C. – 10 a.C. 10 a.C. - 37 10 a.C. - 37 Era - 37 10 a.C. - 50 Era - 50 Era - 50 Era - 30 30 - 50 30 - 50 30 - 50 30 - 50 30 - 50 10 a.C. - 50 10 a.C. - 41 10 a.C. - 41 15 a.C. - 14 15 a.C. - 14 15 a.C. - 14 15 a.C. - 14 15 a.C. - 14/37 15 a.C. - 14/37 15 a.C. - 14/37 15 a.C. - 14/37 15 a.C. - 14/37 15 a.C. - 14/37 15 a.C. - 14/37 15 a.C. - 37 25? - 65? 25? - 65? 25? - 65? 25 - 75 25 - 75 25 - 75 25 - 75? 14 - 68 Era - 50 c. Era - 20 14 - 20 9 - 37 37 - 69 14 - 37 14 - 37 27 a.C. - 20 a.C. 27 a.C. - 37 TOTAL

Formas Lisas Tipo Consp. 1.2 [2] Tipo Consp. 2.3 [1] Tipo Consp. 3.1 [1] Tipo Consp. 4.2 [1] Tipo Consp. 4.4 [1?] Tipo Consp. 4.4 [2?] Tipo Consp. 4.5 [1] Tipo Consp. 4.6 [1] Tipo Consp. 4.6 [2] Tipo Consp. 12.1[1] Tipo Consp. 12.1 [2] Tipo Consp. 12.1 [3] Tipo Consp. 12.2 [1] Tipo Consp. 12.3 [1?] Tipo Consp. 12.3 [2] Tipo Consp. 12.3 Tipo Consp. 12.4 [1] Tipo Consp. 12.4 [2] Tipo Consp. 12.5 [1] Tipo Consp. 12.5 [1?] Tipo Consp. 12.5 [2] Tipo Consp. 13.3 [1] Tipo Consp. 14.1 [1] Tipo Consp. 14.1 [2] Tipo Consp. 14.1 [3] Tipo Consp. 14.1 [5] Tipo Consp. 14.1 [5?] Tipo Consp. 14.2 [1] Tipo Consp. 14.2 [2] Tipo Consp. 14.2 [2?] Tipo Consp. 14.2 [3?] Tipo Consp. 14.2 Tipo Consp. 14.3 [1] Tipo Consp. 15.2 [1] Tipo Consp. 15? Tipo Consp. 17.2 [1?] Tipo Consp. 18.2 [1] Tipo Consp. 18.2 [1?] Tipo Consp. 18.2 [2] Tipo Consp. 18.2 [3] Tipo Consp. 18.2. [4] Tipo Consp. 18.2. [4?] Tipo Consp. 18.2 Tipo Consp. 18 Tipo Consp. 18.2 [5] Tipo Consp. 19.2 [1] Tipo Consp. 19.2 [1?] Tipo Consp. 19.3 [2] Tipo Consp. 20.1 [1] Tipo Consp. 20.2 [1] Tipo Consp. 20.2 [1?] Tipo Consp. 20.3 [2] Tipo Consp. 20.4 [1] Tipo Consp. 20.4 [2] Tipo Consp. 20.4[3] Tipo Consp. 20.4 [4] Tipo Consp. 20.4 Tipo Consp. 20? Tipo Consp. 21.2[1] Tipo Consp. 21.3 [1] Tipo Consp. 22.1 [1] Tipo Consp. 22.1 [2] Tipo Consp. 22.1 [3] Tipo Consp. 22.1 Tipo Consp. 22.2 [1] Tipo Consp. 22.2 [1?] Tipo Consp. 22.3 [1] Tipo Consp. 22.5 [1] Tipo Consp. 22.5 [2] Tipo Consp. 22.5 [2?] Tipo Consp. 22.6 [1] Tipo Consp. 22? Tipo Consp. 23.1 [1] Tipo Consp. 23.1 [1?] Tipo Consp. 23.1 [2] Tipo Consp. 23.2 [1] Tipo Consp. 23.2 [1?] Tipo Consp. 23.2 [2?] Tipo Consp. 23 Tipo Consp. 27.1 [2] Tipo Consp. 28.3 [1] Tipo Consp. 31.1 [1] Tipo Consp. 31.1 [2] Tipo Consp. 33.1 [2] Tipo Consp. 34.1 [2] Tipo Consp. 36.4 [2] Tipo Consp. 37.5 [1] Tipo Consp. 38.3 [1] Tipo Consp. 50.1 [2]

Quantidade de Exemplares 1 1 2 1 1 1 3 2 1 3 3 4 1 1 7 1 4 2 2 1 2 1 1 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 4 2 7 1 2 1 2 3 2 4 1 3 3 1 1 1 1 2 2 3 2 1 1 3 4 3 7 3 7 1 2 1 4 1 1 1 1 1 1 1 1 3 2 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 172

Fig. 38 Terra Sigillata de Tipo Itálico lisa 158

Quantidade de exemplares por Tipo 1 1 2

9

31

1

15

2 1

24

8

17

4

35

10

1 1 2 1 1 2 1 1 1 172

Ilustração 50 51 52 53 54 -------55-57 58-59 60 61-63 64-65 66-69 70 -------71-75 -------76-79 80-81 82 83 84-85 86 87 88-91 92 93 94 -------95 96 97 98 99 100 --------------101-102 103? 104-109 ---------------------110-111 112-113 114-115 116-119 -------120-121 122-124 125 126 127 128 129 130-131 132-133 134-135 -------136 137 138-140 141-144 145-151 152-153 ; 159 154-157 158 160-161 162 163-164 -------165 -------166 -------167 168 -------169-170 171-172 173 174 175 --------------176 177-178 179 180 181

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Terra Sigillata Tipo Itálico lisa

Quantidade

% lisas

% na produção Itálica

Tipo Consp.1.2.[2]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.2.3.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.3.1.[1]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.4.2.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.4.4.[1?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.4.4.[2?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.4.5.[1]

3

1,74

1,03

Tipo Consp.4.6.[1]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.4.6.[2]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.12.1.[1]

3

1,74

1,03

Tipo Consp.12.1.[2]

3

1,74

1,03

Tipo Consp.12.1.[3]

4

2,33

1,38

Tipo Consp.12.2.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.12.3.[1?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.12.3.[2]

7

4,07

2,41

Tipo Consp.12.3

1

0,58

0,34

Tipo Consp.12.4.[1]

4

2,33

1,38

Tipo Consp.12.4.[2]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.12.5.[1]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.12.5.[1?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.12.5.[2]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.13.3.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.14.1.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.14.1.[2]

5

2,91

1,72

Tipo Consp.14.1.[3]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.14.1.[5]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.14.1.[5?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.14.2.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.14.2.[2]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.14.2.[2?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.14.2.[3?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.14.2.

1

0,58

0,34

Tipo Consp.14.3.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.15.2.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.15?

1

0,58

0,34

Tipo Consp.17.2.[1?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.18.2.[1]

4

2,33

1,38

Tipo Consp.18.2.[1?]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.18.2.[2]

7

4,07

2,41

Tipo Consp.18.2.[3]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.18.2.[4]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.18.2.[4?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.18.2

2

1,16

0,69

Tipo Consp.18.

3

1,74

1,03

Tipo Consp.18.2.[5]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.19.2.[1]

4

2,33

1,38

Tipo Consp.19.2.[1?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.19.3.[2]

3

1,74

1,03

159

As Cerâmicas Finas de Mesa

Terra Sigillata Tipo Itálico lisa

Quantidade

% lisas

% na produção Itálica

Tipo Consp.20.1.[1]

3

1,74

1,03

Tipo Consp.20.2.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.20.2.[1?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.20.3.[2]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.20.4.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.20.4.[2]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.20.4.[3]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.20.4.[4]

3

1,74

1,03

Tipo Consp.20.4.

2

1,16

0,69

Tipo Consp.20?

1

0,58

0,34

Tipo Consp.21.2.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.21.3.[1]

3

1,74

1,03

Tipo Consp.22.1.[1]

4

2,33

1,38

Tipo Consp.22.1.[2]

3

1,74

1,03

Tipo Consp.22.1.[3]

7

4,07

2,41

Tipo Consp.22.1.

3

1,74

1,03

Tipo Consp.22.2.[1]

7

4,07

2,41

Tipo Consp.22.2.[1?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.22.3.[1]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.22.5.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.22.5.[2]

4

2,33

1,38

Tipo Consp.22.5.[2?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.22.6.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.22?

1

0,58

0,34

Tipo Consp.23.1.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.23.1.[1?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.23.1.[2]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.23.2.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.23.2.[1?]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.23.2.[2?]

3

1,74

1,03

Tipo Consp.23.

2

1,16

0,69

Tipo Consp.27.1.[2]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.28.3.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.31.1.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.31.1.[2]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.33.1.[2]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.34.1.[2]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.36.4.[2]

2

1,16

0,69

Tipo Consp.37.5.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.38.3.[1]

1

0,58

0,34

Tipo Consp.50.1.[2] Total

1

0,58

0,34

172

100,00

59,31

Fig. 39 Quantidade e relação percentual de tipos e respectivas variantes de Terra Sigillata de Tipo Itálico

160

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Fig. 40 Quantidade e relação percentual de Terra Sigillata de Tipo Itálico lisa Terra Sigillata Tipo Itálico lisa

Quantidade

% lisas

% na produção Itálica

Tipo Consp.1

1

0,58

0,34

Tipo Consp.2

1

0,58

0,34

Tipo Consp.3

2

1,16

0,69

Tipo Consp.4

9

5,23

3,10

Tipo Consp.12

31

18,02

10,69

Tipo Consp.13

1

0,58

0,34

Tipo Consp.14

15

8,72

5,17

Tipo Consp.15

2

1,16

0,69

Tipo Consp.17

1

0,58

0,34

Tipo Consp.18

24

13,95

8,28

Tipo Consp.19

8

4,65

2,76

Tipo Consp.20

17

9,88

5,86

Tipo Consp.21

4

2,33

1,38

Tipo Consp.22

35

20,35

12,07

Tipo Consp.23

10

5,81

3,45

Tipo Consp.27

1

0,58

0,34

Tipo Consp.28

1

0,58

0,34

Tipo Consp.31

2

1,16

0,69

Tipo Consp.33

1

0,58

0,34

Tipo Consp.34

1

0,58

0,34

Tipo Consp.36

2

1,16

0,69

Tipo Consp.37

1

0,58

0,34

Tipo Consp.38

1

0,58

0,34

Tipo Consp.50 Total

88

89

90

91

92

93

1

0,58

0,34

172

100,00

59,31

Id. Tipo Consp. 14.1.[2]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1295). Id. Tipo Consp. 14.1.[2]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1299). Id. Tipo Consp. 14.1.[2]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0460). Id. Tipo Consp. 14.1.[2]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 145 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0459). Id. Tipo Consp. 14.1.[3]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 124 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1228). Perfil completo de taça. Tipo Consp.

94

95

96

97

161

14.1.[5]. Cronologia: 15 a c. - 10. Altura: 93 mm. Diâmetro: 91 mm; diâmetro do pé: 51 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2001-0002). Fragmento de taça. Tipo Consp. 14.1.[5?]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 131 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0462). Id. Tipo Consp. 14.2.[2]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 2003-1309). Id. Tipo Consp. 14.2.[2?]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 94 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1861). Id. Tipo Consp. 14.2.[3?]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1219).

As Cerâmicas Finas de Mesa

35

30

25

20

15

10

5

C on po Ti

Ti

po

C on

sp

sp

.5 0

.3 8

.3 7

.3 6 C on po Ti

Ti

po

C on

sp

sp

sp

sp

C on po Ti

Ti

po

C on

C on po Ti

.3 4

.3 3

.3 1 sp

sp

sp

C on po Ti

Ti

po

C on

C on po Ti

.2 8

.2 7

.2 3 sp

.2 2

.2 1

sp Ti

po

C on

C on po Ti

Ti

po

C on

sp

sp

sp

.2 0

.1 9

.1 8 sp

C on po Ti

Ti

po

C on

C on po Ti

Ti

po

C on

sp

sp

.1 7

.1 5

.1 4

.1 3 C on po Ti

Ti

po

C on

sp

sp

sp

sp Ti

po

C on

C on po Ti

po Ti

.1 2

.4

.3 sp C on

C on po Ti

Ti

po

C on

sp

sp

.2

.1

0

Quantidade % lisas % na produção Itálica

98

99

100

101

102

103

104

105

Id. Tipo Consp. 14.2. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 187 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0456). Id. Tipo Consp. 14.3.[1]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1304). Id. Tipo Consp. 15.2.[1]. Cronologia: 15 a c. - 10. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1236). Fragmento de prato. Tipo Consp. 18.2.[1]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 205 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-1229). Id. Tipo Consp. 18.2.[1]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Misericórdia (N. I.: 1999-1210). Id. Tipo Consp. 18.2.[1?]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 1999-1234). Id. Tipo Consp. 18.2.[2]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 219 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1243). Id. Tipo Consp. 18.2.[2]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 259 mm. Pro-

106

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108

109

110

111

112

162

veniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1870). Id. Tipo Consp. 18.2.[2]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 1999-2669). Id. Tipo Consp. 18.2.[2]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 181 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1216). Id. Tipo Consp. 18.2.[2]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1872). Id. Tipo Consp. 18.2.[2]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Mosteiro da Visitação (N. I.: 2003-1804). Id. Tipo Consp. 18.2. Cronologia: 10 a C. - 37. Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1996-0463). Id. Tipo Consp. 18.2. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 194 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-1289). Id. Tipo Consp. 18. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 182 mm. Proveniência: Casa da Saúde (N. I.: 1991-1875).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

113

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116

117

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121

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125

126

127

128

129

Id. Tipo Consp. 18. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 213 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1235). Id. Tipo Consp. 18.2.[5]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 179,5 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1991-1976). Id. Tipo Consp. 18.2.[5]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 398 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1785). Id. Tipo Consp. 19.2.[1]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0443). Id. Tipo Consp. 19.2.[1]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 198 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1999-1272). Id. Tipo Consp. 19.2.[1]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 162 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1862). Id. Tipo Consp. 19.2.[1]. Cronologia: 10 a c. - 37. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-1278). Id. Tipo Consp. 19.3.[2]. Cronologia: Era - 37. Diâmetro: 270 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1248). Id. Tipo Consp. 19.3.[2]. Cronologia: Era - 37. Diâmetro: 202 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1873). Id. Tipo Consp. 20.1.[1]. Cronologia: 10 a. c. – 50. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1264). Id. Tipo Consp. 20.1.[1]. Cronologia: 10 a. c. – 50. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1999-1290). Id. Tipo Consp. 20.1.[1]. Cronologia: 10 a. c. – 50. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1247). Id. Tipo Consp. 20.2.[1]. Cronologia: Era – 50. Diâmetro: 161 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-1363). Id. Tipo Consp. 20.2.[1?]. Cronologia: Era – 50. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: R. Damião de Góis (2003-1298). Id. Tipo Consp. 20.3.[2?]. Cronologia: Era – 30. Diâmetro: 178 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1788). Id. Tipo Consp. 20.4.[1]. Cronologia: 30 - 50. Diâmetro: 177 mm. Proveniência: Hospital (N. I.: 1999-1209). Id. Tipo Consp. 20.4.[2]. Cronologia: 30 - 50. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Albergue Distrital (N. I.: 1999-1362).

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145

163

Id. Tipo Consp. 20.4.[3]. Cronologia: 30 - 50. Diâmetro: 176 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 19991238). Id. Tipo Consp. 20.4.[3]. Cronologia: 30 - 50. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1774). Id. Tipo Consp. 20.4.[4]. Cronologia: 30 - 50. Diâmetro: 171 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1213). Id. Tipo Consp. 20.4.[4]. Cronologia: 30 - 50. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cangosta da Palha (N. I.: 2003-1308). Id. Tipo Consp. 20.4. Cronologia: 30 - 50. Diâmetro: 185 mm. Proveniência: Lgº São Paulo (N. I.: 1999-1212). Id. Tipo Consp. 20.4. Cronologia: 30 - 50. Diâmetro: 141 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1991-1857). Id. Tipo Consp. 21.2.[1]. Cronologia: 10 a. c. – 41. Diâmetro: 175 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1999-1221). Id. Tipo Consp. 21.3.[1]. Cronologia: 10 a. c. – 41. Altura: 23 mm. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1773). Fragmento de taça. Tipo Consp. 22.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 128 mm. Proveniência: R. D. Afonso Henrique (N. I.: 2003-1805). Id. Tipo Consp. 22.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Termas (1999-1214). Id. Tipo Consp. 22.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1852). Id. Tipo Consp. 22.1.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 124 mm. Proveniência: Misericórdia (N. I.: 1999-1220). Id. Tipo Consp. 22.1.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 87 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1205). Id. Tipo Consp. 22.1.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 111 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1858). Id. Tipo Consp. 22.1.[3]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1772). Id. Tipo Consp. 22.1.[3]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 99 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1300).

As Cerâmicas Finas de Mesa

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Id. Tipo Consp. 22.1.[3]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 92 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1855). Id. Tipo Consp. 22.1.[3]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: R. do Anjo (N. I.: 2003-1806). Id. Tipo Consp. 22.1.[3]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0452). Id. Tipo Consp. 22.1.[3]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 84 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-1286). Id. Tipo Consp. 22.1.[3]. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 124 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19991237). Id. Tipo Consp. 22.1. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 141 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 19911853). Id. Tipo Consp. 22.1. Cronologia: 15 a. c. – 14. Diâmetro: 114 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0454). Id. Tipo Consp. 22.2.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20031779). Id. Tipo Consp. 22.2.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 19991227). Id. Tipo Consp. 22.2.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20031789). Id. Tipo Consp. 22.2.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 65 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19991600). Id. Tipo Consp. 22.2.[1?]. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 125 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1854). Id. Tipo Consp. 22.1. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 108 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1252). Id. Tipo Consp. 22.3.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1996-0469). Id. Tipo Consp. 22.3.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 97 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1208).

161

162

163

164

165

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176

164

Id. Tipo Consp. 22.5.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1786). Id. Tipo Consp. 22.5.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 122 mm. Proveniência: R. dos Bombeiros Voluntários (N. I.: 1991-1877). Id. Tipo Consp. 22.5.[2]. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20031787). Id. Tipo Consp. 22.6.[1]. Cronologia: 15 a. c. – 14/37. Diâmetro: 94 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1863). Id. Tipo Consp. 23.1.[1]. Cronologia: 25? – 65?. Diâmetro: 121 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1233). Id. Tipo Consp. 23.1.[2]. Cronologia: 25? – 65?. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1781). Id. Tipo Consp. 23.2.[1]. Cronologia: 25 – 75. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1775). Id. Tipo Consp. 23.2.[2?]. Cronologia: 25 – 75. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1225). Id. Tipo Consp. 23.2.[2?]. Cronologia: 25 – 75. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: R. dos Bombeiros Voluntários (N. I.: 1991-1856). Id. Tipo Consp. 23. Cronologia: 25 – 75?. Diâmetro: 101 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1305). Id. Tipo Consp. 23. Cronologia: 25 – 75?. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-1231). Id. Tipo Consp. 27.1.[2]. Cronologia: 14 – 68. Diâmetro: 124 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1245). Id. Tipo Consp. 28.3. [1]. Cronologia: Era – 50. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1790). Id. Tipo Consp. 31.1. [1]. Cronologia: c. Era – 20. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1810). Id. Tipo Consp. 34.1.[2]. Cronologia: 37 - 69. Diâmetro: 104 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-1272). Id. Tipo Consp. 36.4.[2]. Cronologia: 14 - 37. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: R. Damião de Góis (N. I.: 2003-1297).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

177

178

179

180

dos de pratos ou travessas do tipo Consp. B 1.1 (nº 181), 1.4 (nº 182) e 1.5 (nº 183-187), cronologicamente enquadráveis na fase “precoce”. Do período auge da importação desta cerâmica, no momento de transição da fase “clássica” para a fase “avançada”, constam apenas 13 fragmentos. Estes estão igualmente representados por fragmentos de pratos ou travessas atribuíveis aos tipos Consp. B 1.7 (nº 188), 2.3 (nº 189) e 2.4 (nº 190-198), sendo de destacar estes últimos com dez fragmentos. A presença maioritária de exemplares com uma cronologia mais lata, abarcando particularmente o período correspondente à fase “avançada”, apenas se justifica dada a lata cronologia atribuída aos fragmentos do tipo Consp. B. 2.5 (nº 199-203), 3.16 (nº 205206), 3.17 (nº 207), 3.18 (nº 208), 4.7 (nº 209) e 4.8 (nº 210-212). Na verdade, é provável que a maior parte dos fragmentos possa datar de um período mais recuado, coincidente com o maior fluxo destas cerâmicas na cidade. A ausência de estratigrafia segura para estes fragmentos não possibilita, todavia, o esclarecimento desta problemática. À fase “tardia” apenas podem ser atribuídos cinco fragmentos que, com excepção de um fragmento de prato do tipo Consp. B 2.10 (nº 204), correspondem a fragmentos de taças do tipo Consp. B 4.10 (nº 213), 4.12 (nº 214) e 4.13 (nº 215-216).

Id. Tipo Consp. 36.4.[2]. Cronologia: 14 - 37. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1999-1277). Id. Tipo Consp. 37.5.[1]. Cronologia: 14 - 37. Diâmetro: 91 mm. Proveniência: Largo de São Paulo (N. I.: 1996-0466). Id. Tipo Consp. 38.3.[1]. Cronologia: 27 a. c. – 20 a. c. Altura aprox.: 37 mm. Diâmetro: 99 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1778). Fragmento de copo. Tipo Consp. 50.1.[2]. Cronologia: 27 a. c. – 37. Diâmetro: 84 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1791). 4.1.3 Fundos

A par dos fragmentos que conservam boa parte do perfil, ou pelo menos uma parte significativa para a sua classificação, encontramos na cidade uma série de fundos de vasos contemplados no Conspectus com uma tipologia específica que permite atribuir-lhes uma cronologia e que, por isso, foram aqui considerados. Dos 43 fragmentos encontrados, 29 pertencem a fundos de pratos ou travessas e os restantes 14, a fundos de taças (Fig. 41 e 42). Do ponto de vista cronológico, como se pode ver nas Figs. 41 e 42, as formas mais antigas, com 8 fragmentos, pertencem a fun-

Quantidade por Tipo

Cronologia Geral de Produção c. 27 a.C. – c. 10 a.C.

Fundos

Quantidade

Tipo Consp. B 1.1

2

c. 27 a.C. – c. 10 a.C.

Tipo Consp. B 1.4

1

c. 27 a.C. – c. 10 a.C.

Tipo Consp. B 1.5

5

c. 27 a.C. – c. 37

Tipo Consp. B 1.7

2

188

c. 27 a.C. – 14

Tipo Consp. B 2.3

1

189

c. 27 a.C. – 14

Tipo Consp. B 2.4

10

c. Era – 37

Tipo Consp. B 2.5

7

c. 41 – c. 117

Tipo Consp. B 2.10

1

204

c. 27 a.C. – c. 100/150

Tipo Consp. B 3.16

2

205-206

c. 27 a.C. – c. 100/150

Tipo Consp. B 3.17

1

c. 27 a.C. – c. 100/150

Tipo Consp. B 3.18

1

208

c. 20 a.C. – 75

Tipo Consp. B 4.7

1

209

Ilustração 181

10

182 183; 184-187

190-198 19

4

199-203

207

c. 20 a.C. – 75

Tipo Consp. B 4.8

5

c. 50 – c. 75

Tipo Consp. B 4.10

1

c. 50. – c. 75

Tipo Consp. B 4.12

1

215

c. 50 – c. 75.

Tipo Consp. B 4.13

2

216-217

43

TOTAL

Fig. 41 Fundos de Terra Sigillata de Tipo Itálico 165

210-213 10

43

214

43

As Cerâmicas Finas de Mesa

Fig. 42 Quantidade e relação percentual de fundos de Terra Sigillata de Tipo Itálico Fundos Tipo Consp. B 1.1 Tipo Consp. B 1.4 Tipo Consp. B 1.5 Tipo Consp. B 1.7 Tipo Consp. B 2.3 Tipo Consp. B 2.4 Tipo Consp. B 2.5 Tipo Consp. B 2.10 Tipo Consp. B 3.16 Tipo Consp. B 3.17 Tipo Consp. B 3.18 Tipo Consp. B 4.7 Tipo Consp. B 4.8 Tipo Consp. B 4.10 Tipo Consp. B 4.12 Tipo Consp. B 4.13 Total

NF 2 1 5 2 1 10 7 1 2 1 1 1 5 1 1 2 43

% Fundos 4,65 2,33 11,63 4,65 2,33 23,26 16,28 2,33 4,65 2,33 2,33 2,33 11,63 2,33 2,33 4,65 100,00

% na produção Itálica 0,69 0,34 1,72 0,69 0,34 3,45 2,41 0,34 0,69 0,34 0,34 0,34 1,72 0,34 0,34 0,69 14,83

25

20

15

10

5

% Fundos % na produção Itálica

166

4. 13 B

4. 12

sp .

B C on

sp . o Ti p

C on o Ti p

Ti p

o

C on

sp .

sp .

B

B

4. 10

4. 8

4. 7 B C on o Ti p

C on o Ti p

sp . C on o

sp .

B

B sp . Ti p

o Ti p

NF

3. 18

3. 17

3. 16 B C on

C on

sp .

sp . o Ti p

C on o Ti p

C on

sp .

B

B

2. 10

2. 5

2. 4 sp . o Ti p

C on o Ti p

o

C on

sp .

B

B

B sp . Ti p

Ti p

o

C on

C on o Ti p

2. 3

1. 7

1. 5 B sp .

sp . C on o

Ti p

Ti p

o

C on

sp .

B

B

1. 4

1. 1

0

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

181

182

183

184

185

186

187

188

189

190

191

192

Fragmento de fundo de prato. Fino guilloché na base interna. Tipo Consp. B 1.1. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 10 a. c. Diâmetro do pé: 147 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0450). Fragmento de fundo de grande prato. Tipo Consp. B 1.4. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 10 a. c. Diâmetro do pé: 280 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20031376). Fragmento de fundo de prato. Fino guilloché na base interna. Tipo Consp. B 1.5. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 10 a. c. Diâmetro do pé: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1793). Fragmento de fundo de grande prato. Tipo Consp. B 1.5. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 10 a. c. Diâmetro do pé: 200 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19991382). Id. Tipo Consp. B 1.5. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 10 a. c. Diâmetro do pé: 218 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20031377). Fragmento de fundo de prato. Fino guilloché na base interna. Tipo Consp. B 1.5. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 10 a. c. Diâmetro do pé: 175 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1996-0457). Id. Tipo Consp. B 1.5. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 10 a. c. Diâmetro do pé: 140 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1771). Id. Tipo Consp. B 1.7. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 37. Diâmetro do pé: 140 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 19991377). Id. Tipo Consp. B 2.3. Cronologia: c. 27 a. c. – 14. Diâmetro do pé: 94 mm. Proveniência: Largo São João do Souto (N. I.: 1999-1256). Id. Tipo Consp. B 2.4. Cronologia: c. 27 a. c. – 14. Diâmetro do pé: 97 mm. Proveniência: R. Damião de Góis (N. I.: 1991-1865). Id. Tipo Consp. B 2.4. Cronologia: c. 27 a. c. – 14. Diâmetro do pé: 89 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20031796). Id. Tipo Consp. B 2.4. Cronologia: c. 27 a. c. – 14. Diâmetro do pé: 102 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19991368).

193

194

195

196

197

198

199

200

201

202

203

204

205

206

207

167

Id. Tipo Consp. B 2.4. Cronologia: c. 27 a. c. – 14. Diâmetro do pé: 119 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20031794). Id. Tipo Consp. B 2.4. Cronologia: c. 27 a. c. – 14. Diâmetro do pé: 92 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1384). Id. Tipo Consp. B 2.4. Cronologia: c. 27 a. c. – 14. Diâmetro do pé: 90 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1797). Id. Tipo Consp. B 2.4. Cronologia: c. 27 a. c. – 14. Diâmetro do pé: 100 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-1374). Id. Tipo Consp. B 2.4. Cronologia: c. 27 a. c. – 14. Diâmetro do pé: 80 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19991365). Id. Tipo Consp. B 2.4. Cronologia: c. 27 a. c. – 14. Diâmetro do pé: 84 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 19911778). Id. Tipo Consp. B 2.5. Cronologia: c. Era – 37. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1369). Id. Tipo Consp. B 2.5. Cronologia: c. Era – 37. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1372). Id. Tipo Consp. B 2.5. Cronologia: c. Era – 37. Diâmetro do pé: 90 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1378). Id. Tipo Consp. B 2.5. Cronologia: c. Era – 37. Diâmetro do pé: 91 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1385). Id. Tipo Consp. B 2.5. Cronologia: c. Era – 37. Diâmetro do pé: 92 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1386). Id. Tipo Consp. B 2.10. Cronologia: c. 41 – c. 117. Diâmetro do pé: 69 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 19991373). Fragmento de fundo de taça. Tipo Consp. B 3.16. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 100/150. Diâmetro do pé: 50 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 19991383). Id. Tipo Consp. B 3.16. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 100/150. Diâmetro do pé: 35 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1999-1388). Id. Tipo Consp. B 3.17. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 100/150. Diâmetro do pé: 60 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1332).

As Cerâmicas Finas de Mesa

208

209

210

211

212

213

214

215

216

Id. Tipo Consp. B 3.18. Cronologia: c. 27 a. c. – c. 100/150. Diâmetro do pé: 40 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-1380). Id. Tipo Consp. B 4.7. Cronologia: c. 20 a. c. – 75. Diâmetro do pé: 60 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 1991-1867). Id. Tipo Consp. B 4.8. Cronologia: c. 20 a. c. – 75. Diâmetro do pé: 59 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1374). Id. Tipo Consp. B 4.8. Cronologia: c. 20 a. c. – 75. Diâmetro do pé: 60 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-1381). Id. Tipo Consp. B 4.8. Cronologia: c. 20 a. c. – 75. Diâmetro do pé: 60 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1792). Id. Tipo Consp. B 4.10. Cronologia: c. 50 a. c. – c. 75. Diâmetro do pé: 70 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19990071). Id. Tipo Consp. B 4.12. Cronologia: c. 50 – c. 75. Diâmetro do pé: 59 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20031795). Id. Tipo Consp. B 4.13. Cronologia: c. 50 – c. 75. Diâmetro do pé: 60 mm. Proveniência: R. São Geraldo, nº 34 (N. I.: 2003-1382). Id. Tipo Consp. B 4.13. Cronologia: c. 50 – c. 75. Diâmetro do pé: 80 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20031798).

Os restantes centros produtores documentados na cidade através das marcas apenas estão representados por um fragmento: Arezzo ou Provincial; Arezzo ou Vale do Pó; Putéolos e Vasanello. Permanece, todavia, por identificar o local de produção de cinco marcas, para uma das quais não encontramos paralelos na bibliografia consultada. Como se verifica na Fig. 35, se tentarmos enquadrar as marcas dentro das fases estabelecidas por Goudineau para Bolsena (1968), verificamos que - à semelhança dos restantes produtos itálicos recolhidos na cidade - predominam as marcas datáveis dos finais do período de Augusto e o reinado de Tibério, momento de transição entre o período “clássico” e “avançado”. As duas marcas mais antigas, da fase “precoce”, encontradas em Braga e provavelmente pertencentes a uma marca radial de um mesmo exemplar, tem a assinatura A. TITIVS, oleiro que laborou em Arezzo entre 30/25 a.C. e 15/10 a. c. Da fase “clássica” contamos igualmente com duas marcas, uma assinada por GRATVS, escravo de PVBLIVS, que laborou em Arezzo entre 15 a 5 a. c. e EROS, oleiro que trabalhou em Vasanello na última década do século I a. c. e nos primeiros anos da década seguinte. Como acima referimos, o predomínio das marcas itálicas - e dos produtos itálicos em geral – dá-se no momento de transição entre os períodos “clássico e “avançado”. A este momento podem ser atribuídas 14 marcas, quatro das quais indeterminadas dado o excessivo estado de fragmentação. Como se verifica na Fig. 43, as dez marcas atribuíveis a oleiros que laboraram neste momento correspondem aos seguintes centros de produção:

4.1.4 Marcas Como se vê na Fig. 43, recolheram-se até à data em Braga 26 marcas de tipo itálico, sete das quais indeterminadas, dado o excessivo estado de fragmentação. As 19 marcas identificadas, com excepção de duas marcas atribuídas às oficinas de Cornelius, correspondem a distintos oleiros. A esta diversidade de oleiros corresponde igualmente uma diversidade de locais de produção sendo, todavia, predominantes os produtos oriundos de Arezzo. Seguindo as últimas referências constantes na segunda edição do CVR (2000) verifica-se que em Braga são predominantes os produtos aretinos com sete marcas, seguidos de duas marcas provenientes de Pisa.

• Arezzo: L. AVILIVS SVRA (10 a. c. – 10), RASINIVS (15 a. c. – 40), C. SENTIVS (20 a. c. – 20) e VMBRICIVS (10 a. c. – c. 37); • Arezzo ou Provincial: L. TITI THYRSVS (20 a. c. – 10); • Pisa: SEX. AVILLIVS MANIVS (27 a. c. – 14); • Putéolos: AGATHEMERVS (10 a. c. – 10) e PRIN (1 - 20). • desconhecemos os respectivos centros 168

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

de produção dos três restantes oleiros representados por PHILA (?), escravo de AVILLIVS (10 a. c. – 10), LEPIDVS (10 a. c. – 15) e PRI ( ) (10 a. c. – 10). As marcas com uma cronologia mais recente recolhidas em Braga integram-se na fase “avançada”. Estas estão representadas por sete fragmentos, quatro dos quais correspondem às conhecidas marcas “in planta pedis”. Das três marcas em cartela rectangular, duas correspondem ao oleiro aretino PVBLIVS CORNELIVS, escravo ANTHUS (5 a. c. +) e a outra ao oleiro pisano EVHODVS (5 a. c. – 40). As marcas in p. p., datáveis a partir de 15 e sem centro produtor definido, estão representadas por dois fragmentos indeterminados e dois outros com as siglas C· R ( ) C ( ) e AVSDR, sendo esta última desconhecida na bibliografia consultada. 1

2

AREZZO L AVILLIVS SVRA [L·AVIL]LI / [SVR]AE ou [L·AVIL]LI / [SVR]AE Cartela rectangular bilínea de ângulos arredondados mutilada à esquerda e na metade superior [OCK, 2000, p. 529, type 100] (9,5 x 13 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminável. Marca mutilada: na parte inferior distinguem-se claramente as letras AE, idênticas às marcas encontradas em Arezzo (Cincelli) e Siracusa (vd. 2000, p. 158, nº 406, 9, type 24 508); as letras que restam da parte superior estão muito deterioradas, mas supomos poder considerá-las um I incluído num L, semelhantes a uma das marcas de Arezzo e Mónaco (vd. 2000, p. 158, nº 406, 7, type 24 500). Há vários oleiros que utilizaram o nome AVILLIVS (Francisca Pallarés, 1963, p. 219; OCK, 2000, p. 152-160, nº 371-418). Trata-se de L· AVILLIVS SVRA (2000, p. 158, nº 406) que laborou no período de Augusto em Arezzo, do qual se conhecem vários operários e que tinha a sua sede no interior da cidade, sob o Teatro Petrarca na rua “Guido Monaco” (cf. Francisca Pallarés, 1963, p. 219). Cronologia: 10 a. c. – 10 (OCK, 2000, p. 158, nº 406). Proveniência: R.

3

169

Damião de Góis (N. I.: 1991-1673). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 13, nº 1 e p. 30-31 (quadro), Est. IV-V. Leitura: [L·AVIL]LI / [SVR]AE; Morais, 1997-98, p. 54 e 55 (quadro IV). P CORNELIVS, escravo ANTHVS P·COR / ANT Cartela rectangular bilínea de ângulos arredondados [OCK, 2000, 531, type 311] (10,5 x 8 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca bilínea incluída num pequeno caixilho com letras separadas por uma linha auxiliar: P·COR / ANT. Grafito no fundo externo: [...]E. Letras irregulares comum primeiro traço mais profundamente gravado que o E. Trata-se de uma das marcas utilizadas por ANTHVS (2000, p 193, nº 628, 7, type 2 170), um dos escravos de P· CORNELIVS (2000, p. 190, nº 623), oleiro que laborou entre 5 a. c. e 40 (2000, p. 190, nº 623) em Arezzo onde se recolheram materiais entulhados provenientes das olarias na zona de “Cirencelli” e nas proximidades de “Ponte a Buriano”, fora da cidade (cf. Francisca Pallarés, 1963, p. 220; Simpson, 1968, p. 64-65). Os produtos deste ceramista são bastante frequentes na Península documentando-se vários vasos decorados com a marca exterior, com praenomem ou sem ele, e numerosos vasos lisos com diferentes tipos de marcas. Cronologia: 5 a. c. + (OCK, 2000, p. 193, nº 628). Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1991-1678). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 53, Est. III-IV, nº 2, Est. V, nº 37. Leitura: P·COR / ANT; Delgado, 1985, p 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 54 e 55 (quadro IV). P CORNELIVS, escravo ANTHVS ANT / CORN Cartela rectangular bilínea que não conseguimos encontrar mas que é referida por Adília Alarcão (1971, quadro) e dada como pertencente à colecção do Cónego Arlindo da Cunha. Marca bilínea onde se lia, segundo a autora, ANT / CORN. Sobre o oleiro veja-se marca anterior.

As Cerâmicas Finas de Mesa

Marca

Referência OCK

Cronologia

Centros de Produção

Forma

Forma da Cartela OCK

[L·AVIL]/[SVR] AE ou [L·AVIL]I / [SVR] AE

24 508 24 500

10 a.C. - 10

Arezzo

Indeterminável

100

PVBLIVS CORNELIVS escravo ANTHUS

P·COR/ANT

2 170

5 a. C. +

Arezzo

Indeterminável

311

PVBLIVS CORNELIVS Escravo ANTHVS

ANT/CORN

4 762

5 a.C. +

Arezzo

____________

___________

PVBLIVS [GRA?] T / [L·]VBT escravo GRATVS

1 567

15 – 5 a.C.

Arezzo

Indeterminada

311

RASINIVS (2)

RAS […]

1 623

15 a.C. - 40

Arezzo

Indeterminável

100

C·SENTIVS (1)

C·SENTI

19 202

20 a.C. - 20

Arezzo

Indeterminável

100

L·TITI THYRSVS (2)?

L·TITI / […]

34 181

20 a.C. - 10

Arezzo ou Provincial

Indeterminada

291

VMBRICIVS (1)

[VM] BRI ou [VM] BRI

2 441

10 a.C. – c. 37

Arezzo

Indeterminada

100

A·TITIVS (3)

A·TITI

2 166

30 a.C. -10 a.C.

Arezzo ou Vale do Pó

Tipo Consp. B 1.5

100

A·TITIVS (3)

A·TITI

2 166

30 a.C. -10 a.C.

Arezzo ou Vale do Pó

Tipo Consp. B 1.5

100

SEX·AVILLIVS MANIVS (1)

SEX·AVILLI MANI·

19 311

Augusto

Pisa

ver

531

EVHODVS (2)

EVHODI

787

5 a.C. - 40

Pisa

Indeterminável

451

AGATHEMERVS

AGA

29 478

10 a.C. - 10

Putéolos

Tipo Consp. B 4.1

100

EROS

[…]S

778

10 a.C. – 1 +

Vasanello

Indeterminada

129?

382?

10 a.C. – 10 ?

LIIPIDVS·

20 573

10 a.C. - 15

PRI

30 988

10 a.C. - 10

P [RI] N

29 547

1 - 20

Putéolos

Indeterminável

100

[…] VS·EL / […] VS·OF

[…] VS·EL / […] VS·OF

-------------

c. 10 a.C. – 10?

?

Indeterminável

261

C·R ( ) C ( )

C·RC

1 606

15 +

?

Indeterminada

602 in p.p.

AVSDR

--------------

15 +

?

Indeterminada

Indeterminada

-------------- 10 a.C. – 10 ?

?

Indeterminável

Indeterminada

[…]/[…] VI [P?...] -------------- 10 a.C. – 10 ? ou […] VI [B?…]

?

Indeterminável

261?

Oleiro L·AVILLIVS SVRA

AVILLIVS PHILAI / [A] VILLI escravo PHILA( )? LEPIDVS PRI (2) PRIN

AVSDR [?…] / TITI […]/[…] VI [P?...] ou […] VI [B?…] ------------------------------------------CO [I?...]

[?...] / TITI

A Indeterminável determinar A Indeterminável determinar A Tipo Consp. determinar B 4.2

100 532 100

------------------------- --------------

15 +

?

Indeterminável

603 in p.p.

------------------------- --------------

15 +

?

Indeterminável

602 in p.p.

10 a.C. - 10

?

Indeterminável

100

CO [I?...]

--------------

TOTAL

170

Local da Cartela

Grafito

Proveniência

Publicações Anteriores

N.I.

Ilustração

R. Damião de Gois

Delgado, 1985: 13; 30-1; Est. IV-V, nº 1 Morais, 1997-98: 54; 55, quadro IV

1991-1673

1

Braga sem contexto

Delgado e Santos, 1984: 53; Est. III-IV, nº2; Est. V, nº 37; Delgado, 1985: 30-1 Morais, 1997-98: 54; 55, quadro IV

1991-1678

2

Fundo interno

Antigas escavações

Adília Alarcão, 1971: quadro Morais, 1997-98: 54; 55, quadro IV

_________

3

Fundo interno

Cavalariças

1999-1354

4

Fundo interno

R. Nossa Sra. do Leite

1991-1659

5

Fundo interno

Braga sem contexto

2003-1154

6

Fundo interno

São Geraldo

1999-1910

7

Fundo Interno

Casa da Bica

1991-1662

8

Fundo interno

Antigas escavações

1991-1742

9

Fundo interno

Antigas escavações

1991-1743

10

Fundo interno

Habitações a Norte das Termas

1991-1725

11

Fundo interno

Quinta do Fujacal

1999-1319

12

Fundo interno

Cavalariças

1999-1353

13

Fundo interno

São Geraldo

1999-1923

14

Fundo interno

Cavalariças

2002-1241

15

Fundo interno

Colina da Cividade

2002-1077

16

Fundo interno

Edifício Cardoso da Saudade

2000-0313

17

Fundo interno

São Geraldo

2003-1082

18

Fundo interno

Quinta do Fujacal

2003-1143

19

Fundo interno

R. Frei Caetano Brandão

2003-1153

20

Fundo interno

São Geraldo

1999-1909

21

Fundo interno

Casa da Bica

1991-1663

22

Fundo interno

Cardoso da Saudade

1991-1664

23

Fundo interno

Braga sem contexto

1991-1684

24

Fundo interno

Cavalariças

1999-1357

25

Fundo interno

Maximinos

1999-1911

26

Fundo interno

Fundo interno

[…]E

Morais, 1997-98: 54; 55, quadro IV; 81-82; Est. XV e XXX, nº 82 Delgado, 1985: 13-4; 30-1; Est. IV-V, nº 2 Morais, 1997-98: 54; 55, quadro IV

Morais, 1997-98: 54; 55, quadro IV; 82; Est. XV e XXX, nº 83 Delgado, 1985: 14; 30-1; Est. IV-V, nº 4 Morais, 1997-98: 54; 56, quadro IV Delgado e Santos, 1984: 52; Est. I, III-IV, nº1; Delgado, 1985: 30-1 Morais, 1997-98: 54; 55, quadro IV

Delgado, 1985: 14; 30-1; Est. II, IV-V, nº 3 Morais, 1997-98: 54; 55, quadro IV Morais, 1997-98: 54; 55, quadro IV; 81; Est. XV e XXX, nº 81 Morais, 1997-98: 54; 55, quadro IV; 81 Est. XV e XXX, nº 80 Morais, 1997-98: 54; 56, quadro IV; 82; Est. XV e XXX, nº 85

Morais, 1997-98: 54; 56, quadro IV; 82; Est. XIV e XXX, nº 84

Morais, 1997-98: 54; 56, quadro IV; 82; Est. XV e XXX, nº 87 Delgado 1985: 15; Est. IV-V, nº 6 Morais, 1997-98: 54; 56, quadro IV Delgado, 1985: 14; Est. IV-V, nº 5 Morais, 1997-98: 54; 56, quadro IV Delgado e Santos, 1984: 53; Est. III-IV, nº 3 Morais, 1997-98: 54; 56, quadro IV Morais, 1997-98: 54; 56, quadro IV; 83; Est. XV e XXX, nº 88 Morais, 1997-98: 54; 56, quadro IV; 82; Est. XV e XXX, nº 86

26

171

Fig. 43 Marcas de Terra Sigillata de Tipo Itálico

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

As Cerâmicas Finas de Mesa

4

5

Bibliografia: Alarcão, 1971, quadro. Leitura: ANT / CORN; Morais, 1997-98, p. 54 e 55 (quadro IV). PVBLIVS, escravo GRATVS [GRA?]T / [L·]VBI Cartela rectangular bilínea de ângulos rectos, mutilada à esquerda [OCK, 2000, p. 531, type 311] (9.5 x 8,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca bilínea incluída num pequeno caixilho com letras altas e bem desenhadas separadas por uma linha auxiliar: [...]T / [...]VBI. Na metade superior lê-se a letra T; na metade inferior lêem-se as letras VBI. Trata-se de GRATVS (2000, p. 345-346, nº 1567) um dos muitos escravos e libertos que laborou na época de Augusto nas oficinas de PVBLIVS (2000, p 344, nº 1555) que tinha a sua sede em Arezzo nas proximidades de “S. Maria in Gradi” (cf. Francisca Pallarés, 1963, p. 229). Cronologia: 15 – 5 a. c. (OCK, 2000, p. 345, nº 1567). Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1354). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 54 e 55 (quadro IV) e p. 81-82, nº 82, Est. XV e Est. XXX. Leitura : [...]T / [...]VBI. RASINIVS (2) RAS[...] Cartela rectangular de ângulos rectos mutilada à direita [OCK, 2000: 529, type 100] (14 x 5,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca com letras bem desenhadas, mas gastas, possibilitando diferentes leituras: RAS[I], RAS[N], RAS[IN], RAS[IN] ou RAS[INI]. Esta é uma das assinaturas mais frequentes de RASINIVS (2000: 353-355, nº 1623) que laborou na época de Augusto em Arezzo e tinha a sua sede provavelmente no interior da cidade actual, nos jardins da igreja de “Santa Maria in Gradi” (Palarés, 1963, p. 229; Pucci, 1985, p. 368; OCK, 2000, p. 353, nº 1623). A. Stenico (1960: 20), coloca a actividade deste oleiro entre o fim do século I e os primeiros anos da nossa Era. De facto RASINIVS utiliza poucas marcas radiais, o que autoriza a situar os seus inícios perto de 10 a. c. O uso de assinaturas in planta pedis e in planta

6

172

manus, associado a formas tardias, permitem prolongar a sua produção até, pelo menos, 15 / 20 d.C. De entre estas destaca-se a taça do Tipo Consp. 3.1.1 e 3.1.2 (= Goudinau 43; Atlante XIX), com uma cronologia posterior a 20-25. Os produtos deste oleiro estão abundantemente representados em Itália, Península Ibérica, França, Alemanha e a Este do Mediterrâneo, contribuindo para tal a abertura de sucursais (OCK, 2000: 353, nº 1623), uma das quais estabelecida em La Muette (Lyon) na época de Augusto (Lasfargues, Lasfargues e Vertet, 1976, p. 41-42, 45, 62-65, nº XXVI, 1, XXVII, 1; Bémont, 1976, p. 146; OCK, 2000, p. 355, nº 1624). De facto, RASINIVS é um dos oleiros aretinos que maior produção se conhece, quer nas cerâmicas lisas, quer nas cerâmicas decoradas, assinadas por ele ou em companhia de alguns dos seus numerosos operários (Perez Outeiriño, 1990, p. 76). A produção mais interessante é a decorada, na qual, juntamente com os modelos originais e de grande mestria, aparecem outros com claras relações com os utilizados pelos oleiros do seu tempo, sobretudo M. PERENNIVS (1990). Cronologia: 15 a. c. – 40 (OCK, 2000, p. 353, nº 1623). Proveniência: R. Nossa Senhora do Leite (N. I.: 1991-1659). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 13-14, nº 2; 30-1 (quadro), Ests. IV-V. Leitura: RAS[N]; Morais, 1997-98, p. 54; 55 (quadro). C SENTIVS (1) C· SENTI Cartela rectangular de ângulos rectos, ligeiramente mutilada na metade inferior [OCK, 2000, p. 529, type 100] (14 x 5,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: C· SENTI (1), com letras altas e estreitas; C muito aberto seguido de um ponto. Pelo desenho das letras trata-se de C· SENTIVS (2000, p. 390-391, nº 1861, 1, type 19 202) oleiro possivelmente aretino, mas do qual se conhecem produtos provenientes da sucursal de La Muette (Lyon). Nesta sucursal, este oleiro é um dos mais representados, atribuindo-se-

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

7

lhe grande quantidade e variabilidade de formas lisas assim como decoradas, repartindo as suas assinaturas basicamente em dois grupos: SENTI e C. SENTI (Lasfargues, Lasfargues e Vertet, 1976, p. 42-43, 45, 65-70, XXIX, 1-16). Inicia a sua produção ainda no período de Augusto, como prova a existência de marcas em cartelas rectangulares (vd. Bourgeois e Mayet, 1991, p. 50), para terminar nos inícios do reinado de Tibério, tendo em conta a existência de marcas in planta pedis e o período de funcionamento da sucursal de La Muette até cerca de 20 (Lasfargues, Lasfargues e Vertet, 1976, p. 40). Esta marca é ainda conhecida na produção da terra sigillata oriental, série B, proveniente da Ásia Menor, em Éfeso (Pucci, 1985, p. 370; OCK, 2000, p. 392, nº 1863). Cronologia: 20 a. c. – 20 (2000, p. 390, nº 1861). Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-1154). Bibliografia: inédita. LTITIVS THYRSVS (2)? L·TITI / [...] Cartela rectangular bilínea de ângulos rectos, mutilada na metade inferior [OCK, 2000: 530, type 291] (12 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca bilínea, ladeada por duas linhas auxiliares laterais, com letras gastas mas bem desenhadas separadas por uma linha auxiliar: L·TITI / [...]. O estado da fractura não autoriza a identificação inequívoca do escravo, mas é bem provável, atendendo ao desenho da cartela e das letras idênticas a uma marca encontrada no “Museo Nazionale delle Terme” (MdT) e em Viena (2000, p. 453, nº 2246, 14, type 34 181) e a presença já conhecida deste oleiro em Portugal (Diogo, 1980, nº 16), que se trate de THYRSVS (1980, 453-454, nº 2246). Trata-se, de acordo com Francisca Pallarés (1963, p. 368), de um dos escravos ou libertos de L. TITIVS que tinha a sua oficina no interior da cidade de Arezzo, possivelmente na “via dei Cenci”. Esta autora, no estudo intitulado “Vasi firmati e vasi atribuiti nella terra sigillata aretina decorata” (Francisca Pallarés, 1963, p. 232), faz referência

8

9

173

a um vaso decorado assinado por L. TITIVS THYRSVS publicado no C. V. A. do “Metropolitan Museum of Art” (Nova Iorque) (cf. Alexandre, 1943, p. 851, Est. XXXIII). Para além de outras que omitem o praenomen ou o gentilicium (OCK, 2000, p. 454, nº 2247 e 2248), o nome de L. THYRSVS (5) figura ainda como um dos oleiros que laborou na sucursal de La Muette em Lyon (Lasfargues e Vertet, 1976, p. 45, 74-79, XXXIII, 6-20; OCK, 2000, p. 454-455, nº 2249). A tratar-se de outro escravo ou liberto de L· TITIVS poderia tratar-se de L· TITIVS IVSCVLVS, embora sem paralelo específico em OCK (2000, p. 452, nº 2242). Cronologia: 20 a. c. – 10 (2000, p. 453, nº 2246). Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1910). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 54 e 55 (quadro IV) e p. 82, nº 83, Est. XV e Est. XXX. Leitura : L·TITI / [...]. VMBRICIVS (1) [VM]BRI ou [VM]BRI Cartela rectangular de ângulos rectos, ligeiramente cavada, mutilada à esquerda [OCK, 2000: 529, type 100?] (13 x 5,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca com letras altas, com muito bom relevo e cuidadosamente desenhadas: [...]BRI. A leitura proposta resulta das dimensões prováveis da cartela. O gentilício VMBRICIVS (2000, p. 487-489, nº 2441), presente de forma individual, ou associado ao nome de operários, está presente, entre outros centros oleiros, em Arezzo desde o período de Augusto, por volta de 10 a. c., até ao reinado de Tibério. Este gentilício é ainda conhecido no centro provincial de La Muette, em Lyon (2000, p. 489, nº 2442). Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 1991-1662). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 14, nº 4 e p. 30-1 (quadro), Est. IV-V, nº 4. Leitura: [VM]BRI; Morais, 1997-98, p. 54 e 56 (quadro IV). AREZZO ou VALE DO PÓ A TITIVS (3) A·TITI Cartela rectangular de ângulos rectos, ligeiramente mutilada à direita por de-

As Cerâmicas Finas de Mesa

10

11

ficiente aplicação do punção [OCK, 2000: 529, type 100] (11,5 x 5 mm). Proveniente da base e pé dum catinus sesquipedalis do Tipo Consp. B. 1.5. Da marca radial, seguramente com três cartelas, lê-se, com letras altas e finas, a assinatura A·TITI (2000, p. 438-439, nº 2166). A ausência de análises não permite definir se se trata de A· TITIVS FIGVLVS (ARETINVS), um importante oleiro pertencente à primeira geração de Arezzo que laborou na época de Augusto e tinha a sua sede no interior da cidade, em “Santa Maria in Gradi” e “Fonte Pozzolo” ou um ceramista padano (Pucci, 1985, p. 382, nº 10). Cronologia: 30 – 10 a. c. (OCK, 2000, p. 438, nº 2166). Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1991-1742). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 52, nº 1, Ests. I e III-IV. Leitura: A·TITI; Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 54 e 55 (quadro IV). AREZZO ou VALE DO PÓ A TITIVS (3) A·TITI Cartela rectangular de ângulos rectos, ligeiramente mutilada à direita por deficiente aplicação do punção [OCK, 2000: 529, type 100] (11 x 5 mm), provavelmente pertencente à peça anterior. Proveniência1: Antigas Escavações (N. I.: 1991-1742). Bibliografia: inédita. PISA SEX AVILLIVS MANIVS (1) SEX· AVILLI MANI· Cartela circular com ponto central [OCK, 2000: 533, type 531] (12 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela do Tipo Consp. B 4. 8. Marca muito bem conservada: SEX· AVILLI MANI· (2000, p. 160, nº 415, 3, type 19 311). SEXTVS AVILLIVS MANIVS (1) parece desenvolver a sua actividade em Pisa à roda de 10 a. c. – 20 (2000, p. 160, nº 415). A testemunhá-lo a utilização quase exclusiva de marcas circulares ou rectangulares divididas por uma linha auxiliar central associadas a formas cronologicamente enquadráveis naquela período (Perez Outeiriño, 1990, p. 37).

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13

1

Cronologia: 10 a. c. – 20 (OCK, 2000, p. 160, nº 415). Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1725). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 14, nº 3 e p. 30-1 (quadro), Ests. II e IV-V. Leitura: SEX· AVILLI MANI; Morais, 1997-98, p. 54 e 55 (quadro IV). EVHODVS (2) EVHODI Cartela rectangular de ângulos arredondados, ligeiramente cavada [OCK, 2000: 532, type 451] (12, 5 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca com letras gastas mas claramente desenhadas EVHODI, destacando-se do fundo da cartela. Em nexo as letras VH, e ausência do traço inferior da letra E. Segundo OCK (2000, p. 218-219, nº 787) trata-se de um centro situado em Pisa. Cronologia: 5 a. c. – 40 (2000, p. 218, nº 787). Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-1319). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 54, 55 (quadro IV) e 81, nº 81, Est. XV e Est. XXX. Leitura : EVHODI PUTÉOLOS AGATHEMERVS AGA Cartela rectangular de ângulos arredondados, ligeiramente cavada [OCK, 2000: 529, type 100] (10 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela do Tipo Consp. B 4. 1. Marca inteira, bem impressa e conservada: AGA. Trata-se do oleiro augustano AGATHEMERVS (2000, p. 85, 8, type 29 478), pertencente à oficina de N. NAEVIVS HILARVS, de Putéolos (2000, p. 296-297, nº 1233). Esta oficina foi a mais importante de Putéolos (Comfort, 1963-64, p. 30) e a que mais exportou, correspondendo a sua produção à quase totalidade da

Junto com este fragmento vinha a seguinte indicação possivelmente escrita pelo Cónego Luciano dos Santos: “Dois fragmentos de prato achados na Colina de Maximinos em 15/2/76. Estavam com ossos, cinzas e restos de ânforas e pregos na curva norte da rua que circunda pelo nascente e poente o Solar de Figueira”.

174

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

14

15

terra sigillata com aquela proveniência encontrada na Península (Balil, 1964, p. 197). Cronologia: 10 a. c. – 10 (OCK, 2000, p. 85, nº 53). Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1353). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 54, 55 (quadro IV) e 81, nº 80, Est. XV e Est. XXX. Leitura: AGA. VASANELLO EROS [...]S Cartela rectangular bilínea de ângulos rectos, ligeiramente cavada, mutilada na quase totalidade da metade superior [OCK, 2000: 529, type 129?] (12 x 5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca mutilada à direita onde apenas se lê a letra S. O caixilho tão característico permite atribuir esta marca ao oleiro EROS que, de acordo com o OCK (2000, p. 217, nº 778) laborou em Vasanello. A julgar pelo tipo de cartela a assinatura deveria corresponder a IIROS (vd. 2000, p. 217, nº 778, type 26 702). Cronologia: 10 a. c. a 1 + (2000, p. 217, nº 778). Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1923). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 54, 56 (quadro IV) e 82, nº 85, Est. XV e Est. XXX. Leitura: [...]S / ilegível. A DETERMINAR AVILLIVS, escravo PHILA( ) ? PHILAI / [A]VILLI Cartela rectangular bilínea de ângulos rectos mutilada no canto inferior esquerdo [OCK, 2000, p. 529, type 100] (11 x 8 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca bilínea onde se lê em letras altas e bem desenhadas, separadas por uma linha auxiliar: PHILAI / [A]VILLI. Na metade superior as duas primeiras letras estão em nexo; na metade inferior falta a primeira letra, por fractura, e o desenho das duas últimas são idênticas a duas marcas encontradas em Bulla Regia, identificadas, como pertencendo a AVILLIVS, escravo PHILA( ) (2000, p. 155, nº 382). Cronologia: Augustana? (2000, p. 155, nº 382). Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-1241). Bibliografia: inédita.

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17

18

19

175

LEPIDVS LIIPIDVS· Cartela circular com ponto central [OCK, 2000: 533, type 532] (12 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca muito bem conservada: LIIPIDVS· (2000, p. 260, nº 1024, 4, type 20 573). Trata-se do oleiro LEPIDVS documentado no OCK (2000, p. 260, nº 1024). Cronologia: 10 a. c. – 15 (2000, p. 260, nº 1024). Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1725). Bibliografia: inédita. PRI ( ) (2) PRI Cartela rectangular de ângulos rectos, ligeiramente cavada [OCK, 2000: 529, type 100] (9 x 6 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela do Tipo Consp. B 4. 2. Marca muito bem conservada onde se lê PRI destacado do fundo da cartela. Pelo tipo de fabrico e pelo tipo de letra exclui-se a possibilidade de se tratar de PRIMVS, oleiro do Vale do Pó que igualmente assina PRI (2000, p. 338, nº 1518, 1, type 30 988). Cronologia: 10 a. c. – 10 (2000, p. 338, nº 1519). Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2000-313). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 54, 56 (quadro IV) e 82, nº 84, Est. XV e Est. XXX. Leitura: PRI. PUTÉOLOS PRIN P[RI]N Cartela rectangular de ângulos rectos [OCK, 2000: 529, type 100] (11 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca mal conservada: P[RI]N, estando ausentes as letras RI devido ao estado de deterioração (vd. 2000, p. 341, nº 1539, 3, type 29 547). Trata-se de PRINCEPS (1), um escravos de N. NAEVIVS HILARVS (vd. 2000, p. 341, nº 1539). Cronologia: 1 – 20 (2000, p. 341, nº 1539). Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1082). Bibliografia: inédita. [...]VS·EL / [...]VS·OF Cartela rectangular bilínea de ângulos rectos, mutilada à esquerda [OCK, 2000: 530, type 261] (12 x 8,5 mm).

As Cerâmicas Finas de Mesa

20

21

22

Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca bilínea, com letras muito gastas e mal desenhadas devido a deficiente aplicação do punção, separadas por uma linha auxiliar: [...]VS·EL / [...]VS·OF. O estado da fractura e a deficiente aplicação do punção que dificulta a individualização das letras não autoriza a identificação inequívoca da marca. Cronologia: C. 10 a. c. - 10?. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1143). Bibliografia: inédita. CR ( ) C ( ) In planta pedis – C·R C Cartela in planta pedis à direita, ligeiramente cavada [OCK, 2000: 534, type 602] (12 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: lê-se as siglas C·R C. Cronologia: 15 + (2000, p. 9 e 350, nº 1606). Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1153). Bibliografia: inédita. In planta pedis – AVSDR Cartela in planta pedis à direita, ligeiramente cavada, mutilada em ambas as extremidades [OCK, 2000: 534, type indeterminado] (14 x 6 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: lê-se, em letras pouco cuidadas, as siglas AVSDR. Cronologia: 15 + (2000, p. 9). Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1909). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 54, 56 (quadro IV) e 82, nº 87, Est. XV e Est. XXX. Leitura: AVSDR Não encontramos, na bibliografia consultada, paralelo para esta marca. [?...] / TITI Cartela rectangular bilínea, ligeiramente cavada, mutilada à esquerda e superiormente [forma indeterminada] (12 x 7 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca gasta e fracturada onde apenas se lê parte das letras da parte inferior: [?...] / TITI. Cronologia: pelo fabrico a peça situa-se no período de Augusto. Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 1991-1663). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 15, nº 6, Ests. IV-V. Leitura: ?; Morais, 1997-98, p. 54 e 65 (quadro).

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[...] / [...]VI[P?...] ou [...] / [...]VI[B?...] Cartela rectangular bilínea de ângulos rectos, ligeiramente cavada, mutilada à direita e na metade superior [OCK, 2000, p. 530, type 261?] (7 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca bilínea separada por uma linha auxiliar. A letra V muito arredondada e a dificuldade em identificar com segurança a letra que se segue ao I, além da ausência por factura de qualquer letra na linha superior, não nos permite sugerir qualquer identificação. Cronologia: pelo fabrico a peça situa-se no período de Augusto. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1664). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 14, nº 5, Ests. IV-V; Leitura: [...] / [...]VI[P...] ou [...]VI[B...]. Morais, 1997-98, p. 54 e 56 (quadro IV). In planta pedis Cartela in planta pedis, ligeiramente cavada, mutilada à esquerda [OCK, 2000, p. 534, type 603] (7,5 x 6 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Cronologia: 15 + (2000, p. 9). Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1684). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 53, nº 3, Ests. III-IV. Leitura: in planta pedis; Morais, 1997-98, p. 54 e 56 (quadro IV). In planta pedis Cartela in planta pedis, ligeiramente cavada, mutilada à esquerda [OCK, 2000: 534, type 602] (4 x 5,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Cronologia: 15 + (2000, p. 9). Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1357). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 54, 56 (quadro IV) e 83, nº 88, Est. XV e Est. XXX. CO [I?...] Cartela rectangular de ângulos arredondados, ligeiramente cavada, mutilada à direita [OCK, 2000: 529, type 100] (5 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: apenas se lê, a desenho bem impresso

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

e em letras pequenas e gastas CO, seguido do início de uma outra letra onde apenas se lê I?. Dado tratar-se do início de uma marca, está poderá corresponder a um dos oleiros catalogados no C. V. R. de Oxé e Comfort (1968) que iniciam a sua assinatura com CO (vd., por ex., 1968, p. 150-55, nº 460-465). Cronologia: pelo fabrico a peça situa-se no período de Augusto. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1999-1911). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 54, 56 (quadro IV) e 82, nº 86, Est. XV e Est. XXX. Leitura: CO [I?...].

1

2

4.1.5 Grafitos

3

Até à data apenas se contabilizaram seis grafitos, apresentando-se excessivamente fragmentados ou apenas inscritos por uma letra (Fig. 44). Dois destes grafitos figuram nas marcas nº 2 e 15, sendo apenas legível a letra E no fragmento correspondente à marca nº 2 (grafito nº 1). Quatro figuram em fragmentos de fundo constantes da tipologia do Conspectus: um fragmento de prato do tipo Consp. B 2. 4 (nº 191), um dos quais assinalado com o numeral X (grafito nº 7), e dois fragmentos de taças do tipo Consp. B 3.17 (nº 211) e B 4.13 (nº 222), nas quais se gravaram, respectivamente, as letras F e K (grafitos nº 5-6). Um outro grafito figura na parede externa de uma taça do tipo Consp. 23.2.[1] (nº 168) que apresenta a letra H (grafito nº 4).

Oleiro

Marca

PVBLIVS CORNELIVS P·COR escravo /ANT ANTHUS EROS

[…]S

Referência Centros de Cronologia OCK Produção

4

5

Grafito: [...]E Fragmento de base de forma indeterminável. Grafito incompleto no fundo externo: [...]E. Marca nº 2. Cronologia: 10-37?. Proveniência: Antigas escavações (N. I.: 1991-1678). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 67, nº 37, Est. V. Grafito: ? Fragmento de base de forma indeterminável. Grafito incompleto no fundo externo de forma indeterminável. Marca nº 15. Cronologia: 10 a. c. – 10?. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-1241). Bibliografia: inédita. Grafito: ? Fragmento de base de base e pé de prato “Tipo Consp. B 2.4”. Grafito incompleto no fundo externo da base de leitura indeterminada. Cronologia: 27 a. c. – 14. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1991-1778). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 67, nº 38, Est. V. Grafito: H Fragmento de taça do tipo Consp. 23.2[1]. Grafito na parede externa: H. Cronologia: 25-75. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1775). Bibliografia: inédita. Grafito: F Fragmento de base de base e pé de taça do “Tipo Consp. B 3. 17”. Grafito no fundo externo: F. Cronologia: 25 a. c. – 100/150. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1332). Bibliografia: inédita.

Forma da Local da Grafito Cartela OCK Cartela

Forma

Proveniência

Publicações Anteriores

N.I.

Ilustração

Marca nº 2

10 - 37?

Arezzo

Indeterminável

Marca nº 2

Marca nº 2

[…] E

Braga sem contexto

19911678

1

Marca nº 15

10 a.C. - 10

A determinar

Indeterminável

Marca nº 15

Marca nº 15

?

Cavalariças

20021241

2

------------

--------

-----------

27 a.C. - 14

------------

--------

-----------

25 - 75

------------

--------

-----------

25 a.C. - 100/150

------------

--------

-----------

50 - 75

------------

--------

-----------

C 10 a.C. - 10

?

Tipo Consp. -------------B 2.4

A Tipo Consp. Determinar 23.2.1 Tipo Consp. ? B 3.17 Tipo Consp. ? B 4.13 Tipo Consp. ? B 2.4

----------

?

--------------

----------

H

--------------

----------

F

--------------

----------

K

--------------

----------

X

Delgado e Santos, 1984: 1991Maximinos 67; Est. V, 1778 nº 38 2003Cavalariças 1775 1999Albergue 1332 2003Cavalariças 1798 1999Cavalariças 1368

3 4 5 6 7 7

TOTAL

Fig. 44 Grafitos de Terra Sigillata de Tipo Itálico 177

As Cerâmicas Finas de Mesa

6

Grafito: K? Fragmento de base de base e pé de taça do “Tipo Consp. B 4. 13”. Grafito no fundo externo: K?. Cronologia: 50-75. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1798). Bibliografia: inédita. Grafito: X Fragmento de base de base e pé de taça do “Tipo Consp. B 2. 4”. Grafito no fundo externo: X. Cronologia: c. 10 a. c. – 10. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1368). Bibliografia: inédita.

7

até à data apenas foram detectados cinco fragmentos provenientes de Montans e um fragmento da forma Drag. 45 oriundo de Lezoux, oriundo do Centro da Gália. Os fragmentos de Montans repartemse por dois fragmentos decorados da forma Drag. 30 e 37 e três fragmentos de formas lisas, designadamente, dois fragmentos de bordo da forma Drag. 24/25 e um fragmento de fundo com marca mutilada da forma 18/31. Do conjunto de cerca de 801 fragmentos (16, 86 % do total da terra sigillata) de formas identificadas oriundas de La Graufesenque, 651 (81,27 %) correspondem a formas lisas e 150 (18,73 %) a formas decoradas. As quantidades ilustradas nas Figs. 45 e 46, revelam a importância da importação destas cerâmicas na cidade e a frequência de cada forma e seu significado cronológico. Cerca de 1/3 das produções identificadas datam do período pré-flávio, sendo os restantes posteriores àquele momento.

4.2 A TERRA SIGILLATA DO SUL DA GÁLIA O estudo da terra sigillata do Sul da Gália recolhida nas escavações da cidade romana de Bracara Augusta tem vindo a confirmar a preponderância, quase absoluta, dos produtos provenientes de La Graufesenque, pois que

Fig. 45 Quantidade e relação percentual de Terra Sigillata decorada do Sul da Gália Terra Sigillata Gália decorada

Quantidade

% decoradas

% na produção Gálica

Drag 29

75

50,00

9,36

Drag 30

61

40,67

7,62

Drag 37

9

6,00

1,12

Hermet 9

4

2,67

0,50

Knorr 78

1

0,67

0,12

150

100,00

18,73

Total

80 70 60 50 Quantidade % decoradas % na produção Gálica

40 30 20 10 0 Drag 29

Drag 30

Drag 37

Hermet 9

178

Knorr 78

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Fig. 46 Quantidade e relação percentual de Terra Sigillata lisa do Sul da Gália Terra Sigillata Gália lisa Ritt 1 Drag 2/21 Drag 17 b Drag 16 Drag 4/22 Drag 15/17 Drag 18/31 Ritt 5 Hermet 31 Ritt 9 Drag 24/25 Drag 27 Drag 33 Drag 35 Drag 36 Ritt 14 a Hermet 18 Ritt 12 Curle 11 Hermet 25 Haltern 16 Drag 45 Total

Quantidade 2 2 4 3 2 142 208 3 1 7 133 123 3 2 8 1 1 2 1 1 1 1 651

% lisas 0,31 0,31 0,61 0,46 0,31 21,81 31,95 0,46 0,15 1,08 20,43 18,89 0,46 0,31 1,23 0,15 0,15 0,31 0,15 0,15 0,15 0,15 100,00

% na produção Gálica 0,25 0,25 0,50 0,37 0,25 17,73 25,97 0,37 0,12 0,87 16,60 15,36 0,37 0,25 1,00 0,12 0,12 0,25 0,12 0,12 0,12 0,12 81,27

250

200

150

100

50

% na produção Gálica

179

45 g D ra

11 H er m et 25 H al te rn 16

12

C ur le

R itt

14 a H er m et 18

g

35 g

36

R itt

D ra

33 g

Quantidade % lisas

D ra

27 g

D ra

D ra

9

24 /2 5

R i tt

g D ra

R i tt 5 H er m et 31

18 /3 1 g

15 /1 7 g

ra D

4/ 22

D ra

b

16

D ra

g

g

17

D ra

D ra

g

1

g

D ra

R i tt

2/ 21

0

As Cerâmicas Finas de Mesa

Se tentarmos enquadrar as produções recolhidas em Braga dentro das fases estabelecidas por Hermet para La Graufesenque, vemos que a grande maioria pertence ao período de “esplendor”, que se situa na época de Cláudio/Nero, em particular nas décadas entre 40 e 60. Seguem-se-lhes em número os vasos integráveis no período de “transição”, correspondente aos reinados de Vespasiano e Tito, ou mesmo, eventualmente, até finais da década de oitenta. Em menor número figuram as produções vinculadas à fase “primitiva” situadas no período de Tibério-Cláudio, em particular entre 20 e 40, enquanto os restantes fragmentos entram no chamado período de “decadência”, situado nos finais do período flávio e inícios do período antonino, entre 80 e 120.

No friso inferior, os motivos decorativos estão dispostos na vertical. De entre estes, destaca-se um belo motivo de volutas em espiral conhecido por “nautilus” (nº 1), típico do repertório decorativo de dois oleiros que trabalharam em La Graufesenque no período de Tibério-Cláudio: Stabilio e Cantus (vd. Lamboglia, 1979, p. 44, nº 13). Dez fragmentos da forma Drag. 29 pertencem ao período de “esplendor”, correspondente aos reinados de Cláudio e Nero, entre 40 a 60 (nº 2-4; 5-6; 13-18). Apenas quatro fragmentos estão vinculados à fase “primitiva”, situada nos reinados de Tibério e Cláudio, entre 20 e 40 (nº 1; 1012); oito fragmentos (nº 9; 23-24, 27-29; 31) integram-se no período de “transição”, correspondente aos reinados de Vespasiano e Tito, ou mesmo, eventualmente, até finais da década de oitenta. Cinco fragmentos podem ainda ser cronologicamente situados entre os períodos de “esplendor” e “transição”, correspondentes aos finais dinastia júlio-claudia e os inícios da dinastia flávia (nº 3; 7; 19-22).

4.2.1 Formas decoradas Como se verifica na Fig. 45, do conjunto de formas decoradas do Sul da Gália até ao momento recolhidas em Braga registam-se 150 fragmentos, repartidos por uma considerável diversidade de formas: Dragendorff 29, 30, 37, Hermet 9 e Knorr 78. Como seria de esperar, predominam os fragmentos das formas Dragendoff 29 e Drag. 30, salientando-se, de entre estes, um exemplar completo da forma Dragendorff 29 assinado por Bio, um dos oleiros que laborou em La Graufesenque no período de TibérioNero (nº 4).

1

Como acima se referiu, a forma Drag. 29 está bem representada na cidade por 75 fragmentos. Com excepção de um fragmento de bordo mais esvasado, integrável na variante mais tardia desta forma (nº 9), os restantes fragmentos possuem um perfil intermédio (nº 1-6), posterior aos primeiros modelos gálicos de perfil muito anguloso e bordo pouco esvasado. No friso superior destes vasos predominam as decorações com grinaldas (nº 1-3; 1012; 13-17; 25; 27), por vezes combinadas com medalhões (nº 21; 28-29), e em menor número as representações de festões (nº 4; 7; 19) e métopas (nº 6; 18; 30). Apenas se documentam dois motivos cruciformes (nº 23-24) e estão ausentes repertórios figurativos humanos. 180

Forma Dragendorff 29a. Perfil totalmente reconstituível, com excepção do pé. Dupla moldura com guilloché na face externa. Decoração em motivos florais. Dupla fiada de pérolas a dividir as duas áreas decoradas. Friso superior decorado com uma grinalda que inclui quatro pequenos elementos ornamentais de ligação; decoração típica dos vasos mais antigos (Oswald e Pryce, 1966, p. 72). Friso inferior decorado com um motivo conhecido como “Nautilus”: volutas em espiral circunscrevendo uma curva ogival que aumenta encurvando progressivamente (vid. decoração idêntica em Oswald e Pryce, 1966, p. 72, Est. IV, nº 7; Simpson, 1968, p. 148, Est. LXXIX, nº 1; Dannel, 1971, p. 273, Fig. 127, nº 8; Lamboglia, 1979, Fig. 14, nº 13); do mesmo ramo, mediando a decoração, um caule que termina numa bolota. Segundo Oswald e Pryce (1966, p. 67; Est. 2) este tipo de decoração foi influenciada pelos conhecidos Krater, Tipo B, da época de Augusto, como se depreende a partir da decoração do friso inferior de um conhecido Krater

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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de ATEIVS. Num estudo específico sobre o motivo em volutas, Felix Oswald (1951, p. 149-52) diz que a presença destes motivos foi significativa nos oleiros do Sul da Gália no período de Tibério-Cláudio, acrescentando que, a sua presença no friso inferior da forma 29 é de grande significado, mesmo que não exista a marca de oleiro, podendo ser datada de 25-40. A carena mais acentuada da parede, a maior altura do bordo com dupla moldura em roleta e, como vimos, os motivos decorativos, permitem atribuir esta peça à época de Tibério-Cláudio (Oswald e Pryce, 1966, p. 68-9 e 72). O exemplar mais próximo que encontramos, figura no manual de Bernard Hofmann, intitulado La Ceramique Sigillée (1986a, p. 13), sem indicação de proveniência. De acordo com Nino Lamboglia (1979, p. 44, nº 13), o motivo conhecido como “Nautilus” é tipico da decoração de dois oleiros que trabalharam em La Graufesenque no período de Tibério-Cláudio: STABILIO e CANTVS (cf. datação em Oswald, 1961, p. 306 e 58, respectivamente). Cronologia: 20-40. Alt.: 80 mm; Diâmetro: 190 mm; Proveniência: Albergue Distrital (N. I.: 1999-1668). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 29 b. Decoração em motivos florais. Dupla fiada de pérolas a dividir as duas áreas decoradas. Friso superior com uma grinalda que inclui volutas em espiral que terminam numa roseta e num destacado elemento exafoliar. Da decoração destaca-se a presença de uma flor com sete pétalas inserida num grande círculo ladeado inferiormente por dois pequenos e duplos círculos concêntricos. A decoração mais aproximada que encontramos, datada de 50-65, provém de Fishbourne (Dannell, 1971, Fig., 128, nº23, p.277). Cronologia: 40-60. Diâmetro: 235 mm. Proveniência: Salvamento na Rua das Carvalheiras (N. I.: 2000-0282). Id. Decoração em motivos florais. Friso superior com uma grinalda que inclui volutas em espiral que terminam numa roseta e num destacado elemento exafoliar. Igual decoração num exemplar

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recolhido em Fishbourne, datado de 5065, e referido como idêntico ao estilo de Murranus (Dannell, 1971, p. 276-277 e 279, Fig., 128, nº 22). Cronologia: 5070. Diâmetro: 209 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 20031702). Forma Dragendorff 29 a. Marca: nº 8. Dupla moldura com guilloché na face externa. Decoração em motivos florais. Dupla fiada de pérolas a dividir as duas áreas decoradas. Friso superior decorado com arcaturas de festões que incluem no seu interior quatro volutas diametralmente opostas que terminam terminam numa roseta de seis pétalas. As volutas estão separadas por uma linha vertical ondulada que termina numa roseta igual ou numa pequena folha lanceolada. A separação das arcaturas faz-se por elementos verticais ondulados que terminam superiormente em elementos trifoliados ou elementos trifoliados conjungados com um elemento vegetal de seis pétalas. Friso inferior decorado por linhas de motivos segmentados dispostos na vertical. Na transição para a base um pequeno friso decorado com motivos semelhantes a óvalos alongados, dispostos igualmente na vertical. Cronologia: 40-60. Altura: 87 mm. Diâmetro: 227 mm. Diâmetro do pé: 75 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2001-0965). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 29 b. Dupla moldura com guilloché na face externa. Cronologia: 40-60. Diâmetro: 210 mm; Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2000-0283). Id. Dupla moldura com guilloché na face externa. Decoração metopada. Num painel pequenas folhas disposta na horizontal, típicas do repertório figurativo de ARDACVS (vd. Oswald, 1964, p. 22; Oswald e Pryce, 1966, p. 66, 130, Est. XXXVII, nº 38 e p. 69, Est. V, nº 3). No outro painel está representada uma cena de caça com um cão a perseguir à direita colehos e lebres. Este tipo de cenas são frequentes, entre outros, no repertório figurativo de FELIX, MVRRANVS, NIGER e POTITIANVS (vd. Knorr, 1919, Est.

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32, nº 10, 12; Hermet, 1934, Est. 106, nº 14; Hartley e Dickinson, 1982, p. 13537, Fig. 45, nº 43). Cronologia: 40-60. Diâmetro: indeterminado; Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 2003-1086). Fragmento de parede com carena. Forma Dragendorff 29. Dupla fiada de pérolas a dividir as duas áreas decoradas. Friso superior decorado com festões de forma semi-circular que incluem a imagem de três coelhos (vd. Knorr, 1912, p. 15, Est. VI, nº 2; Oswald, 1964, Est. LXXXI, Fig. 2119a). Entre os festões um elemento pendente trifoliar. Friso inferior decorado com uma grinalda que inclui folhas de palma e elementos trifoliados. Cronologia: 50-70. Diâmetro aproximado: 175 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1685). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 29 b. Moldura com guilloché na face externa. Cronologia: 60-80. Diâmetro aproximado: 259 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1999-1637). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 29 c. Dupla moldura com guilloché na face externa. Cronologia: 60-80. Diâmetro: 269 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 19911932). Fragmento de parede de forma indeterminada. Decoração contínua formada por uma grinalda? que incluí folhas espalmadas (vd. Hermet, 1934, VI, 10; Alarcão, 1975b, Est. XVII, nº20 e 21, p.79). Estão conservadas duas folhas e vestígios de uma terceira. A composição e os elementos conservados são tipicamente pré-flávios (vd. outras referências em Alarcão, 1975b, nº 20, p.79; I. 1963: 93; Est. 20, nº 17). Decoração idêntica em Oswald e Pryce (1966, Est. XXXI, nº31, p.133 e 160), atribuído ao oleiro SENICIO (período Tibério-Cláudio – Oswald, 1961, p. 292), de acordo com uma marca num vaso Dragendorff 29 proveniente de Aislingem (Knorr, 1912, Est. VII, 2). Cronologia: 20-40. Proveniência: Maximinos (N.I.: 20000280). Id. Fiada de pérolas a dividir a área decorada. Friso decorado com uma grinalda constituída por folhas cordiformes e

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cinco pequenos elementos ornamentais de ligação. Apesar deste tipo de decoração ser característica de oleiros Flávios e pré-flávios (vd. Curle, 1911, p. 5 e .211; Knorr, 1912, Est. III, 2, Est. X, I; 1919, Est. 69b; Hartley, 1972, Fig. 88, nº 66, p. 237; Oswald e Pryce, 1966, Est. IV, nº 4, p.69, Est. XXIX, nº: 6 e 8, p.130, Est. XXX, nº 26, p.133 e 160; Bourgeois e Mayet, 1991, Est. XXIII, nº 2351, p.121, Est. XXIV, nº 2423, 2437, p.122-23, Est. XXVII, nº 2625, p. 125), destacamos a decoração de um vaso da forma Dragendorff 29 proveniente de Margidunum, datado da época de Cláudio (Oswald e Pryce, 1966, Est.XXIX, nº 8, p. 130). Cronologia: 20-40 Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2000-0278). Id. Fiada de pérolas a dividir a área decorada. Moldura com guilloché na face externa. Friso decorado com uma grinalda constituída por folhas cordiformes e quatro pequenos elementos ornamentais de ligação. Cronologia: 20-40 Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1902). Id. Fiada de pérolas a dividir a área decorada. Moldura com guilloché na face externa. Friso superior com uma grinalda que inclui volutas em espiral que terminam numa roseta e num destacado elemento exafoliar. Cronologia: 40-60. Proveniência: Albergue (N.I.: 20031063). Fragmento de parede com início de arranque de bordo da forma Dragendorff 29. Fiada de pérolas a dividir a área decorada. Friso decorado com uma grinalda com rosetas de oito pétalas. Decoração idêntica em Oswald e Pryce (1966, Est. XXXI, nº 27, p.133 e 160; vd. Knorr, 1912, Est. XVII, 4) atribuída ao oleiro AQUITANVS (finais de Tibério-Nero – Oswald, 1961, p. 2021) e em Fishbourne (Dannell, 1971, Fig.126, nº5, p. 271-72, datado de 4560). Cronologia: 40-60. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2000-0289). Fragmento de parede de forma indeterminada. Fiada de pérolas a dividir a área decorada. Friso decorado com uma grinalda simétrica e folhas cordiformes. O rebento da trepadeira esta repre-

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sentado por um astrágalo com espirais que brotam à direita. Decoração igual em Oswald e Pryce (1996, Est. XXXI, nº41, Est.XXXII, nº49), atribuído aos oleiros BASSVS & COEVVS (Período Claudio-Vespasiano – Oswald, 1961, p. 39-40), de acordo com uma marca num vaso Dragendorff 29 proveniente de Xanthus (vd. Walters, 1908, Fig.39, M 4). Cronologia: 40-50. Proveniência: Hospital (N.I.: 2000-0290). Fragmento de parede com início de arranque de bordo. Forma Dragendorff 29. Moldura com guilloché na face externa. Friso decorado com uma grinalda com rosetas de oito pétalas. Cronologia: 40-60. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Fragmento de parede de forma indeterminada. Moldura com guilloché na face externa. Dupla fiada de pérolas a dividir a área decorada. Friso decorado com uma grinalda com quatro pequenos elementos ornamentais de ligação. Cronologia: 40-60. Proveniência: Regeneração / R. dos Bombeiros Voluntários (N.I.: 2003-0525). Fragmento de parede com carena. Forma Dragendorff 29. Dupla fiada de pérolas a dividir as duas áreas decoradas. Friso superior decorado com métopas alternando motivos vegetais com representações de animais (uma gazela?); Friso inferior decorado por uma fiada de botões de flor com caule semelhantes a motivos utizados no repertório figurativo de BASSVS (vd. Oswald e Pryce, 1964, p. 66 e 130, Est. XXXVII, nº 70). Cronologia: 40-60. Diâmetro aproximado: 174 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: s/número). Fragmento de parede. Forma Dragendorff 29. Dupla fiada de pérolas a dividir a área decorada. Friso decorado com vestígios de medalhões em folhagem bifoliada. Entre os medalhões em pendente pentafoliar. Num dos medalhões é ainda perceptível a imagem de um pássaro virado à esquerda (para motivos idênticos vd. Hermet, 1934, p. 28, 29 e 40; Mary, 1967, Est. 10, nº 1; Dannell, 1971, Fig. 126, nº 4, p.272 [40-55], Fig.135, nº 90, p.295 [70-85]; Alarcão,

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1975b, Est. XIX, nº 71, p.86). Inúmeros oleiros incluindo CENSOR (cf. Knorr, 1919, Est. 22 C; Flávios – Oswald, 1961, p. 73), MEDILLVS (Knorr, 1919, Est. 54 A; Nero-Vespasiano - Oswald, 1961, p.73), PASSIENVS (Knorr, 1919, Est. 64 G; Nero-Vespasiano - Oswald, 1961, p. 227-29), AQUITANVS (Knorr, 1952, Est.3 b; Tibério-Nero – Oswald, 1961, Est.9, 33 e 34, p. 2021), MVRRANVS (Knorr, 1919, Est. 68 c; Cláudio-Vespasiano – Oswald, 1961, p. 213-14) e PONTVS (Hartley, 1972, Fig. 88, nº 67, p. 237; Vespasiano-Trajano - Oswald, 1961, p. 243), usaram pássaros, contudo, a semelhança na sua representação dificulta uma atribuição específica a cada um destes oleiros. Cronologia: 50-70. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2000-0284). Id. Decoração com grinalda?. Cronologia: 40-70. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0334). Fragmento de parede inferior de uma forma indeterminada. Grinalda com medalhão preenchido por motivos em flechas associadas ao repertório figurativo do oleiro Primus que laborou em La Graufesenque entre o período de Cláudio e Vespasiano (vd. Oswald e Pryce, 1966, Est. XXXVII, nº 31). Cronologia: 50-70. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 2003-0530). Fragmento de parede decorada com moldura ladeada com uma duple fiada de pérolas. Cronologia: 40-75. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0570). Fragmento de parede com carena. Forma Dragendorff 29. Dupla fiada de pérolas a dividir os frisos decorados. No friso superior é visível restos de uma grinalda de volutas. No friso inferior vê-se parte de uma Cruz de Stº André cujo elemento central superior é ocupado por ramo que termina em três elementos trifoliados. Cronologia: 6080. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 1995-0140). Fragmento de parede indeterminada. A parte central da parede abaixo da carena é ocupada por motivos semelhantes a óvalos alongados (“goudrons”), ovais, em forma de S muito frequentes no pe-

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ríodo flávio (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 69, Est. VI, nº 5). Do friso superior decorado vê-se parte de uma Cruz de Stº André e de um motivo floral que termina num botão encurvado. Cronologia: 60-80. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2003-0524). Fragmento de bordo e parte superior da parede. Forma Dragendorff 29. Friso superior decorado com uma grinalda que inclui volutas em espiral que terminam numa roseta e num destacado elemento pentafoliar. Cronologia: 6080. Proveniência: Albergue (N.I.: 20031073). Fragmento de parede de forma indeterminada. Dupla fiada de pérolas a dividir os frisos decorados. No friso inferior é visível restos de um motivo floral em forma de arbusto conhecido no repertório figurativo de Germanus (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 95, Est. XI, nº 7 e p. 86, Est. X, nº 4). Cronologia: 60-80. Proveniência: Sé (N.I.: 2003-1070). Id. A parte central da parede abaixo da carena é ocupada por motivos semelhantes a óvalos alongados (“goudrons”), ovais, muito frequentes no período flávio e conhecidos no repertório figurativo de Bassus (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 69, Est. VI, nº 2). Do friso superior vê-se parte de um motivo floral. Cronologia: 60-80. Proveniência: R. Pêro Magalhães Gondavo (N.I.: 2003-1069). Id. Friso decorado com uma grinalda, com três pequenos elementos ornamentais de ligação e botões encurvados, e um medalhão preenchido com a representação de um cão a correr à direita e motivos em flechas. Cronologia: 60-80. Proveniência: Misericórdia (N.I.: 2003-1065). Id. Friso decorado com uma grinalda? Que termina num elemento trifoliar e um medalhão preenchido de motivos em flechas conhecidos no repertório decorativo de Patricius oleiro que laborou em La Graufesenque no período de Nero a Domiciano (vd. Oswald, 1931, p. 232-33; Oswald e Pryce, 1966, p. 66 e 130, Est. XXXVII, nº 78). Um friso

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de pequenas pérolas delimita inferiormente a decoração. Cronologia: 60-80. Proveniência: Maximinos (N.I.: 20031088). Id. Friso superior metopado com uma cena de caça representado um cão a perseguir uma lebre típica do período flaviano (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 136, Est. XXXVI, nº 32-33). A transição para o friso inferior faz-se através de um grossa moldura delimitada por duas fiadas de pérolas, decorada com motivos que parecem representar pontas de flecha. Cronologia: 60-80. Proveniência: Hospital (N.I.: 2003-1074). Id. Da decoração apenas se vê a representação de um coelho posicionado à esquerda. Cronologia: 60-80. Proveniência: Maximinos (sem número).

Como se vê na Fig. 45, a forma Drag. 30 conta igualmente com um número expressivo de fragmentos. Dos 61 fragmentos recolhidos, um provém de Montans (nº 72). À semelhança da forma anterior, os perfis desta forma são relativamente homogéneos. Caracterizam-se por possuir bordos pequenos e bem demarcados, com múltiplas caneluras e molduras na face interna, e fundos com pés moldurados na face externa. Em consonância com estas características morfológicas, a grande maioria dos óvulos presentes nestes fragmentos enquadram-se nos tipos de óvolus estudados da colecção de F. Hermet e D. Rey (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 69-78 ; fig. 1). Apesar do elevado estado de fragmentação que estes vasos sofreram constata-se o predomínio da decoração metopada com representação da Cruz de Stº André, separada por outros elementos florais (nº 49) e repertórios figurativos humanos (nº 34; 56-57) bem conhecidos no património iconográfico da época clássica. A representação de grinaldas, muito comum na forma anterior, está presente apenas em dois fragmentos desta forma (nº 54-55). Se levarmos em consideração estas decorações, verificamos que a maior parte destes fragmentos se enquadra no período de “transição” (nº 35-37; 39-49, 51-52; 54-55; 57; 5961). Dos restantes fragmentos, um enqua184

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dra-se no período primitivo, cinco no período de “esplendor” (nº 33-34; 38; 50) e dois fragmentos de cronologia mais tardia, pertencentes ao período da “decadência” (nº 53; 58). 32

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Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 30. Linhas de óvalos de tipo indeterminado. Cronologia: 20-40. Diâmetro: 144 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1721). Id. Linha de óvalos duplos, do tipo FDb (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p.74, Fig.1, p. 76-7), unidos por uma linha ondulada. Entre os óvalos, linguetas inclinadas para a direita, que terminam num pequeno círculo fechado. Parte da decoração do friso superior imperceptível (tratar-se-á de um medalhão ?). O estudo de Dannell, Dickinson e Vernhet (1998), associa este tipo de óvalos a três oleiros: MARTIALIS [i] (período Flávio – Oswald, 1961, p.402), MASCLINVS (?) e MASCLVS (período Cláudio-Inícios de Vespasiano – 1961, p.403). Cronologia: 40-60 Diâmetro: 144. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 2000-0287). Id. Bordo vertical na continuidade da parede e pouco espesso. Linha de óvalos duplos, do tipo CC (D Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 72; Fig. 1, p. 74), unidos por uma linha ondulada, com linguetas finas que terminam em rosetas de oito pétalas. Decoração em métopas separadas por uma Cruz de Stº André que possui um elemento trifoliar característico de oleiros Flávios e pré-flávios (Alarcão, 1975b, p. 77, nº 11, Est. XVII, nº 11). Para a folha de hera encontramos, todavia, paralelo em Knorr (1952: Est. 23, oleiro FELIX, período Cláudio-Vespasiano; vd. Oswald, 1961, p. 120) e nas escavações de VERULAMIUM (Hartley, 1972, p. 221, Fig. 83, nº 5; possivelmente atribuído a MATIALIS: c. de 50-65, p. 222). O quadro está ocupado por arcadas duplas, com “arcos” semi-circulares, característica do oleiro CALVS (Knorr, 1919, Est. 65 H; 1952, Est. 70, G), que inclui, em cada qual, uma figura humana que supomos uma divindade com uma cornucópia (Oswald 1964, Est. XXXIX,

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nº 804). Dois pequenos círculos concêntricos medeiam os “arcos” semi-circulares. Se levarmos em consideração o estudo de Dannell, Dickinson e Vernhet (1998), sobre os óvalos da forma Dragendorff 30 das colecções de Frédéric Hermet e Dieudonné Rey, este tipo de óvalo poderá estar associado a moldes assinados por CALVS (i) = CALVVS (i) (1998, p. 72; Nero-Domiciano, predominantemente Vespasiano – Oswald, 1961, p. 55). Cronologia: 40-60. Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1687). Id. Linha de óvalos duplos, do tipo CC (Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 72, Fig. 1 e p. 74), unidos por uma linha ondulada, com linguetas finas que terminam em rosetas mal desenhadas. Métopa separada por uma linha ondulada que termina numa pequena roseta de oito pétalas, alternada por um friso vertical em folhas (Hermet, 1934, Est. VII, IV e LXXVI, 5; Alarcão, 1975b, p. 77, Est. XVII, nº 12 e p. 133). O quadro está ocupado por um grifo virado à esquerda (Oswald, 1964, Est. XLII, nº 880, p. 69) e vestígios da cabeça de um outro virado à direita. A ausência de painéis e a presença de linguetas finas que terminam em rosetas de oito pétalas, em substituição dos tridentes típicos da época flávia, abonam a favor de uma datação pré-flávia (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 70). De acordo com estudo acima referido (1998), este tipo de óvalo poderá estar associado a moldes assinados por CALVS (i) = CALVVS (i) (1998, p. 72; Nero-Domiciano, predominantemente Vespasiano – Oswald, 1961, p. 55). Cronologia: 6080. Diâmetro: 118 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1688). Id. Linha dupla de óvalos, do tipo FDb (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 74, Fig. 1, p. 77-7). Parede ornamentada com o estilo metopado alternadas com a Cruz de Stº André. O estudo de Dannell, Dickinson e Vernhet (1998), associa este tipo de óvalos a três oleiros: MARTIALIS [i] (período Flávio – Oswald, 1961, p. 402), MASCLINVS (?) e MASCLVS (período

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Cláudio-Inícios de Vespasiano – 1961, p. 403). Cronologia: 60-80. Diâmetro: 147 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1991-1899). Id. Linha dupla de óvalos, do tipo JJ (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 80, Fig.2 e p.81-2), ligeiramente inclinados para a direita. Entre os óvalos, linguetas inclinadas para a direita que terminam numa roseta de sete pétalas bem demarcadas. Abaixo da linha de pérolas uma linha ondulada. O estudo de Dannell, Dickinson e Vernhet (1998), associa este tipo de óvalos a MASCLVS (período Cláudio-Inícios de Vespasiano – Oswald, 1961, p. 403). Cronologia: 60-80. Diâmetro: 136 mm. Proveniência: Sé (N.I.: 2000-0281). Id. Linha dupla de óvalos do tipo FG (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 74, Fig.1 e p. 77). O estudo de Dannell, Dickinson e Vernhet (1998), associa este tipo de óvalos a Sabinus (período Nero-Domiciano – Oswald, 1961, p. 272-74). Da decoração da parede apenas se vê a representação de uma folha. Cronologia: 40-60. Diâmetro: 156 mm. Proveniência: Salvamento na Quinta do Fujacal (N.I.: 2003-0523). Fragmento de parede com início de arranque de bordo. Forma Dragendorff 30. Linha de óvalos duplos, do tipo CC (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 74, Fig.1) ligeiramente inclinados para a direita. Entre os óvalos, linguetas que terminam numa roseta de sete? ou oito? pétalas. A terminar a decoração uma linha de pérolas. O estudo de Dannell, Dickins e Vernhet (1998, p. 72), associa este tipo de óvalos a CALVVS [i] (período Nero-Dominiciano, predominantemente Vespasiano – Oswald, 1961, p. 55). Cronologia: 6080. Proveniência: Hospital (N.I.: 20000288). Id. Linha de óvalos duplos, do tipo GI (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 74, Fig.1). Entre os óvalos, linguetas simples. A terminar a decoração uma linha ondulada. O estudo de Dannell, Dickins e Vernhet (1998, p. 78), associa este tipo de óvalos a SECVNDVS (período Cláudio – Vespasiano – Oswald,

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1961, p. 287-89). Cronologia: 60-80. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 1999-2718). Id. Linha de óvalos duplos, do tipo CC? (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 74, Fig.1) ligeiramente inclinados para a direita. Entre os óvalos, linguetas indeterminadas dado o estado de fragmentação. O estudo de Dannell, Dickins e Vernhet (1998, p. 72), associa este tipo de óvalos a CALVVS [i] (período Nero-Dominiciano, predominantemente Vespasiano – Oswald, 1961, p. 55). Cronologia: 60-80. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2003-0521). Id. Linha de óvalos duplos ligeiramente inclinados para a direita. Entre os óvalos, linguetas que terminam numa roseta. Não atribuímos paralelos dado o estado de fragmentação. Cronologia: 60-80. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N.I.: 2003-1062). Id. Linha de óvalos duplos, do tipo CG (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p.74, Fig.1) ligeiramente inclinados para a direita. Entre os óvalos, linguetas que terminam num elemento trifoliar. O estudo de Dannell, Dickins e Vernhet (1998, p. 73), associa, embora de forma interrogada, este tipo de óvalos a CALVVS [i] (período Nero-Dominiciano, predominantemente Vespasiano – Oswald, 1961, p. 55). Cronologia: 60-80. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2003-1090). Id. Linha de óvalos duplos, do tipo BD (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p.74, Fig.1). O estudo de Dannell, Dickins e Vernhet (1998, p. 72), associa, embora de forma interrogada, este tipo de óvalos a SABINVS (período – Oswald, 1961, p. 272-73). Da decoração da parede apenas se vê parte de um medalhão. Cronologia: 60-80. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2003-1068). Id. Linha de óvalos duplos, do tipo CC (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 74, Fig.1). Entre os óvalos, linguetas que terminam numa roseta pentafoliar?. O estudo de Dannell, Dickins e Vernhet (1998, p. 72), associa este tipo de óvalos a CALVVS [i] (período NeroDominiciano, predominantemente

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Vespasiano – Oswald, 1961, p. 55). Da decoração da parede apenas se vê parte de uma possível arcatura. Cronologia: 60-80. Proveniência: Fujacal (N.I.: 2003-1071). Id. Linha de óvalos duplos, do tipo FDb (vd Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p.74, Fig.1 e p.76-7), unidos por uma linha ondulada. Entre os óvalos, linguetas, ligeiramente inclinadas para a direita, que terminam num pequeno círculo fechado. Parte da decoração do friso superior imperceptível. O estudo de Dannell, Dickins e Vernhet (1998), associa este tipo de óvalos a três oleiros: MARTIALIS [i] (período Flávio – Oswald, 1961, p. 402), MASCLINVS (?) e MASCLVS (período Cláudio-Inícios de Vespasiano – 1961, p. 403). Cronologia: 60-80. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2000-0286). Id. Linha de óvalos duplos, do tipo CC (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 74, Fig.1) ligeiramente inclinados para a direita. Entre os óvalos, linguetas que terminam numa roseta de sete? ou oito? pétalas. O estudo de Dannell, Dickins e Vernhet (1998, p. 72), associa este tipo de óvalos a CALVVS [i] (período NeroDominiciano, predominantemente Vespasiano – Oswald, 1961, p. 55). Cronologia: 60-80. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 2000-0277). Id. Linha dupla de óvalos, do tipo JJ (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p. 80, Fig.2 e p. 81-2), ligeiramente inclinados para a direita. Entre os óvalos, linguetas inclinadas para a direita que terminam numa roseta de sete pétalas bem demarcadas. Abaixo da linha de pérolas uma linha ondulada. O estudo de Dannell, Dickinson e Vernhet (1998), associa este tipo de óvalos a MASCLVS (período Cláudio-Inícios de Vespasiano – Oswald, 1961, p. 403). Cronologia: 60-80. Proveniência: Praia das Sapatas (N.I.: 2003-0527). Id. Friso decorado com motivos alternados representados pela Cruz de Stº André. Cronologia: 60-80. Proveniência: São Geraldo, nº 27-31 (N.I.: 2003-0528). Fragmento de base e pé. Forma Dragendorff 30. Cronologia: 40-60. Diâmetro

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aproximado do pé: 88 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2003-1091). Id. Cronologia: 60-80. Diâmetro do pé: 90 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1999-1666). Id. Cronologia: 60-80. Diâmetro do pé: 81 mm. Proveniência: R. D. Afonso Henrique (N. I.: 2003-1703). Id. Cronologia: 80-120. Diâmetro do pé: 80 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0522). Fragmento de parede. Forma Dragendorff 30. Cronologia: 60-80. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2003-1110). Id. Linha de óvalos duplos, do tipo FDb (vd. Dannell, Dickinson e Vernhet, 1998, p.74, Fig.1, p. 76-7). Entre os óvalos, linguetas inclinadas para a direita, que terminam num pequeno círculo fechado. Parte da decoração do friso superior imperceptível (tratarse-á de um medalhão ?). O estudo de Dannell, Dickinson e Vernhet (1998), associa este tipo de óvalos a três oleiros: MARTIALIS [i] (período Flávio – Oswald, 1961, p. 402), MASCLINVS (?) e MASCLVS (período Cláudio-Inícios de Vespasiano – 1961, p. 403). O estilo geral da decoração está associado ao repertório figurativo de MASCVLVS (vd. Knorr, 1952, Est. 36 A ; Hartley, 1972, p. 226, nº 33 e p. 228, Fig. 85). Cronologia: 60-80. Proveniência: Braga sem Contexto (N. I.: 2003-1066). Id. Da decoração em métopas resta a parte inferior de uma figura humana que preenche uma métopa (provavelmente um sátiro; vd. Déchelette, 1904, p. 315, com a marca do oleiro CALVS F; cf. Oswald e Pryce, 1966, Est. XXXIII, nº 11). A ladear esta decoração um motivo arbóreo que termina num botão encurvado com folhas na parte superior. Paralelo perfeito, excepto para os terminais, em Knorr (1952, Est. 70, nº F, oleiro CALVS, Nero-Vespasiano cf. Oswald, 1961, p. 54-55). Uma linha ondulada termina a decoração. Cronologia: 40-60. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1686). Id. Dupla representação da Cruz de Stº André mediada por uma figura nua masculina com um instrumento musi-

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cal conhecido no repertório figurativo de MARSVS. O motivo ornamental da Cruz de Stº André encontra paraleos aproximados em formas Dragendorff 29 assinadas por Passienus (Oswald e Pryce, 1966, p. 66 e 130, Est. XXXVII, nº 7). Cronologia: 60-80. Proveniência: Hospital (N. I.: 1999-1689). Id. Decoração com estilo metopado ornamentado com motivos em flecha e a imagem de um gladiador conhecido no repertório figurativo de Mercator. Cronologia: 80-120/150. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-1076). Id. Da decoração apenas se vê parte de uma Cruz de Stº André e a representação de um animal indeterminado. Cronologia: 60-80. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-0526). Id. Da decoração apenas se vê parte de uma Cruz de Stº André e a representação de um animal, provavelmente um cão. Cronologia: 60-80. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-1733). Id. Da decoração apenas se vê parte de um medalhão. Cronologia: 60-80. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-1061).

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A forma Drag. 37 é pouco abundante na cidade, reduzindo-se a nove fragmentos, um dos quais proveniente de Montans. À semelhança das formas anteriores, os exemplares desta forma encontram-se excessivamente fragmentados. Apesar deste senão, reconhecem-se alguns dos motivos decorativos presentes nas formas anteriores, designadamente a representação de festões (nº 62; 64), as composições metopadas (nº 66) e as grinaldas simples (nº 65) ou associadas a medalhões (nº 63). Destaca-se o fragmento nº 63 ilustrado com a decoração de um génio alado, cuja associação com os restantes elementos decorativos permite afirmar que estamos na presença de um vaso saído da oficina de Germanus. Com excepção do fragmento proveniente de Montans com a representação de uma grinalda (nº 73), comum no período flávio daquela produção, os restantes fragmentos datam dos períodos de “transição” (nº 62; 64) e de “decadência” (nº 63; 65-66).

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Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 37. Óvalos duplos e largos, com lingueta trífida muito fina, característicos do período flávio iguais a óvalos numa forma Dragendorff 37 assinada por Ianus (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 144, Est. XXX, nº 123). Cronologia: 60-80. Diâmetro: 185 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-1072). Fragmento de parede. Forma Dragendorff 37. Decoração constituída por uma Cruz de Stº André, um medalhão com a representação de um génio alado e um elemento metopado. A transição para a base faz-se por um pequeno friso decorado por motivos em S separados por uam linha ondulada. Estes motivos são típicos da oficina de Germanus (vd. Tondre-Boillot, 1985, p. 232-33, Est. XLVII, nº 560; Bourgeois e Mayet, 1991, p. 125, quadro 48, nº 2600 e p. 185, Est. XXVI). Cronologia: 80-120. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20031067). Id. Decoração constituída por festões com folhas cordiformes aderentes característicos do repertório figurativo de MEDDINOS (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 69, Est. IV, nº 9, p. 66 e 130, Est. XXXVII, nº 65). Cronologia: 6080. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2003-1087). Id. Da decoração apenas se vê um pequeno friso inferior junto à base constituído por grinaldas trifoliadas (vd. Tondre-Boillot, 1985, Est. XLIX, nº 612). Cronologia: 80-120. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1075). Id. Decoração metopada sendo apenas visível uma grande folha de palma com caule na extermidade. Cronologia: 80120. Proveniência: Maximinos (sem número).

A forma Hermet 9 apenas está representada por quatro fragmentos. Na verdade, esta presença é significativa se levarmos em consideração que esta forma não é particularmente abundante em contextos de produção e particularmente rara em locais de consumo. Trata-se de modelos fabricados no período de Cláudio a Vespasiano, com particular incidência na época de “transição” estabeleci188

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da para La Graufesenque. Os fragmentos de Braga possuem os dois tipos de perfil conhecidos nesta forma: parede superior rectilínea e bordo não esvasado (nº 68-69), como o vaso publicado por Hermet para La Graufesenque (1934, Est. 4); parede superior e bordo ligeiramente esvasados (nº 67), idêntico ao exemplar recolhido em Belo (Bourgeois e Mayet, 1991, p. 127, nota 168, e p. 188, Pl. XXIX, nº 2899) e ao exemplar apresentado na tipologia elaborada por A. Vernhet para La Graufesenque. O tipo de fabrico, a decoração, e a recolha destes exemplares juntamente com um exemplar da forma Haltern 16, datável de 20 a 40, sugere uma cronologia assaz antiga para estas formas, situada nos inícios da produção, a partir de 40 Como é habitual neste tipo de formas a decoração está representada por um único friso ricamente decorado com motivos metopados. 67

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Fragmento de fundo e parede. Forma Hermet 9. Cronologia: 40-55. Diâmetro do pé: 37 mm Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2001-0975).

Como vimos, no rol das produções decoradas provenientes de La Graufesenque figura ainda um pequeno fragmento da forma Knorr 78 (nº 71). Trata-se, à semelhança da forma anterior, de uma forma pouco frequente em locais de produção e de consumo. Esta forma caracteriza-se por possuir uma parede com um perfil idêntico à forma Drag. 30 e um tipo de decoração idêntica aos vasos hemisférios Drag. 37. O estilo decorativo da peça de Braga, representado por uma decoração metopada, pode ser situado entre os finais do período de “transição” e os inícios do período de “decadência”, data conhecida para a produção destas formas.

Forma Hermet 9. Friso ornamentado com arcaturas e carena decorada com rosetas de nove pétalas. Cronologia: 40-55. Diâmetro: 102 mm Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2001-0963). Id. Friso dividido por painéis triangulares. Os painéis que incluem os medalhões segmentados com a representação de lebres no seu interior (posicionadas alternadamente à esquerda e à direita) estão preenchidas por pequenos círculos conhecidos na produção de La Graufesenque (Hermet, 1934, Est. 35, nº 16); os painéis opostos estão divididos por três linhas verticais de pérolas que incluem linhas idênticas de menor dimensão que terminam em botões encurvados. A carena, demarcada por duas linhas de pérolas, está preenchida por uma pequena grinalda trifoliar com dois a três elementos ornamentais de ligação. Cronologia: 40-55. Diâmetro: 116 mm Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2001-0651). Id. Friso com decoração metopada dividida por lihnas verticais formadas por pequenas pérolas. No interior de uma das métopas um medalhão segmentado com a representação de uma lebre à esquerda. A carena está preenchida por simples motivos em aspa. Cronologia: 40-55. Diâmetro: 89 mm Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2001-0976).

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Fragmento de bordo e parede. Forma Knorr 78. Friso com decoração metopada com duas linhas verticais onduladas de separação. Entre as métopas três elementos circulares de separação dispostos na vertical. Cronologia: 70-90. Diâmetro: 80 mm Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0520).

Os fragmentos decorados atribuídos às oficinas de Montans estão, como referimos, apenas representados por dois fragmentos, um da forma Dragendorff 30 e um outro da forma Dragendorff 37. A pouca expressão desta cerâmica em Braga está, aliás, de acordo com a sua fraca presença no actual território português, onde apenas se documentou pequenas quantidades no altentejo - na uilla do Monte de Cegonha, em Represas (Lopes, 1994, p. 37) e na Tourega (Pinto, Dias e Viegas, no prelo) – e na Alcáçova de Santarém (Viegas, 2003, p. 102) e Monte Mozinho (Carvalho, 1998, p. 66). 72

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Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 30. Fiada de óvalos duplos e vestígios de decoração metopada. Cronologia: 60-80. Diâmetro: 149 mm Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1125). Fragmento de parede. Forma Dragendorff 37. Da decoração apenas se vê uma grinalda. Cronologia: 60-80. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1769).

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Os pratos da forma Drag. 17 b representados por quatro fragmentos (nº 78-80), parece inspirarem-se na variante itálica Consp. 20.4.4 (= Goud. 39c; Pucci X, 17-21; 30-33). De acordo com características do fabrico, poderá atribuir-se-lhes uma cronologia tiberioclaudiana. A presença de um motivo aplicado em forma de espiral num destes fragmentos (nº 80) encontra paralelo num exemplar recolhido em Mainz, assinado por Salvetus (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 174, Pl. XLII, nº 10).

4.2.2 Formas lisas Com excepção dos quatro fragmentos provenientes de Montans (três dos quais lisos) e do fragmento oriundo de Lezoux, os vasos lisos de La Graufesenque recolhidos em Braga fornecem um conjunto significativo de formas, com cerca de 651 fragmentos correspondentes a 22 formas distintas. Como se vê na Fig. 46, as formas mais representadas correspondem às formas Drag. 24/25, 15/17 (21, 81 %), 27 e 18/31. As outras formas têm uma presença que se pode considerar residual.

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Id. Forma Dragendorff 17b. Cronologia: 25-45. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-1694). Id. Forma Dragendorff 17b. Cronologia: 30-50. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1664). Id. Forma Dragendorff 17b. Cronologia: 30-50. Diâmetro: 177 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1659).

Os modelos mais antigos desta produção estão representados por formas que se inspiram directa ou indirectamente nos modelos itálicos, vinculadas à fase “primitiva” situada no período de Tibério-Cláudio, em particular entre 20 e 40.

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A forma Ritt. 1 (nº 74-75), directamente inspirada no tipo itálico Consp. 4.4 (= Haltern 4 a, Goud. 19; Pucci VI, 6-7), apenas está presente por dois fragmentos de parede. O tipo de fabrico e a parede ligeiramente esvasada com bordo bem demarcado de um dos exemplares permite-nos situá-lo no período de Cláudio (nº 75).

A forma Drag. 16, apesar da sua extrema raridade em locais de produção e consumo, está representada na cidade por três fragmentos (nº 81-83), um dos quais com marca e perfil completo (nº 83). A derivação itálica desta forma a partir de algumas variantes augustanas do tipo Consp. 12 (=Haltern 1/Ib; Goudineau 17; Pucci VIII, 2-4;), sendo possível, não é totalmente convincente. Os exemplares de Braga, com um bordo convexo em contra curva em relação à parede, côncava, forma uma espécie de moldura externa, típica da forma Drag. 15/17. É de salientar o exemplar de perfil completo acima referido, com a assinatura do oleiro Manduilus, que laborou em La Graufesenque no período de Tibério-Cláudio, dado que até à data apenas se conhecia a assinatura deste oleiro em formas Drag. 18, 29 e 31.

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Fragmento de prato. Forma Ritterling 1. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1998-0920). Id. Forma Ritterling 1. Cronologia: 5570. Diâmetro: 140 mm Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-1700).

A forma Drag. 2/21 (nº 76-77), mais estandardizada do que a anterior, está igualmente representada por dois fragmentos, com um fabrico datável de meados a finais do reinado de Tibério. 76

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Id. Forma Dragendorff 2/21. Cronologia: 20-40. Diâmetro: 178 mm. Proveniência: Fonte do Ídolo (N. I.: 20031111). Id. Forma Dragendorff 2/21. Cronologia: 20-40. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 1999-1720).

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Id. Forma Dragendorff 16. Cronologia: 30-50. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1667). Id. Forma Dragendorff 16. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 132 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1590). Forma Dragendorff 16. Marca: nº 29. Cronologia: 41-54. Altura: 39 mm. Diâmetro: 160 mm. Diâmetro do pé: 78 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1996-0532).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

A forma Drag. 4/22, inspirada na forma itálica Consp. 29 (=Pucci XXXIX, 1-4), está presente na cidade por dois pequenos fragmentos (nº 84-85) com um fabrico datável dos períodos Tibério-Cláudio e Cláudio. 84

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Fragmento de prato. Forma Dragendorff 4/22. Cronologia: 30-50. Diâmetro: 137,5 mm. Proveniência: R. São Sebastião, nº 1-19 (N. I.: 2003-1142). Id. Forma Dragendorff 4/22. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-1118).

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A forma Drag. 15/17 está bem representada por 142 fragmentos (nº 86-110). Vinculadas à fase “primitiva” salientamse dois fragmentos de prato da forma Drag. 15/17 (nº 86-87) que possuem fortes afinidades com pratos e travessas da produção de terra sigillata itálica, designadamente a forma Consp. 19.2.1 (= Haltern 3 B; Goudineau 28; Pucci IX-XI, 1.3.4.5.6.7; Ettlinger 1983, pl. 7, 8-11 e pl. 22, 1-8) e o protótipo anterior Consp. 18.2.1 (=Haltern 2 A; Goudineau 36 A; Pucci X, 3-9). Alguns fragmentos datados do reinado de Cláudio diferenciam-se pelo facto de possuírem um maior diâmetro e um bordo ligeiramente mais esvasado (nº 95-97). Com excepção de alguns fragmentos ainda pertencentes à fase “primitiva” e outros de cronologia mais tardia, situada já no período de “transição”, a maioria dos fragmentos da forma Drag. 15/17 pertence ao designado período de “esplendor”, entre cerca de 40 a 60. Como é apanágio desta forma os fragmentos recolhidos na cidade possuem uma variabilidade de molduras e finas caneluras na face externa da parede.

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Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 27 a. c.-14. Diâmetro: 280 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1996-0446). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 14-37. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Braga sem Contexto (N. I.: 2003-1114). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 40-50. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1761).

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Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 30-45. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20031722). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 45-70. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20011178). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 41-64. Diâmetro: 178 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20011173). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-1246). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20031725). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 20031106). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 40-60. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1999-1604). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 245 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1663). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 390 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1602). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 45-70/80. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20010404). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 45-70/80. Diâmetro: 161 mm. Proveniência: Hospital (N. I.: 19991601). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 45-70/80. Altura: 38 mm. Diâmetro: 175 mm. Proveniência: Jardins da Misericórdia (N. I.: 1998-1456). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 45-70/80. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Largo São Paulo (N. I.: 2002-1262). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 45-70/80. Altura: 39 mm. Diâmetro: 181 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2001-0964).

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Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-70/80. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19991257). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-70/80. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20011197). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-70/80. Diâmetro: 156 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 20021257). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 60-90/100. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20021245). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-80. Altura: 43 mm. Diâmetro: 164 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2000-1000). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20011203). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 161 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-1101). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 168 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2002-1254).

fragmento de fundo com decoração roletada datado do período de “decadência” (nº 142) e um fragmento de fundo proveniente de Montans com marca mutilada (marca nº 91). 111

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A forma Drag. 18/31, que julgámos directamente inspirada no tipo itálico Consp. 3.1.1 e 3.1.2 (= Goudineau 34; Pucci XIII, 1-10; XIX, 9-16), está maioritariamente representada na cidade por 208 fragmentos (nº 111-142). Com excepção de um pequeno fragmento com uma parede pouco encurvada e lábio saliente e arredondado (nº 125), os restantes fragmentos possuem em comum uma parede encurvada, esvasada ou ligeiramente esvasada. Além das seis marcas presentes em exemplares deste tipo é possível que alguns dos fragmentos indeterminados com marca de oleiro possam pertencer a esta forma, dado que, à semelhança da forma anterior, a forma Drag. 18/31 era frequentemente assinada. Deste vasto conjunto de fragmentos deve ainda salientar-se a presença de um fragmento de fundo marmoreado (nº 134), um

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Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1107). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 41-54. Altura: 34 mm. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 1999-0606). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-1248). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 258 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1112). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 240 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2002-1244). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 265 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1117). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 320 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1119). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 340 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1120). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 364 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1115). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 360 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2000-0547). Id. Forma Dragendorff 18/31. Marca: nº 34. Cronologia: 41-54. Diâmetro do pé: 85 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1991-1734). Forma Dragendorff 18/31. Marca: nº 53. Cronologia: 45-69. Diâmetro: 162 mm. Altura: 39 mm. Diâmetro do pé: 90 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1991-1735). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1191).

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Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-1249). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2002-1261). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-1250). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1190). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1176). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1184). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2002-1255). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 80-140. Diâmetro: 198 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2002-1268). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-1763). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 120-150/160. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2002-1253). Id. Forma Dragendorff 18/31. Marmoreada. Cronologia: 41-54. Diâmetro do pé: 102 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1661). Id. Forma Dragendorff 18/31. Marca: nº 22. Cronologia: 41-54. Diâmetro do pé: 90 mm. Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 1991-1808). Id. Forma Dragendorff 18/31. Marca: nº 44. Cronologia: 70-79. Diâmetro do pé: 85 mm. Proveniência: R. Damião de Góis, nº 8 – Lote 47 (N. I.: 1991-1803). Id. Forma Dragendorff 18/31. Grafito: nº 18. Cronologia: 50-70/80. Diâmetro do pé: 76 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1578). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 81-96. Diâmetro do pé: 90 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1999-1657). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 81-96. Diâmetro do pé: 100 mm.

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Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20011198). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 81-96. Diâmetro do pé: 140 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1999-1349). Id. Forma Dragendorff 18/31. Grafito: nº 19. Cronologia: 69-96. Diâmetro do pé: 80 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1123). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 80-140. Diâmetro do pé: 131 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20031103).

A forma Ritt. 5 está representada na cidade por três fragmentos (nº 143-145), um dos quais completo (nº 144). Esta forma inspirase nas variantes itálicas do tipo Consp. 22 (= Haltern 8 Ab e 9; Goudineau 27, 37 a; ~ Pucci XXV, 8). Os exemplares de Braga afastamse ligeiramente dos protótipos desta forma dado possuírem um bordo vertical semelhante às suas congéneres gálicas Ritt. 9 e a alguns exemplares itálicos tipo Consp. 23.2. 143

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Fragmento de tigela. Forma Ritterling 5. Cronologia: 30-50. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2003-1096). Forma Ritterling 5. Cronologia: 30-50. Alt.: 40 mm; Diâmetro: 73 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 19911402). Fragmento de tigela. Forma Ritterling 5. Cronologia: 30-50. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1701).

Unicamente representada por um exemplar (nº 146) temos um fragmento da forma Herm. 31 que encontra um paralelo aproximado num exemplar recolhido em Belo (Bourgeois e Mayet, 1991, p. 86, Pl. XIV, nº 15). A semelhança formal desta forma com vasos itálicos Consp. 28 é deveras sugestiva. 146

Id. Hermet 31. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: R. Damião de Góis (N. I.: 2003-1767).

A forma Ritt. 9, ao que julgámos directamente inspirada em protótipos itálicos do tipo 193

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Consp. 27. 1 e 27. 2 (= ~Haltern 15; Goudineau 41b; Pucci XXIX, 7, XXIX 10-14), está representada por sete exemplares (nº 147-149). Além da produção marmoreada presente num destes fragmentos (nº 148), destaca-se a presença de uma marca de leitura incerta (nº 147). Saliente-se que, até à data, as marcas registadas em exemplares deste tipo correspondem única e exclusivamente a oleiros de La Graufesenque (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 170, Pl. XXXIX; Hofmann, 1986a, p. 60). 147

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Id. Ritterling 9. Cronologia: 31-54. Diâmetro do pé: 55 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1991-1733). Id. Ritterling 9. Marmoreada. Cronologia: 31-54. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1999-1636). Id. Ritterling 9. Cronologia: 41-54. Diâmetro aproximado: 107 mm. Diâmetro do pé: 107 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1999-1721).

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155 Como se vê na Fig. 46, a forma Drag. 24/25 está bem representada na cidade com 133 fragmentos (nº 150-177). Trata-se de uma forma directamente inspirada nos modelos itálicos Consp. 33 (= Haltern 12; Goudineau 38 a; Pucci, XXXVII, 1-2, XXXVII, 7 e 8?, XXXVII 12, XXIX, 8) e Consp. 34 (= Goudineau 38 b; Pucci XXXVIII, 3-6; XXXVII, 9-11) e que possui grande variedade de perfis e diâmetros. Com excepção de dois pequenos fragmentos de bordo (não ilustrados) provenientes de Montans, a totalidade dos fragmentos desta forma provém de La Graufesenque, um dos quais (não ilustrado) pertence à produção marmoreada. A quase totalidade destes fragmentos possuem uma monótona decoração roletada na face externa do bordo, variando de acordo com o gosto e posicionamento dos instrumentos utilizados pelos oleiros. Os modelos lisos, não sendo necessariamente os mais antigos, apenas estão representados por dois exemplares (nº 173; 176), um dos quais completo (nº 176) e, ao contrário do que é habitual, sem marca de oleiro. Como seria de esperar a grande maioria dos fragmentos desta forma pertencem ao designado período de “esplendor”, entre cerca de 40 a 60.

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Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 14-37. Diâmetro: 107 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 19991669). Id. Forma Dragendorff 24/25. Marca: nº 87. Cronologia: 41-54. Altura: 37 mm. Diâmetro: 80 mm. Diâmetro do pé: 36 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1323). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 76 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1991-1888). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Altura: 36 mm. Diâmetro: 81 mm. Diâmetro do pé: 40 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1998-1455). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Altura: 30 mm. Diâmetro: 73 mm. Diâmetro do pé: 37,5 mm. Proveniência: Misericórdia (N. I.: 20000085). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1174). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Altura: 38 mm. Diâmetro: 74 mm. Diâmetro do pé: 30 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2001-1009). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1991-1885). Id. Forma Dragendorff 24/25. Marmoreada. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-1741). Id. Forma Dragendorff 24/25. Marca: nº 37. Cronologia: 41-54. Diâmetro do pé: 34 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1802). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-64. Alt: 35 mm. Diâmetro: 84 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1996-0534). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-1126). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1991-1884).

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A forma Drag. 27, a quarta forma mais frequente na cidade, conta com 123 fragmentos com diferentes perfis e dimensões (nº 178194). Como acontece com a maioria das formas gálicas produzidas em La Graufesenque, esta forma inspira-se em modelos itálicos, designadamente nas diferentes variantes do tipo Consp. 31 (= Haltern 11; Goudineau 32b). Em Braga os perfis com lábio triangular estão presentes na fase “primitiva” e de “esplendor”; os restantes, com um lábio de secção arredondada, datam do período de “transição” e “decadência”. A presença de caneluras ao nível do ângulo externo dos pés na quase totalidade dos fragmentos, revelam o predomínio de formas enquadráveis nas primeiras fases de produção, em particular do período de “esplendor”. A comprová-lo alguns dos exemplares com marca presentes nestes fragmentos (nº 188-189; 192-193). Como é frequente neste tipo de formas de pequenas dimensões, as marcas estão assinaladas de forma abreviada.

Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 141 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-1102). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 45-70. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20011175). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20010402). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Altura: 379 mm. Diâmetro: 80 mm. Diâmetro do pé: 34 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1996-0535). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 45-70. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1999-1735). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 69 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2002-1263). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 45-70. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2002-1243). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-0403). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 112 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2002-1256). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 116 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2002-1259). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 115 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1999-1733). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1999-1734). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 50-70. Altura: 37 mm. Diâmetro: 79 mm. Diâmetro do pé: 39 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19940905). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 45-70. Diâmetro: 69 mm. Diâmetro do pé: 35 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1991-0716). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 45-70. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1180).

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Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 20-40. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1762). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 84 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2000-1035). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Antigas Escasvações (N. I.: 1999-1603). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 41-54. Diâmetro da parte mais larga: 107 mm. Proveniência: Maximonos (N. I.: 2002-1258). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1999-1658). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2002-1251). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1177). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 84 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1192). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2002-1252).

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Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2000-1015). Id. Forma Dragendorff 27. Marca: nº 36. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 36 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1784). Id. Forma Dragendorff 27. Marca: nº 14. Cronologia: 70-79. Diâmetro: 36 mm. Proveniência: Leste da Casa da Bica (N. I.: 1991-1726). Id. Forma Dragendorff 27. Marca: nº 85. Cronologia: 41-54. Diâmetro do pé: 50 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-1444). Id. Forma Dragendorff 27. Marca: nº 74. Cronologia: 41-68. Diâmetro do pé: 34 mm. Proveniência: Misericórdia (N. I.: 2002-2044). Id. Forma Dragendorff 27. Marca: nº 2. Grafito: R. Cronologia: 45-70. Diâmetro: 54 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1351). Id. Forma Dragendorff 27. Marca: nº 19. Cronologia: 54-68. Diâmetro do pé: 35 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1991-1806). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 40-60. Diâmetro do pé: 45 mm. Proveniência: Hospital (N. I.: 2002-1269).

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Id. Forma Dragendorff 33. Marca: nº 61. Cronologia: 50-90/100. Altura: 33 mm. Diâmetro: 80 mm. Diâmetro do pé: 33 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1324). Id. Forma Dragendorff 33. Cronologia: 15-30. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1744). Id. Forma Dragendorff 33. Cronologia: 80-100/120. Diâmetro da parte mais larga: 133 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1768).

O número reduzido de fragmentos enquadráveis nas formas Drag. 35 e 36, relativamente a outras formas clássicas bem documentadas, acompanha a quebra de importações de terra sigillata do Sul da Gália a partir da época flávia. No total estas formas apenas estão representadas por 2 fragmentos da forma Drag. 35 (nº 198-199) e oito fragmentos da forma Drag. 36 (nº 200-202). Apesar de encontrarmos alguns afinidades entre estas formas e alguns exemplares itálicos das formas Consp. 39, 43 e 44, a ausência em La Graufesenque de formas afins de imitação de terra sigillata datada do período augusto-tiberiano (2002, p. 45-104) e a produção mais tardia destas formas nos períodos “primitivo” e de “esplendor” aconselha prudência na atribuição de protótipos itálicos. O que podemos certamente aceitar é que estas formas tenham feito parte de um conjunto utilizado como “serviço” criado em La Graufesenque no período flávio ou num momento de transição para este período (Vernhet, 1976).

A forma Drag. 33 está representada apenas por três fragmentos (nº 195-197), um dos quais completo e com a marca Vadus (nº 195). É curioso assinalar que este exemplar possui características morfológicas que permitem situá-lo no período de “transição”: possui o típico ressalto situado entre a junção interna da parede e fundo externo, típico dos exemplares pré-flávios, e uma parede ligeiramente côncava, característica dos exemplares mais tardios enquadrados em pleno período de “transição” e “decadência”. Não sendo totalmente convincente, a derivação itálica desta forma a partir de algumas variantes augustanas do tipo Consp. 15 (= Haltern 10 a; Goudineau 29; 32 a; Pucci XXII, 1-14, XXIII, 1) é sugerida por uma produção de imitação de terra sigillata datada em La Graufesenque do período de Augusto a Tibério (Gennin, Hoffmann e Vernhet, 2002, p. 51 e 81, Fig. 28, nº 3-7).

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Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 85 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 2003-1100). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 69 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-1729). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 45-70/80. Diâmetro: 189 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1195). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 20021267).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

202

Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 69-96. Diâmetro: 270 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-0405).

vez acentuar a diversidade das importações oriundas do Sul da Gália. A qualidade de fabrico destes fragmentos e a ausência de motivos decorados a barbotina na aba permitem datar estes exemplares dos inícios da produção desta forma, entre o período de Nero e os inícios da dinastia flávia. A evolução desta forma a partir de protótipos de mortaria oriundos de Itália no período de Augusto foi proposto na já clássica obra de F. Oswald e D. Pryce (1966, p. 210-211).

A forma Ritt. 14a está apenas representada por um pequeno fragmento marmoreado datável dos finais do reinado de Nero a inícios de Vespasiano (nº 203). A presença deste exemplar é, no entanto, de salientar dado tratar-se de uma forma pouco frequente nos centros de produção e de consumo. À semelhança das formas anteriores a variante b desta forma passa no período flávio a fazer parte de um dos ”serviços” estabelecidos por Alain Vernhet (1986, p. 99-100) para La Graufesenque.

205

206 203

Id. Forma Ritterling 14 a. Marmoreada. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 88 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20031095).

O fragmento da forma Curle 11 (nº 207) recolhido na cidade deriva da forma precedente. À semelhança daquela, trata-se de uma forma pouco produzida, sendo inclusivamente rara em La Graufesenque. A presença da moldura interna do bordo associada à aba ligeiramente abaulada e sem decoração em barbotina poderia fazer supor tratar-se da forma Ritt. 12. Todavia, a análise atenta das características de fabrico e o diâmetro da peça permitem situá-la nos inícios do século II. Encontrámos para este exemplar um paralelo aproximado num fragmento recolhido em Belo que possui uma aba lisa e é igualmente datado dos inícios do século II (Bourgeois e Mayet, 1991, p. 94, nº 1200).

Igualmente representado por um exemplar recolheu-se ainda na cidade um pequeno fragmento de tinteiro (nº 204). Trata-se de um exemplar da forma Herm. 18, denominado em grafitos por atramentaria (atramitari) (Hermet, 1934, p. 320; Marichal, 1998, p. 81 e 84; Bourgeois e Mayet, 1991, p. 84). Os exemplares deste tipo, raros inclusivamente nos locais de produção, inspiramse nos protótipos itálicos do tipo Consp. 51. 3 (= Haltern 38; Ritterling 13; Pucci XLVI) e encontram paralelos aproximados em exemplares de bronze e faiança azul do Egipto (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 209). A reconstituição em desenho deste fragmento baseou-se na semelhança de perfil e de diâmetro entre este fragmento e um exemplar completo recolhido em Hofheim e apresentado por Ritterling com o número 13 da sua tabela (1966, p. 209, Pl. LXX, nº 3). 204

Fragmento de tigela. Forma Ritterling 12. Cronologia: 45-70. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1662). Id. Forma Ritterling 12. Cronologia: 5070. Diâmetro: 195 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-0407).

207

Id. Forma Curle 11. Cronologia: 100110. Diâmetro: 342 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2002-1247).

A diversidade de formas provenientes de La Graufesenque, comparativamente ao número total de exemplares, não deixa de ser surpreendente. Na verdade, a presença de dois outros fragmentos enquadráveis nas formas Hermet 25 (nº 208) e Haltern 16 (nº 209), são de total interesse dado a sua extrema raridade nos locais de produção. O fragmento da forma Haltern 16, directamente inspirado no tipo itálico Consp. 50.3.1 (= Oberaden 12B; Pucci XLI, 2-3), é muito interessante, dado reunir características

Fragmento de tinteiro (atramentarium). Forma Hermet 18. Cronologia: 41-54. Diâmetro: 88 mm. Diâmetro do pé: 80 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1999-1665).

A recolha de dois fragmentos da forma Ritt. 12 (nº 205-206), uma forma com uma produção muito limitada no tempo e produzida em reduzidas quantidades, vem mais uma 197

As Cerâmicas Finas de Mesa

híbridas pertencentes a cada um dos vasos apresentados por Alain Vernhet para exemplificar esta forma (1986a, p. 98): possui uma decoração em banda executada a guiloché situada a meio da parede, idêntica a um destes exemplares que possui duas bandas com o mesmo tipo de decoração, e uma parede carenada na transição para a base (acentuada por uma pequena canelura e moldura de transição), característica do outro exemplar. 208

209

das formas decoradas e lisas sem assinatura, a quase totalidade das marcas corresponde a oleiros documentados em La Graufesenque. A única excepção corresponde a um fragmento da forma Drag. 18/31 atribuível a Montans, cuja leitura se encontra mutilada (nº 91). Igualmente, se tentarmos enquadrar as marcas recolhidas em Braga dentro das fases estabelecidas por Hermet para La Graufesenque, vemos que a grande maioria pertence ao período de “esplendor” com 35 marcas. Seguemse-lhes em número 24 marcas integráveis no período de “transição”, 12 marcas vinculadas ao final deste período e os inícios do seguinte e 13 marcas no período de “decadência” propriamente dito. Dos inícios de produção deste centro, associada ao designado período “primitivo”, apenas se conhecem três marcas. Como se vê na Fig. 47, as 65 marcas legíveis atribuídas a oleiros correspondem a 45 oficinas, dado que alguns oleiros estão representados por duas, três ou quatro marcas. É o caso de Firmo, Iunius, Manduilus, Murranus, Niger e Secundus, com duas marcas, Bio, com três marcas, Primus e Mommo com quatro marcas e, finalmente, Sabinus com cinco marcas. A marca Vitalis, está representada por duas gerações de oleiros. Além da referida marca mutilada da forma Drag. 18/31 proveniente de Montans, destacam-se ainda as marcas Capito(tus?), Mn Celer, Gainnus, C. Nonus e Vadus, apenas mencionadas por Oswald como marcas do Sul da Gália (1964), e que nos parecem poder atribuirse ao centro produtor de La Graufesenque. Na verdade, se atentarmos nas características de fabrico destes fragmentos e levarmos em consideração que a quase totalidade dos fragmentos do Sul da Gália até à data recolhidos na cidade provém de La Graufesenque, poder-se-ia admitir que estes oleiros laboraram neste centro. A estas caberia ainda acrescentar uma marca inédita de controversa e difícil leitura, IAHIII (nº 21), para a qual admitimos poder tratar-se de um oleiro conhecido, mas de leitura incerta dada a deficiente aplicação do punção.

Id. Forma Hermet 25. Cronologia: 4154. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-1113). Fragmento de copo. Forma Hermet 16. Cronologia: 20-40. Diâmetro: 84 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2001-1257).

Igualmente curiosa é a presença de um pequeno fragmento moldado com a representação de uma cabeça de leão (nº 210). Tratase de um fragmento de mortarium da forma Drag. 45 fabricado em Lezoux, o maior centro de produção de terra sigillata no centro da Gália. Apesar da vasta difusão destes produtos em toda a parte do Norte do Império Romano, eles escasseiam no Sul da Gália e, em particular, na Península Ibérica e em Itália (vd. Bet e Vertet, 1986, p. 141 e 143). De acordo com as características de fabrico o fragmento recolhido em Braga enquadra-se no momento auge de produção destas formas, situada nas primeiras décadas do século II. 210

Fragmento de almofariz (mortarium). Dragendorff 45. Cronologia: 150-200. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-1079). 4.2.3 Marcas

Das 91 marcas até à data recolhidas na cidade foi possível identificar 65 nomes de oleiros, um dos quais indeterminado (nº 21). O excessivo estado de fragmentação dos vasos recolhidos na cidade explica que apenas tenha sido possível atribuir uma forma a 20 fragmentos com marca. É o caso das formas Drag. 27 e 18/31, ambos com sete fragmentos, da forma 24/25 com dois fragmentos e das formas Drag. 29 b, 16, 33 e Ritt. 9, com apenas um fragmento cada. Como seria de esperar, à semelhança

1

198

SUL DA GÁLIA AMANDVS AND Pequena cartela rectangular de ângulos arredondados (16 x 5,5 mm). Provenien-

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

2

te do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca com letras altas e nítidas: AND. Barra do A oblíqua e N retro em nexo com o D. Trata-se do oleiro AMANDVS bem documentado em La Graufesenque (Oswald, 1964, p. 14) e igualmente conhecido em Montans (Durand-Lefèbure, 1946, p. 136-91; Martin, 1986, p. 60, Fig. 2 A), Banassac (vd. Laubenheimer, 1979, p. 107, nota 1; Hofmann, 1986b, p. 108, Fig. 10) e, num período mais tardio, em Rheinzabern (Oswald e Pryce, 1966, p. 49). Segundo F. Oswald (1964, p. 14, Add. 423) este oleiro laborou no período de Tibério-Vespasiano. Fanette Laubenheimer (1979, p. 106) refere, de acordo com indicações de A. Vernhet, que AMANDVS trabalhou como decorador no período Flávio, mais precisamente na época de Domiciano. Trata-se, efectivamente, de duas gerações de oleiros, um a laborar entre 20 e 70 e outro entre 80 e 120 (Bourgeois e Mayet, 1991, p. 150, quadro 55). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período entre 80 e 120. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1711). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 53-4, nº 4, Ests. I e III-IV. Leitura: […]AND. Apesar de incluída nas marcas itálicas, os autores ainda admitem a possibilidade desta peça poder ser um produto gálico ou mesmo hispânico (1984, p. 534). De notar, ainda, a referência dos autores (1984, p. 54) a uma certa analogia entre esta marca e uma marca de AMANDVS encontrada em Volubilis (Laubenheimer, 1979, p. 107, nº 10, Fig. 7). Morais, 1997-98, p. 59 e 63 (quadro VII). Dado como possivelmente gálico. De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. SUL DA GÁLIA (LA GRAUFESENQUE) (i) ALBVS ALBVS · F Cartela rectangular de ângulos arredondados (16 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma taça da forma Dragendorff 27. Marca bem conservada: ALBVS · F. Grafito: nº 1. Trata-se do oleiro (i) ALBVS que laborou em La

3

4

5

199

Graufesenque no período de Cláudio –Nero (Oswald, p. 1964, p. 12). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio-Nero. Proveniência: Albergue Distrital (N.I.: 1999-1351). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 60 (quadro VII) e 90, nº 43, Est. XXIV e Est. XXXIV. De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. (i) ANNIVS [...] · ANI Cartela rectangular de ângulos rectos (8 x 3 m). Mutilada à esquerda. Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: [...] · ANI, em letras pequenas e em bom relevo. Considerando as dimensões da cartela esta marca pode ser atribuída a (i) ANNIVS (vd. Delgado e Santos, 1984, p. 54) que laborou em La Graufesenque no período de Tibério-Nero (Oswald, 1964, p. 17). Pelo fabrico a peça situase, todavia, no período Domiciano. Proveniência: Claustro do Seminário de Santiago (N.I.: 1991-1737). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 54, nº 5, Ests. III-IV. Leitura: [...]ANI; Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 60 (quadro VII). De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. (i) APER OAPRI Pequena cartela rectangular de ângulos rectos (14 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OAPRI, em letras ligeiramente gastas. Letra A sem haste horizontal. Trata-se de (i) APER que leborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Vespesiano (Oswald, 1964, p. 18-19, Supp. 350; Polak, M, 2000, p. 165-166). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-1158). Bibliografia: inédita. AVCIVS OAVCIO Cartela rectangular de ângulos arredondados (17 x 3 mm). Proveniente do

As Cerâmicas Finas de Mesa

Marca

Referência Oswald

Cronologia

Centros de Produção

Forma

Forma da Cartela

AMANDVS

AND

14

80 - 120

Sul da Gália

Indeterminada

ALBVS (i)

ALBVS · F

12

Cláudio - Nero

La Graufesenque

Drag. 27

Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados)

ANNIVS (i)

Oleiro

[…] · ANI

17; 349

Domiciano

La Graufesenque

Indeterminada

Rectangular (estreita)

APER (i)

OAPRI

18-19; 350

Cláudio

La Graufesenque

Indeterminada

Rectangular (ângulos rectos)

AVCIVS

OAVCIO

31

Cláudio - Nero

La Graufesenque

Indeterminável

MANDVILVS

MANDVILMA

182; 401

Cláudio

La Graufesenque

Drag. 16

MANDVILVS

MANDVILMA

182; 401

Cláudio

La Graufesenque

Indeterminada

MASCLVS (i)

MASCLI […]

192-93; 403

Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminada

MASCVS ou MASCVVS? MAXIMVS ou MAXVMVS

FM […] V·

186; 428

Cláudio -Vespasiano

La Graufesenque

Drag. 18/31

Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular estreita (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos rectos) Rectangular (ângulos rectos) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados)

Flávia

La Graufesenque

Indeterminada

Rectangular (ângulos rectos) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (inscrita num pequeno círculo) Rectangular (inscrita num pequeno círculo) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados)

BASSVS (i)

[B ?]ASSI

38-9

Nero -Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminável

BIO

BIO FECIT

43; 359; 424

Cláudio

La Graufesenque

Indeterminada

BIO

[B] IOFECIT

359

Cláudio

La Graufesenque

Drag. 29 b

BIO

B[…]; BIO

359

Nero

La Graufesenque

Indeterminada

CAPITO ou CAPITVS

C·A·PI·TVF

59; 366; 424

Cláudio - Nero

Sul da Gália

Indeterminada

60 - 80

La Graufesenque

Indeterminável

CAPITO ou CAPITVS ?

C·A·[…]

CASTVS (i)

OF CASTI

65; 368

Cláudio - Nero

La Graufesenque

Indeterminada

CELER (Mn)

CELERN (N retro)

70

Cláudio

La Graufesenque

Indeterminada

EMIA

IIMII

114; 384

Vespasiano

Sul da Gália

Drag. 27

FELICIO

FELICI[O]

119; 385

Nero

La Graufesenque

Indeterminada

FELIX

[O]F FELIX

120-121; 385

Nero - Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminável

FIRMO (i)

FIRMO

122; 129; 386; 426

Cláudio

La Graufesenque

Indeterminada

FIRMO (i)

OF[F]IRM

123; 386; 426

Tibério – Cláudio

La Graufesenque

Indeterminada

FVSCVS (i) ?

F·V∗ […]

387; 426

Nero

La Graufesenque

Drag. 27

129

GAINNVS

GAINNIM

IAIHIII ?

IAIHIII ?

INGENVVS ?

IN?[…]

IVCVNDVS (i) IVNIVS IVNIVS ? LICINIVS MACCARVS MACER

MODESTVS (i)

145-146; 392

Domiciano

La Graufesenque?

Indeterminada

Tibério – Cláudio

La Graufesenque?

Ritt. 9

Cláudio

La Graufesenque

Drag. 18/31

IVCVND

148-149; 393

Nero

La Graufesenque

Indeterminada

IVN (N retro)

153-154; 394

60 - 80

La Graufesenque

Indeterminada

IIVNT ou IIVM

394

Flávia

La Graufesenque

Indeterminada

LICN

Cláudio

La Graufesenque

Indeterminada

MACCARVS

163-165; 396; 427 173-174; 398; 428

Nero

La Graufesenque

Indeterminada

MA CER

175; 399

Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminada

MAX OFMODE[S]

207-8; 406-7

Nero

La Graufesenque

Drag. 18/31

MOMMO

OF·M[O]

208-9; 407

Nero - Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminada

MOMMO

MO

208-9; 407

Cláudio

La Graufesenque

Drag. 24/25

MOMMO

MO[M]

208-9; 407

Cláudio

La Graufesenque

Drag. 27

MOMMO?

OF[…]M

208-9; 407

Cláudio - Nero

La Graufesenque

Indeterminada

MVRRANVS

OFM[V]RANI ou OFM[V]RANI

213-14; 408

Nero

La Graufesenque

Indeterminada

MVRRANVS

[O]FM[V]RANI

213-14; 408

Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminada

NICIVS

219

?

La Graufesenque?

?

?

Indeterminada

NICIVS

NONVS,C.

OFNON

221

NOTVS ?

OFNTVF

__________

Nero

La Graufesenque?

Drag. 18/31

Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados)

PATER

[O]FPA·

229; 411

Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminável

Circular?

NIGER

OFN (N retro)

NIGER

[…]NI (N retro)

220

Cláudio Vespasiano

La Graufesenque

Drag. 18/31

Nero - Vespasiano

La Graufesenque?

Indeterminável

200

La Graufesenque

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Local da Cartela

Grafito

Proveniência

Publicações Anteriores

N.I.

Ilustração

Braga sem contexto

Delgado e Santos, 1984: 53; Est. I, III-IV; nº 4

1991-1711

1

Albergue Distrital

Morais, 1997-98: Est. XXIV e XXXIV, nº 43

1999-1351

2

Fundo interno

Seminário de Santiago (claustro)

Delgado e Santos, 1984: 54; Est. III-IV; nº 5; Delgado, 1985; 30-1;

1991-1787

3

Fundo interno

Carvalheiras

2003-1158

4

Fundo interno

São Geraldo

Morais, 1997-98: Est. XXIV e XXXIV, nº 44

1999-1912

5

Fundo interno

Hospital

Morais, 1997-98: Est. XXIV e XXXIV, nº 45

1999-1350

6

Fundo interno

Braga sem contexto

Delgado e Santos, 1984: 55; Est. III-IV; nº 6 Delgado, 1985: 30-1

1991-1772

7

Fundo interno

Rua Frei Caetano Brandão

2001-0965

8

Fundo interno

Carvalheiras

1999-1919

9

Fundo interno

Cavalariças

2003-1162

10

2003-1755

11

1991-1736

12

2001-1101

13

Fundo interno Fundo interno

R

Fundo interno

Rua D. Paio Mendes

Fundo interno

Seminário de Santiago (claustro)

Fundo interno

R. São Geraldo, nº 27-31

Fundo interno

Leste da casa da Bica

Delgado, 1985; 15-6; 30-1; Est. II, IV-V, nº 7

1991-1726

14

Fundo interno

Casa da Bica

Delgado, 1985; 16; 30-1; Est. IV-V; nº 8

1991-1671

15

Fundo interno

Maximinos

2002-1151

16

1991-1770

17

2003-1145

18

1991-1806

19

Fundo interno

Braga sem contexto

Fundo interno

Braga sem contexto

Fundo interno

Maximinos

Delgado e Santos, 1984: 55; Est. III-IV; nº 7; Delgado, 1985: 30-1

Delgado e Santos, 1984: 56; Est. I, III-IV; nº 8; Delgado, 1985: 30-1

Delgado e Santos, 1984: 60; Est. I, III-IV, nº 19

Fundo interno

Colina da Cividade

Delgado, 1985: 16; 30-1; Est. II, IV-V; nº 9

1991-1721

20

Fundo interno

Seminário Santiago (claustro)

Delgado e Santos, 1984: 60; Est. I, III-IV; nº 18

1991-1733

21

Fundo interno

Rua Damião de Góis

Delgado, 1985: 19; Est. II, IV-V; nº 17

1991-1808

22

Fundo interno

T

Carvalheiras

2002-2002

23

Casa da Bica

2004-0085

24

Carvalheiras

1999-1800

25

Fundo interno

Carvalheiras

2002-2003

26

Fundo interno

Termas

1999-1924

27

Fundo interno

Rua Frei Caetano Brandão

2003-1146

28

1996-0532

29

2003-1150

30

1991-1681

31

2003-1148

32

Fundo interno Fundo interno

X

Fundo interno Fundo interno

São Geraldo F?

Fundo interno

Seminário Santiago (claustro)

Fundo interno

Largo S. João do Souto

Fundo interno

RVF

Morais, 1997-98: Est. XXIV e XXXIV, nº 46

Carvalheiras Delgado e Santos, 1984: 56; Est. III-IV; nº 9 Delgado, 1985: 30-1

1999-1348

33

Fundo interno

Seminário Santiago (claustro)

Termas Delgado e Santos, 1984: 56-7; Est. I, III-IV; nº 10 Delgado, 1985: 30-1

1991-1734

34

Fundo interno

Leste da Casa da Bica

Delgado, 1985: 16; 30-1; Est. IV-V; nº 10

1991-1655

35

Fundo interno

Maximinos

Delgado, 1985: 17; 30-1; Est. II, IV-V; nº 11

1991-1784

36

Fundo interno

Colina da Cividade

Delgado e Santos, 1984: 57; Est. I, III-IV; nº 11 Delgado, 1985: 30-1

1991-1802

37

Fundo interno

Carvalheiras

2002-1289

38

1991-1807

39

Fundo interno

Colina da Cividade

Delgado, 1985: 17-8; 30-1; Est. II, IV-V; nº 12

Fundo interno

Habitações a Norte das Termas

Delgado, 1985: 18; 30-1; Est. IV-V; nº 13

Fundo interno

Fonte do Ídolo

Fundo interno

Cavalariças

Fundo interno

Rua Damião de Góis

Fundo interno

Edifício Cardoso da Saudade

Fundo interno

Rua Frei Caetano Brandão

2001-0962

45

Fundo interno

Termas

1999-1915

46

1991-1672

40

_________

41

Morais, 1997-98: Est. XXIV e XXXIV, nº 47

1999-1336

42

Delgado, 1985: 19; Est. II, IV-V; nº 15

1991-1803

43

2003-1147

44

201

As Cerâmicas Finas de Mesa

Oleiro PONTIVS ou PONTVS

Marca

Referência Oswald

Cronologia

Centros de Produção

Forma

Forma da Cartela

OFIPONT

243; 413

Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminada

PRIMV

248-250; 414

Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminada

SABINVS (i)

[O]FSABI

272-73; 417

Domiciano

La Graufesenque

Indeterminável

SABINVS (i)

OF·SAB[…]

272-73; 417

Flávia

La Graufesenque

Indeterminável

Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos rectos) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos rectos) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados)

SABINVS (i)?

[…]B·N

272-73; 417

40 - 60

La Graufesenque

Indeterminável

Rectangular (ângulos rectos)

SECVNDVS (i)

[OF]·SE

287-89; 418

Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminada

SECVNDVS (i)

OFS[E]CVN

287-89; 418

Cláudio - Nero

La Graufesenque

Indeterminada

PRIMVS PRIMVS

OFPRM

248-250; 141

40 - 79

La Graufesenque

Indeterminada

PRIMVS

OFPRIM

248-250; 414

40 - 79

La Graufesenque

Indeterminada

PRIMVS

PRIMI

248-250; 414

Cláudio

La Graufesenque

Indeterminada

PVDENS

[O]FPVDEN

253-54; 414

Nero - Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminada

SABINVS (i)

SABIOF

272-73; 417

Nero – Vespasiano

La Graufesenque

Drag. 18/31

SABINVS (i)

OSABIM

272-73; 417

Domiciano

La Graufesenque

Indeterminada

VITALIS (i)

OFVITA

340

Nero

La Graufesenque

Indeterminável

Rectangular (inscrita num pequeno círculo) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados)

VITALIS (ii)

OFVITAL

340-342; 422

60 - 80

La Graufesenque

Indeterminada

Rectangular (ângulos rectos)

VITALIS (ii)

[V]ITALOF

340-342; 422

Domiciano

La Graufesenque

Indeterminada

Rectangular (ângulos rectos?)

TITVS (i) VADVS C. VALERIVS ALBANVS

O[…]TI

318

Cláudio - Nero

La Graufesenque

Indeterminada

VAD (sic)

323

Nero - Flávios

La Graufesenque?

Drag. 33

[C·VA]L·ALBAN

324; 428

Flávia

La Graufesenque

Indeterminada

Indeterminado

OF·S[…]

Cláudio

La Graufesenque

Indeterminada

Rectangular (ângulos rectos)

Indeterminado

OF[N?...]

?

La Graufesenque

Indeterminável

Indeterminado

OF[...]

?

La Graufesenque

Indeterminada

Indeterminado

OF[...]

Cláudio

La Graufesenque

Indeterminada

Indeterminado

OF[...]

Domiciano Trajano

La Graufesenque

Indeterminável

Indeterminado

F[...]

Flávia

La Graufesenque

Indeterminável

Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos rectos?) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados)

Indeterminado

OF[...]

40 - 60

La Graufesenque

Indeterminável

Indeterminado

O[...]

Cláudio - Nero

La Graufesenque

Indeterminável

Indeterminado

O[...]

Cláudio - Nero

La Graufesenque

Drag. 27

Indeterminado

O[...]

40 - 50

La Graufesenque

Indeterminável

Indeterminado

O[...]

20 - 40

La Graufesenque

Indeterminável

Indeterminado

O?[...]

50 - 70

La Graufesenque

Indeterminável

Indeterminado

SA[…]

Nero - Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminável

Indeterminado

PA[…]

Cláudio - Nero

La Graufesenque

Indeterminável

Indeterminado

[…]R?E

Cláudio Vespasiano

La Graufesenque

Indeterminada

Indeterminado

[…]N (retro)

Domiciano

La Graufesenque

Indeterminada

Indeterminado

[…E ou F?]S

Indeterminada

La Graufesenque

Indeterminável

Rectangular ?

Indeterminado

[…?]ID […?]

Domiciano

La Graufesenque

Indeterminada

Rectangular (indeterminável)

Indeterminado

[…]V

50 - 70

La Graufesenque

Indeterminada

Rectangular (indeterminável)

Indeterminado

[O?...]

Cláudio

La Graufesenque

Drag. 27

Rectangular (ângulos arredondados) Rectangular (ângulos arredondados)

Indeterminado

[…]Λ

60 - 80

La Graufesenque

Indeterminada

Indeterminado

? / Ilegível

Cláudio

La Graufesenque

Drag. 24/25

Circular

Indeterminado

? / Mutilada

Indeterminada

La Graufesenque

Indeterminável

Rectangular (ângulos arredondados)

Indeterminado

? / Mutilada

Flávia

La Graufesenque

Indeterminada

Indeterminável

Indeterminado

? / Mutilada

Flávia

La Graufesenque

Indeterminada

Indeterminável

Indeterminado

? / Mutilada

75 - 100

Montans

Drag. 18/31

Rectangular (ângulos arredondados)

TOTAL

202

Local da Cartela

Grafito

Proveniência

Publicações Anteriores

N.I.

Ilustração

Fundo interno

X

Seminário Santiago (claustro)

Delgado e Santos, 1984: 57-8; Est. III-IV; nº 12 Delgado, 1985: 30-1

1991-1682

47

Fundo interno

?

Braga s/ contexto

1991-1741

48

Fundo interno

Termas

1999- 2172

49

Fundo interno

Termas

1999-2382

50

2002- 2004

51

Fundo interno

?

Rua D. Paio Mendes

Fundo interno

Braga sem contexto

Fundo interno

Seminário Santiago (claustro)

Fundo interno

Carvalheiras

Fundo interno

?

Delgado e Santos, 1984: 58; Est. III-IV, nº 13 Delgado, 1985: 30-1 Delgado e Santos, 1984: 58-9; Est. I, III-IV, nº 14 Delgado, 1985: 30-1

1991-1679

52

1991-1735

53

1999-1324

54

São Geraldo

2003-1149

55

Fundo interno

Termas

1999-1913

56

Fundo interno

Carvalheiras

2003-1756

57

Fundo interno

Carvalheiras

Delgado, 1985: 18-9; 30-1; Est. II, IV-V, nº 14

1999-1908

58

Fundo interno

Seminário Santiago (claustro)

Delgado e Santos, 1984: 59; Est. I, III-IV, nº 15 Delgado, 1985: 30-1

Sem número

59

Fundo interno

Cangosta da Palha

Morais, 1997-98: Est. XXV e XXXIV, nº 48

2000-0314

60

Fundo interno

Albergue Distrital

Morais, 1997-98: Est. XXV e XXXIV, nº 50

1997-1324

61

Fundo interno

Seminário Santiago (claustro)

Delgado e Santos, 1984: 59-60; Est. I, III-IV, nº 16; Delgado, 1985: 30-1

Sem número

62

Fundo interno

Quinta do Fujacal

Morais, 1997-98: Est. XXV e XXXIV, nº 49

1999-1328

63

Fundo interno

Albergue

1999-1330

64

Fundo interno

Carvalheiras

1999-1325

65

Fundo interno

Cavalariças

1991-1926

66

Fundo interno

Quinta do Fujacal

Morais, 1997-98: Est. XXVI e XXXIV, nº 52

1999-1315

67

Fundo interno

Jardim da Misericórdia

Morais, 1997-98: Est. XXVI e XXXIV, nº 53

1999-1922

68

Fundo interno

Seminário Santiago (claustro)

Delgado e Santos, 1984: 60; Est. II, III-IV, nº 20;

1991-1712

69

Fundo interno

Fujacal

2003-1157

70

Fundo interno

R. Frei Caetano Brandão

2003-1155

71

Fundo interno

São Geraldo

2003-1751

72

Fundo interno

A

Cavalariças

1999-1334

73

Fundo interno

Misericórdia

2002-2044

74

Fundo interno

Cavalariças

2003-1749

75

Fundo interno

Fujacal

2003-1757

76

Carvalheiras

2003-1758

77

Termas

2003-0207

78

Edifício Cardoso da Saudade

2004-0087

79

Fundo interno Fundo interno

T?

Fundo interno Fundo interno

Cavalariças

Morais, 1997-98: Est. XXVI e XXXIV, nº 54

1999-1355

80

Fundo interno

Cardoso da Saudade

Delgado, 1985: 19; Est. II, IV-V, nº 16

1991-1676

81

A Fundo interno [N […?] ou M …?]

Hospital

Morais, 1997-98: Est. XXVI e XXXIV, nº 55

1999-1316

82

Fundo interno

Termas

1999-1914

83

Fundo interno

Termas

2003-1753

84

Fundo interno

Seminário Santiago

2003-1444

85

Fundo interno

Carvalheiras

Fundo interno

Albergue Distrital

Fundo interno

Albergue Distrital

Morais, 1997-98: Est. XXVI e XXXIV, nº 51

86 87

1999-1925

88

Fundo interno

VI

Carvalheiras

1991-1810

89

Fundo interno

?

Carvalheiras

2001-1193

90

Carvalheiras

2003-1152

Fundo interno

Delgado, 1985: 27; Est. VI, nº 39

2003-0205 1997-1323

91 91

203

Fig. 47 Marcas de Terras Sigillata do Sul da Gália

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

As Cerâmicas Finas de Mesa

6

7

fundo interno de um prato de forma indeterminável. Marca com letras bem desenhadas mas gastas: OAVCIO. Trata-se do oleiro AVCIVS que laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Nero (?) (Oswald, 1964, p. 31). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio-Nero. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1912). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 60 (quadro VII) e 90, nº 44, Est. XXIV e Est. XXXIV. (i) BASSVS [...?] BASSI Cartela rectangular de ângulos arredondados (8 x 4 mm). Mutilada à esquerda. Proveniente do fundo interno de forma indeterminável. Marca com letras bem desenhadas e conservadas onde se lê parte da letra B, seguida das letras ASSI. Trata-se do oleiro (i) BASSVS que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de Tibérioinícios do reinado de Vespasiano (1964, p. 38-39, Supp. 357, Add. 424). M. Polak revê esta cronologia e propõe um início de produção apenas em c. de 45 a. C. (2000, p. 177). Em data posterior o nome deste oleiro é ainda conhecido em Lezoux (vd. Llaubenheimer, 1979, p. 110). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Nero-Vespasiano (Morais, 1997-98, p. 59). Proveniência: Hospital (N. I.: 1999: 1350). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 60 (quadro VII) e 90, nº 45, Est. XXIV e Est. XXXIV. De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. BIO BIOFECIT Cartela rectangular de ângulos arredondados e muito estreita (17 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca com letras muito características, em bom relevo, curtas e oblíquas em relação ao plano do caixilho: BIO FECIT. Trata-se do oleiro BIO que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de Tibério-Nero (1964, Supp. 359), iniciando a sua actividade a

8

9

10

204

partir da 3ª década do século. M. Polak revê esta cronologia e propõe que alguns produtos deste oleiro possam datar dos inícios do reinado de Vespisano (2000, p. 186). Conhece-se um mesmo nome no centro produtor de Le Rozier (vd. Polak, 2000, p. 186). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1772). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 55, nº 6, Ests. III-IV. Leitura: BIOFECIT; Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 60 (quadro VII). BIO [B]IOFECIT Cartela rectangular de ângulos arredondados (19 x 3 mm). Mutilada à esquerda. Proveniente do fundo interno de uma tigela decorada da forma Dragendorff 29. Marca [B]IO FECIT. Sobre o oleiro veja-se a marca anterior. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2001-0965). Bibliografia: inédita. BIO B[...] ; BIO Duas cartelas com a mesma marca devido a um engano na aplicação do punção. A cartela da direita, a mais completa, é rectangular e possui ângulos arredondados (4 x 2,5 mm). Provenientes do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Do primeiro punção apenas se lê a letra B, de BIO. O segundo possui a totalidade da marca. Sobre o oleiro veja-se a marca nº 7. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Nero. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1999-1919). Bibliografia: inédita. SUL DA GÁLIA CAPITO ou CAPITVS C·A·PI·TVF Cartela rectangular de ângulos arredondados (19 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca com letras bem desenhadas e regulares: C·A·PI·TVF. Trata-se de CAPITO ou CAPITVS que, segundo Oswald, laborou no Sul da Gá-

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

11

12

13

lia no período de Cláudio-Nero (1964, p. 59, Supp. 366, Add. 424; vd., ainda, Polak, 2000, p. 197). Mary (1967, p. 39) limita as duas variantes mais frequentes (CAPITO e CAPITO F) aos anos 4560. Conhece-se em Montans um oleiro com o mesmo nome (vd. Polak, 2000, p. 197). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio-Nero. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1162). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. CAPITO ou CAPITVS C·A·P[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados (10 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de forma indeterminável. Marca igual à anterior com letras bem desenhadas e regulares: C·A·P[...]. Apesar do estado de fractura pensamos tratar-se de CAPITO ou CAPITVS. Sobre o oleiro veja-se a marca anterior. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período 60-80. Proveniência: R. Dº Paio Mendes (N. I.: 2003-1755). Bibliografia: inédita. (i) CASTVS OFCASTI Cartela rectangular de ângulos arredondados (11 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca com letras bem desenhadas e regulares: OFCASTI. Trata-se de (i) CASTVS que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Vespasiano (1964, Supp. 368). M. Polak revê esta cronologia e propõe um período de laboração entre 30 a 80 (2000, p. 199-201). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio-Nero. Proveniência: Claustro do Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1736). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 55, nº 7, Ests. III-IV. Leitura: OFCASTI; Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 60 (quadro VII). CELER (Mn) CELERN (N retro) Cartela rectangular de ângulos arredondados (13,5 x 3 mm). Proveniente do

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205

fundo interno de uma taça de forma indeterminada. Marca inteira bem conservada: CELERN (N retro). Trata-se de CELER (Mn) que figura no catálogo de Oswald apenas como oleiro de Montans (1964, p. 70). Pelo fabrico, todavia, típico da produção de La Graufesenque, exclui-se a possibilidade de se tratar de um produto de Montans. É provável, ainda, que a assinatura CELERIANI M presente no mesmo catálogo (1964, p. 70), e outras assinaturas deste oleiro presentes noutras obras possam ter como origem La Graufesenque. Em Ibiza (Férnadez, Granados e González Villaescusa, 1992, p. 28, 29 (quadro 4, nº 108) e 71) fazse referência à marca CELEROS, datada do período de Cláudio-Nero, atribuída a um oleiro de La Graufesenque. Recentemente, M. Polak confirma a atribuição deste oleiro a La Graufesenque e atribui um período de laboração situado entre 35 e 75 (2000, p. 202). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio. Proveniência: R. São Geraldo nº 2731 (N. I.: 2000-1101). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. EMIA IIMII Cartela rectangular de ângulos arredondados (9 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela do tipo Dragendorff 27. Marca com letras gastas mas claramente desenhadas, cujo E está representado na sua forma arcaica: IIMII. Trata-se de EMIA que laborou no Sul da Gália no período Flaviano (Oswald, 1964, p. 114, Supp. 384). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Vespasiano. Proveniência: Grande canalização a Leste da Casa da Bica (N. I.: 1991-1726). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 15-6, nº 7, p. 30-1 (quadro), Ests. II e IV-V. Leitura: IIMII; Morais, 1997-98, p. 59 e 60 (quadro VII). FELICIO FELICI[O] Cartela rectangular de ângulos arredon-

As Cerâmicas Finas de Mesa

16

17

dados. Mutilada à direita (16 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de forma indeterminável. Marca com letras bem desenhadas e bem conservadas que ocupam toda a altura da cartela: FELICI[O]. Trata-se de FELICIO que, segundo Polak, laborou em La Graufesenque entre o período de Nero e os finais do século I (2000, p. 223-224). Em Bona, uma análise química efectuada num fragmento com uma marca atribuída a este oleiro vem reforçar esta mesma proveniência (vd. Polak, 2000, p. 223-224). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Nero. Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 1991-1671). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 16, nº 8 e p. 30-1 (quadro), Ests. IV-V. Leitura: FELICI[O]; Morais, 1997-98, p. 59 e 60 (quadro VII). FELIX OF FELIX Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à esquerda (10 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela? de forma indeterminada. Marca mal desenhada e de difícil leitura: OF FELIX. Trata-se de FELIX que laborou em La Graufesenque e Montans no período de Cláudio-Vespasiano (Oswald, 1964, p. 120-121, Supp. 385). M. Polak revê esta cronologia e propõe um final de laboração mais tardio, até c. de 85 (2000, p. 224). O mesmo nome está igualmente documentado no centro produtor de Le Rozier (vd. Polak, 2000, p. 224). Fanette Laubenheimer (1979, p. 121, nº 60) refere ainda marcas encontradas no atelier de Banassac. Pelo fabrico, típico da produção de La Graufesenque; exclui-se a possibilidade de se tratar de um produto de FELIX com origem em Montans, Banassac ou Le Rozier. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Nero-Vespasiano. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2003-1151). Bibliografia: inédita. (i) FIRMO FIRMO Cartela rectângular de ângulos arredondados, com a parte inferior defeituo-

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sa por deficiente aplicação do punção. Ligeiramente mutilada na parte inferior (17 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca em bom relevo, curta e ligeiramente oblíqua em relação ao plano da cartela: FIRMO. Trata-se de FIRMO oleiro que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque e Montans no período de Cláudio-Domiciano (1964, p. 123, Supp. 386, Add. 426). Recentemente, M. Polak apenas considera a produção de La Graufesenque, à qual atribui dois oleiros a laborar em diferentes momentos (2000, p. 226-228). No caso presente trata-se do primeiro produtor que, já activo no período de Tibério, laborou até c. de 60 a 65 (2000, p. 226-227). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1770). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 56, nº 8, Ests. I e III-IV. Leitura: FIRMO; Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 60 (quadro VII). (i) FIRMO OF[F]IRM Cartela rectângular de ângulos arredondados (12, 5 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca com letras bem desenhadas mas gastas com excepção do M final: OF[F]IRM. Sobre o oleiro veja-se a marca anterior. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Tibério-Cláudio. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-1145). Bibliografia: inédita. (i) FVSCUS? F·V * […] Cartela rectangular muito estreito cuja extremidade inicial parece esborratada. Mutilado à direita (27, 5 x 5 mm). Um pequeno círculo central de 16 mm encerra a representação de um pequeno motivo em estrela. Proveniente do fundo interno de uma pequena tigela da forma Dragendorff 27. Marca: F·V * […]. Letras pouco regulares com pontuação entre o F e V, seguido de um pequeno motivo anepígrafo em forma de estrela. Trata-se provavelmente de

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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FVSCVS oleiro que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de Nero-Trajano (1964, Supp. 387, Add. 426). Recentemente, M. Polak é de opinião que neste centro produtor laboraram, em épocas distintas, dois oleiros com o mesmo nome (2000, p. 231-232). No caso presente julgamos poder tratar-se do primeiro oleiro que laborou entre 30 a 55 (Polak, 2000, p. 231). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Nero. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1991-1806). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 60, nº 19, Ests. I-IV. Leitura: FV? [...]. Morais, 1997-98, p. 63 (quadro VII). GAINNVS GAINNIM Cartela rectangular de ângulos arredondados (19 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca bem impressa e conservada: GAINNIM. Trata-se de GAINNVS oleiro que Oswald (1964, p. 129) não relaciona com qualquer centro de produção, nem lhe atribuiu qualquer cronologia. Refere dele (1964, p. 129) apenas uma marca com a mesma assinatura proveniente de Trion. Pelas características de fabrico e no contexto específico das importações de terra sigillata de produção Gálica na cidade, pensamos poder tratar-se de um produto raro proveniente do Sul da Gália, provavelmente de La Graufesenque. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Domiciano. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1721). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 16, nº 9, p. 30-31 (quadro), Ests. II e IV-V. Leitura: GAINNIN; Morais, 1997-98, p. 59 e 60 (quadro VII). Não encontramos nenhuma referência a este oleiro na bibliografia consultada. IAIHIII? Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (18, 5 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma pequena tigela da forma Ritterling 9. Marca de difícil leitura onde se lê: IAIHIII?. Pelas características de

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fabrico e no contexto específico das importações de terra sigillata de produção Gálica na cidade, na sua quase totalidade proveniente de La Graufesenque, pensamos poder tratar-se de um produto proveniente deste centro oleiro. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Tibério-Cláudio. Proveniência: Claustro do Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1733). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 60, nº 18, Ests. I e III-IV. Leitura: IAIHII; Morais, 1997-98, p. 59 e 63 (quadro VII). Não encontramos nenhuma referência a este oleiro na bibliografia consultada. INGENVVS? IN? [...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (10 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de um prato, provavelmente da forma Dragendorff 18/31. Marca: o verniz muito estalado no lugar da marca apenas deixa perceber os traços desenhados que dão a leitura: IN? [...]. A posição central da última letra leva-nos a pensar que estamos perante uma das assinaturas do oleiro INGENVVS que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no curto período de tempo de Tibério-Nero (1964, p. 145-146, Supp. 392). Um estudo de R. Knorr, datado de 1907, refere, todavia, a continuidade de laboração deste oleiro até aos meados do reinado de Vespasiano (vd., Laubenheimer, 1979, p. 127). De acordo com um estudo recente de M. Polak, este oleiro, um dos mais produtivos de La Graufesenque, laborou entre o período de Nero e Vespasiano/Domiciano (2000, p. 241-242). F. Laubenheimer (1979, p. 127) refere ainda marcas deste oleiro atribuídas ao atelier de Montans. Pelo fabrico a peça parece-nos, todavia, do período de Cláudio. Proveniência: R. Damião de Góis (N. I.: 1991-1808). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 19, nº 17, Ests. II e IV-V. Leitura: [...]N?[...]. Morais, 1997-98, p. 62 (quadro VII). (i) IVCVNDVS IVCVND

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Cartela rectangular de ângulos arredondados (19 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: IVCVND, em letras em bom relevo e conservadas. Nexo nas duas últimas letras. Grafito: nº 2. Trata-se de (i) IVCVNDVS que laborou em La Graufesenque no período Cláudio-Flávios (Oswald, 1964, p. 148-49, Supp. 393). Num estudo recente, M. Polak revê esta cronologia e propõe um período de laboração entre 40 a 100 (vd. 242-243). Pelo fabrico a peça parece-nos, todavia, do período de Nero. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2002-2002). Bibliografia: inédita IVNIVS IVNI Cartela rectangular muito irregular que termina num ângulo arredondado à direita e num ângulo deformado à esquerda por deficiente aplicação do punção (10, 5 x 2 mm). Proveniente do fundo interno de uma pequena tigela de perfil completo da forma Dragendorff 24/25. Marca de difícil leitura da qual se lê: IVNNI, na qual os traços médios da letra N apenas se lêem com ligeira inclinação da peça. Julgamos, todavia, que deveria ler-se IVNI, sendo a leitura anterior resultante de uma deficiente aplicação do punção. Trata-se do oleiro IVNIVS que laborou em La Graufesenque e Banassac no período de Cláudio-Flaviano (Oswald, 1964, Supp. 394; vd., ainda, Polak, 2000, p. 247). Num recente estudo M. Polak, apenas refere o centro produtor de La Graufesenque (vd. 2000, p. 247). Pelas características de fabrico e no contexto específico das importações de terra sigillata de produção Gálica na cidade, na sua quase totalidade proveniente de La Graufesenque, trata-se de um produto proveniente deste centro oleiro. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Flávio. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2004-0085). Bibliografia: inédita. IVNIVS ? IIVNI ou IIVM Cartela rectangular de ângulos arredon-

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dados (10, 5 x 2,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca de difícil leitura onde se poderia ler: IIVNI ou IIVM. Grafito: nº 3. Dado não conhecermos, a partir da bibliografia consultada, nenhuma assinatura IIVM, pensamos estar perante uma outra assinatura do oleiro IVNIVS. Sobre o oleiro veja-se a marca anterior. Apesar da deformação da peça junto ao pé devido, provavelmente, a uma má colocação no forno pensamos, pelo tipo de fabrico que possui, que se deve atribuir ao período de Cláudio. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1999-1800). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. LICINIVS LICN Pequena cartela rectangular de ângulos rectos (9 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: LICN, em pequienas letras, bem conservadas e desenhadas. Trata-se de oleiro LICINIVS que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Nero (1964, p. 163-165, Supp. 396, Add. 427; vd., ainda, Polak, 2000, p. 252-253). Num estudo específico elaborado por B. Hofmann (1986a) esta cronologia é revista propondo-se a data de 35-70. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2002-2003). Bibliografia: inédita. MACCARVS MACCARVS Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (20, 5 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato indeterminado. Marca bem conservada: MACCARVS, nexo nas duas primeiras letras. Trata-se do oleiro MACCARVS que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de TibérioNero (1964, p. 173-174, Supp. 398, Add. 428). Recentemente, M. Polak revê esta cronologia e propõe um período de laboração entre 30 a 75 (2000,

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p. 256-258). Pelo fabrico a peça situase, todavia, no período de Nero. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-1924). Bibliografia: inédita. MACER MACER Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (15 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca bem desenhada mas gasta: MACER. Trata-se de MACER oleiro que segundo Oswald (1964, p. 175, Supp. 399) laborou em La Graufesenque no período de NeroVespasiano. Segundo F. Laubenheimer (1979, p. 136), nas escavações de La Graufesenque estas marcas predominam no período de Vespasiano. Esta datação é, todavia, contrariada nas escavações de Richborough que propôe para este oleiro uma cronologia unicamente pré-flávia (Dickinson, Hartley e Pearce, 1968, p. 137, nº 79A). O exemplar de Braga, com um fabrico típico do período de Vespasiano, parece, no entanto, contrariar esta última proposta. Tal facto não invalida, como dissemos, a antiguidade deste oleiro, como sugerem as marcas (vd. Genin Hoffmann e Vernhet, 2002, p. 61, 64, Fig. 15, p. 65, 67, Fig. 19, p. 68, 101, Fig. 48, nº 1) com igual nome encontradas em antigas produções de imitação de terra sigillata produzidas em La Graufesenque nos períodos de Augusto e Tibério (2002, p. 46), quiçá pressupondo uma datação mais recuada para o início da produção de terra sigillata deste oleiro. Recentemente, M. Polak admite a existência de dois oleiros e situa as marcas com este nome entre 30 a 85 (2000, p. 258). Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1146). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. MANDVILVS MANDVILMA Cartela rectangular de ângulos arredondados (20 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de perfil completo da forma Dragendorff 16. Marca

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inteira bem conservada: MANDVILMA. Trata-se do oleiro MANDVILVS que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Vespasiano (1964, p. 182, Supp. 401). Recentemente, M. Polak revê esta cronologia e propõe um período de laboração apenas entre os reinado de Nero a Vespasiano (2000, p. 259). Pelo fabrico pensamos, todavia, que se trata de uma peça atribuível ao reinado de Cláudio. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1996-532). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 61 (quadro VII) e 90, nº 45, Est. XXIV e Est. XXXIV. MANDVILVS MANDVILMA Cartela rectangular de ângulos arredondados (21,5 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca inteira bem conservada: MANDVILMA. Grafito: nº 4. Sobre o oleiro veja-se a marca anterior. Pelo fabrico pensamos, todavia, que se trata de uma peça atribuível ao reinado de Cláudio. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-1150). Bibliografia: inédita. (i) MASCLVS MASCLI[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (18 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: MASCLI[...], estando as duas primeiras letras em nexo. Considerando a dimensão aproximada da cartela no seu original esta marca pode ser atribuída ao oleiro MASCLVS que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Inícios de Vespasiano (1964, p. 192, Supp. 403). O início da laboração deste oleiro, poderia, no entanto, ser recuado para datas anteriores como sugere a cronologia de 25 a 85 obtida em Novaesium I (cf. Mary, 1967). Um estudo recente realizado por M. Polak, propõe a existência de dois oleiros, sendo que para o primeiro teríamos que admitir um período de laboração entre os reinados de Tibério e Vespasiano (2000, p. 263-264). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos inícios do

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reinado de Vespasiano. Proveniência: Claustro do Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1681). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 56, nº 9, Ests. III-IV. Leitura: MASCLI[·M] ou MASCLI[·MA]; Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 61 (quadro VII). De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. MASCVS ou MASCVVS? [...] FM[...]V· Cartela rectangular de ângulos arredondados (17,5 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato da forma Dragendorff 18/31. Marca mal conservada onde apenas se lê o início e o final da marca: [...] FM[...]V·. Poderá tratarse de MANDVILVS (Oswald, 1964, p. 182, Supp. 401), MARCVS (1964, p. 186, Add. 428) ou MASCVS [ou MASCVVS] (1964, p. 193, Supp. 403), ambos oleiros de La Graufesenque. Pelo fabrico pensamos poder corresponder a MASCVS ou MASCVVS que, segundo Oswald (1964, p. 193, Supp. 403), laborou no período de Domiciano. Para J. de Groot (1960, p. 55-64) e F. Laubenheimer (1979, p. 139, nº 117) a actividade deste oleiro corresponde ao período entre Cláudio e Vespesiano. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio-Vespasiano. Proveniência: Largo S. João do Souto (N. I.: 2003-1148). Bibliografia: inédita De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. MAXIMVS MAX Pequena cartela rectangular de ângulos rectos (10 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca muito gasta e em relevo muito fraco: MAX. A estar correcta a leitura a letra A não apresenta haste horizontal e a parte superior da letra X é praticamente invisível a olho nú. Grafito: nº 5. A estar correcta a leitura trata-se do oleiro MAXIMVS ou MAXVMVS que, segun-

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do Oswald (1964, p. 198), laborou no Sul da Gália no período Cláudio-Vespasiano. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Vespasiano. Proveniência: Termas (N. I.. 1999-1348). Bibliografia: inédita. (i) MODESTVS OFMODE[S] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (18 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato da forma Dragendorff 18/31. Marca: OFMODES[...]. É provável, atendendo às dimensões da cartela, que a reconstituição da marca correspondesse a OFMODE[S]. Trata-se de (i) MODESTVS oleiro que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Nero (1964, p. 207-208, Supp. 406-407). Mary (1967, p. 43), às marcas de Neuss com a assinatura OF MODE e OF MOD dá-lhes uma cronologia de 25-55 e 40-55, respectivamente. Em Fishbourne (Dannell, 1971) a assinatura [OF] MOD (a) estava provavelmente em uso antes de 60 e a marca OF MOD [...] (b) é presumivelmente pré-flávia (1971, p. 310). Um estudo recente realizado por M. Polak situa o período de laboração deste oleiro em c. de 40 a 80 (2000, p. 270-272). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Nero. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1734). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 56-7, nº 10, Ests. I e III-IV. Leitura: OFMODE[S]; Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 61 (quadro VII). MOMMO OF·M[O] Pequena cartela rectangular de ângulos rectos. Mutilada à direita (15 x 3,5 mm). Correspondente ao fundo interno de um pequeno fragmento da base de uma pequena tigela. Marca: OF·M[...]. É provável, atendendo às dimensões da cartela, que a reconstituição da marca correspondesse a OF·M[O]. Trata-se de MOMMO oleiro que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Vespasiano (1964, p. 208-209, Supp. 407). Outros autores

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apresentam, no entanto, um período mais lato de laboração: 25 a 85 em Novaesium (cf. Mary, 1967, p. 43); Nero a 80 em Verulamium (Hartley, 1972, p. 224) e Richborough (Dickinson, Hartley e Pearce, 1968, p. 138). Um estudo recente realizado por M. Polak situa o período de laboração deste oleiro em c. de 45 a 85 (2000, p. 272). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Nero-Vespasiano. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1655). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 16, nº 10, Est. IV-V. Leitura: OF·M[O]; Morais, 1997-98, p. 59 e 61 (quadro VII). MOMMO MO[M] Pequena cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (12 x 4 mm). Correspondente ao fundo interno de uma pequena tigela da forma Dragendorff 27. Marca: MO[...], sendo o M de difícil leitura. É provável, atendendo às dimensões da cartela, que a reconstituição da marca correspondesse a MO[M]. Sobre o oleiro veja-se a marca anterior. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio. Proveniência: Maximinos (N. I.: 19911784). Bibliografia: Delgado, 1984, p. 57, n º 11, Est. I e II-IV-. Leitura: MO[M]; Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 61 (quadro VII). MOMMO MO Pequena cartela rectangular de ângulos arredondados (7,5 x 3,5 mm). Correspondente ao fundo interno de uma pequena tigela da forma Dragendorff 24/25. Marca: MO, com as hastes centrais do M muito abertas e visíveis e O com ponto central só claramente perceptível à lupa de mão. A existência do ponto central do O é característico das marcas mais antigas de MOMMO. Sobre o oleiro veja-se a marca nº 35. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1802). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 17, nº 11, Ests. II e IV-V. Leitura: MO?; Morais, 1997-98, p. 59 e 61 (quadro VII).

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MOMMO OF[ ]M Cartela rectangular de ângulos arredondados à direita e rectos à esquerda (17 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca de difícil leitura onde se lê : OF[ ]M. A meio da cartela a marca está deteriorada devido a deficiente aplicação do punção. A letra M final passa quase despercebida na cartela devido ao seu tamalho reduzido e fraco relevo. A estar correcta a leitua proposta trata-se de MOMO. Sobre o oleiro veja-se a marca nº 35. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio-Nero. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20021289). Bibliografia: inédita. MVRRANVS OFM[V]RANI ou OFM[V]RANI Cartela rectangular de ângulos arredondados (19 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: OFM[V]RANI ou OFM[V]RANI. A fractura no meio da marca não permiote ver se existe ou não um nexo entre o M e o V. O nexo entre o A e o N é, todavia, claro. Tratase do oleiro MVRRANVS que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Vespasiano (1964, p. 213-214, Supp. 408). Um estudo recente realizado por M. Polak situa o período de laboração deste oleiro em c. de 30 a 85 (2000, p. 276-278). Pelo fabrico a peça situa-se no período Nero. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1807). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 17-8, nº 12, 30-1 (quadro), Ests. II e IV-V. Leitura: OFM[V]RANI ou OFM[V]RAN; Morais, 1997-98, p. 59 e 61 (quadro VII). MVRRANVS [O]FM[V]RANI Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à esquerda (19 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: [O]FM[V]RANI. Ausência do V por desgaste e em nexo as letras NA. Tratase do oleiro MVRRANVS. Sobre o olei-

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ro veja-se a marca anterior. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Vespasiano. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1672). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 18, nº 13, 30-1 (quadro), Ests. IV-V. Leitura: [O]FMVRANI ou [O]FMVRAN; Morais, 1997-98, p. 59; e 61 (quadro VII). NICIVS Desconhecemos o paradeiro desta marca referida no catálogo de Seomara da Veiga Ferreira sobre “Marcas de oleiro em Território Português” (1969, p. 164 e 172). Neste trabalho esta marca está dada como proveniente da Fonte do Ídolo (Braga), sendo-lhe atribuída uma origem no Sul da Gália e uma ronologia Flávia. No Index de F. Oswald a marca NICIVS figura como um oleiro que laborou no período de Nero-Vespasiano, em La Graufesenque e Montans (1964, p. 219). Tendo em conta a presença quase que excluiva de produtos gálicos com origem em La Graufesenque na cidade pensamos que se trataria de um produto com aquela proveniência. Proveniência: Desconhecida (N. I.: sem número). NIGER OFN [N retro] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada no canto inferior esquerdo (8 x 2 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca bem desenhada mas gasta: OFN [N retro]. Trata-se do oleiro NIGER que, segundo Oswald, laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Vespasiano (1964, p. 219, Supp. 410). Com uma actividade essencialmente pré-flaviana, a maior parte dos autores situam-na em c. de 50-70, ainda que nas escavações de Novaesium (I) (Mary, 1967, p. 43) o início da sua laboração se ache em 25. Para o terminus dessa actividade alguns exemplares com igual assinatura provenientes da Fishbourne (Dannell, 1971, p. 311, 70), Verulamium (Hartley, 1972l, p. 232, S 46), Cirencester (Hartley e Dickinson, 1982, p. 120, Fig. 41, nº 2930, 122, S 29 e 30), Hofheim (cf. 1982,

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p. 122) e Baginton (cf. 1982, p. 122) comprovam a continuidade desta oficina ainda na década de 70. Um estudo recente de M. Polak propõe um período de laboração deste oleiro entre 50 a 80 (2000, p. 280-281). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1336). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 61 (quadro VII) e 91, nº 47, Est. XXV e Est. XXXIV. NIGER [...] NI [N retro] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à esquerda (27 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de um prato Dragendorff 18/31. Marca: [...] NI. Letras pequenas mas bem desenhadas, com N (retro) e I ligeiramente oblíquo. Apesar do estado da fractura pensamos tratar-se do oleiro NIGER. Sobre o oleiro veja-se a marca anterior. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Vespasiano. Proveniência: R. Damião de Góis (N. I.: 1991-1803). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 19, nº 15, Ests. II e IV-V. Leitura: [...]NI (N retro). Morais, 1997-98, p. 62 (quadro VII). NONVS, C. OFNON Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada na metade superior (16 x 2 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca com letras bem desenhadas mas gastas: OFNON. Apesar de não encontrarmos equivalência exacta para esta marca pensamos poder tratar-se de uma assinatura atribuível a NONVS, C. que figura na obra de Oswald (1964, p. 221) sem referência de centro produtor e cronologia. Pelo fabrico parece, no entanto, um produto originário de La Graufesenque. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Nero-Vespasiano. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-1147). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura.

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NOTVS? OFNTVF Cartela rectangular de ângulos arredondados (19 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato da forma Dragendorff 18/31. Marca: OFNTVF. Trata-se, provavelmente, de NOTVS, um dos oleiros menos conhecidos de La Graufesenque. Segundo um estudo recente realizado por M. Polak, as parcas evidências encontradas sugerem que esteve activo entre os reinados de Nero a Vespasiano (2000, p. 281). Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2001-0962). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. PATER [O]FPA· Cartela rectangular de ângulos rectos (11 x 2,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminável. Marca mal impressa e em letras muito gastas: [O]FPA·. Com excepção da última letra, onde se lê um A seguido de um ponto bem definido, as restantes três letras apenas são perceptíveis à luz resante, sendo extremamente difícel a definição dos seus contornos. Tratase do oleiro PATER que laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Vespasiano (Oswald, 1964, p. 229, Supp. 411). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Vespasiano. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-1915). Bibliografia: inédita. PONTIVS ou PONTVS OFIPONT Cartela rectangular de ângulos arredondados (13,5 x 4,5 mm). Proveniente do fundo externo de uma tigela? de forma indeterminada. Marca: OFIPONT, na qual o F é ligeiramente estreito com as hastes horizontais praticamente imperceptíveis. A letra I é, todavia, relativamente curta em relação às restantes letras (vd. Oswald, 1964, p. 243). Grafito: nº 6. (1964, p. 243). Trata-se, segundo Oswald (1931, p. 243, Supp. 413), do oleiro PONTIVS ou PONTVS que laborou em La Graufesenque no período

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de Vespasiano-Trajano. Outros autores propõem, no entanto, uma cronologia diferente: em Verulamium uma marca OF PONTI aparece sobre uma forma Dragendorff 29 com decoração datada de 65 a 80 (vd. Hartley, 1972, p. 24, 219, Fig. 81, nº 20, 224, S 20); Dannell apesar de concordar que os produtos deste oleiro tenham circulado sobretudo na época flávia, tendo em conta as próprias marcas encontradas em Fishbourne que provêm de sítios ocupados ente 60/80 (1971, p. 141, nº 112; 1971, p. 313, nº 78), considera, no entanto, que nada prova que esta oficina tenha estado em laboração ainda sob Trajano (1968, p. 141; 1971, p. 313). Um estudo recente de M. Polak propõe um período de laboração deste oleiro entre 65 e 100 (2000, p. 293-294). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Vespasiano. Proveniência: Claustro do Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1682). Bibliografia: Delgado, 1984, p. 57-8, nº 12, Est. III-IV. Leitura: OFPONT; Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 61 (quadro VII). PRIMVS PRIMV Cartela rectangular de ângulos rectos (19 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: PRIMV. Letras muito gastas e de difícil leitura. Grafito: nº 7. Trata-se do oleiro PRIMVS que laborou, segundo Oswald, em Montans e La Graufesenque no período de Cláudio-Vespasiano (1964, p. 248-250, Supp. 414). Segundo M. Polak este nome está igualmente documentado nos centros produtores de Le Rozier, Valéry, Carrade e Espalion (vd. 2000, p. 296). Mary (1967, p. 44), sugere, a partir dos dados de Novasium, uma produção entre 25 e 80. Um estudo recente de M. Polak propõe um período de laboração deste oleiro entre 20 e 80 (2000, p. 296-302). Pelas características de fabrico e no contexto específico das importações de terra sigillata de produção Gálica na cidade, na sua quase totalidade proveniente de La Graufesenque, pensamos tratar-se de um produto proveniente deste centro oleiro. Pelo fabri-

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co a peça situa-se, todavia, no período de Vespasiano. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1741). Bibliografia: inédita. PRIMVS OFPRM Pequena cartela rectangular de ângulos arredondados (10 x 2,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OFPRM, estando as letras I em nexo com a letra M. Trata-se do oleiro PRIMVS. Sobre o oleiro veja-se a marca anterior. Pelas características de fabrico e no contexto específico das importações de terra sigillata de produção Gálica na cidade, na sua quase totalidade proveniente de La Graufesenque, pensamos tratar-se de um produto proveniente deste centro oleiro. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de 40-79. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2172). Bibliografia: inédita. PRIMVS OFPRIM Cartela rectangular de ângulos arredondados, ligeiramente mutilada à direita (15 x 2,5 mm). Proveniente do fundo interno de um forma indeterminável. Marca: OFPRIM. Trata-se do oleiro PRIMVS. Sobre o oleiro veja-se a marca nº 48. Pelas características de fabrico e no contexto específico das importações de terra sigillata de produção Gálica na cidade, na sua quase totalidade proveniente de La Graufesenque, pensamos tratar-se de um produto proveniente deste centro oleiro. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de 40-79. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2382). Bibliografia: inédita. PRIMVS PRIMI Cartela rectangular de ângulos rectos (19 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca com letras muito bem desenhadas e conservadas onde se lê: PRIMI. Grafito: nº 8. Trata-se do oleiro PRIMVS. Sobre o oleiro veja-se a marca nº 48. Pelas características de fabrico e no contexto específico das importações

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de terra sigillata de produção Gálica na cidade, na sua quase totalidade proveniente de La Graufesenque, pensamos tratar-se de um produto proveniente deste centro oleiro. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio. Proveniência: R. D. Paio Mendes (N. I.: 2002-2004). Bibliografia: inédita. PVDENS [O]FPVDEN Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à esquerda (14 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: [O]FPVDEN. Letras irregulares ocupando toda a altura da cartela. O N final está mal definido. Trata-se do oleiro PVDENS que segundo Oswald (1964, p. 414) laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Vespasiano. Segundo M. Polak este nome está igualmente documentado nos centros produtores de Le Rozier e Carrade (vd. 2000, p. 303-304). Em Richborough faz-se referência a marcas deste oleiro encontradas no forte de Ilkley e em Rottweil em formas Dragendorff 29 com decorações datáveis de 75-85 (cf. Dickinson, Hartley e Pearce, 1968, p. 141 e 118 A). Um estudo recente de M. Polak propõe um período de laboração deste oleiro entre 40 e 85 (2000, p. 303-304). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Nero-Vespasiano. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 1991-1679). Bibliografia: Delgado, 1984, p. 58, nº 13, Ests. III-IV. Leitura: [O]FPVDEN Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 62 (quadro VII). (i) SABINVS SABIOF Cartela rectangular de ângulos bífidos à direita (17 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de perfil completo da forma Dragendorff 18. Marca: SABIOF. O S mal desenhado confunde-se com a extremidade da cartela. O desenho do O, pouco claro, dificulta a interpretação da marca que talvez admitisse também a leitura SABOF. A estar correcta a leitura proposta o I

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estria em nexo com o O. Qualquer que seja a leitura correcta desta marca ela é uma das menos usuais de (i) SABINVS, oleiro de La Graufesenque, Montans e Banassac (vd. Laubenheimer, 1979, p. 159, nota 1), cuja abundante produção se entendeu, segundo Oswald (1964, p. 272-273, Supp. 417), no período de Nero-Domiciano. Em Fishbourne a marca deste oleiro está, no entanto, datada de um período mais tardio, 75105 (Dannell, 1971, p. 314, 84). Pelas características de fabrico e no contexto específico das importações de terra sigillata de produção Gálica na cidade, na sua quase totalidade proveniente de La Graufesenque, pensamos tratar-se de um produto proveniente deste centro oleiro. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Nero-Vespasiano. A presença de marcas com o nome SABINVS documentadas em antigas produções de imitação de terra sigillata produzida em La Graufesenque nos períodos de Augusto a Tibério, parecem, no entanto, sugerir uma datação mais recuada para o início da produção de terra sigillata deste oleiro (vd. Genin, Hoffmann e Vernhet, 2002, p. 62, 64, Fig. 15, p. 67, Fig. 19, p. 101, Fig. 48, nº 14). Num estudo recente, M. Polak sugere a existência de vários oleiros com este nome e propõe, pelo menos, dois grupos distintos: um primeiro a laborar entre 50 a 80 e um segundo a laborar entre 65 e 100 (vd. 2000, p. 313-315). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Nero-Vespasiano. Proveniência: Claustro do Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1735). Bibliografia: Delgado, 1984, p. 58-9, nº 14, Ests. I, III-IV. Leitura: SABIOF Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 62 (quadro VII). (i) SABINVS OSABIN Cartela rectangular de ângulos arredondados (16 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma taça de forma indeterminada. Marca: OSABIN. Trata-se do oleiro (i) SABINVS. Sobre o oleiro veja-se a marca anterior. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de

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Domiciano. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1999-1324). Bibliografia: inédita. (i) SABINVS [O]FSABI Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à esquerda (13, 5 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: [O]FSABI. Grafito: nº 9. Trata-se do oleiro (i) SABINVS. Sobre o oleiro vejase a marca nº 53. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Domiciano. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1149). Bibliografia: inédita. (i) SABINVS OF·SAB[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (14 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: OF·SAB[...]. Apenas parte da letra B é perceptível dado o estado da fractura. Trata-se do oleiro (i) SABINVS. Sobre o oleiro veja-se a marca nº 53. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Flávio. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-1913). Bibliografia: inédita. (i) SABINVS ? [...]B·N Cartela rectangular de ângulos rectos. Mutilada à esquerda (9 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: [...]B·N. Trata-se, provavelmente, do oleiro (i) SABINVS. Sobre o oleiro veja-se a marca nº 53. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de 40-70. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-1756). Bibliografia: inédita. (i) SECVNDVS [OF]·SE Cartela rectangular de ângulos rectos. Mutilada à esquerda (6 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: [OF]·SE. Letras mal impressas, dependendo da incidência da luz uma definição mais ou menos clara daquilo que podemos interpretar com alguma segurança como um E e mais certamente como um S.

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Pontuação a seguir a OF, ausente por fractura. O tipo de letra e a presença da pontuação antes de SE retira a possibilidade de se tratar de (i) SEVERVS que laborou em La Graufesenque no período de Nero-Vespasiano (Oswald, 1931, p. 296-97, Supp. 419; vid. marca proveniente de Mainz, 1931, p. 297). Trata-se do oleiro (i) SECVNDVS que segundo Oswald (1964, p. 287-289, Supp. 418) laborou em La Graufesenque no período de Cláudio-Vespasiano. Outras marcas atribuídas a este oleiro foram encontradas noutros centros produtores, entre os quais Lezoux e Banassac (vd. Laubenheimer, 1979, p. 164). Na verdade, trata-se seguramente de mais de uma oleiro que trabalhou neste e noutros centros da Gália (cf. Dickinson, Hartley e Pearce, 1968, p. 143), podendo atingir o período de Domiciano (Bidwell, 1979, p. 184). Outros dados mais recentes obtidos em horizontes estratigráficos da “fossa 80” de La Graufesenque, documentam um período de laboração entre 30/40 até inícios do século II (Bourgeois e Mayet, 1991, p. 145). Mary (1967, p. 45) data as marcas SECVND, SECVNDI e SECVNDVS, entre os anos 25-65, enquanto a assinatura igual à de Braga, OF SECVND, ou OF SECVN e SECVNDI OF, de um período mais tardio, entre 45 e 85. Num estudo recente, M. Polak adverte da dificuldade de classificação deste tipo de marcas e propõe uma divisão entre dois grupos, um pré-flávio e outro flávio, sendo o primeiro ainda subdividido em dois sub-grupos (vd. 2000, p. 322-327). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Vespasiano. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1999-1908). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 18-9, nº 14, p. 30-1 (quadro), Ests. II e IV-V. Leitura: [OF]SE ou [OFI]SE; Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 62 (quadro VII). (i) SECVNDVS OFS[E]CVN Cartela rectangular de ângulos arredondados. Ligeiramente mutilada no canto inferior esquerdo e defeituosa a cerca de metade por deficiente aplicação do

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punção (15 x 4, 5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OFS[E]CVN. Letras pouco regulares; o O com barra central; o S muito alongado e o C muito aberto. O E está ausente devido a uma deficiente aplicação do punção. Trata-se do oleiro (i) SECVNDVS. Sobre o oleiro veja-se a marca anterior. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio-Nero. Proveniência: Claustro do Seminário de Santiago (N. I.: 19911729). Bibliografia: Delgado, 1984, p. 59, nº 15, Ests. I e III-IV-. Leitura: OFSECVN; Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 62 (quadro VII). (i) TITVS O[...]TI Cartela rectangular de ângulos arredondados (11 x 2 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: O[...]TI. Com as devidas reservas, pensamos que a leitura integral da marca deveria corresponder a O[F·]TI, uma das assinaturas deste oleiro que encontra possível paralelo em Tarraco (vd. Oswald, 1964, p. 318). Trata-se do oleiro (i) TITVS que laborou em La Graufesenque no período de Cláudio Vespasiano (1964, Supp. 421). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio-Nero. Proveniência: Cangosta da Palha (N. I.: 2000-0314). Bibliografia: Morais, 1997-98:, p. 59, 62 (quadro VII) e p. 91, nº 48, Est. XXV e Est. XXXIV. VADVS VAD (sic) Cartela rectangular de ângulos arredondados (10 x 2 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de perfil completo da forma Dragendorff 33. Marca mal impressa onde se lê com alguma dificuldade as letras VAD. Tratase de VADVS oleiro que Oswald (1964, p. 323) não relaciona com qualquer centro de produção, nem lhe atribui qualquer cronologia. Refere dele (1964, p. 323) apenas uma marca com a mesma assinatura proveniente de uma forma Dragendorff 27 oriunda de Bona. Pelas características de fabrico e no contex-

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to específico das importações de terra sigillata de produção Gálica na cidade, na sua quase totalidade proveniente de La Graufesenque, pensamos poder tartar-se de um produto raro proveniente deste centro oleiro. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de NeroFlávios. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1324). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 62 (quadro VII), p. 91-2, nº 50, Est. XXV e Est. XXXIV. C. VALERIVS ALBANVS [C·VA]L·ALBAN Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à esquerda (14 x 5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: [C·VA]L·ALBAN. Letras em bom relevo: B mais alto que as restantes e nexo entre as letras AL e AN. Segundo Oswald, tratase dos oleiros C. VALERIVS e ALBANVS que laboraram em La Graufesenque no período Flávio (1964, p. 324, Add. 428). Num estudo recente realizado, M. Polak admite apenas tratar-se do nome de um único oleiro que assina com o seu tria nomina (vd. 2000, p. 161-162). Ainda de acordo com este estudo (2000, p. 161162 e p. 344), a laboração deste oleiro deve situar-se no último quartel do século I. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Flávio. Proveniência: Claustro do Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1739). Bibliografia: Delgado, 1984, p. 5960, nº 16, Ests. I e III-IV. Leitura: [C·VA]L·ALBAN Delgado, 1985, p. 30-1 (quadro); Morais, 1997-98, p. 59 e 62 (quadro VII). (i) VITALIS OFVITA Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (15 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: OFVITA. Letras bem desenhadas mas muito gastas. Trata-se de um nome associado a diferentes “gerações” de oleiros que trabalharam em diversos centros produtores, designadamente La Graufesenque, Lezoux, Argonne e, mais tarde, na região renana (vd. Laubenheimer,

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1979, p. 176). Em La Graufesenque este nome está associado a duas “gerações” de oleiros que laboraram, segundo Oswald, no período compreeendido entre os reinados de Cláudio e Domiciano (1964, p. 340-342, Supp. 422; Laubenheimer, 1979, p. 176). Num estudo recente M. Polak propõe a existência de dois oleiros a laborar em diferentes momentos: 45 a 70 e 65 a 100 (2000, p. 353-354). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Nero. Proveniência: Quinta do Fujacal (N.I.: 1999-1328). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 62 (quadro VII) e p. 91, nº 49, Est. XXV e Est. XXXIV. (ii) VITALIS OF·VITAL Cartela rectangular de ângulos arredondados (17, 5 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca bem conservada: OF· VITAL. Sobre o oleiro veja-se a marca anterior. Pelo fabrico, datável do período de Domiciano, esta peça pertence a uma “segunda geração” de oleiros que encontra paralelo em marcas encontradas em Richborough, datadas dos Flávios a inícios de Trajano (Dickinson, Hartley e Pearce, 1968, p. 145), e na “Fossa 79” de La Graufesenque, datadas de finais do reinado de Trajano (cf. Bourgeois e Mayet, 1991, p. 141). Proveniência: Albergue (N.I.: 1999-1330). Bibliografia: inédita. (ii) VITALIS [V]ITALOF Cartela rectangular de ângulos rectos?, ligeiramente mutilada na parte superior (19, 5 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: [V]ITALOF. Sobre o oleiro veja-se a marca nº 63. Pelo fabrico datável de Domiciano esta peça pertence a uma “segunda geração” de oleiros que encontra paralelo em marcas encontradas em Richborough, datadas dos Flávios a inícios de Trajano (Dickinson, Hartley e Pearce, 1968, p. 145), e na “Fossa 79” de La Graufesenque, datadas de finais do reinado de Trajano (cf. Bourgeois e

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Mayet, 1991, p. 141). Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 1999-1325). Bibliografia: inédita De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo exacto para esta assinatura. OF·S[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (11 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: OF·S[...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1926). Bibliografia: inédita. OF[N? ...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (6 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: OF·[N? ...]. Letras bem desenhadas mas gastas, com início de uma letra que parece ser um N. Cronologia indeterminada. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-1315). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 63 (quadro VII) e p. 92, nº 52, Est. XXVI e Est. XXXIV. OF[...] Cartela rectangular de ângulos bífidos. Mutilada à direita (5 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: OF·[...]. Letras bem desenhadas. Cronologia indeterminada. Proveniência: Jardim da Misericórdia (N. I.: 1999-1922). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 63 (quadro VII) e p. 92, nº 53, Est. XXVI e Est. XXXIV. OF[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (5,5 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: OF[...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio. Proveniência: Claustro do Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1712). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 60, nº 20, Ests. II e III-IV. Leitura : OF[…] ; Morais, 1997-98, p. 59 e 63 (quadro VII). OF[...] Cartela rectangular de ângulos rectos?.

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Mutilada à direita (15 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: OF[...], muito gasta. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Domiciano-Trajano. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20031157). Bibliografia: inédita F[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (3,5 x 2 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: F[...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Flávio. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1155). Bibliografia: inédita. OF[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (9 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: OF[...]. Grafito : nº 10. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no período 40-60. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1751). Bibliografia: inédita. O[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (9 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: O[...]. Letra bem desenhada. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio-Nero. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1334). Bibliografia: inédita. O[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (4 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela da forma Dragendorff 27. Marca: O[...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio-Nero. Proveniência: Misericórdia (N. I.: 2002-2044). Bibliografia: inédita. O[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (2 x 2,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: O[...]. Apenas se vê vestigios da letra. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período 40-50. Proveniência: Cavalariças (N.

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I.: 2003-1749). Bibliografia: inédita. O[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (3 x 2,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: O[...]. Apenas se vê vestigios da letra. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período 20-40. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1757). Bibliografia: inédita. O?[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (3 x 2 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: O?[...]. Apenas se vê vestigios da letra. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período 50-70. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-1758). Bibliografia: inédita. SA[...] Cartela rectangular de ângulos bífidos arredondados. Mutilada à direita (7 x 3,5 mm). Proveniente de uma forma indeterminável. Marca: SA[...], em letras bem desenhadas. No contexto das marcas de Braga e tendo em conta o tipo de letra é possível que se trate de Sabinus (vid. nº 45 a 48). Grafito: nº 11. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Nero-Vespasiano. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0207). PA[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à direita (7 x 3,5 mm). Proveniente de uma forma indeterminável. Marca: PA[...]. Letras incluídas em duas linhas auxiliares. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio-Nero. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2004-0087). Bibliografia: inédita. [...]R?E Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à esquerda (9 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: [...]R?E. Letra R? oblíqua em relação ao resto da cartela, seguida da letra E, bem desenhada mas gasta. De acordo

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com a terminação da marca poderia tratar-se de diferentes oleiros, designadamente CVRIVS (Oswald, 1931, p. 100) ou CHRESTVS (1931, p. 76, Supp. 372), ambos do Sul da Gália, ou unicamente provenientes de La Graufesenque, caso de (ii) CRESTIO [ou CRESTVS] (1931, p. 96, Supp. 378) ou NEQVRES (1931, p. 217-218, Supp. 409). Um estudo mais pormenorizado sobre as características das assinaturas destes oleiros poderá, eventualmente, permitir uma atribuição específica a um destes oleiros. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período CláudioVespasiano. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1355). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 63 (quadro VII) e p. 92, nº 54, Est. XXVI e Est. XXXIV. Leitura : Ilegível. [...] N [retro] Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à esquerda (3,5 x 2 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: [...] N [retro]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Domiciano. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1676). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 19, nº 16, Ests. II e IV-V; Leitura: [...]N[N retro]; Morais, 1997-98, p. 59 e 62 (quadro). [...E ou F?] S Cartela rectangular de forma indeterminável. Mutilada em ambas as extremidades (4 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: [...E ou F?] S. Apenas se lê a metade superior da letra E ou F, seguida da letra S. Grafito: nº 12. Cronologia indeterminada dada a pequenez do fragmento. Proveniência: Hospital (N. I.: 1999-1316). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 63 (quadro VII) e p. 92, nº 55, Est. XXVI e Est. XXXIV. Leitura : [E ou F?] S; Grafito: A [N ou M]. [...] ID [...] Cartela rectangular de forma indeterminável dado o estado da fractura (8 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: [...] ID [...]. Pelo fabrico a peça situa-

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se, todavia, no período Domiciano. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-1914). Bibliografia: inédita. [...]V Cartela rectangular de forma indeterminável dado o estado da fractura (3,5 x 2,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: [...]V. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no período Domiciano. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-1753). Bibliografia: inédita. [O?...] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (3 x 3 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela da forma Drangendorff 27. Marca: [O?...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Cláudio. Proveniência: Seminário de Santiago (N. I.: 2003-1444). Bibliografia: inédita. [A?...] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (9,5 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: [A?...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período 60-80. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0205). Bibliografia: inédita. ? / Ilegível Cartela rectangular incluída num círculo em forma de cartela circular. Mutilada à esquerda (8 x 2 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de perfil completo da forma Dragendorff 24/25. Marca mal impressa?: ilegível. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio. Proveniência: Albergue (N. I.: 1997-1323). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 59, 63 (quadro VII) e p. 92, nº 51, Est. XXVI e Est. XXXIV. Leitura : Ilegível. ? / Mutilada Cartela rectangular de ângulos arredondados. Mutilada à esquerda (1,5 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de forma indeterminável. Cronologia indeterminada dada a pequenez do fragmento. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1925). Bibliografia: inédita.

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? / Mutilada Cartela de forma indeterminável (2 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Grafito: nº 13. Pelo fabrico a peça situase, todavia, na época Flávia. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1991-1810). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 27, nº 39, Est. VI. Leitura: VI (numeral). ? / Mutilada Cartela de forma indeterminável (2 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Grafito nº 19. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na época Flávia. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1193). Bibliografia: inédita. SUL DA GÁLIA (MONTANS?) ? / Mutilada Cartela rectangular de ângulos arredondados (3 x 2,5 mm). Mutilada à esquerda ( x ). Proveniente do fundo interno de uma forma Dragendorff 18/31. Pelo fabrico trata-se, provavelmente, de uma peça proveniente dos centros produtores de Montans datável do 3º quartel do século I. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-1152). Bibliografia: inédita. 4.2.4 Grafitos

No conjunto da terra sigillata oriunda de La Graufesenque documentam-se 20 fragmentos com grafitos, 14 dos quais pertencentes a peças com marcas. O estado excessivo de fragmentação ou a brevidade dos mesmos dificulta, no entanto, uma apreciação sobre o seu significado (Fig. 48). Apesar desta dificuldade poder-se-á supor que alguns destes possam corresponder a antropónimos e outros a simples numerais: no primeiro caso estariam os fragmentos nº 2, 4, 10-13, 15-16, 18-19; no segundo os numerais X (nº 3 e 6) e VI (nº 14). Destacam-se ainda o fragmento nº 1 com a letra R, interpretável como simples letra ou com valor numeral (= 80) e o fragmento nº 5 que possui em nexo as letras RVF, de RVFVS ou RVFINVS. 1

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Grafito: R Fragmento da parte inferior de uma

La Graufesenque La Graufesenque

Flávia Cláudio

Cláudio

Domiciano 40 - 60

Nero - Vespasiano

IIVNT ou IIVM

MANDVILMA

MAX

OFIPONT

PRIMV

PRIMI

[O]FSABI

OF[...]

SA[…]

IVNIVS ?

MANDVILVS

MAXIMVS ou MAXVMVS

PONTIVS ou PONTVS

PRIMVS

PRIMVS

SABINVS (i)

Indeterminado

Indeterminado

221

? / Mutilada

------------

------------

------------

------------

------------

------------

Indeterminado

------------

------------

------------

------------

------------

-----------Flávia

Domiciano

Nero - Vespasiano

Nero - Vespasiano

Flávia

Vespasiano

Flávia

Indeterminada

Fig. 48 Grafitos de Terra Sigillata do Sul da Gália

TOTAL

[…E ou F?]S

Indeterminado

Vespasiano

Vespasiano

Flávio

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

La Graufesenque

IVCVND Nero

Cláudio - Nero

ALBVS · F

ALBVS (i)

IVCVNDVS (i)

Centros de Produção

Cronologia

Marca

Oleiro

Indeterminada

Drag. 18/31

Drag. 18/31

Drag. 18/31

Indeterminável

Indeterminada

Indeterminada

Indeterminada

Indeterminável

Indeterminável

Indeterminável

Indeterminada

Indeterminada

Indeterminada

Indeterminada

Indeterminada

Indeterminada

Indeterminada

Drag. 27

Forma

IV

Hospital

São Geraldo Cardoso da Saudade Carvalheiras

[…]ONT[…]

ΛE[S ?] ? ?

São Geraldo

Carvalheiras Braga sem contexto

VI […]ITONS

Hospital

Termas

[…?] A [N ou M…?]

T?

São Geraldo

São Geraldo

? A

Rua D. Paio Mendes

Braga sem contexto

Seminário de Santiago (claustro)

Termas

Carvalheiras

Carvalheiras

Carvalheiras

Albergue Distrital

Proveniência

?

?

X

RVF

F?

X

T

R

Grafito

1991-1683

1991-1810

1999-1316

2003-0207

2003-1751

2003-1149

2002-2004

1991-1741

1991-1682

1999-1348

2003-1150

1999-1800

2002-2002

1999-1351

N.I.

2001-1193

1999-1921 Morais, 1997-98: Est. 1999-1339 XXVI e XXXIV, nº 56 Morais, 1997-98 : Est. 1999-1578 XXVI e XXXIV, nº 57 1999-1349

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Ilustração

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

As Cerâmicas Finas de Mesa

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tigela da forma Dragendorff 27 (marca nº 2). Grafito completo no fundo externo: R. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no período Cláudio-Nero. Proveniência: Albergue Distrital (N.I.: 1999-1351). Bibliografia: inédita. Grafito: T Fragmento de forma indetermiada (marca nº 23). Grafito completo na parede externa: T. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Nero. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 20022002). Bibliografia: inédita. Grafito: X Fragmento de tigela de forma indeterminada (marca nº 25). Grafito completo no fundo externo indicando um numeral: X. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Flávio. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1999-1800). Bibliografia: inédita. Grafito: F? Fragmento de prato de forma indeterminada (marca nº 30). Grafito completo no fundo externo indicando a letra F?. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-1150). Bibliografia: inédita. Grafito: RVF Fragmento de uma tigela de forma indeterminada (marca nº 33). Grafito completo na parede externa: RVF. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio-Vespasiano. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-1348). Bibliografia: inédita. Grafito: X Fragmento de base de uma tigela? de forma indeterminada (marca nº 47). Grafito completo no fundo externo indicando um numeral: X. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Vespasiano-Trajano. Proveniência: Claustro do Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1682). Bibliografia: inédita. Grafito: ? Fragmento de base e pé de uma tigela de forma indeterminada (marca nº 48). Grafito completo no fundo externo.

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Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Vespasiano. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1741). Bibliografia: inédita. Grafito: ? Fragmento de tigela de forma indeterminada (marca nº 51). Grafito indeterminado na parede externa. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Cláudio. Proveniência: R. D. Paio Mendes (N. I.: 2002-2004). Bibliografia: inédita. Grafito: ? Fragmento de forma indeterminável (marca nº 55). Grafito no fundo externo. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Domiciano. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1149). Bibliografia: inédita. Grafito: A Fragmento de forma indeterminável (marca nº 72). Grafito na parede externa: A. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período 40-60. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1751). Bibliografia: inédita. Grafito: T? Fragmento de forma indeterminável (marca nº 78). Grafito na parede externa: T?. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período de Nero-Vespasiano. Proveniência: Termas (N. I.: 20030207). Bibliografia: inédita. Grafito: [...?]A[N ou M] Fragmento de forma indeterminável (marca nº 82). Grafito na parede externa: [...?]A[N ou M]. Cronologia indeterminada. Proveniência: Hospital (N. I.: 1999-1316). Bibliografia: inédita. Grafito: VI ou N (retro) Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada (marca nº 89). Grafito completo no fundo externo indicando um numeral, VI, ou a letra N em posição retrovertida, em traços profundamente incisos. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período flávio. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19911810). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 67, nº 39, Est. VI.

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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Grafito: IV Fragmento de forma indeterminada. Grafito completo Na parede externa indicando provavelmente um numeral: IV. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período DE Vespasiano. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1683). Bibliografia: inédita. Grafito: [...A?] LONS Fragmento de base de uma forma indeterminável. Grafito no fundo externo onde se lê: [...A?] LONS. Pelo fabrico a peça situa-se no período flávio. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1921). Bibliografia: inédita. Grafito: [...] ONT [...] Fragmento de base com início de arranque de parede de um prato Dragendorff 18/31. Grafito no fundo externo onde se lê ONT. Pelo fabrico a peça situa-se no período de Nero-Vespasiano. Proveniência: Hospital (N. I.: 1999-1339). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 92, nº 56, Est. XXVI e Est. XXXIV. Leitura: ONT. Grafito: AE[S?] Fragmento de base com início de arraque de parde de um prato Dragendorff 18/31. Grafito no fundo externo com as letras AE, seguidas de uma letra indeterminada, possivelmente um S. Pelo fabrico a peça situa-se no período de Nero-vespasiano. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1999-1578). Bibliografia: Morais, 1997-98, p. 92, nº 57, Est. XXVI e Est. XXXIV. Leitura: AE[S?]. Grafito: ? Fragmento de base e pé de um prato da forma Dragendorff 18/31. Grafito indeterminado no fundo externo do pé. Pelo fabrico a peça situa-se no período de Domiciano. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1999-1349). Bibliografia: inédita. Grafito: ? Fragmento de forma indeterminada. Grafito incompleto no fundo externo. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no período Flávio. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1193). Bibliografia: inédita.

4.3 A TERRA SIGILLATA HISPÂNICA À semelhança de outros contextos estudados no âmbito peninsular a terra sigillata hispânica é, sob o ponto de vista quantitativo, uma das produções importadas mais significativas na cidade. Com excepção de alguns fragmentos atribuíveis às produções de Andújar e Granada, a quase totalidade dos vasos recolhidos é proveniente de Tricio. A produção de Andújar está representada apenas por 8 fragmentos lisos (nº 427434). Da produção de Granada conhecemse 12 fragmentos lisos (nº 435-446), sendo de destacar um prato de grandes dimensões da forma Drag. 15/17 que possui uma decoração roletada no fundo interno (nº 438). Os restantes 3 660 fragmentos a que foi possível atribuir uma tipologia provêm de Tricio. Como seria de prever, as formas lisas representadas por 2406 fragmentos (65, 74 %), são mais abundantes que as formas decoradas, de que se recolheram apenas 1254 fragmentos (34, 26 %) (Figs. 49 e 50). 4.3.1 Formas decoradas As formas com decoração moldada recolhidas em Braga representam cerca de 34, 26 % do total da terra sigillata hispânica importada no período alto imperial. Esta percentagem não inclui um grande número de fragmentos maioritariamente representados por fragmentos de pança, cujo estado de fragmentação não permite atribuir-lhes, com segurança, o respectivo tipo. Com excepção das formas Knorr 78 e Hisp. 82 e 41, todas as restantes formas decoradas estão presentes na cidade. Como é habitual as formas mais abundantes a forma Drag. 29 e a forma Drag. 37. Seguem-se-lhes, em número, a forma Drag. 40 e a forma cilíndrica Drag. 30. Os restantes exemplares, repartem-se pelas formas Drag. 29/37, Hermet 13 e Hisp. 1, 2, 20 e 49 (Fig. 49). As formas hispânicas 1, 2, 20 e Hermet 13 de que se conhecem versões decoradas e lisas serão distribuídas pelos respectivos capítulos. 223

As Cerâmicas Finas de Mesa

Fig. 49 Quantidade e relação percentual de Terra Sigillata decorada Hispânica Terra Sigillata Hispânica decorada Drag 29 Drag 29/37 Drag 37 Hisp 40 Drag 30 Hisp 49 Hisp 1 Hisp 2 Hisp 20 Hisp 20 ou 82 Hermet 13 Total

Quantidade 532 4 686 10 11 2 3 1 3 1 1 1254

% decoradas 42,42 0,32 54,71 0,80 0,88 0,16 0,24 0,08 0,24 0,08 0,08 100,00

% na produção Hispânica 14,54 0,11 18,74 0,27 0,30 0,05 0,08 0,03 0,08 0,03 0,03 34,26

700

600

500

400

300

200

100

% decoradas % na produção Hispânica

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13 et er m

20 p is H

Quantidade

H

ou

82

20 H

is p

2 H

is p

1 H

is p

49 is p H

D

ra g

30

40 H

is p

37 D

ra g

/3 29 ra g D

D

ra g

29

7

0

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Fig. 50 Quantidade e relação percentual de Terra Sigillata lisa Hispânica Terra Sigillata Hispânica lisa Drag 15/17 Drag 18/31 Drag 24/25 Drag 27 Ritt 8 Drag 35 Drag 36 Drag 39 Drag 44 Hisp 9 Hisp 4 Ludow. Tb Hisp 10 Drag 33 Hisp 5 Hisp 7 Hermet 13 Hisp 2 Hisp 20 Hisp 21 Hisp 54 Hisp 23 Hisp 28 Hisp 34 Hisp 51 Hisp 88 Hisp 91 Hisp 94 Hisp 1? Hisp 69 Total

Quantidade 965 79 111 559 44 134 228 33 23 3 97 40 6 6 1 15 10 18 13 1 1 1 1 1 3 5 2 4 1 1 2406

% lisas 40,11 3,28 4,61 23,23 1,83 5,57 9,48 1,37 0,96 0,12 4,03 1,66 0,25 0,25 0,04 0,62 0,42 0,75 0,54 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,12 0,21 0,08 0,17 0,04 0,04 100,00

% na produção Hispânica 26,37 2,16 3,03 15,27 1,20 3,66 6,23 0,90 0,63 0,08 2,65 1,09 0,16 0,16 0,03 0,41 0,27 0,49 0,36 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,08 0,14 0,05 0,11 0,03 0,03 65,74

1000

900

800

700

600

500

400

300

200

100

D

D

ra g

15 ra /17 g 18 D ra /31 g 24 /2 5 D ra g 27 R itt 8 D ra g 35 D ra g 36 D ra g 39 D ra g 44 H is p 9 H i Lu sp do 4 w .T H b is p 10 D ra g 33 H is p 5 H is p H er 7 m et 13 H is p H 2 is p 2 H 0 is p 2 H 1 is p 5 H 4 is p 2 H 3 is p 2 H 8 is p 3 H 4 is p 5 H 1 is p 8 H 8 is p 9 H 1 is p 9 H 4 is p 1 H ? is p 69

0

Quantidade % lisas % na produção Hispânica

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As Cerâmicas Finas de Mesa

Em Braga, à semelhança de outros contextos conhecidos, a forma Drag. 29 gozou de um notável êxito, já que está representada por 532 fragmentos (nº 1-45), aos quais poderia acrescentar-se com alguma reserva um conjunto de fragmentos indeterminados com decoração moldada que poderiam ter pertencido a esta forma. É sobejamente conhecido que este vaso adoptou o protótipo da forma Drag. 29 fabricado nas oficinas do Sul da Gália desde a época de Tibério até época Flávia (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 66-86). Tal como no protótipo gálico a forma hispânica tem um perfil carenado com bordos esvasados com um moldura externa geralmente lisa e com finas molduras, caneluras ou simples ressaltos na face interna. A decoração em guiloché, rara na produção hispânica, está associada, preferencialmente, aos exemplares mais antigos. Em Braga conhece-se por um único exemplar (nº 1). Os diâmetros dos bordos variam entre 132 mm (nº 29) 298 mm (nº 40). Os motivos decorativos mais antigos de tradição gálica estão modestamente representados nas formas Drag. 29 conhecidas: motivos cruciformes (nº 2) e festões (nº 3-4). Já as decorações metopadas são predominantes (nº 7, 9, 12-14, 17, 21-26, 28), tal como os frisos decorados com motivos repetidos (nº 5, 16, 36-37, 44-45). Os nº 6 e 43 são os únicos exemplos dum estilo de transição caracterizado pela associação de metopas e círculos vários. Em Braga estão presentes exemplares representativos dos primeiros tempos de produção, possivelmente do tempo de Cláudio e outros datáveis das últimas décadas do século I.

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5

6

7

8

9

10 1

2

3

Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 29. Bordo decorado a guiloché. Motivos decorativos: decoração metopada. Cronologia: 45-65. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-0427). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: elemento cruciforme. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 223 mm. Proveniência: Casa da Bica (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: festão ornamentado com motivos vegetais. Cronologia: 50-80.

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Diâmetro: 209 mm. Proveniência: R. São Geraldo nº 27-31 (N.I.: 2003-1576). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: parte de um festão indeterminado. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 206 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1171). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior decorado com a representação esquemática de aves; friso inferior decorado com linhas verticais segmentadas. Cronologia: 5080. Proveniência: Termas (N.I.: 19992595). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado com a representação de aves; friso inferior decorado com medalhões que incluem no seu interior a representação de aves, separados por elementos verticais. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 1996-0533). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: frisos metopados alternando a representação de aves e elementos vegetais. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 163 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 1999-2594). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: frisos metopados vendose no friso superior a representação de aves. Cronologia: 50-80. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1931). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: frisos metopados vendose no friso superior a representação de aves. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1196). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado alternado com representações de aves e rosetas. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 184 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1907). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado parte da representação de uma ave. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 219 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: frisos metopados vendo-se a

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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representação de aves. Cronologia: 5080. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-0672). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: frisos metopados vendo-se a representação de aves no friso superior. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 186 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1905). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: frisos metopados vendose a representação de aves associadas a motivos vegetais. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 250. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1973). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado vendo-se a representação de uma ave. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: sem número). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior decorado com a representação contínua de aves. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 185 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1910). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado com a representação de figuras humanas e aves; friso inferior metopado com a representação de animais. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 1999-2170). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado com a representação contínua de figuras humanas. Cronologia: 70-80. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0923). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado com a representação contínua de figuras humanas. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 203 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0339). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado com a representação contínua de figuras humanas. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: sem número). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos

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decorativos: frisos metopados vendo-se no friso inferior a representação de motivos humanos. Cronologia: 60-80. Diâmetro: 217 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0341). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado vendo-se a representação de motivos humanos; friso inferior metopado vendo-se a represetação de um leão. Cronologia: 75-100. Diâmetro do pé: 61 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 20000358). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado vendo-se a representação um elemento vegetal; friso inferior metopado vendo-se a representação de um leão. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 178 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1903). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado vendo-se a representação um elemento vegetal; friso inferior metopado com a representação de elementos verticais com medalhões que incluem um elemento vegetal; friso inferior metopado com a representação contínua de leões. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 20031584). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: frisos metopados com motivos humanos, animais, circulares e elementos verticais. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 204 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1909). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: frisos metopados vendose no friso superior a representação de animais. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 210. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1904). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado vendo-se a representação de um animal associado a um elemento vertical. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1930). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado

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vendo-se a representação de um animal; friso inferior metopado vendo-se um elemento vegetal. Cronologia: 50-80. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1951). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado vendo-se a representação de animais. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 132 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1929). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 164 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1937). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 29. Grafito: ECE. Motivos decorativos: friso superior metopado. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 2001-1301). Id. Forma Dragendorff 29. Grafito: KA. Motivos decorativos: friso superior metopado. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 2002-2015). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado. Cronologia: 60-80. Diâmetro: 148 mm. Proveniência: R. Nª Sª do Leite (N.I.: 1996-0386). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado. Cronologia: 50-60/70. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 20000567). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior com a representação contínua de elementos vegetais. Cronologia: 50-70. Diâmetro: 219 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 19992596). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior vendo-se a representação de um círculo e elementos vegetais. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 219 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2001-0264).

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Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado vendo-se a representação de uma roseta. Cronologia: 60-80. Diâmetro: 202 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1912). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado vendo-se a representação de uma roseta. Cronologia: 70-80. Diâmetro: 209 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 1995-0542). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 298 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1928). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior com elemento indeterminado. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: R. Pêro Magalhães Gôndavo (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior metopado com elemento circular. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: frisos metopados com a representação de círculos associados a elementos verticais. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 2003-1583). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior com círculos que incluem no seu interior uma roseta, associados a elementos verticais. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 136 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 29. Motivos decorativos: friso superior com círculos que incluem no seu interior uma roseta, associados a elementos verticais. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 157 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: s/número).

A forma híbrida Drag 29/37, está representada apenas por quatro exemplares que possuem características morfológias afins à forma Drag. 29 e à forma Drag. 37 a, com diâmetros variando entre 169 mm (nº 47) e 197 mm (nº 49). 228

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Na verdade, como de à longa data sublinhou M. Sotomayor Muro (1977-78, p. 328), não se trata duma verdadeira nova forma dada a ausência dum critério realmente válido para constitui-la como tal. Três fragmentos desta forma (nº 4749) têm um perfil ligeiramente carenado semelhante ao da forma Drag. 29 e um bordo vertical sem qualquer moldura a sublinhar o lábio na face interna, como é característico da forma Drag. 37. - o nº 48 tem a zona superior da parede ornamentada com motivos figurados separados por motivos geométricos e a zona inferior ornamentada com motivos cruciformes; os nº 47 e 49 apresentam uma composição metopada acompanhada de círculos característica do “estilo de transição”. - o nº 46 possui uma parede hemisférica como a forma Drag. 37 e um bordo esvasado característico da forma Drag. 29, cuja transição para a parede interna forma um pequeno ressalto sublinhado por uma fina canelura. A decoração é constituída por motivos circulares inscritos num friso, frequentes na forma Drag. 37 dos finais do século I e os inícios do século II. 46

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mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas. (N.I.: 2001-1011). Forma híbrida Dragendorff 29/37. Motivos decorativos: friso superior ornamentado com círculos que incluem a representação de caprinos, separados por elementos verticais; friso inferior metopado ornamentado de modo intercalado por elementos vegetais e representação de aves. Cronologia: 75-100. Altura: 98 mm. Diâmetro: 197 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 1997-1336).

A forma Drag. 37 é claramente maioritária em relação às formas decoradas em molde como se pode ver nos quadros e histograma I. Dos 686 exemplares presentes na cidade 351 integram-se na variante A, 77correspondem à variante B e dos 258 fragmentos restantes não é possível integrá-los, com segurança, numa ou noutra série. os exemplares integrados na variante A (nº 50-71) tem um perfil mais próximo do protótipo gálico, com um bordo mais ou menos vertical e um lábio arredondado. De menores dimensão os diâmetros oscilam entre os 112 mm (nº 55) e os 299 mm (nº71). Dois fragmentos incluídos nesta variante têm algumas características particulares: o bordo perpendicular é muito pouco espesso e termina num lábio sublinhado por uma fina moldura na face externa e uma fina canelura na face interna. Sob o bordo apresernta uma fiada de óvulos intercalados por linguetas, características das produções gálicas e presentes nalguns exemplares da variante B (nº 50). os exemplares integrados na variante B (nº 72-83) tem um bordo curto encurvado para o interior e um lábio em forma de amêndoa por vezes decorado a guiloché. De grandes dimensões a parede hgemisférica é ricamente ornamentada, o que aliado à excelência do fabrico dão a esta forma um lugar privilegiado na produção hispâncica. Os diâmetros dos exemplares recolhidos em Braga variam entre 179 mm (nº 72) e 299 mm (nº 74). Os motivos decorativos de inspiração gálica estão ausentes com execepção dum fragmento de fundo que conserva a representação

Id. Forma híbrida Dragendorff 29/37. Motivos decorativos: friso superior ornamentado com motivos circulares. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas. (N.I.: 2003-1064). Forma híbrida Dragendorff 29/37. Motivos decorativos: friso superior ornamentado com motivos circulares que incluem a representação de aves, separados por motivos verticais; friso inferior metopado com motivos circulares simples ou com representação de aves iguais à do friso superior. Cronologia: 80-120. Altura: 81 mm. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas. (N.I.: 2001-1012). Fragmento de bordo, parede e base. Forma híbrida Dragendorff 29/37. Motivos decorativos: friso superior ornamentado com aves separadas por motivos em losango; friso inferior ornamentado por elementos circulares formando uma decoração cruciforme. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 192 229

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de um motivo cruciforme (nº 84). A decoração metopada é predominante na variante B da forma Drag. 37. As métopas incluem motivos animais (nº 72), vegetais (nº 79) ou associação destes dois motivos (nº 74). Marcas intradecorativas estão também presentes nos exemplares nº 92 e 94. A variante B da forma Drag. 37 apresenta por vezes um friso paralelo ao bordo em forma de amêndoa decorado com óvulos (nº 75-76), motivos em aspa (nº 83), elementos vegetais (nº 78-79) e outros (nº 77). Os motivos circulares fazem a sua aparição num período transitório acompanhando a decoração metopada (nº 85) mas paulatinamente acabam por se impor em composições onde aparecem combinados com motivos figurados (nº 58), rosetas (nº 51, 60, 63, 93), vegetais (nº 61, 87); inscritos em frisos decorativos onde aparecem repetidos e justapostos (nº 66, 68, 70, 88) ou alternando com pérolas (nº 65, 67, 69) e círculos de menores dimensões (nº 62, 64, 86, 89-90). A variante A, apesar de já se encontrarem em níveis datáveis dos inícios da época flávia situam-se maioritariamente em níveis dos finais do século I/inícios do século II. A variante B, documentada em níveis datáveis dos finais do período Júlio-Cláudio (65-75/80). 50

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Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo de óvalos duplos separados por linguetas trifoliares. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1732). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo decorado com óvalos duplos. Friso superior decorado com círculos que incluem rosetas, separados por elementos verticais. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N.I.: 20031582). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: friso superior metopado vendo-se a representação de motivos humanos. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0887).

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Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo com motivos em aspa. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1737). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Marca intradecorativa: nº 6. Cronologia: 50100. Diâmetro: 162 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2002-1078). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: friso superior decorado por elementos verticais simples. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 112 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Grafito: nº 3. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 161 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 1991-1745). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Marca intradecorativa: nº 1. Motivos decorativos: friso superior decorado com motivos círculares; friso inferior decorado com rosetas incluídas em círculos e marcas intradecorativas. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2003-0199). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: friso superior decorado com motivos círculares que incluem representações de aves, separados por elementos verticais. Cronologia: 80120. Diâmetro: 189 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 2003-1572). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: friso superior decorado com motivos círculares separados por elementos verticais. Cronologia: 80120. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: friso superior decorado com motivos círculares que incluem rosetas no interior. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 199 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-1018). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: friso superior decorado com motivos círculares que incluem elementos vegetais no interior. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 189 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N.I.: 2003-1573).

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Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: friso superior decorado com motivos círculares. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 148 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1938). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: friso superior decorado com motivos círculares que incluem rosetas no interior. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Largo de São Paulo (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: frisos decorados com motivos circulares. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 221 mm. Proveniência: Termas (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: frisos decorados com motivos circulares separados por elementos verticais. Cronologia: 80-120. Altura: 57 mm. Diâmetro: 125 mm. Diâmetro do pé: 59 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2001-1014). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: frisos decorados com motivos circulares separados por elementos verticais. Cronologia: 80-120. Altura: 59 mm. Diâmetro: 128 mm. Diâmetro do pé: 52,5 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 1991-1276). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: frisos decorados com motivos circulares. Cronologia: 100-150. Altura: 56 mm. Diâmetro: 121 mm. Diâmetro do pé: 57 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 1991-0735). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: frisos decorados com motivos circulares. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 20031579). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: friso superior decorado com motivos circulares. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: sem número). Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: frisos decorados com motivos circulares. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2003-1578).

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Id. Forma Dragendorff 37 (var. a). Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo decorado com motivos circulares Cronologia: 70-100. Diâmetro: 299 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 1991- 2248). Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo decorado com guilhoché. Friso superior metopado com a representação de aves. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-0425). Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo decorado com guilhoché. Friso superior com decoração indeterminada dado o estado de fragmentação. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 189 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/ número). Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Motivos decorativos: frisos metopados com a representação de motivos vegetais, humanos e animais. Cronologia: 75-125. Diâmetro: 299 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1998-0992). Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo decorado por uma fiada de pequenos óvalos. Cronologia: 70-100. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo decorado por uma fiada de óvalos. Friso superior metopado. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 254 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1954). Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo decorado por uma fiada rosetas exafoliares. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 269 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N.I.: 2003-1574). Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo decorado por uma fiada de elementos vegetais trifoliares. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 280 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-0424).

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Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo decorado por uma fiada de elementos vegetais trifoliares. Friso superior metopado decorado com elementos vegetais Cronologia: 70-100. Diâmetro: 229 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2003-1577). Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Motivos decorativos: friso superior decorado com círculos. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 212 mm. Proveniência: Largo de S. Paulo (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Motivos decorativos: friso superior decorado com elementos vegetais. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Motivos decorativos: friso superior decorado com círculos. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 230 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1956). Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Cronologia: 70-100. Diâmetro: 279 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 20000546). Fragmento de parede, base e pé. Forma Dragendorff 37. Motivos decorativos: friso inferior metopado com motivos cruciformes separados por elementos verticais. Cronologia: 70-100. Diâmetro do pé: 83 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: sem número). Fragmento de parede e base. Forma Dragendorff 37. Motivos decorativos: friso superior metopado com motivos animais; friso inferior decorado com círculos que incluem no interior um coelho virado à direita. Cronologia: 75100. Sem diâmetro. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1940). Fragmento de parede, base e pé. Forma Dragendorff 37. Motivos decorativos: friso inferior decorado com círculos separados por elementos verticais. Cronologia: 80-120. Diâmetro do pé: 58 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Fragmento de parede e base. Forma Dragendorff 37. Motivos decorativos: frisos decorados com motivos circulares que incluem uma folha de palma no

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interior. Cronologia: 80-120. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 19911939). Id. Forma Dragendorff 37. Motivos decorativos: frisos decorados com motivos circulares. Cronologia: 80-120. Proveniência: São Sebastião (N.I.: 20001092). Id. Forma Dragendorff 37. Motivos decorativos: frisos decorados com motivos circulares. A separar os frisos uma pequena banda ornamentada por pequenos elementos circulares. Cronologia: 80-120. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Fragmento de parede, base e pé. Forma Dragendorff 37. Motivos decorativos: friso inferior decorado com círculos. Cronologia: 80-120. Diâmetro do pé: 70 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 37. Motivos decorativos: friso inferior decorado com facetas ovaladas e côncavas. Cronologia: 80-120. Diâmetro do pé: 90 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 20031109). Fragmento de parede e base. Forma Dragendorff 37. Marca intradecorativa: nº 5. Motivos decorativos: friso superior metopado com motivos circulares que incluem no interior um elemento em forma de cruz; friso inferior metopado vendo-se parte de uma letra. Cronologia: 50-100. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2003-1752). Fragmento de parede, base e pé. Forma Dragendorff 37. Grafito: nº 5. Motivos decorativos: friso inferior com roseta octafoliar aplicada a relevo. Cronologia: 75-100. Diâmetro do pé: 64 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 1991-1780). Id. Forma Dragendorff 37. Marca intradecorativa: nº 4. Motivos decorativos: friso inferior metopado com marca intradecorativa. Cronologia: 50-100. Diâmetro do pé: 65 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2002-1076). Fragmento de parede e base. Forma Dragendorff 37. Marca intradecorativa: nº 2. Motivos decorativos: friso superior decorado com motivos circulares; friso

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inferior decorado com marca intradecorativa. Cronologia: 75-100. Diâmetro parte mais larga: 182 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2003-0202).

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A forma Drag. 40 está relativamente bem representada em Braga, por dez fragmentos (nº 96-105), dois dos quais, praticamente completos, incluem as características asas em forma de laço (nº 96; 105). Trata-se de uma forma que pode ter um perfil hemisférico como a variante B da forma Drag. 37, mas também um perfil carenado. A julgar pelos fragmentos encontrados com a parte superior da parede rectilínea verifica-se um predomínio das formas de perfil carenado relativamente às de perfil hemisférico, mais próximas da forma Drag. 37. Apenas três exemplares, dois dos quais com perfil quase completo, permitem apreciar os motivos decorativos. Dois possuem uma decoração metopada, mais frequente nesta forma, com a representação de animais e rosetas (nº 96; 99). O outro exemplar (nº 105) está decorado por duas zonas decorativas: a zona superior inclui arcarias sobre pequenas colunas esquemáticas que enquadram a representação de uma pequena Vitória; a zona inferior ornamentada por uma dupla fiada de pequenos círculos duplos e pequenas aves. A presença de vários frisos a separar estas duas zonas são bem demonstrativos do gosto pelo horror vacui, frequentemente presente em exemplares desta forma. À semelhança de alguns exemplares da forma Drag. 37 também nesta forma podem estar presentes os estreitos frisos paralelos, ornamentados com óvulos (nº 98), motivos em aspa (nº 115) ou elementos circulares que incluem uma pequena roseta (nº 103). 96

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Fragmento de bordo, parede e base. Forma Dragendorff 40. Motivos decorativos: frisos metopados decorados com motivos animais e vegetais. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Antigas Esvavações (N.I.: 1991-1963). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 40. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 240 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1223).

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Id. Forma Dragendorff 40. Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo decorado com uma fiada de óvalos. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 276 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/ número). Id. Forma Dragendorff 40. Motivos decorativos: friso superior decorado com métopas vendo-se a representação de lebres a correr à esquerda. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 264 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 19911955). Id. Forma Dragendorff 40. Motivos decorativos: friso superior decorado com métopas. Cronologia: 30-75. Diâmetro: 256 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 2003-1514). Id. Forma Dragendorff 40. Motivos decorativos: bordo com decoração roletada. Friso superior decorado com motivos vegetais indeterminados dado o estado de fragmentação. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1181). Id. Forma Dragendorff 40?. Motivos decorativos: frisos metopados decorados com a representação de figuras humanas e animais. Cronologia: 50-80. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1923). Id. Forma Dragendorff 40. Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo decorado por uma fiada de círculos que incluem no interior uma roseta exafoliar. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 235 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/ número). Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 40. Cronologia: 70-100. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Forma Dragendorff 40. Motivos decorativos: friso superior decorado com motivos em arcada que incluem no interior uma Vitória à direita, separados por pequenos elementos verticais em forma de cruz; friso inferior com a representação de pequenos círculos que incluem motivos em cruz e aves posicionadas à esquerda. A separação dos frisos faz-se por pequenas bandas decoradas com motivos em aspa e pequenos elementos

As Cerâmicas Finas de Mesa

cruciformes. Cronologia: 70-100. Altura: 113 mm. Diâmetro: 270 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 1991-1998). O vaso cilíndrico da forma Drag. 30, contemporânea da forma Drag. 29, está representado apenas por cerca de onze fragmentos (nº 106-112). O número reduzido destes fragmentos é coincidente com a escassez verificada noutros locais de consumo e nos próprios centros de produção. A forma Drag. 30 distingue-se dos protótipos gálicos pelo facto de possuirem um bordo mais esvasado, semelhante às produções da forma Drag. 29 e sobretudo pela ausência de moldura em quarto de círculo que no interior liga a parede rectilínea ao fundo. Os fragmentos recolhidos em Braga possuem diâmetros variáveis entre 170 mm (nº 106) e 94 mm (nº 108). Os fundos, de tamanho igualmente variável, enquadram-se nas variantes que incluem uma pequena moldura interna na união da parede com o fundo. Constata-se o predomínio dos conjuntos metopados (nº 106-107; 109-112). Um exemplar apresenta vestígios dum friso com uma fiada de dois tipos de motivos verticais cuja composição é difícil de interpretar, dada a fragmentação em que se encontra (nº 108). Como é característico desta forma alguns fragmentos possuem imediatamente sob o bordo um friso decorado com motivos em aspas (nº 108) e óvulos que reproduzem um esquema típico da forma Drag. 30 e outras formas decoradas do Sul da Gália (nº 106-107). 106

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so superior ornamentado por motivos vegetais. Cronologia: 50-60. Diâmetro: 94 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0568). Fragmento de parede, base e pé. Forma Dragendorff 30. Motivos decorativos: friso metopado vendo-se parte de um motivo circular. Cronologia: 50-100. Diâmetro do pé: 61 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-0669). Fragmento base e pé. Forma Dragendorff 30. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 32 mm. Proveniência: Sé (N.I.: 2002-2219). Id. Forma Dragendorff 30. Cronologia: 50-100. Diâmetro do pé: 50 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 2003-1589). Fragmento de parede. Forma Dragendorff 30. Cronologia: 50-100. Diâmetro: . Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1970).

A forma Hisp. 49 pode, até ao momento, considerar-se rara no contexto da produção hispânica. Inicialmente classificada por Mezquiriz com o número 48 e como tal referida em diferentes sítios da península, entre os quais o centro oleiro de Bezares (Mezquiriz, 1976, p. 302-304; Garabito Gómez, 1978, p. 190, Fig. 43, nº 253, Lam. 44, nº 4) e Numancia (Romero Carnicero, 1985, p. 239-242 e 420, Fig. 88, nº 911-912). De acordo com as características formais e de decoração tem vindo a ser proposta para esta forma uma directa inspiração em vasos de vidro, em particular da forma Isings 21 (vd. Romero Carnicero, 1985, p. 240; Mezquiriz, 1985, p. 173). Os dois fragmentos recolhidos em Braga, datáveis de meados a finais do século I, possuem a típica decoração com depressões ovaladas (nº 113-114).

Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 30. Motivos decorativos: pequeno friso ornamentado por uma fiada de óvalos. Friso superior com decoração metopada. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2003-1581). Id. Forma Dragendorff 30. Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo ornamentado por uma fiada de óvalos. Friso superior com decoração metopada. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 158 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1720). Id. Forma Dragendorff 30. Motivos decorativos: pequeno friso junto ao bordo ornamentado por motivos em aspa. Fri-

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Fragmento de bordo e parede. Forma Hispânica 49. Motivos decorativos: parede decorada com facetas ovaladas e côncavas. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2002-2211). Fragmento de parede. Forma Hispânica 49. Motivos decorativos: parede deco-

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

rada com facetas ovaladas e côncavas. Cronologia: 50-100. Proveniência: R. Damião de Góis, nº 8 – Lote 47 (N.I.: 2002-2221).

delos decorados do Sul da Gália, tendo vindo a ser proposta a sua semelhança com a forma Dechelette 67 com decoração moldada (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 132) e em barbotina (vd. Hermet, 1934, p. 145, Est. 90, nº 1-5). A presença em Braga deste exemplar com decoração moldada é interessante dada a sua extrema raridade no contexto da produção hispânica (Romero, 1985, p. 72).

A forma Hisp. 1 está representada por três pequenos fragmentos (nº 115-117). Tratase dum vaso com perfil bitroncocónico com duas asas e colo côncavo. Esta forma, pouco comum nos centros de produção e de consumo, parece inspirar-se na forma Herm. 7 fabricada no Sul da Gália (1961, p. 71-72). A atribuição desta forma aos fragmentos de Braga é feita com reservas dado o seu estado de fragmentação. A inclusão do fragmento de bordo (nº 115) no capítulo das peças decoradas deve-se à sua semelhança com alguns bordos de exemplares decorados apresentados por Françoise Mayet (1983, pl. CXXII), em especial com os bordos das peças nº 527 e 528, dados como provenientes de Aramenha (Portalegre, colecção A. Maçãs) e Volubilis (Museu de Volubilis). Os fragmentos com perfil bitroncocónico parece poderem incluir-se nos produtos mais antigos com fortes afinidades com os modelos do Sul da Gália. Num destes fragmentos pode ainda reconhecer-se os vestígios de uma fiada de óvulos. 115

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Id. Forma Hispânica 2. Motivos decorativos: apenas se vê vestígios de decoração. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-2291).

A forma Hisp. 20, de fabrico tipicamente hispânico, está representada na cidade por 16 fragmentos, três dos quais com decoração moldada. É possível, no entanto, que estes três exemplares possam ser reduzidos a dois (nº 119-120), dado o estado de fragmentação de um deles (nº 121). A forma Hisp. 20 caracteriza-se por um perfil ovóide mais ou menos alongado ou mais ou menos largo, identicos aos fragmentos nº 119 e 120 recolhidos em Braga. A ausência de engobe nestes fragmentos afasta a possibilidade de estarmos perante outro tipo de formas decoradas. Estes fragmentos possuem uma decoração metopada, frequente neste tipo de vasos. A cronologia destes exemplares enquadra-se, igualmente, na cronologia proposta para esta forma: o fragmento nº 119 data do último quartel do século I e o fragmento nº 120 dos primeiros decénios do século II.

Fragmento de bordo e parede. Forma Hispânica 1. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 99 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1719). Fragmento de parede com carena. Forma Hispânica 1. Motivos decorativos: sob a carena um pequeno friso de óvalos separados por linguetas simples. Cronologia: 80-100/120. Diâmetro da largura máxima: 106 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1736). Id. Forma Hispânica 1. Cronologia: 70100/150. Diâmetro da largura máxima: 96 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2003-1739).

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120 Nas escavações de Braga foram recolhidos 19 fragmentos da forma Hisp. 2, dentre os quais se destaca um pequeno fragmento que apresenta vestígios de decoração moldada (nº 118). À semelhança da forma Hisp. 2 é possível tratar-se de uma forma inspirada em mo-

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Fragmento de parede, base e pé. Forma Hispânica 20. Motivos decorativos: decoração metopada com a representação de golfinhos dispostos na vertical. Cronologia: 75-100. Diâmetro do pé: 36 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 19992597). Fragmento de parede, base e pé. Forma Hispânica 20. Motivos decorativos: decoração metopada. Cronologia: 80-120. Diâmetro do pé: 55 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N.I.: 2003-1575). Fragmento de parede. Forma Hispânica 20?. Motivos decorativos: decoração

As Cerâmicas Finas de Mesa

Com excepção de alguns fragmentos provenientes de Granada e Andújar os restantes exemplares provém de Tritium Magallum. Como se vê na Fig. 50, predominam as formas clássicas mais frequentes, com predomínio, em Braga, dos pratos Drag. 15/17 e das taças Drag. 27.

metopada com motivos vegetais. Cronologia: 70-100. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1962). Associada à forma Hisp. 20 ou à forma Hisp. 82 pertence um fragmento de parede datável dos finais do século I a inícios do século II (nº 122). 122

O prato Drag. 15/17 está representado por cerca 965 fragmentos (nº125-180). Ainda que este prato encontre precedentes em formas de tipo itálico, deve considerar-se que o protótipo da produção hispânica procede fundamentalmente das oficinas do Sul da Gália, em especial dos exemplares produzidos no período flávio (vd. Oswald e Pryce, 1966, Fig. XLIII). As primeiras, datáveis a partir de meados do século I, estão representadas por fragmentos com um fabrico mais cuidado e morfologicamente mais próximos dos modelos do Sul da Gália. Os nº 125-127 possuem um fabrico mais cuidado e um perfil mais próximo dos modelos do Sul da Gália: parede pouco esvasada, frequentemente moldurada na face externa. Os diâmetros entre 149 mm (nº 126) e 200 mm (nº 125). Os restantes exemplares sofrem uma evolução para um maior diâmetro e uma parede mais alta e esvasada e a moldura interna em forma de meia-cana mais larga e achatada. Destacam-se, um primeiro grupo absolutamente dominante, datável dos períodos flávio e flávio / antonino, com diâmetros variando entre 145 mm (nº130) e 269 mm (nº 128) e outro, menos numeroso, com uma cronologia de cerca dos inícios a meados do século II, cujos diâmetros variam entre 230 mm (nº 172) e 259 mm (nº 175). Cabe ainda referir alguns fragmentos incluídos numa fase mais tardia de produção, situada entre a 2ª metade do século II e o século III (nº 176-180) com diâmetros entre 199 mm (nº 176) e 252 mm (nº 179).

Fragmento de parede. Forma Hispânica 20 ou 82?. Motivos decorativos: pequeno friso com decoração indeterminada dado o estado de fragmentação. Cronologia: 80-100/120. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2003-1766).

A forma Herm. 13, directamente inspirada pela sua homónima oriunda do Sul da Gália, está representada em Braga por mais de uma dezena de exemplares (nº 382-386), um dos quais decorado (nº 123). A presença de um único exemplar decorado está todavia de acordo com a sua raridade nas produções de terra sigillata, inclusive nas formas de origem gálica. O exemplar recolhido possui uma decoração metopada, a mais frequente neste tipo de formas. A análise do tipo de decoração e fabrico permite situá-lo na 2ª metade do século I, demonstrando uma certa contemporaneidade com algumas formas Drag. 29 e 37 presentes na cidade. 123

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Fragmento de parede. Forma Hermet 13. Motivos decorativos: friso metopado vendo-se motivos circulares que incluem elementos vegetais. Cronologia: 50-100. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-0408). Fragmento de parede. Tesserae. Motivos decorativos: frisos metopados vendo-se a representação de pégaso, motivos circulares e elementos verticais de separação. Cronologia: 50-100. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1571).

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4.3.2 Formas lisas Como é habitual, até à data foi recolhida na cidade uma maior quantidade de vasos lisos, com uma notável diversidade de formas.

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Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 41-68. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N.I.: 2002-2389). Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0566).

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Fragmento de base. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-80. Diâmetro da largura máxima: 133 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0359). Fragmento de bordo e base. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50100. Diâmetro: 269 mm. Proveniência: Fujacal (N.I.: 2003-1585). Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 15/17Cronologia: 50-100. Diâmetro: 240 mm. Proveniência: Sé (N.I.: 2002-2216). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-80/100. Diâmetro: 145 mm. Proveniência: Sé (N.I.: 2002-2217). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50100. Diâmetro: 158 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1185). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 171 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1202). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 75-125. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1993). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 75-125. Diâmetro: 148 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0519). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1992). Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 75-125. Diâmetro: 198 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2001-0295). Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 75-125. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1991). Fragmento de bordo, base e pé. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 5080/100. Altura: 44 mm. Diâmetro: 174 mm. Diâmetro do pé: 75 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 1994-0545). Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-80/100. Altura: 38 mm. Diâmetro: 153 mm. Diâmetro do pé: 64 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 1991-1999). Id. Cronologia: 50-80/100. Altura: 37 mm. Diâmetro: 166 mm. Diâmetro do pé: 71 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 1999-2171).

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Fragmento de bordo e base. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50100. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 19911889). Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 15/17. Grafito: n º11. Cronologia: 100-125. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1680). Fragmento de base. Forma Dragendorff 15/17. Grafito: nº 16. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Fujacal (N.I.: 1999-1318). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 66 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000- 0560). Fragmento de bordo, base e pé. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 75-100. Altura: 46 mm. Diâmetro: 160 mm. Diâmetro do pé: 66 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 1991-0498). Fragmento de bordo e base. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 75100. Diâmetro: 178 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2003-1799). Id. Forma Dragendorff 15/17. Grafito: nº 10. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 1991-1744). Fragmento de base. Forma Dragendorff 15/17. Marca: nº 66. Cronologia: 75100. Diâmetro: 74 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 1999-1360). Id. Forma Dragendorff 15/17. Grafito: nº 14. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 67 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2000-0559). Forma Dragendorff 15/17. Marca : nº 158. Cronologia: 50-100. Altura: 49 mm. Diâmetro: 189 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2001-1010). Id. Forma Dragendorff 15/17. Marca: nº 9. Cronologia: 75-125. Altura: 49 mm. Diâmetro: 199 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2002-1942). Id. Forma Dragendorff 15/17. Marca: nº 8. Cronologia: 75-125. Altura: 55 mm. Diâmetro: 192 mm. Diâmetro do pé: 77 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 1991-1996).

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Id. Forma Dragendorff 15/17. Marca: nº 50. Cronologia: 75-125. Altura: 55 mm. Diâmetro: 190 mm. Diâmetro do pé: 78 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 1991-1997). Id. Forma Dragendorff 15/17. Marca: nº 49. Cronologia: 75-125. Altura: 74 mm. Diâmetro: 187 mm. Diâmetro do pé: 73 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 1991-1800). Id. Forma Dragendorff 15/17. Marca: nº 57. Cronologia: 75-125. Diâmetro: 75 mm. Proveniência: Fujacal (N.I.: 2000-0464). Fragmento de bordo e base. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 80120. Diâmetro: 242 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2003-1517). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 20011201). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: R. Sº António das Travessas (N.I.: 2002-2265). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 15/17. Grafito: nº 15. Cronologia: 75-125. Diâmetro na parte mais larga: 163 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 1999-1322). Fragmento de base e pé. Forma Dragendorff 15/17. Marca: nº 85. Cronologia: 80-100/120. Diâmetro: 76 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2003-0209). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 20022182). Fragmento de parede, base e pé. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 93 mm. Proveniência: R. Sº António das Travessas (N.I.: 2002-2180). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: R. Sº António das Travessas (N.I.: 2002-2271). Id. Forma Dragendorff 15/17. Marca:

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nº 173. Cronologia: 75-125. Diâmetro: 76 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2002-1941). Id. Forma Dragendorff 15/17. Marca: nº 68. Cronologia: 75-125. Diâmetro: 64 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 1991-1728). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 75 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2002-2273). Fragmento de bordo e base. Forma Dragendorff 15/17. Grafito: nº 17. Cronologia: 75-125. Diâmetro na parte mais larga: 211 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0553). Fragmento de base e pé. Forma Dragendorff 15/17. Marca: nº 65. Cronologia: 100-125. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N.I.: s/número). Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 15/17. Grafito : nº 13. Cronologia: 100-125. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1730). Fragmento de bordo e base. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 100125. Diâmetro: . Proveniência: Maximinos (N.I.: 2002-2030). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 230 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 20022362). Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 100-150. Diâmetro: 240 mm. Diâmetro do pé: 90 mm. Proveniência: Hospital (N.I.: 1995-0320). Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 100-150. Diâmetro: 258 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2003-1740). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 100-150. Diâmetro: 259 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N.I.: 2002-2192). Fragmento de bordo e base. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 100150. Diâmetro: 199 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 100-150. Diâmetro da parte mais larga: 139 mm. Proveniência: Termas (N.I.: s/número).

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Fragmento de bese e pé. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 100-120. Diâmetro do pé: 79 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-1017). Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 125-250. Diâmetro: 252 mm. Diâmetro do pé: 76,5 mm. Proveniência: R. do Caires, sepultura 21 (N.I.: 1991-1025). Id. Cronologia: 200-300. Altura: 49 mm. Diâmetro: 220 mm. Diâmetro do pé: 66 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-2297).

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A tigela Drag. 24/25 está relativamente bem representada por 111 fragmentos (nº 187-200). Esta forma com precedentes na terra sigillata itálica, foi imitada na produção hispânica através dos protótipos produzidos no Sul da Gália na época de Cláudio-Nero (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 186-188, Est. XLIX). Apesar de na produção hispânica esta forma não possuir uma cronologia lata, os exemplares documentados apresentam diferenças formais e de fabrico, este último porventura resultante de diferentes condições de cozedura. As peças recolhidas não possuem uma relação clara nas suas dimensões, como sucede com os exemplares de origem gálica, documentando-se uma série de pequenas tigelas com diâmetro entre 69 mm (nº 194) e 73 mm (nº 195) e outras de maiores dimensões com diâmetros entre 110 mm (nº 198) e 155 mm (nº 200). À semelhança de outras formas de terra sigillata, estão presentes os produtos mais antigos datados a partir de meados do século I, alguns dos quais possuem uma fina canelura sublinhando o lábio na parede interna característica das produções gálicas (nº 187-188; 190). Estão igualmente presentes os produtos mais tardios datados a partir da dinastia flávia (nº 197-200). Como é característico em exemplares desta forma, o exemplar de perfil completo não possui o ressalto no fundo externo (nº 195), presente na maioria das forma hispânicas fabricadas em Tricio. De acordo com as sequências estratigráficas proporcionadas pelas diferentes escavações da cidade, observa-se um predomínio destas formas nos inícios da época flávia. Aparece, contudo, de forma residual e sem significado cronológico, em estratos datados dos finais do século I e inícios do século II.

O prato Drag. 18/31, de clara filiação gálica, em especial a partir dos protótipos do período flávio (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 181-183), está representado por apenas 79 fragmentos (nº 181-186). A escassez relativa desta forma em Braga não é excepção, dado que, contrariamente à produção gálica, ela teve pouco sucesso nas produção hispânica (Mayet, 1984, p. 71). As formas com uma clara filiação nos produtos do Sul da Gália, datados a partir de meados do século I até Vespasiano, possuem um perfil ligeiramente encurvado e um lábio bem demarcado (nº 181); os produtos mais tardios, datados do período flavio, distinguem-se dos anteriores pelo facto de possuírem um perfil mais oblíquo e rectilíneo (nº 185). Recolheramse ainda alguns fragmentos datáveis entre os finais do período flávio e as primeiras décadas do período antonino, que acentuam as características morfológicas da variante precedente. Sem significado cronológico específico os pratos da forma Drag. 18/31 podem atingir diferentes diâmetros, variando entre 130 mm (nº 181) e 183 mm (nº 184). 181

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Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 151 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1990). Fragmento de bordo e base. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 80120. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-2285).

Fragmento de bordo e base. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 50100. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1204). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1717). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 50-75. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1179). Id. Forma Dragendorff 18/31. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 183 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N.I.: 2002-2169). 239

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A tigela Drag. 27, a mais comum das formas produzidas na Hispânia, apenas é suplantada na cidade pelos tipos Drag. 15/17 e 37, como já foi referido. O número significativo de 559 fragmentos recolhidos está proporcionalmente de acordo com a quantidade de exemplares deste tipo encontrados noutros locais (nº 201-248). Esta forma, com o perfil em dupla curvatura têm o seu protótipo fabricado nas oficinas do Sul da Gália no período de CláudioNero (1966, p. 186-188, pl. XLIX), embora a grande maioria dos produtos hispânicos sigam mais de perto os modelos gálicos com bordo arredondado, datados do período flávio. Os exemplares mais antigos, caracterizam-se por possuir um lábio bem individualizado, uma acentuada curvatura no quarto de círculo superior da parede com o lábio demarcado pela característica fina canelura na face interna e um pé alto (nº 201-229). Os diâmetros destes fragmentos variam entre 75 mm (nº 205) e cerca de 130 mm (nº 217; 222-223) a 139 mm (nº 226). Os exemplares representativos de momentos intermédios e mais tardios da produção, transformam-se, progressivamente, numa taça com os dois quartos de círculo quase iguais, com tendência para se tornar progressivamente verticais, frequentemente associados a diâmetros mais largos, lábio não engrossado e pé gradualmente menos alto (nº 230-248). Com excepção de um pequeno fragmento com 80 mm de diâmetro (nº 236), os restantes exemplares possuem um diâmetro variável entre 95 mm (nº 238) e 178 mm (nº 241). Os fragmentos recolhidos em Braga possuem, na generalidade, paredes finas que variam entre 4 e 5 mm (aumentando à medida que se aproxima do fundo) e pés frequentemente altos exteriormente.

Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 40-50. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1727). Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 40-50/80. Altura: 51 mm. Diâmetro: 103 mm. Diâmetro do pé: 46 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 1999-2125). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 50100. Diâmetro: 99 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-0429). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N.I.: 2004-0078). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 2003-1764). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 50-75. Diâmetro: 115 mm. Proveniência: R. do Anjo (N.I.: 2004-0081). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 133 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2004-0082). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 69 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N.I.: 2004-0084). Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 50-100. Altura: 33 mm. Diâmetro: 73 mm. Diâmetro do pé: 36 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2000-0294). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 50100. Diâmetro: 125 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2004-0077). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 116 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2004-0080). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2004-0079). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1887). Id. Forma Dragendorff 24/25. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 155 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 20040083).

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Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 40-70. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1731). Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-70/80. Altura: 40 mm. Diâmetro: 79 mm. Diâmetro do pé: 34 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 1993-0688). Fragmento de parede, base e pé. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-75. Diâmetro: 39 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1988).

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Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-0430). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 75 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N.I.: 2002-2188). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-100. Proveniência: Largo São Paulo. (N.I.: sem número). Forma Dragendorff 27. Cronologia: 5070/80. Altura: 56 mm. Diâmetro: 120 mm. Diâmetro do pé: 49 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 1994-0480). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-70/80. Diâmetro: 125 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2002-2277). Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-70/80. Altura: 64 mm. Diâmetro: 129 mm. Diâmetro do pé: 56 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 1999-2175). Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-100. Altura: 39 mm. Diâmetro: 81 mm. Diâmetro do pé: 31 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 1994-0735). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: sem número). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1718). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0538). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-70/80. Diâmetro: 83 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0316). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-70/80. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0882). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 150-200. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N.I.: 2003-1124). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-70/80. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2002-2272). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 124 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0531).

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Fragmento de bordo, parede e pé. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 78 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2002-2264). Fragmento de parede e pé. Forma Dragendorff 27. Grafito: nº 79. Cronologia: 50-70. Diâmetro do pé: 35 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2003-1750). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 42 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0551). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1986). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-2019). Forma Dragendorff 27. Grafito: nº 23. Cronologia: 75-100. Altura: 59 mm. Diâmetro: 126 mm. Diâmetro do pé: 50 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 1999-2174). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N.I.: 2002-2190). Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0520). Fragmento de parede, base e pé. Forma Dragendorff 27. Marca: nº 48. Cronologia: 69-79. Diâmetro do pé: 39 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 2003-1160). Fragmento de parede. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 75-100. Diâmetro parte mais larga: 80 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-1095). Fragmento de parede, base e pé. Forma Dragendorff 27. Marca: nº 26. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 58 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2003-1748). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1730). Forma Dragendorff 27. Cronologia: 80-120. Altura: 66 mm. Diâmetro: 133 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 1991-0734).

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Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: sem número). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N.I.: 2002-2189). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 19912018). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Largo de São Paulo (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2003-1521). Fragmento de bordo, parede, base e pé. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 59 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 20031159). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 100-150. Diâmetro: 95 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2002-2278). Fragmento de bordo, parede e pé. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 100125. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Fonte do Ídolo (N.I.: 2003-0282). Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 100-150. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Largo de São Paulo (N.I.: s/número). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 100-125. Diâmetro: 178 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2002-2171). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 100-125. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2002-2275). Fragmento de parede, base e pé. Forma Dragendorff 27. Marca: 81. Cronologia: 81-96. Diâmetro do pé: 60 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2003-1176). Forma Dragendorff 27. Cronologia: 100-150. Altura: 45 mm. Diâmetro: 101 mm. Diâmetro do pé: 41 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 1996-0541). Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 100-125.

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Diâmetro: 101 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2002-2279). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 100-150. Diâmetro: 99 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 20022166). Id. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 100-150. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2002-2263). Id. Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 27. Cronologia: 100-150. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2002-2213).

A tigela Ritt. 8, que à semelhança das anteriores tem como protótipo os produtos do Sul da Gália (1966, p. 126), está representada apenas por 44 fragmentos (nº 249-262). Esta escassez pode estar relacionada com o facto da maior difusão desta forma ter tido lugar num momento avançado do AltoImpério e estar ausente em contextos com uma ocupação anterior à 2ª metade do século II. Apenas se recolheram cinco fragmentos da 2ª metade do século I com o bordo reentrante (nº 249-253) e o lábio por vezes sublinhado por finas caneluras na face interna e externa da parede. De entre estes descaca-se o fragmento nº 249 com uma cronologia aproximada a meados do século I. Os diâmetros mais reduzidos (nº 251) e os pés bem demarcados e altos são característicos das formas mais antigas (nº 248-250; 252) e de formas datáveis dos finais do século I / inícios do século II (nº 253-256). Os exemplares mais tardios, datados dos inícios do século II até ao século III, são frequentemente de maiores dimensões (nº 259-262) e possuem pés muito baixos ou apenas sugeridos. 249

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Perfil completo. Ritterling 8. Cronologia: 40/60. Diâmetro: 79 mm. Alt.: 38 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20031104). Id. Ritterling 8. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 111 mm. Alt.: 43 mm. Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I.: 2002-2194). Fragmento de lábio e parede. Forma Ritterling 8. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 59 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1728).

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Forma Ritterling 8. Cronologia: 50-100. Altura: 30 mm. Diâmetro: 70 mm. Diâmetro do pé: 36 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 1995-0771). Fragmento de lábio e parede. Forma Ritterling 8. Cronologia: 100-125. Diâmetro: . 89 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0541). Fragmento de parede, base e pé. Forma Ritterling 8. Cronologia: 80-100/120. Diâmetro do pé: 36 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0534). Id. Forma Ritterling 8. Cronologia: 80100/120. Diâmetro: 50 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0557). Id. Forma Ritterling 8. Cronologia: 80100/120. Diâmetro do pé: 43 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0549). Est.Fragmento de lábio e parede. Forma Ritterling 8. Cronologia: 100-125. Diâmetro: 86 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0543). Fragmento de lábio, parede e pé. Forma Ritterling 8. Cronologia: 80-100/120. Diâmetro: 84 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 1999-2095). Fragmento de lábio e parede. Forma Ritterling 8. Cronologia: 100-200. Diâmetro: 168 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1200). Id. Forma Ritterling 8. Cronologia: 100120. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2001-0270). Id. Forma Ritterling 8. Cronologia: 100200. Diâmetro: 131 mm. Proveniência: Termas (N.I.: s/número). Id. Forma Ritterling 8. Cronologia: 100150. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2002-1330).

Com excepção de um fragmento de grandes dimensões, com 160 mm de diâmetro (nº 275), os fragmentos mais antigos caracterizam-se por possuirem diâmetros menores, variáveis entre 89 mm (nº 263) e 140 mm (nº 277). A maior parte destes exemplares possui bordos engrossados, sendo pouco frequentes os bordos em forma de pequena aba. Os exemplares mais tardios, distinguem-se dos anteriores pelas suas maiores dimensões variáveis entre 90 mm (nº 278279) e 172 mm (nº 287). Os bordos destes fragmentos podem ser idênticos aos anteriores, embora sejam mais frequentes os bordos em forma de pequena aba, curta e espessa. A quase totalidade dos exemplares com aba possuem a característica decoração com folhas de água. 263

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O número de 134 fragmentos da tigela Drag. 35 (nº 263-290) é substancialmente inferior aos 228 fragmentos da forma Drag. 36 recolhidos em Braga. Esta forma derivada do protótipo produzido no Sul da Gália no período flávio, foi incluído por Alain Vernhet no serviço A de La Graufesenque, (vd. Vernhet, 1976, p. 14, Fig. 1). É possível distinguir exemplares com um fabrico característico das produções mais antigas, datáveis de meados a finais do século I, e exemplares mais tardios, datáveis dos finais do século I a inícios do século II.

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Forma Dragendorff 35. Cronologia: 50-70/80. Altura: 32 mm. Diâmetro: 89 mm. Diâmetro do pé: 33 mm. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiado (N.I.: 1996-1047). Id. Cronologia: 50-70/80. Diâmetro: 123 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1735). Fragmento de aba e parede. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 2002-1264). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 19911980). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 50-80/100. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0317). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 20021270). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2003-1742). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 19912005). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1983).

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Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 19911977). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 19912009). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2001-0268). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 19912007). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 19911982). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 19911978). Est.Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: s/número). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 135 mm. Proveniência: Fujacal (N.I.: 2003-1522). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-1031). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1726). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 137 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2002-2382). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 100-150. Diâmetro: 125 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 20022373). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 134 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 20022287).

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Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 172 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1194). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 152 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-0426). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0315). Id. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 151 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 20022212).

As taças Drag. 36 que, à semelhança da forma precedente, faziam parte do serviço A de La Graufesenque (1976, p. 14, Fig. 1), estão relativamente bem representadas na cidade, com 228 fragmentos. Acompanhando diferenças significativas de fabrico e de perfil estas formas estão igualmente representadas por exemplares datáveis dos inícios da produção, entre meados a finais do século I, e formas mais tardias, datáveis do final deste século a inícios do seguinte. Encontram-se assim exemplares com a aba decorada com as típicas folhas de água e outras sem decoração; os diâmetros variam entre 150 mm (nº 295) e 279 mm (nº 302). Contamos apenas com dois exemplares de perfil quase completo: um com aba curta ligeiramente abaulada, decorado com as usuais folhas de água (nº 301), e outro com aba lisa e fundo interno decorado a guilhoché (nº 292). 291

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Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1898). Forma Dragendorff 36. Cronologia: 50-100. Altura: 43 mm. Diâmetro: 236 mm. Diâmetro do pé: 85 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 1999-2173). Fragmento de aba e parede. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 239 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0562). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 60-100. Diâmetro: 229 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0335). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Largo de São Paulo (N.I.: s/número).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0550). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1984). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 256 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2002-2184). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 240 mm. Proveniência: R. Nª Sª do Leite (N.I.: 1996-0417). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 230 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N.I.: 2003-1524). Forma Dragendorff 36. Cronologia: 80-120. Altura: 41 mm. Diâmetro: 164 mm. Diâmetro do pé: 68 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 1994-0666). Fragmento de aba e parede. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 279 mm. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (N.I.: 2002-2222). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0554). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 100-125. Diâmetro: 186 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2000-0554). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 100-125. Diâmetro: 239 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0545).

De acordo com as variações de fabrico podemos assinalar alguns fragmentos datáveis de meados a fins do século I (nº 306-314), data aproximada para o início da produção desta forma. Os números nº 315-318 são o testemunho da sua evolução para um fabrico menos cuidado cujos diâmetros variam entre 180 mm (nº 315) e 290 mm (nº 316). 306

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313 A tigela ou taça Drag. 39 está surpreendentemente bem representada na cidade, com 33 fragmentos (nº 306-318). Esta quantidade é elevada se levarmos se levarmos em consideração a sua raridade nos locais de produção e consumo. De inspiração gálica, as origens exactas desta forma não estão ainda bem esclarecidas (vd. Romero Carnicero, 1985, p. 204-205). A sua semelhança com a forma Drag. 34 produzida em Montans parece-me, no entanto, sugestiva (Martin, 1986, p. 61, fig. 3). Com a forma duma tigela ou taça de paredes encurvadas, possui uma aba ligeiramente oblíqua ou claramente oblíqua e inclinada para o interior (nº 307) com decoração moldada.

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Fragmento de aba e parede. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 50-75. Diâmetro: 224 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2002-2367). Fragmento de aba, parede e asa. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 284 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2001-1286). Fragmento de aba, parede e arranque de asa. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 300 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2207). Fragmento de aba, parede e asa. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 262 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2209). Fragmento de aba. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 260 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2002-2276). Fragmento de aba e parede. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 75-100. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-1900). Fragmento de aba. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 75-100. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2205). Id. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 50-100. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 2002-2376). Id. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 50-100. Proveniência: Maximinos (N.I.: sem número). Fragmento de parede com início de arranque de asa. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 100-120. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: R. Sº António das Travessas (N.I.: 2002-2269). Fragmento de aba, parede e asa. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 290 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0023). Fragmento de aba. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 200

As Cerâmicas Finas de Mesa

mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2002-2394). Fragmento de aba e parede. Forma Dragendorff 39. Cronologia: 100-125. Diâmetro: 230 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2002-2385).

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A tigela Drag. 44 está presente com 23 fragmentos (nº 319-332), uma proporção apreciável no contexto das restantes formas de produção hispânica. Trata-se de uma forma com protótipos nas produções do Sul da Gália em Montans (vd. Hermet, 1934, Est. 2, nº 19; Oswald e Pryce, 1966, p. 203-204, Est. LXI), ainda que na produção hispânica apresente um bordo com a parede interna côncava. Os exemplares recolhidos em Braga não possuem um fabrico homogéneo e os diâmetros oscilam entre 142 mm (nº 324) e cerca de 298 mm (nº 332). Com excepção nº 319, datável das últimas décadas do século I, e dois fragmentos mais tardios, datáveis do primeiro quartel (nº 331) e da 2ª metade do século II (nº 332), os restantes têm uma cronologia entre os finais do século I e inícios do século II (nº 320-330).

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Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 198 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N.I.: 20022388). Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 20022286). Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 182 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 20022375). Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 20022374). Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 148 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N.I.: 20022191). Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 142 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: s/número).

Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2002-2172). Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Largo de São Paulo (N.I.: sem número). Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 203 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2002-2368). Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2200). Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 181 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2203). Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 161 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 2002-2366). Id. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 100-125. Diâmetro: 230 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 2002-2371). Fragmento de parede. Forma Dragendorff 44. Cronologia: 100-150. Diâmetro: 298 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N.I.: 2002-2372).

Do conjunto da terra sigillata presente em Braga, destacam-se, pelo seu interesse, três fragmentos atribuíveis à forma Hisp. 9 com diâmetros variáveis entre 206 mm (nº 334) e 221 mm (nº 335). Trata-se de uma forma com filiação em protótipos itálicos do tipo Consp. 14 (Haltern 7; Oberaden 5; Goudineau 13, 16, 18, 24; Pucci XX, 1, 2; XX, 4-11; XXI, 1-8; XXI, 10), em particular do tipo Consp. 14.1, imitado em diferentes oficinas provinciais como, por exemplo, o centro produtor augústeo de La Muette, considerado como uma sucursal de Arezzo na Gália (Lasfargues e Vertet, 1976, p. 45, fig. 1) e, mais tarde, no centro produtor de La Graufesenque (Vernhet, 1986, fig. 2). A forma itálica inspirou igualmente imitações ampuritanas (Sanmarti-Grego, 19741975, p. 251-261; Romero Carnicero, 1985, p. 233) e produtos assinadas por Lucius Terentius, um ceramista ligado à Legião IV Macedónica que deixou vestígios da sua actividade em Herrera de Pisuerga (Romero Carnicero, 1985, p. 233; 1999, p. 253-258 e 272). 246

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

A forma Hisp. 9, até à data apenas documentada por exemplares recolhidos em Numância (Mezquiriz, 1961, Est. 24 A, 4, 261, 33; Mayet, 1983, p. 30, pl. LXXVII, nº 246; Romero Carnicero, 1985, p. 232-234 e 419, Fig. 87, nº 905-906; Mezquiriz, 1985, p. 146, Tav. XXVII, nº 7) e Lancia (1985, p. 146, Tav. XXVII, nº 8), possui uma parede de perfil acampanado e um bordo com uma ligeira concavidade, eventualmente para receber um testo. A observação dos fabricos levou-nos a admitir que o fragmento nº 333, com um fabrico muito cuidado, pasta ligeiramente avermelhada, e um engobe de muito boa qualidade, poderia datar do 2º quartel do século I e provavelmente originário de algumas das oficinas situadas a Norte da Meseta. A mesma cronologia atribuímos ao fragmento nº 334, que igualmente possui um fabrico muito cuidado, mas desta vez característico dos produtos mais antigos fabricados em Tricio. O fragmento nº 335 possui um fabrico característico das produções de Tricio mais tardias. À semelhança dos exemplares de Numância (Romero Carnicero, 1985, p. 234) é possível que este fragmento date dos finais do século I e os primeiros anos do século II.

pode variar entre 169 mm (nº 340) e 360 mm (nº 349). De acordo com o tipo de fabrico, podemos constatar que, à semelhança da maior parte das formas de terra sigillata hispânica até à data recolhidas em Braga, predominam os fragmentos datáveis dos finais do século I e inícios do século II (nº 338-348). A excepção corresponde a um fragmento de aba de grandes dimensões datável da 2ª metade do século I (nº 336) e a três outros de cronologia mais tardia, incluídos nas produções do 1ª quartel do século II (nº 349; 351) e a 1ª metade do mesmo (nº 350).

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Fragmento de bordo e parede. Forma Hispânica 9. Cronologia: 25-50. Diâmetro: 209 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-1080). Id. Forma Hispânica 9. Cronologia: 2550. Diâmetro: 206 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2002-2364). Id. Forma Hispânica 9. Cronologia: 80-100/120. Diâmetro: 221 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-2288).

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343 A forma Hispânica 4, de criação tipicamente hispânica, está bem representada em Braga, com 97 fragmentos (nº 336-351). Além de dois exemplares que possuem uma aba lisa, curiosamente enquadráveis nos produtos mais antigos (nº 336) e tardios desta forma (nº 350), os restantes fragmentos possuem as características abas decoradas com guilhoché, algumas das quais munidas das respectivas asas laterais (nº 342; 345; 346; 351). Também não há uniformidade nas dimensões dado que o diâmetro destes pratos

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Fragmento de aba. Forma Hispânica 4. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 345 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2002-2270). Id. Forma Hispânica 4. Cronologia: 75100. Proveniência: Maximinos (N.I.: sem número). Id. Forma Hispânica 4. Cronologia: 80120. Proveniência: Largo de São Paulo (N.I.: sem número). Fragmento de aba e parede. Forma Hispânica 4. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 259 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2002-2363). Fragmento de aba. Forma Hispânica 4. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Largo de São Paulo (N.I.: sem número). Fragmento de aba e parede. Forma Hispânica 4. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 351 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-2010). Id. Forma Hispânica 4. Cronologia: 80120. Diâmetro: 269 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1188). Id. Forma Hispânica 4. Cronologia: 80120. Diâmetro: 351 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-2002). Fragmento de aba. Forma Hispânica 4. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 250 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1186). Id. Forma Hispânica 4. Cronologia: 80120. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 1991-2001). Id. Forma Hispânica 4. Cronologia: 80120. Diâmetro: 248 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: sem número).

As Cerâmicas Finas de Mesa

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Id. Forma Hispânica 4. Cronologia: 80120. Proveniência: Maximinos (N.I.: sem número). Fragmento de parede, base e pé. Forma Hispânica 4. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2003-1178). Fragmento de aba e parede. Forma Hispânica 4. Cronologia: 100-125. Diâmetro: 360 mm. Proveniência: Granjinhos (N.I.: 2002-2168). Forma Hispânica 4. Cronologia: 100-150. Altura: 32 mm. Diâmetro: 174 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 1993-0699). Fragmento de aba. Forma Hispânica 4. Cronologia: 100-125. Proveniência: maximinos (N.I.: sem número).

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A forma Hisp. 17, um tipo recentemente individualizado a partir do tipo precedente, inspira-se no tipo 2 do serviço B definido por Alain Vernhet para La Graufesenque (1976, p. 99) (nº 359-362). O critério de atribuição deste tipo a uma nova forma deve-se exclusivamente ao facto de se tratar de um prato. Os diâmetros variam entre 165 mm (nº 360) e 235 mm (nº 362). Os dez fragmentos recolhidos na cidade possuem uma cronologia coincidente com a forma precedente, sendo que igualmente se inspiram nos pratos do tipo Hermet 28 fabricado em La Graufesenque no período flavio.

A forma Lud. Tb: sob esta forma incluímos apenas os fragmentos de tigela (nº 352-358) com diâmetros variáveis entre 90 mm (nº 358) e 158 mm (nº 356). O nº 352 possui um perfil quase completo e o nº 358 uma aba muito inclinada para o interior. Esta forma hispância, que se inspirou no tipo Hermet 28 fabricado no Sul da Gália, corresponde ao tipo 1 do serviço B definido por Alain Vernhet da produção de Graufesenque (1976, p. 99). A cronologia de finais do século I e os inícios da centúria seguinte para os exemplares recolhidos na cidade, está de acordo com o momento de produção desta forma que se iniciou a partir do período flavio. 352

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Id. Forma Ludowici Tb. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2002-2266). Perfil completo. Forma Ludowici Tb. Cronologia: 80-120. Altura: 29 mm. Diâmetro: 90 mm. Diâmetro do pé: 35 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2006-0001).

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Perfil completo. Forma Ludowici Tb. Cronologia: 80-120. Altura: 36 mm. Diâmetro: 109 mm. Diâmetro do pé: 52 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 1997-1373). Fragmento de aba e parede. Forma Ludowici Tb. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2208). Id. Forma Ludowici Tb. Cronologia: 80120. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2002-2214). Id. Forma Ludowici Tb. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2002-2360). Id. Forma Ludowici Tb. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 158 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1734).

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Fragmento de aba, parede e base. Forma Dragendorff 17. Cronologia: 80120. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: sem número). Fragmento de aba e parede. Forma Dragendorff 17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 165 mm. Proveniência: R. Sº António das Travessas (N.I.: 2002-2159). Id. Forma Dragendorff 17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: R. Nª Sª do Leite (N.I.: 2003-1520). Id. Forma Dragendorff 17. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 235 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2002-2361).

A forma Hisp. 10 está representada em Braga apenas por seis fragmentos (nº 363366). Trata-se de uma forma provavelmente inspirada nos modelos do Sul da Gália, em especial a forma Vernhet A-4 ou Hermet 9 (vd. Romero Carnicero, 1985, p. 235). A presença de seis fragmentos deve ser valorizada, dado tratar-se de um produto pouco comum na produção da terra sigillata hispânica, estando praticamente confinada ao norte da Península. Apesar do relativo “ar de família” comum aos exemplares deste tipo, as diferenças 248

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

A inclusão da tigela nº 370 no tipo Hisp. 5 é problemática. De facto, à semelhança dos exemplares recolhidos em Mózinho (Carvalho, 1998, p. 79 e 108, Fig. XL, nº 1060, 1061, 1345, 2167), o exemplar de Braga não se enquadra nos tipos de fabrico atribuíveis a Andújar. Tratar-se-á de uma forma ainda não documentada na região de Tricio ou, como sugere Teresa Pires de Carvalho, para os exemplares de Mozinho (1998), poderá corresponder a um produto saído de outras oficinas, por exemplo, do Vale do Douro? O fragmento de Braga com um bordo plano e horizontal e 160 mm de diâmetro (nº 378), provém de um contexto estratigráfico datável dos finais do século I e inícios do século II.

formais verificadas nos fragmentos recolhidos em Braga, advertem-nos para o carácter não totalmente homogéneo destas formas. De facto, aos diâmetros variáveis entre 79 mm (nº 364) e 161 mm (nº 368) acresce as diferenças acentuadas de perfil, sendo de destacar os exemplares de grande diâmetro com paredes muito oblíquas (nº 368) comparativamente a um fragmento de reduzido diâmetro com parede praticamente vertical (nº 365). 363

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Fragmento de lábio e parede. Forma Hispânica 10. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Praia das Sapatas (N.I.: 2002-2187). Id. Forma Hispânica 10. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 79 mm. Diâmetro do pé: 39 mm. Proveniência: R. Sº António das Travessas (N.I.: 2002-2267). Id. Hispânica 10. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 84 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-2292). Fragmento de parede e base. Forma Hispânica 10. Cronologia: 75-100. Diâmetro de pé: 44 mm. Proveniência: Largo de Santa Cruz (N.I.: 2002-2170). Fragmento de lábio e parede. Forma Hispânica 10. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2002-2178). Id. Forma Hispânica 10. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 161 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-2282).

370

Braga conta com um número significativo de 15 fragmentos da forma Hispânica 7 (nº 371-381). De momento não se pode garantir se estamos perante uma forma original da terra sigillata hispânica. A produção desta forma em Montans associada à forma Drag. 44, datada entre 140 e 150, e a presença de formas afins em exemplares de terra sigillata africana da produção A e em exemplares de cerâmica comum parece sugerir, tratar-se de uma forma conhecida no repertório das cerâmicas alto e médio imperiais. Dadas as suas características esta forma tem sido fundamentalmente identificada como correspondendo a um testo (Mezquiriz, 1961, p. 78) podendo, nalguns casos, ter tido a dupla função de testo e de prato (1985, p. 145). Como sugeriu Mezquiriz (1985) é possível que esta forma pudesse ter funcionado como recipiente hermético para conservar o calor dos alimentos ou simplesmente isolar qualquer outra substância do contacto com o ambiente. Na produção hispânica a diversidade morfológica deste tipo está directamente relacionada com sua utilização como complemento de algumas das formas conhecidas, dentre as quais a forma Drag. 44 e a forma Lud. Tb.

A forma Drag. 33, com poucas diferenças formais relativamente ao modelo fabricado do Sul da Gália (vd. Oswald e Pryce, 1966, p. 189-191, pl. LI), foi exclusivamente fabricada em Tricio. A recolha de um único fragmento na cidade pode, no entanto, explicar-se tendo em conta a escassez desta forma em Tricio e nos restantes sítios peninsulares onde se regista a presença de terra sigillata hispânica. O fragmento de tigela com a parede oblíqua e um diâmetro de 89 mm, possui um lábio demarcado em ambas as faces (nº 369). 369

Fragmento de aba e parede. Forma Hispânica 5. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Casa da Bica (N.I.: 2002-2161).

Fragmento de lábio e parede. Forma Dragendorff 33. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1724). 249

As Cerâmicas Finas de Mesa

Nos exemplares recolhidos na cidade verifica-se uma certa variabilidade de fabrico e da forma, esta última por apresentar diferenças quanto à obliquidade das paredes, com um desenvolvimento mais ou menos rectilíneo ou encurvado. Não sabemos, todavia, se a diversidade de diâmetros e de bordos encontrados poderão estar relacionados com formas específicas de terra sigillata. Os diâmetros variam entre 139 mm (nº 379) e 249 mm (nº 381). Com excepção de um fragmento datado da 2ª metade do século I, os restantes fragmentos datam dos finais do século I e inícios do século II. 371

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Como referimos, além de um pequeno fragmento decorado, o cantil Herm. 13 liso está representado na cidade por doze fragmentos (nº 382-386). Esta quantidade de fragmentos é muito significativa dado tratar-se de uma forma pouco comum nos sítios da Península. A maior parte dos fragmentos encontra-se excessivamente fragmentado pelo que só foi possível determinar o seu tipo graças às características muito peculiares desta forma. No conjunto encontrado destaca-se um pequeno fragmento de bocal (nº 386) pertencente a uma variante que encontra paralelos em dois exemplares recolhidos em Conimbriga (Mayet, 1975, p. 186, pl. LVI, nº 362-363; 1983, pl. LXXXV, nº 319-320). Os fragmentos recolhidos em Braga possuem características de fabrico enquadráveis em dois momentos distintos da produção: finais do século I e os inícios do século II (nº 382-383; 386) e 1º quartel (nº 384) a meados do século II (nº 385).

Fragmento de testo. Forma Hispânica 7. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 192 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-2296). Id. Forma Hispânica 7. Cronologia: 80120. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: R. Sº António das Travessas (N.I.: 20022268). Id. Forma Hispânica 7. Cronologia: 80120. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2002-2215). Id. Forma Hispânica 7. Cronologia: 80-120. Altura: 19 mm. Diâmetro: 148 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 1997-1388). Id. Forma Hispânica 7. Cronologia: 80120. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2196). Id. Forma Hispânica 7. Cronologia: 80120. Diâmetro: 145 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2002-2381). Id. Forma Hispânica 7. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: R. Stº António das Travessas (N.I.: 2002-2274). Id. Forma Hispânica 7. Cronologia: 80120. Diâmetro: 189 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2197). Id. Forma Hispânica 7. Cronologia: 80120. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2002-2380). Id. Forma Hispânica 7. Cronologia: 80120. Diâmetro: 155 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2002-2383). Id. Hispânica 7. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 249 mm. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (N.I.: 20022392).

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Fragmento de bordo. Forma Hermet 13. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 54 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: sem número). Fragmento de gargalo. Forma Hermet 13. Cronologia: 80-120. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2393). Fragmento de parede com início de arranque de asa. Forma Hermet 13. Cronologia: 100-125. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2002-2167). Fragmento de parede. Forma Hermet 13. Cronologia: 120-170. Diâmetro: 42 mm. Diâmetro da largura máxima: 200 mm. Proveniência: Quinta do Fujacal / R. 25 de Abril (N.I.: 2002-2174). Fragmento de gargalo. Forma Hermet 13 (Mayet 319-320). Cronologia: 80120. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2003-1715).

Como referimos, com excepção de um fragmento decorado incluído nas formas decoradas em molde, recolheram-se na cidade 18 fragmentos da forma Hisp. 2 lisa (nº 387394). Destes, dois fragmentos (nº 387-388) possuem uma decoração em barbotina disposta em grossas linhas oblíquas (nº 388) e verti250

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

cais (nº 387). A semelhança com determinadas produções de paredes finas - em particular da forma Mayet XL e, em menor medida da forma Mayet XL - foi já evidenciada por variados autores (vd. Mezquiriz, 1961, p. 73; Roca Roumens, 1976, p. 47; Mayet, 1975, p. 108). Romero Carnicero (1985, p. 219-221), salienta ainda a possibilidade destas formas poderem ter sido influenciadas por determinadas formas torneadas do tipo Dech. 67 recolhidos em La Grausefenque por Hermet, que igualmente possuem uma decoração aplicada em barbotina. No seu conjunto, mas sem significado cronológico aparente, são predominantes os vasos de perfil ovóide com um bordo mais pequeno e menos oblíquo (nº 387-392) relativamente àqueles de perfil globular com bordos mais oblíquos e pronunciados (nº 393-394). De acordo com as características de fabrico destes fragmentos podemos atribuir dois momentos distintos de produção: meados a finais do século I (nº 387; 389-391) e finais deste século e inícios da centúria seguinte (nº 388; 392-394). 387

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Além dos três fragmentos com decoração moldada, a forma Hisp. 20 está representada por 16 fragmentos da variante lisa (nº 395-400). Com excepção de um fragmento de colo de atribuição mais duvidosa (nº 399) e de um fragmentos de fundo com grafito (nº 400), os restantes correspondem a fragmentos de bocais característicos de alguns exemplares deste tipo. Neste conjunto distinguem-se dois tipos de bocais: três fragmentos (nº 395-397) possuem um bocal que termina num bordo muito esvasado, semelhante ao exemplar de perfil completo recolhido na necrópole de Valdoca, actualmente em depósito no Museu Nacional de Arqueologia (Mayet, 1983, p. 31, pl. LXXXIV, nº 317); para o outro fragmento não encontramos um paralelo exacto (nº 398). A cronologia destes exemplares enquadra-se na cronologia proposta para esta forma: finais do século I e inícios do século II. 395

Fragmento de parede, base e pé. Forma Hispânica 2. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 50 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2002-2365). Fragmento de bordo e parede. Forma Hispânica 2. Cronologia: 80-100. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2001-1199). Id. Forma Hispânica 2. Cronologia: 50100. Diâmetro: 69 mm. Proveniência: Fujacal (N.I.: 2003-1586). Id. Forma Hispânica 2. Cronologia: 75100. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2002-2177). Fragmento de parede, base e pé. Forma Hispânica 2. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 43 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-2290). Fragmento de bordo e parede. Forma Hispânica 2. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 62 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-2294). Id. Forma Hispânica 2. Cronologia: 80120. Diâmetro: 83 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-2280). Id. Forma Hispânica 2. Cronologia: 80120. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2002-2164).

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Fragmento de bordo e colo. Forma Hispânica 20. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2202). Fragmento de bordo, colo e asa. Forma Hispânica 20. Cronologia: 70-100/120. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2001-0274). Fragmento de bordo e colo. Forma Hispânica 20. Cronologia: 70-100/120. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-1037). Fragmento de bordo, colo e arranque de asa. Forma Hispânica 20 Cronologia: 80-120. Diâmetro: 66 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2003-1743). Fragmento de colo. Forma Hispânica 20. Cronologia: 100-125. Proveniência: Praia das Sapatas (N.I.: 2002-2158). Fragmento de parede, base e pé. Forma Hispânica 20. Grafito: nº 9. Cronologia: 100-125. Proveniência: Necrópole da Rua do Caires (N.I.: 2002-2027).

A forma Hisp. 21 apenas está representada por um fragmento de parede (nº 401). Dada a exiguidade deste não é possível integrá-lo com segurança nas variantes conhecidas. Todavia, admitimos atribuí-lo à variante de perfil bicónico, normalmente de maiores 251

As Cerâmicas Finas de Mesa

Da forma Hisp. 28 conhece-se apenas um fragmento de bordo e parte superior do colo (nº 404). À semelhança das formas anteriores trata-se igualmente de uma forma pouco documentada conhecendo-se apenas um exemplar completo em Iruña (Alava) (Mezquiriz, 1961, est. 25, nº 4; 1985, p. 152-153, Tav. XXXIII, nº 1). Pelo fabrico o fragmento de Braga será datável da 2ª metade do século I, não se enquadrando por conseguinte na cronologia proposta para esta forma, atribuída aos séculos II e III.

dimensões (vd. Mezquiriz, 1985, p. 150, Tav. XXXI, nº 3-5). À semelhança da forma precedente este fragmento data dos finais do século I e inícios do século II. 401

Fragmento de parede. Forma Hispânica 21. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2002-2210).

A recolha de um fragmento de fundo atribuível à forma Hisp. 54 merece ser destacada (nº 402). Na verdade, trata-se de uma forma extremamente rara no contexto da produção de terra sigillata hispânica, conhecendo-se apenas dois exemplares depositados no Museu Nacional de Arqueologia de Madrid (Almedinilla, Córdova) (Mezquiriz, 1961, est. 28; Mayet, 1983, p. 31, pl. LXXXIII, nº 303; Mesquiriziz, 1985, p. 159, Tav. XXXVII, nº 7) e no Museu de Vila Viçosa (Mayet, 1983, p. 31, Pl. LXXXIII, nº 302). De acordo com o tipo de fabrico o fragmento de Braga data dos finais do século I e os inícios do século II. 402

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Igualmente rara é a forma Hisp. 34, apenas documentada por um exemplar completo proveniente de Palencia e em depósito no Museu Nacional de Arqueologia em Madrid (Mezquiriz, 1961, est. 28; Mayet, 1983, p.31, Pl. LXXXIII, nº 311; Mezquiriz, 1985, p. 152-153, Tav. XXXIV, nº 1). O fragmento em forma de pé de cálice recolhido em Braga é, todavia, ligeiramente mais moldurado que o exemplar de Palencia e pelo fabrico possui uma cronologia mais antiga, datada dos finais do século I e inícios do século II (nº 405).

Fragmento de parede, base e pé. Forma Hispânica 54. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 103 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2003-1516).

A forma Hisp. 23 é uma forma igualmente rara na produção hispânica. Até ao momento encontramos apenas um pequeno fragmento de bordo e parede: a ausência de colo e a extrema convexidade da parede sugerem atribuí-lo a esta forma (nº 403). Até à data esta forma é conhecida apenas por um exemplar completo recolhido em Mérida (Mezquiriz, 1961, Est. 27; Mayet, 1983, p. 31, pl. LXXXI, nº 284; Mezquiriz, 1985, p. 151, Tav. XXXI, nº 8). De acordo com as características de fabrico o fragmento de Braga data dos finais do século I e inícios do século II. 403

Id. Forma Hispânica 28. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 82 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N.I.: 2002-2295).

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Fragmento de pé em forma de cálice. Forma Hispânica 34. Cronologia: 80120. Diâmetro: 99 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2003-1210).

Da forma Hisp. 51 encontraram-se três pequenos fragmentos (nº 406-407), um dos quais não ilustrado. Trata-se de uma forma que se inspira nos atramentaria produzidos no sul da Gália. No contexto da produção hispânica saliente-se a recolha de fragmentos desta forma encontrados nas entulheiras dos fornos de Bezares (1985, p.158). Apesar do excessivo estado de fragmentação não permitir encontrar paralelos admitimos que, pelo fabrico, os fragmentos recolhidos em Braga datem de meados a finais do século I.

Fragmento de bordo e parede. Forma Hispânica 23. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 77 mm. Proveniência: Cavalariças (N.I.: 2002-2395). 252

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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cálice figura com o número 91 dessa mesma tipologia. Em Braga, a presença de dois exemplares desta forma não deixa de nos causar alguma perplexidade. No entanto, ainda que possamos aceitar que estas formas não foram largamente produzidas, é de crer que elas estejam presentes noutros sítios da península. Apesar da peça de Bilbilis não constar do quadro cronológico apresentado nesta síntese, os exemplares de Braga possuem um fabrico enquadrável no último quartel do século I (nº 413) e os finais do século I / inícios do século II (nº 414).

Fragmento da parte superior de tinteiro (atramentarium). Forma Hispânica 51. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Necrópole da Via XVII (Cangosta da Palha) / R. D. João C. Novais e Sousa (N.I.: 2002-2175). Id. Forma Hispânica 51. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 28 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 20021007).

A forma Hisp. 88 está surpreendentemente bem representada na cidade por 5 fragmentos (nº 408-412), três dos quais com perfil completo (nº 410-412). De acordo com as suas características morfológicas pensamos que poderia ter sido utilizado como base. Os diâmetros variam entre 79 mm (nº 410) e 130 mm(nº 412). Na última proposta tipológica apresentada para a terra sigillata hispânica figura um protótipo recolhido Bilbilis datável dos finais do século I e os inícios do século II. Com excepção de um fragmento datável da 2ª metade do século I (nº 408), os restantes quatro enquadram-se na cronologia proposta para o exemplar de Bilbilis. 408

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Id. Forma Hispânica 91. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 36 mm. Diâmetro do pé: 32 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 2001-1001). Fragmento de lábio e parede. Forma Hispânica 91. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 33 mm. Diâmetro do pé: 38 m. Proveniência: Albergue (N.I.: 20031516).

Em Braga recolheram-se três a quatro exemplares (nº 415-418) de uma forma actualmente incluída com o número 94 na recente tipologia proposta para a terra sigillata hispânica (1999). Esta forma, anteriormente incluída no Atlante com o número 39, possui fortes afinidades com alguns cálices da cerâmica celtibérica (forma 16) datáveis dos últimos dois séculos a. C (vd. Mezquiriz, 1985, p. 156). Além do exemplar recolhido em Bezares conhecem-se dois outros fragmentos provenientes de Numância e Arenzana (1985). A atribuição desta forma ao fragmento nº 415 é feita com reservas, dado poder igualmente tratar-se da parte superior de uma forma Drag. 44. Com excepção deste fragmento com um fabrico muito fino e um engobe de excelente qualidade característico de determinados produtos hispânicos datáveis de 40 a 70 d. C, os restantes fragmentos (nº 416-418) não possuem um fabrico coincidente com a proposta apresentada por Mezquiriz que data esta forma a partir dos meados do século I (1985). De acordo com as características de fabrico, os fragmentos de Braga podem ser datados do último quartel do século I (nº 416);

Fragmento de bordo e parede. Forma Hispânica 88. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 114 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2003-1705). Id. Forma Hispânica 88. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: São Geraldo (N.I.: 2002-2384). Id. Forma Hispânica 88. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: 2002-1242). Id. Forma Hispânica 88. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 122 mm. Diâmetro da parte inferior: 70 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 19930796). Id. Forma Hispânica 88. Cronologia: 80-120. Diâmetro: 130 mm. Diâmetro do fundo: 84 mm. Proveniência: Fujacal (N.I.: 1997-1396).

Na recente e última proposta de tipologia da terra sigillata hispânica (Roca Roumens e Férnandez García, 1999) figura um pequeníssimo exemplar em forma de cálice, dado como proveniente de Bilbilis. Este pequeno 253

As Cerâmicas Finas de Mesa

finais do século I / inícios do século II (nº 417) e 1º quartel do século II (nº 418). 415

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Vaiamonte (concelho de Monforte), actualmente em depósito no Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa (Mayet, 1983, p. 27, pl. LXVI, nº 117). A produção lisa da forma Drag. 30 está também documentada na produção de Andújar (Roca Roumens e Férnandez García, 1999, p. 273; 329). Ambos os fragmentos recolhidos em Braga datam do último quartel do século I.

Fragmento de bordo e parede. Forma Hispânica 94 ou Hispânica 44. Cronologia: 40-70. Diâmetro: 219 mm. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2195). Fragmento de parede e fundo. Forma Hispânica 94. Cronologia: 50-75. Proveniência: Escola Velha da Sé (N.I.: 2002-2176). Fragmento de fundo. Forma Hispânica 94. Cronologia: 80-120. Proveniência: Maximinos (N.I.: sem número). Fragmento de pé em forma de cálice. Forma Hispânica 94. Cronologia: 100125. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N.I.: 2002-2220).

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Id. Forma Dragendorff 29 ou 30. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 138 mm. Proveniência: Maximinos (N.I.: sem número). Id. Forma Dragendorff 29 ou 30. Cronologia: 75-100. Diâmetro: 134 mm. Proveniência: Fujacal (N.I.: 2003-1587).

A recolha de um fragmento liso, incluído na série de bordo engrossado e reentrante da forma 37 b é, no entanto, mais problemática (nº 422). De facto, como referimos, não encontrámos na bibliografia consultada nenhum exemplar liso desta série. Encontramos sim um exemplar incluído na variante de bordo simples fabricado em Andújar (Roca Roumens, 1976, p. 152, Lam. 22, nº 81-82; 84; Roca Roumens e Férnandez García, 1999, p. 273 e 329). De acordo com as características de fabrico o fragmento situa-se, todavia, no último quartel do século I, data coincidente com a cronologia de produção desta forma.

4.3.3 Formas lisas típicas da decoração decorada Sob este título incluímos quatro fragmentos de bordos e parede correspondentes às formas Drag. 29, Drag. 30 e Drag. 37 b não decoradas. Se as primeiras formas não decoradas são conhecidas não conhecemos paralelos para a Drag. 37 b lisa. O fragmento da forma Drag. 29 (nº 419), com um diâmetro de 250 mm, encontra paralelo num exemplar recolhido em Bezares (Roca Roumens e Férnandez García, 1999, p. 273 e 329) e nas escavações da muralha de Alcazaba, em Mérida, e actualmente em depósito no Museu daquela cidade (Mayet, 1983, p. 27, pl. LXVI, nº 116). De acordo com as características de fabrico o fragmento de Braga data do 3º quartel do século I.

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Id. Forma Dragendorff 37 (var. b). Cronologia: 70-80. Diâmetro: 255 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N.I.: 2003-1518). 4.3.4 Formas diversas indeterminadas

Fragmento de bordo e parede. Forma Dragendorff 29. Cronologia: 50-80. Diâmetro: 248 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-1039).

No contexto das produções hispânicas recolhidas na cidade, destacam-se ainda quatro fragmentos para os quais não encontramos paralelos na bibliografia consultada.

Os fragmentos da forma Drag. 29 ou 30 (preferencialmente desta última), com um diâmetro variável entre 138 mm (nº 420) e 134 mm (nº 421), encontram paralelo no exemplar Drag. 29 acima referido ou nos exemplares lisos recolhidos em Mozinho – Penafiel (Carvalho, 1998, p. 81) e Herdade do Reguengo,

O fragmento nº 423 parece corresponder a uma pequena pega, que teria funcionado como apêndice ou asa de uma forma provavelmente decorada. De acordo com o fabrico este fragmento data dos finais do século I a inícios do século II.

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Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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antigo atribuível ao 2º quartel do século I e um tipo de decoração bem presente nos produtos decorados produzidos em Tritium Magallum no século I (vd., Mayet, 1983, Est. CXLII; Romero Carnicero, 1985, p. 188 e 190), diferencia-se da marca de Numância (1985, p. 188 e 190) que apresenta um tipo de decoração em palmetas directamente influenciada pelas decorações estampadas que se difundem a partir do século IV com a terra sigillata africana D e a terra sigillata gálica tardia. A peça de Braga possui uma pasta vermelha-acastanhada com e. n. p. abundantes, homogéneos e de pequenas dimensões. A superfície da pasta é ondulada com abundantes vacúolos redondos de pequenas dimensões e alguns alongados de maiores dimensões. O engobe, também vermelho-acastanhado, bem aderente e conservado, possui um brilho homogéneo no fundo externo e menos homogéneo no fundo interno.

Fragmento de asa em forma de pega ? Forma indeterminada. Cronologia: 80-120. Proveniência: Albergue (N.I.: 2002-2206).

Neste pequeno conjunto de peças indeterminadas não podemos deixar de destacar o fragmento nº 424. Trata-se de um fragmento de parede com cerca de 10 mm de espessura e cerca de 230 mm de diâmetro máximo. O posicionamento deste fragmento graças ao conjunto de estrias existentes na face interna da parede permite verificar tratar-se de uma peça de grandes proporções com parede cilíndrica idêntica às formas Hisp. 54 e 55. No contexto da produção hispânica não conhecemos, todavia, nenhuma forma com estas proporções. Conhecemos sim na produção de La Graufesenque a reprodução em terra sigillata da lagoena romana bem conhecida em baixela metálica e noutro tipo de produções cerâmicas, destinadas principalmente para vinho. De acordo com as características de fabrico esta peça data de finais do século I a inícios do século II. 424

425

Fragmento de base e pé. Forma indeterminada. Marca: roseta. Cronologia: 25-50. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2002-2045).

Fora desta apreciação contamos ainda com um fragmento indeterminado representado por um bordo espessado, ligeiramente esvasado, seguido de um colo mais fino e côncavo (nº 426). Este fragmento, provavelmente de um jarro ou bilha, caracteriza-se por possuir um fabrico muito diferenciado: a pasta de cor creme acastanhada tem uma superfície rugosa e laminar com vacuólos de diferentes dimensões não sendo visíveis qualquer tipo de e. n. p.. Possui um engobe acastanhado não muito espesso e mais ou menos brilhante. Apesar de desconhecermos o centro de produção deste fragmento é possível que possa ter saído de uma das oficinas situadas no Vale do Douro. Este fragmento provém de um contexto estratigráfico situado entre os finais do século I e os inícios do século II.

Fragmento de parede. Forma indeterminada. Cronologia: 80-120. Diâmetro máximo: 230 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N.I.: 2002-2378).

Por fim salientamos ainda a presença de um fragmento de fundo de um prato de forma indeterminada que possui uma marca anepígrafa representada por uma roseta de 14 pétalas incluída num pequeno círculo inciso (nº 425). Trata-se de uma marca que, com alguma probabilidade, assinala a oficina de um oleiro, como parece sugerirem as produções de terra sigillata itálica e gálica e outras marcas anepígrafas hispânicas da produção de Tritium Magallum documentadas em Numância (Romero Carnicero, 1985, p. 188, nº 793 e p. 406) e Peñaforua (Mezquiríz 1985, p. 119), ou mesmo, como refere Mª Victória Romero Carnicero (1885, p. 188 e 190), certo tipo de entalhes (vid. marca nº 103) conhecidos na produção de Andújar (vd. Roca Roumens, 1976, p. 3031, Est. 2, nº 1-13). Acentue-se, todavia, que a marca de Braga, com um fabrico relativamente antigo

426

Fragmento de bordo e parede. Forma Hispânica 1 ?. Cronologia: 80-100/120. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Carvalheiras (N.I.: 2003-1716). 4.3.5 Formas lisas de produção bética (Andújar e Granada)

255

As Cerâmicas Finas de Mesa

No conjunto da terra sigillata de proveniência hispânica foi possível identificar um pequeno número de peças oriundas dos centros produtores béticos de Andújar e Granada. Esta presença da terra sigillata bética é um facto bastante curioso e surpreendente pois no Noroeste peninsular ainda não se tinha documentado terra sigillata com esta proveniência. A única excepção corresponde a um fragmento da forma Drag. 15/17 com a marca IIX·OV·CA proveniente de Arcozelo (Barcelos, Braga). No entanto, a origem duvidosa desta peça e a ausência de exemplares oriundos das oficinas béticas no Noroeste peninsular teria levado Françoise Mayet (1984, p. 226, nota 21) a propor que esta tivesse sido trazida de fora em época recente.

possui uma parede pouco esvasada e uma moldura na parede externa, idêntico aos produtos do Sul da Gália de época cláudia e flávia (vd. Roca Roumens, 1976, p. 33-34). O fragmento nº 428, com um bordo de maior diâmetro e uma parede mais esvasada, possui características afins aos exemplares do 2º grupo, semelhante a exemplares documentados noutros centros de produção de terra sigillata hispânica datáveis de finais do século I e inícios do século II (1976). 427

428

Dos dezanove fragmentos de terra sigillata Bética até à data documentados na cidade, oito correspondem a produções de Andújar e onze às produções de Granada. Os exemplares atribuíveis a Andújar possuem uma pasta mal cozida, friável, de fractura irregular, com uma superfície interna de aspecto poroso, com frequentes vacuólos. A cor varia entre o bege acastanhado e o vermelho inglês, sendo visíveis partículas amareladas, argilosas e calcárias. O verniz é vermelho acastanhado, espesso e mate, podendo ser mais ou menos homogéneo e aderente. Os exemplares atribuíveis a Granada possuem uma pasta fina de factura irregular e de cor ocre clara, ligeiramente micácea. O verniz é de cor vermelha alaranjada. O facto de possuirmos uma amostra proveniente dos centros produtores de Granada (nº 435) facilitou-nos a identificação dos fragmentos recolhidos na cidade.

Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 45-69. Diâmetro: 270 mm Proveniência: Sé (N.I.: 2002-2391). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 75-120. Diâmetro: 258 mm. Proveniência: Termas (N.I.: 2000-0521).

A forma Drag. 24/25 está representa pelo exemplar de perfil completo nº 429 que possui a marca de um oleiro de Andújar (= NA) e uma marca de entalhe na parede interna junto à base, técnica exclusiva deste centro produtor no contexto das produções hispânicas (1976, p. 30; Sotomayor Muro, Roca Roumens e Fernández, 1999, p. 21-22). A presença da marca no fundo interno deste exemplar deve ser salientada dado que até à data não se tinham documentado marcas neste tipo de formas (Férnandez García, 1998, p. 54). 429

Forma Dragendorff 24/25. Marca : nº 103. Cronologia: 50-100. Diâmetro do pé: 36 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1997-1325).

A forma Drag. 27, com o nº 430, está igualmente representada por um exemplar. Trata-se de um pequena peça de perfil completo que se caracteriza por possuir uma parede contra-curvada, terminando num lábio exteriormente demarcado por duas finas caneluras e um pé de secção mais ou menos triangular.

O pequeno repertório de formas provenientes de Andújar corresponde às formas clássicas Drag. 15/17, 24/25, 27 e 35/36, e a uma forma exclusivamente produzida neste centro, a forma Hisp. 69. A presença de um exemplar atribuível à forma Drag. 18 ou 18/31 é, no entanto, mais difícil de enquadrar dada a sua escassez ou ausência neste centro produtor. Os fragmentos da forma Drag. 15/17 estão presentes com dois exemplares pertencentes ao 1º e 2º grupo, respectivamente. O fragmento nº 427, pertencente ao 1º grupo,

430

Forma Dragendorff 27. Cronologia: 50-100. Altura: 40 mm. Diâmetro: 88 mm e diâmetro do pé: 40 mm. Proveniência: Sé (N. I.: 2002-2123).

A forma Drag. 35/36 está representada por dois exemplares que terminam numa 256

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

O repertório das formas atribuíveis a Granada é, como seria de esperar, mais reduzido. Destes apenas se documenta a forma Drag. 15/17, representados pelos nº 435 e 439, sendo que o nº 438 possui um perfil completo e uma típica decoração roleta no fundo interno.

pequena aba sem decoração em barbotina. O fragmento nº 431, com uma parede mais encurvada e com maior profundidade, enquadrase nas tigelas da forma Drag. 35. O fragmento nº 432, possui um maior diâmetro e uma menor profundidade, como é característico dos pratos e prateis da forma Drag. 36.

435 431

432

Fragmento de parede com aba. Forma Dragendorff 35. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1523). Id. Forma Dragendorff 36. Cronologia: 50-100 ?. Diâmetro: 190 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 20022289).

436

437

No contexto da escassa representação das formas provenientes de Andújar até à data recolhidas na cidade, não deixa de ser surpreendente a presença do exemplar nº 433 atribuível à forma Hisp. 69. De facto, esta forma, única e exclusivamente atribuída às produções de Andújar, é uma forma pouco representada nesta produção sabendo-se apenas que parece ser própria de momentos avançados de laboração deste centro (vd. Sotomayo Muro, Roca Roumens e Fernández, 1999, p. 26). 433

438

439

Fragmento de bordo. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 251 mm. Proveniência: Amostra de Granada (N. I.: sem número). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 247 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2397). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 279 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2396). Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: Augusto-finais de Tibério/inícios de Cláudio. Altura: 59 mm. Diâmetro: 322 mm. Diâmetro do pé: 116 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-2046). Id. Forma Dragendorff 15/17. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 310 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1760).

Os restantes fragmentos, com os nº 440 a 446, correspondem a fragmentos de fundo de pratos, igualmente ornamentados com a típica decoração roletada.

Hispânica 69. Cronologia: 50-100?. Diâmetro do pé: 124 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2002-2377).

Mais intrigante é a presença do exemplar atribuível à forma Drag. 18 ou 18/31 (nº 434). Na verdade, esta forma não se encontra na tipologia apresentada pelos autores espanhois que de longa data têm vindo a publicar as formas provenientes deste centro produtor. Encontramos, todavia, referência a dois exemplares dados como provenientes das entulheiras dos fornos de Andújar na obra de F. Mayet sobre a Terra Sigillata Hispânica (Mayet, 1983, pl. XXIII, nº 13-14), juntamente com treze outros igualmente atribuídos a este centro produtor, recolhidos em Belo (vd. Bourgeois e Mayet, 1991, p. 206-207 e 219-220, pl. XLIXLII, nº 7-9, 11).

440

434

444

441

442

443

Fragmento de bordo e base. Forma: Dragendorff 36. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 229 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-1205). 257

Fragmento de base e pé. Forma: indeterminada. Cronologia: 50-100. Diâmetro do pé: 90 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1999-1651). Id. Forma: indeterminada. Cronologia: 50-100. Diâmetro do pé: 81 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1999-1652). Id. Forma: indeterminada. Cronologia: 50-100. Diâmetro do pé: 86 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1999-1654). Id. Forma: indeterminada. Cronologia: 50-100. Diâmetro do pé: 90 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1999-1656). Id. Forma: indeterminada. Cronologia: 50-100. Diâmetro do pé: 80 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1999-1653).

As Cerâmicas Finas de Mesa

445

446

Id. Forma: indeterminada. Cronologia: 50-100. Diâmetro do pé: 125 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: sem número). Id. Forma: indeterminada. Cronologia: 50-100. Diâmetro do pé: 120 mm. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1999-1655).

lizadas de diferente natureza ou rematados por representações de palmetas (nº 10; 12; 18-22; 24-34). Os segundos, correspondem a representações mais esquemáticas representados por motivos variados dos quais se destaca as conhecidas representações de candelabros (nº 8-9; 11; 13-17; 23; 35; 37). Neste conjunto cabe ainda destacar alguns motivos diferenciados, caso do nº 36, com rosetas sobrepostas (nº 36), e um friso disposto na vertical formado por linhas segmentadas (nº 38). Apesar da dificuldade em atribuir a cada punção um centro produtor específico parece, todavia, sugestivo que algumas destas decorações encontrem paralelos em exemplares recolhidos em Tricio (ex. nº 8; 14-16; 34; 36), Bezares (ex. nº 9; 12; 21; 26) e Arenzana (ex. nº 18; 22; 27).

4.3.6 Motivos decorativos Grinaldas, arcarias e motivos cruciformes (nº 1-7) Em Braga recolheram-se poucos fragmentos da produção hispânica com a representação de grinaldas (nº 1-3). De entre estes destaca-se um fragmento atribuível às formas Hisp. 20 ou 82 (nº 1) e dois fragmentos pertencentes à forma Drag. 29 com a representação de uma espiral (nº 2) e de uma grinalda incluída numa arcaria (nº 3) provavelmente oriundos de Tricio. Como os motivos anteriores, as arcarias, directamente inspiradas nas produções gálicas, são igualmente pouco frequentes nas produções hispânicas do norte peninsular. De entre os fragmentos recolhidos na cidade destaca-se o nº 4 pertencente a uma forma Drag. 29. Este fragmento está decorado por um friso com a representação de arcarias que incluem no seu interior a figura de uma Vitória caminhando à direita, provavelmente atribuível ao centro produtor de Bezares. Igualmente de inspiração gálica, os motivos cruciformes estão pouco representados. De entre estes destaca-se três fragmentos (nº 5-7), um dos quais representado pela conhecida Cruz de Stº André (nº 5), típica da produção gálica e das produções béticas. O fragmento nº 7 possui uma decoração muito simplificada, idêntica a outros exemplares recolhidos no centro produtor de Bezares.

Óvulos e motivos diversos (nº 40-56) Apesar da estrita representação de frisos contínuos com a representação de óvulos os fragmentos recolhidos em Braga são muito variados: óvulos mais ou menos largos ou estreitos (nº 40-45), alguns dos quais apenas representados por círculos simples semelhantes a motivos geométricos estilizados (nº 40; 45). À simplicidade destes últimos contrapõem-se outros de feitura mais cuidada que, à semelhança das produções gálicas, possuem uma lingueta de separação (nº 47-49). Reunindo ambas as características destaca-se um pequeno fragmento atribuível à forma Hispânica 1 cuja representação de óvulos e linguetas se encontram substituídas por motivos circulares e linhas verticais (nº 46). No rol dos motivos diversos encontra-se uma variabilidade de motivos, por vezes de difícil classificação: motivos vegetais estilizados (nº 50; 52-54), altares (nº 51), estrelas (nº 55), bucrâneos (nº 56), etc.

Pequenos motivos verticais (nº 8-39) São diversos os motivos verticais cuja finalidade é a de separar as decorações que se vão repetindo na superfície dos vasos. A generalidade destes motivos pode ser incluída nos dois grande grupos conhecidos: vegetais e geométricos. Os primeiros, mais abundantes, estão particularmente representados por folhas esti-

Motivos em rosetas (nº 57-84) Grande é a diversidade dos motivos decorativos representados por rosetas. Estes motivos, associados ou não a motivos circulares, possuem uma decoração idêntica a alguns 258

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

res (nº 139-142); aves palmípedes, provavelmente representando albatrozes (nº 143-145), e a representação de gansos (nº 146-149) e cisnes (nº 150-153). O grupo das aves de pequeno porte está particularmente representado por aves aquáticas, a maior parte das quais representadas por patos em diferentes posições e tamanhos (nº 154-166). Além de outras aves de difícil classificação (nº 167-178), reconhece-se ainda a representação de pavões reais (nº 180) ou comuns (nº 179) e a representação de galos (nº 181) e águias (nº 182-184), estas últimas típicas do centro produtor de Arenzana.

dos fragmentos recolhidos nos centros produtores de Tricio (nº 58; 65; 74-76; 78), Bezares (nº 57-63) e Arenzana (nº 64; 67-71). Como seria de esperar, a maior parte dos fragmentos aqui reunidos pode ser classificada em função do tamanho e do número e forma das pétalas: assimétricas, simétricas, lisas, cavadas ou decoradas. A estas cabe acrescentar a marca anepígrafa presente no fundo interno de um prato, representada por uma roseta de 14 pétalas incluída num pequeno círculo inciso (vd. supra). Motivos vegetais (nº 85-134) Como se sabe, os motivos vegetais são dos mais frequentes no rol das decorações da terra sigillata hispânica. Este facto explica a relativa abundância e diversidade das decorações recolhidas em Braga. Também aqui estes motivos se fazem acompanhar de outras decorações, frequentemente associados a motivos animais, humanos ou círculos e medalhões. As representações mais frequentes correspondem a diferentes tipos de palmetas (nº 89-112), com ou sem caule inferior e base triangular ou bífida, e palmetas arredondadas com ramos múltiplos e de diferentes tamanhos, a maior parte das quais encontra paralelos aproximados nas produções de Bezares (nº 92-95; 97; 100; 102; 105-107). Menos frequentes são as representações vegetais com motivos de tipo arbóreo e motivos trifoliados (nº 117-119), frequentemente associados às produções de Tricio (nº 118-119; 124). Além destes motivos estão ainda presentes as folhas de tipo lanceolado e outros motivos vegetais variados, passíveis de serem integrados nestes ou noutros centros produtores do Vale do Ebro (nº 113-116; 125-132).

Representações de outros animais (nº 185232) Com excepção de um fragmento com a representação de um peixe, provavelmente um golfinho (nº 232), as restantes decorações de animais estão representadas por quadrúpedes. Neste conjunto figuram os animais míticos, os selvagens ou exóticos e os relacionados com a caça e alimentação. Os animais míticos estão representados por grifos (nº 185-187), reconhecíveis nas produções de Tricio e Bezares, e por um Pégaso (nº 188). Os animais selvagens ou exóticos estão presentes através da representação de leões de tamanho médio a grande apoiados sob as patas traseiras, típicos das decorações de Bezares e Arenzana (nº 189-192). Integráveis nestas duas categorias figuram as representações de panteras dionisíacas, motivo recorrente da iconografia clássica romana quando associada ao cortejo báquico (nº 193-197). Punções idênticos aos de Braga foram recolhidos nos centros produtores de Tricio e Arenzana. Seguem-se as representações de animais relacionados com motivos de caça e alimentação: javalis na posição de corrida ou em repouso (nº 198-199); cães de caça no acto de corrida semelhantes à representação de lebres (nº 200-204); lebres na posição de corrida e coelhos em posição de repouso (nº 205-215); cervídeos de diferentes tamanhos e posições (nº 216-226; 228-229) e caprinos (nº 222; 230-231), sendo, como seria de esperar, mais abundantes os primeiros bem representados

Representações de aves (nº 135-184) Na cidade as representações de aves são tanto ou mais abundantes que os motivos vegetais. Neste grupo de decorações pode distinguir-se aves de grande e pequeno porte. De entre as primeiras cabe destacar a representação de cegonhas de asas abertas ou fechadas (nº 135-138); a representação de aves que julgamos pertencer a aves pernaltas (grous?) características da produção de Beza259

As Cerâmicas Finas de Mesa

4.3.7 Marcas

em todos os centros produtores conhecidos do Vale do Ebro.

Do total de 95 fragmentos com marcas de oleiro, 32 foram consideradas ilegíveis dado o estado excessivo de fragmentação (Fig. 51). Saliente-se, todavia, que com excepção de duas marcas oriundas de Andújar, as restantes 63 marcas identificadas correspondem a conhecidos oleiros que laboraram na região de La Rioja. Deste rol pode, inclusivamente, identificar-se 33 marcas especificamente atribuíveis a determinados centros de produção documentados nesta região. É o caso de Tricio (14 marcas = 7 oleiros), Tricio – El Quemao (13 marcas de um só oleiro), Tricio – Prado Alto (uma marca), Arenzana de Arriba – La Puebla (duas marcas = dois oleiros), Arenzana de Abajo (uma marca) e, possivelmente, Bezares ou Arenzana de Arriba (duas marcas de um só oleiro). À semelhança das marcas oriundas do Sul da Gália, o excessivo estrado de fragmentação dos vasos recolhidos na cidade pode ainda ser apreciado pela reduzida quantidade de formas com marca até à data identificadas, sendo apenas possível atribuir tipologia a 20 fragmentos. Estão neste caso dois fragmentos com decoração intradecorativa da forma Drag. 37 e os exemplares lisos das formas Drag. 15/17 (11 marcas), Drag. 27 (quatro marcas), Drag. 24/25 (uma marca), Drag. 18/31 (uma marca) e Hisp. 4 (uma marca). Com excepção de seis marcas intradecorativas posicionadas na parede de formas decoradas, todas as marcas se encontram no fundo interno impressas em caixilhos de forma variada, desde o rectângulo com ângulos rectos, até ao de ângulos arredondados ou bífidos. Dos cerca de 31 oleiros identificados predominam as marcas atribuíveis a Lapillius, com dez a treze marcas, cuja assinatura está largamente documentada na Lusitânia e no Noroeste. Seguem-se-lhe em número as marcas de Agilianus, com cinco marcas, e Fulvius Paternus e Sempronius Valerius, ambos com três marcas. Com duas marcas cada figuram os nomes de Clodius, Lucius Sempronius, N[-] Protae e, provavelmente, Valerius. Com apenas uma marca figuram os seguintes oleiros: Titus Sagenus (intradecorativa),

Motivos Humanos (nº 233-258) A representação de figuras humanas, muito frequente na produção hispânica, encontra-se igualmente bem documentada em Braga. As divindades masculinas estão representadas por Mercúrio (nº 233-237), vendo-se dois dos seus atributos, o caduceu e a bolsa. As divindades femininas são mais numerosas e frequentes, com destaque para a representação de Minerva (nº 238-242) idêntica aos punções recolhidos em Arenzana. Seguese a representação de uma possível Vitória? (nº 243), para a qual não encontramos paralelo, e a imagem da deusa Fortuna (nº 244-246), idêntica a decorações recolhidas em Tricio e Arenzana. A estas acrescente-se ainda duas representações pouco frequentes na terra sigillata hispânica com a imagem alegórica da Divindade Roma em posição sentada, conhecida na produção decorada de Arenzana (nº 247-248). Além das divindades e das representações alegóricas contamos ainda com decorações relacionadas com figuras de lutadores (guerreiros, gladiadores, pugilistas) (nº 249255) e outras decorações representadas por uma figura feminina (nº 258) e uma figura masculina em posição sentada (nº 257). Esta última figura, idêntica a punções recolhidos em Tricio, poderá corresponder à imagem de um pescador, tema usado no repertório figurativo do oleiro Germanus que laborou em La Graufesenque entre o reinado de Nero e a dinastia flávia (Oswald, 1964, p. 135-136 e 389-390; Oswald e Pryce, 1966, p. 136 s, Est. XXXV, nº 14). Motivos compostos por cenas (nº 259-266) Neste último grupo incluem-se motivos compostos por cenas resultantes da justaposição de punções animais e humanos. Em Braga predominam as cenas representativas da caça entre animais, em particular com a representação de cães a atacar cervídeos (nº 259-266). Documenta-se ainda a representação de jinetes ou bigas (nº 265) e a associação de figuras divinas com animais (nº 266). 260

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Ae(milius) Fr(onto), Britto, Cantaber, Fuk?, G[-] Annius Tritiensis, Iunius ou Inius Ma[], Lucius Anius, Lucius Pi[-], M[-] Assellius?, Maternus Tritiensis, Maurus, Mem Mi, Miccio, Nas[-] De[-], Rufus?, Saturus ou Saturninus?, Va[c]v[?]ere, Valerius Maternus, Valerius Paternus, Valerius ou V[-] Parus, Firmus Tritiensis ou Segius Tritiensis. De entre estas marcas destaca-se os nomes Va[c]v[?]ere e N[-] Protae, para as quais não encontrámos paralelos. Se para a primeira podemos admitir tratar-se de um oleiro conhecido, mas de leitura incerta dado o seu estado deteriorado, a segunda representa uma marca inédita. No contexto das marcas em terra sigillata apenas encontramos o nome Protis em vasos fabricados nos centros produtores do Sul da Gália, caso de Bram e La Graufesenque. A presença na península dos antropónimos Protaeidius, Protaeidus, Proto e Protus (vd. Abascal Palazón, 1994), parece sugerir, todavia, que Protae possa corresponder a uma abreviatura de Protae(idius) ou Protae(idus). Apesar de se tratar de um nome até à data desconhecido no contexto da produção hispânica de terra sigillata, deve no entanto, salientar-se a sua presença em dois exemplares de perfil completo da forma Drag. 15/17 e a sua associação estratigráfica com a marca Ae(milius) Fr(onto), igualmente documentada num exemplar de perfil completo da forma 15/17. A presença das marcas NA e O?IPIIII (Titus Oppius) atribuíveis a Andújar é igualmente interessante na medida em que documenta e parece corroborar a presença na cidade de fragmentos atribuíveis àquele centro e às suas sucursais granadinas. A avaliar pelas características de fabrico e proveniência estratigráfica das marcas verifica-se um predomínio das marcas datáveis dos finais do século I e os inícios do século II, período auge da importação da terra sigillata hispânica na cidade. Igualmente acompanhando a frequência destas produções na cidade, segue-se-lhes em número as marcas datáveis de meados a finais do século I e em menor número as marcas datáveis a partir dos inícios do século II.

Exteriores 1 TITVS ♥ SAGENVS ♥ TITI ♥ SA[GE]NI ♥ Sigillum exterior “intradecorativo” disposto de forma circular. Proveniente da parede externa do friso inferior de uma forma decorada Dragendorff 37. Marca de ceramista onde se lê em letras bem desenhadas e em relevo, TITI hedera SA[GE]NI hedera. A peça apresenta uma sintaxe decorativa constituída por dois frisos decorados. O friso superior contém motivos de círculos concêntricos; no friso inferior a decoração é constituída por rosetas de oito pétalas incluídas em dois círculos concêntricos ou, em alternância, pela marca do oleiro. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 2ª metade do século I. Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I.: 2003-0199). Bibliografia: inédita. 2 […] D [...] Sigillum exterior “intradecorativo” constituído por uma letra independente (19 x 14, 5 mm). Proveniente da parede externa do friso inferior de uma forma decorada indeterminada. Marca de ceramista composta pela letra D em capital. A peça, muito deteriorada, apresenta uma sintaxe decorativa constituída por dois frisos decorados. O friso superior contém motivos de círculos; no friso inferior a decoração é constituída por motivos de círculos em alternância com elementos verticais e letras capitais em relevo. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0202). Bibliografia: inédita. 3 […] G […] Sigillum exterior “intradecorativo” constituído por uma letra independente (17, 5 x 19, 5 mm). Proveniente da parede externa do friso inferior de uma forma decorada indeterminada. Marca de ceramista composta por um G em letra capital. Ainda que não se possa dar sinais da sintaxe decorativa por se tratar de um fragmento pequeno cuja composição não está completa, vê-se uma decoração em métopas constituída 261

As Cerâmicas Finas de Mesa

Oleiro TITVS♥SAGENVS♥

AE[MILIVS]·FRO[NTO]

Marca

Cronologia

Centros de Produção

Forma

Forma da Cartela

TITI hedera SA[GE]NI hedera

50 -100

La Rioja

Drag. 37

Intradecorativo

[…] D […]

75 - 100

La Rioja

Dec. Indeterminada

Intradecorativo

[…] G […]

50 - 100

La Rioja

Dec. Indeterminada

Intradecorativo

[...] E? [...]

50 - 100

La Rioja

Dec. Indeterminada

Intradecorativo

[...] S? [...]

50 - 100

La Rioja

Drag. 37

Intradecorativo

[...?] o

50 - 100

La Rioja

Drag. 37

Intradecorativo

[...?] DA [?...]

50 - 100

La Rioja

Dec. Indeterminável

Linear

AE·FRO[NTO]

75 - 125

La Rioja

Drag. 15/17

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

AGILIANVS

AGI·LIANI

75 - 125

La Rioja (Tricio)

Drag. 15/17

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

AGILIANVS

AGI·LIANI

75 - 125

La Rioja (Tricio)

Drag. 15/17

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

AGILIANVS

[EXOFAG]ILIANI

75 - 125

La Rioja (Tricio)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

AGILIANVS

IA·NI:

100 - 125

La Rioja (Tricio)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

AVITIANVS

OF·AVITIAN[I]

100 - 125

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (mutilada)

[…]ITO

75 - 125

La Rioja (Arenzana de Arriba – La Puebla)

Indeterminada

Cartela Rectangular (extremidades ligeiramente côncavas)

CANTABER

CANT·OF

50 - 100

La Rioja (Arenzana de Abajo)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

CLODIVIS

C·L·O[D] ou C·L·O[II]

75 - 100

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (bífidos)

C[…]

?

La Rioja

Drag. 18/31

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

BRITTO

CLODIVIS ? FVK ?

[…]K

75 – 125

La Rioja ?

Indeterminável

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

FVLVIVIS PATERNVS

OF·FV·[P…]

50 – 100

La Rioja (Tricio)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

FVLVIVIS PATERNVS

FVLVIPATOF

75 – 100

La Rioja (Tricio)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

FVLVIVIS PATERNVS

[EX]OFVLP

75 – 125

La Rioja (Tricio)

Drag. 18/31

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

G[-] ANNIVS TRITIENSIS

OG[…; N?]I·TR

75 – 100

La Rioja (Arenzana de Arriba – La Puebla)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

IVNIVS ou IVLIVS MA[-]

[…]F[…]VMA

100 – 125

La Rioja (Tricio)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

50 – 100

La Rioja (Tricio – El Quemao)

Drag. 15/17

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

LAPILLIVS

LA[P]ILLI·

LAPILLIVS

OF·LA·PIL·I·

75 – 100

La Rioja (Tricio – El Quemao)

LAPILLIVS

OF·LA·PIL·I·

75 – 100

La Rioja (Tricio – El Quemao)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

LAPILLIVS

[…]ILLI·O[F]

75 – 100

La Rioja (Tricio – El Quemao)

Indeterminável

Cartela Rectangular (mutilada)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

LAPILLIVS

[…]APILLI

75 – 125

La Rioja (Triccio – El Quemao)

LAPILLIVS

[…]LAPILLI

75 – 125

La Rioja (Tricio – El Quemao)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

Indeterminável

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

LAPILLIVS

[…]PILL

75 – 125

La Rioja (Tricio – El Quemao)

LAPILLIVS

[…]F?·LA·P?[…]

75 – 100

La Rioja (Triccio – El Quemao)

Indeterminável

Cartela Rectangular (mutilada)

LAPILLIVS

[…]PI[LL…]

75 - 100

La Rioja (Triccio – El Quemao)

Indeterminável

Cartela Rectangular (mutilada)

Indeterminável

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

LAPILLIVS?

[…]LI

75 - 100

La Rioja (Triccio – El Quemao)

LAPILLIVS?

L[A?...]

50 - 100

La Rioja (Triccio – El Quemao)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados) Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

LAPILLIVS?

OF·L[…]

75 - 100

La Rioja (Triccio – El Quemao)

LAPILLIVS?

[…]L

100 - 125

La Rioja (Triccio – El Quemao)

Indeterminada

LVCIVS ANIVS

LVC·[…]

100 - 150

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

LVCIVS PI[-]

OF·LVPI

75 - 125

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

LVCIVS SEMPRONIVS

OFLSEM

50 - 100

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

LVCIVS SEMPRONIVS

O·L·SEM[…]

75 - 100

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

MACER? M[-]ASELLIVS? MATERNVS VALERIVS?

EXOFMA[C]ER

75 - 125

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

OF·MA·SI

75 - 125

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados) Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

[…]MVALER?

100 - 125

La Rioja ?

Indeterminada

MAVRVS

OF·MAVRI?

100 - 125

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

MEM MI

OFM·M

75 - 100

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

MICCIO

IIX·OFIMIC

75 - 125

La Rioja (Triccio)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

[N]AS·DII

75 - 125

La Rioja

Indeterminável

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

NAS[-] DE [-]

262

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Local da Cartela

Grafito

N.I.

Ilustração

R. Sº António das Travessas

2003-0199

1

Exterior

Albergue

2003-0202

2

Exterior

Colina da Cividade

2002-1076

3

Exterior

Colina da Cividade

2002-1075

4

Exterior

Colina da Cividade

2003-1752

5

Exterior

Cavalariças

2002-1078

6

Exterior

Proveniência

Publicações anteriores

Exterior

Carvalheiras

2003-0203

7

Fundo interno

Cavalariças

1991-1996

8

Fundo interno

R. Sº António das Travessas

2002-1942

9

Fundo interno

R. Sº António das Travessas

2002 - 1941

10

Fundo interno

Cardoso da Saudade

Fundo interno

Fujacal

Fundo interno

Fujacal

Fundo interno

Braga sem contexto

Fundo interno

Fujacal

Fundo interno

Colina da Cividade

Fundo interno

Colina da Cividade

Delgado, 1985: 20, nº 18; 30-31; Est. II-V

Delgado e Santos, 1984: 61, nº 21; Est. II-V Delgado: 1985: 30-31

Delgado, 1985: 21, nº 19; 30-31; Est. II-IV

1991-1714

11

1999-2566

12

1999-1317

13

1991-1773

14

2003-1169

15

1991-1692

16

1991-1690

17

Fundo interno

Fujacal

Delgado, 1985: 26, nº 38; Est. III-V

1991-1709

18

Fundo interno

Colina da Cividade

Delgado, 1985: 21, nº 30-31; Est. II; IV-V

1991-1696

19

Fundo interno

Braga sem contexto

Delgado e Santos, 1984: 62, nº 22; Est. II-IV Delgado, 1985: 30-31

1991-1767

20

Fundo interno

Seminário Santiago

Delgado e Santos, 1984: 62, nº 23; Est. II-V Delgado, 1985: 30-31

1991-1731

21

Fundo interno

Edificio Cardoso da Saudade

2003-1167

22

Fundo interno

Fujacal

1999-1326

23

Fundo interno

R. Sº António das Travessas

2001-1010

24

Cavalariças

1999-1337

25

2003-1748

26

1991-1685

27

Fundo interno

T

Fundo interno

R. Sº António das Travessas Delgado e Santos, 1984: 63, nº 24; Est. III-IV Delgado, 1985: 30-31

Fundo interno

Braga sem contexto

Fundo interno

R. Frei Caetano Brandão

2003-1172

28

Fundo interno

R. Sº António das Travessas

2003-1166

29

Fundo interno

Albergue

2003-1170

30

Fundo interno

Praia das Sapatas

1999-1927

31

Fundo interno

Termas

1991-1675

32

Fundo interno

Cavalariças

2003-1168

33

Fundo interno

Cavalariças

1999-1335

34

Fundo interno

R. Frei Caetano Brandão

2003-1175

35

Fundo interno Fundo interno

Delgado, 1985: 22, nº 22; 30-31; Est. II; IV-V

Colina da Cividade X

Delgado, 1985: 22, nº 23; Est. III-V

Termas

1991-1805

36

2003-0204

37

Fundo interno

Colina da Cividade

Delgado, 1985: 24, nº 28; Est. III-IV

1991-1720

38

Fundo interno

Colina da Cividade

Delgado e Santos, 1984: 64, nº 26; Est. II-IV Delgado, 1985: 30-31

1991-1713

39

Fundo interno Fundo interno

CAMAN

R. Sº António das Travessas

2003-1177

40

São Geraldo

1999-1916

41

Fundo interno

Braga sem contexto

2003-1174

42

Fundo interno

Colina da Cividade

Delgado e Santos, 1984: 65-66, nº 31; Est. III-IV

1991-1694

43

Fundo interno

Colina da Cividade

Delgado, 1985: 24, nº 29; Est. III-V

1991-1719

44

Fundo interno

Termas

Delgado, 1985: 22-23, nº 24; 30-31; Est. III-V

1991-1724

45

Fundo interno

Colina da Cividade

Delgado e Santos, 1984: 65, nº 29; Est. II-IV

1991-1723

46

Fundo interno

R. Pêro Magalhães Gondavo

Delgado e Santos, 1984: 63, nº 25; Est. III-IV Delgado, 1985: 30-31

1991-1687

47

263

As Cerâmicas Finas de Mesa

Oleiro PATRICIVS VE[-] N [-]·PROTAE N [-]·PROTAE RVFVS ? SATVRVS ou SATURNINVS ?

Marca

Cronologia

Centros de Produção

Forma

Forma da Cartela

[…]VE

75 - 100

La Rioja

Drag. 27

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

N·PROTAE

75 - 125

La Rioja ?

Drag. 15/17

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

N PROTAE

75 - 125

La Rioja ?

Drag. 15/17

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

OF·[R]V[…]

75 - 100

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

OFSATOR

?

La Rioja

Drag. 27

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

SEMPRONIVS VALERIVS

EXOF·SEMVA

50 - 100

La Rioja (Triccio)

Indeterminável

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

SEMPRONIVS VALERIVS

EX·OF·SEM·VALE

75 - 125

La Rioja (Triccio)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

SEMPRONIVS VALERIVS

[…]EM·VALE

75 - 125

La Rioja (Triccio)

ver

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

SEMPRONIVS […?]

[…S]EM[…]

75 - 125

La Rioja

Indeterminável

Cartela Rectangular (mutilada)

VA[C?]V[?]ERE

75 - 125

La Rioja ?

Drag. 15/17

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

VALERIVS ?

ILXOV

75 - 100

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

VALERIVS?

IIXOV

100 - 125

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

VALERIVS ?

[…]VAI

100 - 125

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

VALERIVS MATERNVS

[…]ALE?·MT·A

75 - 125

La Rioja (Triccio)

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

VALERIVS PATERNVS

VAP

75 - 125

La Rioja (Triccio)

Drag. 27

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

VALERIVS PATERNVS?

OF VA?[PA?]

100 - 125

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

OF·V·[…]

75 - 125

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

[…]TRI

100 - 125

La Rioja

Drag. 15/17

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

VA[C?]V[?]ERE

VALERIVS ou V[-]PARVS ? FIRMVS TRITIENSIS ou SEGIVS TRITIENSIS ?

La Rioja (Bezares e Arenzana de Arriba) La Rioja (Triccio – El Quemao) La Rioja (Bezares e Arenzana de Arriba)

?

EX·OF·V[…]

75 - 100

La Rioja ?

Drag. 15/17

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

?

OF·M[…]

50 - 100

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados) Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

?

EXOF[…]

75 - 125

La Rioja ?

Drag. 15/17

?

EXO[…]

75 - 125

La Rioja ?

Indeterminável

Cartela Rectangular (defeituosa)

?

EX·O[…]

75 – 100

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

?

EX[…]

75 – 100

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

?

OF[…]

100 – 125

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

?

OF[…]

100 – 125

La Rioja ?

Indeterminável

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

?

OF[…]

75 – 125

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

?

OF[…]

75 – 125

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

?

OF·[…]

75 – 125

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

?

OF[…]

75 – 100

La Rioja?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

?

O[…]

100 – 125

La Rioja ?

Drag. 27

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

?

O[…]

?

La Rioja ?

Drag. 18/31

Cartela Rectangular (ver)

?

O[…]

75 – 125

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

?

O[…]

50 – 75

La Rioja

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

?

O[…]

75 – 100

La Rioja ?

Indeterminável

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

?

O[…]

100 – 125

La Rioja ?

Indeterminável

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

?

[…]ATI·

75 – 100

La Rioja?

Drag. 27

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

?

[…]TR

75 – 125

La Rioja?

Drag. 15/17

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

?

[…]I

75 – 125

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos arredondados) Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

?

[…]A

75 – 125

La Rioja ?

Indeterminada

?

II[…]

75 – 125

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

?

[…]V?

75 - 125

La Rioja ?

Hisp. 4

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

?

[?...]I

?

La Rioja ?

Drag. 15/17

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

?

[…?]N[?...]

75 - 125

La Rioja ?

Indeterminável

Cartela Rectangular (mutilada)

?

[…]OSA[…]

75 - 100

La Rioja ?

Drag. 15/17

Cartela indeterminada

?

[?...]

75 - 125

La Rioja ?

Indeterminável

Cartela Rectangular (mutilada) Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

?

[?...]A

75 - 100

La Rioja ?

Drag. 27

?

[?…]

100 - 125

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela indeterminada

?

[?...]

75 - 100

La Rioja ?

Indeterminável

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

?

[?…]

100 - 125

La Rioja ?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos bífidos)

?

[?…]

75 - 125

La Rioja?

Drag. 27

Cartela Rectangular (ângulos arredondados?)

?

[?…]

75 - 125

La Rioja?

Indeterminada

Cartela Rectangular (ângulos rectos?)

?

[?...]

100 - 125

La Rioja ?

Indeterminável

Cartela Rectangular (ângulos arredondados) Cartela Rectangular (ângulos rectos)

?

/ Ilegível

?

La Rioja ?

Drag. 24/25

?

Anepígrafa (roseta)

25 - 50

Desconhecido

Indeterminada

Marca anepígrafa

NA

50 - 100

Andújar

Drag. 24/25

Cartela Rectangular (ângulos rectos)

O?IPIIII

75 - 100

Andújar e Singilia

Indeterminável

Cartela Rectangular (ângulos arredondados)

NA TITVS OPPIVS TOTAL

264

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Grafito

Proveniência

Publicações anteriores

N.I.

Ilustração

Fundo interno

Cardoso da Saudade

2003-1160

48

Fundo interno

Cavalariças

1991-1800

49

Fundo interno

Cavalariças

Fundo interno

Praia das Sapatas

Fundo interno

Cavalariças

Fundo interno

Cardoso da Saudade

1991-1997

50

Delgado, 1985: 23, nº 25; 30-31; Est. III-V

1991-1697

51

1991-1995

52

Delgado, 1985: 23, nº 26; 30-31; Est. IV-V

1991-1674

53 54

Fundo interno

Albergue

1999-1361

Fundo interno

R. S. António das Travessas

2002-2039

55

Fundo interno

R. Nª Sª do Leite

1991-1818

56

Fundo interno

Fujacal

2000-0464

57

Fundo interno

Praia das Sapatas

Delgado, 1985: 25, nº 31; Est. III-V

1991-1716

58

Fundo interno

Braga sem contexto

Delgado e Santos, 1984: 66, nº 35; Est. II-IV

1991-1769

59

Fundo interno

R. Frei Caetano Brandão

2003-1173

60

Delgado, 1985: 24, nº 27; 30-31; Est. IV-V

Fundo interno

Albergue

1999-1331

61

Fundo interno

Braga sem contexto

Delgado e Santos, 1984: 64-65, nº 27; Est. II-IV Delgado, 1985: 30-31

1991-1740

62

Fundo interno

Braga sem contexto

Delgado e Santos, 1984: 65, nº 28; Est. II-IV

1991-1768

63

Fundo interno

R. Frei Caetano Brandão

2003-1164

64

Fundo interno

R. Frei Caetano Brandão

2002-2030

65

1999-1360

66

Fundo interno

Albergue

Fundo interno

Braga sem contexto

Delgado, 1985: 65, nº 30; Est. II-IV

1991-1775

67

Fundo interno

Termas

Delgado, 1985: 25, nº 32; Est. III-V

1991-1728

68

Fundo interno

Colina da Cividade

Delgado, 1985: 25, nº 33; Est. IV-V

Fundo interno

Termas

Fundo interno

Colina da Cividade

Fundo interno

Casa da bica

Fundo interno

Colina da Cividade

Fundo interno

Cardoso da Saudade

Fundo interno

Albergue

Fundo interno

Colina da Cividade

Fundo interno

R. Sº António das Travessas

1991-1657

69

1999-1917

70

Delgado e Santos, 1984: 66, nº 34;

1991-1698

71

Delgado, 1985: 25, nº 30; Est. III-IV

1991-1722

72

Delgado, 1985: 25-26, nº 34; Est. IV-V

1991-1660

73

Delgado, 1985: 26, nº 36; Est. III-V

1991-1804

74

2003-1171

75

Delgado, 1985: 26, nº 35; Est. III-V

1991-1715

76

2003-1141

77

Fundo interno

Albergue

2003-1176

78

Fundo interno

Colina da Cividade

1991-1690

79

Fundo interno

Colina da Cividade

Fundo interno

Albergue

Fundo interno

R. Frei Caetano Brandão

2003-1163

82

Fundo interno

Termas

2003-0206

83

Fundo interno

Rua do Anjo

2004-0088

84

Fundo interno

R. Sº António das Travessas

2003-0209

85

Fundo interno

Desconhecida

Delgado e Santos, 1984: 66, nº 23; Est. II-IV

1991-1771

86

Fundo interno

Maximinos

Delgado e Santos, 1984: 66, nº 32; Est. II-IV

1991-1782

87 88

Fundo interno

AL e A (invertido)

Delgado, 1985: 26, nº 37; Est. III-V

1991-1695

80

2003-1161

81

Cavalariças

1999-1333

Fundo interno

R. Sº António das Travessas

2003-1178

89

Fundo interno

Termas

1999-2169

90 91

Fundo interno

Fujacal

2003-1156

Fundo interno

Cavalariças

2004-0086

92

Fundo interno

R. Sº António das Travessas

2003-1165

93

Fundo interno

Carvalheiras

2003-1754

94

Fundo interno

Colina da Cividade

2003-0800

95

Fundo interno

Colina da Cividade

1991-1677

96

Fundo interno

Colina da Cividade

2002-2022

97

Fundo interno

Braga sem contexto

2003-1159

98

Fundo interno

Colina da Cividade

1991-1783

99

Fundo interno

Termas

2003-0208

100

Fundo interno

São Geraldo

2002-0929

101

Fundo interno

Carvalheiras

2002-2045

102

Fundo interno

São Geraldo

1997-1325

103

Fundo interno

Maximinos

1991-1658

104 104

265

Fig. 51 Marcas em Terra Sigillata Hispânica

Local da Cartela

As Cerâmicas Finas de Mesa

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por três linhas verticais onduladas que separam um painel totalmente preenchido por uma letra independente e em relevo, seguido de um outro preenchido por um motivo ou um símbolo indeterminado. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2002-1076). Bibliografia: inédita. […] E? [...] Sigillum exterior “intradecorativo” constituído por uma letra independente (6 x 6 mm). Proveniente da parede externa do friso inferior de uma forma decorada indeterminada. Marca de ceramista que talvez possa corresponder a um E em letras capitais. Apesar do estado de fragmentação a sintaxe decorativa é constituída por uma decoração metopada constituída por três linhas verticais onduladas que separam, à semelhança da anterior, um painel totalmente preenchido por uma letra independente e em relevo, talvez impresso posteriormente na superfície do vaso, seguido de outro painel preenchido por parte de um círculo dentado. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 2ª metade do século I. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2002-1075). Bibliografia: inédita. […] E? [...] Sigillum exterior “intradecorativo” constituído por uma letra independente (12 x 12 mm). Proveniente da parede externa do friso inferior de uma forma decorada Dragendorff 37. Marca de ceramista que talvez possa corresponder a um S em letras capitais. Apesar do estado de fragmentação a sintaxe decorativa é constituída por uma decoração metopada constituída por linhas verticais onduladas Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 2ª metade do século I. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-1752). Bibliografia: inédita. Não encontrámos um paralelo específico para esta marca. 6 [...?]o Sigillum exterior “intradecorativo” em forma de inscrição disposta de modo

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linear (20 x 11, 5 mm). Proveniente da parede exterior do friso superior de uma forma decorada Dragendorff 37. A marca corresponde provavelmente a uma inscrição onde apenas se lê, dado o estado de fragmentação, a última letra, um O. A sintaxe decorativa do painel é aparentemente constituída por uma única inscrição em letras cursivas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 2ª metade do século I. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-1078). Bibliografia: inédita. [...?]DA[?...] Sigillum exterior em forma de inscrição disposta de modo linear (10 x 5, 5 mm). Proveniente do fundo externo sob o friso inferior de uma forma decorada indeterminável. A marca corresponde provavelmente a uma inscrição onde apenas se lê, dado o estado de fragmentação, [...?]D·A[?...] em pequenas letras capitais. Pelo fabrico a peça situase, todavia, na 2ª metade do século I. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20030203). Bibliografia: inédita. Interiores LA RIOJA AE[MILIVS]FRO[NTO] AE·FRO[NTO] Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (35 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de perfil completo da forma Dragendorff 15/17. Marca: AE·FRO[NTO?], em bom relevo. Pelo fabrico a peça situa-se nos finais do século I / inícios do século II. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1991-1996). Bibliografia: inédita. TRICIO AGILIANVS AGI·LIANI Cartela rectangular de ângulos bífidos (24 x 6 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de perfil completo da forma Dragendorff 15/17. Marca: AGI·LIANI em letras altas e finas e em muito bom relevo; pontuação entre a letra I e L e letras A e N em nexo. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II.

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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Proveniência: Santo António das Travessas (N. I.: 2002-1942). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. AGILIANVS AGI·LIANI Cartela rectangular de ângulos bífidos (28 x 6 mm). Proveniente do fundo interno de um prato da forma Dragendorff 15/17. Marca igual à anterior. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Santo António das Travessas (N. I.: 2002-1941). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. AGILIANVS [EXOFAG]ILIANI Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à esquerda (40 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: [EXOFAG]ILIANI em letras altas e finas, em bom relevo. O segundo traço vertical sofreu um pequeno esmagamento em consequência do qual uma parte dele ficou encostada ao traço anterior, criando assim uma ilusão dum pequeno ponto. Concordamos com a leitura EXOFAGLIANI dado o tamanho da cartela que apesar de fragmentada pressupõe a inclusão do formulário EX OF (vd. Delgado, 1985, p. 20, nº 18 e p. 30-31, Ests. II-V). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 19911714). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 20, nº 18, p. 30-31, Ests. II-V. Leitura: [EXOFAG]ILIANI. AGILIANVS IA·NI: Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à esquerda (15,5 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca com letras gastas onde se lê IA·NI:. Pontuação entre as letras A e N e dupla pontuação

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no final da marca. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 1ª metade do século II. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19992566). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. LA RIOJA AVITIANVS OF·AVITIAN[I] Cartela rectangular mutilada nas extremidades (27 x 5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: OF·AVITIAN[I], em letras altas, finas e muito gastas. Pontuação a seguir ao formulário OF. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 1ª metade do século II. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-1317). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. ARENZANA DE ARRIBA (LA PUEBLA) BRITTO […]ITO Cartela rectangular com as extremidades ligeiramente côncavas, mutilada à esquerda (9 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: […]ITO, cujas letras ocupam toda a altura da cartela, com excepção do O, mais pequeno. A barra do T, perceptível na penúltima letra, parece ausente na antepenúltima, o que nos leva a concluir pela presença de um único T. Pelo fabrico a peça situase, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1773). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 61, nº 21, Ests. II-IV. Leitura: [OF. BR]ITO. Delgado, 1985, p. 30-31. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. ARENZANA DE ABAJO CANTABER CANT·OF Cartela rectangular de ángulos rectos (24

As Cerâmicas Finas de Mesa

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x 5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: CANT·OF; pontuação antes do formulário, OF. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 2ª metade do século I. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1169). Bibliografia: inédita. LA RIOJA CLODIVS C·L·O[D] ou C·L·O[II] Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à direita (26 x 4 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: C·L·O[D] ou C·L·O[II], em letras curtas e largas, com relevo pouco acentuado. Muito claros o C, seguido de um ponto, e o O; já são difíceis de interpretar a letra ou letras finais, em que podemos ver dois traços verticais ou, com mais dificuldade, um D, e uma segunda letra que lemos como um L, com a barra lateral muito curta, seguido dum ponto esborratado que parece ter “escorrido” em direcção àquela barra, mas de cuja existência é difícil de duvidar, como se pode ver na fotografia. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 3º quartel do século I. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1692). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 21, nº 19 e p. 30-31, Ests. II-IV. Leitura: C.L.O[D] ou C.L.O[II]. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. CLODIVS C[...] Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à direita (7 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma prato de perfil completo de forma Dragendorff 18/31. Marca: C[...]. O que resta da marca permite verificar, pela típica forma da letra, que se trata duma marca igual à anterior. Cronologia indeterminada. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1690). Bibliografia: inédita. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura.

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TRICIO FVK ? […]K Cartela rectangular de ângulos bíficos. Mutilada à esquerda (10 x 7 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: […]K. A única letra visível que identificamos como um K é muito alta e fina. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1991-1709). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 26, nº 38, Ests. III-V. Leitura: [...]K. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. TRICIO FVLVIVS PATERNVS OF·FV·[P…] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (24 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OF·FV·[P…], em letras muito bem desenhadas e espaçadas, sendo ainda visível sobre o fragmento o começo da haste do P. Pontuação a seguir ao formulário OF, e a FV, de FVLVIVS. Pelo fabrico a peça situase, todavia, na 2ª metade do século I. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1696). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 21, 3031, Ests. II e IV-V; Leitura: OF. FV.[P]. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. FVLVIVS PATERNVS FVLVIPATOF Cartela rectangular de ângulos rectos (28 x 6 mm). Proveniente do fundo interno de uma prato de forma indeterminada. Marca: FVLVIPATOF, em letras altas e muito finas, com excepção do A, mais baixa, e do O, da fórmula OF, muito pequena e elevada. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1767). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 62, nº 22, Ests. II-IV; Leitura: FVLVIPATOF.

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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Delgado, 1985, p. 30-31. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. FVLVIVS PATERNVS [EX]OFVLP Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à esquerda (18 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato possivelmente da forma Dragendorf 18/31. Marca: [EX]OFVLP, em letras bem desenhadas e em bom relevo, ocupando toda a altura da cartela. L arcaico. Estranha-se, todavia, a ausência de qualquer ponto logo a seguir à fórmula introdutória, o que seria normal dado ter sido excluída a letra F. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/ inícios do século II. Proveniência: Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1731). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 62, nº 23, Ests. II-IV; Leitura: [EX]OFVLP. Delgado, 1985, p. 30-31. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. ARENZANA DE ARRIBA (LA PUEBLA) G[-] ANNIVS TRITIENSIS OG[…; N?]I·TR Cartela rectangular de ângulos rectos (25 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: OG[…; N?]I·TR, com letras bem desenhadas mas gastas. Deteriorada a cerca de metade não permitindo a leitura das letras que mediavam a letra G e, provavelmente, um N. As únicas letras bem definidas pertencem ao início e fim da cartela, designadamente o O inicial do formulário, e as duas últimas letras TR, de TRITIENSIS. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 3º quartel do século I. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-1167). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. TRICIO IVNIVS ou IVLIVS MA[-]

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OFIVMA Cartela rectangular de ângulos rectos (17 x 3,5 mm). Proveniente da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OFIVMA, em letras de fraco relevo e muito gastas. Nome do oleiro em nexo. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 1ª metade do século II. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19991326). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. TRICIO (EL QUEMAO) LAPILLIVS LA[P]ILLI· Cartela rectangular de ângulos rectos (27 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de perfil completo da forma Dragendorff 15/17. Marca: LA[P]ILLI·; em letras altas e finas e em relevo. Ausência da letra P, por fractura, e representação arcaica do L. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 2ª metade do século I (vd., ainda, Mayet, 1970, p. 26-28 e 33). Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I.: 2001-1010). Bibliografia: inédita. LAPILLIVS OF·LA·PIL·I Cartela rectangular de ângulos arredondados (37, 5 x 5,5 mm). Proveniente da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OF·LA·PIL·I, em letras altas, finas e em bom relevo. Pontuação a seguir ao F, apenas representado por uma haste vertical e entre as letras A e P e as letras L e I final. O primeiro e o último L estão apresentados na sua forma arcaica. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I (vd., ainda, Mayet, 1970, p. 28-30, 33). Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1337). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. LAPILLIVS OF·LA·PIL·I Cartela rectangular de ângulos arredondados (39 x 6 mm). Proveniente da parte

As Cerâmicas Finas de Mesa

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inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OF·LA·PIL·I, em letras altas, finas e em bom relevo. Pontuação a seguir ao F, apenas representado por uma haste vertical e entre as letras A e P e as letras L e I final. O primeiro e o último L estão apresentados na sua forma arcaica. Trata-se do mesmo punção da marca anterior. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I (vd., ainda, Mayet, 1970, p. 2830, 33). Proveniência: R. Sº António das Travessas (N. I.: 2003-1748). Bibliografia: inédita. Além do exemplar acima referido não encontrámos, de acordo com a bibliografia consultada, um paralelo exacto para esta assinatura. LAPILLIVS […]ILLI·O[F] Cartela rectangular, mutilada nas extremidades (16 x 5,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: […]ILLI·O[F] em letras finas e em bom relevo. OF final representado apenas por uma haste vertical. L arcaico. Ponto bem nítido e alto antes do O. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I (vd., ainda, Mayet, 1970, p. 28-30, 33). Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1685). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 63, nº 24, Ests. III-IV. Leitura: [LAP]ILLI·OF. Delgado, 1985, p. 30-31. LAPILLIVS […]APILLI Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à direita (18,5 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela indeterminada. Marca: […]APILLI, em letras finas e em bom relevo. Ambas as representações do L são arcaicas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/ inícios do século II. Proveniência: Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1172). Bibliografia: inédita. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. LAPILLIVS […]LAPILLI

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Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à esquerda (20 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: […] LAPILLI, em letras altas e finas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II (vd., ainda, Mayet, 1970, p. 30-33). Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I.: 2003-1166). Bibliografia: inédita. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. LAPILLIVS […]PILLI Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à esquerda (16 x 4 mm). Proveneinte do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: […]PILLI, em letras mal definidas por deficiente aplicação do punção. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II (vd., ainda, Mayet, 1970, p. 30-33). Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-1170). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. LAPILLIVS […]F?·LA·P?[…] Cartela rectangular, mutilada nas extremidades (22 x 5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: […]F?·LA·P?[…], em letras altas e finas. Apesar do estado de fragmentação vê-se a pontuação a seguir à haste do F, e a seguir às letras LA. A letra L está representada de forma arcaica. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I (vd., ainda, Mayet, 1984, p. 28-30 e 33). Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 1999-1927). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. LAPILLIVS […]PI[LL…] Cartela rectangular, mutilada nas extremidades (15 x 5 mm). Proveniente do

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: […]PI[LL…], em letras altas e finas, características deste oleiro. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I (vd., ainda, Mayet, 1984, p. 28-30 e 33). Proveniência: Termas (N. I.: 1991-1675). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 22, nº 22 e p. 30-31, Ests. IV-V. Leitura: [...]PI[LLI]. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. LAPILLIVS? […]LI Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à esquerda (7 x 4,5 mm). Proveneitne do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: […]LI, em letras altas e finas e em bom relevo. O tipo de letra e mesmo a terminação não contrariam a hipótese de tratar-se ainda duma marca de LAPILLIVS. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-1168). Bibliografia: inédita. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. LAPILLIVS? L[A?…] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (7 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: L[A?…], no qual a haste do L é bastante prelongada e inícios da haste de uma outra letra, provavelmente um A. O tipo de letra e mesmo o início da marca não contrariam a hipótese de tratar-se ainda duma marca de LAPILLIVS. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 2ª metade do século I (vid. Mayet,1984, p. 26-28 e 33). Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1335). Bibliografia: inédita. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. LAPILLIVS? OF·L[…] Cartela rectangular de ângulos arredon-

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dados, mutilada à direita (9,5 x 3,5 mm). Proveneinte do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OF·L[…], em letras finas e em bom relevo. Ausência de haste na letra F do formulário que é seguida de pontuação. Representação arcaica do L. O tipo de letra e mesmo o início não contrariam a hipótese de tratar-se ainda duma marca de LAPILLIVS. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I (vd., ainda, Mayet, 1970, p. 28-30 e 33). Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 20031175). Bibliografia: inédita. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. LAPILLIVS? […]L Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à esquerda (7 x 5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma taça indeterminada. Marca: […]L, cuja haste vertical do L arcaico é fina e alta, prolongando-se um pouco abaixo da barra horizontal, ligeiramente inclinada para cima e mais espessa. O tipo de letra e mesmo a terminação não contrariam a hipótese de tratar-se ainda duma marca de LAPILLIVS. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no 1º quartel do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1805). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 22, nº 23, Ests. III-V. Leitura: [...]L. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. LVCIVS ANIVS LVC•[...] Cartela rectangular de ângulos rectos (10 x 5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de um prato de forma indeterminada. Marca: LVC•[...], mal impressa e deteriorada, dificultando a interpretação das letras. A letra C confunde-se com o ponto de separação excessivamente grande. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 1ª metade do século II. Proveniência: Termas (N. I.:

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2003-0204). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. LVCIVS PI [-] OF·LVPI Cartela rectangular de ângulos arredondados (30 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OF·LVPI, cuja parte inferior está mal impressa e deteriorada, dificultando a interpretação das letras. Esta dificuldade é acrescida por algumas outras imperfeições por deficiente aplicação do punção: assim entre o L e o V aparece um traço que nos parece resultar dum defeito do punção e não pertencer a qualquer letra. A parte inferior da letra que interpretámos como um P não chegou a ser impressa, como aconteceu com o próprio limite inferior da cartela. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1720). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 24, nº 28, Ests. III-V. Leitura: OF. LVPI (?) LVCIVS SEMPRONIVS OFLSEM Cartela rectangular de ângulos rectos (25 x 3 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OFLSEM, com letras em bom relevo, bem visíveis, mas irregulares. O M demasiado grande, o S muito alongado e oblíquo, e o L ligeiramente inclinado para trás. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 2ª metade do século I. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1713). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 64, nº 26, Ests. II-IV. Leitura: OFLSEM. Delgado, 1985, p. 30-31. LVCIVS SEMPRONIVS O·L·SEM[...] Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (18,5 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: O·L·SEM[...], em letras bem visíveis

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e em bom estado. Pontuação a seguir à letra O do formulário e à letra L, de LVCIVS. Representação arcaica do L e letra M, fracturada. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I.: 2003-1177). Bibliografia: inédita. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. MACER ? EXO MA[C]ER Cartela rectangular de ângulos rectos, ligeiramente mutilada na extremidade superior (26,5 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: EXO MA[C]ER em letras altas, finas, e relevo muito pouco acentuado, em particular a letra C, pouco perceptível. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: São Geraldo (N .I.: 1999-1916). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. M[-]ASELLIVS? OF·MA·SI Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (22 x 5,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: OF·MA·SI, com letras em bom relevo, altas e largas. Ausência da letra O e do traço horizontal do F, por deficiente aplicação do punção. Pontuação a seguir à letra F e às letras MA, conjugadas em nexo. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-1174). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. MATERNVS VALERIVS? […]MVALER ? Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à esquerda (16 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de forma indeterminada. Marca:

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[…]MVALER ?, em letras altas, finas, e de fraco relevo. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 1º quartel do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1694). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 65-66, nº 31, Ests. II-IV. Leitura: [...]AME. MAVRVS OF·MAVRI ? Cartela rectangular de ângulos rectos (30,3 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: OF·MAVRI ?. Leitura extremamente difícil dado o fraco relevo das letras e desgaste da peça que inclusivamente perdeu o verniz. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1719). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 24, nº 29, Ests. III-V. Leitura: OF[...]NA[...]. MEM MI OFM·M Cartela rectangular de ângulos arredondados (24 x 5,7 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OFM·M, com letras iregulares, mas em bom relevo, com excepção do sinal entre os dois M, mal impresso e que interpretamos como um ponto triangular. A letra O do formulário é pequena em relação às outras letras. As hastes do primeiro M cruzam-se claramente. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Termas (N. I.: 1991-1724). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 22-23, nº 24 e p. 30-31, Ests. III-V. Leitura: OF M.M. TRICIO MICCIO IIX·OFIMIC Cartela rectangular de ângulos bífidos (33 x 5,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: IIX·OFIMIC. O relevo das letras é fraco, com excepção dos dois primeiros traços verticais, representação arcaica do E. Bem claras e também não oferecendo qualquer dúvida são as três letras seguintes do formulário EX OF,

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assim como a última letra da marca, um C fino e muito aberto. Já nos oferecem dúvidas a letra posterior ao F que nos parece, todavia, um I e a seguinte que interpretámos como a letra N em nexo com a letra I. Pelo fabrico a peça situase, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1723). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 65, nº 29, Ests. II-IV. Leitura: EXOF[INC?]. NAS[-] DE [-] [N]AS·DII Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à esquerda (20 x 6 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: [N]AS·DII, com letras em bom relevo, bem visíveis. Letra A sem barra horizontal e S alongado e pouco encurvado. Pontuação entre a letra S e D. Segundo M. Delgado e L. dos Santos (1984, p. 63, nº 25) a leitura seria a proposta dada a dimensão da cartela. Neste caso, todavia, estamos perante a marca NAS[-] DE [-] e não L[-]NAS[-] DE [-]. Proveniência: R. Pêro Magalhães Gondavo (N. I.: 19911687). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 63, nº 25, Ests. III-IV. Leitura: [N]AS. DII. Delgado, 1985, p. 30-31. LA RIOJA PATRICIVS VE[-] […]VE Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à esquerda (8 x 6 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela da forma Dragendorff 27. Marca: […]VE, em letras altas e em bom relevo. Nexo entre as duas letras. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-1160). Bibliografia: inédita. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. N [-]PROTAE N·PROTAE Cartela rectangular de ângulos rectos (28 x 11 mm). Proveniente do fundo

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interno de um prato de perfil completo da forma Dragendorff 15/17. Marca: N·PROTAE, em bom relevo. No contexto das marcas em terra sigillata apenas encontramos o nome Protis em vasos fabricados nos centros produtores do Sul da Gália, caso de Bram e La Graufesenque. A presença na península dos antropónimos Protaeidius, Protaeidus, Proto e Protus (vd. Abascal Palazón, 1994), parece sugerir, todavia, que Protae possa corresponder a uma abreviatura de Protae(idius) ou Protae(idus). Pelo fabrico a peça situa-se nos finais do século I / inícios do século II. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1991-1800). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura nem marca associada. N [-] PROTAE N PROTAE Cartela rectangular de ângulos rectos (26 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de perfil completo da forma Dragendorff 15/17. Marca: N PROTAE, em bom relevo, idêntica à anterior. Pelo fabrico a peça situa-se nos finais do século I / inícios do século II. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1991-1997). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura nem marca associada. RVFVS ? OF·[R]V[…] Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (11 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OF·[R]V[…], em letras pequenas, com bom relevo e bem definidas, com excepção da letra interpretada como um R. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 3º quartel do século I. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 1991-1697). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 23, nº 25 e p. 30-31, Ests. III-V. Leitura: OF.[R?]V[...]. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura.

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SATVRVS ou SATURNINVS ? OFSATOR Cartela rectangular de ângulos rectos, irregular à direita e a cerca de metade da mesma por deficiente aplicação do punção. Proveniente do fundo interno de uma tigela de perfil completo da forma Dragendorff 27. Marca: OFSATOR. A letra F está representada por duas hastes paralelas, sendo a da frente maior. A letra S, muito inclinada para a esquerda, está em nexo com a letra A que não apresenta haste horizontal. A letra T apenas apresenta a parte esquerda da haste superior. Cronologia indeterminada. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1991-1995). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. TRICIO SEMPRONIVS VALERIVS EXOF·SEMVA Cartela rectangular de ângulos arredondados (31 x 5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: EXOF·SEMVA, com letras altas, finas, e em bom relevo. A letra F está representada por duas hastes paralelas, sendo a da frente muito mais pequena. Um ponto idêntico ao do formulário está colocado entre as duas barras do M, provavelmente devido a uma deficiente aplicação do punção. Fractura entre a antepenúltima e a penúltima letra. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1674). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 23, nº 26 e p. 30-31, Ests. IV-V. Leitura: EXOF. SEM VA. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. SEMPRONIVS VALERIVS EX·OF·SEM·VALE Cartela rectangular de ângulos arredondados (35 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: EX·OF·SEM·VALE, com letras altas,

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finas, e em bom relevo. A letra F está representada por duas hastes paralelas, sendo a da frente muito mais pequena. Pontuação antes e depois do formulário OF e a seguir a SEM, de SEMPRONIVS. Nexo entre a antepenúltima e a penúltima letra. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1361). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. SEMPRONIVS VALERIVS [...]EM·VALE Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à esquerda (17 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de forma indeterminada. Marca: [...]EM·VALE, com letras altas e finas. Parte do E fracturado. Pontuação a seguir a SEM, de SEMPRONIVS. Nexo entre as primeiras três letras, de VALERIVS. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I.: 2002-2039). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos, apesar da marca se encontrar fracturada, paralelo exacto para esta assinatura. ? SEMPRONIVS [-?] [...S]EM[...] Cartela rectangular, mutilada nas extremidades (10 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: [...S]EM[...], em letras altas e bem definidas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: R. Nossa Senhora do Leite (N. I.: 19911818). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 24, nº 27, Ests. IV-V. Leitura: [...S]EM[...]. ? VA[C?]V[?]ERE Cartela rectangular de ângulos rectos (37 x 6 mm). Proveniente do fundo interno de um prato da forma Dragendorff 15/17. Marca: VA[C?]V[?]ERE,

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em letras altas e finas, mas gastas. O estado da fractura não permite, com segurança, a identificação inequívoca de uma C na terceira letra, nem saber da existência de uma possível letra entre o V e o E. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2000-464). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontramos paralelo para esta assinatura nem marca associada. BEZARES E ARENZANA DE ARRIBA VALERIVS ? IIXOV Cartela rectangular de ângulos arredondados (25 x 5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela de forma indeterminada. Marca: IIXOV, em letras altas e finas. A letra E do formulário está representada de forma arcaica. A última letra, que interpretamos como um V, está ligeiramente gasta na metade inferior. Pelo tipo de fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 1991-1716). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 25, nº 31, Ests. III-V. Leitura: IIXO[...]. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. VALERIVS ? IIXOV Cartela rectangular bífida, mutilada à direita (16 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: IIXOV, em letras muito finas, de relevo muito fraco e oblíquas. O início da marca está ligeiramnete deteriorada à esquerda sendo possível que o segundo I possa antes corresponder (à semelhança da marca anterior) a um L. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 1º quartel do século II. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1769). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 66, nº 35, Ests. II-IV. Leitura: EXOF[...]. VALERIVS? [...]VAI

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Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à esquerda (10 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: [...]VAI. O estado de fragmentação da primeira letra, que julgámos um V, e a última letra representada por um I, devido, provavelmente, a uma deficiente aplicação do punção, leva-nos a reconstituir, sob reserva, a terminação da marca em VAL, à semelhança de outras marcas conhecidas atribuídas ao oleiro VALERIVS. Pel ofabrico a peça situa-se, todavia, na 1ª metade do século II. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1173). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. TRICIO VALERIVS MATERNVS ? [...]ALE ?·MT·A Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (18 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: [...]ALE ?·MT·A, em letras muito bem desenhadas. Apesar do estado de fractura é provável que as primeiras letras correspondessem a ALE em nexo. A antepenúltima e a penúltima letras, também em nexo, estão separadas das restantes por pontuação. As letras A não apresentam haste horizontal. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1331). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. TRICIO VALERIVS PATERNVS FVAP Pequena cartela rectangular de ângulos rectos (8 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela provavelmente da forma Dragendorff 27. Marca: FVAP, sendo a letra F do formulário, muito mais ténue e fina, apenas visível à luz rasante. Os produtos de Valerius Paternus estão especialmente representados na Lusitânia segundo estudos es-

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pecíficos realizados por F. Mayet (1970, p. 34, Est. I) e José Manuel Jerez Linde (1996, p. 113-138). Este último autor distingue dois períodos de produção: o primeiro (tipo I ao VIII) com um tipo de sigillum mais cuidadoso, principalmente empregues em formas abertas de grande formato, datadas da 2ª metade do século I; o segundo (tipo IX ao XIII) com marcas mais simplificadas, especialmente empregues em tigelas do tipo Dragendorff 24/25 e Dragendorff 35, datadas até meados do século II. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1740). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 64-65, nº 27, Ests. II-IV. Leitura: VAP ou FVAP. Delgado, 1985, p. 30-31. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura. VALERIVS PATERNVS ? OF VA ? [PA?] Cartela rectangular com as extremidades arredondadas (12 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OF[…], cuja letra F não está claramente perceptível dado o estado de desgaste. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 1º quartel do século II. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1768). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 65, nº 28, Ests. II-IV. Leitura: O[MI?...]. VALERIVS ou V[-] PARVS ? OF·V·[…] Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (12 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: OF·V·[…], em letras ligeiramente gastas. Pontuação antes e depois da abreviatura V. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1164). Bibliografia: inédita. O estado de factura da cartela não nos

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permite identificar o tipo específico da assinatura. FIRMVS TRITIENSIS ou SEGIVS TRITIENSIS ? […]TRI Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à esquerda (20 x 6 mm). Proveniente do fundo interno de um prato Dragendorff 15/17. Marca: […]TRI, em letras altas e espaçadas. A haste inferior do T está ausente por fractura. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 1º quartel do século II. Proveniência: Frei Caetano Brandão (N. I.: 2002-2030). Bibliografia: inédita. O estado de factura da cartela não nos permite identificar o tipo específico da assinatura. ? EX·OF·V[…] Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (19,5 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato da forma Dragendorff 15/17. Marca: EX·OF·V[…], em letras grossas e em muito bom relevo. Pontuação antes e depois do formulário OF. A seguir à letra V, vê-se o início de uma haste que deveria corresponder à letra A. Pelo fabrico e peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1360). Bibliografia: inédita. ? OF·M[...] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (12 x 6 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: OF·M[...], em letras altas que ocupam toda a largura da cartela. O relevo é fraco mas as letras bem perceptíveis. Pontuação a seguir ao formulário OF. A letra seguinte, fragmentada, possui uma haste ligeiramente côncava e muito oblíqua o que nos leva a admitir tratarse dum M e não de um N. Pelo fabrico e peça situa-se, todavia, na 2ª metade do século I. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1775). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 65, nº 30, Ests. II-IV. Leitura: OF·M[...].

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? EXOF[…] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (17,5 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato da forma Dragendorff 15/17. Marca: EXOF[…], com letras bem desenhadas que ocupam toda a altura da cartela. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Termas (N. I.: 1991-1728). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 25, nº 32, Ests. III-V. Leitura: EXOF[...]. ? EXO[…] Cartela rectangular com as extremidades defeituosas, aparentemente por deficiente aplicação do punção. Mutilada à direita (11 x 5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: EXO[…], em letras altas e finas, bem conservadas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 19911657). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 25, nº 33, Ests. IV-V. Leitura: EXO[...]. ? EX·O[…] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita ( x ). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: EX·O[…], em bom relevo e bem conservadas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-1917). Bibliografia: inédita. ? EX[…] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (6 x 3,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: EX[…]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 19911698). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 66, nº 34. Leitura: EX[...].

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? OF[…] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada na metade inferior (33 x 5,4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: OF[…], com letras muito finas. Com segurança apenas se identifica as letras iniciais do formulário OF. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 1º quartel do século II. Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 1991-1722). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 25, nº 30, Ests. III-V. Leitura: OF.[...]. ? OF[…] Cartela rectangular bífida, mutilada à direita (11,5 x 5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: OF[…], em letras altas e bom relevo. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no 1º quartel do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1660). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 25-26, nº 34, Ests. IV-V. Leitura: OF[...]. ? OF[…] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (4,5 x 5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OF[…], na qual a letra F está representada por duas hastes paralelas, sendo a da frente muito mais pequena. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1804). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 26, nº 36, Ests. III-V. Leitura: OF.[...]. ? OF[…] Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (6,5 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de um prato? de forma indeterminada. Marca: OF[…], em letras pequenas e relevo pouco acentuado. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-1171). Bibliografia: inédita.

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? OF·[…] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (10,5 x 5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: OF[…], com pontuação a seguir à fórmula OF. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1715). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 26, nº 35, Ests. III-V. Leitura: OF.[...]. ? OF·[…] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (11,5 x 5 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma forma indeterminada. Marca: OF[…], em letras capitais bem desenhadas. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: R. Sº António das Travessas (N. I.: 2003-1141). Bibliografia: inédita ? O[…] Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (2,2 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela da forma Dragendorff 27. Marca: O[…], em letra muito pequena e pouco espaçada. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 1º quartel do século II. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-1176). Bibliografia: inédita. ? […] Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à direita. Proveniente do fundo interno de forma indeterminável. Marca: sem leitura. Cronologia indeterminada. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1677). Bibliografia: inédita. ? O[…] Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (6 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: O[…]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século

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II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1695). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 26, nº 37, Ests. III-V. Leitura: O[...]. ? O[…] Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (4 x 5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato? de forma indeterminada. Marca: O[…] em bom relevo, apesar de parcialmente fragmentada. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 3º quartel do século I. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-1161). Bibliografia: inédita. ? O[…] Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (3,5 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: O[…], com letra relativamente pequena. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-1163). Bibliografia: inédita. ? O[…] Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à direita (6 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: O[…]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 1ª metade do século II. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0206). Bibliografia: inédita. ? […]ATI· Cartela rectangular de ângulos rectilíneos, mutilada à esquerda (8 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma tijela da forma Dragendorff 27. Marca: […]ATI·. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: R. do Anjo (N. I.: 2004-0088). Bibliografia: inédita. ? […]TR Cartela rectangular de ângulos rectilíneos, mutilada à esquerda (11 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato da forma Dragendorff 15/17. Marca: […]TR, em letras capitais, bem

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desenhadas. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: R. Sº António das Travessas (N. I.: 2003-0209). Bibliografia: inédita. ? [...]I Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à esquerda (7 x 4 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: [...]I, com vestígios de uma letra que poderia corresponder à haste de um A ou um M. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Desconhecida (N. I.: 1991-1771). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 66, nº 33 e Ests. II-IV. Leitura: [...]I. ? […]A Cartela rectangular com a extremidade bífida e mutilada à esquerda (9 x 6,5 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca: […]A, em letras altas e muito finas lembrando as marcas de VALERIVS PATERNVS. Pelo fabrico a peça situase, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1991-1782). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 66, nº 32, Ests. II-IV. Leitura: [...]A. ? II[…] Cartela rectangular de ângulos rectos, mutilada à direita (6 x 3 mm). Proveniente do fundo interno da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Marca: II[…], com a representação do E arcaico, correspondente à formula EX. Grafito no fundo externo: XXL. Pelo fabrico a peça situa-se ,todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1333). Bibliografia: inédita. ? […]V? Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à esquerda. Proveniente do fundo interno de uma taça da forma Hispânica 4. Marca: […]V?. Pel ofabri-

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co a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I.: 2003-1178). Bibliografia: inédita. ? [?…]I Dupla cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à esquerda. Proveniente do fundo interno de um prato de perfil completo da forma Dragendorff 15/17. Marca: [?…]I. Cronologia indeterminada. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2169). Bibliografia: inédita. […?]N[?…] Cartela rectangular de ângulos indetermináveis, mutilada em ambas as faces (11 x 5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: […?]N[?…]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/ inícios do século II. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-1156). Bibliografia: inédita. […]OSA[…] Cartela rectangular de ângulos indetermináveis, mutilada em ambas as faces (9 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de um prato da forma Dragendorff 15/17. Marca: forma indeterminável. Marca: […]OSA[…]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2004-0086). Bibliografia: inédita. ? [?…] Cartela rectangular fragmentada na sua quase totalidade (9 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminável. Marca: [?…], sem leitura dado o estado de fragmentação. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I.: 2003-1165). Bibliografia: inédita. ? [?…]A Pequena cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à esquerda (4 x 3 mm). Proveniente do fundo interno

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de uma tigela da forma Drag. 27. Marca: [?…]A, sem leitura dado o estado de deterioração e fragmentação. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 3º quartel do século I. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-1754). Bibliografia: inédita. ? / Ilegível Cartela rectangular de ângulos indefenidos, mutilada à esquerda (12 x 2,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: [?...].Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no primeiro quartel do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-0800). Bibliografia: inédita. ? / Ilegível Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à direita (4 mm x 4 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: sem leitura. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no 3º quarterl do século I. Proveniência: Termas (N. I.: 19911677). Bibliografia: inédita. ? […] Cartela rectangular de ângulos bífidos, mutilada à direita (5,5 x 4,5 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: sem leitura. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2002-2022). Bibliografia: inédita. ? […] Cartela rectangular de ângulos indefenidos, mutilada à direita (4,5 x 5 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela da forma Dragendorff 27. Marca: sem leitura. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I / inícios do século II. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-1159). Bibliografia: inédita. ? […] Cartela rectangular de ângulos rectos?, mutilada à direita (1,5 x 3 mm). Proveniente do fundo interno de uma tigela

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de forma indeterminada. Marca: […]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1783). Bibliografia: inédita. ? […] Cartela rectangular de ângulos arredondados, mutilada à direita (8 x 7 mm). Proveniente do fundo interno de uma forma indeterminada. Marca: sem gravação. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 1º quartel do século II. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0208). Bibliografia: inédita. ? / Ilegível Cartela rectangular de ângulos rectos. Proveniente do fundo interno de uma tigela de perfil completo da forma Dragendorff 24/25. Marca inteira ilegível. Cronologia indeterminada. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2000-0929). Bibliografia: inédita. Marca interior anepígrafa TRITIUM MAGALLUM Sigillum interior anepígrafo (12 x 22 mm). Proveniente do fundo interno de um prato de forma indeterminada. Marca incluída num círculo inciso constituída por uma roseta de 14? pétalas. Trata-se de uma marca que, com alguma probabilidade, assinala a oficina de um oleiro, como parece sugerirem as produções de terra sigillata itálica e gálica e outras marcas anepígrafas hispânicas da produção de Tritium Magallum documentadas em Numância (Mayet, 1978, Est. 256, nº 3; 1983, p. 96, nº 782, Est. CCXX; Romero Carnicero, 1985, p. 188, nº 793 e p. 406) e Peñaforua (Mezquíriz, 1985, p. 119), ou mesmo, como refere Mª Victória Romero Car-

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nicero (1885, p. 188, 190), certo tipo de entalhes (vd. marca nº 103) conhecidos na produção de Andújar (vd. Roca Roumens, 1976, p. 30-31, Est. 2, nº 1-13). Acentue-se, todavia, que a marca de Braga, com um fabrico relativamente precoce2 atribuível ao 2º quartel do século I e um tipo de decoração bem presente nos produtos decorados produzidos em Tritium Magallum no século I (vid., Mayet, 1983, Est. CXLII; Romero Carnicero, 1985, p. 188 e 190), diferencia-se da marca de Numância (1985, p. 188 e 190) que apresenta um tipo de decoração em palmetas directamente influenciada pelas decorações estampadas que se difundem a partir do século IV com a terra sigillata africana D e a terra sigillata gálica tardia. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2002-2045). Bibliografia: inédita. ANDÚJAR NA NA Cartela rectangular de ângulos rectos, ligeiramente mutilada na metade superior (19 x 3 mm). Proveniente de uma tigela de perfil completo de forma Dragendorff 24/25. Marca: NA, em letras muito finas e espaçadas e em relevo muito fraco e de difícil leitura. Pelo fabrico e pela presença de uma marca de entalhe na parede interna junto à base, a peça situa-se, todavia, na última fase de produção dos fornos de Andújar, em cerca de meados do século II (vd. Mayet, 1984, p. 44). Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1997-1325). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura.

O termo “precoce” deve aqui ser entendido como critério de antiguidade no contexto da produção da terra sigillata hispânica. Não se trata, todavia, dum exemplar a incluir nas já conhecidas produções “precoces” (vd. Serrano Ramos, 1999, p. 231-233; Amores e Keay, 1999, p. 235-252) ou “singulares” (Romero Carnicero, 1999, p. 253-258), encontradas em níveis datados entre os finais do século I a. C. e a 1ª metade do século I. A peça de Braga possui uma pasta vermelha-acastanhada com desengordurante abundante, homogéneo e de pequenas dimensões. A superfície da pasta é ondulada com abundantes vacúolos redondos de pequenas dimensões e alguns alongados de maiores dimensões. O engobe, também vermelho-acastanhado, bem aderente e conservado, possui um brilho homogéneo no fundo externo e menos homogéneo no fundo interno. 281

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TITVS OPPIVS O?IPIIII Cartela de ângulos arredondados à direita e mutilada à esquerda. Proveniente do fundo interno de uma prato de forma indeterminável. Apesar do estado da fractura, a identificação do oleiro foi possível tendo em conta as características de fabrico e o desenho característico da cartela idêntica a algumas marcas assinadas por TITVS OPPIVS. Marca mutilada onde se lê parte da letra O, seguida das letras P, a primeira das quais apenas está representada por um traço vertical e a segunda em posição retrovertida, terminando numa série de traços verticais que correspondem à letra I (de OPPI), seguidas do nomem TITI. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1991-1658). Bibliografia: inédita. De acordo com a bibliografia consultada não encontrámos paralelo exacto para esta assinatura.

mentos provém dos achados antigos recolhidos na Colina do Alto da Cividade e assinala em letras profundamente gravadas ANNO 1711, acompanhadas do desenho de um busto “romano” coroado. O segundo fragmento, actualmente desaparecido, assinalava o ano de 1771. Trata-se, naturalmente, de grafitos feitos em pleno século XVIII por “fieis” descendentes e herdeiros da Bracara Augusta romana, numa atitude de saudosismo.

4.3.8 Grafitos

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A recolha na cidade de 87 fragmentos com grafitos é muito significativa. De acordo com as características de fabrico estes repartem-se, maioritariamente, a partir dos finais do século I e os inícios do século II, como vimos o período auge da importação destas cerâmicas na cidade (Fig. 52). À semelhança dos fragmentos com grafito da produção do Sul da Gália, os grafitos presentes nos vasos de produção hispânica estão excessivamente fragmentados. Apesar desta circunstância pode igualmente antever-se a presença de antropónicos alguns dos quais hipoteticamente reconstituíveis como [V]aleri, Sat[ur] ou Sat[urninus], Mar[ius], Sabi[nus], Ger[manus], R[u]f[us], etc, - ou numerais – desta vez representados pelos símbolos X, [...?] VI IV [...?], XXX[I?], XXL, R? (=80). A estes acrescente-se ainda alguns grafitos representando provavelmente elementos vegetais e um crismón (este último feito seguramente em data posterior). No conjunto destes grafitos destacamse, todavia, dois fragmentos que assinalam as datas de 1711 e 1771. O primeiro destes frag-

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Grafito: ECE Fragmento de bordo e parede de uma tigela decorada da forma Dragendorff 29. Banda superior com motivos de separação de métopas constituídos por três linhas verticais onduladas e um elemento vertical bifoliado. Grafito completo na face externa do bordo: ECE, em letras pequenas e largas, finamente incisas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2001-1301). Bibliografia: inédita. Grafito: KA Fragmento de bordo e início de parede de uma tigela decorada da forma Dragendorff 29. Grafito completo na face externa do bordo: KA, em letras finamente incisas. Pelo fabrico a peça situase, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2015). Bibliografia: inédita. Grafito: R Fragmento de bordo de uma tigela decorada da forma Dragendorff 37. Grafito completo? na face externa do bordo: R, finamente inciso, com 5 pontos. A presença dos pontos leva-nos a admitir que ele esteja inteiro. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1745). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 68, nº 45, Est. V. Grafito: [...?]XO[O?...] Fragmento de bordo de uma tigela decorada da forma Dragendorff 37. Grafito incompleto na face interna do bordo: [...?]XO[O?...]. Pelo fabrico a peça

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situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2002-2018). Bibliografia: inédita Grafito: CO[...?] Fragmento da parte inferior de uma tigela decorada da forma Dragendorff 37. Ainda é visível um elemento de decoração na parte inferior da parede, constituída por uma banda com círculos dentados que incluem no seu interior uma roseta de oito pétalas. Grafito incompleto no fundo da parede externa da pança: CO[...?], em letra finamente incisas. Pela decoração e pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1780). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 27, nº 40, Est. VI. Grafito: ? Fragmento da parte inferior de uma tigela decorada da forma Dragendorff 37. Vestígios ténues de decoração da parte inferior da parede. Grafito completo no fundo externo; traços muito largos, altos, e profundamente incisos. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1727). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 28, nº 52, Est. VI. Grafito: [...?]IM Fragmento da parte inferior de uma tigela decorada de forma indeterminada. Da decoração apenas se vê parte da banda inferior ornamentada com vestígios de elementos em círculo mediados por outros elementos não identificados. A terminar a decoração um friso simples constituído por uma dupla moldura. Grafito incompleto no fundo externo junto ao pé: [...?]IM. Esta leitura só é aceitável se for feita do lado oposto ao do desenho que, por uma questão de comodidade, deve corresponder à posição em que o grafito foi executado. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-2026). Bibliografia: inédita Grafito: ALERI Fragmento da parte inferior de uma ti-

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gela provavelmente decorada de forma indeterminada. Vestígios de uma ténue e fina canelura que eventualmente fazia a separação para a banda inferior decorada. Grafito completo na parede externa junto ao pé: ALERI, em letras altas e finamente incisas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2002-2036). Bibliografia: inédita Grafito: [...?]A?IIM[...?] Fragmento da parte inferior de uma jarra provavelmente da forma Hispânica 20. Grafito incompleto no fundo externo: [...?]A?IIM[...?]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no primeiro quartel do século II. Proveniência: Necrópole da Rua do Caires (N. I.: 2002-2027). Bibliografia: inédito. Grafito: TVE [I?]NO Fragmento de bordo e base de um prato da forma Dragendorff 15/17. Grafito aparentemente completo na face externa da base: TVE [I?]NO, em letras altas e finamente incisas, estando em nexo as letras VE e NO. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1744). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 68, nº 48, Est. V. Grafito: CIRR Fragmento de bordo de um prato da forma Dragendorff 15/17. Grafito aparentemente completo na face externa do bordo: CIRR, em letras altas e finamente incisas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1680). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 67, nº 42, Est. V. Grafito: TA[...] Fragmento de bordo de um prato da forma Dragendorff 15/17. Grafito incompleto? na face externa do bordo: TA[...], em letras altas e finamente incisas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século/inícios do século II. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 1991-1717). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 27, nº 43, Est. VI.

As Cerâmicas Finas de Mesa

Oleiro

Marca

MACER?

EXOFMA[C]ER

LAPILLIVS

OF·LA·PIL·I·

? LVCIVS ANIVS

II[…] LVC·[…]

Cronologia 50 - 100 50 - 100 50 - 100 75 - 100 75 - 100 50 - 100 50 - 100 50 - 100 100 - 125 75 - 100 75 - 100 75 -125 100 - 125 75 - 100 75 - 125 50 - 100 75 - 125 75 - 100 100 - 125 75 - 125 100 - 125 Desconhecida 75 - 100 50 - 100 75 - 100 75 - 125 75 - 125 75 - 125 75 - 100 75 - 100 50 - 100 50 - 100 75 - 125 75 - 125 75 - 100 75 - 125 75 - 125 75 - 100 75 - 125 50 - 100

Centros de Produção La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja

Forma Drag. 29 Drag. 29 Drag. 37 Drag. 37 Drag. 37 Drag. 37 Indeterminada Indeterminada Hisp. 20? Drag. 15/17 Drag. 15/17 Drag. 15/17 Drag. 15/17 Drag. 15/17 Drag. 15/17 Drag. 15/17 Drag. 15/17 Drag. 15/17 Drag. 15/17 Drag. 15/17 Drag. 15/17 Hisp. 4 Drag. 27 Drag. 33 Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada

Grafito ECE KA R […?] XO [O?...] CO […?] ? […?] IM ALERI […?] A?IIM […?] TVE [I?] NO CIRR TA […] SVLCA? MAN […I?] N [?] M [?...] P [?...] X X ? […M] AKI [?...] MAI […?] RF ? TI [F?…] CAMAN EVT SAFL / AFL MAR PO [?...] R /?/ ANNO 1711 e busto coroado 1771 X XXX [I?] A [?...] […?] ME [?...] CA? AL? ? X

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La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja La Rioja

Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminada Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável Indeterminável

CO [?...] […] AL […] Motivo vegetal? [I ou T] A […K?] A [L?] A [?...] [L?] F […?] S; [?F] A A RF T R […?] TA […] X X Motivo vegetal? ? A? MAR? X [X?] X ? […?] EA SABI […] […] GER […?] A [N?...] A ou V Crismon? Motivo vegetal ou numeral? Motivo vegetal? RVF […?] E Motivo vegetal? ? AL e A (invertido) X X […]MII […]

TOTAL

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Proveniência Braga sem contexto Braga sem contexto Braga sem contexto Cavalariças Cardoso da Saudade Colina da Cividade Fujacal Fujacal Necrópole da Rua do Caires Braga sem contexto Seminário de Santiago Antigas Escavações Seminário de Santiago Antigas Escavações Cardoso da Saudade Fujacal Termas Cavalariças Desconhecida São Geraldo Termas Carvalheiras Termas Termas Fujacal São Geraldo Colina da Cividade Colina da Cividade Fujacal Braga sem contexto Colina da Cividade Carvalheiras Termas Braga sem contexto Antigas Escavações Cerca do Seminário de Santiago Termas Cardoso da Saudade R. Frei Caetano Brandão Antigas Escavações Necrópole da via XVII / R. D. João C. Novais e Sousa Cardoso da Saudade Seminário de Santiago Hospital Fujacal Hospital Granjinhos Cavalariças Antigas Escavações Necrópole da via XVII / Lgo. Carlos Amarante Cavalariças Desconhecida Termas Desconhecida Carvalheiras Praia das Sapatas Carvalheiras Desconhecida Antigas Escavações Carvalheiras Fujacal R. Frei Caetano Brandão Maximinos Fujacal Termas Desconhecida Termas Antigas Escavações Praia das Sapatas Casa da Bica Albergue Maximinos Cardoso da Saudade Termas Cavalariças Termas São Geraldo Carvalheiras

Publicações Anteriores

Delgado e Santos, 1984: 68, nº 45; Est. V Delgado, 1985: 27, nº 40: Est. VI Delgado, 1985: 28, nº 52: Est. VI

Delgado e Santos, 1984: 68, nº 48; Est. V Delgado e Santos, 1984: 67, nº 42; Est. V Delgado, 1985: 27, nº 43: Est. VI Delgado e Santos, 1984: 68, nº 47; Est. V

Delgado, 1985: 28, nº 48: Est. VI

Delgado, 1985: 27, nº 42: Est. VI Delgado e Santos, 1984: 68, nº 46; Est. V Delgado e Santos, 1984: 67, nº 43; Est. V Delgado e Santos, 1984: 68, nº 44; Est. V Delgado, 1985: 28, nº 50: Est. VI Delgado e Santos, 1984: 68, nº 49; Est. V

Delgado, 1985: 27, nº 46: Est. VI

N.I. 2001-1301 2002-2015 1991-1745 2002-2018 1991-1780 1991-1727 2002-2026 2002-2036 2002-2027 1991-1744 1991-1680 1991-1717 1991-1730 2000-0559 1999-1322 1999-1318 2000-0553 1991-2374 1991-1688 1997- 1340 2002-2041 1991-1816 1999-2174 2002-2017 2002-2025 1999-1916 1991-1801 1991-1774 1929-1329 1991-1689 1991-1691 1991-1813 1991-1710 1991-1779 2002-2028 1999-1359 1999-2717 1991-1814 2002-1943 2002-2024

Ilustração 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

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Delgado, 1985: 27, nº 41: Est. VI

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Delgado e Santos, 1984: 67, nº 41; Est. V

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1999-1320 1991-1815 1999-1321 1999-1338 1999-1356 2002-2035 2002-2016 1999-1337 2002-2023 2002-2033 2002-2037 2002-2042 1991-1693 2001-1198 2002-2038 2002-2020 1999-1918 1999-1327 2002-2031 2002-2032 1999-1215 2002-2043 1991-1686 2002-1944 2002-2034 1991-1661 1991-1656 1999-1352 1999-1920 1991-1674 2002-2040 1999-1333 2003-0204 2003-1750 2002-2019

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Delgado, 1985: 29, nº 45: Est. VI

Delgado, 1985: 28, nº 49: Est. VI

Delgado e Santos, 1984: 67, nº 40; Est. V

Delgado, 1985: 28, nº 53: Est. VI Delgado, 1985: 27, nº 55: Est. VI

Delgado, 1985: 28, nº 54: Est. VI

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Fig. 52 Grafitos em Terra Sigillata Hispânica

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

As Cerâmicas Finas de Mesa

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Grafito: SVLCA? Fragmento de bordo e base de um prato da forma Dragendorff 15/17. Grafito incompleto na face externa do bordo: SVLCA?, em muito letras altas e finamente incisas. Esta leitura feita sob todas as reservas é-nos sugerida pelo natural prolongamento da parte conservada das letras. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no primeiro quartel do século II. Proveniência: Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1730). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 68, nº 47, Est. V. Grafito: MAN Fragmento de pé e base com meia cana de um prato da forma Dragendorff 15/17. Grafito completo no fundo externo: MAN, em letras altas, finamente incisas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2000-559). Bibliografia: inédita. Grafito: [...I?]N Fragmento de bordo e base com meia cana de um prato da forma Dragendorff 15/17. Grafito incompleto na face externa do bordo: [...I?]N, em letras finamente incisas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/ inícios do século II. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1999-1322). Bibliografia: inédita. Grafito: [?]M[?...] Fragmento de pé e base com meia cana de um prato da forma Dragendorff 15/17. Grafito incompleto na face externa da base: [?]M[?...], com letra muito larga e alta, finamente incisa. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-1318). Bibliografia: inédita. Grafito: P[?...] Fragmento de base com meia cana de um prato da forma Dragendorff 15/17. Grafito incompleto na face externa da base: P[?...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos fins do século I/inícios do século II. Proveniência: Termas (N. I.: 2000-553). Bibliografia: inédita.

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Grafito: X Prato da forma Dragendorff 15/17. Grafito: X, indicando, provavelmente um numeral. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no terceiro quartel do século I. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1991-2374). Bibliografia: inédita. Grafito: X Fragmento de base com meia cana de um prato da forma Dragendorff 15/17. Grafito completo na face externa da base: X, indicando, provavelmente, um numeral. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no primeiro quartel do século II. Proveniência: desconhecida (N. I.: 1991-1688). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984 p. 68, nº 51, Est. V. Grafito: ? Prato da forma Dragendorff 15/17. Grafito incompleto na parede externa da base. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 1997-1340). Bibliografia: inédita. Grafito: [...?]AKI[?...] Fragmento de parede de prato Dragendorff 15/17. Grafito incompleto na parede internada parede. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 1ª metade do século II. Proveniência: Termas (N. I.: 2002-2041). Bibliografia: inédita. Grafito: MAI[...?] Fragmento de aba da uma taça da forma Hispânica 4. Grafito incompleto na face externa da aba: MAI[...?]. Cronologia desconhecida dado se desconhecer o paradeiro do fragmento. Proveniência: desconhecida. Contexto estratigráfico: Carvalheiras (N. I.: 1991-1816). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 28, nº 48, Est. VI. Grafito: RF Tigela da forma Dragendorff 27. Grafito completo na parede externa: RF. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no terceiro quartel do século I. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2174). Bibliografia: inédita.

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Grafito: ? Fragmento de parede de uma tigela provavelmente da forma Dragendorff 33. Grafito completo na parede externa: assinalado por um traço horizontal. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Termas (N. I.: 20022017). Bibliografia: inédita. Grafito: TI[F?...] Fragmento de bordo de uma forma indeterminada. Grafito incompleto na face externa: TI[F?...], em letras finamente incisas. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Fujacal (N. I.: 20022025). Bibliografia: inédita. Grafito: CAMAN Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada (marca nº 8). Grafito completo no fundo externo: CAMAN. Em ambos os casos a letra A não apresenta haste horizontal. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 19991916). Bibliografia: inédita. Grafito: EVT Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafito completo na face externa da base: EVT, em letras altas e finamente incisas. Esta leitura só é aceitável se for feita do lado oposto ao do desenho que, por uma questão de comodidade, deve corresponder à posição em que o grafito foi executado. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1801). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 27, nº 42, Est. VI. Grafitos: SAFL / AFL Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafitos completos na face interna da base: SAFL e no fundo interno do pé: AFL. Em ambos os grafitos parece-nos claro o nexo entre o A e o L. Interpretamos os traços que encimam estas duas letras como

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um F em nexo com elas. A letra A do primeiro grafito difere do segundo por possuir uma barra oblíqua e não horizontal. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1774). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 68, nº 46, Est. V. Grafito: MAR Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafito completo no fundo externo: MAR, em letras altas e finamente incisas. Barra horizontal do A inexistente. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no terceiro quartel do século I. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-1329). Bibliografia: inédita Grafito: PO[?...] Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafito incompleto na face externa da base: PO[?...], em letras largas, imperfeitas, e pouco profundamente gravadas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1689). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 67, nº 43 e Est. V. Grafito: R / ? / ANNO 1711 e busto coroado Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. A peça possui três grafitos, um dos quais data de 1711. Grafito no fundo externo: R, com letra profundamente incisa, com a parte superior angulosa e desproporcionada; Grafito na face interna do pé cujo significado desconhecemos; Grafito na face interna da base que cortou o círculo inciso e danificou profundamente o verniz: ANNO 1711 e cabeça ou busto “romano” coroado. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1691). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 68, nº 44, Est. V. Grafito: 1771 Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafito parcialmente completo na parte inferior

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da parede externa que data de 1771. Cronologia desconhecida dado se desconhecer o paradeiro do fragmento. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19911813). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 28, nº 47, Est. VI. Grafito: X Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafito completo no fundo interno indicando um numeral na face interna da base: X. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Termas (N. I.: 1991-1710). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 28, nº 50, Est. VI. Grafito: XXX[I?] Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafito incompleto, provavelmente um numeral, na face externa da base: XXX[I?]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 1991-1779). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984: 68, nº 49, Est. V. Grafito: A[?...] Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafito incompleto na face externa da base: A[?...], em letra muito alta, encurvada à direita, e finamente incisa. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no terceiro quartel do século I. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2028). Bibliografia: inédita Grafito: [...?]ME[?...] Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafito incompleto no fundo externo: [...?]ME[?...], em letras altas e finamente incisas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (N. I.: 1999-1359). Bibliografia: inédita Grafito: CA? Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafito completo? no fundo externo junto ao pé: CA?. Esta leitura só é aceitável se for

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feita do lado oposto ao do desenho que, por uma questão de comodidade, deve corresponder à posição em que o grafito foi executado. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I /inícios do século II. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-2717). Bibliografia: inédita. Grafito: AL ? Fragmento de base e pé de um prato? de forma indeterminada. Grafito incompleto no fundo externo: AL?; ausência de traço horizontal na letra A. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1814). Bibliografia: Delgado, 1985: 27, nº 46, Est. VI. Grafito: ? Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafito incompleto indeterminado. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2002-1943). Bibliografia: inédita Grafito: X Fragmento de base e pé de um prato de forma indeterminada. Grafito incompleto no fundo externo: X, indicando um numeral. Pelo fabrico a peça situase, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2024). Bibliografia: inédita Grafito: [...O?]BO Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito incompleto na parede externa junto ao pé: [...O?]BO, em letras muito altas e finamente incisas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na primeira metade do século II. Proveniência: Necrópole da Via XVII (Cangosta da Palha) / R. D. João C. Novais e Sousa (N. I.: 20022021). Bibliografia: inédita Grafito: CO[?...] Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito incompleto na face externa da parede: CO[?...], sendo visível o início de uma

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terceira letra. Pelo fabrico a peça situase, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1809). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 27, nº 41, Est. VI. Grafito: [...]AL[...]; motivo vegetal? Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito incompleto no fundo externo à roda do umbigo central: [...]AL[...] em letra bem incisas e motivo vegetal? Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Seminário de Santiago (N. I.: 1991-1738). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 67, nº 41, Est. V. Grafito: [I ou T]A Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito incompleto na parede externa junto ao pé: [I ou T]A. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no primeiro quartel do século II. Proveniência: Hospital (N. I.: 1999-1320). Bibliografia: inédita Grafito: [...K?]A Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito incompleto na face interna do pé: [... K?]A; ausência de traço horizontal na letra A. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no terceiro quartel do século I. Proveniência: Fujacal (N. I.: 19911815). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 29, nº 45, Est. VI. Grafito: [L?]A[?...] Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito incompleto no fundo externo: [L?]A[?...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II Proveniência: Hospital (N. I.: 1999-1321). Bibliografia: inédita Grafito: [L?]F Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito incompleto no fundo externo: [L?]F. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Granjinhos (N. I.: 1999-1338).

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Bibliografia: inédita Grafitos: [...?]S ; [?...]A Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito incompleto na parede externa junto ao pé: [...?]S e no fundo externo: [?...]A. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1356). Bibliografia: inédita Grafito: A Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito completo no fundo externo: A, ocupando a totalidade do mesmo. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2035). Bibliografia: inédita Grafitos: RF Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito completo na parede externa junto ao pé: RF. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Necrópole da Via XVII / Largo Carlos Amarante (N. I.: 2002-2016). Bibliografia: inédita Grafito: T Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada (marca nº 20). Grafito completo no fundo externo: T. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 19991337). Bibliografia: inédita Grafito: R Fragmento de pé com início de parede de uma tigela de forma indeterminada. Grafito completo no fundo interno junto ao umbigo: R. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/ inícios do século II. Proveniência: Desconhecida (N. I.: 2002-2023). Bibliografia: inédita Grafito: [...?]TA[...] Fragmento de parede de uma tigela de forma indeterminada. Grafito incompleto na parede externa: [...?]TA[...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no século II. Proveniência: Termas (N. I.:

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2002-2033). Bibliografia: inédita. Grafito: X Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito completo no fundo externo: X. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no primeiro quartel do século II. Proveniência: desconhecida (N. I.: 2002-2037). Bibliografia: inédita Grafito: X Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito completo no fundo externo: X. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/ inícios do século II. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 20022042). Bibliografia: inédita Grafito: motivo vegetal? Fragmento da parte inferior de uma tigela de forma indeterminada. Grafito completo no fundo externo: representando um motivo vegetal? Cronologia desconhecida dado se desconhecer o paradeiro do fragmento. Proveniência: Praça das Sapatas. Contexto estratigráfico: desconhecido (N. I.: 1991-1693). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 28, nº 49, Est. VI. Grafito: ? Fragmento de base e pé de tigela de forma Dragendorff 24/25. Grafito incompleto no fundo externo: leitura indeterminada. Pelo fabrico a peça situase, todavia, no último quartel do século I /inícios do século II. Proveniência: Termas (N. I.: 2000-1014). Bibliografia: inédita. Grafito: A? Fragmento de base e pé de um prato? de forma indeterminada. Grafito completo? na parede externa junto ao pé: A? sem barra horizontal e incisão pouco profunda. Esta leitura só é aceitável se for feita do lado oposto ao do desenho que, por uma questão de comodidade, deve corresponder à posição em que o grafito foi executado. Pelo fabrico a peça sitia-se, todavia, no primeiro quartel do século II. Proveniência: desconhecida (N. I.: 2002-2038). Bibliografia: inédita

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Grafito: MAR? Fragmento de base e pé de forma indeterminada. Grafito completo na parede externa junto ao pé: MAR? Esta leitura só é possível se aceitarmos a posição central do M que para os devidos efeitos se apresenta mais pequeno e em nexo com as letras A e R. Pelo fabrico a peça sitia-se, todavia, nos finais do século I/ inícios do século II Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2020). Bibliografia: inédita Grafito: X[X?] Fragmento de base e pé de forma indeterminável. Grafito completo no fundo externo junto ao umbigo: X[X?]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19991918). Bibliografia: inédita Grafito: X Fragmento de base e pé de forma indeterminável. Grafito completo no fundo externo junto ao umbigo: X. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no primeiro quartel do século II. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-1327). Bibliografia: inédita Grafito: numeral? Fragmento de base e pé de forma indeterminável. Grafito completo no fundo externo: LX? Pelo fabrico a peça situase, todavia, nos finais do século I/inícios do século II. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2002-2031). Bibliografia: inédita Grafito: [...?]EA Fragmento de parede forma indeterminável. Grafito incompleto na parede externa: [...?]EA. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/ inícios do século II. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2002-2032). Bibliografia: inédita Grafito: SABI[...] Fragmento de parede forma indeterminável. Grafito incompleto na parede externa: SABI[...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Fujacal (N. I.: 1999-1215). Bibliografia: inédita

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Grafito: [...]GER Fragmento de parede forma indeterminável. Grafito incompleto na parede externa: [...]GER. Tratar-se-á com alguma probabilidade do nome NIGER. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no 1º quartel do século II Proveniência: Termas (N. I.: 2002-2043). Bibliografia: inédita Grafito: [...?]A[N?...] Fragmento de parede forma indeterminável. Grafito incompleto na parede externa: [...?]A[N?...], em letra altas e finamente incisas. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/ inícios do século II. Proveniência: Desconhecida (N. I.: 1991-1686). Bibliografia: Delgado e Santos, 1984, p. 67, nº 40, Est. V. Grafito: A ou V Fragmento de parede de forma indeterminada. Grafito incompleto na parede externa: A ou V. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Termas (N. I.: 2002-1944). Bibliografia: inédita. Grafito: crismon? Fragmento de parede forma indeterminável. Grafito incompleto na parede externa: crismon?. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/ inícios do século II. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2002-2034). Bibliografia: inédita Grafito: motivo vegetal ou numeral? Fragmento de parede forma indeterminável. Grafito completo na parede externa: representando um motivo vegetal ou numeral?: X. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Praia das Sapatas (N. I.: 1991-1661). Bibliografia: D., 1985: 28, nº 53; Est. VI. Grafito: motivo vegetal? Fragmento de parede forma indeterminável. Grafito completo na parede externa: representando um motivo vegetal. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 1991-1656). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 27, nº 55, Est. VI.

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Grafito: R[?...] Fragmento de base de forma indeterminável. Grafito completo no fundo externo: R[?...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I/ inícios do século II. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-1352). Bibliografia: inédita Grafito: [...?]E Fragmento de base de forma indeterminável. Grafito completo no fundo interno: [...?]E. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I?. Proveniência: Maximinos (N. I.: 1999-1920). Bibliografia: inédita Grafito: motivo vegetal? Fragmento de base de forma indeterminável. Grafito completo no fundo externo: representando um motivo vegetal? (marca nº 45). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, no último quartel do século I. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1991-1674). Bibliografia: Delgado, 1985, p. 28, nº 54, Est. VI. Grafito: ? Fragmento de base de forma indeterminável. Grafito completo? na parede externa: assinalado por um traço vertical. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na segunda metade do século I. Proveniência: Termas (N. I.: 2002-2040). Bibliografia: inédita. Grafito: AL e A (invertido) Fragmento de base de forma indeterminável. Grafito na parede externa: AL e A (invertido). Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, nos finais do século I / inícios do século II. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1333). Bibliografia: inédita. Grafito: X Fragmento de base de forma indeterminável. Grafito: X. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 2ª metada do século I. Proveniência: Termas (N. I.: 20030204). Bibliografia: inédita. Grafito: X Fragmento de base de forma indeterminável. Grafito: X. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 2ª metada do sécu-

As Cerâmicas Finas de Mesa

nas chamadas cerâmicas “cinzentas ampuritanas”; - as peças com provável origem cordovesa possuem uma argila depurada de cor ocre alaranjada e uma superfície externa polida com vestígios de torno na face interna, coberta por um engobe laranja-acastanhado ligeiramente metalizado.

lo I. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1750). Bibliografia: inédita. 78 Grafito: [...]MII[...] Fragmento de base de forma indeterminável. Grafito: [...]MII[...]. Pelo fabrico a peça situa-se, todavia, na 2ª metada do século I. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2002-2019). Bibliografia: inédita.

No contexto das produções provinciais recolheram-se ainda na cidade (Figs. 57 e 58) dois fragmentos moldados oriundos de oficinas do Sul da Gália, provavelmente de La Graufesenque, e um conjunto de cerca de uma quinzena de fragmentos cujas características morfológicas e de fabrico parecem poder filiar-se numa suposta, mas ainda não comprovada, produção Narbonense situada em Sallèles d`Aude (Aude) (vd. Laubenheimer, 1986, p. 41-45; López Mullor, 1990, p. 340; Minguez Morales, 1991, p. 74 e 118, Fig. 23). A estes acrescente-se ainda um fragmento da Forma Mayet LXX que encontra paralelos formais em exemplares recolhidos na Catalunha e Córdova mas cuja proveniência específica não foi possível determinar. Trata-se de um fragmento que à semelhança de outros exemplares recolhidos em contexto peninsular possui uma pasta cinzenta obtida por fogo redutor e um engobe negro e aderente na parte não decorada, junto ao bordo. Dada a sua semelhança com as cerâmicas designadas por cinzentas finas polidas não sabemos se se trata de uma produção local / regional afim àquelas produções cerâmicas ou se se integra, entre outras possibilidades, nas conhecidas produções regionais catalãs com fortes ligações às cerâmicas designadas “cinzentas ampuritanas”.

4.4 AS PAREDES FINAS 4.4.1 Paredes finas importadas Na cidade foi recolhida uma apreciável diversidade de fabricos e formas de cerâmicas de “paredes finas”, a maior parte dos quais representadas pelas produções e decorações mais comuns. Saliente-se, desde já, a extrema dificuldade em determinar certas características morfológicas, pela extrema fragmentação que os exemplares sofreram. As formas encontradas reduzem-se a copos e taças, sendo estas últimas as mais abundantes. 4.4.1.1 Áreas de produção Num total de 235 fragmentos, foi possível atribuir tipologia a 152 provenientes de distintas áreas de produção. A análise comparativa destas produções revelou o predomínio de exemplares itálicos (Figs. 53 e 54), a maior parte dos quais oriundos da Etrúria e da Área Centro Ocidental do Vale do Pó. As restantes produções itálicas, com excepção de um fragmento provavelmente oriundo da região Centro-Itálica, provêm da Campânia, Siracusa e Ligúria. Todos os outros fragmentos correspondem a produções provinciais. Neste rol predominam as produções oriundas da Península Ibérica (Figs. 55 e 56), maioritariamente representadas pelas conhecidas “séries monótonas” béticas e emeritenses, contrastando com um número reduzido de fragmentos que imitam a Forma II, cuja proveniência catalã e cordovesa é feita com reservas:

4.4.1.2 Enquadramento cronológico e análise quantitativa As paredes finas mais antigas recolhidas na cidade são contemporâneas dos primeiros momentos de vida da cidade, no tempo de Augusto. Estas estão representadas por 72 fragmentos, sendo a quase totalidade de origem itálica. Os 64 fragmentos, alguns dos quais enquadráveis nas Formas Mayet II, II D, III a, VIII B, VIII C e IX (nº 1-4; 6-14), possuem um fabrico característico da Etrúria. A estes

- as peças com provável origen catalã possuem uma argila depurada de cor ocre acastanhada e castanha avermelhada e engobe negro, espesso e muito aderente, integrável 292

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Cronologia Geral da Produção 1º quartel séc. II a.C. / Augusto? 1º quartel séc. II a.C. / Augusto? Augusto 3º quartel séc. I a.C. / Cláudio 75 a.C. / Augusto 2ª met. séc. I a.C. / Inícios da Era 2ª met. séc. I a.C. / Inícios da Era 2ª met. séc. I a.C. / Inícios da Era 70-60 a.C. / Augusto 1ª met. séc. I a.C. / Cláudio 1ª met. séc. I a.C. / Cláudio? 1ª met. séc. I a.C. / Cláudio 2ª met. séc. I a.C. / Tibério c. 50 a.C. / Tibério c. 50 a.C. / Tibério Tibério Cláudio-Nero / Vespasiano Cláudio-Nero / Vespasiano 1ª met. séc. I a.C. / Augusto Cláudio-Nero / Vespasiano c. 30 a.C. / Cláudio? c. 30 a.C. / Cláudio c. 30 a.C. / Cláudio

Augusto

Produção

Forma / Tipo

Quantidade de Exemplares

Ilustração

Itálica (Etrúria)

Forma II

2

1-2

Itálica (Etrúria)

Forma II?

1

3

Itálica (Etrúria)

Forma II D

1

4

Itálica (Etrúria)

Forma II / III

1

5

Itálica (Etrúria)

Forma III a

1

6

Itálica (Etrúria)

Forma VIII B

2

7-8

Itálica (Etrúria)

Forma VIII C

8

9-13

Itálica (Etrúria)

Forma VIII C?

5

------------

Itálica (Etrúria)

Forma IX

1

14

Itálica (Etrúria)

Forma X

4

15-18

Itálica (Etrúria)

Forma X?

2

19

Itálica (Etrúria)

Forma X C

1

20

Itálica (Etrúria)

Forma XI A

1

21

Itálica (Etrúria) Itálica (Etrúria)

2 2

22-23 24-25

2

26-27

Itálica (Etrúria?) Itálica (Etrúria?) Itálica (Etrúria) Itálica (Etrúria-Sutri)

Forma XI B Forma XI B? Forma XXX (Tipo 2/219) Forma XXXII Forma XXXII? Indeterminada Forma XXXII

1 1 42 2

28 29 -----------30-31

Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó) Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó) Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó)

Forma XXXIII / XXXV (Tipo 2/232, 2/405) Forma XXXIII / XXXV (Tipo 2/232, 2/405?)

Itálica (Etrúria?)

Itálica (Centro-Itálica?)

1ª met. séc. I a.C. / Cláudio

Itálica (Campânia)

1ª met. séc. I a.C. / Cláudio?

Itálica (Campânia)

1ª met. séc. I a.C. / Cláudio?

Itálica (Campânia)

Tipo I / 62

Tipo 2/412 Forma X A (Tipo 2/386) Forma X A (Tipo 2/386?) Indeterminada

Séc. I a.C. / 20 d.C.

Itálica (Siracusa)

Séc. I a.C. / 20 d.C.?

Itálica (Siracusa)

Forma V (Tipo I/47) Indeterminada

20–15 a.C. / Nero 20–15 a.C. / Nero?

Itálica (Ligúria) Itálica (Ligúria)

Forma XXIV Indeterminada

1 20 19 1

Quantidade de Exemplares por Produção

82

32 33-50

40

-----------51

3

52-54

1

55

2

------------

3

56-58

7

------------

1 1

59 60

1

6

10

2

141

TOTAL

Fig. 53 Paredes Finas Itálicas

293

As Cerâmicas Finas de Mesa

Fig. 54 Quantidade e relação percentual de Paredes Finas Itálicas Forma / Tipo Forma II (A) Forma II ? (A) Forma II D (A) Forma II / III (A) Forma III a (A) Forma VIII B (A) Forma VIII C (A) Forma VIII C ? (A) Forma IX (A) Forma X (A) Forma X ? (A) Forma X C (A) Forma XI A (A) Forma XI B (A) Forma XI B ? (A) Forma XXX (Tipo 2/219) (A) Forma XXXII (A) Forma XXXII ? (A) Indeterminada (Etrúria) (A) Forma XXXII (B) Tipo 1/ 62 (C) Forma XXXIII / XXXV (Tipo 2/232, 2/405) (C) Forma XXXIII / XXXV (Tipo 2/232, 2/405 ?) (C) Tipo 2/412 (D) Forma X A (Tipo 2/386) (E) Forma X A (Tipo 2/386 ?) (E) Indeterminada (E) Forma V (Tipo 1/47) (F) Indeterminada (F) Forma XXIV (G) Indeterminada (G) Total

Quantidade 2 1 1 1 1 2 8 5 1 4 2 1 1 2 2 2 1 1 42 2 1

% itálicas 1,42 0,71 0,71 0,71 0,71 1,42 5,67 3,55 0,71 2,84 1,42 0,71 0,71 1,42 1,42 1,42 0,71 0,71 29,79 1,42 0,71

% total paredes finas 0,85 0,43 0,43 0,43 0,43 0,85 3,40 2,13 0,43 1,70 0,85 0,43 0,43 0,85 0,85 0,85 0,43 0,43 17,87 0,85 0,43

20

14,18

8,51

19

13,48

8,09

1 3 1 2 3 7 1 1 141

0,71 2,13 0,71 1,42 2,13 4,96 0,71 0,71 100,00

0,43 1,28 0,43 0,85 1,28 2,98 0,43 0,43 60,00

(A) - Itálica (Etrúria) (B) - Itálica (Etrúria-Sutri) (C) - Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó) (D) - Itálica (Centro-Itálica ?) (E) - Itálica (Campânia) (F) - Itálica (Siracusa) (G) - Itálica (Ligúria)

45 40 35 30 25 20 15 10 5

Fo Fo rma rm II Fo a I (A rm I ? ) Fo a ( rm II A) a D Fo II (A / ) r m Fo a III ( rm III A) Fo a V a ( A Fo rma III B ) rm V (A a III VI C ) I ( Fo I C A) rm ? ( A Fo a IX ) Fo rma (A) rm X Fo a X (A rm ? ) Fo a (A rm X C ) Fo a Fo X (A rm ) a Fo rma I A XX rm X (A ) I X a (T XI B ( ip B A) Fo o 2 ? Fo ( In / 2 r de F m 19 A) Fo rma te orm a X ) ( rm a X A rm X X ) in a XX ad XX II ( XX II a XII A ) XI I / X II Fo (Et ? / X XX rm rúr (A) XX V ( a ia) X V Tip ( (T o Tip XX A) ip 2/2 o II ( o 1 2/ 32, / 6 B) 23 2 2 Fo 2, /40 (C r 2/ 5) ) m Fo a rm X Ti 405 (C a A po ?) ) X (T 2 A ip / 4 ( C ) (T o 12 ip 2/3 (D o Fo Ind 2/ 86) ) rm et 38 (E a erm 6 ? ) V ) (T in (E In ipo ada ) de te 1/4 (E) Fo rmi 7) ( n F In rma ad ) a de X ( te X F) rm IV in (G ad ) a (G )

0

Quantidade % itálicas

% total paredes finas

294

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Cronologia Geral da Produção

Quantidade de ExemQuantidade de Ilustração plares por Produção Exemplares

Produção

Forma / Tipo

último quartel Séc. II a.C. / Augusto

Catalunha

Forma II

2

76-77

último quartel Séc. II a.C. / Augusto

Bética (Córdova?)

Forma II (Tipo I / 35)

4

78-79

último quartel Séc. II a.C. / Augusto

Bética (Córdova?)

Forma II

1

82

Tibério / Nero – Vespasiano?

Bética (Cádiz)

Forma XXXIV

83-86

Tibério / Nero – Vespasiano?

Bética (Cádiz)

Forma XXXIV B

4 2

Tibério / Cláudio - Nero Tibério / Flávios Tibério / Flávios?

Bética Bética Bética

Forma XXXVI Forma XXXVII, 1 Forma XXXVII, 1?

Cláudio - Nero / Vespasiano

Bética

Forma XXXVII

2ª met. Séc. I

Mérida

Forma XLIII

21

2ª met. Séc. I

Mérida

Forma XLIII?

6

2ª met. Séc. I

Mérida

Forma XLIV

4

2ª met. Séc. I

Mérida

Forma XLIII ou XLIV

Hispânica Regional

Forma LXX

Augusto

3 13 9 3

87-88

2

39

89-91 92-101 -------102-104

35

4

105-114 117-123 125 --------115-117 124 126 127-128

1

129

1 77

TOTAL

Fig. 55 Paredes Finas Hispânicas

295

As Cerâmicas Finas de Mesa

Fig. 56 Quantidade e relação percentual de Paredes Finas Hispânicas Forma / Tipo Forma II (A) Forma II (Tipo 1/35) Forma II (B) Forma XXXIV Forma XXXIV B Forma XXXVI Forma XXXVII, 1 Forma XXXVII, 1 ? Forma XVII Forma XLIII Forma XLIII ? Forma XLIV Forma XLIII ou XLIV Forma LXX TOTAL

Quantidade 2 4 1 4 2 3 13 9 3 21 6 4 4 1 77

% hispânicas 2,60 5,19 1,30 5,19 2,60 3,90 16,88 11,69 3,90 27,27 7,79 5,19 5,19 1,30 100,00

% total paredes finas 0,85 1,70 0,43 1,70 0,85 1,28 5,53 3,83 1,28 8,94 2,55 1,70 1,70 0,43 32,77

(A) - Catalunha (B) - Bética (Córdova?)

30

25

20

15

10

5

Quantidade % hispânicas % total paredes finas

296

LX X a rm Fo

XL III

ou

XL IV

XL IV

?

Fo rm a

Fo rm a

XL III

I

XL III

Fo rm a

Fo rm a

XV I

? VI XX X

Fo rm a

I, 1

I, 1 VI XX X

Fo rm a

XX XV I

Fo rm a

IV

B

Fo rm a

XX X

XX XI V

Fo rm a

II rm a Fo

Fo rm a

(B

)

1/ 35 )

II (T ip o

Fo rm a

Fo

rm a

II

(A )

0

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Cronologia Geral da Produção Augusto / Cláudio Augusto / Cláudio Augusto / Cláudio

Produção

Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d’Aude?) Forma XI B Sul da Gália (Narbomense – Sallèles d’Aude?) Forma XII Sul da Gália (Narbomense – Sallèles d’Aude?) Forma XXXVII

Augusto / Cláudio

Sul da Gália (Narbomense – Sallèles d’Aude?)

Augusto / Cláudio?

Sul da Gália (Narbomense – Sallèles d’Aude?)

Augusto / Cláudio? Augusto / Cláudio

Quantidade de Exemplares

Forma / Tipo

Sul da Gália (Narbomense – Sallèles d’Aude?) Sul da Gália (Narbomense – Sallèles d’Aude?) Sul da Gália (La Graufesenque)

Cláudio / Nero

Forma XL

3

5

1

Indeterminada

1

Olla globular

1

Tipo 2 / 237

2

Quantidade de Exemplares por Produção

61-63 64

1

3

Forma XL?

Ilustração

65-69 70-72

15

-----------------------73

74-75

2 17

TOTAL

Fig. 57 Paredes finas do Sul da Gália Fig. 58 Quantidade e relação percentual de Paredes Finas do Sul da Gália Forma / Tipo Forma XI B Forma XII Forma XXXVII Forma XL Forma XL ? Indeterminada Olla globular Tipo 2/237 Total

Quantidade 3 1 5 3 1 1 1 2 17

% gálicas 17,65 5,88 29,41 17,65 5,88 5,88 5,88 11,76 100,00

% total paredes finas 1,28 0,43 2,13 1,28 0,43 0,43 0,43 0,85 7,23

30

25

20

15

10

5

0 Forma XI B Quantidade

Forma XII % gálicas

Forma XXXVII

Forma XL

Forma XL ?

% total paredes finas

297

Indeterminada

Olla globular

Tipo 2/237

As Cerâmicas Finas de Mesa

As produções provinciais estão apenas representadas por 20 fragmentos (Figs. 55 a 58). À parte os três exemplares béticos da Forma Mayet XXXVI (nº 89-91), os restantes fragmentos correspondem aos dois fragmentos moldados do Tipo Atlante 2/237 oriundos de La Graufesenque (nº 74-75) e às Formas Mayet XIB, XII, XXXVII, XL (nº 61-72) que possuem características afins a uma suposta produção narbonense situada em Sallèles d`Aude (Aude) (Figs. 55 a 58). Com a mesma proveniência recolheu-se ainda na cidade a parte superior de uma pequena olla globular, provavelmente usada como unguentário (nº 73).

acrescente-se apenas um fragmento do Tipo Atlante 2/412 (nº 51), provavelmente oriundo da região Centro-Itálica, sete fragmentos de fundo de origem peninsular que imitam a Forma Mayet II (nº 76-82) e um fragmento da Forma Mayet LXX (nº 129) ao qual atribuímos a designação de “Hispânica regional”. Augusto / Cláudio-Nero Entre o principado de Augusto e os meados do século I d. C. verifica-se o auge de importação destas cerâmicas com 93 fragmentos. Saliente-se que, à semelhança do momento anterior, continua o predomínio das importações itálicas, com 73 fragmentos, sobre as provinciais, com apenas 20 fragmentos. De entre as produções itálicas (Figs. 53 e 54) predominam, com 40 fragmentos, os produtos oriundos da Área Centro Ocidental do Vale do Pó que, excepção feita a um fragmento do Tipo Atlante I / 62 (nº 32), se enquadram na forma híbrida Mayet XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405) (nº 33-50; nº 44-51). Como seria de esperar as produções originárias da Etrúria estão neste momento cronológico menos representadas contando apenas com 15 fragmentos, correspondentes às Formas Mayet II/III, X, X C, XI A, XI B e XXX (Tipo Atlante 2/219) (nº 5; nº 15-27). Em menor número figuram as produções itálicas oriundas da Campânia, de Siracusa e da Ligúria, com apenas 18 fragmentos na totalidade:

Tibério-Cláudio / Vespasiano-Flávios? À semelhança de outros contextos peninsulares, no período correspondente à dinastia júlio-cláudia e inícios da dinastia flávia a cidade passou a beneficiar de outros circuitos de abastecimentos destas cerâmicas ao qual se associou um decréscimo das importações itálicas. Como se vê nas Figs. 54 e 56, a cidade abastece-se dos produtos de origem bética, que após um aparecimento tímido na época de Tibério, passam então a gozar de grande popularidade no período de Cláudio até ao reinado de Vespasiano. Assim as produções itálicas (Figs. 53 a 54) apenas estão representadas por quatro fragmentos etruscos da Forma Mayet XXXII, que julgámos poder atribuir ao centro produtor de Sutri (vid. nº 30-31). As produções béticas estão melhor representadas, contando com 31 fragmentos. Estas produções incluem alguns fragmentos representativos das cerâmicas designadas “casca de ovo”, contando com quatro fragmentos da Forma Mayet XXXIV (nº 83-86) e dois fragmentos da Forma Mayet XXXIV B (nº 87-88). Os restantes estão representados pelas conhecidas “séries monótonas” que incluem 22 fragmentos da Forma Mayet XXXVII, 1 (nº 92-101) que se caracterizam por possuir uma decoração arenosa aplicada na superfície do vaso e três fragmentos da Forma Mayet XXXVII (nº 103-105) com decoração mamilar aplicada a barbotina.

- da Campânia provêm seis fragmentos, sendo três a quatro integráveis na Forma Mayet X A (Tipo 2/386). Todos os fragmentos possuem um fabrico do Tipo 1 definido por Andreina Ricci (1985, p. 347) (nº 52-55); - de Siracura recolheram-se dez fragmentos, podendo atribui-se à Forma Mayet V (Tipo Atlante I/47) dois exemplares completos e um fragmento. Estas peças possuem uma superfície negra e uma parede muito fina e “sonora” que nos faz associar às conhecidas produções designadas de “casca de ovo” oriundas de Cádis e Rubielos de Mora (nº 56-58). - da Ligúria apenas se documentaram dois exemplares sendo apenas um integrável na Forma Mayet XXIV (nº 59-60).

2ª metade do século I A presença de paredes finas importadas em Bracara Augusta termina com os produtos 298

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

oriundos de olarias situadas algures no território emeritense, seguramente dependentes das produções artesanais relacionadas com a capital provincial deste território, a cidade de Emerita Augusta. À semelhança do período anterior foram recolhidos na cidade 35 fragmentos oriundos destas oficinas (Figs. 55 a 56), representados pelas Formas Mayet XLIII (nº 105-114; nº 117-123; nº 125) e Mayet XLIV (nº 115-116; nº 124 ; nº 126). 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Fragmento de fundo. Forma II. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 1º quartel do século I a. C. / Augusto ?. Diâmetro do pé: 100 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0434). Id. Forma II. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 1º quartel do século II a. C. / Augusto ?. Diâmetro do pé: 39 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0493). Id. Forma II ?. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 1º quartel do século II a. C. / Augusto ?. Diâmetro do pé: 51 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0492). Fragmento de bordo e parede. Forma II D. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: Augusto. Diâmetro: 68 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-1393). Id. Forma II / III. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 3º quartel do século I / Cláudio. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-1392). Fragmento de pé e parede. Forma III a. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 75 a. C. / Augusto. Diâmetro do pé: 58 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 20000253). Fragmento de bordo. Forma VIII B. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 2ª metade do século I a. C. / inícios da Era. Diâmetro: 86 mm. Proveniência: R. Comendador Santos da Cunha (N. I.: 1991-1758). Id. Forma VIII B. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 2ª metade do século I a. C. / inícios da Era. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 20030474). Id. Forma VIII C. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 2ª metade do século I a. C. / inícios da Era. Diâmetro:

12

13

14

15

16

17

18

19

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64 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 1999-1389). Fragmento de pé e parede. Forma VIII C. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 2ª metade do século I a. C. / inícios da Era. Diâmetro do pé: 39 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 19991394). Id. Forma VIII C. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 2ª metade do século I a. C. / inícios da Era. Diâmetro do pé: 40 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1396). Id. Forma VIII C. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 2ª metade do século I a. C. / inícios da Era. Diâmetro do pé: 49 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0452). Fragmento de parede. Forma VIII C. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 2ª metade do século I a. C. / inícios da Era. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0252). Fragmento de bordo e parede. Forma IX. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 70-60 a. C. / Augusto. Diâmetro: 95 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1395). Id. Forma X. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 1ª metade do século I a. C. / Cláudio. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-0412). Fragmento de asa. Forma X. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 1ª metade do século I a. C. / Cláudio. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0417). Fragmento de pé e parede. Forma X. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 1ª metade do século I a. C. / Cláudio. Diâmetro do pé: 91 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0413). Id. Forma X. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 1ª metade do século I a. C. / Cláudio. Diâmetro do pé: 54 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2000-0255). Id. Forma X ?. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 1ª metade do século I a. C. / Cláudio. Diâmetro do pé: 48 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0502). Fragmento de bordo e parede. Forma X C. Produção: Itálica (Etrúria). Cronolo-

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gia: 1ª metade do século I a. C. / Cláudio. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0421). Fragmento de bordo e parede. Forma XI A. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: 2ª metade do século I a. C. / Tibério. Proveniência: R. Damião de Góis (N. I.: 2003-0414). Fragmento de bordo. Forma XI B. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: c. 50 a. C / Tibério. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20030420). Id. Forma XI B. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: c. 50 a. C / Tibério. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0451). Fragmento de asa e parede. Forma XI B ?. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: c. 50 a. C / Tibério. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0418). Id. Forma XI B ?. Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: c. 50 a. C / Tibério. Proveniência: Albergue (N. I.: 20030507). Fragmento de bordo e parede. Forma XXX (Tipo 2/219). Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: Tibério. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0433). Fragmento de parede Forma XXX (Tipo 2/219). Produção: Itálica (Etrúria). Cronologia: Tibério. Diâmetro: 99 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0439). Id. Forma XXXII (Tipo 2/219). Produção: Itálica (Etrúria?). Cronologia: Cláudio-Nero / Vespasiano. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0426). Id. Forma XXXII ?. Produção: Itálica (Etrúria?). Cronologia: Cláudio-Nero / Vespasiano. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0423). Fragmento de bordo e parede. Forma XXXII. Produção: Itálica (Etrúria-Sutri). Cronologia: Cláudio-Nero / Vespasiano. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-0495). Fragmento de parede e asa. Forma XXXII. Produção: Itálica (Etrúria-Sutri). Cronologia: Cláudio-Nero / Vespasiano. Diâmetro: 98 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1077).

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Fragmento de bordo e parede. Tipo I/62. Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio ?. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0490). Perfil completo. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Alt. : 49 mm. Diâmetro: 96 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2000-0260). Fragmento de bordo e parede. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2000-0261). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0437). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0446). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0435). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0436). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2000-0257). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro: 131 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2000-0259).

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Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2000-0256). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2000-0258). Fragmento de pé e parede. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro do pé: 29 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20030410). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro do pé: 37 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2000-0265). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro do pé: 30 mm. Proveniência: R. Damião de Góis (N. I.: 1991-1827). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro do pé: 38 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1826). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro do pé: 40 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0510). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro do pé: 39 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0438). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro

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do pé: 54 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-0449). Id. Forma XXXIII/XXXV (Tipo 2/232, 2/405). Produção: Itálica (Área Centro Ocidental do Vale do Pó). Cronologia: c. 30 a. C. / Cláudio. Diâmetro do pé: 50 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0409). Fragmneto de bordo e parede. Tipo 2/412. Produção: Itálica (centro-Itálica?). Cronologia: Augusto. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0425). Id. Forma X A (Tipo 2/386). Produção: Itálica (Campânia). Cronologia: 1ª metade do século I a. C. / Cláudio. Diâmetro: 99 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0428). Id. Forma X A (Tipo 2/386). Produção: Itálica (Campânia). Cronologia: 1ª metade do século I a. C. / Cláudio. Diâmetro: 105 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2001-0428). Fragmento de pé e parede. Forma X A (Tipo 2/386). Produção: Itálica (Campânia). Cronologia: 1ª metade do século I a. C. / Cláudio. Diâmetro do pé: 40 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0427). Id. Forma X A (Tipo 2/386?). Produção: Itálica (Campânia). Cronologia: 1ª metade do século I a. C. / Cláudio. Diâmetro máximo: 130 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-0439). Perfil completo. Forma V (Tipo 1/47). Produção: Itálica (Siracusa). Cronologia: século I a. C. / 20. Alt.: 109 mm. Diâmetro: 54 mm. Diâmetro do pé: 43 mm. Proveniência: Teatro Circo (N. I.: 2004-0057). Id. Forma V (Tipo 1/47). Produção: Itálica (Siracusa). Cronologia: século I a. C. / 20. Alt.: 94 mm. Diâmetro: 50 mm. Diâmetro do pé: 38 mm. Proveniência: Rua do Caires (N. I.: 20000116). Fragmento de bordo e parede. Forma V (Tipo 1/47). Produção: Itálica (Siracusa). Cronologia: século I a. C. / 20. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1400). Fragmento de pé e parede. Forma XXIV. Produção: Itálica (Ligúria). Cro-

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nologia: 20-15 a. C. / Nero. Diâmetro do pé: 40 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-0466). Id. Forma indeterminada. Produção: Itálica (Ligúria). Cronologia: 20-15 a. C. / Nero. Diâmetro do pé: 43 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20030429). Fragmento de asa e bordo. Forma XI B. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1397). Fragmento de bordo e parede. Forma XI B. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20031807). Fragmento de pé e parede. Forma XI B. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro: 50 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0430). Fragmento de bordo e parede. Forma XII. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 20030494). Fragmento de parede. Forma XXXVII. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0488). Fragmento de pé e parede. Forma XXXVII. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro do pé: 30 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2000-0266). Id. Forma XXXVII. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro do pé: 44 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0442). Id. Forma XXXVII. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro do pé: 47 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-0465). Id. Forma XXXVII. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?).

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Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro do pé: 69 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0432). Fragmento de bordo e parede. Forma XL. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0497). Fragmento de pé e parede. Forma XL. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro: 37 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-0444). Id. Forma XL. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro do pé: 49 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0431). Parte superior de olla globular. Forma XL. Produção: Sul da Gália (Narbonense – Sallèles d´Aude?). Cronologia: Augusto / Cláudio. Diâmetro: 30 mm. Proveniência: R. Santo António das Travessas (N. I.: 2003-0450). Fragmento de bordo e parede. Tipo 2/237. Produção: Sul da Gália (La Graufesenque). Cronologia: CláudioNero. Diâmetro: 91 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0445). Id. Tipo 2/237. Produção: Sul da Gália (La Graufesenque). Cronologia: Cláudio-Nero. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1081). Fragmento de pé e parede. Forma II. Produção: Catalunha. Cronologia: último quartel do século II a. C. / Augusto. Diâmetro do pé: 39 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0447). Id. Forma II. Produção: Catalunha. Cronologia: último quartel do século II a. C. / Augusto. Diâmetro do pé: 35 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0449). Id. Forma II (Tipo I/35). Produção: Bética (Córdova?). Cronologia: último quartel do século II a. C. / Augusto. Diâmetro do pé: 30 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0469). Id. Forma II (Tipo I/35). Produção: Bética (Córdova?). Cronologia: último quartel do século II a. C. / Augusto. Diâmetro do pé: 40 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0470).

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Id. Forma II (Tipo I/35). Produção: Bética (Córdova?). Cronologia: último quartel do século II a. C. / Augusto. Diâmetro do pé: 40 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0471). Id. Forma II (Tipo I/35). Produção: Bética (Córdova?). Cronologia: último quartel do século II a. C. / Augusto. Diâmetro do pé: 50 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0472). Id. Forma II (Tipo I/35). Produção: Bética (Córdova?). Cronologia: último quartel do século II a. C. / Augusto. Diâmetro do pé: 36 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0448). Fragmento de bordo e parede. Forma XXXIV. Produção: Bética (Cádis). Cronologia: Tibério / Nero-Vespasiano?. Diâmetro: 101 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2000-0342). Fragmento de pé e parede. Forma XXXIV. Produção: Bética (Cádis). Cronologia: Tibério / Nero-Vespasiano?. Diâmetro do pé: 34 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2000-0254). Id. Forma XXXIV. Produção: Bética (Cádis). Cronologia: Tibério / NeroVespasiano?. Diâmetro do pé: 29 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1999-1391). Id. Forma XXXIV. Produção: Bética (Cádis). Cronologia: Tibério / NeroVespasiano?. Diâmetro do pé: 36 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-0499). Fragmento de bordo e parede. Forma XXXIV B. Produção: Bética (Cádis). Cronologia: Tibério / Nero-Vespasiano?. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0505). Fragmento de parede. Forma XXXIV B. Produção: Bética (Cádis). Cronologia: Tibério / Nero-Vespasiano?. Diâmetro máximo: 96 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 1999-0450). Fragmento de bordo e parede. Forma XXXVI. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Cláudio-Nero. Diâmetro: 69 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-1398). Fragmento de pé e parede. Forma XXXVI. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Cláudio-Nero. Diâmetro do

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pé: 39 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0453). Id. Forma XXXVI. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Cláudio-Nero. Diâmetro do pé: 30 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0460). Fragmento de bordo e parede. Forma XXXVII, 1. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Flávios. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 1999-1390). Id. Forma XXXVII, 1. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Flávios. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0455). Id. Forma XXXVII, 1. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Flávios. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0454). Id. Forma XXXVII, 1. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Flávios. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0457). Id. Forma XXXVII, 1. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Flávios. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0456). Id. Forma XXXVII, 1. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Flávios. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0459). Id. Forma XXXVII, 1. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Flávios. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade (N. I.: 2003-0458). Fragmneto de pé e parede. Forma XXXVII, 1. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Flávios. Diâmetro do pé: 48 mm. Proveniência: Rua Damião de Góis (N. I.: 1991-1829). Id. Forma XXXVII, 1. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Flávios. Diâmetro do pé: 44 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 1991-1830). Id. Forma XXXVII, 1. Produção: Bética. Cronologia: Tibério / Flávios. Diâmetro do pé: 36 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-0451). Fragmento de bordo e parede. Forma XXXVII. Produção: Bética. Cronologia: Cláudio-Nero/Vespasiano. Diâmetro do pé: 85 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2001-0463).

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Fragmento de parede. Forma XXXVII. Produção: Bética. Cronologia: CláudioNero/Vespasiano. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0501). Fragmento de pé e parede. Forma XXXVII. Produção: Bética. Cronologia: Cláudio-Nero/Vespasiano. Diâmetro do pé: 54 mm. Proveniência: Termas (N. I.: 2003-0504). Fragmento de parede. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro máximo: 72,5 mm. Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 1999-1399). Fragmento de bordo e parede. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 72 mm. Proveniência: Maximinos (N. I.: 2001-0462). Id. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2003-0508). Id. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 85 mm. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0491). Id. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 74 mm. Proveniência: Albergue (N. I.: 2001-0461). Id. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 2003-0489). Fragmento de parede. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0506). Fragmento de bordo e parede. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0461). Id. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 71 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0464). Id. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 95 mm. Proveniência: Colina da Cividade (N. I.: 2003-0463). Id. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâ-

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metro: 140 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-0462). Fragmento de parede. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Proveniência: Antigas Escavações (N. I.: 2003-0487). Perfil completo. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Alt.: 65 mm. Diâmetro: 80 mm. Diâmetro do pé: 34 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0468). Fragmento de bordo e parede. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2003-0512). Fragmento de bordo e parede. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-0467). Id. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0466). Id. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 88 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (N. I.: 2001-0459). Id. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-0465). Id. Forma XLIII. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 105 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2001-0460). Id. Forma XLIV. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 69 mm. Proveniência: Fujacal (N. I.: 2003-0503). Id. Forma XLIV. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-0498). Id. Forma XLIV. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Braga sem contexto (N. I.: 2003-0485). Id. Forma XLIII ou XLIV. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 92 mm. Proveniência: sem contexto (N. I.: 2003-0486).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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Id. Forma XLIII ou XLIV. Produção: Mérida. Cronologia: 2ª metade do século I. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Carvalheiras (N. I.: 2003-0500). Id. Forma LXX. Produção: Hispânica Regional. Cronologia: Augusto. Diâmetro: 69 mm. Proveniência: São Geraldo (N. I.: 2003-1084).

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4.4.2 Paredes finas locais

4.5 CERÂMICA BRACARENSE

Até hoje insuspeita, existiu de facto uma produção de paredes finas locais, embora, de momento, tenha de ser considerada residual. Para a sua revelação contribuiu o estudo, entretanto por nós realizado (Morais, 1997-98a), sobre as produções de paredes finas importadas que nos permitiu individualizar quatro fragmentos (nº 1-4) com características de fabrico atípicas muito próximas das produções locais. Tal hipótese foi comprovada pelas análises laboratoriais entretanto realizadas que, em definitivo, vieram confirmar que a produção destas cerâmicas foi realizada com argilas provenientes da região do Prado. A possibilidade da comercialização das produções de paredes finas locais fora da cidade parece-nos, todavia, pouco aceitável ainda que possa admitir-se que os estudos até agora realizados sobre materiais não lhes tenham prestado a devida atenção, passando camuflados ou, inclusivamente, ao tratar-se de formas experimentais não chegassem simplesmente a ser comercializados. Com excepção de um fragmento de fundo de forma indeterminada decorado com rodízio disposto transversalmente (nº 1), os restantes fragmentos copiam formas de paredes finas provenientes da Bética. Até ao momento encontraram-se três exemplares fragmentados, com decoração mamilar disposta de forma aleatória, dois dos quais parecem inspirar-se na Forma Mayet XXXVII (nº 2-3) e o último, de perfil quase completo, na Forma Mayet XXXVIII B (nº 4). 1

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dio-Nero. Proveniência: Cavalariças (N. I.: 1999-0469). Id. Forma XXXVII ?. Produção: Local. Cronologia: Cláudio-Nero. Proveniência: Albergue (N. I.: 1999-0464). Fragmento de bordo e parede. Forma XXXVIII B. Produção: Local. Cronologia: 40-100. Diâmetro: 74 mm. Alt. aproximada: 51 mm. Proveniência: R. Damião de Góis (N. I.: 1991-1825).

Esta cerâmica foi pela primeira vez referida por Rigaud de Sousa em 1965 no IV Colóquio Portuense de Arqueologia. Mais tarde Adília Alarcão (1966) dá a conhecer à comunidade científica internacional a existência desta cerâmica, num trabalho publicado na revista “Rei Cretariae Romanae Fautorum Acta, nº VIII”, sob o título “Bref aperçu sur la céramique romaine trouvée à Bracara Augusta”. Neste estudo a autora realça um grupo “muito interessante” de cerâmicas que imitam as formas da terra sigillata algumas das quais feitas a molde e com uma decoração e fabrico semelhantes aos das paredes finas e lucernas (1996, p. 46). No início da década de 70, no II Congresso Nacional de Arqueologia, Rigaud de Sousa, num estudo intitulado “Cerâmica fina típica de Braga” (1971, p. 451-55), refere-se de novo a esta cerâmica a partir de novos dados resultantes das escavações por si realizadas. Neste estudo Rigaud de Sousa refere-se a esta cerâmica como “terra sigillata bracarense”, dado que, segundo o autor esta produção imitava de perto as formas de terra sigillata do Sul da Gália e da Hispânia. Percorridos poucos anos, Adília Alarcão, em trabalho conjunto com Alina Martins (1976, p. 1-19, Est. I-VII), publica um excelente artigo sobre esta cerâmica referindo, para além da sua dispersão no norte do país, as suas características essenciais e respectiva problemática. Este trabalho passou a ser referência para diferentes autores que, no contexto do noroeste português, encontravam esta produção. Salientamos entre outros o trabalho de Lino Tavares Dias sobre as cerâmicas romanas de Tongóbriga realizado em 1995 e de Felizbela Leite, na sua tese de mestrado intitulada “Contribuição para o estudo da cerâmica fina de Braga. A cerâmica “dita bracarense”, defendida em 1997.

Fragmento de pé e parede. Forma indeterminada. Produção: Local. Cronologia: Augusto – Cláudio ?. Diâmetro do pé: 44 mm. Proveniência: Casa da Bica (N. I.: 1999-0467). Fragmento de parede. Forma XXXVII ?. Produção: Local. Cronologia: Cláu305

As Cerâmicas Finas de Mesa

Neste último trabalho tratava-se de determinar através das análises laboratoriais (petrográfica, mineralógica e química), o tipo de barreiros utilizados e respectivo centro ou centros de produção. A análise de fragmentos provenientes de Braga e de Aquis Querquennis revelou que os materiais em estudo provinham de barreiros com argilas cauliníticas existentes ao longo da costa Norte de Portugal e região de Orense. Ficava, todavia, por resolver a questão de saber qual das regiões teria sido responsável pela produção desta cerâmica, ou mesmo, se ela poderia provir de dois sítios produtores.

parece sugerir que não estamos perante uma simples imitação de cerâmica importada feita por oleiros de origem local, mas, talvez, da instalação em Bracara Augusta de oleiros vindos da região da Bética, conhecedores de formas específicas de paredes finas emeritenses e da terra sigillata daquela região, em especial de Andújar (Fig. 59). 4.5.2 Formas que imitam terra sigillata Drag. 29 É a forma maioritária e de maior sucesso na produção da cerâmica bracarense, com 285 exemplares, sete dos quais com decoração moldada. Possui dois módulos distintos, variando de 130 mm (nº 1) a 180 mm (nº 12) e 199 mm (nº 23) a 300 mm (nº 25). Possui ainda diferenças assinaláveis a nível de perfil, sendo mais frequente os perfis curvilíneos e esvasados (nº 1-6; 10; nº 16; nº 17-18; 21; nº 38-39) e os perfis arredondados (nº 7-10; nº 19; nº 23-25; nº 26-29; nº 30-36; nº 40-42; nº 43-45; nº 47-50) por vezes com uma acentuada flexão para o interior (nº 22; nº 37; nº 51). Os restantes apresentam um perfil bastante anguloso, com a metade superior vertical (nº 11-15; nº 20). O diâmetro das peças, a ausência de fiadas de pérolas limitando as bandas decoradas e a presença de bordos desenvolvidos e abertos sem guilloché na dupla moldura, indica uma inspiração em modelos de terra sigillata hispânica, em particular do centro produtor de Andújar. De facto, à semelhança de Andújar, as formas bracarenses Drag. 29 possuem, na generalidade, as seguintes características: uma carena pouco acentuada; a parte superior da parede ligeiramente esvasada e oblíqua; uma decoração de guilloché que cobre, profusa e cuidadosamente, a parede do vaso, sendo pouco frequentes as paredes lisas e excepcionais as decorações moldadas.

4.5.1 Caracterização da produção Trata-se de uma produção com base em argilas cauliníticas como recentemente pôde ser confirmado pelas análises laboratoriais (Leite, 1997; Gomes, 2000). Caracteriza-se, genericamente, por uma pasta muito depurada de cor creme claro e superfície sempre revestida por um engobe de cor pouco homogénea, variando entre o amarelado, mais frequente, e tonalidades laranjaacastanhadas e salmão, por vezes ligeiramente metalizado, com manchas negras frequentes. Esta produção caracteriza-se também pela imitação das formas mais usuais da terra sigillata hispânica e de algumas formas de paredes finas típicas da região emeritense. Como decoração prevalece o uso de um rodízio de excelente execução. Além da imitação desta louça fina de mesa muito requintada, a “cerâmica bracarense” contempla ainda a produção de cerâmicas de uso comum. Saliente-se, ainda, uma produção específica de lucernas do tipo Dressel 20 e Loeschke X, algumas das quais com a assinatura LVCRETIVS, saídas de uma das mais importantes olarias da cidade. De acordo com os diferentes géneros de cerâmica que a produção bracarense imita e a apreciação cronoestratigráfica dos materiais, esta produção abarca um período de tempo situável entre os meados do século I e os inícios do século II. Os escassos vestígios de importações de terra sigillata bética, por um lado, e a análise atenta da cerâmica bracarense, por outro,

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Fragmento de pequena tigela com decoração a guilloché na parede externa. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1002). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 138 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1003).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Fig. 59 Quantidade e relação percentual de Bracarense Bracarenses

Quantidade

% bracarenses

285 10 2 64 64 8 123 81 5 2 9 35 688

41,42 1,45 0,29 9,30 9,30 1,16 17,88 11,77 0,73 0,29 1,31 5,09 100,00

Drag. 29 Drag. 37/AJ.1 Hermet 13 Drag. 24/25 Drag. 27 Drag. 35 Drag. 36 Hisp. 4 “Hisp. 5” Mayet L Mayet LII Cerâmica comum Total

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250

200

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50

um

I

m

LI C er

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36 D ra

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27 g. D ra

24 /2 5 D ra

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13 H er m et

g. D ra

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37 /A J

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As Cerâmicas Finas de Mesa

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Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 1991-2252). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 96; 100, n.º 2; Est. I (N. I.: 1991-2255). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Cavalariças. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0988). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Casa da Bica. Bibliografia: inédita (N. I.: 1991-2258). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 189 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 1991-2256). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0975). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 145 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0967). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0989). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Cavalariças. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0982). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1316). Fragmento de grande tigela com decoração em guilloché na parede externa. Decoração: guilloché na parede externa. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 224 mm. Proveniência: MAS. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1987). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 234 mm. Proveniência: Albergue. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1361). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 238 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2077). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 229 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2075). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 230 mm. Proveniência: S. Sebastião. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1000). Id. Cronologia: 50-100. Alt.: 85 mm. Diâmetro: 238 mm. Diâmetro do pé: 90 mm. Proveniência: S. Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-0001).

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Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 229 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0971). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 219 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0991). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 238 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0973). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 240 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 96; 100, n.º 3; Est. I (N. I.: 2002-2090). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 199 mm. Proveniência: Antigas escavações. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2078). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 238 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1431). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 300 mm. Proveniência: R. 25 de Abril / Quinta do Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0995). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 239 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2131). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 239 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0871). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 240 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2087). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 248 mm. Proveniência: S. Sebastião. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1001). Fragmento de pequena tigela. Cronologia: 50-100. Alt.: 60 mm. Diâmetro: 135 mm. Diâmetro do pé: 60 mm. Proveniência: Av. Central (sepultura 9). Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1314). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Av. Central (sepultura 9). Bibliografia: inédita (N. I.: 20011313). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 138 mm. Proveniência: Av. Central (sepultura 9). Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1315). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2147). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: S. Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0980).

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Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0966). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0996). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: S. Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0993). Fragmento de grande tigela. Cronologia: 50-100. Alt.: 72 mm. Diâmetro: 226 mm. Diâmetro do pé: 75 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 1991-1411). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 229 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0569). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 208 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1363). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 240 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 96; 101, n.º 13; Est. II (N. I.: 2002-2089). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 96; 101, n.º 11; Est. II (N. I.: 2002-2079). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Antigas Escavações. Bibliografia: inédita (N. I: 2002-0969). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 248 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0984). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 248 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0985). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 299 mm. Proveniência: R. Santo António das Travessas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0978). Id. Cronologia: 50-100. Alt.: 88 mm. Diâmetro: 238 mm. Diâmetro do pé: 82 mm. Proveniência: Salvamento na R. Imaculada Conceição (Livraria Cruz). Bibliografia: inédita (N. I.: 1991-1418). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 230 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0886). Id. Cronologia: 50-100. Alt.: 104 mm. Diâmetro: 236 mm. Diâmetro do pé: 84 mm. Proveniência: Albergue. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1287).

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Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 219 mm. Proveniência: Albergue. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2076). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 96; 101, n.º 9; Est. I (N. I.: 2002-2091). Id. Cronologia: 50-100. Diâmetro: 208 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1368).

Drag. 37 / Aj. 1 Revelando uma inspiração morfológica em terra sigillata hispânica do sul da Bética, em especial do centro produtor de Andújar, a produção de cerâmica bracarense conta, até à data, com 10 exemplares lisos com perfil comum às formas Drag. 37. O tamanho reduzido destes exemplares, cujo diâmetro varia entre 119 mm (nº 62) e cerca de 159 mm (57), aproxima-os de pequenas tigelas produzidas no centro produtor de Andújar, conhecidas como Aj. 1. 53

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Pequena tigela. Cronologia: 50-100. Alt.: 55 mm. Diâmetro: 131 mm. Diâmetro do pé: 60 mm. Proveniência: Av. Central (sepultura 9). Bibliografia: inédita (N. I.: 1997-1345). Fragmento de pequena tigela. Cronologia: 50-100. Alt.: 59 mm. Diâmetro: 144 mm. Diâmetro do pé: 75 mm. Proveniência: Av. Central (sepultura 9). Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1312). Id. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: São Sebastião. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2135). Id. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: R. Santo António das Travessas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2134). Id. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2137). Id. Diâmetro: 144 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2126). Id. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 98; 102, nº 28; Est. II (N. I.: 2002-2157). Id. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: São Sebastião. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2135).

As Cerâmicas Finas de Mesa

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Id. Diâmetro: 126 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 98; 104, nº 51; Est. III (N. I.: s/número). Id. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Misericórdia. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2130).

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Drag. 24/25 Forma com perfil característico da forma hemisférica Drag. 24/25, embora com variantes de pormenor nos bordos como se pode verificar pelos desenhos (nº 63-100). O bordo é inteiramente decorado com o motivo de guilloché na quase totalidade dos exemplares. Os bordos sem decoração possuem um perfil com a parede interna contínua (nº 9798), ligeiramente quebrada (nº 99) e reentrante (nº 100). A diferença de diâmetros é considerável, variando entre 92 mm (nº 87) e 169 mm (nº 95), e a presença, em quase todos os exemplares, de uma moldura externa mais espessa que a dos modelos gálicos, indica uma inspiração em protótipos de origem hispânica.

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Tigela com bordo decorado a guilloché na face externa. Alt.: 58 mm. Diâmetro: 116 mm. Diâmetro do pé: 46 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 104, n.º 55; Est. IV (N. I.: 19911413). Fragmento de tigela com bordo decorado a guilloché na face externa. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1330). Id. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 104, n.º 57; Est. IV (N. I.: 2002-2055). Id. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1345). Id. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1329). Id. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1331).

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Id. Diâmetro: 108 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1339). Id. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0440). Id. Diâmetro: 124 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1349). Id. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (nº inventário: 2001-1328). Id. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1338). Id. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Albergue. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1334). Id. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1325). Id. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1346). Id. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1321). Id. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Fonte do Ídolo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2003-0511). Id. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: R. N. S.ª do Leite. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1336). Tigela com bordo decorado a guilloché na face externa. Alt.: 47 mm. Diâmetro: 109 mm. Diâmetro do pé: 36 mm. Proveniência: Antigas escavações. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 105, n.º 56; Est. IV (N. I.: 1991-0717). Fragmento de tigela com bordo decorado a guilloché na face externa. Diâmetro: 115 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1350). Id. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Coração Sagrada Família. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2052). Id. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1337). Id. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1348).

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Id. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1347). Id. Alt.: 62 mm. Diâmetro: 118 mm. Diâmetro do pé: 50 mm. Proveniência: s/ contexto. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 104, n.º 53; Est. IV (N. I.: s/número). Id. Diâmetro: 92 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1320). Id. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0883). Id. Diâmetro: 118 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1323). Id. Diâmetro: 120 mm. Proveniência: Antigas escavações. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2056). Id. Diâmetro: 136 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 105, n.º 64; Est. IV (N. I.: 2002-2054). Id. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1332). Id. Diâmetro: 138 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 105, n.º 62; Est. IV (N. I.: 2002-2053). Id. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0579). Id. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Maximinos? Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1319). Id. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1322). Fragmento de tigela com bordo liso. Diâmetro: 123 mm. Proveniência: Praia das Sapatas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1335). Id. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1351). Id. Diâmetro: 126 mm. Proveniência: Albergue. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1340). Id. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Cavalariças. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1333).

Drag. 27 A forma Drag. 27 tem a mesma frequência da forma anterior, com 64 exemplares. Esta forma apresenta também variantes na dupla curvatura do bordo cuja parte superior pode ser muito encurvado (nº 101-106), esvasada (nº 107-110) ou, pelo contrário, quase retilínea (nº 111). Os diâmetros são igualmente variáveis, entre 67 mm (nº 111) e 150 mm (nº 108). Com excepção de um exemplar recolhido em Briteiros (Alarcão e Martins, 1976, p. 97 e 106, nº 66, Est. IV) de pequenas dimensões com um lábio de secção arredondada semelhante a alguns modelos do Sul da Gália e exemplares precoces de origem hispânica, os restantes exemplares seguem de perto protótipos hispânicos, de maiores proporções e lábio simples. 101

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Tigela com parede em dupla curvatura. Alt.: 56 mm. Diâmetro: 129 mm. Diâmetro do pé: 58 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2114). Fragmento de tigela com parede em dupla curvatura. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2115). Id. Alt.: 65 mm. Diâmetro: 133 mm. Diâmetro do pé: 50 mm. Proveniência: São Sebastião. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0977). Id. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, n.º 67; Est. IV (N. I.: 1991-2253). Id. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0578). Id. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2113). Id. Diâmetro: 136 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, n.º 71; Est. IV (N. I.: 2002-2110). Id. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2118). Id. Diâmetro: 94 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2117).

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Id. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, n.º 72; Est. IV (N. I.: 2002-2111). Id. Diâmetro: 67 mm. Proveniência: s/ contexto. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, n.º 73; Est. IV (N. I.: s/número).

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Drag. 36 A forma Drag. 36 é a segunda em número, com 123 exemplares. Os pratos dominam praticamente toda a produção, oferecendo, à semelhança da terra sigillata hispânica, uma diversidade de variantes, cuja relação entre o diâmetro, compreendido entre 139 mm (nº 120) e 273 mm (nº 143), e uma altura variável de cerca de 40 a 50 mm, lhes dão uma configuração de taça ou prato fundo. Com excepção de dois fragmentos decorados com folhas de água feita com barbotina (nº 120-121), os restantes fragmentos decorados possuem uma decoração em guilloché disposta em bandas (nº 129-131) ou cobrindo inteiramente a parte superior da aba (nº 122124; nº 125-127; nº 128). A maioria da produção, todavia, não é decorada (nº 132-139; nº 140-144).

Drag. 35 A forma Drag 35 apenas está representada por oito fragmentos. À semelhança da terra sigillata hispânica podem distinguir-se dois grupos distintos: um primeiro grupo composto por quatro tigelas muito pequenas com um diâmetro variável entre 80 mm (nº 112-113) e 90 mm (nº 114) e uma altura inferior a 40 mm; um segundo grupo, cujo diâmetro pode variar entre 100 mm (nº 119) e 124 mm (nº 118) e uma altura superior a 40 mm. Com excepção de um fragmento (n.º 119) cuja metade superior da parede externa está decorada com uma dupla faixa de um fino guilloché, alguns fragmentos possuem, à semelhança da terra sigillata hispânica, uma aba decorada com folhas de água feitas com barbotina (n.º 112-114) ou inteiramente coberta por um fino guilloché (n.º 115-117). 112

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Fragmento de pequena tigela com decoração a guilloché na metade superior da parede externa. Diâmetro: 124 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2109). Fragmento de pequena tigela. Diâmetro: 100 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2058).

Fragmento de pequena tigela com aba decorada a barbotina com folhas de água. Alt.: 31 mm. Diâmetro: 80 mm. Diâmetro do pé: 35 mm. Proveniência: São Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2003-1078). Fragmento de pequena tigela com aba decorada a barbotina com folhas de água. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Sé. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2099). Id. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografía: inédita (N. I.: 2002-2095). Fragmento de pequena tigela com aba decorada a guilloché na face superior. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 20022057). Id. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Cardoso da Saudade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2097). Id. Diâmetro: 119 mm. Proveniência: São Sebastião. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2100).

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Fragmento de pequena tigela com aba decorada a barbotina com folhas de água. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: São Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2093). Id. Diâmetro: 140 mm. Proveniência: São Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2094). Fragmento de pequeno prato com aba decorada a guilloché na face superior. Diâmetro: 168 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 20011400). Id. Diâmetro: 169 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2047). Id. Diâmetro: 189 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2071). Id. Diâmetro: 200 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-1055). Id. Diâmetro: 189 mm. Proveniência:

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Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1382). Id. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2048). Id. Diâmetro: 209 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1399). Id. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1401). Id. Diâmetro: 249 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1383). Id. Diâmetro: 179 mm. Proveniência. Edifício Cardoso da Saudade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1391). Id. Fragmento de pequena tigela. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 103, n.º 38; Est. III (N. I: 2002-2050). Fragmento de pequeno prato. Alt.: 40 mm. Diâmetro: 270 mm. Diâmetro do pé: 70 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0249). Id. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: R. Santo António das Travessas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2112). Diâmetro: 179 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 20011377). Id. Diâmetro: 199 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1393). Id. Diâmetro: 205 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0441). Id. Diâmetro: 220 mm. Proveniência: Cavalariças. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2098). Id. Diâmetro: 208 mm. Proveniência: São Sebastião. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1397). Id. Diâmetro: 189 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1384). Id. Diâmetro: 198 mm. Proveniência: São Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1395). Grande prato. Diâmetro: 262 mm. Proveniência: Braga / sem contexto. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0245).

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Fragmento de grande prato. Alt.: 54 mm. Diâmetro: 273 mm. Diâmetro do pé: 94 mm. Proveniência: R. Pêro Magalhães Gondavo. Bibliografia: inédita (N. I.: 1993-0686). Fragmento de grande prato. Diâmetro: 270 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0242).

Hisp. 5, var. Extremamente interessante é a presença de pequenas tigelas que possuem uma pequena aba horizontal decorada com guilloché que termina num lábio demarcado e soerguido, semelhantes a certos exemplares itálicos do tipo Consp. 37. A semelhança destas pequenas tigelas com um exemplar de Andújar publicado por Mayet (1983: Est. XLIII, nº 257) e com o pequeno pratel, nº 150, parece indicar tratar-se de uma forma com fortes afinidades com as tigelas Hisp. 5. Os cinco exemplares recolhidos na cidade possuem um pequeno diâmetro variável entre 67 mm (nº 145) e 199 mm (nº 149). Com excepção do exemplar nº 149, com uma característica aba soerguida coberta por uma estreita faixa em guilloché, os restantes (nº 145-148) possuem uma aba profusamente decorada com fino guilloché. 145

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Fragmento de pequena taça com aba decorada a guilloché na face superior, terminando num lábio soerguido. Diâmetro: 67 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 20011427). Id. Diâmetro: 73 mm. Proveniência: São Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1428). Id. Diâmetro: 75 mm. Proveniência: São Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1429). Id. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 98, 104, n.º 52; Est. III (N. I.: 2001-1416). Fragmento de pequena taça com aba soerguida decorada a guilloché na face superior. Diâmetro: 199 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1426).

As Cerâmicas Finas de Mesa

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Hisp. 4 É a terceira forma melhor representada nesta produção, com 81 exemplares. À semelhança dos exemplares de produção de terra sigillata hispânica, esta forma possui diferentes variantes consoante o diâmetro, entre 159 mm (nº 155) e 359 mm (nº 163), a decoração ou ausência de decoração na aba. A variante mais numerosa é um grande prato covo com asas (nº 164-165; nº 166-167) ou sem asas (nº 156-157; nº 158-163) aplicadas na aba larga descaída, por vezes coberta por um guilloché (nº 156-157; nº 166-167). As restantes estão representadas por pratéis de menores dimensões, com aba vertical (nº 151) ou descaída (nº 152-153) inteiramente coberta por um fino guilloché. Destaca-se um pratel (nº 150) cuja aba horizontal com lábio ligeiramente soerguido. 150

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Fragmento de pequena taça ou pratel com aba horizontal e face superior plana decorada a guilloché, terminando num lábio ligeiramente soerguido. Diâmetro: 160 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, nº 74, Est. V (N. I.: 2002-0248). Fragmento de pequeno pratel com aba decorada a guilloché na face superior. Diâmetro: 259 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 20000572). Id. Diâmetro: 178 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2073). Id. Diâmetro: 170 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2072). Id. Diâmetro: 208 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0235). Id. Diâmetro: 159 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0231). Fragmento de grande prato, com aba decorada a guilloché na face superior. Diâmetro: 269 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0239). Id. Diâmetro: 347 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0236).

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Fragmento de grande prato com aba ligeiramente soerguida. Diâmetro: 289 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I: 2000-0443). Fragmento de grande prato. Diâmetro: 270 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1430). Id. Diâmetro: 278 mm. Proveniência: Cavalariças. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1385). Id. Diâmetro: 300 mm. Proveniência: São Sebastião. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0230). Id. Diâmetro: 299 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0234). Id. Diâmetro: 359 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, n.º 76; Est. V (N. I.: 2002-0228). Grande prato ou taça, com aba munida de pegadeiras aplicadas horizontalmente. Altura: 63 mm. Diâmetro: 280 mm. Diâmetro do pé: 96 mm. Proveniência: R. Santo António das Travessas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1015). Fragmento de grande prato ou taça com aba munida de pegadeiras aplicadas horizontalmente. Diâmetro: 280 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 20020241). Fragmento de grande prato ou taça com aba decorada a guilloché na face superior, munida de pegadeiras aplicadas horizontalmente. Diâmetro: 289 mm. Proveniência: R. Pêro Magalhães Gondavo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0243). Fragmento de grande prato ou taça com aba decorada a guilloché na face superior, munida de pegadeiras aplicadas horizontalmente. Diâmetro: 330 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, n.º 75; Est. V (N. I.: 2002-0247). 4.5.3 Formas que imitam terra sigillata com decorações moldadas

Drag. 29 Os fragmentos moldados recolhidos na cidade possuem, à semelhança das restan314

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

tes formas Drag. 29, dois módulos distintos que atingem em média 129 mm (nº 169) e 240 mm (nº 170) de diâmetro. Dos sete fragmentos, cinco possuem um perfil anguloso, com a metade superior vertical (nº 170-172; 173-174) e dois um perfil arredondado (nº 168-169). Os motivos decorativos estão representados pelo estilo de métopas, composto por linhas verticais onduladas, sós (nº 168; 171-172) ou associadas a dois ramos bifoliados (nº 173174) frequentes em Andújar e noutras produções hispânicas. A decoração interna das métopas apresenta diversos motivos decorativos: um motivo cruciforme, directamente inspirado na famosa Cruz de Santo André da terra sigillata gálica (nº 171), e motivos animais, representados por lebres (nº 171; nº 173) e motivos vegetais (nº 168; 170; 172) dispostos de forma isolada (nº 168 e, provavelmente, nº 172 e nº 174). Como se vê no fragmento nº 171 estas formas podiam associar os motivos decorativos acima referidos, separados por motivos em pérolas. Esta associação leva-nos a propor uma hipotética reconstituição de uma forma moldada completa (nº 175) a partir dos fragmentos (nº 173-174) provavelmente saídos do mesmo molde. 168

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Fragmento da metade superior de uma pequena tigela moldada. Da decoração do friso superior distingue-se uma palmeta? mediada por pequenas pérolas formando uma espécie de meio círculo e, à direita, a representação de uma métopa formada por três linhas verticais, ligeiramente onduladas. Diâmetro: 179 mm. Proveniência: São Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1417). Id. Vestígios de decoração moldada no friso superior. Diâmetro: 129 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 102, n.º 22; Est. II (N. I.: 2001-1423). Fragmento de pequena tigela moldada. Decoração em forma de grinalda?. Diâmetro: 240 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1074).

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Fragmento de parede com carena de uma pequena tigela moldada. Decoração com friso superior representado com elementos cruciformes separados por métopas formadas por três linhas verticais onduladas. Do friso inferior vê-se a parte dianteira de uma lebre em corrida à direita. Linha de pérolas a separar os dois frisos decorados e a separar o elemento decorativo do friso inferior. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1418). Fragmento de pequena tigela moldada. Vestígios de decoração do friso superior onde se vê a representação de uma flor separada à direita por uma métopa formada por três linhas verticais onduladas. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 102, n.º 23; Est. II (N. I.: 2001-1424). Fragmento da metade superior de uma pequena tigela moldada. Da decoração do friso superior vê-se uma lebre em corrida à direita e à esquerda uma métopa formada por três linhas verticais onduladas ladeadas por dois ramos bifoliáceos. Alt.: 105 mm. Diâmetro: 208 mm. Diâmetro do pé: 68 mm. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1419). Fragmento da parte inferior de uma pequena tigela moldada. Da decoração do friso inferior vê-se vestígios de uma pétala à direita e uma métopa formada por três linhas verticais onduladas ladeadas por dois ramos bifoliáceos. Alt.: 106 mm. Diâmetro: 210 mm. Diâmetro do pé: 68 mm. Proveniência: Seminário de Santiago. Bibliografia: inédita (N. I.: 1991-0762). Reconstituição hipotética de uma bracarense do tipo Drag. 29 a partir dos dois últimos fragmentos.

Hermet 13 O eclectismo e diversidade na imitação da terra sigillata está ainda patente em dois exemplares recolhidos nas antigas escavações da Colina de Maximinos que imitam a forma Hermet 13 (n.º 177). 315

As Cerâmicas Finas de Mesa

Um destes fragmentos (nº 176) conserva parcialmente um dos lados decorado com motivos figurativos dispostos em duas séries concêntricas separadas por duas molduras. Apesar do desgaste deste fragmento, à semelhança dos exemplares moldados da forma Drag. 29, os motivos decorativos fazem parte do léxico figurativo e de desenho da terra sigillata de produção hispânica: na série concêntrica interior vê-se parte de uma Vitória de perfil erguendo uma coroa à esquerda e segurando uma palma à direita; na série exterior são ainda perceptíveis a imagem de dois cervos posicionados à direita, afrontados com a imagem da Musa “Citarela” (Erato). 176

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horizontais, colocada, como era norma, sob a pequena aba do bordo. Mais esclarecedores são, todavia, alguns exemplares recolhidos no povoado de S. Torcato (nº 180) e na Citânia de Briteiros (nº 181-184). Nestes fragmentos vê-se, para além da existência de duas pegadeiras horizontais dispostas uma em frente da outra sob a pequena aba do bordo, a existência de um bico vertedoiro oposto a um mascarão aplicado. 178

Fragmento de cantil. Conserva-se parcialmente um dos lados decorado com motivos figurativos muito desgastados dispostos em duas séries concêntricas separadas por duas molduras. Na série concêntrica interior vê-se parte de uma Vitória de perfil erguendo uma coroa à esquerda e segurando uma palma à direita; na série exterior são ainda perceptíveis a imagem de dois cervos posicionados à direita, afrontados com a imagem da Musa “Citarela” (Erato). Diâmetro provável do bocal: 38 mm. Alt. Provável: 218 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 98; 109, n.º 105; Est. VI (N. I.: 1991-2259). Est. XXXII Id. Conserva-se apenas parte da parede com decoração. Proveniência: Cardoso da Saudade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2003-1812).

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4.5.4 Formas que imitam paredes finas de Mérida Mayet L Embora não disponhamos de exemplares completos, recolheram-se na cidade dois fragmentos que imitam a forma Mayet L da produção de paredes finas de Mérida. Trata-se de uma forma complexa com um característico bordo reentrante terminando numa pequena aba em forma de “colchete” para recepção de um testo. Destaque-se o fragmento nº 178 pelo facto de possuir parte de uma das pegadeiras

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Fragmento de pote. Conserva-se parte da uma das pegadeiras laterais que vinham prender-se no colo. Parede externa decorada a guilloché. Diâmetro: 184 mm. Proveniência: carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1976). Diâmetro: 154 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1977). Id. Representação de um mascarão (sileno?) aplicado no bordo, sob o lábio, e parte da parede externa. Parede externa decorada a guilloché. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: S. Torcato. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 93-96; 108, n.º 94; Est. VI; Est. VII, 2 (N. I.: 2002-1980). Representação de um mascarão aplicado no bordo, sob o lábio, e parte da parede externa. Parede externa decorada a guilloché. Diâmetro: 209 mm. Proveniência: Citânia de Briteiros. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 93-96; 108, n.º 93; Est. VI; Est. VII, 1 (N. I.: 2002-1982). Conserva-se uma das pegadeiras laterais que vinham prender-se no colo. Parede externa decorada a guilloché. Diâmetro: 202 mm. Proveniência: Citânia de Briteiros. Bibliografia: associada ao número 183 em Alarcão e Martins, 1976: 93-96; 108, n.º 93; Est. VI; Est. VII, 1 (N. I.: 2002-1981). Id. Conserva-se o bico vertedoiro associado a esta forma. Diâmetro: 210 mm. Proveniência: Citânia de Briteiros. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1979). Id. Vestígios do arranque de uma das pegadeiras laterais que vinham prenderse no colo. Parede externa decorada a guilloché. Diâmetro: 205 mm. Proveniência: Citânia de Briteiros. Bibliogra-

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

fia: associada ao número 183 em Alarcão e Martins, 1976: 93-96; 108, n.º 93; Est. VI; Est. VII, 1 (N. I.: 2002-1983).

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Mayet LII No contexto da imitação de formas de paredes finas, destaca-se, ainda, a produção de exemplares afins à forma Mayet LII, cujo repertório igualmente se associa à produção de parede finas de Mérida. Do conjunto de nove exemplares até à data recolhidos na cidade, destaca-se um exemplar praticamente completo (nº 185). Este exemplar apresenta, à semelhança da maior parte dos restantes fragmentos (nº 185193), um característico bordo moldurado e colo troncocónico. Dois exemplares incluídos nesta forma possuem um atípico bordo esvasado em forma de aba, moldurado na face superior (nº 192-193). 185

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Pequeno jarro. Colo troncocónico e bordo muito saliente e moldurado. Perfil cilíndrico estreitando junto ao colo e fundo. Asa de fita colocada no ombro da peça indo repousar no bordo com apoio para o polegar. Parede externa decorada com faixas de finas caneluras e molduras. Ausência do pé, por fractura. Alt.: 184 mm. Diâmetro do bocal: 80 mm. Diâmetro aproximado do pé: 51 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0259). Fragmento de pequeno jarro. Colo troncocónico e bordo muito saliente e moldurado com início de arranque de asa. Diâmetro: 111 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1997). Id. Colo troncocónico e bordo muito saliente e moldurado com início de arranque de asa. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: Cavalariças. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1993). Id. Colo troncocónico e bordo muito saliente e moldurado com início de arranque de asa. Diâmetro: 80 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1999). Id. Colo troncocónico e bordo muito saliente e moldurado com início de arranque de asa. Diâmetro: 90 mm. Proveniência: Colégio de Sagra-

da família. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1994). Id. Colo troncocónico, sublinhado por um conjunto de finas caneluras, e bordo muito saliente e moldurado. Diâmetro: 81 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1995). Id. Início de colo e bordo muito saliente e moldurado, terminando num lábio soerguido. Diâmetro: 83 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1992). Id. Colo troncocónico com bordo atípico, esvasado, e sucessivamente moldurado na face superior. Diâmetro: 147 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1996). Id. Colo troncocónico com bordo atípico, esvasado, e sucessivamente moldurado na face superior. Diâmetro: 104 mm. Proveniência: Fujacal. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1998).

4.5.5 Outras formas No contexto desta produção cerâmica recolheram-se até à data outros vasos que parecem originais ou inspiradas noutras categorias cerâmicas (nº 194-223). De entre estes destacam-se apenas algumas formas que julgámos exemplificativas de tal diversidade, correspondentes a tigelas, púcaros, jarros, bilhas, potes, potinhos, copinhos, etc, frequentemente associadas a cerâmicas de uso comum, algumas das quais decoradas na parede externa com um fino guilloché. 194

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Fragmento de tigela. Bordo reentrante. Diâmetro: 199 mm. Proveniência: Cavalariças. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2129). Id. Diâmetro: 209 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2127). Fragmento de tigela ou pote. Parede e bordo curvilíneo e reentrante. Diâmetro: 180 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 99; 107-108, n.º 88; Est. VI (N. I.: 2002-2156). Id. Parede decorada a guilloché e bordo reentrante. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2132).

As Cerâmicas Finas de Mesa

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Id. Diâmetro: 148 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2144). Id. Diâmetro: 155 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2145). Fragmento de pequeno pote?. Bordo atípico, esvasado. Diâmetro: 139 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2142). Fragmento de pote. Bordo atípico, reentrante e lábio simples. Conserva-se parte da uma das pegadeiras laterais que vinham prender-se no colo. Diâmetro: 202 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-1975). Fragmento de pequena tijela. Diâmetro: 106 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0580). Id. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2148). Id. Moldura ondulada aplica na face externa do lábio. Diâmetro: 194 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2139). Id. Bordo ligeiramente esvasado. Diâmetro: 150 mm. Proveniência: Hospital. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2116). Id. Parede encurvada, terminando num lábio simples. Dupla canelura na face externa. Diâmetro: 149 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2138). Id. Parede e bordo esvasado com conjunto de finas caneluras na face externa. Diâmetro: 109 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 20000577). Id. Parede esvasada terminando num lábio simples com canelura na face interna. Diâmetro: 130 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0581). Fragmento de tigela?. Diâmetro: 254 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2128). Fragmento de pequena bilha. Diâmetro: 70 mm. Proveniência: São Sebastião. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2149). Fragmento de púcaro. Diâmetro: 136 mm. Proveniência: Termas . Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2141).

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Fragmento de pequeno púcaro. Diâmetro: 92 mm. Proveniência: S. Sebastião. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2150). Fragmento de jarro trilobado. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-0258). Fragmento de jarro (trilobado?). Asa saída do bordo com apoio para o polegar. Diâmetro: 84 mm. Proveniência: São Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2152). Fragmento de bordo indeterminado. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: S. Geraldo. Bibliografia: inédita (N. I.: 2001-1425). Fragmento de bilha. Colo cilíndrico e início da parede com decoração ondulada incisa. Diâmetro da parte mais larga: 70 mm. Proveniência: Colina da Cividade. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2000). Fragmento de pequeno púcaro. Vestígios de arranque de asa sob o bordo. Diâmetro: 104 mm. Proveniência: Carvalheiras. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-2153). Id. Arranque de asa a metade da parede externa. Diâmetro da parte mais larga: 90 mm. Proveniência: Termas. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2140). Id. Parede externa com molduras e caneluras, com decoração ondulada incisa. Diâmetro da parte mais larga: 181 mm. Proveniência: R. Damião de Góis. Bibliografia: inédita (N. I.: 2000-0573). Fragmento de potinho. Diâmetro: 79 mm. Proveniência: Casa da Bica. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2143). Id. Diâmetro: 89 mm. Proveniência: Cavalariças. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2146). Fragmento de copinho. Diâmetro: 110 mm. Proveniência: S. Sebastião. Bibliografia: inédita (N. I.: 2002-2151). Fragmento de pote?. Diâmetro: 143 mm. Proveniência: Maximinos. Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 99; 108, n.º 89; Est. VI (N. I.: 2002-2155).

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

roeste peninsular (nº 1-2). Como seria de esperar, dado o momento da fundação da cidade, estas lucernas são as mais antigas aqui recolhidas. Datáveis do período de Augusto, estas lucernas são características de um período de transição, com peculiaridades de produção e comerciais idênticas às lucernas imperiais (Morillo Cerdán, 1999, p. 57).

V. AS LUCERNAS De entre as várias classes de materiais cerâmicos estudados, as lucernas proporcionam um valioso contributo para um melhor enquadramento das importações e das produções locais na cidade. De facto, a diversidade e quantidade de exemplares até à data recolhidos revela que a procura em época romana devia ser muito alta. Por outro lado, são prova evidente do grau de romanização da cidade, e permitem esclarecer algumas lacunas significativas da sua vida económica e testemunhar um consumo de azeite mais vasto do que se supunha. Como se verifica nas Figs. 60 a 61, foram até à data recolhidos na cidade cerca de 637 fragmentos de lucernas, que, com excepção de 2 deles pertencentes ao período tardorepublicano, se repartem pelas mais significativas séries importadas e de produções locais datáveis do período alto e médio imperial. Destacam-se ainda duas lucernas vidradas importadas e três moldes de lucerna, enquadráveis nas séries anteriores. A análise e contextualização cronológica das lucernas até à data recolhidas em Braga permite-nos não só enquadrar o aparecimento de determinadas formas mas também perceber que o seu aparecimento não é um feito ocasional e arbitrário. A presença abundante ou escassez de certas séries está relacionada com as características específicas da cidade, no que diz respeito ao período de ocupação romana, órbita de influência, importância político-administrativa, e sua conexão geográfica e económica como centro de produção. Na análise que se segue distingue-se, dentro de cada série, as produções importadas dos locais, com predomínio para estas últimas com c. de 90% do total.

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Fragmento de disco, orla e rostrum. Orla larga e inclinada para o exterior decorada por uma bordadura que inclui no seu interior pequenos traços paralelos incisos. Do disco côncavo vê-se parte de uma decoração com um motivo vegetal. Conserva-se uma parte do rostrum demarcado por uma moldura que se prolonga a partir do disco delimitando um pequeno canal aberto. A ladear este canal a representação, praticamente imperceptível, das características “cabeças de ave”. Tipo: Vogelkopflampen (Dressel 4). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: Augusto. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-1618). Fragmento de orla e asa. Tipo: Vogelkopflampen (Dressel 4) ? Produção: Centro-Itálica. Cronologia: Augusto. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2314). 5.1.2 - 2ª série: lucernas de volutas

A 2ª série, à semelhança de outros sítios do Norte da Península (Morillo Cerdán, 1999, p. 69), está bem representada por cerca de 208 lucernas, cerca de 157 das quais de tipo indeterminado dado o excessivo estado de fragmentação em que se encontram. Como seria de esperar, os primeiros tipos provém de oficinas centro-itálicas: nove fragmentos do tipo Loeschcke I A (nº 3-11), dois do tipo Loeschcke I B (nº 12) e oito pertencentes a um destes dois tipos (nº 19-26). Com a mesma proveniência mas de produção mais recente, conhecem-se quatro fragmentos do tipo Loeschcke III (nº 1316), oito fragmentos (nº 27-34) e um exemplar intacto do tipo Loeschcke IV (nº 35), um fragmento do tipo Loeschcke V (nº 59) e três fragmentos enquadráveis nos tipos Denauve V F, V D/VE e VG (nº 68-70).

5.1 AS SÉRIES DOCUMENTADAS E SUA CRONOLOGIA 5.1.1 - 1ª série: lucernas tardo-republicanas A 1ª série de lucernas está documentada por 2 fragmentos de origem centro-itálica (um dos quais questionável), enquadráveis no tipo Dressel 4 (VogelKopflampen), ao que sabemos, pela primeira vez registadas no No319

As Lucernas

Fig. 60 Quantidade e relação percentual dos tipos de Lucernas

Dressel 4 (Vogelkopflampen) Loeschcke I A Loeschcke I B Loeschcke III Loeschcke Indeterminada (I ou II) Loeschcke IV Volutas Tipo Indeterminado Loeschcke V Denauve VF Denauve D/VE Denauve G Derivada do Tipo Dressel 9 Derivada do Tipo Dressel 9 Atípica Dressel 19 ? Dressel 20 Dressel 28 Disco Tipo Indeterminado Dressel - Lamboglia 30 B Loeschcke X Canal Aberto, Atípica Denauve XI B Bico Redondo, Atípica Vidrada Loeschcke III Vidrada Dressel 20 Tipo Indeterminada Local Total

Quantidade 2 9 1 6 8 11 157 13 1 1 1 2 1 1 15 47 114 22 40 18 1 150 1 1 14 637

% por tipo 0,31 1,41 0,16 0,94 1,26 1,73 24,65 2,04 0,16 0,16 0,16 0,31 0,16 0,16 2,35 7,38 17,90 3,45 6,28 2,83 0,16 23,55 0,16 0,16 2,20 100,00

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Quantidade % por tipo

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Fig. 61 Quantidade e relação percentual das séries de Lucernas Quantidade 2 208 199 58 3 151 2 14 637

1ª série Lucernas Tardo-Republicanas 2ª série Lucernas de Volutas 3ª série Lucernas de Disco 4ª série Lucernas de Canal 5ª série Lucernas “Mineiras” 6ª série Lucernas de Bico Redondo 7ª série Lucernas Vidradas 8ª série Lucernas Tipo Impreciso Total

% por série 0,31 32,65 31,24 9,11 0,47 23,70 0,31 2,20 100,00

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% por série

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As Lucernas

Nesta série ainda se inserem lucernas de volutas mas de manufactura local. Além dos fragmentos de tipo indeterminado, detectaram-se dois fragmentos do tipo Loeschcke III (nº 17-18) e seis fragmentos (nº 61-64; 66) e cinco lucernas intactas do tipo Loeschcke V (nº 58; 65; 67; 16; 17; 28), das quais se destaca o exemplar nº 28, assinado por um dos conhecidos oleiros da cidade. Os tipos de volutas, correspondem a algumas formas enquadráveis nas tipologias de Loeschcke e Denauve. Os tipos Loeschcke I A e I B, representam as formas mais antigas desta série não ultrapassando os finais do período de Tibério e perdurando de forma residual nos inícios do reinado de Cláudio. Seguem-se-lhes os tipos Loeschcke III e Denauve IV D/VE e VF, genericamente situáveis na 1ª metade do século I. As formas mais recentes das lucernas de volutas estão representadas pelos tipos Loeschcke IV e V e por um único exemplar atribuível ao tipo Denauve VG: as lucernas do tipo Loeschcke IV e o único exemplar atribuível ao tipo Denauve VG, com uma cronologia geral de produção situável entre o reinado de augusto e as primeiras décadas do século II, estão, à semelhança de outros locais, particularmente presentes no 2º e 3º quartel do século I. As lucernas do tipo Loeschcke V, de manufactura local, com uma cronologia geral de produção igualmente lata, entre o final do reinado de Cláudio e os inícios do século II, estão presentes em momentos mais tardios datáveis nos finais do século I ao reinado de Adriano (Martins e Delgado, 1989b, p. 172). 3

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Fragmento de lucerna de volutas. Pequena orla, inclinada para o interior, separada do disco por três molduras definidas por igual número de caneluras concêntricas. Canal aberto entre o disco e o rostrum do qual apenas se conserva a parte superior da voluta esquerda. Disco côncavo ornamentado com a representação de um gladiador posicionado à esquerda com a perna direita flectida preparado para o ataque; segura na mão esquerda um escudo rectangular e na direita a sica ou espada curta. Com um equipamento característico dos Samnitas (também chamado na época imperial de

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Hoplomachus ou Secutor porque seguia o seu rival), veste um saiote curto (balteus) e usa um elmo com penacho (galea cristata). Apesar do estado de fragmentação vê-se ainda que este gladiador protegia as pernas e os músculos com as botas e grevas (ocreae e fasciae) e o antebraço esquerdo com um protector metálico articulado (manica). Na zona do disco, no eixo do rostrum, conserva-se parte do orifício de alimentação. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I A). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: Augusto / Tibério. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2002-2353). Id. Pequena orla inclinada para o interior, separada do disco por três molduras definidas por igual número de finas caneluras concêntricas. Do disco côncavo apenas resta uma secção sem decoração figurada. Do rostrum conserva-se a quase totalidade da voluta direita e a parte superior da voluta esquerda. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I A). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: Augusto / Tibério. Proveniência: Albergue (nº inventário: 2001-0985). Id. Pequena orla inclinada para o interior, separada do disco por três molduras definidas por igual número de caneluras concêntricas. Canal aberto entre o disco e o rostrum do qual apenas se conserva a parte superior da voluta esquerda. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I A). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: Augusto / Tibério. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (nº inventário: 2001-0986). Id. Orla estreita, rectilínea e lisa. A transição para o disco, muito rebaixado, faz-se por meio de cinco bordaduras, quatro das quais incluem pequenos traços em relevo transversais. Conserva-se parte da voluta direita. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I A). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: Augusto / Tibério. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-1224). Id. Orla estreita e horizontal, separada do disco por quatro molduras definidas por igual número de finas caneluras concêntricas. Do disco côncavo apenas resta uma secção sem decoração figura-

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da. Do rostrum apenas se conserva parte da voluta direita e a representação do que parece ser uma folha de hera. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I A). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: Augusto / Tibério. Proveniência: Casa da Bica (nº inventário: 1991-2352). Id. Orla larga, inclinada para o interior, separada do disco por seis pequenas molduras definidas por igual número de finas caneluras concêntricas. Canal aberto entre o disco e o rostrum do qual apenas se conserva a parte superior da voluta direita. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I A). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: Augusto / Tibério. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2003-0480). Id. Orla ligeiramente inclinada para o interior separada do disco por três pequenas molduras definidas por igual número de finas caneluras concêntricas. Do rostrum conserva-se a voluta direita. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I A). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: Augusto / Tibério. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-0982). Id. Pequena orla, inclinada para o interior, separada do disco por três pequenas molduras definidas por igual número de caneluras. Disco côncavo decorado com uma rosácea em relevo. Conserva-se parte da parede do reservatório e do arranque de voluta esquerda. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I A?). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: Augusto / Tibério. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-0960). Id. Orla estreita, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada por uma fiada de pequenas pérolas junto à moldura que assinala a transição para o disco côncavo. Parte superior da voluta esquerda. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I A?). Produção: CentroItálica. Cronologia: Augusto / Tibério. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-0990). Id. Caracterize-se por possuir um amplo rostrum triangular. A distância entre os extremos superiores das volutas é igual à dos extremos inferiores. A transição para disco côncavo faz-se

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por duas molduras definidas por três finas caneluras concêntricas. Possui no rostrum uma pequena abertura vertical de arejamento. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I B). Produção: CentroItálica. Cronologia: Tibério / Cláudio. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2000-0618). Id. Grande asa plástica que adopta uma forma triangular, ornamentada com uma folha de acanto em relevo. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke III). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: 1ª metade do século I. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1561). Id. Asa plástica que adopta uma forma ogival. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke III). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: 1ª metade do século I. Proveniência: Avenida Imaculada Conceição (nº inventário: 1991-1581). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o interior, separada do disco por três caneluras concêntricas. Disco com início de decoração. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke III). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: 1ª metade do século I. Proveniência: R. Frei Caetano Brandão (nº inventário: 2002-2260). Id. Orla larga ligeiramente inclinada para o interior, separada do disco por três caneluras concêntricas. Do disco apenas resta uma secção sem decoração figurada. Do rostrum conserva-se a totalidade da voluta esquerda e parte da voluta direita. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke III). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: 1ª metade do século I. Proveniência: São Geraldo (nº inventário: 2000-0993). Id. Vértice esquerdo de uma grande asa plástica de forma triangular. Da ornamentação resta a representação, em relevo, de uma folha de acanto que se estende até ao vértice do triângulo. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke III). Produção: Local. Cronologia: 1ª metade do século I. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1227). Id. Grande asa plástica que adopta uma forma ogival ornamentada com uma folha de palma estilizada. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke III). Produção:

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Local. Cronologia: 1ª metade do século I. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1225). Id. Orla inclinada para o interior, separada do disco por três molduras definidas por igual número de caneluras concêntricas. Disco com orifício de alimentação à esquerda da decoração representada por uma Minerva, à esquerda, vestida com peplos grego. Identificando-se com Palas Atenea possuindo todos os seus atributos guerreiros: o elmo de cimeira emplumada, a lança na sua mão direita e o escudo oval moldado na sua mão esquerda. Do rostrum apenas se conserva a parte superior das volutas. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I, var. indeterminada). Produção: CentroItálico. Cronologia: Augusto a finais do século I?. Proveniência: Braga s/ contexto (nº inventário: 1991-1653). Id. Orla inclinada para o interior, separada do disco por duas molduras definidas por igual número de caneluras concêntricas. Decoração do disco imperceptível dado o estado de deterioração da peça. Do rostrum apenas se conserva a metade superior da voluta esquerda e vestígios da voluta direita. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I, var. indeterminada). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a finais do século I?. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-0980). Id. Orla muito inclinada para o interior, separada do disco por quatro molduras definidas por igual número de caneluras concêntricas. Do rostrum apenas se conserva a parte superior da voluta esquerda. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I, var. indeterminada). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a finais do século I?. Proveniência: São Geraldo (nº inventário: 2001-0981). Id. Orla inclinada para o interior, separada do disco por quatro molduras definidas por igual número de caneluras concêntricas. Do rostrum apenas se conserva a parte superior da voluta esquerda. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I, var. indeterminada). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a finais do século I?. Proveniência: São Geraldo (nº inventário: 2001-0984).

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Id. Orla curta, ligeiramente inclinada para o interior, separada do disco por duas molduras definidas por igual número de caneluras concêntricas. Do disco apenas se vê parte de uma decoração indeterminada dado o estado excessivo de fragmentação. Do rostrum apenas se conserva parte da voluta direita. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I, var. indeterminada). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a finais do século I?. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-1592). Id. Orla estreita e horizontal, separada do disco côncavo por uma fina canelura. Apenas se conserva parte da voluta direita. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I, var. indeterminada). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a finais do século I?. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1564). Id. Orla muito estreita separada do disco por uma fina canelura. Do rostrum apenas se conserva a parte superior da voluta direita. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I, var. indeterminada). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a finais do século I?. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-0983). Id. Orla estreita e horizontal, separada do disco por duas molduras definidas por igual número de caneluras. Disco côncavo decorado com uma rosácea em relevo. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke I, var. indeterminada). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a finais do século I?. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-0991). Id. Orla larga separada do disco por três molduras definidas por igual número de caneluras concêntricas. Disco com orifício de alimentação à esquerda da decoração representada por um capacete de gladiador Trácio ou Mirmidão. À direita desta representação um pequeno motivo circular constituído por pequenas pérolas que incluem no seu interior outra pequena pérola. Do rostrum conserva-se apenas a voluta direita, a parte superior da voluta esquerda e parte do orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV). Produção: Centro-Itálico. Crono-

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logia: Augusto a inícios do século II (auge no 2º e 3º quartel do século I). Proveniência: São Geraldo nº 27-31 (nº inventário: 2001-0470). Id. Rostrum arredondado e ogival. Conserva parte da voluta esquerda e a quase totalidade da voluta direita. Pequena orla estreita e horizontal, separada do disco por três molduras definidas por igual número de caneluras concêntricas. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a inícios do século II (auge no 2º e 3º quartel do século I). Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-0987). Id. Rostrum com bico arredondado e ogival. Pequena orla de perfil estreito, inclinada para o interior, separada do disco por três molduras definidas por igual número de caneluras concêntricas. Do rostrum apenas se apenas se conserva a voluta esquerda, uma pequena abertura vertical de arejamento e parte do orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a inícios do século II (auge no 2º e 3º quartel do século I). Proveniência: São Geraldo nº 27-31 (nº inventário: 2001-0955). Id. Fragmento de lucerna de volutas. Orla lisa e horizontal separada do disco por uma moldura definida por duas finas caneluras concêntricas. Do disco côncavo apenas resta uma secção com vestígios de uma decoração figurada. Do rostrum conserva-se a voluta esquerda e parte da voluta direita e do orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a inícios do século II (auge no 2º e 3º quartel do século I). Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-0988). Id. Orla lisa e horizontal separada do disco por uma moldura. Conserva-se o início da voluta esquerda do arranque do rostrum e parte do perfil do depósito, baixo e curto. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a inícios do século II (auge no 2º e 3º quartel do século I). Proveniência: São Geraldo (nº inventário: 2001-0978).

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Id. Orla lisa, inclinada para o exterior, separada do disco por uma canelura. Do disco côncavo apenas resta uma secção sem decoração figurada. Apenas se conserva parte da voluta direita. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a inícios do século II (auge no 2º e 3º quartel do século I). Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-0979). Id. Do rostrum conserva-se parte das duas volutas e do orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a inícios do século II (auge no 2º e 3º quartel do século I). Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (nº inventário: 2001-0977). Id. Rostrum com bico arredondado e ogival. Conserva-se parte da voluta direita e a quase totalidade do orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a inícios do século II (auge no 2º e 3º quartel do século I). Proveniência: Praia das Sapatas (nº inventário: 1991-1603). Lucerna de volutas. Rostrum arredondado e ogival. Sem asa. Pequena orla de perfil estreito e horizontal separada do disco por três molduras, definidas por igual número de finas caneluras concêntricas. Disco côncavo, com orifício de alimentação alinhado pelo eixo do bico e sob a decoração. Disco decorado com um symplegma erótico no qual se representa uma dupla heterossexual sobre triclinum. Ambos estão ajoelhados à direita estando o homem por detrás, repousando sob o dorso da mulher a sua mão esquerda. No rostrum as volutas apenas sobressaem do corpo da lucerna. Fundo plano delimitado por uma canelura concêntrica. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: Augusto a inícios do século II (auge no 2º e 3º quartel do século I). Proveniência: Necrópole da Avenida da Liberdade (nº inventário: 1994-0732). Fragmento de lucerna de volutas. Diana vestida com chitón curto ou apoptygma, caminhado para a direita. Braço esquer-

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do flectido e mão à altura da cabeça em atitude de tirar uma flecha da aljava, enquanto que com o direito, erguido à altura do ombro, segura o arco. A corda do arco passa por detrás do braço. Neste exemplar apenas se vê as vestes da deusa e parte dos membros inferiores. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1238). Id. Fragmento de disco côncavo e orla estreita, duplamente moldurada. Cena com representação de duas estatuetas de Lares Compitales (protectores dos caminhos e das propriedades rurais) afrontadas sobre dois pedestais, frequentemente representadas com um altar central entre ambas. Estas envergando uma túnica curta presa à cintura com um cordão recuam uma das suas pernas e levantam o braço, erguendo um rhytos numa atitude dançante e de libação ritual. Na outra mão transportam uma pequena sítula que recebe o líquido vazado a partir de um rhytos, assinalado por uma linha incisa. Dado o estado de fragmentação deste exemplar apenas se conserva a estatueta do deus do lado direito. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1235). Id. Representação de Hércules barbado, à esquerda, sentado numa rocha coberta com a sua pele de leão. Segura a clava, pendente na sua mão esquerda, e estende a sua mão direita, a qual segura uma taça de duas asas, de tipo scyphus, com corpo estriado. No fragmento apenas está representada a metade superior da figura. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Albergue (nº inventário: 2001-1245). Id. Da ornamentação do disco apenas se vê o tronco e membros inferiores de uma figura masculina nua, provavelmente representado um génio com asas com um tridente em cuja extremidade repousava um golfinho. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produ-

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ção: Centro-Itálico. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2002-2355). Id. Da ornamentação do disco vê-se um pugilista derrotado, virado à direita, ajoelhado e com a cabeça apoiada no punho do seu braço esquerdo. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Albergue (nº inventário: 2003-0479). Id. Fragmento de disco cavado e orla duplamente moldurada. A cena completa estaria representada por dois gladiadores: um lutando, o outro recuando. O primeiro, de perfil à esquerda, segurava um escudo rectangular erguido com a mão direita e uma pequena espada na sua mão esquerda. Exibia um elmo Trácio, roupagem a encobrir o ombro esquerdo, grevas e protecção no braço direito. O vencido, à esquerda, sustentava-se de pé com dificuldade; a sua espada pendia da mão direita e o seu escudo rectangular jazia no chão à sua frente. Exibia um elmo encimado com penacho, roupa pela cintura, botas e protecção. A figura do lado direito seria provavelmente um Mirmillo, a outra um Trácio. Desta decoração apenas se conserva a metade superior da figura do lado direito. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Albergue (nº inventário: 2001-1236). Id. Disco ornamentado com a representação de dois gladiadores. Dado o estado de fragmentação apenas se vê o gladiador com túnica do lado direito. Este com a perna direita flectida em posição de ataque, segura com a mão esquerda um escudo redondo e com a mão direita uma espada comprida. O outro gladiador, do qual apenas se vê um escudo redondo igual ao anterior, estaria provavelmente de joelhos numa posição de derrotado. A denominação destes gladiadores é desconhcida. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2002-2354).

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d. Fragmento de disco com a representação de um auriga fustigando uma biga para a esquerda. Apenas se conserva a imagem de um dos cavalos atrelados. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 19911568). Id. Fragmento de disco e orla moldurada. Apesar da fragmentação não facilitar a correcta identificação do motivo decorativo, algumas características específicas da representação do cavalo, como a posição das patas dianteiras, leva a pensar estarmos na presença de uma decoração onde estava representada a figura de um jinete armado com espada e escudo gálico, galopando à esquerda. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Cardoso da Saudade (nº inventário: 1991-1575). Id. Fragmento de disco decorado com a representação de um homem nu à direita, montando um cavalo em corrida, com o braço direito levantado, em cuja mão levaria um látego. Trata-se, provavelmente, de um jubilator (encarregado de excitar nas corridas os aurigas e os cavalos com os seus gestos), no acto de incitar um cavalo de corrida de carros a grande esforço, ou, mesmo, um jinete participando em corridas associadas aos Ludi Apollinares. Tipo: Lucerna de canal (tipo indeterminado). Produção: Norteitálico. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1234). Id. Symplegma erótico. Cena de tipo erótico na qual se representa uma dupla heterossexual nua sobre triclinum. Homem, à esquerda, recostado, com figura feminina, também à esquerda, de tronco inclinado e apoiando os braços sobre os joelhos do homem. O homem repousa o braço esquerdo sobre o dorso da mulher e esta olha na sua direcção. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-2345).

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Id. Symplegma erótico. Cena de tipo erótico na qual se representa uma dupla de anões, provavelmente cómicos, sobre triclinum. O homem inclinado de costas para a direita e de cabeça para baixo apoia-se no cotovelo direito e levanta o braço esquerdo na direcção da mulher. Esta senta-se sobre ele, também para a direita, embora voltando a cabeça para a esquerda. Os seus braços estão levantados e possui em cada mão uns crótalos. A dupla está completamente nua, com excepção de uma banda de tecido que oculta os peitos da mulher. Neste exemplar está representada a quase totalidade da decoração, excepto a parte superior da mulher. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1237). Id. Paralelo temático para um possível crocodilo em Bailey (1980: 77, Fig. 83, nº Q 976). Segundo Bailey (1980: 77), as cenas nilóticas ocorrem em lucernas tardias provinciais da forma Loeschcke I. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico?. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 20011228). Id. No disco a representação de um leão a atacar um cervo. A presa está sentada à direita tendo a pata traseira esticada para trás; o leão ataca por trás. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico?. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 1991-1654). Id. Javali atacado por um cão. Apenas se conserva o javali de pelo encrespado e minuciosamente trabalhado, correndo à esquerda. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico?. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1233). Id. Da ornamentação do disco apenas se vê a representação muito estilizada de um animal. Tratar-se-á de um cão de caça ou de um urso? Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico?. Cronologia: c. 40 / 80.

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Proveniência: Albergue (nº inventário: 2003-0481). Id. Disco ornamentado com uma coroa de folhas de oliveira. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico?. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-2357). Id. Parte superior de secção troncocónica. Orla larga e lisa, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por uma canelura. Disco côncavo ornamentado com uma roseta com pétalas arredondadas. Asa elevada e perfurada com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico?. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1243). Id. A transição para o disco faz-se por uma canelura definida por uma moldura concêntrica. Disco côncavo decorado com uma rosácea em relevo. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico?. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-1241). Id. Orla larga, ligeiramente encurvada para o exterior, decorada com uma fiada de óvalos, separados do disco por uma grossa moldura. Do disco, côncavo, apenas resta a decoração com duas pétalas de uma rosácea. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico?. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: São Geraldo (nº inventário: 2001-0961). Id. Fragmento do reservatório e da orla, conservando a asa. Orla média, decorada com linguetas e asa perfurada sobrelevada. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico?. Cronologia: c. 40 / 80. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-2359). Id. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por três molduras definidas por igual número de caneluras concêntricas. Disco, côncavo, com decoração indeterminada dado o estado de fragmentação. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-Itálico?. Crono-

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logia: c. 40 / 80. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-1593). Lucerna de volutas. Rostrum arredondado e volutas simples. Orla lisa, muito larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por uma moldura definida por duas caneluras concêntricas. Disco côncavo, com orifício de alimentação central, ornamentado com uma Vitória alada, de frente, com asas abertas elevadas à altura da cabeça; segura com o seu braço esquerdo uma palma até acima, não sendo perceptível o braço direito que sustentaria uma coroa de louros. Rostrum arredondado com orifício de iluminação, encimado por duas volutas simples. Asa perfurada com duas caneluras longitudinais. Fundo plano com canelura concêntrica. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Necrópole da Avenida da Liberdade (nº inventário: 1994-0974). Fragmento de lucerna de volutas. Orla larga inclinada para o exterior separada do disco por uma fina canelura. Disco côncavo com vestígios de decoração. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke V). Produção: Peninsular. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 2002-2251). Id. Orla estreita e horizontal, separada do disco por três molduras que definem duas caneluras concêntricas. Do disco côncavo apenas resta uma secção sem decoração figurada. Rostrum arredondado, com volutas mal definidas, com orifício de iluminação. A base é plana, separada das paredes baixas e curvas do depósito por uma circunferência incisa. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-1229). Id. Rostrum de forma arredondada com orifício de iluminação e circuito

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impresso de volutas simples e mal definidas. Do disco côncavo apenas resta uma secção sem decoração figurada. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-0989). Id. Rostrum de forma arredondada, conservando-se parte da voluta esquerda e do orifício de iluminação e o perfil quase completo do depósito. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Necrópole da Avenida Central (nº inventário: 2001-1231). Id. Rostrum de forma arredondada, conservando-se parte da voluta esquerda e do orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1628). Id. Rostrum de forma arredondada, conservando-se o orifício de iluminação e parte das volutas. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 19911627). Lucerna de volutas. Corpo piriforme e rostrum redondo, ornamentado por duas volutas simples. Entre aquelas quatro círculos pequenos dispõem-se de maneira a formarem um quadrado no eixo definido pelos orifícios da mecha e de alimentação. Este último encontra-se no centro do disco que é ornamentado por duas palmas dispostas de cada lado daquele orifício. Uma moldura definida por duas caneluras concêntricas separa o disco da orla larga, descaída para o exterior e não decorada. Fundo plano com duas finas caneluras concêntricas. Asa perfurada e elevada. Tipo: Lucerna de volutas (derivada da Loeschcke

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V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Termas (nº inventário: 1991-1526). Fragmento de lucerna de volutas. Orla lisa, muito larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por uma moldura definida por duas caneluras concêntricas. Disco côncavo decorado com uma de duas palmetas dispostas de cada lado do orifício central de alimentação. Asa perfurada, fracturada. Tipo: Lucerna de volutas (derivada da Loeschcke V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-1232). Lucerna de volutas. Corpo piriforme e rostrum redondo, ornamentado por duas protuberâncias circulares que podem ser interpretadas como reminiscências de volutas simples, com prolongamentos apendiculares na parte inferior da parede, onde delimitam o rostrum em relação ao reservatório. Entre aquelas protuberâncias quatro círculos pequenos dispõem-se de maneira a formarem um quadrado no eixo definido pelos orifícios da mecha e de alimentação. Este último encontra-se no centro do disco que é ornamentado por duas palmas dispostas de cada lado daquele orifício. Uma moldura definida por duas caneluras concêntricas separa o disco da orla larga, descaída para o exterior e não decorada. Fundo plano com duas finas caneluras concêntricas. Asa perfurada, fracturada. Tipo: Lucerna de volutas (derivada da Loeschcke V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Necrópole de Maximinos (R. Diogo Teive) (nº inventário: 1991-1644). Fragmento de lucerna de volutas degeneradas. As volutas desaparecem; a canelura que separa a orla do disco não é circular prelongando-se em forma de canal junto ao rostrum. Tipo: Lucerna de volutas (Denauve V F). Produção:

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tipo Dressel-Lamboglia 30 B (nº 142-153). As lucernas de disco, com excepção de um provável fragmento da forma Dressel 19, estão representadas pelos tipos Dressel 20, Dressel 28 e Dressel-Lamboglia 30 B, sendo a maior parte dos quais de fabrico local. Na verdade, se atendermos às cronologias gerais de produção deste tipo de lucernas em todo o império facilmente se constata a substituição de uns tipos pelos outros: o tipo Dressel 20, datável do período flávio aos inícios do século II, foi sendo substituído pelo tipo Dressel 28, a partir da 2ª metade do século II e estas últimas, que perduraram ao longo do século III, vão ser, por sua vez, substituídas pelas formas Dressel-Lamboglia 30 B, maioritariamente presentes nos séculos III e IV.

Centro-itálica. Cronologia: 2º quartel do século I?. Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 1991-1641). Id. Corpo circular. Orla larga. A transição para o disco faz-se por duas molduras que definem duas caneluras concêntricas. Disco côncavo com vestígios de decoração Aleta lateral direita de forma aproximadamente rectangular. Tipo: Lucerna de volutas (Denauve IV D / V E). Produção: Centro-itálica. Cronologia: Augusto a antes de meados do século I. Proveniência: São Geraldo (nº inventário: 2003-1080). Id. Orla curta, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por duas molduras que definem duas caneluras concêntricas. Aleta lateral cujas extremidades são pontiagudas e a parte central arredondada. Tipo: Lucerna de volutas (Denauve IV V G). Produção: Centroitálica. Cronologia: Augusto a finais do século I / inícios do século II (auge no 2º e 3º quartel do século I). Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1242).

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5.1.3 - 3ª série: lucernas de disco As lucernas de disco estão representadas por cerca de 199 exemplares. À semelhança do que já referimos para as séries de volutas, o excessivo estado de fragmentação apenas permitiu atribuir uma tipologia a oito daqueles exemplares. As produções importadas estão representadas por 31 fragmentos, sendo apenas possível atribuir tipologia a oito: um fragmento oriundo da região centro-itálica, possivelmente atribuível ao tipo Dressel 19 (nº 74); seis fragmentos da África Proconsular, três do tipo Dressel 28 (nº 80-82) e três do tipo Dressel-Lamboglia 30 B (nº 138-140); e, por fim, um fragmento deste último tipo com um fabrico característico da bética costeira, eventualmente da região gaditana (nº 141). Das cerca de 168 lucernas de disco pertencentes a produções locais, apenas podemos atribuir uma tipologia a 88: seis exemplares intactos (nº 75; 79; 29; 47-48; 54) e 18 fragmentos (nº 76; 77-78; 30-34; 60) do tipo Dressel 20; cinco exemplares intactos (nº 85; 109-110; 27) e 42 fragmentos (nº 83-84; 86-108; 111-116; 42; 62) do tipo Dressel 28 e 17 fragmentos do

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Fragmento de lucerna derivada do tipo Dressel 9 ou “lucerna mineira”. Disco com concavidade suave sem decoração. A orla é larga e inclinada para o exterior, decorada com grandes pérolas em relevo. Parte do reservatório e asa elevada e perfurada. Tipo: Lucerna derivada do tipo Dressel 9 ou “lucerna mineira”. Produção: Sudoeste Peninsular. Cronologia: século II a inícios do século III (auge na 2ª metade do século II). Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-1623). Id.? Asa perfurada. Tipo: Lucerna derivada do tipo Dressel 9 ou “lucerna mineira”?. Produção: Sudoeste Peninsular. Cronologia: século II a inícios do século III (auge na 2ª metade do século II). Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1632). Fragmento de lucerna derivada do tipo Dressel 9 ou “lucerna mineira”, atípica. Id.?. Orla inclinada para o exterior, ornamentada com uma fiada de grossas pérolas ou glóbulos em relevo, bastante irregulares. A transição para o disco, côncavo, faz-se por uma grossa moldura. O disco, com orifício de alimentação lateral, possui uma fruste ornamentação representando uma Vitória alada, de frente, com asas abertas elevadas à altura da cabeça; segura com o seu braço esquerdo uma palma até acima e, com o braço direito levantado, ostenta uma coroa de louros. O rostrum, com

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Como vimos, com excepção de um fragmento composto por uma asa de suspensão oriundo do Norte de Itália e de dois fragmentos em terra sigillata hispânica com fabrico de Tricio, as lucernas do tipo Loeschcke X são todas de manufactura local. De entre estas cabe distinguir alguns tipos com morfologia mais aproximada às suas congéneres de produção itálica, elaboradas nas mesmas oficinas pelos oleiros que produziram na cidade as lucernas de disco tipo Dressel 20, com uma cronologia geral de produção entre os fins do século I e a 1ª metade do século II (nº 156-163), daquelas mais frustes e mais degeneradas, possivelmente produzidas nos inícios do século III (nº 164-165). As restantes lucernas desta série, designadas lucernas de canal aberto, atípicas, estão relativamente bem representadas na cidade contando com um número significativo de exemplares intactos recolhidos nas sepulturas e na Colina do Alto da Cividade. A cronologia destas lucernas (nº 167) está bem definida graças ao facto de uma delas ter sido encontrada in situ numa sepultura da necrópole de Maximinos, com o orifício de alimentação coberto por um nummus com uma data posterior a 294 (Martins e Delgado, 198990b, p. 57 e 173).

orifício de iluminação apenas levemente fracturado, apresenta sinais evidentes de utilização. As paredes do depósito são altas e curvas e a base possui uma pronunciada concavidade. Neste exemplar falta-lhe, por fractura, a parte posterior correspondente à zona da asa. Tipo: Lucerna derivada do tipo Dressel 9 ou “lucerna mineira”, atípica. Produção: Sudoeste Peninsular. Cronologia: século II a inícios do século III (auge na 2ª metade do século II). Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 19990442). 5.1.4 - 4ª série: lucernas de canal A 5ª série de lucernas aqui presente corresponde às conhecidas lucernas de canal do tipo Loeschcke X (Firmalampen) e lucernas de canal, atípicas, estas últimas exclusivamente de produção local. Do tipo Loeschcke X conhecem-se 40 lucernas, três das quais importadas. Estas últimas estão representadas por um fragmento de asa de suspensão oriundo do Norte de Itália (nº 154) e por dois fragmentos em terra sigillata hispânica alto-imperial com um fabrico característico das produções de Tricio (nº 155; 14), até à data documentadas na península por apenas dez exemplares (Morillo Cerdán, 1999: 142). De entre os tipos de produção local, salientam-se, além dos exemplares que possuem o nome de oleiros locais, a presença de duas lucernas de pequeno módulo (nº 162-163) desconhecidas dentro deste tipo. A importância de uma produção local de lucernas de canal sai ainda reforçada pela existência de outros tipos de lucernas mais tardias (nº 166-182).Trata-se de 21 lucernas de canal aberto, atípicas, algumas das quais possuindo características decorativas semelhantes ao tipo Dressel 28 mas que derivam, do ponto de vista formal, das lucernas do tipo Loeschcke X. De entre os 17 exemplares intactos deste tipo destacam-se dez exemplares de reduzidas dimensões (nº 175-182; 55-56) que nos parece passíveis de serem interpretadas como mobiliário votivo. Os tipos desta série acompanham em cronologia as produções anteriores.

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Fragmento de lucerna de disco. Orla larga, levemente inclinada para o exterior, decorada por uma fiada de folhas de hera impressas em forma de coração. Uma grossa moldura separa a orla do disco côncavo, decorado com traços dispostos de forma oblíqua. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 19?). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: Flávios a meados do século II (auge 80 / 110 d. C.). Proveniência: Maximinos (nº inventário: 2002-2301). Lucerna de disco. Corpo circular. Orla lisa, muito descaída para o exterior. Rostrum curto e arredondado, com a parte superior plana, separado do disco por um segmento de recta inciso, limitado por uma protuberância circular em cada uma das extremidades. A transição para o disco faz-se por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. O disco côncavo está ornamentado pelo busto de Hélios (Mitra), com

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um diadema de cinco raios. O orifício de alimentação não está colocado lateralmente, como é habitual nas lucernas que apresentam esta decoração, mas sobre a parte inferior do busto que, deste modo, foi destruída. Asa perfurada e fundo plano, delimitado exteriormente por uma fina canelura. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Necrópole da Via XVII (Av. Marchal Gomes da Costa) (nº inventário: 1991-1648). Fragmento de lucerna de disco. Corpo circular. Orla lisa, muito descaída para o exterior. Rostrum fracturado, com a parte superior plana, separado do disco por um segmento de recta inciso. A transição para o disco faz-se por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. O disco côncavo está ornamentado pelo busto de Hélios (Mitra), com um diadema de cinco raios. O orifício de alimentação não está colocado lateralmente, como é habitual nas lucernas que apresentam esta decoração, mas sobre a parte inferior do busto que, deste modo, foi destruída. Asa perfurada, fracturada. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-1619). Fragmento de lucerna de disco. Orla lisa, larga e inclinada para o exterior. Rostrum curto e arredondado com a parte superior plana, separada do disco por um segmento de recta inciso. A transição para o disco faz-se por uma canelura. Conserva-se parte do reservatório e o início do fundo circundado por uma fina canelura. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-1031). Fragmento de lucerna de disco. Orla lisa, larga e inclinada para o exterior. Bico curto e arredondado com a parte superior plana, separada do disco por um segmento de recta inciso. A transição para o disco faz-se por duas caneluras. Tipo: Lucerna de disco (Dressel

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20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 2002-2250). Lucerna de disco. Corpo circular. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. Rostrum curto e arredondado, com a parte superior plana, separado do disco por um segmento de recta inciso, limitado por uma protuberância circular em cada uma das extremidades. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. O disco, com orifício de alimentação alinhado pelo eixo do bico e sob a decoração, é ornamentado com uma representação “nitidamente provincial” de uma Vitória alada numa biga correndo para a direita. Fundo plano e asa perfurada, fracturada. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Necrópole da Avenida Central (nº inventário: 1994-0900). Fragmento de lucerna de disco. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com folhas de videira em relevo. A transição para o disco faz-se por uma grossa moldura. Disco fracturado, côncavo, sem decoração e com orifício de alimentação lateral. Do rostrum apenas se vê parte de um meio círculo impresso, correspondente à parte superior do bico em forma de coração. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: África Proconsular. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-0998). Id. Corpo circular e secção troncocónica. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, cuja fractura apenas permite ver um cacho de uvas. A transição para o disco, também fracturado, faz-se por uma grossa e alta moldura. A asa é sobrelevada e perfurada, decorada longitudinalmente com pequenos motivos circulares incisos. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: África Proconsular. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-0999).

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Id. Orla plana com vestígios de ornamentação em relevo e disco côncavo com parte do orifício de alimentação posicionado à direita. A transição para o disco, côncavo, faz-se por três molduras que definem duas caneluras concêntricas. A decoração do disco é imperceptível dado o estado de deterioração da peça. Conserva-se ainda parte do orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: África Proconsular. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Praia das Sapatas (nº inventário: 19911609). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com peltas. A transição para o disco, côncavo, com parte do orifício de alimentação centrado na proximidade do rostrum, faz-se por uma grossa moldura que define duas caneluras concêntricas. Rostrum curto e arredondado, com orifício de iluminação, com a parte superior em forma de coração, encimada por dois meios círculos impressos. Sinais evidentes de utilização na zona do rostrum. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: África Proconsular. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (nº inventário: 2001-1005). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com ramos e cachos de uvas. A transição para o disco, côncavo, faz-se por uma grossa moldura que define duas finas caneluras. Do disco vê-se parte do orifício de alimentação central delimitado por uma coroa recortada em pequenos elementos circulares em relevo. Do rostrum vê-se parte do orifício de iluminação com a parte superior em forma de coração encimada por dois pequenos círculos impressos. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2002-2302). Lucerna de disco. Corpo circular e secção troncocónica. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com cachos de uva demasiadamente grandes em relação à largura da

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orla, pelo que chegam a invadir a estreita bordadura que separa o disco. Esta bordadura é definida por duas molduras que definem duas caneluras concêntricas. O disco, largo e côncavo, com orifício de alimentação lateral, é ornamentado com uma Vitória alada, de frente, com asas abertas elevadas à altura da cabeça; segura com o seu braço esquerdo uma palma até acima e, com o braço direito levantado, ostenta uma coroa de louros. O rostrum possui uma moldura no orifício de iluminação. Asa elevada e perfurada e base ligeiramente côncava. Sinais evidentes de utilização, principalmente na zona do rostrum. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 1992-0044). Fragmento de lucerna de disco. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com cachos de uvas demasiadamente grandes em relação à largura da orla, pelo que chegam a invadir a bordadura que separa o disco. Esta bordadura é definida por três molduras que definem duas caneluras concêntricas. O disco, largo e côncavo, encontra-se fragmentado na zona central junto ao orifício de alimentação lateral. Apesar do estado de fragmentação e deterioração vê-se a representação de uma Vitória alada, de frente, idêntica à lucerna anterior. Sinais evidentes de utilização na zona do rostrum. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Salvamento na R. D. Afonso Henriques (nº inventário: 2002-2259). Id. Corpo circular e secção troncocónica. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com cachos de uva que pelo seu tamanho chegam a invadir a estreita bordadura que separa o disco. Esta bordadura é definida por duas molduras que definem duas caneluras concêntricas. O disco, largo e côncavo, com parte do orifício de alimentação lateral está ornamentado com uma Vitória alada, de frente, com asas abertas elevadas à altura da cabeça; se-

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gura com o seu braço esquerdo uma palma até acima e, com o braço direito levantado, ostenta uma coroa de louros. Asa perfurada, fragmentada. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (nº inventário: 2002-2252). Id. Disco com cerca de metade do orifício de alimentação lateral, ornamentado com a representação de uma Vitória alada, de frente, com asas abertas elevadas à altura da cabeça. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1000). Id. Corpo circular e secção trococónica. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior. A transição para o disco fazse por duas frustes molduras. Do disco, largo e côncavo, apenas resta a metade superior esquerda de uma Vitória alada, de frente, com asas abertas, elevadas à altura da cabeça. Asa perfurada com uma canelura longitudinal. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Termas (nº inventário: 2002-2325). Id. Orla muito larga, inclinada para o exterior, ornamentada com cachos de uvas. A transição para o disco faz-se por uma moldura. Do disco apenas se vê parte dos atributos de uma Vitória alada idêntica aos fragmentos anteriores. Asa perfurada e elevada, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Salvamento na R. D. Afonso Henriques (nº inventário: 2002-2356). Id. Orla larga, ornamentada com uma fruste decoração com cachos de uva demasiadamente grandes em relação à largura da orla, pelo que chegam a invadir a estreita bordadura que separa o disco. Esta bordadura é definida por duas molduras que definem duas caneluras concêntricas. O disco largo, ligeiramente côncavo, com cerca de metade

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do orifício de alimentação lateral, está ornamentado com a metade superior de uma Vitória alada, cujos atributos se encontram melhor definidos na lucerna inventariada com o nº 1992-0044. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Praia das Sapatas (nº inventário: 19911589). Id. Corpo circular. Orla muito larga, ligeiramente revirada para o exterior, ornamentada com uma série de rosetas de quatro pétalas e cachos de uva que pelo tamanho chegam a invadior a estreita bordadura que separa o disco. Esta bordadura é definida por uma Vitória alada, de frente, com uma palma à direita. Do lado esquerdo do busto, o início do orifício de alimentação. Asa perfurada e elevada, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-1587). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com cachos de uva que pelo seu tamanho chegam a invadir a estreita bordadura, que separa o disco. Paralela a esta decoração um conjunto de rosetas de seis pétalas. Do disco, côncavo, apenas se vê a parte superior da palma que fazia parte de uma decoração com a representação de uma Vitória alada. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2002-2342). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com cachos de uva demasiadamente grandes em relação à largura da orla, pelo que chegam a invadir a estreita bordadura que separa o disco. Paralela a esta uma série de motivos transversais em forma de “S” que incluem duas pérolas. A transição para o disco faz-se por uma pequena moldura e um conjunto de pequenas pérolas. Do disco, largo e côncavo e com apenas cerca de metade do orifício de alimentação lateral, apenas se

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vê a parte inferior de uma Vitória alada. As transição da orla para o rostrum está assinalada por duas pequenas séries de fiadas de pérolas separadas entre si por uma linha ténue. Do bico resta parte do orifício de iluminação que apresenta sinais evidentes de utilização. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2318). Id. Parte da orla com motivos aplicados separada do disco por uma pequena moldura preenchida com pequenas pérolas. O disco está ornamentado com uma árvore frondosa e inclinada à direita e em perpectiva; no centro a imagem de um terminus (?) voltado para a esquerda; à sua frente uma mulher (Vénus?) de pé, nua. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1780). Id. Parte da orla com motivos aplicados e disco. Decoração igual à anterior da qual apenas se vê a imagem do possível terminus (?) e à sua frente uma mulher (Vénus?) de pé, nua. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Misericórdia (nº inventário: 2001-1781). Id. Orla e disco com a representação muito esquemática extremamente fruste de um terminus (?) voltado para a esquerda; à sua frente uma mulher (Vénus?) de pé, nua. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Termas (nº inventário: 1991-2363). Id. Orla larga, ornamentada com folhas de palma em relevo demasiadamente grandes em relação à largura da orla, pelo que chegam a invadir a estreita bordadura que separa o disco. Esta bordadura é definida por uma moldura. Do disco, ligeiramente côncavo, vê-se a parte posterior de uma quadriga à direita. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2319).

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Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com cachos de uva demasiadamente grandes em relação à largura da orla, pelo que chegam a invadir a estreita bordadura que separa o disco. Esta bordadura é definida por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. O disco, largo e côncavo, com cerca de metade do orifício de alimentação lateral, apresenta vestígios de uma decoração. Parte do rostrum, com cerca de metade do orifício de iluminação, com vestígios de utilização. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1617). Id. Orla larga, ornamentada com cachos de uva demasiadamente grandes em relação à largura da orla, pelo que chegam a invadir a estreita bordadura que separa o disco. A mediar a decoração e até ao início do disco a orla possui quatro molduras. Parte do disco, côncavo, com vestígios de decoração e início do orifício de alimentação lateral. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2320). Id. Orla na proximidade do rostrum ornamentada com cachos de uvas e parte do orifício de iluminação do rostrum. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 20022311). Id. Orla larga, ornamentada com cachos de uva demasiadamente grandes em relação à largura da orla. Parte do rostrum com cerca de metade do orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2313). Id. Orla larga, ornamentada com cachos de uva demasiadamente grandes em relação à largura da orla. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II /

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século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2307). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com óvalos. A transição para o disco faz-se por uma grossa moldura. O disco, com orifício de alimentação lateral, está ornamentado com uma fruste e deteriorada representação de uma figura togada, provavelmente representando Júpiter. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 2003-0482). Id. Corpo circular. Orla arredondada e larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada por incisões oblíquas. A transição para o disco côncavo faz-se por uma moldura que define duas caneluras concêntricas. O disco está ornamentado com um leão a atacar um coelho, ambos voltados para a esquerda. O orifício de alimentação, fracturado, com cerca de metade do orifício de iluminação, com a parte superior em forma de coração, encimada por dois pequenos meios círculos impressos. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Misericórdia (nº inventário: 2001-1004). Id. Orla lisa cuja transição para o disco se faz por uma larga mas pouco acentuada moldura. Disco plano, ornamentado com a representação de um urso e menos de um terço do orifício de alimentação, sob a decoração e alinhado pelo eixo do rostrum. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Praia das Sapatas (nº inventário: 1991-1595). Id. Orla muito larga preenchida com traços oblíquos em relevo delimitada por uma faixa ornamentada com uma linha de pequenas rosetas quadrifoliares. A transição da orla para o disco, cavado, faz-se por uma moldura. Da ornamentação do disco, com orifício de alimentação lateral, apenas se vê a representação de um pássaro, provavelmente um pavão. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cro-

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nologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Praia das Sapatas (nº inventário: 1991-1590). Id. Corpo circular. Orla plana, ornamentada com ramos e cachos de uvas. A transição para o disco côncavo fazse por duas molduras que definem uma canelura. O disco, com orifício de alimentação lateral, está ricamente ornamentado com um pavão em cima de um cesto de uvas, debicando-as. Do lado esquerdo do cesto sai uma pequena serpente. Este conjunto decorativo está associado a rituais funerários. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Termas (nº inventário: 2000-0031). Lucerna de disco. Corpo piriforme e alto reservatório de perfil troncocónico. A orla arredondada e larga, ligeiramente inclinada para o exterior, está decorada com incisões oblíquas. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. O disco, com orifício de alimentação lateral, esta ornamentado com o busto de Hélios (Mitra), com um diadema de oito raios. O rostrum está delimitado em relação à orla e a asa, embora de feitura fruste, é perfurada. A base é côncava, apresentando um pequeno anel circular assinalada por uma moldura. A fractura da peça é descuidada apresentado um reservatório com uma altura superior do lado direito. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Jardins da Misericórdia (nº inventário: 1996-0552). Id. Corpo piriforme e alto reservatório de perfil troncocónico. A orla arredondada e larga, ligeiramente inclinada para o exterior, está decorada com incisões oblíquas. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. O disco, com orifício de alimentação lateral, esta ornamentado com o busto de Hélios (Mitra), no qual se vê sete dos oito raios. O rostrum está delimitado em relação à orla e a asa, embora de feitura

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fruste, é perfurada. A base é côncava, apresentando um pequeno anel circular assinalada por uma moldura. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Termas (nº inventário: 1991-1531). Fragmento de lucerna de disco. Disco com duas molduras com cerca de metade do orifício de alimentação lateral, ornamentado com uma representação do busto de Hélios (Mitra), com diadema. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1001). Id. Orla ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com frustes incisões oblíquas. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. O disco, com cerca de metade do orifício de alimentação lateral, está ornamentado com uma representação “tosca” do busto de Hélios (Mitra), com um diadema de nove raios. Asa perfurada, elevada, de fractura medíocre, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1003). Id. Orla ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com frustes incisões oblíquas. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas pequenas molduras que definem duas caneluras concêntricas. O disco, com cerca de metade do orifício de alimentação lateral, está ornamentado com uma representação “tosca” do busto de Hélios (Mitra), com um diadema. Asa perfurada, elevada, de fractura medíocre, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2000-1111). Id. Corpo circular. Orla arredondada e larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com frustes incisões oblíquas que terminam numa

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moldura que acompanha toda a orla. A transição para o disco, côncavo, faz-se por meio de uma moldura já gasta. Do disco, com cerca de metade do orifício de alimentação, vê-se apenas uma fruste decoração com uma folha de palma associada a um elemento indeterminado. Rostrum curto, fracturado, com cerca de metade do orifício de iluminação, com a parte superior muito gasta em forma de coração. Sinais evidentes de utilização no bico. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1007). Id. Orla larga, ligeiramentwe inclinada para o exterior, ornamentada com incisões oblíquas. A transição para o disco, côncavo, com orifício de alimentação lateral faz-se por uma grossa moldura. Asa perfurada, elevada. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-1006). Id. Corpo circular e secção troncocónica. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com uma série de losangos. Uma linha contínua para o disco faz-se por uma moldura. O disco, côncavo, está fracturado vendose apenas parte do orifício de alimentação lateral. Asa elevada, perfurada. Fundo plano. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2305). Fragmento de pequena lucerna de disco. Corpo circular. Orla lisa, larga e inclinada para o exterior. Disco ligeiramente côncavo circundado superiormente por uma canelura, provavelmente, decorado com um busto de Hélios (Mitra), com diadema radiado. Deste decoração apenas se conserva a extremidade de dois raios. Asa elevada, perfurada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Albergue (nº inventário: 2001-1035).

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Fragmento de lucerna de disco. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por três molduras. Disco côncavo decorado com uma divindade alegórica representada por um busto feminino simbolizando África. Dado o estado de fragmentação apenas se vê os símbolos alusivos que a encimavam: as defesas e a trompa do elefante. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1562). Id. Disco com a representação tosca de uma face humana e corpo em forma de esqueleto ou corpo de insecto. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1782). Id. Orla lisa, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por duas molduras definidas por duas caneluras. Disco côncavo, decorado com a representação de um carneiro à direita, com orifício de alimentação central. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 1993-0696). Id. Orla lisa, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por três molduras. Disco côncavo no qual se vê o penacho de gladiador Trácio ou Mirmidão. Asa elevada, perfurada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-1621). Id. Corpo circular e secção troncocónica. Orla lisa, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por duas molduras definidas por três caneluras concêntricas. Disco côncavo no qual se vê o penacho de gladiador Trácio ou Mirmidão. Asa elevada, perfurada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século

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II. Proveniência: Granjinhos (nº inventário: 2001-1033). Id. Orla lisa, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por duas molduras definidas por três caneluras concêntricas. Disco côncavo no qual se vê o penacho de gladiador Trácio ou Mirmidão. Asa fracturada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-1029). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, decorada com uma série de óvalos incisos unidos à moldura que separa a orla do disco. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. Disco, com orifício de alimentação central, decorado com uma coroa ou grinalda (ramo de oliveira?). Início do arranque do rostrum e asa elevada, perfurada. A transição para o disco faz-se por duas molduras definidas por três caneluras concêntricas. Disco côncavo, decorado com vestígios do que parece ser um pavão de cauda em leque. Asa fracturada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Necrópole da Avenida Central (nº inventário: 1994-0901). Id. Corpo circular e secção troncocónica. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco fazse por duas molduras definidas por três caneluras. Asa elevada, perfurada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Hospital (nº inventário: 2001-1032). Id. Corpo circular e secção troncocónica. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por duas molduras. Disco côncavo com vestígios de decoração. Asa elevada, perfurada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1027).

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Id. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por uma grossa moldura definida por duas caneluras concêntricas. Disco côncavo com início de decoração. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1577). Id. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por uma grossa moldura definida por duas caneluras concêntricas. Disco côncavo com início de decoração. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1570). Id. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por uma grossa moldura definida por duas caneluras concêntricas. Disco côncavo decorado com o que parece ser uma cabeça e um escudo. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Largo do Paço (nº inventário: 2001-1034). Id. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por uma moldura definida por uma canelura concêntrica. Disco côncavo decorado com uma rosácea em relevo. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-1244). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com óvalos. A transição para o disco faz-se por uma moldura. Apenas se conserva uma secção do disco sem decoração e com a parte do orifício de iluminação lateral. Asa perfurada, vertical. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Termas (nº inventário: 2002-2323).

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Id. Corpo circular e secção troncocónica. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas finas molduras. Asa elevada, perfurada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1028). Id. Corpo circular e secção troncocónica. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas finas molduras. Asa elevada, perfurada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1634). Id. Corpo circular e secção troncocónica. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco, côncavo, faz-se por uma simples canelura. Asa elevada, perfurada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-2341). Id. Corpo circular e secção troncocónica. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. Asa elevada, perfurada. Fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1563). Id. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior e corpo de secção troncocónica. A transição para o disco faz-se por uma moldura. Asa elevada, perfurada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1607). Id. Orla lisa, inclinada para o exterior e corpo de secção troncocónica. Asa elevada, perfurada. Tipo: Lucerna de disco (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1567).

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Fragmento de lucerna de disco. Orla muito larga, inclinada para o exterior, ornamentada com cinco fiadas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. O disco é côncavo e liso. Asa de disco, elevada e perfurada com traços incisos oblíquos separados por uma canelura longitudinal compondo, dessa forma, um motivo floral estilizado. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: África Proconsular. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-1294). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com duas fiadas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. A transição para o disco, côncavo e liso, faz-se por uma moldura. Asa triangular maciça com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: África Proconsular. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1293). Id. Orla ornamentada com duas fiadas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. Disco liso e côncavo. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: África Proconsular. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1297). Id. Orla muito larga, inclinada para o exterior, ornamentada com cinco fiadas paralelas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. A transição para o disco, côncavo, faz-se por meio de duas molduras que definem duas caneluras concêntricas. O disco, pequeno e liso, é praticamente ocupado pelo orifício de alimentação central. Na parte posterior conserva-se parte da parede do reservatório e o início do arranque da asa. Conserva-se, ainda, parte do rostrum sem separação relativamente ao corpo da orla, com cerca de metade do orifício de iluminação com sinais evidentes de utilização. Tipo: Lucerna de disco

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(Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Bética (Cádis). Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 1991-1263). Id. Orla larga e moldurada, ornamentada com cinco fiadas paralelas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. A transição para o disco, côncavo, fazse por meio de uma moldura. O disco, relativamente pequeno e liso, conserva cerca de metade do orifício de alimentação. A parede do reservatório é baixa, ligeiramente inclinada e de perfil troncocónico. Pequena asa de disco, elevada e perfurada. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 1992-0877). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com cinco fiadas paralelas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. A transição para o disco, côncavo, faz-se por meio de uma moldura. Na parte posterior conserva-se parte da parede do reservatório com paredes encurvadas. Asa de disco, elevada e perfurada, com três caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Misericórdia (nº inventário: 2001-1296). Id. Corpo circular e perfil troncocónico. Orla larga ornamentada com três fiadas paralelas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo, muito próximos entre si. Asa de disco, elevada e perfurada. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1239). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com quatro fiadas paralelas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. A transição para o disco, cônca-

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vo, faz-se por uma grossa moldura. Do disco, pequeno e liso, conserva-se cerca de metade do orifício de alimentação. Na parte posterior conserva-se parte reservatório com paredes encurvadas e o início do arranque da asa. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1298). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com quatro fiadas paralelas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. A transição para o disco, côncavo, faz-se por uma moldura. Do disco, pequeno e liso, conserva-se cerca de metade do orifício de alimentação. Na parte posterior conserva-se parte reservatório com paredes encurvadas. Asa de disco, elevada e perfurada, com três caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1292). Id. Corpo redondo e perfil troncocónico. Orla larga e lisa. Asa de disco, elevada e perfurada, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1295). Id. Perfil troncocónico. Orla lisa. Asa de disco, elevada e perfurada, com traços incisos oblíquos separados por uma canelura longitudinal compondo dessa forma um motivo floral estilizado. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1299). Id. Perfil troncocónico. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com cinco fiadas paralelas de peque-

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nas pérolas ou glóbulos em relevo. A transição para o disco, côncavo, faz-se por uma grossa moldura. Conservase uma pequena parte do reservatório com parede encurvada. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-1290). Id. Orla ornamentada com quatro fiadas paralelas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo, muito próximos entre si. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1240). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com quatro fiadas paralelas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. Conserva-se parte da parede do reservatório com paredes encurvadas. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1291). Id. Orla muito larga, com uma fruste ornamentação de seis fiadas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1300). Id. Orla larga, ornamentada com quatro fiadas paralelas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. Tipo: Lucerna de disco (Dressel-Lamboglia 30 B ou Warzenlampe). Produção: Local. Cronologia: Século III / IV (ainda que esporadicamente presentes nos inícios do século V). Proveniência: Praia das Sapatas (nº inventário: 1991-1608).

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5.1.5 - 5ª série: lucernas “mineiras” As lucernas derivadas do tipo Dressel 9 ou “lucernas mineiras” estão representadas apenas por dois fragmentos com um fabrico característico deste tipo de lucernas no Sudoeste peninsular (nº 71-72), e um fragmento, com características atípicas dentro desta produção (nº 73), com um fabrico muito grosseiro que encontra um paralelo específico numa lucerna proveniente das minas de Aljustrel, actualmente em depósito no Museu Nacional de Arqueologia (Almeida, 1953, Est. XL, nº 154 e 173). Estas lucernas possuem uma cronologia geral de produção situável no século II e inícios da centúria seguinte. É provável, todavia, que os escassos três exemplares documentados na cidade possam pertencer ao auge da circulação destes produtos que ocorre na 2ª metade do século II. 154

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Fragmento de lucerna de canal. Asa de suspensão central que figurava no centro do disco. A asa, perfurada e com uma canelura longitudinal, é sobrelevada por uma concavidade ornamentada externamente por uma rosácea de onze pétalas arredondadas. O orifício de alimentação encontra-se num dos eixos da asa. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Norte-itálica. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Termas (nº inventário: 1999-3067). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada por uma protuberância de forma aproximadamente piramidal e separada do disco por uma grossa moldura. O disco é cavado e horizontal. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Terra Sigillata Hispânica (Triccio). Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Termas (nº inventário: 19912339). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada por uma protuberância, separada do disco por uma grossa moldura. Parte do rostrum unido ao bico por um canal de lados paralelos. Asa perfurada. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção:

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Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2002-2306). Id. Corpo piriforme e perfil troncocónico. Conserva-se, além de parte da parede do reservatório, uma orla larga inclinada para o exterior separada do disco por uma grossa moldura. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-0995). Id. Orla lisa com uma grossa moldura que a separa do disco e se une à extremidade do rostrum através de um canal de lados paralelos. No disco, liso e côncavo, vê-se parte do orifício de alimentação central. Rostrum com orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: R. D. Frei Caetano Brandão (nº inventário: 2002-2253). Id. Orla inclinada para o exterior. Alta e grossa moldura a separar a orla do disco. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-0996). Id. Corpo piriforme e perfil troncocónico. O reservatório acompanha a forma circular do disco. A orla, larga e inclinada para o exterior está ornamentada por uma protuberância de forma piramidal e separada do disco por uma grossa moldura. O disco é cavado e horizontal. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Termas (nº inventário: 1991-2338). Id. Corpo piriforme. A orla, larga e inclinada para o exterior está ornamentada por uma protuberância de forma piramidal e separada do disco por uma grossa moldura. O disco é cavado e horizontal. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-0997).

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Pequena lucerna de corpo piriforme e perfil troncocónico. A extremidade do rostrum está unida ao disco por um canal de lados paralelos formado por uma moldura contínua que rodeia o disco e o orifício da mecha. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco, liso e côncavo, faz-se por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. O fundo, ligeiramente alteado, é assinalado por uma moldura concêntrica. Asa perfurada. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Necrópole da Avenida da Liberdade (nº inventário: 1994-0970). Id. A extremidade do rostrum está unida ao disco por um canal de lados paralelos formado por uma moldura contínua que rodeia o disco e o orifício da mecha. Orla lisa, larga, inclinada para o exterior. A transição para o disco, liso e côncavo, faz-se por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. O disco está decorado com o que parece ser um busto de Hélios (Mitra) com diadema radiado. O fundo, ligeiramente alteado, é assinalado por uma moldura concêntrica. Asa perfurada. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Necrópole da Avenida da Liberdade (nº inventário: 1994-0968). Fragmento de lucerna de canal. Orla lisa, larga, com uma grossa moldura que a separa do disco e se une à extremidade do rostrum através de um canal de lados paralelos. Disco liso e rebaixado, com uma grossa moldura que circunda o orifício de alimentação. Rostrum com parte do orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século II / inícios do século III. Proveniência: Salvamento na R. D. Afonso Henrique (nº inventário: 2002-2261). Id. Orla larga e horizontal caracterizada por possuir molduras transversais que encerram protuberâncias circulares

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mais ou menos frustes. A transição para o disco faz-se por uma grossa moldura. O disco, liso e horizontal, apresenta um grande orifício de alimentação, também ele moldurado. A extremidade do rostrum está unida ao disco por um canal de lados paralelos formado por uma moldura contínua que rodeia o disco e o orifício da mecha. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século II / inícios do século III. Proveniência: Carvalhiras (nº inventário: 2001-0994). Fragmento de lucerna de canal aberto, atípica. Corpo piriforme. Orla larga, horizontal, ornamentada com rosetas e cachos de uvas alternadas. Área de alimentação quase totalmente ocupada pelo respectivo orifício central, com rebordo saliente, ele próprio circundado por uma moldura. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação. Asa com duas caneluras longitudinais. Fundo ligeiramente alteado que assenta em quatro molduras concêntricas. Devido à fractura o rostrum é inexistente. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2002-2340). Lucerna de canal aberto, atípica. Corpo piriforme. Orla larga, horizontal, ornamentada com rosetas e cachos de uvas alternados. Área de alimentação quase totalmente ocupada pelo respectivo orifício central, com rebordo saliente, ele próprio circundado por uma fina moldura. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum, formando sobre a orla um canal de lados curvilíneos. Asa com duas caneluras longitudinais. O fundo alteado assenta em duas molduras concêntricas. O orifício de alimentação conserva vestígios de metal resultante da deterioração da moeda que ali fora colocada. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Necrópole da R. do Caires (nº inventário: 1991-0932).

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Id. Corpo piriforme. Orla larga, horizontal, ornamentada com rosetas e cachos de uvas alternados. Área de alimentação quase totalmente ocupada pelo respectivo orifício central, com rebordo saliente, ele próprio circundado por uma fina moldura. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum, formando sobre a orla um canal de lados curvilíneos. Asa com duas caneluras longitudinais. O fundo alteado assenta em duas molduras concêntricas. Sinais evidentes de utilização no rostrum e no orifício da mecha. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Necrópole da Via XVII (nº inventário: 1991-1645). Id. Corpo piriforme. Orla larga, horizontal, ornamentada com rosetas e cachos de uvas alternados. Área de alimentação quase totalmente ocupada pelo respectivo orifício central, com rebordo saliente, ele próprio circundado por uma fina moldura. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum, formando sobre a orla um canal de lados curvilíneos. Asa mal executada, muito espessa e com orifício muito pequeno. O fundo alteado assenta em duas molduras concêntricas. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Necrópole da Via XVII (nº inventário: 1991-1649). Fragmento de lucerna de canal aberto, atípica. Orla larga, horizontal, ornamentada com cachos de uvas. A transição da orla para o disco faz-se por uma moldura. Asa perfurada. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Termas (nº inventário: 1991-2334). Id. Orla larga, horizontal, ornamentada com motivos circulares, rosetas de seis pétalas, linhas transversais e outros motivos não identificáveis, todos em relevo. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum, formando sobre a orla um canal de lados curvi-

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líneos. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2312). Id. Orla larga ornamentada com cachos de uvas separada do disco por uma grossa moldura que se une ao rostrum através de um canal de lados paralelos. Disco liso e côncavo com parte do orifício de alimentação central. Rostrum com parte do orifício de alimentação. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2002-2339). Lucerna de canal aberto, atípica. Corpo piriforme apresentando um reservatório pouco elevado. Área de alimentação quase totalmente ocupada pelo respectivo orifício central, com rebordo saliente, ele próprio circundado por uma fina moldura. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum, formando sobre a orla um canal de lados curvilíneos. A orla, muito larga, é ornamentada por uma linha quebrada em relevo e outros segmentos sem aparente conexão. De cada um dos lados da parte mais estreita do canal existe uma cruz gamada e uma aspa em relevo. A asa muito pequena, não perfurada, tem a forma de uma pega assente na orla. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Necrópole da Via XVII (nº inventário: 1991-1650). Id. Corpo piriforme apresentando um largo reservatório. Área de alimentação quase totalmente ocupada pelo respectivo orifício central, com um rebordo saliente, ele próprio circundado por uma moldura. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum, formando sobre a orla um canal de lados curvilíneos. A orla, pouco regular, possui vestígios de duas protuberâncias. Rostrum com respectivo orifício de iluminação e asa estreita, perfurada. O fundo plano assenta numa moldura concêntrica. Tipo: Lucerna de

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canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Necrópole da Via XVII (nº inventário: 1991-1647). Pequena lucerna de canal aberto, atípica. Corpo piriforme. Orla larga, lisa e horizontal. Área de alimentação ocupada pelo respectivo orifício de alimentação central. Uma moldura contínua e descentrada rodeia a área de alimentação e o rostrum. Asa mal executada e descentrada, não perfurada. Fundo plano que assenta numa moldura concêntrica com uma pequena pérola no centro. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1549). Id. Corpo piriforme. Orla larga e horizontal, ornamentada com três pequenas pérolas no lado direito da parte mais estreita do canal. Área de alimentação ocupada pelo respectivo orifício de alimentação central. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum. Asa não perfurada. Fundo plano que assenta numa moldura concêntrica. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1550). Id. Corpo piriforme. Orla larga e horizontal. Área de alimentação ocupada pelo respectivo orifício de alimentação central. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum. Asa perfurada. Fundo plano que assenta numa moldura concêntrica. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1548). Id. Corpo piriforme. Orla larga e horizontal. Área de alimentação ocupada pelo respectivo orifício de alimentação central. Uma moldura contínua e descentrada rodeia a área de alimentação e o rostrum. Asa não perfurada. Fundo plano que assenta numa pequena

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moldura concêntrica. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1553). Id. Corpo piriforme. Orla larga e horizontal. Área de alimentação ocupada pelo respectivo orifício de alimentação central. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum. Asa perfurada. Fundo plano que assenta numa moldura concêntrica com uma pequena pérola no centro. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1547). Id. Corpo piriforme. Orla larga e horizontal, ornamentada em cada um dos lados junto à asa e do rostrum com dois motivos circulares que incluem no seu interior uma pérola. Área de alimentação ocupada pelo respectivo orifício de alimentação central. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum. Asa perfurada. Fundo plano que assenta numa moldura concêntrica. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1546). Id. Corpo piriforme. Orla larga, lisa e horizontal. Área de alimentação ocupada pelo respectivo orifício de alimentação central. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum. Asa perfurada. Fundo plano que assenta numa pequena moldura concêntrica. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2000-0320). Id. Corpo piriforme. Orla larga, lisa e horizontal. Área de alimentação totalmente ocupada pelo respectivo orifício central. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum, agora fracturado. Asa fracturada. Fundo plano que assenta numa moldura con-

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cêntrica. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Casa da Bica (nº inventário: 1991-1554). 5.1.6 - 6ª série: lucernas de bico redondo O papel da cidade como um dos maiores centros produtores de lucernas de todo o Norte peninsular sai inequivocamente reforçado pela presença de cerca de 150 lucernas derivadas das lucernas de disco (nº 183-276), produzidas localmente. Com excepção de 1 pequeno exemplar intacto do tipo Denauve XI B (nº 183), as restantes lucernas são coetâneas das lucernas de canal aberto atípicas acima referidas que, como bem refere A. Morillo Cerdán (1999, p. 125) para outras lucernas deste tipo recolhidas noutros locais da península, se inspiram directamente no tipo Dressel 30 e, sobretudo, Dressel 28. À semelhança de exemplares atribuíveis a uma produção local de Asturica Augusta (1999, p. 127), os exemplares manufacturados em Bracara Augusta deveriam ter copiado modelos meridionais. Este fenómeno é, alias, sugerido por um molde de lucerna em depósito no Museu Machado de Castro, proveniente das antigas escavações de Conimbriga, já publicado por diferentes autores (Oleiro, 1952, p. 29, Est. IX, nº 15; Almeida, 1953, p. 186-87, Est. XLIV, nº 218; Belchior, 1969, p. 78, Est. XXIV, nº 3), que possui um tipo de decoração semelhante a alguns exemplares recolhidos em Braga (nº 185-189). A presença de uma lucerna intacta recolhida na uilla romana da Póvoa do Lanhoso (nº 184) parece, por outro lado, sugerir a difusão à escala regional destes produtos fabricados na cidade. Como vimos, com excepção de uma pequena lucerna intacta do tipo Denauve XI B, as restantes lucernas estão representadas por lucernas de bico redondo, atípicas, coetâneas do último tipo das lucernas de canal acima referido e, provavelmente, com algumas variantes mais tardias dos tipos Dressel 28 e Dressel-Lamboglia 30 B, com as quais mantém algumas afinidades.

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Lucerna de bico redondo. Orla ornamentada por sulcos raiados em torno de um pequeno disco preenchido na sua quase totalidade por um orifício central de alimentação. À semelhança das lucernas deste tipo, a asa não é perfurada. Possui um pequeno orifício no infundibulum junto ao arranque da asa. Tipo: Lucerna de bico redondo (Denauve XI B). Produção: Local. Cronologia: Fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Salvamento na R. D. Afonso Henrique (nº inventário: 2002-0955). Lucerna de bico redondo, atípica. Corpo oval e compacto, de perfil troncocónico. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de treze círculos que incluem uma pérola no seu interior. Entre os círculos duas pérolas transversais. Uma linha contínua de pérolas delimita a decoração da orla e dos rostrum. Duas rosetas de seis pétalas ornamentam, respectivamente, o bico e a parte posterior da asa. Disco, côncavo, preenchido com uma roseta saliente de quinze gomos, com orifício de alimentação central. Está separado da orla por duas molduras, formando uma bordadura que inclui pequenos traços oblíquos em relevo. Asa perfurada, larga e vertical, com duas caneluras longitudinais. Base ligeiramente côncava, duplamente moldurada. Sinais evidentes de utilização no rostrum. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Póvoa do Lanhoso (nº inventário: 1991-0738). Id. Corpo oval e compacto, de perfil troncocónico. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida por três fiadas paralelas de pequenas pérolas. Disco, côncavo, preenchido com uma roseta muito estilizada e saliente de nove gomos, com orifício de alimentação central. Está separado da orla por duas molduras, formando uma bordadura que inclui pequenos traços oblíquos em relevo. Asa fracturada. Base plana, ligeiramente côncava. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Pro-

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dução: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Largo São João do Souto (nº inventário: 2002-2258). Fragmento de lucerna de bico redondo, atípica. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior. Uma linha de pérolas contínua delimita a decoração da orla. O disco, côncavo, com orifício de alimentação central, está preenchido com uma roseta estilizada e saliente delimitada por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Asa perfurada, larga e vertical, com duas caneluras longitudinais. A área do rostrum apresenta sinais evidentes de utilização. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 1992-0807). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de círculos concêntricos paralelos e uma outra série de grossas pérolas que delimitam a decoração interior da orla. A transição da orla para o disco côncavo faz-se por uma fiada de elementos em relevo de forma circular que acompanham a ornamentação do disco que consiste numa roseta saliente. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Casa da Bica (nº inventário: 1991-1556). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida por uma fiada de grossas pérolas. A transição da orla para o disco côncavo faz-se por uma fiada de elementos em relevo de forma circular que acompanham a ornamentação do disco que consiste numa roseta estilizada e saliente. Asa perfurada. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fonte do Ídolo (nº inventário: 2003-0210). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada

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para o exterior, preenchida com uma série de círculos que incluem uma pequena pérola no seu interior paralelos a uma outra série de grossas pérolas que delimitam a decoração interior da orla. O disco, côncavo, com cerca de metade do orifício de alimentação central, está preenchido com uma roseta saliente delimitada por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Conserva-se, ainda, parte do rostrum e do orifício de alimentação com sinais evidentes de utilização. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2317). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de grossas pérolas separadas por linhas transversais onduladas, formando uma decoração em métopas. A delimitar a decoração da orla e do rostrum uma linha de pequenas pérolas. A transição para o disco faz-se por uma grossa moldura. O disco, côncavo, com orifício de alimentação, é ornamentado com uma série de pequenas pérolas. Asa perfurada, vertical e fracturada. Sinais evidentes de utilização na zona do bico. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2002-2309). Id. Corpo oval e compacto. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior, mediadas por três pequenas pérolas transversais. Uma série de pequenas pérolas delimitam esta decoração. A transição para o disco, côncavo, faz-se por meio de uma moldura. Do disco conserva-se parte do orifício de alimentação central e uma série de pequenas pérolas que compunham a decoração. Asa perfurada, vertical, com duas caneluras transversais. Base plana. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos

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fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2002-2341). Id. Corpo oval e compacto. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com a decoração fruste de uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior. Entre os círculos, duas pérolas transversais. A ladear esta decoração uma linha de pequenas pérolas que seguramente delimitam toda a orla e o bico. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Disco com orifício de alimentação delimitado por duas pequenas molduras com a mesma decoração fruste de círculos e pérolas da orla. Sinais evidentes de utilização na proximidade do rostrum. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 20022315). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com uma roseta de quatro pétalas de terminação trifoliar, delimitadas por uma linha ondulada transversal formando, como tal, elementos metopados. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. O disco, com parte do orifício de alimentação central, é ornamentado com uma série de círculos concêntricos que incluem uma pequena pérola. Do bico conserva-se parte do orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: São Geraldo (nº inventário: 2002-2256). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior. Paralelos a estes uma linha de pérolas a preencher a decoração. A delimitar a decoração da orla e do rostrum, que apresenta cerca de metade do orifício de iluminação, uma moldura

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contínua ladeada por uma série de pequenas pérolas. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas molduras, que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Disco com orifício de alimentação ornamentado com uma série de círculos delimitados por uma pequena moldura iguais aos que figuram na orla. Asa perfurada, larga e vertical, fracturada. Sinais evidentes de utilização na zona do bico. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Misericórdia (nº inventário: 2002-2343). Id. Perfil troncocónico. Orla ornamentada com três fiadas paralelas de pequenas pérolas ou glóbulos em relevo. A decoração termina com duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo, transversais. Do disco, côncavo, vê-se uma ornamentação com pequenos círculos que incluem uma pérola no seu interior. Asa perfurada, larga e vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2310). Id. Corpo oval e compacto, de perfil troncocónico. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior paralelos a uma outra série de grossas pérolas que delimitam a decoração interior da orla. A ladear esta decoração uma linha fruste de pérolas que seguramente delimitavam toda a orla e o rostrum. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Disco com cerca de metade do orifício de alimentação, ornamentado com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior e, entre estes, duas pérolas transversais. Asa perfurada, larga e vertical, fracturada. Base ligeiramente côncava. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Pro-

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dução: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Praia das Sapatas (nº inventário: 1991-1586). Id. Orla larga, preenchida com uma série de grossas pérolas. Paralelos a esta uma linha de pequenas pérolas. A delimitar a decoração da orla e do rostrum, que possui cerca de metade do orifício de iluminação, uma moldura contínua ladeada por uma série de pequenas pérolas. Um motivo serpentiforme, acompanhado e delimitado por pequenas pérolas, demarca a área de transição entre a orla e o rostrum. A transição para o disco, côncavo, fazse por uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Albergue (nº inventário: 2002-2281). Id. Rostrum com orifício de iluminação ornamentado com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior paralelos a uma outra série de pérolas que delimitam a decoração da orla. Uma fiada de cinco círculos abertos decoram a extremidade do rostrum. A transição para o disco faz-se por duas molduras, que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Sinais de utilização. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1605). Id. Rostrum com cerca de metade do orifício de iluminação ornamentado com uma linha ondulada. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1630). Id. Rostrum com parte do orifício de iluminação ornamentado com grossas pérolas entre um motivo moldado serpentiforme. Uma série de pequenas pérolas delimitam esta decoração. A decoração termina com duas molduras que

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formam bordadura que inclui pequenos traços transversais. Apresenta sinais evidentes de utilização. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1601). Id. Parte da orla e do rostrum com cerca de metade do orifício de iluminação. Ornamentação constituída por uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior. Junto ao orifício de iluminação uma grossa pérola. Uma linha de pequenas pérolas delimita a decoração. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-1214). Id. Orla larga, ornamentada com folhas de palma alternadas com rosetas de seis pétalas e motivos de pequenas pérolas. A delimitar esta decoração uma fiada de pequenas pérolas. A transição para o disco faz-se por dois pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1170). Id. Orla e início do rostrum no qual se vê uma roseta de seis pétalas e pérolas. A delimitar a decoração uma linha de pérolas mal definidas. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 20011211). Id. Orla larga, preenchida com uma fruste decoração com círculos que incluem uma pérola no seu interior. A transição para o disco faz-se por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-1219).

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Id. Orla larga e horizontal, preenchida com um conjunto de pequenas pérolas que formam um círculo que incluem no seu interior um círculo fechado com uma pérola no centro. A ladear este conjunto uma roseta. Umas moldura contínua e uma linha de pequenas pérolas delimita a decoração. A transição para o disco côncavo faz-se por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1210). Id. Orla larga profusamente ornamentada com pequenas pérolas em relevo, por vezes sobrepostas a elementos, também em relevo, que identificamos como cachos de uvas simplificados. O disco é côncavo com orifício de alimentação central, ornamentado com duas fiadas paralelas de pequenas pérolas em relevo. A zona do bico, com orifício de iluminação e com o mesmo tipo de decoração da orla, está demarcada por uma espécie de canal, assinalado por duas finas molduras. Asa perfurada, vertical. Sinais evidentes de utilização na zona do rostrum. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Praia das Sapatas (nº inventário: 19911602). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada transversalmente por um conjunto de pequenas pérolas em relevo mediadas por um motivo rectangular em relevo, também ele encimado por pequenas pérolas. A delimitar esta decoração uma moldura contínua que de novo inclui motivos em pequenas pérolas. Asa perfurada, vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1155). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com ro-

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setas de seis pétalas alternadas com círculos que incluem rosetas em forma de cruz. A delimitar esta decoração um conjunto de quatro pérolas dispostas transversalmente formando, como tal, elementos metopados. Uma linha ondulada delimita esta decoração. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Do disco, do qual se conserva parte do orifício de alimentação lateral, vê-se a representação de atributos associados à representação de uma Vitória. Asa perfurada, larga e vertical, fracturada. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-1152). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com rosetas em forma de cruz delimitadas por um conjunto de três pequenas pérolas dispostas transversalmente formando, como tal, elementos metopados. Uma linha ondulada delimita esta decoração. A transição para o disco, côncavo, fazse por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Do disco, com orifício de alimentação lateral, vê-se a representação de atributos associados à representação de uma Vitória. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1993-0697). Id. Orla larga ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com rosetas em forma de cruz delimitadas por linhas onduladas dispostas na transversal formando, como tal, elementos metopados. Uma linha ondulada delimita esta decoração. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Do disco, com orifício de alimentação lateral, vê-se a representação em espelho de dois bustos encimados por uma fiada circular de pequenas pérolas. Uma

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roseta igual à decoração da orla ladeia a representação dos bustos. Parte do orifício de iluminação do rostrum. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Teatro (nº inventário: 2003-0802). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com rosetas em forma de cruz delimitadas por um conjunto de quatro pequenas pérolas transversais formando, como tal, elementos metopados. Uma linha de pequenas pérolas delimita esta decoração da orla. Asa perfurada, larga e elevada, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-1147). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, da qual se vê uma ornamentação com uma roseta de quatro pétalas de terminação trifoliar e um motivo transversal serpentiforme. A transição para o disco, côncavo, faz-se por uma moldura. Asa perfurada e vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1571). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com rosetas quadrilobadas, compostas por folhas em forma de pequenas palmas separadas entre si por uma pérola central. Entre estas a representação de quatro pérolas transversais formando desse modo elementos metopados. Uma dupla fiada de pérolas delimita esta decoração. A transição para o disco côncavo faz-se por uma moldura. Da decoração do disco, com cerca de metade do orifício de alimentação lateral, apenas se vê a representação de uma folha de palma. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1165).

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Id. Orla larga, ornamentada com rosetas quadrilobadas ? formadas por grossas pérolas, separadas entre si por uma outra pérola central. Entre estas uma linha transversal de seis pequenas pérolas formando desse modo elementos metopados. Uma fiada de pequenas pérolas delimita a decoração. A transição para o disco côncavo faz-se por uma moldura. Larga asa perfurada e vertical com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-1614). Id. Orla muito larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com rosetas quadrilobadas formada por folhas em forma de pequenas palmas separadas entre si por uma pérola central. Uma dupla moldura delimita esta decoração. A transição para o disco côncavo faz-se por uma grossa moldura. Larga asa perfurada e vertical, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 20011163). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com folhas de lis alternadas com rosetas de quatro pétalas de terminação trifoliar. Uma linha de pérolas contínuas delimitam a decoração da orla. A transição para o disco côncavo faz-se por uma grossa moldura. Dada a fractura do disco apenas se vê uma ornamentação com uma roseta de quatro pétalas de terminação trifoliar e parte do orifício de alimentação. Asa perfurada e vertical, com duas grossas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-1153). Id. Orla larga ornamentada com rosetas quadrilobadas formadas por folhas em forma de pequenas palmas separadas entre si por uma pérola central. Entre

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estas a representação de quatro pérolas transversais formando desse modo elementos metopados. Uma fiada de pérolas delimita esta decoração. A transição para o disco côncavo faz-se por uma moldura. Do disco apenas resta parte do orifício de alimentação lateral, imediatamente sobre a moldura. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1169). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, da qual se vê parte de uma roseta em forma de cruz separada por um conjunto de cinco pequenas pérolas formando talvez elementos metopados. Uma linha de pequenas pérolas deveria limitar esta decoração da orla. Asa perfurada, larga e elevada, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-1148). Id. Orla ornamentada com flores de lis e uma linha contínua de pérolas a delimitá-la. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1161). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com um fiada de pérolas raiadas e em relevo. A delimitar a decoração uma linha ondulada. A transição para o disco côncavo faz-se por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Asa perfurada e elevada com duas finas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1156). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, com uma ornamentação muito gasta. Desta apenas se vê uma fiada de rosetas paralela a uma decoração com uma pal-

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ma alternada por uma fiada de pérolas. A transição para o disco côncavo fazse por uma moldura. Do disco apenas resta parte de uma ornamentação com uma fiada de rosetas também muito gastas. Asa perfurada, vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1164). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com motivos florais? em forma de caule que incluem pequenas rosetas e motivos circulares alinhado ao longo da orla. A transição para o disco côncavo faz-se por uma moldura. Do disco decorado com rosetas com caules resta apenas cerca de metade do orifício de alimentação. Asa perfurada, vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1154). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com elementos em forma de pinha? associados a outras representações estilizadas e que devido ao estado de fragmentação não nos é seguro identificar. Uma moldura contínua delimita esta decoração. A transição para o disco côncavo faz-se por uma moldura. Dado o estado de fragmentação do disco apenas se vê uma ornamentação com rosetas e o início do orifício de alimentação central. Asa perfurada e vertical, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1166). Id. Orla larga, na qual se vê uma ornamentação com um motivo circular raiado que inclui uma cruz de lados iguais no seu interior. Asa perfurada, vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1157).

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Id. Orla muito larga, inclinada ligeiramente para o exterior, com uma fruste ornamentação com duas palmas e uma roseta. A transição paras o disco côncavo faz-se por uma grossa moldura. Da decoração do disco, com parte do orifício de alimentação, apenas se vê a fruste decoração de uma roseta? Asa perfurada, vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1636). Id. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada com uma palma alternada por uma fiada de pérolas. De ambos os lados a decoração está delimitada por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Do disco côncavo conserva-se parte do orifício de alimentação central e de uma série de rosetas de seis pétalas. Asa perfurada, vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1158). Id. Orla muito larga, inclinada para o exterior, ornamentada com elementos em forma de pinha? que termina com a representação de pérolas, uma em cada lado da asa. A transição para o disco côncavo é contínua. Dado o estado de fragmentação do disco apenas se vê dois elementos circulares que incluem uma pérola no seu interior. Asa perfurada e vertical, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-1162). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior. Uma linha de pérolas contínua delimita a decoração da orla. A transição para o disco côncavo fazse por duas molduras que forma uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Da decoração do disco apenas se vê uma roseta de

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quatro pétalas de terminação trifoliar. Asa perfurada, larga e vertical, fracturada. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Termas (nº inventário: 1991-2336). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, da qual se vê um círculo que inclui uma pérola no seu interior ladeado por duas rosetas, possivelmente de seis pétalas. Uma linha de pequenas pérolas delimita a decoração da orla. A transição para o disco côncavo, ornamentado com círculos e pérolas, faz-se por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Asa vertical, perfurada e fracturada, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-1624). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior mediados por uma outra série de grossas pérolas. Uma linha de pérolas contínuas delimitam a decoração da orla. A transição para o disco côncavo faz-se por uma moldura. Asa perfurada, larga e vertical, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (nº inventário: 2001-1145). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior mediados por uma outra série de grossas pérolas. Uma linha de pérolas contínuas delimitam a decoração da orla. Asa perfurada, larga e vertical, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Termas (nº inventário: 2002-2324).

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Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de grossas pérolas. Paralelas a estas uma linha de pequenas pérolas. Uma moldura contínua e uma linha de pequenas pérolas delimita a decoração. A transição para o disco côncavo fazse por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Asa perfurada, larga e vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2308). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de grossas pérolas. Paralelas a estas uma linha de pequenas pérolas. Uma moldura contínua e uma linha de pequenas pérolas delimita a decoração. A transição para o disco côncavo fazse por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Asa perfurada, larga e vertical, fracturada. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2316). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, da qual se vê a ornamentação de círculos que incluem uma pérola no seu interior e, paralelos a estas, grossas pérolas. Uma moldura contínua separa duas linhas de pequenas pérolas que delimitam a decoração. Asa perfurada, larga e vertical, fracturada. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 1993-0693). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior. Uma linha ondulada delimitam a decoração da orla. Asa perfurada, larga e vertical, fracturada. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV.

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Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1141). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma muito fruste e gasta decoração que inclui círculos concêntricos. Uma linha de pérolas deveria limitar a decoração da orla. O disco é côncavo provavelmente decorado com uma série de pérolas. Asa perfurada, larga e vertical, com uma canelura longitudinal quase imperceptível. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1150). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, da qual se vê a ornamentação de um conjunto de pequenas pérolas que formam um círculo que incluem no seu interior um círculo fechado com uma pérola no centro. Uma linha de pequenas pérolas delimita a decoração da orla. Asa perfurada, larga e vertical, com duas caneluras longitudinais que incluem no seu interior pequenos traços em relevo transversais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Misericórdia (nº inventário: 2001-1151). Id. Vestígios de decoração da orla e asa perfurada com duas caneluras longitudinais que incluem no seu interior uma ornamentação em ziguezague. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1569). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, da qual se vê a ornamentação de um círculo e uma linha de pequenas pérolas que delimitam a decoração da orla. Asa perfurada, larga e vertical, fracturada. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-1144). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma

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série de pérolas grossas. De ambos os lados a decoração está delimitada por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Do disco côncavo conserva-se parte do orifício de alimentação central e de uma série de pequenas pérolas que compunham a decoração. Asa perfurada, vertical, com vestígios de duas caneluras transversais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1142). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série alternada de pérolas grossas e pequenas. Paralelas a estas uma linha de pequenas pérolas a preencher a decoração. De ambos os lados a decoração está delimitada por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Asa perfurada, larga e vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Albergue (nº inventário: 2001-1143). Id. Secção troncocónica. Orla larga fragmentada ao nível da decoração. Asa perfurada, vertical, com duas caneluras longitudinais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-1160). Id. Orla larga ornamentada com uma linha ondulada. Uma moldura delimita esta decoração. Asa perfurada, vertical, com uma canelura longitudinal. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2001-1149). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, da qual apenas se vê o início de um motivo circular? Esta ornamentação está delimitada por duas molduras que formam uma bordadura que inclui traços em relevo em forma

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de pequenos losangos. Do disco côncavo vê-se o início de uma decoração com uma série de pequenas pérolas. Asa perfurada e vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2002-2338). Id. Orla larga fragmentada ao nível da decoração. Asa perfurada e vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (nº inventário: 2001-1159). Id. Orla larga fragmentada ao nível da decoração. Asa perfurada e vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: R. de São Geraldo (nº inventário: 1991-1638). Id. Orla larga fragmentada ao nível da decoração. Asa perfurada e vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1613). Id. Orla fragmentada ao nível da decoração. Asa perfurada e vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Termas (nº inventário: 1991-2335). Id. Orla fragmentada ao nível da decoração, vendo-se apenas uma linha de pequenas pérolas a delimitá-la. Asa perfurada e vertical. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1637). Id. Corpo oval e compacto de perfil troncocónico e base plana. Orla larga da qual se vê um círculo duplo que inclui uma pérola no seu interior. Uma linha de pequenas pérolas delimita a decoração. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do

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século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2322). Id. Orla com dupla fiada de pérolas. A transição para o disco faz-se por uma grossa moldura. Do disco apenas se vê uma pérola. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 19911631). Id. Orla larga com uma fruste decoração da qual apenas se vê uma linha de grossas pérolas. Paralelas a estas uma linha de pequenas pérolas. Uma moldura contínua e uma linha de pequenas pérolas delimita a decoração. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1212). Id. Orla larga da qual se vê um círculo que inclui no seu interior uma pérola mediado por uma série de pequenas pérolas. A transição para o disco faz-se por uma bordadura que inclui pequenos traços em forma de pequenos losangos. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Misericórdia (nº inventário: 2001-1217). Id. Orla larga preenchida com a decoração muito fruste de uma série de círculos que incluem uma pérola? no seu interior e, entre estes, duas pérolas transversais. A transição para o disco faz-se por duas fiadas de pérolas. Disco côncavo com parte do orifício de alimentação com uma ornamentação muito fruste de uma série de círculos. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1208). Id. Corpo oval e compacto de perfil troncocónico. Orla larga preenchida com uma série de grossas pérolas. Paralelas a estas uma linha de pequenas pérolas que delimitam a decoração. A transição para o disco côncavo faz-se por duas molduras que formam uma

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bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: São Geraldo (nº inventário: 2002-2255). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de grossas pérolas. A transição para o disco côncavo faz-se por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. O disco com cerca de metade do orifício de alimentação está decorado com uma série contínua de pequenos círculos. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2321). Id. Orla larga, ligeiramente inclinada para o exterior, preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior paralelos a uma outra série de grossas pérolas que delimitam a decoração interior da orla. A transição para o disco faz-se por duas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1215). Id. Corpo oval e compacto de perfil troncocónico. Orla larga, com uma decoração fruste de uma série de círculos que incluem no seu interior uma pérola. Uma linha de pérolas ainda mais fruste delimita da ambos os lados a decoração. Da transição para o disco restam ainda vestígios de uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1146). Id. Orla ornamentada por duas fiadas de pérolas. No disco vê-se a representação de uma fiada de pérolas e motivos circulares que incluem no seu interior uma

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pérola. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Praia das Sapatas (nº inventário: 1991-1580). Id. Orla larga, preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior. Entre os círculos duas pérolas transversais. Uma linha contínua de pérolas delimita a decoração da orla. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: São Geraldo (nº inventário: 2001-1218). Id. Orla larga, preenchida com uma série de pérolas grossas e pequenas de forma alternada. Paralelas a estas uma linha de pequenas pérolas a preencher a decoração. De ambos os lados a decoração está delimitada por duas pequenas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Do disco côncavo apenas se vê o início de uma ornamentação com pequenas pérolas. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: São Geraldo (nº inventário: 2001-1213). Id. Perfil troncocónico. Orla larga da qual se vê círculos que incluem uma pérola no seu interior alternadas por um conjunto de pequenas pérolas. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Misericórdia (nº inventário: 2001-1206). Id. Orla ornamentada com três fiadas paralelas de pérolas e rostrum com parte do orifício de iluminação. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1573). Id. Orla larga da qual se vê um conjunto de pequenas pérolas que formam um círculo que incluem no seu interior um círculo fechado com uma pérola no centro. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À

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roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Misericórdia (nº inventário: 2001-1209). Id. Orla larga e plana preenchida com uma série de pérolas. A transição para o disco côncavo faz-se também por uma série de pérolas. Disco liso com orifício de alimentação central. Vestígios do orifício de iluminação. Sinais evidentes de utilização. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2002-2347). Id. Orla decorada por uma fiada de motivos florais. A transição para o disco côncavo faz-se por uma moldura. Do disco apenas resta parte do orifício de alimentação lateral e uma decoração com rosetas delimitada por uma linha de pequenas pérolas. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-1168). Id. Orla larga e horizontal ornamentada com grandes elementos circulares que incluem rosetas de quatro pétalas mediadas por grossas pérolas. A transição para o disco côncavo faz-se por uma grossa moldura. Da ornamentação do disco apenas se vê duas palmas estilizadas mediadas por um elemento à direita em forma de losango e à esquerda parte do orifício de iluminação. Sinais evidentes de utilização na zona do bico. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: São Geraldo (nº inventário: 2002-2304). Id. Perfil troncocónico. Orla larga preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior. Paralelos a estes uma linha de pérolas alternadas com uma cruz de lados iguais. Uma linha contínua de pequenas pérolas delimitam a decoração da orla. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1600).

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Id. Orla larga preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior. Paralelos a estes uma linha de pérolas alternadas com uma cruz de lados iguais. Uma linha contínua de pequenas pérolas delimitam a decoração da orla. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2001-1222). Id. Orla larga preenchida com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior. Paralelos a estes uma linha de pérolas alternadas com uma cruz de lados iguais. Uma linha contínua de pequenas pérolas delimitam a decoração da orla. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1207). Id. Parede do reservatório e orla ornamentada com uma série de círculos concêntrico e pérolas. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1574). Id. Perfil troncocónico. Orla preenchida com uma decoração fruste com uma série de grossas pérolas. Paralelas a estas uma linha de pequenas pérolas também frustes que preenchem a decoração. AS decoração termina com duas pequenas molduras que formam uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo transversais. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Termas (nº inventário: 2001-1216). Id. Orla ornamentada por um elemento em aspas e uma cruz gamada. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Termas (nº inventário: 2003-2326). Id. Secção troncocónica. Orla larga, fragmentada ao nível da decoração, sendo apenas perceptível uma série de

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molduras transversais encurvadas. A delimitar a decoração duas molduras que formam, uma bordadura que inclui pequenos traços em relevo em forma de pequenos losangos. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2001-1167). Id. Orla ornamentada por conjuntos de círculos concêntricos um dos quais delimitado por um elemento com quatro extremidades salientes. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Salvamento na R. Afonso Henrique (nº inventário: 2002-2358). Id. Disco com parte do orifício de alimentação ornamentado com uma série de círculos que incluem uma pérola no seu interior. A ladear esta decoração uma linha de pequenas pérolas. Tipo: Lucerna de bico redondo, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1558). 5.1.7 - 7ª série: lucernas vidradas

A 7ª e última série de lucernas está representada apenas por duas lucernas importadas que possuem em comum o facto de apresentarem a superfície coberta por um vidrado de chumbo. Como referimos em artigo publicado (Morais 1997-98c, p. 165-73), estas lucernas representam objectos de elevada qualidade pela sua originalidade, devendo ser encaradas como objectos de prestígio. Na verdade, ainda que a técnica da aplicação do vidrado esteja largamente documentada no repertório de outras cerâmicas romanas, não foi uso corrente a sua aplicação em lucernas (vd., entre outros, Morillo Cerdán, 1996, p. 29; 1999, p. 85). Uma das lucernas integrada no Tipo Dressel 20, foi encontrada intacta numa sepultura pertencente à necrópole da via XVII, no espaço correspondente à actual Avenida da Liberdade (nº 278). 358

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A outra lucerna, recolhida nas escavações contíguas ao edifício termal, está reduzida a um fragmento vidrado em forma de cabeça de cavalo pertencente à parte superior que remata uma das volutas e que servia de apêndice a uma lucerna bilychne do tipo Loeschcke III (nº 277). Um exemplar intacto datado do séc. I, proveniente de Pompeia e actualmente em depósito no Museu Nacional de Nápoles (Ziviello, 1989, fig. 13) é idêntico ao de Braga. Embora não se conheçam muitas lucernas deste tipo a grande maioria dos autores propõe uma origem Campaniense e Centro-Itálica de preferência a uma origem na região microasiática (Bailey, 1980, p. 303; Morillo Cerdán, 1996, p. 37; 1999, p. 86). Estas lucernas possuem uma cronologia geral de produção integrável nas suas congéneres com a mesma tipologia. 277

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nologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Necrópole da Via XVII (Avenida da Liberdade) (nº inventário: 1994-0899). Além das lucernas representadas nestas séries foi possível ainda identificar alguns fragmentos de tipo inderterminado, cujo estado de fragmentação não nos perminte integrar nas séries atrás referidas, nem os enquadrar noutras séries documentadas noutros locais do mundo romano (nº 279-280). 279

Fragmento vidrado de lucerna de volutas. Apêndice de lucerna bilychne em forma de cabeça de cavalo. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke III). Produção: Centro-Itálica. Cronologia: 1ª metade do século I. Proveniência: área junto às Termas (nº inventário: 19981520). Lucerna vidrada de disco. Corpo circular e baixo. Orla lisa com duas protuberâncias medianamente desenvolvidas, à semelhança das lucernas de canal ou firmalampen, e três ressaltos nos quais o vidrado adquire uma tonalidade escura causada, muito provavelmente, por uma acumulação de revestimento vidrado no momento de fusão nos lugares onde se apoiava o trípode que separava as peças umas das outras, evitando que aderissem entre si durante o processo da cozedura. Rostrum curto e arredondado, com a parte superior plana, separado do disco por um segmento de recta inciso. A transição para o disco faz-se por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. O disco côncavo, com um orifício de alimentação de tamanho médio, inclui a representação de duas serpentes. Asa perfurada. O fundo, que assenta numa base plana, possui a marca CIVNDRAC, na qual a letra N está invertida. Tipo: Lucerna vidrada de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cro-

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Fragmento de lucerna indeterminada. Parte do infundibulum junto à asa. Asa circular aberta e em forma de anel com uma grossa canelura longitudinal. Tipo: Lucerna de tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Termas (nº inventário: 2003-0478). Fragmento de lucerna indeterminada. Parte inferior do infundibulum e arranque inferir de asa. Tipo: Lucerna de tipo indeterminado. Produção: Peninsular? Cronologia: indeterminada. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1612). 5.2 ANÁLISE ICONOGRÁFICA

Para a análise iconográfica das lucernas até à data recolhidas na cidade seguimos a antiga classificação de Loeschcke (1919), actualizada por Bailey (1980), que estabelece cinco grupos principais de decorações: I. Religião e mito; II. Personagens históricas; III. Vida quotidiana; IV. Fauna; V. Plantas e desenhos florais. Apesar do já referido estado excessivo de fragmentação da grande maioria dos exemplares, foi possível, todavia, enquadrar alguns destes nos grupos acima referidos. De entre eles predominam o temas relacionados com a religião e mito (35 exemplares), seguidos, por ordem decrescente, dos temas relacionados com plantas e desenhos florais (25 exemplares), a vida quotidiana (23 exemplares) e fauna (9 exemplares). O tema relacionado com personagens históricas poderá estar apenas presente num único exemplar.

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5.2.1 Grupo I: religião e mito

representação de um Hércules barbado presente num fragmento de volutas de tipo indeterminado oriundo de itália (nº 38).

Neste grupo, deve distinguir-se os motivos representados em lucernas importadas daqueles presentes em lucernas de manufactura local. De facto, do conjunto de 35 exemplares identificados, apenas seis provém de lucernas importadas. De entre as lucernas importadas, cinco dos fragmentos, oriundos das oficinas centroitálicas, pertencem a lucernas de volutas de tipo indeterminado onde estão representas as imagens das Deusas Minerva (nº 19) e Diana (nº 36) e outros motivos decorativos onde figuram as estatuetas dos Lares Compitales (nº 37), a representação de um Hércules barbado (nº 38) e uma figura nua, provavelmente representando um génio com asas e tridente (nº 39). A estes motivos acrescente-se a representação de duas serpentes afrontadas que figuram na lucerna vidrada intacta do tipo Dressel 20, que, como referimos, julgamos oriunda da região de Cádis (nº 278). Os motivos decorativos que figuram nas produções de manufactura local maioritariamente representados por 30 exemplares, provém de lucernas incluídas nas séries de volutas (Loeschcke V), derivadas das “lucernas mineiras” (Dressel 9), de disco (Dressel 20, Dressel 28 e tipo indeterminado), de canal (Loeschcke X) e de lucernas de bico redondo, atípicas. Nestas séries predominam as imagens da deusa Vitória (nº 58; 73; 85-94; 18; 28), com 14 exemplares, e o busto raiado de Hélios (Mitra) (nº 75-76; 109-113; 117; 163; 47-48; 54), com 12 exemplares. Com uma decoração diferente, apenas se conhecem quatro fragmentos: dois do tipo Dressel 20, com a imagem de Castor e Pólux (nº 29) e um fragmento com um altar (nº 60); um outro do tipo Dressel 28, com uma figura togada, provavelmente representando Júpiter (nº 104) e um fragmento de disco de tipo indeterminado com a representação de uma divindade alegórica representada por um busto feminino simbolizando África (nº 118).

5.2.3 Grupo III: vida quotidiana Este grupo é o 3º melhor representado neste conjunto de 23 exemplares: 12 exemplares importados e 11 de fabrico local. De entre os produtos importados correspondentes a lucernas de volutas oriundas da região centro-itálica, predominam os motivos relacionados com jogos e divertimentos, sobre os motivos de caracter erótico ou outros. Nos primeiros estão representados um pugilista derrotado (nº 40) e motivos associados a lutas de anfiteatro, com a representação de gladiadores (nº 3; 27; 41-42; 121-123) e corridas de cavalos (nº 43-45), com a representação de uma biga, um jinete a galopar e um jubilator ou jinete. Seguem-se os motivos de carácter erótico, representados por uma dupla heterossexual sobre triclinum (nº 35; 46) e pela representação de uma dupla de anões, provavelmente cómicos, sobre triclinum (nº 47). A este grupo acrescente-se ainda a representação de um homem montado num crocodilo (nº 48), provavelmente associado a algum motivo nilótico. Os motivos decorativos deste grupo representados em produções locais figuram todos em lucernas de disco, com excepção de um fragmento de lucerna de bico redondo, atípica, que apresenta duas máscaras masculinas dispostas em espelho (nº 210). Naquela série de disco predominam os motivos de carácter erótico, todos eles presentes em lucernas do tipo Dressel 28: três fragmentos com a representação de um terminus e uma mulher nua (nº 95-97); uma lucerna intacta com a representação de um homem e uma mulher junto a um instrumento musical ou tear (nº 27). As restantes decorações estão representadas por motivos relacionados com os jogos e divertimento: um fragmento do tipo Dressel 28 com a representação de uma biga (nº 98) e uma lucerna intacta do tipo Dressel 20 com a imagem de uma Vitória alada numa biga (nº 79). A estas acrescente-se ainda um fragmento com a representação de uma face humana com o corpo em forma de esqueleto ou insecto (nº 119),

5.2.2 Grupo II: personagens históricas Como se referiu, apenas um exemplar poderá corresponder a este grupo. Trata-se de 360

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5.2.4 Grupo IV: fauna

tes duas numa lucerna do tipo Dressel 28 (nº 114) e numa lucerna de bico redondo, atípica (nº 267). A estes motivos pode ainda acrescentar-se a representação numa lucerna de disco indeterminada de uma coroa de louros em forma de grinalda (nº 124).

Este grupo, representado única e exclusivamente por motivos animais, conta com 9 exemplares; destes, apenas três provém de produtos importados, sendo os restantes fabricados em oficinas locais. Os exemplares importados, estão representados por três fragmentos de lucernas de volutas de tipo indeterminado, nos quais figura a representação de uma caçada, um javali a correr à direita e, provavelmente, a imagem estilizada de um cão selvagem ou um urso (nº 49-51). Os exemplares de fabrico local maioritariamente presentes com nove fragmentos correspondem à série de lucernas de disco, com excepção de um fragmento com a representação de um cavalo pertencente a uma lucerna do tipo Loeschcke X (nº 35). Nesta série, contamos com quatro fragmentos do tipo indeterminado, nos quais figura a representação de uma ovelha (nº 120) e quatro fragmentos do tipo Dressel 28, com a representação de uma caçada, um urso, um pássaro (pavão?) e uma bela composição representando um pavão sobre um cesto de uvas da qual sai uma pequena serpente, composição que nos parece relacionada com rituais funerários (nº 105-108).

5.2.6 Grupo VI: outras decorações Como seria de esperar, dada a quantidade e diversidade de produções importadas e manufacturadas na cidade, podemos ainda contar com outros grupos de decorações não integráveis nos grupos anteriores. No conjunto das produções importadas incluem-se as chamadas decorações tipológicas (vd. Morillo Cerdán, 1999), aqui representadas por um (nº 1) dos dois fragmentos do tipo Dressel 4 (Vogelkopflampen) e pelas lucernas derivadas do tipo Dressel 9 ou “lucernas mineiras” (nº 71-73), uma das quais apresenta a particularidade de possuir no disco uma fruste representação de uma Vitória alada (nº 73). A estes fragmentos podemos ainda acrescentar o fragmento vidrado em forma de cabeça de cavalo da lucerna bilychne do tipo Loeschcke III (nº 277). No conjunto das produções de origem local destaca-se a presença de outro grupo de decorações essencialmente representadas por motivos geométricos, em particular círculos de variadas dimensões, presentes no disco de algumas lucernas atípicas que integramos na série de bico redondo, atípica (nº 190-196; 227; 229; 254; 256; 259).

5.2.5 Grupo V: plantas e desenhos florais Este é o 2º grupo de decorações melhor representado na cidade, com 25 exemplares. Destes apenas quatro fragmentos provém de lucernas de volutas de tipo indeterminado oriundas de oficinas centro-itálicas; os restantes 21 fragmentos são de origem local. Os motivos florais que figuram nos fragmentos importados estão representados por uma coroa de louros, uma roseta e duas rosáceas estilizadas (nº 52-55). Nos fragmentos atribuíveis a produções locais predomina a representação de rosetas, com 14 exemplares. Esta representação, com excepção de uma lucerna de disco de forma indeterminada (nº 130), figura em exemplares incluídos nas lucernas de bico redondo, atípicas (nº 184-189; 217; 221-223; 226; 228; 266). Seguem-se, em número, as representações de folhas de palma: quatro em lucernas do tipo Loeschcke V (nº 65-67; 16) e as restan-

5.3 MOLDES Em artigo por nós publicado (Morais, 2002b, p. 181-96) fizemos alusão a dois moldes de lucerna referidos por variados autores. Dados pela primeira vez a conhecer por Rigaud de Sousa (1965-66, p. 165-72; 1969, p. 309-11), foram encontrados no mesmo local e na mesma altura, aquando da abertura da Rua de Santos da Cunha (freguesia de Maximinos, Braga), associados a vestígios de um forno cerâmico e grande quantidade de argila pronta a ser utilizada (Sousa, 1965-66, p. 169). Trata-se da parte inferior de moldes de lucerna de volutas possivelmente atribuíveis ao tipo Loeschcke IV. 361

As Lucernas

O primeiro a ser motivo de estudo e publicação possui em negativo na face interna a marca retrógada e em relevo TPERTNVM, atribuída à oficina de Lvcivs Mvnativs e assinada por um dos seu libertos de nome T[h]reptvs ( = [LVCIVS] MVN[ATIVS] T[H]REPT[VS]) (nº 2). À frente das oficinas de L. Munativs conhece-se o nome de outros Libertos, designadamente os nomes Adiectvs, Amaranthvs, Philemo, Svccessvs, Restvtvs, Mar., entre outros (Almeida, 1953, p. 85-86; Pavolini, 1980, p. 124 ss; 1981, p. 171; Beltrán Lloris, 1994, p. 190). Segundo D. M. Bailey (1980, p. 98), a oficina-mãe situava-se na Itália Central, nos arredores de Roma, e laborou durante os finais do período flávio até aos inícios do reinado de Antonino. No território actualmente português a marca deste oleiro encontra-se referida nos seguintes autores: Belchior, 1969, nº 84, 85, 114 e 115; Alarcão e Ponte, 1976, nº 143, 100; Almeida, 1953, nº 63, Est. 33, 158, nº 73, Est. 35, 160, nº 93, Est. 36, 164; Ribeiro, 1959, nº 21, 94; Maia e Maia, 1997, p. 140. O segundo molde, apesar das suas maiores dimensões, apresenta, as mesmas características do anterior (nº 3). Infelizmente também se encontra mutilado e, desta vez, a fractura deu-se exactamente pelo ponto onde devia estar a marca, eliminando-a na sua totalidade. Na parte inferior dos moldes encontram-se letras profundamente gravadas: no primeiro, estão presentes as letras DO numa linha superior e as letras MI por baixo destas; no segundo, dado o estado da fractura, apenas são legíveis as letras DO. Em ambos os casos, a marca, certamente igual, está incompleta dificultando qualquer tentativa de interpretação sobre o seu significado. Apesar desta dificuldade pensamos que a inscrição fracturada DO / MI [...] poderia corresponder a DOMITIVS, nome documentado na cidade por 6 fragmentos de lucernas de volutas de tipo indeterminado (nº 21-26) em cujo fundo externo se assinala a marca P. DOMITIVS. A estar correcta esta leitura poderíamos admitir que este oleiro, além de assinar lucernas com o seu nome, teria manufacturado cópias fraudulentas de lucernas importadas através da técnica do decalque.

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Fragmento de molde de lucerna de disco. Parte inferior de molde bivalve que possui na face interna a marca retrógrada TPERTNVM e na parte inferior um grafito feito antes da cozedura onde apenas se lê DO / MI. Tipo: molde de lucerna de volutas (possivelmente do tipo Loeschcke IV) Produção: Local. Cronologia: Finais do reinado de Augusto / inícios do reinado de Tibério a finais do século I (auge em meados do século I). Proveniência: R. Santos da Cunha (sem nº de inventário dado o seu paradeiro desconhecido). Fragmento de molde de lucerna de disco. Parte inferior de molde bivalve idêntico ao anterior onde apenas se lê na parte inferior as letras DO. Tipo: molde de lucerna de volutas (possivelmente do tipo Loeschcke IV) Produção: Local. Cronologia: Finais do reinado de Augusto / inícios do reinado de Tibério a finais do século I (auge em meados do século I). Proveniência: R. Santos da Cunha (nº inventário: 1993-0695). 5.4 MARCAS, GRAFITOS E SÍMBOLOS ANEPÍGRAFOS 5.4.1 Marcas e grafitos

As marcas de oficinas presentes no conjunto de lucernas que apresentamos neste estudo não são abundantes se levarmos em consideração o volume considerado. De facto, entre os fragmentos e lucernas intactas recolhidas na cidade contámos com 69 marcas, reunindo marcas de oleiro, uma ou duas letras isoladas e símbolos anepígrafos, num contexto de mais de meio milhar de lucernas datáveis do período alto e médio imperial. Apesar desta escassez, não nos podemos esquecer que Bracara Augusta é, no contexto do Noroeste peninsular, o sítio com maior número de marcas até à data documentadas, com um valor inclusivamente superior a Asturica Augusta que apenas conta com 44 marcas, ainda que apenas num total de 665 exemplares (Morillo Cerdán, 1999, p. 281). As 69 marcas até à data recolhidas na cidade, repartem-se por 48 marcas de oleiro, três letras isoladas, três inscrições e 15 símbolos anepígrafos. 362

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

de ângulos arredondados, fractura à direita. Trata-se de Clodius Successus um prolífero produtor de lucernas itálico que trabalhou durante os finais do período Flávio até os inícios do período Antonino (vid. Bailey, 1980: 94). Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-itálico. Cronologia: Finais do período Flávio até os inícios do período Antonino. Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 1991-1542).

A estes acrescente-se, ainda, dois grafitos, um realizado num fragmento indeterminado com um fabrico característico da África Proconsular (nº 15), e outro, num fragmento indeterminado de produção local com uma marca anepígrafa onde pode ler-se [...]FFIRM[...], possivelmente OF FIRMO (nº 71). Como se vê no quadro sinóptico das marcas recolhidas na cidade, das 51 marcas de oleiro, 12 correspondem a exemplares importados e 39 a produções locais. 5.4.1.1 Importações Os produtos importados, excessivamente fracturados, repartem-se, provavelmente, por sete exemplares de volutas de forma indeterminada, quatro exemplares de disco, um dos quais a lucerna intacta vidrada do tipo Dressel 20 e um fragmento de canal, seguramente pertencente ao tipo Loeschcke X. No total contamos com dez marcas distintas de oleiros, nove das quais estão presentes em exemplares com um fabrico típico das oficinas centro-itálicas; a saber: C⋅CLO⋅SVC (C. Clodius Successus), FORTIS, GABINIA (dois exemplares), L⋅ M⋅ ADI (L. Munatus Adiectus), MVNREST (L. Munatius Restitutus), MYRO, NNA / NNA (=N NAEVIVS?), C⋅OPPI⋅RES (C⋅Oppius Restitutus) (dois exemplares) e SVCCESSE (Ti⋅ Iulius Successus) (nº 1-11). A outra marca, presente no fundo externo da já referida lucerna vidrada do tipo Dressel 20, assinala o nome CIVNDRAC (C. Iun[ius] Drac[ ] ) (nº 278). No entanto, ainda que esta marca seja frequentemente associada a produções de origem itálica e norte-africana (Balil, 1984, p. 194; Morillo Cerdán, 1999, p. 57), o facto, de apresentar a letra N invertida permite, no caso presente, atribuir uma origem bética (Balil, 1984, p. 194) para esta lucerna, provavelmente oriunda de uma das oficinas da baía gaditana (Morais, 1997-98c, p. 168).

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CLODIVS SVCCESSVS C⋅CLO⋅S[VC] Fragmento de lucerna de volutas. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma canelura concêntrica. Marca: C⋅CLO⋅S[VC] incisa, incluída numa cartela rectangular 363

L. AEMILIVS FORTIS FORTIS Id. Fundo côncavo praticamente reduzido à marca. Marca: FORTIS em relevo, com letras bastante cuidadas e regulares. Trata-se de L. Aemilius Fortis um dos primeiros e o mais prolífero produtor de lucernas do tipo Firmalampen que trabalhou no Norte de Itália, muito provavelmente perto de Módena (vid. Bailey, 1980: 96). Com início de produção no reinado de Vespasiano o auge de produção desta oficina situa-se nos finais do século I às primeiras décadas da centúria seguinte (Bailey, 1980: 96). Alguns exemplares com esta marca encontram-se em contextos do período Severo (c. de 200/230 d. C.) (Bailey, 1980: 96), perdurando, nalgumas regiões periféricas, no século IV (Morillo Cerdán, 1999: 293). Tipo: Lucerna de canal (tipo indeterminado). Produção: Norte-itálico. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: R. Santo António das Travessas (nº inventário: 2003-1094). GABINIA [G]ABINIA Id. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma fina canelura concêntrica. Marca: [G]ABINIA incisa, em letras bem definidas. Esta marca identifica uma oficina de um ceramista centro-itálico cujo cognomen provavelmente era Gabinianus (Morillo Cerdán, 1999: 294). Bailey refere a possibilidade de se tratar de uma mulher (Bailey, 1980: 96). As marcas desta oficina datam dos finais do período Flávio

As Lucernas

ao período Antonino (id. ibidem). Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-itálico. Cronologia: Finais do período Flávio ao período Antonino. Proveniência: Termas (nº inventário: 1998-1533).

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dos meados do século I à 1ª metade do século II (vid. Denauve, 1974: 165). Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV?). Produção: Centro-itálico. Cronologia: Meados do século I à 1ª metade do século II. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (nº inventário: 2002-2232).

[GA]BINIA Id. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma fina canelura concêntrica. Marca: [GA]BINIA incisa, em letras bem definidas. O mesmo oleiro da marca anterior. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-itálico. Cronologia: Finais do período Flávio ao período Antonino. Proveniência: R. Damião de Gois (nº inventário: 1991-1616).

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LVCIVS MVNATIVS ADIECTVS [L M]⋅ADI Id. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma canelura concêntrica. Marca: [L M]⋅ADI incisa, em letras bem definidas (vid. Denauve, 1974: 90). Trata-se de Lucius Munatius Adiectus um oleiro centro-itálico que partilha o mesmo praenomen e nomen com um amplo grupo de oleiros lucernários (Bailey, 1980: 98; Morillo Cerdán, 1999: 298). O período de actividade desta oficina data dos finais do período Flávio ao reinado de Trajano (Bailey, 1980: 98). Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-itálico. Cronologia: Finais do período Flávio ao reinado de Trajano. Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 1991-1540).

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LVCIVS MVNATIVS RESTITVTVS MVNREST Id. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma canelura concêntrica. Marca: MVNREST incisa, em letras bem definidas. Trata-se de Lucius Munatius Restitutus, um oleiro centro-itálico que à semelhança do oleiro anterior partilha o mesmo praenomen e nomen com um amplo grupo de oleiros lucernários. O período de actividade desta oficina data

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364

MYRO [MY]RO Id. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma canelura concêntrica. Marca: [MY] RO em relevo, in planta pedis. Trata-se de um oleiro centro itálico que trabalhou provavelmente no período de Nero até finais da dinastia Flávia (Bailey, 1980: 98). Segundo D. M. Bailey (id. ibidem), este oleiro foi um dos primeiros produtores da Itália Central a copiar as Firmalampen Norte-Itálicas, muito provavelmente depois de 70 d. C. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-itálico. Cronologia: Nero até finais da dinastia Flávia. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2235). N. NAEVIVS LUCI ( ) ? NNA/NNA Id. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma canelura concêntrica. Marca: NNA/NNA em relevo com linha separadora, in planta pedis. Trata-se de um oleiro centro itálico que trabalhou desde os finais da dinastia Flávia até ao período de Adriano (Bailey, 1980: 99). Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-itálico. Cronologia: Finais da dinastia Flávia aos inícios do período de Antonino. Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 1991-1541). C(AIVS) OPPI(VS) RES(TITVTVS) C⋅OPPI⋅[RES] Id. Infundibulum e fundo plano com marca que assenta numa coroa circular definida por uma canelura concêntrica. Marca: C⋅OPPI⋅[RES] incisa, em le-

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

tras bem definidas. Trata-se de CAIVS OPPIVS RESTITVTVS o mais prolífero fabricante de lucernas do seu período (Bailey, 1980: 99) e que pertence a uma ampla família dedicada a este mesmo ofício (Morillo Cerdán, 1999: 300). A descoberta de uma oficina na Colina do Janículo, em Roma, permite avançar a hipótese da oficina matriz dos OPPI se situar nesta Urbe (id. ibidem). As marcas deste oleiro estão datadas dos finais da dinastia Flávia aos inícios do período de Antonino (Bailey, 1980: 99). Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-itálico. Cronologia: Finais da dinastia Flávia aos inícios do período de Antonino. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 1991-1532).

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por uma canelura concêntrica. Marca: anepígrafa em relevo, provavelmente representando uma roseta. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-itálico. Cronologia: Finais do século I a inícios do século II. Proveniência: Cardoso da Saudade (nº inventário: 2002-2239).

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C⋅OPPI⋅RES Id. Infundibulum e fundo plano com marca que assenta numa coroa circular definida por uma canelura concêntrica. Marca: C⋅OPPI⋅RES incisa, em letras bem definidas. O mesmo ceramista da marca anterior. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-itálico. Cronologia: Finais da dinastia Flávia aos inícios do período de Antonino. Proveniência: Termas (nº inventário: 2002-2238).

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Ti. IVLIVS SVCCESSVS SVCC[ESSE] Id. Infundibulum e fundo plano com marca que assenta numa coroa circular definida por uma canelura concêntrica. Marca: SVCC[ESSE] incisa, em letras bem definidas. Trata-se de Ti. IVLIVS SVCCESSVS um oleiro centro itálico que laborou desde os finais da dinastia Flávia até aos inícios do período Antonino (Bailey, 1980: 101). Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Centro-itálico. Cronologia: Finais da dinastia Flávia até aos inícios do período Antonino. Proveniência: Termas (nº inventário: 2002-2241).

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ANEPÍGRAFA Id. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida 365

ANEPÍGRAFA Id. Corpo circular. Conserva-se parte da orla com uma fina canelura na proximidade do disco e infundibulum com vestígios do arranque inferior de uma voluta. Fundo que assenta numa grossa moldura em forma de pé baixo. Marca: em relevo na qual figura uma folha em forma de trevo. Tipo: Lucerna de volutas? (tipo indeterminado). Produção: Andújar. Cronologia: 2ª metade do século I. Proveniência: Colégio Sagrada Família (nº inventário: 2002-2230). ANEPÍGRAFA Id. Infundibulum e fundo côncavo que assenta numa coroa circular definida por duas finas caneluras concêntricas. Marca: em relevo fragmentada na qual se vê a representação de 3 pequenos círculos rodados que incluem no seu interior outros pequeníssimos círculos. Sobre estes círculos a representação de um outro desta vez sem decoração interior. Sobre estes pequenos círculos um outro desta vez sem pérolas no seu interior. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Terra Sigillata Hispânica (Tricio). Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Termas (nº inventário: 2002-2350). GRAFITO Id. Infundibulum e fundo côncavo que assenta numa coroa circular definida por uma fina canelura concêntrica. Grafito no fundo externo em forma de X. Tipo: tipo indeterminado. Produção: África Proconsular. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Albergue (nº inventário: 1999-1445).

As Lucernas

5.4.1.2 Produções locais

nº 2-3, Est. XXVIII, nº 10-11 ; Alarcão e Ponte, 1976, p. 110, nº 143, p. 111 e 150, Est. XXXI), Peroguarda (Ribeiro, 1960, p. 18, Est. VI, nº 21) e os exemplares em depósito no Museu Nacional de Arqueologia (Almeida, 1953, Est. XXXV, nº 73 e p. 160, Est. XXXVI, nº 93 e p.164). Todavia, a publicação de cinco exemplares (Maia e Maia, 1997, p. 140, nº 13) recolhidos em Santa Bárbara aconselha-nos alguma prudência na atribuição de uma origem bracarense para todos estes exemplares. De facto, ainda que aceitemos como extremamente provável que os exemplares recolhidos no Norte peninsular e quiçá os exemplares de Conimbriga possam provir daquela oficina bracarense, o mesmo não parece justificar-se para os restantes exemplares recolhidos em território lusitano. Devemos antes pensar que neste território outras oficinas teriam fabricado cópias fraudulentas de acordo com as necessidades locais e possibilidades económicas da região. No caso específico da oficina bracarense, estes moldes, como já fizemos alusão, teriam sido possivelmente fabricados por P. Domitius, um dos oleiros da cidade. Esta hipótese, mais do que pressupor o sítio de uma sucursal (Sousa, 1965-66; 1966, p. 598; 1969), está de acordo com a observação de A. Balil (1980, p.15), quando refere que a presença da marca em relevo num destes moldes significa que não se empregaram moldes originais na elaboração das lucernas, mas antes se recorreu à técnica do sobremolde. A segunda marca em destaque está representada pelas diferentes assinaturas de Lucretius. Neste conjunto de lucernas assinalam-se 5 assinaturas diferentes (a maior parte das quais encontradas na cidade), presentes numa variante regional do tipo Loeschcke V, datada de 75/80 a inícios de Adriano, e noutras variantes regionais do tipo Dressel 20 e Loeschcke X, datáveis de entre os finais do século I d. C. e a 1ª metade do século II (Fig. 62). Destacam-se as marcas EX· OF / L·V· / B·A·F, EX OF / LVCRETI / GMBF e L·V· / BM assinadas em lucernas do tipo Loeschcke X, cujas letras associadas ao nome Lucretii nos chamam a atenção pela sua peculiaridade. Atendendo à peculiaridade deste tipo de assinaturas, recorremos a outras situações documentadas no domínio das cerâmicas ro-

As marcas de oleiro com um fabrico específico das produções locais, distribuemse, além de nove fragmentos indeterminados, por três exemplares do tipo Loeschcke V, seis a nove do tipo Dressel 20, dois do tipo Dressel 28 e nove a 14 do tipo Loeschcke X. Num total de 39 marcas de oleiro, distinguem-se, pelo menos sete nomes de oleiros distintos. Destas as abreviaturas LVC (duas marcas) (nº 16-17) e MVNTREP (L. Munatius Threptus) (três marcas) (nº 18-20), correspondem a reproduções locais de lucernas fabricadas por estes conhecidos oleiros oriundos de Itália. As restantes correspondem a nomes de oleiros locais: P. DOMITI (Publius Domitius) (seis marcas) (nº 21-26), E[X?]MIC ? (nº 27), LVCRETI (Lucretius) (15 marcas, com diferentes assinaturas e tipos de lucernas) (nº 2842), OCTAVI (Octavius) (quatro marcas) (nº 43-46) e BASSI (duas marcas) (nº 47-48). De entre estas são verdadeiramente importantes as marcas MVNTREP e LVCRETI recolhidas na cidade. A primeira porque está associada a dois dos moldes de lucerna já referidos (nº 2-3) um dos quais possui a marca retrógrada e em relevo TPERTNVM, corroborando, a opinião de diferentes autores que a cidade, à semelhança de outros locais na península e no império, manufacturaram cópias fraudulentas de lucernas importadas através da técnica do decalque mediante a qual se obtinham novas matrizes de exemplares acabados, a preços com uma redução de custos em cerca de 10 % (vd. Pavolini, 1993, p. 390). As marcas com o nome deste ceramista encontradas no Noroeste peninsular e parte do território da Lusitania deve-se, na perspectiva de Angel Morillo Cerdán (1999, p. 299), a produtos provenientes desta oficina bracarense: tal seria o caso dos exemplares recolhidos no Norte Peninsular, caso de Iuliobriga (1999, p. 299, Fig. 171, nº 44), um possível exemplar de Orense (id. ibidem) e um exemplar provavelmente oriundo de Monte Mozinho (Almeida, 1953, Est. XXXIII, nº 63 e p. 158; Sousa, s/ d., 2-3, Est. 1), agora em depósito no Museu de Penafiel (anteriormente em depósito no Museu de Etnografia do Douro Litoral), e os exemplares recolhidos em território Lusitano, caso de Conimbriga (Belchior, 1969, p. 55, nº 114-115, 84-85, Est. XVI, 366

BRAGA

EX OI / LVCRETI

TIPO DRESSEL 20

TIPO LOESCHCKE X

TIPO INDETERMINADO

EXO / L·V·CR·ETI EX OF / L·V· / BAF EX OI / LVCRETI [...] OF / [...] ETI (2 ex.) EX OF / LV [...] RETI [...] / [...] RETI LVCR[...] [...] / [...] ETI E [...] / L [...] ? [...] / [...] I ? [...] V· / [...] AF (2 ex.)

TIPO DRESSEL 28

TOTAL

EO X / LVCRE [...]

c. 15

L·V· / BM

BRITEIROS

1

VILA DO CONDE

EX O F / LVCRET

1

FONTE DO MILHO

LVCRETI

1

LUGO

EX· OF / L·V· / B·A·F

CACABELOS

EX OF / LVCRETI / GMBF

LVCRETI

2

[...] / LV [...] ?

1

EX OF / LVCRETI

ASTORGA

1

CONÍMBRIGA TOTAL

1 1

1

c. 9

c. 10

2

1

c. 23

Fig. 62 Proveniência e quantidade de lucernas com a assinatura de LVCRETIVS se atribuem ao centro produtor de Bezares), que a cidade de Mérida recebia encomendas oficiais dos artesãos de Tritium (a menos que a cidade não possuísse ela própria uma oficina neste vasto sector artesanal). Para a letra F presente no final das marcas em terra sigillata, esta autora sugere, num artigo conjunto com Robert Étienne (1984, p. 164), que, à semelhança de determinadas estruturas da produção de tijolos romanos, esta sigla possa corresponder a “figlinae”. Igualmente significativa é a informação que nos proporcionam as ânforas. Aqui interessam-nos, em particular, as variadas referências aos proprietários expressas segundo a fórmula tria nomina associados a um nome geográfico, seja ele cidade ou conventus, ou o nome da figlina, associando ou não membros da mesma família. Aduzam-se, como testemunhos das primeiras, as marcas Q. F(uluius) S(abinus) Cuf(iense) Fan(ni) Fort(unati) col(onia) Hadr(umento) e Ex o(fficinis) Iuli Honora(ati) P(rovinciae) M(auretaniae) T(ubusuctu); e, como testemunho das segundas, as marcas Gemellian(a) e II Aur(eli) Heraclae Pat(er) et fil(ius) [ex] f(iglinis) Bar(bensis)1 (vd. BeltránLloris, 1990, p. 27). Ainda que de sobremaneira sugestivos, estes exemplos não nos pareciam totalmente esclarecedores quando comparados com as marcas das lucernas em análise. De facto, ainda que pudéssemos aceitar que as letras B A F, B F ou simplesmente B, correspondessem a Bracara Augusta figlinis, a sua associação

manas que pudessem permitir uma leitura esclarecedora destas marcas. No que respeita às lucernas encontramos raros exemplos de marcas que mencionam, além do nome do(s) fabricante(s), os locais de produção. Estão neste caso duas lucernas de fabrico africano: EX OFFICINA .CV. S. AB AQVAS REGIAS, em lucernas Denauve VIII: Aquas Regias/Haffouz (?) (Carton, 1916, p. 86, apud. Bonifay, 2004, p. 77) e EX ISTATIONE BARARITANA FAVSTINI: Bararus/Rougga (Solomonson, 1968, p. 87, apud. Bonifay, 2004, p. 77). As outras situações observadas noutro tipo de cerâmicas puseram em relevo o papel das cidades nas actividades produtivas, não só como centros de tráfego e redistribuição, mas também com responsabilidades “empresariais” e comerciais associadas. Estes exemplos estão patentes em marcas de terra sigillata com as siglas C. I. A. E. F. documentadas por F. Mayet (1984, p. 197-98) no Museu de Mérida, que, em conjunto com marcas idênticas encontradas numa tégula e num tubo de chumbo aí depositados e numa interessante inscrição localizada em Cabezo de Pilas, sugeriram à autora a possibilidade de se tratar de siglas correspondentes à própria capital lusitana: C(olonia) I(ulia) A(ugusta) E(merita). Segundo a autora, estes três produtos utilizados pelos habitantes de Mérida possuem uma marca idêntica às iniciais da cidade, o que pressupõe, pelo menos no caso das marcas em terra sigillata (cujas análises inequivocamente 367

1

TIPO LOESCHCKE V

Apenas se conhece a publicação da marca.

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

As Lucernas

Tendo em vista a totalidade das marcas estudadas e como resultado da proposta de interpretação apenas ensaiada, pode admitir-se estarmos na presença da primeira referência até à data documentada que especificamente se refere ao estatuto municipal da cidade. As letras V(-) e G (-) deverão corresponder, respectivamente, ao cognomen de duas pessoas da mesma família, dado que só muito raramente o nome Lucretius / -ia aparece isolado. À parte estas questões, o que podemos certamente aceitar é que a identificação da marca EO X / LVCRE[TI] numa versão regional do Tipo Dressel 28 (vd. Morais, 2004, Est. VII, nº 15), pressupõe a continuidade desta oficina ao longo de todo o século II e, talvez, século III, revelando uma verdadeira tradição oleira, quer através de membros unidos por laços de sangue ou, simplesmente, de libertos. Se aceitarmos a verosimilhança desta proposta poder-se-á supor que esta figlina bracaraugustana continha várias oficinae nas quais as lucernas e outros produtos cerâmicos eram feitos a partir do barro aí extraído. Dos vários officinatores directamente ligados à produção de lucernas entretanto documentados na cidade (Publius Domitius, Octavi, Bassi, Mic(cio?), a família dos Lucretii seria, pela quantidade e diversidade de lucernas e respectivas marcas, uma das mais importantes da cidade. Finalmente admitimos que a dificuldade de leitura destas marcas tem a ver com o facto de se tratar duma mensagem destinada a pessoas capazes de a perceber a partir dum texto muito abreviado e para quem a ordem das palavras interessava pouco. Outro aspecto a realçar nesta proposta de leitura está, como sugerimos, relacionada com a actividade empresarial exercida pela própria cidade. À semelhança de outras cidades, também Bracara Augusta poderia ter sido proprietária de uma figlina que, como vimos, deve ser interpretada como zona de barreiros e de produção. A cidade, enquanto município, ter-se-á associado a uma das maiores famílias produtoras de lucernas da cidade, provavelmente com fins lucrativos e de controlo. Nesta perspectiva, podemos supor que o governo municipal de Bracara Augusta poderia ter estabelecido um contrato do tipo locatio-conductio, estando

com outras letras não permitia compreender o verdadeiro papel da cidade neste processo produtivo. Teria a cidade de Bracara Augusta directamente funcionado como uma espécie de empresa comercial que tivesse a seu cargo diferentes oficinas de oleiros? Neste ponto é preciosa a informação proporcionada por determinadas marcas recolhidas em tijolos, dado possuírem uma elaborada e valiosa informação sobre o modo como as indústrias de olaria poderiam estar organizadas. Dos exemplos que tivemos ensejo de observar destacam-se, entre outros, as seguintes marcas (Helen, 1975, p. 9 , 49 e 53; Peacock, 1982, p. 133): C·SATRINI· COMMVN / DE· FIGLINIS / MARCIANIS [CIL, 306 c] C.CAL.FAVORIS / EX.FIGLI MARCIANIS / IMP.CAES NER.TRA.AVG [CIL, 312] EX· PR· M·A·V· OFFIC ANNI ZOS FIG CERM· PONT· ET ACIL [CIL, 245] Segundo um estudo realizado por Tapio Helen sobre estas e outras marcas em tijolos do século I e II, o termo figlinae presente nestas marcas deve ser interpretado como zona de barreiros e de produção (1975, p. 45). Entre outras possibilidades, se levarmos em consideração todos os exemplos referidos e se os aplicarmos às lucernas em estudo podemos sugerir a seguinte leitura: EX· OF / L·V· / B·A·F (recolhida em Braga e Lugo) ex of(ficina) / Lu(cretii) / (ex) B(racarae) A(ugustae) f(iglinis vel iglina) EX OF / LVCRETI / GMBF (recolhida em Cacabelos) ex of(ficina) / Lucretii / G() (ex) M(unicipii) B(racarum vel racaraugustanorum) f(iglinis vel iglina) L⋅ V⋅ / BM (recolhida na Citânia de Briteiros) (ex officina) L(ucretii) V(-) / (ex) B(racarum vel racaraugustanorum) M(unicipio) 368

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

a cidade na posição de locator e a família dos Lucretii na posição de conductor. Este tipo de contrato era aplicado em diferentes circunstâncias e, desta forma, muito heterogéneo. No nosso caso, as mútuas obrigações impostas poderiam ser as seguintes: o governo municipal da cidade, enquanto locator, alugava a(s) oficina(s) com os armazéns, o forno, o torno de oleiro e outros equipamentos essenciais, ao officinator que, na condição de conductor, deveria encontrar o seu próprio pessoal, especificamente oleiros, assistentes e forneiros. Neste caso, é ainda provável que a cidade na condição de proprietária fosse responsável pelo abastecimento de certas argilas específicas, combustível para alimentar o forno, àgua a partir de cisternas, etc. A referência à municipalidade da cidade, leva-nos igualmente a crer que, à semelhança de outros casos conhecidos no mundo romano (vd. Poblome; Brulet, 2005, p. 32), a cidade teria retirado ao officinator a responsabilidade e o trabalho de comercializar os seus produtos, atribuíndo-a aos institores ou negotiatores. A importância das produções lucernárias que saíam da(s) oficina(s) da família dos Lucretii está, como vimos, bem patente na difusão destes produtos à escala regional e da relação privilegiada que a mesma manteve com a cidade, propositadamente assinalada nas marcas oficinais. Os Lucretii, à semelhança de outros casos conhecidos no Império romano, foram possivelmente um dos casos bem sucedidos na afirmação do prestígio social e seu aproveitamento político a partir das riquezas derivadas do negócio das produções cerâmicas. Como exemplo de sucesso no império romano, refira-se o caso de alguns personagens relacionados com o comércio das ânforas oleárias béticas (Remesal Rodríguez, 1986; 2004, p. 125-36), de personagens relacionadas com a produção de tijolos em Roma e Óstia (Setälä, 1977; Steinby; Helen, 1978; apud. Espinosa, 1988, p. 263-72), e o caso bem conhecido da família dos Mamilii, dedicados à produção de sigillata em Tritium Magallum (Tricio, La Rioja) (Espinosa, 1988, p. 263-72). Todos estes casos são bem demonstrativos que numa sociedade de tipo censitário como a romana o enriquecimento estava na base da promoção social, sendo o comércio a melhor maneira de a conseguir.

No caso da família dois Lucretii não sabemos exactamente qual a sua posição social. Mas ainda que se tratassem de libertos e, como tal, não pudessem usufruir de uma integração plena no sistema, o mesmo não aconteceria aos seus filhos. Na verdade, se atentarmos na análise da epigrafia da cidade verificamos a presença de duas personagens muito provavelmente pertencentes à família dos Lucretii. Trata-se de Lucretius Saturninus (CIL II 2444), um cidadão inscrito na tribo Quirina, e Lucretia Fida (CIL II 2416), uma sacerdotisa do culto imperial que dedicou uma inscrição à deusa Ísis. Chamanos a atenção esta segunda inscrição. Lucretia, como sacerd(os) Rom(ae) et Aug(ustorum vel ustarum?), ocupava um papel único na organização do culto imperial. Na verdade, trata-se, até à data, da única sacerdotisa documentada no Noroeste peninsular (Étienne, 1974, p. 184; 194), gozando certamente de grande prestígio entre os cidadãos da cidade e na administração da religião provincial. Para ganhar a eleição para o cargo teria sido necessário possuir óptimas relações e suficiente potência económica, ou, no limite, ser casada com um sacerdos do conventus Bracaraugustanus e daí ter recebido aquele título. Sem querer forçar esta interpretação, recordemos as listagens ou róis de vasos recolhidos em La Graufesenque, grafadas em pratos ou fragmentos para controlo dos enfornamentos (Jacob; Leredde, 1986, p. 23; Marichal, 1988, p. 103-110), onde se mencionam flamines ou cas(s)idan(n)os, como sacerdotes que providenciavam patrocínio e protecção, sugerindo a existência de um collegium tenuiorum entre os vários officinatores. À parte estas questões, o que podemos certamente valorizar é a influência e prestígio da gens a que pertencia, provavelmente fruto de um património familiar resultante do negócio das cerâmicas. A continuidade da(s) oficina(s) da família dos Lucretii ao longo de todo o século II e, talvez, do século III, documentada através da lucerna do tipo Dressel 28, é bem testemunho da actividades artesano-mercantis dos Lucretii bracarenses, uma aristocracia endinheirada que, como vimos, colocavam os seus produtos a nível regional e que certamente lhes permitiu acumular um património para a família durante gerações.

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As Lucernas

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inferior quase na vertical, hastes do V ligeiramente encurvadas e C com vértice anguloso. Muito provavelmente saída do mesmo molde da lucerna anterior. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 1991-0502).

LVC LVC Lucerna de volutas. Corpo piriforme e perfil troncocónico. Orla larga, descaída para o exterior, não decorada. A orla é separada do disco por uma moldura, entre duas caneluras. Disco levemente cavado, ornamentado com duas palmas de cada lado do orifício de alimentação que ocupa o restante espaço cortando parte das palmas. O rostrum é mal definido e encimado por duas volutas simples, muito finas com as extremidades não engrossadas. De cada uma das volutas parte um segmento que se prolonga na parte posterior do rostrum. Asa perfurada. Fundo plano rodeado por dois círculos concêntricos incisos. Marca: LVC em relevo, incluída num caixilho cavado e rectangular colocado à esquerda. As letras são irregulares: L com travessão inferior quase na vertical, hastes do V ligeiramente encurvadas e C com vértice anguloso. Trata-se de uma cópia local de uma lucerna itálica, cuja oficina original se situa na Campânia. Os exemplares originais recolhidos em Pompeia datam do reinado de Cláudio à dinastia Flávia (vid. Bailey, 1980: 103). Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Necrópole da Via XVII (nº inventário: 1991-1538).

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LVC Id. Corpo piriforme e perfil troncocónico. Orla larga, descaída para o exterior, não decorada. A orla é separada do disco por uma moldura, entre duas caneluras. Disco praticamente ausente por fractura. O rostrum é mal definido e encimado por duas volutas simples, muito finas com as extremidades não engrossadas. De cada uma das volutas parte um segmento que se prolonga na parte posterior do rostrum. Asa perfurada. Fundo plano rodeado por dois círculos concêntricos inciso. Marca: LVC em relevo, incluída num caixilho cavado e rectangular colocado à esquerda. As letras são irregulares: L com travessão

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L. MVNATIVS THREPTVS MVNTREP Fragmento de lucerna de disco. Corpo circular e perfil troncocónico. Orla larga e lisa, inclinada para o exterior. A transição para o disco faz-se por duas molduras que definem duas caneluras concêntricas. Disco côncavo ornamentado com uma Vitória alada, à direita, segurando com a mão direita um escudo no qual parece figurar uma inscrição. Asa perfurada, fragmentada e fundo plano. Marca: MVNTREP incisa, com letras bem definidas. À semelhança das duas lucernas acima referidas trata-se de um cópia fraudulenta de um lucerna importada, através da técnica do decalque. É provável que este fragmento provenha de um dos moldes encontrados na cidade que supomos da responsabilidade de P. DOMITIVS, um dos produtores de lucernas documentado na cidade. Os produtos originais de L. MVNATIVS THREPTVS, oleiro vinculado ao amplo círculo dos Munatti (Bailey, 1980: 98; Morillo Cerdán, 1999: 299), atingiram o auge de produtividade nos finais da dinastia Flávia até o início da dinastia Antonina (id, ibidem; id, ibidem). Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV?)?. Produção: desconhece-se o paradeiro da peça. Cronologia: Finais do período Flávio a inícios do período Antonino. Proveniência: desconhecida (nº inventário: s/ inventário). MVNTRE[P] Id. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Marca: MVNTRE[P] incisa, com letras bem definidas. As mesmas considerações re-

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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lativas à lucerna anterior. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke IV?)?. Produção: Local. Cronologia: Finais do período Flávio a inícios do período Antonino. Proveniência: Cardoso da Saudade (nº inventário: 2002-2234).

Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2002-2243).

L. MVNATIVS THREPTVS DRA [ - ] MVNTREP/ DRA [ - ] Id. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma fina canelura concêntrica. Marca: MVNTREP/ DRA [ - ], com letras incidas a pouca profundidade e de pequenas dimensões. Não podemos afirmar, à semelhança das 2 marcas anteriores, que se trata de uma cópia fraudulenta efectuada através da técnica do decalque. Destaca-se, todavia, a presença de um outro nome associado a este conhecido oleiro itálico. Tipo: lucernas de volutas? (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Finais do período Flávio a inícios do período Antonino?. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2002-1284).

P⋅D[OMITI] Id. Infundibulum e fundo plano com marca que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Marca: P⋅D[OMITI] em relevo com letras bem definidas (ver marcas anteriores). Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1534).

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PVBLIVS DOMITIVS P⋅DOMITI Fragmento de lucerna de volutas. Rostrum com vestígios da parte inferior das volutas e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Marca: P⋅DOMITI em relevo com letras bem definidas. Trata-se de um dos primeiros produtores de lucernas da cidade, provavelmente responsável pelo fabrico de dois moldes recolhidos na cidade em cuja parte inferior estão gravadas as letras DO / MI [...]. Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 1999-0191).

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P⋅DOMITI Id. Infundibulum e fundo plano com marca que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Marca: P⋅DOMITI em relevo com letras bem definidas (ver marca anterior).

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P⋅DO[MITI] Id. Infundibulum e fundo plano com marca que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Marca: P⋅ DO[MITI] em relevo com letras bem definidas (ver marcas anteriores). Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Salvamento da R. dos Bombeiros Voluntários (nº inventário: 1991-1535). P⋅DO[MITI] Id. Infundibulum e fundo plano com marca que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Marca: P⋅DO[MITI] em relevo com letras bem definidas (ver marcas anteriores). Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Albergue (nº inventário: 2003-1121). [P⋅DOM]IT[I] Id. Infundibulum e fundo plano com marca que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica.

As Lucernas

Marca: [P⋅DOM]IT[I] em relevo com letras bem definidas (ver marcas anteriores). Tipo: Lucerna de volutas (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2246).

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cia: Necrópole da Via XVII (nº inventário: 1991-1652).

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E[X?]MIC ? Lucerna de disco. Corpo circular. Rostrum redondo com a parte superior em forma de coração, encimada por dois pequenos círculos impressos. A orla arredondada é ornamentada por cachos de uvas demasiado grandes em relação à largura da orla, pelo que chegam a invadir a estreita bordadura que a separa do disco. Esta bordadura é definida por duas ranhuras concêntricas que incluem pequenos círculos incisos. O disco largo e côncavo é ornamentado com uma cena erótica. O orifício de alimentação, colocado lateralmente, corta parte do objecto colocado à direita da figura feminina, o qual é difícil de identificar, tendo sido já interpretado como instrumento musical (Paris, 1926: 179) ou tear (Sousa, 1966: 172). A asa perfurada, implantada na orla, parece ter possuído duas ranhuras longitudinais. Na parede do reservatório, normalmente ocupada pela parte inferior das asas deste tipo de lucernas, foi aplicada uma palmeta invertida e muito bem conservada. Também a face inferior do bico parece possuir uma palmeta idêntica, que se apresenta, todavia, muito desgastada. O fundo alteado é limitado por uma coroa circular definida por duas ranhuras que inclui dois pequenos círculos concêntricos incisos. Marca: E[X?]MIC ? com letras em relevo e irregulares, típicas dos séculos II e III. Letra X do formulário, em nexo com a letra M, faltando-lhe a haste superior esquerda; M muito aberto; I reduzido a uma simples e pequena haste encurvada à esquerda; Letra C muito aberta e de maior dimensão que as restantes. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniên-

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LVCRECIVS EX OI / LVCRETI Lucerna de volutas. Corpo piriforme e perfil trococónico. Orla larga, descaída para o exterior, não decorada. A orla é separada do disco por duas molduras entre três caneluras. Disco levemente cavado, com orifício de alimentação lateral, ornamentado com uma Vitória alada, à esquerda, sobre um globo e segurando na mão direita um escudo. O rostrum está fragmentado e encimado por duas volutas simples. Asa fina e perfurada. Fundo ligeiramente alteado definido por uma moldura e uma canelura concêntrica. Marca: EX OI / LVCRETI em relevo com caracteres do tipo actuário, com forte influência da escrita cursiva. A irregularidade é geral: a inclinação, o tamanho e os espaços que separam as letras. Saliente-se a ausência de travessões na letra F do formulário, a letra L com travessão estreito e a letra T de maiores dimensões que as restantes. Tipo: Lucerna de volutas (Loeschcke V). Produção: Local. Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano). Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 2002-2186). EX O / L⋅V⋅CR⋅ETI Lucerna de disco. Corpo circular. Orla lisa muito larga, descaída para o exterior. Bico curto e arredondado com a parte superior plana, separado do disco por um segmento de recta constituído por uma moldura, limitado por uma pequena protuberância circular em cada uma das extremidades. O disco côncavo é circundado por uma fina moldura e decorado com os bustos de Castor e Polux, entre os quais se situa o orifício de alimentação. Asa perfurada e fundo alteado. Marca: EX O / L⋅V⋅CR⋅ETI, em relevo com caracteres do tipo actuário, com forte influência da escrita cursiva. A irregularidade é geral: a inclinação, o tamanho e os espaços que separam as letras. Saliente-se a ausência da letra F do formulário,

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

ra concêntrica. Marca: [LVCRET]I ?, fragmentada à esquerda. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20)?. Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 2003-1370).

a grandeza excessiva da letra L e a existência de três pontos de separação no nome do oleiro. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Necrópole da Via XVII (núcleo de Carlos Amarante) (nº inventário: 1991-0607). 33 30

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EX OI / LVCRETI Fragmento de lucerna de disco. Corpo circular e secção troncocónica. Orla lisa, muito larga, inclinada para o exterior. Asa elevada e perfurada e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Marca: EX OI / LVCRETI em relevo demarcada por duas linhas auxiliares em forma de grossa moldura. Os caracteres são do tipo actuário, com forte influência da escrita cursiva. Apesar destas linhas auxiliares a irregularidade é geral: a inclinação, o tamanho e os espaços que separam as letras. Saliente-se a ausência de travessões na letra F do formulário e representação da letra V em forma de Y grego. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1529).

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EX OI / LVCRETI Id. Fundo com início de arranque do rostrum. Fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Marca: EX OI / LVCRETI em relevo com caracteres do tipo actuário, com forte influência da escrita cursiva. A irregularidade é geral: a inclinação, o tamanho e os espaços que separam as letras. Saliente-se a irregularidade da letra E e a ausência de travessões na letra F do formulário. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1527).

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[LVCRET]I ? Id. Fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma moldu373

[LVCR]ETI Id. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Marca: [LVCR]ETI fragmentada à esquerda, inserida numa cartela rectangular e em relevo. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20)? Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 1996-0900). [LVC]RETI Id. Infundibulum e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Marca: [LVC]RETI ilegível à esquerda e com incisões muito ténues, sendo apenas visível com o auxílio da lupa de mão e sob determinados ângulos. Tratar-se-ia muito provavelmente de um molde excessivamente gasto. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20)? Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 2002-2247). [EX] OF / [LVCR]ETI Lucerna de canal. A orla, larga e muito inclinada para o exterior, está decorada com pequenas pérolas em relevo dispostas ao longo de uma alta e grossa moldura que separa a orla do disco. Disco côncavo preenchido com a decoração de um cavalo em queda. Dado apenas se ter conservado a parte traseira deste animal não sabemos se este estava representado sozinho ou incluído num grupo específico com a representação de Amazonas (vid. Bailey, 1980: 39-40; 79; Q 779, Q1068; 137-138). Fundo alteado rodeado por três molduras concêntricas. Marca: [EX] OF / [LVCR]ETI fragmentada à esquerda e em relevo com caracteres do tipo actuário. Da parte conservada saliente-se a letra O quase circular e

As Lucernas

os travessões da letra F ligeiramente subidos. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1533).

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LVCR [ETI] Id. Infundibulum e fundo alteado rodeado por três molduras concêntricas muito bem definidas. Marca: LVCR [ETI] em relevo com caracteres do tipo actuário e com alguma irregularidade no que respeita à inclinação das letras. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Sé (nº inventário: 2002-2303).

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EX OF / LV [C]RETI Id. Corpo piriforme e perfil troncocónico. Infundibulum com início de rostrum que forma com este um ângulo obtuso. Fundo alteado rodeado por três molduras concêntricas muito bem definidas. Marca: EX OF / LV [C]RETI em relevo com caracteres do tipo actuário, com forte influência da escrita cursiva. A irregularidade é geral: a inclinação, o tamanho e os espaços que separam as letras. Ausência por fractura da letra C e parte da letra R. Da parte conservada saliente-se a letra O quase circular e o travessão superior da letra F ligeiramente subido. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Maximinos (nº inventário: 1991-1530).

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E[X OF / LVCRETI] ? Id. Fundo alteado rodeado por duas molduras concêntricas que incluem uma marca. Marca: E[X OF / LVCRETI] ? em relevo, fracturada na sua quase totalidade. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X)?. Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade (nº inventário: 2002-2236).

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[EX OF / L⋅]V ⋅ / [B]AF Id. Infundibulum e fundo alteado rodeado por duas molduras concêntricas. Marca: [EX OF / L⋅]V ⋅ / [B]AF em relevo. Dado o excessivo estado de fragmentação apenas é perceptível a pontuação a seguir à letra V (praticamente ausente por fractura) e a letra F final. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X)?. Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1566). [EX OF / L⋅V ⋅ / BA]F Id. Infundibulum e fundo alteado rodeado por duas molduras concêntricas. Marca: [EX OF / L⋅V ⋅ / BA]F em relevo. Dado o excessivo estado de fragmentação apenas é perceptível a última letra da marca com forte influência da letra cursiva. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X)?. Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2003-1211). EX OF / L⋅V ⋅ / BAF Lucerna de canal. Corpo piriforme e perfil troncocónico. O infundibulum acompanha a forma circular do disco, formando com o bico tubular um ângulo obtuso. A extremidade do rostrum está unida ao disco por um canal de lados paralelos formados por uma moldura contínua que rodeia o disco e o orifício de iluminação. A orla larga é ornamentada por duas molduras transversais. Asa perfurada e fundo plano, ligeiramente alteado, rodeado por uma moldura concêntrica. Marca: EX OF / L⋅V ⋅ / BAF em relevo com caracteres do tipo actuário, com forte influência da escrita cursiva. A irregularidade é geral: a inclinação, o tamanho e os espaços que separam as letras. Salientese, entre outros aspectos, a letra F do formulário com os travessões ligeiramente subidos; letra V muito aberta e esvasada e a existência de pontuação entre as letras L e V. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X)? Produção: Local. Cronologia: Fi-

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

em relevo com letras reduzidas e regulares do tipo actuário. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Necrópole da Via XVII (nº inventário: 1991-1537).

nais do século I / meados do século II. Proveniência: Termas (nº inventário: 1991-1640).

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EO X / LVCRE[TI] Lucerna de disco. Corpo circular. Orla arredondada e larga, ligeiramente inclinada para o exterior, ornamentada com peltas. A transição para o disco, côncavo, faz-se por duas grossas molduras que definem duas caneluras concêntricas. O disco é liso com um grande orifício de alimentação central. Rostrum curto, fracturado, com parte do orifício de iluminação, com a parte superior em forma de coração encimada por um dos dois meios círculos impressos. Asa elevada e perfurada, fracturada. Sinais evidentes de utilização na zona do rostrum. Marca: EO X / LVCRE[TI] em relevo muito pouco acentuado com caracteres do tipo actuário, com forte influência da escrita cursiva. A irregularidade é geral: a inclinação, o tamanho e os espaços que separam as letras. Saliente-se a posição incorrecta da letra O do formulário, situada a seguir à letra E e antes da letra X. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Termas (nº inventário: 1991-1539).

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OCTAVIVS OCTAVI Lucerna de canal. Corpo circular e perfil troncocónico. O infundibulum acompanha a forma circular do disco, formando com o bico tubular um ângulo obtuso. A extremidade do rostrum está unida ao disco por um canal de lados paralelos formado por uma moldura contínua que rodeia o disco e o orifício da mecha. A orla larga é ornamentada por duas protuberâncias de forma piramidal. Asa perfurada em substituição duma terceira protuberância existente nas variantes anteriores. Fundo alteado rodeado por duas molduras concêntricas. Manchas escuras de fogo na orla, moldura do rostrum e infundibulum. Todavia, o orifício da mecha não mostra sinais de utilização. Marca: OCTAVI

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O[CTAVI] Id. Corpo piriforme e perfil troncocónico. Orla larga, inclinada para o exterior, ornamentada por uma protuberância de forma aproximadamente piramidal, separada do disco por uma grossa moldura. Disco rebaixado e liso, com parte do orifício de alimentação central. Asa perfurada. Marca: O[CTAVI] em relevo, fracturada à direita. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Fujacal (nº inventário:20000652). OCTAVI Id. Infundibulum e fundo plano rodeado por três molduras concêntricas que incluem uma marca. Marca: OCTAVI em relevo com letras reduzidas e regulares do tipo actuário. Letra T praticamente ausente por fractura. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: sem número). EX O[F] / OC[TAVI] Id. Fundo rodeado por três pequenas molduras concêntricas que incluem uma marca. Marca: EX O[F] / OC[TAVI]. As letras do formulário são incisas; o nome do oleiro, à semelhança das restantes, estão em relevo. Este facto leva-nos a crer que as letras do formulário foram aplicadas depois de retirar a lucerna do molde e antes de a colocar no forno. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Braga sem contexto (nº inventário: 1991-1543).

As Lucernas

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Infundibulum e fundo plano, com marca, que assenta numa moldura concêntrica. Marca: indeterminada dado que apenas se vê o início de uma letra. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1633).

BASSVS BASSI Lucerna de disco. Corpo circular. Orla lisa, muito descaída para o exterior. Rostrum curto e arredondado, com a parte superior plana, separado do disco por um quase imperceptível segmento de recta inciso. A transição para o disco fazse por duas molduras que definem uma canelura concêntrica. O disco côncavo está ornamentado pelo busto de Hélios (Mitra), com um diadema de cinco raios. O orifício de alimentação não está colocado lateralmente, como é habitual nas lucernas que apresentam esta decoração, mas sobre a parte inferior do busto que, deste modo, foi destruída. Asa perfurada e fundo plano, ligeiramente alteado, delimitado exteriormente por uma moldura concêntrica. Marca: PASSI em relevo com letras muito desgastadas e de difícil leitura. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Necrópole da Avenida Central (nº inventário: 1994-0969).

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BASSI Id. Corpo circular e perfil troncocónico. Orla lisa, larga e descaída para o exterior. Rostrum curto e arredondado com a parte superior plana, separada do disco por um curto segmento de recta inciso. O disco, ligeiramente côncavo, é circundado superiormente por uma fina canelura e era, muito provavelmente, decorado com um busto de Helios (Mitra), com diadema radiado. Desta decoração apenas se conservam a parte inferior do busto e as extremidades dos cinco raios. Fundo plano circundado por uma fina canelura. Marca: BASSI, cujas letras S estão invertidas e a parte inferior da letra B está imperceptível. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Necrópole de Maximinos (núcleo da R. do Caires) (nº inventário: 1991-0989).

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INDETERMINADA [...] Id. Orla lisa, inclinada para o exterior. 376

INDETERMINADA [...] / [...] VC Id. Infundibulum com vestígios de arranque inferior de uma voluta e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. Marca: [...] / [...] SVC incisa. Tipo: Lucerna de volutas? (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2244). INDETERMINADA C⋅O[...] Id. Infundibulum e fundo plano com marca que assenta numa coroa circular definida por uma moldura concêntrica. C⋅O[...]. Tratar-se-á de uma cópia de uma lucerna assinada por C⋅OPPI⋅RES ? Tipo: Lucerna de volutas? (tipo indeterminado). Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Cardoso da Saudade (nº inventário: 2002-2248). INDETERMINADA [?] Id. Infundibulum com vestígios de arranque inferior de uma voluta e fundo plano que assenta numa coroa circular definida por uma grossa moldura concêntrica. Marca: [ ? ] letras cursivas em relevo. Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X?). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1536). INDETERMINADA [ ? ]NDI Id. Corpo circular e perfil troncocónico. Orla lisa, ligeiramente inclinada para o exterior, separada do disco por uma grossa moldura que se une à extremi-

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

disco, de entre os quais figura a representação central de um altar (nº 60).

dade do disco através de um canal de lados paralelos. O fundo plano assenta numa pequena moldura concêntrica. Marca: [ ? ]NDI em letras cursivas em relevo. Tratar-se-á de uma cópia de uma lucerna assinada por NVNDINI ? Tipo: Lucerna de canal ou Firmalampen (Loeschcke X). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / meados do século II. Proveniência: Cardoso da Saudade (nº inventário: 2002-2233).

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INDETERMINADA [?] Pequena lucerna de disco. Corpo circular e perfil troncocónico. Orla larga e descaída para o exterior. Rostrum fragmentado com a parte superior plana, separada do disco por um curto segmento de recta inciso. O disco, ligeiramente côncavo, com orifício de alimentação lateral, é decorado com um busto de Hélios (Mitra), com um diadema de cinco raios. Asa perfurada e fundo plano, circundado por uma fina canelura. Marca: ilegível dado o estado de fractura. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 1992-0985).

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5.4.2 Letras e inscrições em lucernas locais Até à data foram recolhidas na cidade cinco lucernas de manufactura local (três das quais incluidas na série de canal aberto, atípicas) com letras aplicadas em relevo na zona da orla. As lucernas intactas estão representadas por dois exemplares de pequenas dimensões onde figura a letra L na parte esquerda da orla junto ao bico (nº 55-56) e um outro, de maiores dimensões, onde se lêem as letras NA, igualmente presentes na parte esquerda da orla (nº 57); nos fragmentos indeterminados vê-se parte de uma inscrição fragmentada (nº 58) e o início do que parece corresponder ao começo de um formulário com as letras EX, de EX OF ... (nº 59). Foi ainda recolhido na cidade um fragmento de produção local do tipo Dressel 20 que possui uma inscrição escrita à mão livre na área do disco. Nesta inscrição lê-se FAD ..., provavelmente uma dedicatória, como parece corroborarem os elementos decorativos do

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L Pequena lucerna de canal aberto, atípica. Corpo piriforme. Orla larga e horizontal, ornamentada com uma letra na parte esquerda junto ao rostrum. Área de alimentação totalmente ocupada pelo respectivo orifício central. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum. Asa não perfurada, vertical. Fundo plano. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1552). L Id. Corpo piriforme. Orla larga e horizontal, ornamentada com uma letra na parte esquerda junto ao rostrum. Área de alimentação totalmente ocupada pelo respectivo orifício central. Uma moldura contínua rodeia a área de alimentação e o rostrum. Asa não perfurada, vertical. Fundo plano que assenta numa moldura concêntrica. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1551). NA Lucerna de canal aberto, atípica. Orla larga e horizontal, ornamentada em cada um dos lados junto à asa e do rostrum com duas representações de cachos de uva de feitura extremamente fruste. Na margem esquerda estas representações estão mediadas por duas letras aplicadas em relevo e bem definidas. Área de alimentação totalmente ocupada pelo respectivo orifício central. Uma grossa moldura contínua de feitura extremamente fruste rodeia a área de alimentação e o rostrum. Asa perfurada, vertical, com evidentes imperfeições de fabrico. Fundo plano que assenta numa moldura concêntrica assinalada por duas caneluras. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do

As Lucernas

rais, correspondentes a uma provável roseta (nº 12) e uma folha lanciolada em forma de trevo (nº 13). O fragmento em terra sigillata hispânica (nº 14) possui círculos dentados que incluem outros pequenos círculos (vd. Mayet, 1983, Est. CLIII, nº 873). Com excepção de uma lucerna de canal aberto, atípica (nº 61), e de uma lucerna do tipo Dressel 28 (nº 62), os símbolos anepígrafos atribuíveis a produções locais figuram em fragmentos de tipologia indeterminável. Na sua totalidade estes símbolos figuram no fundo externo, e maioritariamente representam coroas circulares com uma ou duas fiadas de pérolas, elementos em forma de cruz, representação de uma cruz gamada e diversos elementos decorativos mais elaborados (nº 63-72).

século IV. Proveniência: Necrópole da Via XVII (nº inventário: 1991-1646).

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[...] Fragmento de lucerna de tipo indeterminado. Orla ornamentada com letras em forma de inscrição e disco côncavo com uma decoração radiada. Tipo: Lucerna de tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2240). EX [...] Id. Asa vertical, perfurada, e orla ornamentada com letras em forma de inscrição. Tipo: Lucerna de tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Fujacal (nº inventário: 2003-1213). FAD... Fragmento de lucerna de disco. Corpo circular, troncocónico,. Orla larga e lisa, inclinada para o exterior. A transição para o disco côncavo faz-se por uma canelura concêntrica. Disco, com orifício de alimentação lateral, ornamentado com uma cena de sacrifício representada por um altar redondo moldurado nas extremidades, ladeado por dois grandes arbustos. Do lado direito do disco uma inscrição em relevo. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 20). Produção: Local. Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II. Proveniência: Fonte do Ídolo (nº inventário: 2003-0201).

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5.4.3 Símbolos anepígrafos O conjunto de 15 símbolos anepígrafos até ao momento recolhidos na cidade possuem uma grande variabilidade de signos e símbolos, cujo significado preciso de momento ignoramos. Três deles figuram em lucernas importadas e os restantes 12 em lucernas de fabrico local. Dois dos três fragmentos importados possuem um fabrico característico das oficinas centro-itálicas e o outro um fabrico e decoração integráveis nas lucernas do tipo Loeschcke X produzidas em terra sigillata hispânica da região de Tricio. Os fragmentos provenientes das oficinas centro-itálicas apresentam motivos flo-

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ANEPÍGRAFA Lucerna de canal aberto, atípica. Corpo piriforme sendo assinalável, mas não muito acentuado, o ângulo obtuso que o reservatório forma com o rostrum. A orla larga e assimétrica conserva uma decoração muito gasta, aparentemente constituída por um festão de rosetas e cachos de uvas. O disco liso, com orifício de alimentação central é separado da orla por duas molduras, formando uma bordadura que inclui pequenos traços oblíquos em relevo. O rostrum é unido ao disco por um canal de lados rectilíneos formado por uma moldura que parte da bordadura e vem rodear o orifício de iluminação do rostrum. Asa não perfurada. Uma palmeta muito mal definida aplicada na parede do infundibulum sob a asa. O fundo alteado, com marca anepígrafa, assenta numa coroa circular definida por duas molduras concêntricas que incluem uma fiada de pérolas. Tipo: Lucerna de canal aberto, atípica. Produção: Local. Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do século IV. Proveniência: Necrópole da Avenida da Liberdade (nº inventário: 1991-1651). ANEPÍGRAFA Fragmento de lucerna de disco. Corpo circular e secção troncocónica. Orla larga, horizontal, ornamentada com folhas

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

nada. Proveniência: Colina da Cividade (nº inventário: 1991-1606).

de videira em relevo. A transição para o disco, côncavo, faz-se por uma moldura. O disco, fracturado, é decorado com uma roseta estilizada de pétalas recurvadas. O rostrum, fracturado, possui cerca de metade do orifício de iluminação. Asa perfurada, fracturada. Fundo ligeiramente côncavo rodeado por uma canelura concêntrica que inclui uma marca anepígrafa. Sinais evidentes de utilização. Tipo: Lucerna de disco (Dressel 28). Produção: Local. Cronologia: 2ª metade do século II / século III. Proveniência: Casa da Bica (nº inventário: 1991-1528).

63

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ANEPÍGRAFA Fragmento de lucerna indeterminada. Fundo com motivos moldurados e limitados por duas coroas paralelas circulares que incluem, respectivamente, fiadas pequenos traços oblíquos e pequenas pérolas. Tipo: Tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (nº inventário: 2002-2254).

69

ANEPÍGRAFA Id. Corpo piriforme. Infundibulum com arranque inferior da asa e fundo, côncavo, com motivos moldurados limitados por duas coroas de pérolas, paralelas e circulares. Tipo: Tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Misericórdia (nº inventário: 2002-2345).

70

ANEPÍGRAFA Id. Corpo piriforme. Infundibulum, rostrum, e fundo, ligeiramente côncavo, com motivo moldurado limitado por uma coroa de pérolas, paralelas e circulares. Tipo: Tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Misericórdia (nº inventário: 2002-2346).

71

ANEPÍGRAFA Id. Corpo piriforme. Infundibulum, rostrum, e fundo, ligeiramente côncavo, com motivo moldurado limitado por uma coroa de pequenos traços oblíquos. Tipo: Tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indetermi-

72

379

ANEPÍGRAFA Id. Infundibulum e fundo plano delimitado por uma moldura circular que inclui no seu interior uma marca anepígrafa. Tipo: Tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Albergue (nº inventário: 2002-2237). ANEPÍGRAFA Id. Infundibulum e fundo plano com marca anepígrafa. Tipo: Tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Cerca do Seminário de Santiago (nº inventário: 2003-1212). ANEPÍGRAFA Id. Orla, infundibulum e fundo côncavo delimitado por duas molduras circulares com uma marca anepígrafa incluída num pequeno círculo. Sinais de utilização na parede interna do infundibulum. Tipo: Tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Cavalariças (nº inventário: 2002-2231). ANEPÍGRAFA Id. Fundo plano delimitado por uma baixa moldura circular com marca anepígrafa. Tipo: Tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Carvalheiras (nº inventário: 2002-2245). ANEPÍGRAFA Id. Infundibulum com grafito inciso na argila ainda fresca e fundo, côncavo, com marca anepígrafa delimitado por um pequeno pé. Tipo: Tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Casa da Bica (nº inventário: 2002-2242). ANEPÍGRAFA Id. Corpo piriforme. Infundibulum com arranque inferior da asa e fundo plano com marca anepígrafa incluído numa moldura de formato oval. Tipo: Tipo indeterminado. Produção: Local. Cronologia: indeterminada. Proveniência: Praia das Sapatas (nº inventário: 1991-1576).

Apreciações Finais

6. APRECIAÇÕES FINAIS 6.1

de anos em que decorre a importação, apenas serve pelo seu valor aproximado, dado que esta apreciação deveria levar em consideração os anos de maior abrandamento de determinadas importações ou, pelo contrário, grandes fluxos de importação.

ANÁLISE COMPARATIVA DOS RITMOS E PADRÕES DE CONSUMO DA CIDADE

Na análise comparativa dos ritmos e dos padrões de consumo dos produtos importados durante o período alto-imperial destacam-se as ânforas, dado que estas transportavam bens de consumo de primeira necessidade, fundamentais para colmatar as necessidades da dieta alimentar da sua população. Como se pode apreciar na Fig. 63, estas representam cerca de 18, 57 % do total das importações naquele período.

A análise dos ritmos e dos padrões de consumo destes produtos na cidade deve, no entanto, levar em consideração a comparação com outras amostras igualmente representativas de materiais recolhidos noutros sítios da Península. No caso das ânforas interessam-nos especificamente os dados fornecidos por J. Naveiro López para a zona da Gallecia (1991a, p. 63-73) e por C. Carreras Monfort para o território asture (1996, p. 205-210). Em ambos os casos, e à primeira vista, os sítios estudados revelam um perfil de consumo idêntico ao de Braga, como vimos, directamente implicado num circuito comercial atlântico. Todavia, como realça C. Carreras Monfort (1996, p. 205-207), observam-se algumas diferenças no tipo de abastecimento entre os diferentes sítios caso se trate de sítios costeiros (por exemplo, Campa Torres e os centros costeiros do Noroeste), ou centros do interior, com dinâmicas de abastecimento particulares (por exemplo, Legio e Asturica Augusta). Independentemente destas diferenças, se compararmos a quantidade e os tipos de ânforas presentes nestes sítios astures (Figs. 66 A e B) com os dados obtidos em Braga (Fig. 67), verificamos um maior fluxo de importações nesta cidade.

Igualmente de valorizar é a presença destacada das importações de terra sigillata que abarcam, na totalidade das produções, o número significativo de cerca de cinco milhares de fragmentos (cerca de 60, 57 % do total). Como se verifica na Fig. 64, predominam as produções hispânicas, com cerca de 77,04 %, sobre as produções de tipo itálico e do Sul da Gália, com 6, 10 % e 16, 86 %, respectivamente. Em menor número seguem-se outras produções importadas representadas pelas paredes finas (cerca de 235 exemplares = 3 %) e pelos almofarizes (cerca de 76 exemplares = 0, 97%). A produção local da cerâmica bracarense (cerca de 688 exemplares = 8, 77 %) e a produção de lucernas (na sua maioria fabricadas na cidade), aparece igualmente destacada (cerca de 637 exemplares = 8,12%) ainda que o seu valor tenha que ser apreciado à escala de uma difusão regional.

Na verdade, um estudo monográfico recentemente publicado por C. Carreras Monfort e P. Berni (2003, p. 633-73) sobre as ânforas de Astorga parece corroborar aquela apreciação. De facto, como se constata na Fig. 68, a quantidade e diversidade dos tipos de ânforas recolhidos em Astorga é significativamente inferior à de Braga (vd. Fig. 67). Não sabemos, todavia, se esta apreciável diferença se deve ao facto deste estudo se basear num cálculo provisório a partir de um número limitado de escavações (que segundo os autores apenas correspondem a 4, 19 % da superfície ocupada pela cidade intramuros), ou se se fica

Se com estes valores percentuais tentarmos estimar o número aproximado das quantidades médias anuais destes produtos – adoptando a metodologia de K. T. Greene (1986, p. 54-56) para a numismática e utilizada por vários autores para a terra sigillata (vd. Bourgeois e Mayet 1991; Lopes, 1994; Carvalho, 1998; Viegas, 2003a) – destaca-se, como seria de esperar, a percentagem elevada das importações das ânforas Haltern 70 e da terra sigillata sobre os restantes materiais (Fig. 65). Este cálculo, que consiste na divisão do número de peças de cada produção pelo número 380

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Fig. 63 Total e percentagens por produção das cerâmicas Alto-Impriais Produções Ânforas Almofarizes Paredes Finas Sigillatas Bracarense Lucernas Total

NF 4356 76 235 4751 688 637 10743

NMI* 1457 76 235 4751 688 637 7844

% total 18,57 0,97 3,00 60,57 8,77 8,12 100,00

Totais e % por produção 5000

4500

4000

3500

3000

2500

2000

1500

1000

500

0 Ânforas

Almofarizes

Paredes Finas

Sigillatas

NF NMI* % total

381

Bracarense

Lucernas

Apreciações Finais

Fig. 64 Quantidade e relação percentual dos totais por tipos de sigillata e de todas as produções cerâmicas importadas Quantidade 290 801 3660 4751

TSI TSG TSH Total

% total sigillatas 6,10 16,86 77,04 100,00

% total por produção 3,70 10,21 46,66 60,57

4000

3500

3000

2500

2000

1500

1000

500

0 Quantidade

% total sigillatas

TSI TSG TSH

382

% total por produção

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Produções Ânforas Vinárias Ânforas Oleícolas Ânforas Piscícolas Ânforas Indeterminadas Ânforas Regionais e locais Ânforas Haltern 70 Almofarizes Paredes finas de Augusto Paredes finas de Augusto/Meados séc I Paredes finas de Tibério-Cláudio/Vespasiano Paredes finas da 2ª metade séc I Sigillata de tipo Itálico Sigillata do Sul da Gália Sigillata Hispânica Bracarense Lucernas séc I/séc II Séc III

Quantidade

N.º anos de importação

Cálculo médio anual

143 29 272 11 69 933 76 73 93 35 35 290 801 3670 688 427 194

c. 200 c. 200 c. 200 c. 200 c. 200 c. 100 c. 50 c. 25 c. 50 c. 50 c. 50 c. 30 c. 50 c. 100 c. 50 c. 200 c. 100

0,72 0,15 1,36 0,06 0,35 9,33 1,52 2,92 1,86 0,7 0,7 9,67 16,02 36,7 13,76 2,14 1,94

Fig. 65 Cálculo médio anual das produções.

383

Apreciações Finais

Fig. 66 A - Gráfico de achados anfóricos

Fig. 66 B - Gráfico de achados anfóricos 384

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Fig. 67 Ânforas recolhidas em Braga no período Alto-Imperial Ânforas Tipo Ródia Dressel 2/4 (itálica) Dressel 2/4 (gálica) Dressel 2/4 (bética) Dressel 2/4 (tarraconense) Dressel 2/4 (oriental) Dressel 2/4 (africana) Dressel 7-11 (tarraconense) Dressel 28 Gauloise 4 Matagallares I Beltrán 68 Tipo urceus Haltern 70 “Dressel 20 arcaica”/Tipo B (Augustea-Tiberiana) Dressel 20 Dressel 7/11 (bética) Dressel 7/11? (lusitana) Beltrán II A Beltrán II B Puerto Real 1 Dressel 14 (bética) Dressel 14, var. A (lusitana) Dressel 14, var. B (lusitana) Dressel 14, var. C (lusitana) Dressel 14 Tardia Dressel 14, var. ind. (lusitana) Almagro 51 A / B (bética) Almagro 51 C (bética) Almagro 51 C (lusitana) “Almagro 50” / Keay XVI var. A “Almagro 50” / Keay XVI var. C Almagro 50 / Keay XXII Beltrán 72 var. B Richborough 527 PE 18 Dressel 30 Majuelo II / Almagro 51 C, var. A Africana Grande B Forma Regional I Forma Regional II (Beltrán 72 var. B) Forma Regional II (“Almagro 50” / Keay XVI var. C) Local indeterminada (Tardia ?) Módulo 1 (local) Módulo 2 (local) Módulo 3 a (local) Módulo 3 b (local) Total

NF 58 57 6 20 5 3 3 13 2 18 1 1 52 3614 2 40 127 1 2 8 2 17 50 73 7 2 20 1 3 12 2 1 9 2 10 2 1 1 1 1 1 86 6 3 8 1 1 4356

385

NMI 24 28 6 9 4 2 3 11 2 11 1 1 41 933 2 27 69 1 2 8 2 17 50 70 7 2 18 1 3 10 2 1 7 2 6 2 1 1 1 1 1 49 5 3 8 1 1 1457

% 1,65 1,92 0,41 0,62 0,27 0,14 0,21 0,76 0,14 0,76 0,07 0,07 2,81 64,04 0,14 1,85 4,74 0,07 0,14 0,55 0,14 1,17 3,43 4,80 0,48 0,14 1,24 0,07 0,21 0,69 0,14 0,07 0,48 0,14 0,41 0,14 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 3,36 0,34 0,21 0,55 0,07 0,07 100,00

Apreciações Finais

Fig. 68 Ânforas de Astorga (Carreras Monfort e Piero Berni, 2003: 638)

386

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

a dever a uma real diferença de abastecimento destas duas cidades do Noroeste peninsular. A explicação para esta diferença, poderá, no entanto, residir em dois aspectos verdadeiramente significativos: por um lado - como se pode apreciar no mapa dos custos de transportes a partir da Baetica, apresentado por C. Carreras Monfort (1996, p. 210, Fig. 3) - o abastecimento de Asturica seria mais oneroso do que o abastecimento de Bracara (Fig. 69); por outro lado, aquela diferença poderá residir num fenómeno de autarcia mais alargado de Asturica e respectiva região, tendo em conta a sua importância administrativa e a presença de funcionários públicos, documentados pela epigrafia, com responsabilidades nos dois territórios, como um legatus augusti per Asturiam et Gallaeciam (CIL, II, 2634), um praeses provinciae Gallaeciae (CIL, II, 2635) e um procurator Asturiae et Gallaeciae (CIL, II, 2643).

factores teriam naturalmente exercido uma grande atracção para os comerciantes, como parece documentar a presença de negotiatores no período de Cláudio. Esta situação deve igualmente ter beneficiado o abastecimento da cidade com outros produtos, na sua grande maioria complementares ao transporte das ânforas. A análise comparativa dos ritmos e dos padrões de consumo da cidade pode assim igualmente ser apreciada à luz de outros materiais. No caso da terra sigillata, os dados disponíveis para a cidade permitem a sua comparação com outros locais da Península. Como se verifica na Fig. 70 a percentagem das diferentes produções de terra sigillata variam consoante os locais, certamente em função da respectiva situação geográfica. A análise da totalidade dos fluxos de importação revela que a quantidade de terra sigillata importada em Braga no período altoimperial, apenas é superada pelas importações de Belo. No entanto, como seria de esperar, estas duas cidades possuem padrões de abastecimento distintos, sendo mais abundantes os produtos de tipo itálico e do Sul da Gália na cidade de Belo e mais abundantes os produtos hispânicos em Braga. Tal diferença reside essencialmente na localização destas duas cidades, no enquadramento cronológico de cada produção e certamente, também, nos circuítos de importação que foram implementados em função da rede de transportes. De facto, analizando a Fig. 70 verificámos que à semelhança de Belo, as cidades lusitanas de Conimbriga e Santarém, independentemente de terem conhecido um modelo de importação distinto (cfr. Viegas, 2003a, p. 297), beneficiam igualmente de uma maior percentagem de produções de tipo itálico e do Sul da Gália, em detrimento das produções hispânicas. Esta situação mais do que revelar a existência de uma clientela e a configuração do seu gosto e do seu poder económico (Carvalho, 1998, p. 228), está intimamente relacionada com a cronologia de ambas as produções e a situação geográfica destes sítios que, como se sabe, beneficiaram de uma romanização mais precoce, estando, consequentemente, mais próxima de um modelo de abastecimento de cariz meridional.

À parte estas questões, e apesar de estarmos perante duas das maiores cidades do Noroeste que beneficiaram directamente de um abastecimento de produtos predominantemente atlântico, a análise dos tipos de ânforas e sua expressão quantitativa revela um perfil de consumo verdadeiramente diferenciado. Desde já cabe destacar um maior grau de romanização e importância económica de Auturica nos primeiros tempos de vida da cidade. De facto, além das inscrições acima referidas que desde logo fazem destacar o papel administrativo principal relativamente a Lucus e Bracara, o conjunto significativo de ânforas vinárias oriundas de Itália (Dressel 2-4) e da região Egeia (Dressel 2-4 e Tipo Ródia), demonstram a existência em Asturica de uma população de origem mediterrânica e de elites indígenas que valorizavam estes produtos de luxo e que tinham capacidade aquisitiva para obtenção dos mesmos (vd. Carreras Monfort, 1996, p. 206). Esta situação não surpreende se pensarmos que a cidade foi escolhida como residência dos legati iuridici e dos procuratores augusti e metallorum, relacionados com a exploração mineira (Tranoy, 1981). A presença destacada de ânforas em Braga, em particular das ânforas Haltern 70, leva-nos a crer que a importância da cidade residiu no seu potencial de mercado, dada a relativa proximidade da costa e a densidade populacional do seu território imediato. Estes dois 387

Apreciações Finais

Fig. 69 Hispânia. Custos de transporte a partir da Baetica (Carreras Monfort, 1996: 210)

388

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Fig. 70 Percentagem das diferentes produções de terra sigillata em diferentes estabelecimentos Terra Sigillata Santarém Conímbriga Belo Mozinho Braga Numância

Tipo Itálica 301 744 850 67 290 52

Sul da Gália 246 1584 3000 553 801 44

Hispânica 103 1439 1300 1481 3360 129

Total 650 3767 5150 2101 4451 225

3500

3000

2500

2000

1500

1000

500

Tipo Itálica Sul da Gália Hispânica

389

a ag Br

um ân ci a N

M

oz

in

ho

lo Be

on ím br ig a C

Sa

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ar

ém

0

Apreciações Finais

A maior percentagem das produções hispânicas (vd. Fig. 70), no Noroeste peninsular, como nos casos apresentados de Braga e Mozinho, relativamente aos outros sítios da Lusitânia e da Bética, deve ser explicada (como vimos) por factores de carácter geográfico e cronológico. De facto, ao contrário daqueles locais, situados a sul do Douro, nos quais se assiste a uma quebra das importações de terra sigillata a partir de meados a finais do século I, verificase no Noroeste peninsular (cfr, ainda Naveiro López, 1991a, p. 43) um comércio verdadeiramente ascendente das produções de origem hispânica entre os finais do século I e os inícios do século II. Esta vantagem fica naturalmente a dever-se à proximidade desta região relativamente às produções do Vale do Ebro (Tritium Magallum) e ao estabelecimento de novos circuitos comerciais confinados à comercialização destes produtos por via essencialmente terrestre. Na análise comparativa dos ritmos e dos padrões de consumo da cidade devemos igualmente considerar as lucernas. De facto, como já fizemos realçar, estas representam um bom exemplo da complexidade e inter-relação entre a economia de subsistência e a economia de mercado da região e, em particular, da cidade. Neste sentido, a produção abundante de lucernas mostra igualmente que a cidade, além de centro receptor e redistribuidor, foi igualmente um dos maiores centros de produção destes bens exportando-os à escala regional. O número superior a seiscentas lucernas recolhidas em Braga mostra que, à semelhança de Astorga (Morillo Cerdán, 2003a), ele seja comparável a outros conjuntos recuperados em sítios hispânicos como Pollentia, Tarragona, Zaragoça, Italica, Corduba ou Mérida. As diferentes séries documentadas na cidade apresentam diferenças assinaláveis em relação ao material das outras cidades. Se compararmos, por exemplo, as séries recolhidas em Braga e Astorga (Fig. 71), veLucernas 1ª série - Tardo-Republicanas 2ª série - Volutas 3ª série - Disco 4ª série - Canal 5ª série - “Mineiras” 6ª série - Bico redondo Total

rificamos que, apesar da ligeira superioridade numérica do conjunto de Braga, as lucernas das séries mais antigas são predominantes em Astorga. Esta situação está aliás de acordo com as observações que acima fizemos na apreciação das ânforas quando destacámos o maior grau de romanização da população residente em Asturica Augusta nas primeiras décadas do século I, devido à importância administrativa da cidade. Sob este ponto de vista, como bem realçou A. Morillo Cerdán (2003a, p. 283), a cidade romana de Asturica Augusta “se encuentra al mismo nivel que otros yacimientos y regiones peninsulares de romanización más antigua y más próximas geográficamente a los principales centros mediterráneos productores de lucernas”. Apesar das diferenças assinaladas, encontramos nestes dois núcleos urbanos características comuns relacionadas com o papel que estes exerceram como centros receptores e redistribuidores de lucernas, mas igualmente como grandes centros de produção destes bens, exportando-os à escala regional. Como bem salientou A. Morillo Cerdán (2003a, p. 297), para a cidade romana de Asturica Augusta, o processo de descentralização produtiva que afectou todos os sectores económicos a partir de meados do século I teve reflexos no fabrico de lucernas a nível local. Como vimos no capítulo relativo às lucernas, Bracara Augusta não ficou alheia a esta situação, cuja produção local abarca c. de 90% do total. No contexto desta produção realça-se ainda o contributo das marcas das lucernas atribuídas à família dos Lucretii (uma família socialmente priveligiada graças à sua riqueza mobiliária), cuja interpretação permitiu contextualizar pela primeira vez a municipalidade flávia da cidade e sugerir que esta tivesse sido proprietária de uma figlina e estabelecido com os proprietários das oficinas um contrato de tipo locatio-conductio.

Braga c. 2 c. 208 c. 3 c. 199 c. 58 c. 151 c. 621 390

Astorga c. 16 c. 262 c. 15 c. 174 c. 113 c. 580

Fig. 71 Comparação entre as diferentes séries de lucernas documentadas em Braga e Astorga

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

6.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SIGNIFICADO DA CULTURA MATERIAL

dutos, do seu peso, das vias de comunicação e dos custos de transporte. Como demonstraram E. Gabba (1988, p. 144-49) e J. M. Frayn (1993), estes mercados tinham uma importância vital para o intercâmbio de excedentes, celebrando-se de oito em oito dias na mesma cidade, por vezes situados em terrenos particulares (1993, p. 4-5), depois de uma rotação semanal com outros centros da região (vd. Columella, Rust. I, 18; Plínio, N.H. XVIII, 3, 13; cfr. De Martino, 1979, p. 163). Além destes mercados existiam sítios permanentes (tabernae) e edifícios de venda periódica (macellum) (De Ruyt, 1983; Frayn, 1993, p. 1-10) próprios de cada comunidade e da qual, como vimos, Bracara Augusta não é excepção. Neste sentido, poderá pressupor-se que o predomínio da produção agrária na organização económica da região teria condicionado as diferentes actividades artesanais que eram dela dependentes e, consequentemente também, o carácter e o volume de comércio, que em grande medida seria constituído por produtos derivados da agricultura. De facto, à semelhança de outras cidades romanas, Bracara Augusta usufruiu de uma economia mista baseada na agricultura, no comércio e na indústria. Este pressuposto não deriva única e exclusivamente da análise dos materiais e dos vestígios de oficinas documentadas na cidade, mas apoia-se, igualmente, na análise do povoamento proto-histórico e romano na região na qual se insere a cidade. De entre outros, o estudo realizado por Manuela Martins para a bacia média do Cávado (1990) fornece-nos elementos importantes para uma melhor compreensão da ocupação romana no espaço rural próximo da cidade. Os novos tipos de estações, casais ou uillae, parece surgirem, numa primeira fase, em articulação com a cidade, concentrando-se preferencialmente nas suas imediações, ou seguindo o traçado das vias e obedecendo a um sistema de ocupação do tipo radial, directamente dependentes da cidade e essencialmente ligadas ao seu abastecimento (1990; 1995). Estes dados, importantes para a compreensão do papel económico da cidade, necessitam, todavia, de ser matizados tendo em conta uma visão mais ampla do território para o qual se devem ter presentes os modelos de

A análise da economia e comércio da cidade romana de Bracara Augusta, uma das maiores cidades peninsulares, representou uma tarefa problemática dada a documentação utilizada - os materiais arqueológicos, sobretudo cerâmicas - que revelam características fragmentárias e irregulares. No entanto, os dados valorizados neste trabalho, reunidos ao longo de várias décadas de escavação, no contexto do “Projecto de Salvamento de Bracara Augusta”, permitiram ampliar o conjunto de conhecimentos sobre a cidade e redimensionar o seu papel no contexto específico do comércio e das importações no Noroeste peninsular nos primeiros séculos da nossa era. Verificamos que Bracara Augusta, à semelhança de outras cidades nucleares do mundo romano, desenvolvia uma forte actividade no comércio inter-provincial, como centro importador e redistribuidor de produtos alimentares e manufacturados. Este papel exercido pela cidade, como unidade básica no processo de intercâmbios da região, assentou, necessariamente, numa rede de intermediários: desde logo a existência de comerciantes em grande escala (negotiatores) - documentados epigraficamente no período de Cláudio - que fazem, naturalmente, pressupor a existência de pequenos comerciantes (mercatores) reunidos, ou não, em collegia e corpora específicos. Juntamente com estes mercatores e collegia, ainda não identificados epigraficamente, devemos ainda intuir a presença de funcionários administrativos ligados às questões financeiras (tabularii), à semelhança do que foi documentado em Lugo. Verificamos, igualmente, que a cidade teve um papel importante como centro produtor, directamente materializado em várias actividades artesanais documentadas, relacionadas com as necessidades do próprio centro urbano e do mundo rural que controlava. À semelhança de outras cidades (vd. Foraboschi, 1990, p. 820), os mercados citadinos (mundinae) deveriam estar em estreita relação com os cultivos agrícolas provavelmente dispostos em função da perecibilidade dos pro391

Apreciações Finais

De entre as várias classes de materiais cerâmicos até à data recolhidos na cidade, as lucernas e as cerâmicas bracarenses são um bom exemplo para demonstrar que a cidade, além de centro receptor e redistribuidor, foi também um dos maiores centros de produção de bens que tiveram uma ampla difusão regional. As lucernas são, aliás, prova evidente do grau de “romanização” da cidade, com destaque para o maior número de oleiros locais até à data documentados no contexto do Noroeste peninsular. Estes elementos citados mostram, por si só, a diversidade de actividades possíveis, reflexo do grau de autonomia produtiva, orientação comercial e dimensões da cidade. Na verdade, esta autonomia produtiva – que remete para os princípios de autarcia – pode ter funcionado como uma actividade total ou parcialmente autónoma relativamente à agricultura, destinada ao abastecimento do mercado da cidade e região circundante.

distribuição, a criação de infraestruturas e a organização da paisagem (através da análise de possíveis centuriações, por exemplo), de modo a permitir a elaboração de mapas de distribuição do povoamento. Na verdade, a dificuldade, particularmente sentida para a região do Noroeste peninsular, na definição da entidade dos núcleos, sua cronologia e suas relações mútuas (resultante da falta de escavação da maioria deles), relativiza o valor destes mapas. À parte estas problemáticas ainda por resolver, o que podemos certamente demonstrar é que no núcleo de Bracara Augusta ou no seu território se fabricou uma ampla gama de instrumenta necessários à produção agrícola e à vida doméstica: lucernas, cerâmicas comuns, cerâmicas finas, ânforas, dolia, materiais de construção e objectos diversos (por exemplo, pondera e terracotas). Como tivemos oportunidade de referir (supra, II Parte, Cap. II), no caso da cidade romana de Bracara Augusta a região do Prado/ Ucha, situada a cerca de 14 km, foi um local para a exploração de barreiros e, talvez, centro de sítio de olarias destinadas ao abastecimento da cidade e respectiva região, situação, aliás, comprovada desde os idos medievais até à actualidade.

No âmbito do comércio externo entre províncias, é de salientar que Bracara Augusta beneficiou de uma economia de escala. Tal constatação resulta do conjunto de materiais importados até à data recolhidos na cidade, levando-nos, inclusivamente, a crer que o local da sua implantação foi pensado tendo em conta o seu potencial de mercado. Como diversas vezes salientámos, esse potencial foi naturalmente facilitado pela relativa proximidade da costa que permitiu o acesso a pontos privilegiados para o intercâmbio económico de variados produtos originários de outras regiões. Neste sentido, poderá inclusivamente aceitar-se que a cidade teria partilhado com as duas outras cidades capitais do Noroeste peninsular, Lucus Augusti e Asturica Augusta, a função de centro redistribuidor (Fig. 72).

Igualmente constatamos que a existência de oficinas de oleiros fora da cidade não invalidou o seu estabelecimento no interior da mesma. Como vimos, a articulação das informações relativas a antigas referências e dos vários achados encontrados nas escavações permitiu situar um importante sector artesanal fora da malha regular das insulae, situado no quadrante sudoeste da cidade, testemunhado pela referência a um forno, um tanque de decantação de argila e dois moldes de lucernas. De entre outros vestígios, destacamos ainda a presença de alguns acessórios de olarias, representados por duas relas de roda de oleiro cavadas em suporte de argila, um calço de argila, provavelmente utilizado para separar os vasos do forno, um disco em argila idêntico a exemplares bem documentados em locais de produção de cerâmica, destinados a servir como anéis suporte, isoladores ou separadores e um suporte bitroncocónico provavelmente utilizado como suporte para facilitar a secagem das peças.

Para além destas questões, importa salientar o contributo fornecido pela análise dos materiais mais antigos recolhidos na cidade. De facto, apesar de desconhecermos a data específica da fundação da cidade, que apenas nos era sugerida pela análise crítica das fontes e por alguns indícios fornecidos pela interpretação epigráfica, o conjunto de materiais recolhidos nos níveis mais antigos e em contextos revolvidos, permitiram testemunhar e corroborar a ocupação do sítio de Braga desde a úl392

Fig. 72 Posicionamento de Bracara Augusta no contexto das vias de circulação marítima e terrestre.

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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Apreciações Finais

tima década antes da transição da Era (Morais, 1997-98a). No que se refere à evolução urbanística da cidade, identificámos os núcleos mais antigos, situados na Colina da Cividade e nas ruínas preservadas nos terrenos do actual Museu, os locais onde, como vimos, se registaram os materiais romanos mais antigos até hoje encontrados na cidade (1997-98a). Pudemos ainda constatar que o período de apogeu das importações na cidade coincidiu com um programa complexo e alargado de valorização e requalificação urbanas, ocorrido nas dinastias flavia e antonina. Tal facto levanos a crer que já em plena época flavia a cidade dependia de uma classe de proprietários fundiários, de comerciantes e de artesãos que nela viviam e desenvolviam uma grande actividade favorável ao desenvolvimento da vida urbana. Este desenvolvimento levará a uma progressiva expansão urbanística da cidade, constatada entre os finais do século III / inícios do IV, apesar da retracção das actividades económicas e comerciais entre as províncias e a crescente autarcia das cidades. Igualmente julgamos ter contribuído para a contextualização jurídica e administrativa na cidade. Na verdade, apesar de até à data não termos testemunhos inequívocos e directos que nos indiquem se a cidade obteve ou não o privilégio municipal, a interpretação por nós ensaiada sobre marcas de lucernas de produção local, parece sugerir que a cidade possuía, pelo menos a partir do período flávio, aquele estatuto (supra, Parte II, Cap. V, 5.4.1.2). Outro aspecto a realçar nesta proposta de leitura está, como sugerimos, relacionada com a actividade empresarial exercida pela própria cidade. Neste ponto sugerimos que Bracara Augusta poderia ter sido proprietária de uma figlina, aqui entendida como zona de barreiros e de produção. A cidade, enquanto município, ter-se-ia associado a um dos maiores produtores de lucernas da cidade, provavelmente com fins lucrativos e de controlo e, como tal, estabelecido um contrato do tipo locatio-conductio, estando a cidade na posição de locator e o produtor na posição de conductor.

e redistribuição de produtos, certamente condicionado pelos meios naturais e infra-estruturas, dependente do poder de compra e características étnicas da população. Como tivemos oportunidade de realçar, pensamos que a quantidade dos produtos importados está intimamente relacionada com a população residente na cidade e seu território envolvente. Tal relação parece pressupor uma grande densidade populacional – testemunhada, aliás, por Plínio, para o conventus bracaraugustanus (III, N. H. 23, 28) – e a presença de um centro urbano de considerável tamanho – como era o caso de Bracara Augusta – que certamente deveria ter exercido uma grande atracção para os comerciantes, que esperavam vender os seus produtos com grande rapidez, sem deter-se excessivamente num porto ou numa localidade. De facto, como se pôde demonstrar pela quantidade e pelos vários tipos de ânforas até à data recolhidas, sabemos que a cidade esteve em contacto - directa ou indirectamente - com os grandes centros produtores e, por conseguinte, devidamente integrada no Império, reflectindo os ritmos e fluxos de intercâmbio regulares, entretanto verificados no contexto do Noroeste peninsular (Morais, 1998a, p. 81). Destes centros ficou evidenciada a relação privilegiada com a província da Bética, através da importação maciça das ânforas Haltern 70 e da presença considerável de ânforas piscícolas Dressel 7-11. No que diz respeito à presença maciça das ânforas Haltern 70 e numa tentativa de expor a problemática relacionada com o conteúdo das mesmas (supra, II Parte, Cap. III, 3.2.1.2), formulámos duas alternativas: ou estas ânforas transportavam vinho e complementarmente os “sub-produtos” referidos nos tituli picti, ou transportavam exclusivamente e em enormes quantidades estes “sub-produtos”, com grande predomínio do defructum”, e este necessariamente tinha de possuir propriedades essenciais que tornassem possível a sua comercialização como bebida alcoólica (ou se se preferir, vinho de inferior qualidade). Neste contexto, e encarando esta última possibilidade (tendo em conta que ainda hoje é realizado o adelgaçamento de mostos e vinhos), fomos levados a admitir que o vinho resultante deste processo seria de inferior qualidade e, seguramente, muito doce, podendo inclusivamente

Independentemente desta problemática, o que podemos certamente aceitar é que a cidade beneficiou de um sistema de mercado 394

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

resultar numa espécie de água-pé servida na mesa dos menos favorecidos ou vendido nas tabernae, enquanto o consumo corrente dos vinhos mais apreciados (com um teor mais elevado de álcool) e de melhor qualidade representava um privilégio das mesas abastadas. Por resolver, ficou, no entanto, a questão da fraca representatividade das ânforas oleícolas ... Como tentativa de explicação, formulámos duas hipóteses que, não sendo antagónicas, podiam ajudar a esclarecer a presença pouco expressiva destas ânforas: por um lado, admitir que este produto pudesse ter sido produzido noutras regiões, designadamente em Trás-os-Montes que, como vimos, oferece condições favoráveis a esse cultivo; por outro, justificar essa escassez em consequência da continuidade do uso das gorduras animais, que funcionavam como substituto deste produto. É igualmente de salientar a recolha na cidade de ânforas cuja presença fora dos locais de produção é escassa. Referimo-nos, entre outras, às ânforas vinárias Dressel 7-11 de produção Tarraconenese. É possível, no entanto, que esta ausência ou escassez se deva antes a uma ausência de investigação mais do que a uma efectiva ausência. No que diz ainda respeito às ânforas vinárias, constatámos uma fraca difusão das ânforas Dressel 2-4 de provável origem tunisina e das ânforas Matagallares I e Beltrán 68, igualmente documentadas na cidade. A presença, ainda que residual, destas ânforas na cidade, parece-nos, no entanto, de valorizar, de modo a que num futuro próximo se possa “cartografar” a sua difusão e registar as respectivas rotas de distribuição e de abastecimento. Pela mesma problemática, destacámos ainda a presença das ânforas piscícolas Puerto Real 1, dado que até à data, com excepção do centro produtor de Puente Melchor e exemplares recolhidos em ambiente aquático, estas ânforas apenas foram documentadas na região do limes germânico, em Augst, e na costa da Mauritânia, no estreito de Gibraltar. Nesta apreciação sobre as ânforas recolhidas na cidade, fizemos ainda destacar a presença residual das ânforas de conteúdo indeterminado, representadas pelas ânforas Tipo 8.1.3.3 (PE – 18), oriundas de Ibiza, e pelas ânforas africanas Dressel 30 e “Africana Grande” B, oriundas, respectivamente, da Mauritania Caesariensis e de Byzacena. Em situação diver-

sa encontrámos as ânforas Richborough 527; de facto, foi registado um número considerável destas ânforas, provavelmente destinadas a conter alum, um produto que, como vimos, era originário da ilha de Lipari (Itália) e servia para fixar tintar. A ausência de exemplares desta forma no actual território português deverá, segundo pensamos, atribui-se mais a um défice de investigação do que ao confinar do comércio e uma rota específica. Neste conjunto são, no entanto, merecedores de destaque um conjunto relativamente significativo de anforas béticas de tipo urceus que possuem fortes afinidades com os tipos Gauloise 5 e 7. Na verdade, os exemplares até à data identificados em Braga e os exemplares recolhidos no actual território português e Galiza, leva-nos a crer que esta forma foi amplamente difundida, juntamente com as ânforas piscícolas e os almofarizes e cerâmicas comuns produzidos nas regiões costeiras da bética, provavelmente na zona de Cádis. Ainda a propósito da grande concentração de ânforas Haltern 70 e da necessidade de uma observação mais detalhada das características formais desta ânfora foi possível individualizar um conjunto com um fabrico inequivocamente atribuível ao Guadalquivir, mas cujas características formais nos levaram a propor a sua integração nas conhecidas formas Dressel 7-11 e Dressel 14. De extrema importância para a história da economia e comércio do Noroeste peninsular no período médio e baixo imperial foi a identificação de um conjunto de materiais cuja proveniência regional e local foi devidamente sustentada pelo estudo arqueométrico (supra, Parte II, Cap. III, 3.3). Referimo-nos a dois grupos distintos de ânforas que individualizámos de acordo com as suas características morfológicas e de fabrico: o primeiro, que provisoriamente denominámos Forma Regional I (imitação Gauloise 4) e Forma Regional II (imitação “Almagro 50” Keay XVI, var. C e Beltrán 72), possui fortes afinidades com as ânforas piscícolas reconhecidas no forno Galego de San Martiño de Bueu; o segundo, correspondente a um conjunto de formas de fabrico local, possuindo afinidades com ânforas de fundo plano para o transporte de vinho.

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Apreciações Finais

Esta apreciação sobre o conjunto de ânforas até à data recolhidas na cidade e da sua relação privilegiada com a Bética, veio, em definitivo, demonstrar a importância da rota atlântica como eixo de circulação privilegiado no abastecimento regular do Noroeste peninsular, mas também no contexto mais alargado do abastecimento da Britannia e de alguns sítios mais setentrionais do limes germânico - que dificilmente poderia ser sustentada por outras rotas comerciais marítimas, por demasiado dispendiosas em comparação com a referida. Por outro lado, aquela situação privilegiada não nos deve causar estranheza se pensarmos que para este período a província da Bética representava uma das zonas mais férteis do Ocidente, uma região onde se produzia de tudo e em grande abundância. De acordo com os dados quantitativos e cronológicos obtidos parece, no entanto, inevitável enquadrar dois momentos distintos nesta rota de abastecimento: um primeiro momento, entre o reinado de Augusto e os meados do século I, dominado pela importação em larga escala das ânforas Haltern 70, e um segundo momento, relacionado com a conquista da Britannia, no ano de 43, que permitiu consolidar a circulação atlântica, gerando uma maior procura nesta região dos produtos béticos, com particular destaque para os preparados de peixe, associados ainda às ânforas Haltern 70.

do material. Igualmente destacámos a importância destas cerâmicas, apresentandoas não como uma simples produção complementar às ânforas, mas antes como um produto imprescindível e indissociável das mesmas. Como vimos, nos primeiros tempos de vida da cidade não faltaram os serviços de mesa importados representados pela terra sigillata de tipo itálica e pelas paredes finas com a mesma proveniência. De entre os aspectos que realçámos (supra, Parte II, Cap. IV, 4.1), assinalámos que o quadro das importações destas cerâmicas se deu nos finais do reinado de Augusto e reinado de Tibério, à semelhança dos restantes locais estudados no actual território português. Este dado vem demonstrar que a importação destas cerâmicas só teve significado económico durante este período. No que diz respeito aos dados que recolhemos para a terra sigillata de tipo itálico, salientámos que a maioria dos fragmentos provém de Arezzo, ainda que estejam presentes na cidade produtos oriundos de centros produtores menores, caso de Pisa, Vale do Pó, Vasanello e Itália Central. No contexto dos produtos decorados desta cerâmica verificámos o predomínio das peças fabricadas nas oficinas de Rasinius e de Perenius, e a presença de um exemplar de perfil completo atribuível a P. Cornelius, para o qual se conhecem paralelos específicos nas obras de Dragendorff/Watzinger (1948) e Cristina Troso (1991). Nesta breve apreciação não podemos deixar de valorizar a presença na cidade de um raro fragmento da forma Drag. 29 da produção tardo-itálica, decorado com um friso de bailarinas que H. Confort considerou semelhante ao da base de um altar, típico da decoração de Perenius. As paredes finas, com excepção de alguns exemplares com origem provincial, provêm igualmente de diferentes áreas produtoras de Itália, sendo de destacar a presença das peças oriundas da Etrúria e da área Centro Ocidental do Vale do Pó. Num segundo momento, enquadrável no período correspondente aos meados a finais do século I, a cidade passa a ser abastecida por cerâmicas de paredes finas de origem peninsular e por terra sigillata oriunda do Sul da Gália.

Aproveitando o comércio e as rotas frequentadas pelas ânforas está igualmente documentado na cidade um conjunto significativo de outras cerâmicas, como almofarizes provenientes da Itália e da Bética e cerâmicas finas de mesa, representadas pela terra sigillata e pela cerâmica de paredes finas, oriundas de distintas áreas e centros de produção. No que diz respeito aos almofarizes (supra, Parte II, Cap. III, 3.5), verificámos que, com excepção de dois exemplares de origem itálica enquadráveis nos tipos Dramont 1 e 2, os restantes correspondiam a peças oriundas da Bética. A ausência de um estudo específico que nos permitisse enquadrar os fragmentos levou-nos, no entanto, a estabelecer três grupos distintos para permitir uma apresentação mais clara 396

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

Tal não significou, porém, que a cidade se abastecesse directamente a partir dos centros de proveniência ou respectivos portos de distribuição ligados àqueles centros. De facto, como mostram diferentes naufrágios até à data documentados, os barcos transportavam mercadorias variadas e de diferentes origens, dado que se abasteciam nos portos principais, responsáveis pelo armazenamento de diferentes produtos. Assim o demonstram o naufrágio de Cala Culip IV, com ânforas Dressel 20, paredes finas da Bética, terra sigillata do Sul da Gália (oriunda do centro produtor de La Graufesenque) e lucernas e almofarizes itálicos; o naufrágio de Cabrera 3, com materiais béticos e tripolitanos, e o naufrágio de Port Vendres I, com ânforas destinadas ao transporte de preparados piscícolas, oriundas da Lusitânia, terra sigillata africana e lucernas. Do que temos vindo a referir, e no contexto de uma relação comercial privilegiada com a província da Bética, pode admitir-se que a grande maioria dos produtos recolhidos na cidade pudessem provir, directa ou indirectamente, de produtos armazenados no porto de Cádis. Do exposto não podemos, todavia, inferir que a cidade usufruía única e exclusivamente de um abastecimento indirecto a partir do porto de Cádis. Na verdade, é perfeitamente plausível que a cidade (e outros núcleos de suma importância do Noroeste), como beneficiária daquele conjunto de portos de escala intermédia e secundários, tivesse sido abastecida com carregamentos de barcos maioritariamente dedicados à navegação de altura, em demanda a partir de outros portos hispânicos, caso de Hispalis, Tarraco e Cartago Nova, ou mesmo outros portos fora da península, situados na Narbonense, Arles, Putéolos, Óstia ou Cartago. Tal poderia estar ilustrada pela presença na cidade de ânforas de origem itálica e egeia e das ânforas oriundas do Sul da Gália que, naturalmente, se faziam acompanhar de outros produtos cerâmicos igualmente documentados em Bracara Augusta, como é o caso da terra sigillata, dos almofarizes e das paredes finas. Devemos igualmente aceitar a possibilidade de alguns dos produtos recolhidos na cidade provirem de outras rotas de circulação que não a rota atlântica. Referimo-nos, por

Como vimos, com excepção de cinco fragmentos provenientes de Montans e um fragmento da forma Drag. 45 oriundo de Lezoux, as produções gálicas provêm de La Graufesenque. O auge estatístico das importações situa-se, como referimos, no período de “esplendor”, em particular nas décadas de 40 e 60. No conjunto das formas até à data recolhidas na cidade, destacamos, pela sua raridade, os fragmentos decorados da forma Hermet 9 e Knorr 78. Neste rol incluímos ainda os fragmentos da forma Ritt. 9 e Ritt. 14 a, pertencentes à produção marmoreada, e os fragmentos da forma Curle 11, Hermet 25 e Haltern 16, pela sua raridade nos próprios locais de produção. Igualmente significativa nos parece a presença de uma marca atribuída a Bio, presente no fundo interno de uma tigela decorada da forma Drag. 29, e duas marcas inéditas, ainda que de controversa e difícil leitura. Como igualmente tivemos oportunidade de verificar, à semelhança de outros contextos estudados no âmbito peninsular, o sucesso destas cerâmicas vai ser superado pelas suas congéneres de produção hispânica. Na verdade, a terra sigillata hispânica constitui, sob o ponto de vista quantitativo, uma das produções importadas mais significativas na cidade. Com excepção de alguns fragmentos atribuíveis a Andújar e Granada, que até à data não estavam documentados no Noroeste peninsular, a quase totalidade é proveniente de Tricio. Além das formas mais frequentemente documentadas da terra sigillata hispância, registam-se algumas formas extremamente raras: referimonos, entre outras, às formas Hisp. 23, 28, 34, 54 e 91. Destacámos ainda a presença de um fragmento da forma Hisp. 5, com um fabrico provavelmente atribuído ao Vale do Douro, e algumas outras formas indeterminadas para as quais não encontrámos paralelos na bibliografia consultada. Cabe ainda referir a individualização de duas marcas inéditas atribuíveis pelo fabrico à produção de Tricio e duas pertencentes a oleiros conhecidos na produção bética de Andújar. Do que acabamos de expor, facilmente se depreende que a cidade funcionou como pólo de atracção de uma complexa rede de trocas com diferentes províncias do Império (Fig. 73). 397

Fig. 73 Proveniência por áreas e centros de produção dos produtos Alto-Imperiais importados recolhidos na cidade.

Apreciações Finais

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Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

exemplo, a alguns produtos oriundo do Sul da Gália, que poderiam ter obedecido a outros circuítos de intercâmbio ao utilizarem a conhecida rota Aude-Garona, também conhecida como a rota do istmo gálico. Tal ligação deveria ter pressuposto um abastecimento da cidade a partir do porto de Brigantium, que, por seu lado, estaria em ligação com aquela rota através da costa cantábrica. A mesma ligação com o porto de Brigantium pode ser equacionada para a chegada dos produtos de terra sigillata hispânica oriundos de Tricio (La Rioja), ainda que nos pareça mais sensato pensar que estes tenham sido transportados por terra através do Vale do Douro, com recurso a animais de tiro e carga usados para transpor os caminhos montanhosos. Todavia, como fizemos salientar no capítulo relativo à rede de transportes por via marítima (supra, Parte I, Cap. III, 3.3.1), a cidade não usufruía directamente dos principais locais de escala da rota atlântica, cujo percurso se faria com escalas obrigatórias em Brigantium, Burdigala e Gesoriacum. É assim possível que a cidade beneficiasse de um abastecimento a partir de locais de escala intermédios, caso de Cale e rio Minho, ou mesmo, directamente, a partir dos locais de escala secundários ligados ao tráfego de pequena e grande cabotagem situados na foz dos rios Leça, Ave e, naturalmente, Cávado.

o abastecimento da cidade e sua região. No actual território português distinguimos, entre outros, o papel de Cale, como vimos, um importante ancoradouro que certamente possuía nas suas margens estruturas portuárias e os leixões da foz do Leça, cujos escolhos exteriores teriam funcionado como quebra-mar natural. A comprovar esta posição privilegiada está o conjunto de materiais até à data recuperados, com destaque para as ânforas recolhidas nas escavações do antigo Aljube, situado na rua de S. Sebastião (Porto) e para as ânforas provenientes de antigas e recentes escavações no Castro de Guifões, junto à foz do Leça. No que diz respeito ao abastecimento directo da cidade romana de Bracara Augusta e território circundante, destacámos a importância do rio Cávado. Aqui admitimos que os maiores navios, para além de se dirigirem aos “portos de escala” dos rios Douro e Minho, também tivessem descarregado parte das suas mercadorias naquele rio, na chamada Cala, zona profunda e guarnecida por escolhos exteriores que, à semelhança dos leixões da foz do Leça, funcionavam como quebra-mar natural. Como igualmente destacámos, esta situação não teria sido, porém, contrária à existência de um porto fluvial no rio Cávado, provavelmente situado nas proximidades da cidade, em Areal de Caíde ou, um pouco mais a jusante, na zona da Barca do Lago. É neste contexto que podemos aceitar como correcta a referência de Ausónio (Ordo, XIV) quando situa a cidade de Braga junto às praias do mar. Dir-se-ia que Ausónio antecipou em quinze séculos o “jardim à beira-mar plantado”!.

A propósito da análise e da difusão das ânforas Haltern 70 no actual território português e na região galega, constatámos a importância de muitos destes locais que indirectamente poderiam estar relacionados com

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Anexo: Apêndice Numismático

ANEXO: APÊNDICE NUMISMÁTICO

armas capturadas que serviam também como instrumento de propaganda da vitória de Augusto sobre os povos indígenas (vd. Ferrer Sierra, 1996). Com excepção de dois exemplares cunhados no Sul da Península, em Emerita (Mérida) e Ebora (Évora), conhecem-se até ao momento 28 exemplares de moedas cunhadas no vale do Ebro no tempo de Augusto e Tibério, provenientes de Turiaso (Tarrasona), Bilbilis (Calatayud), Cascantum (Cascante), Calagurris (Calahorra) e Gracurris (Alfaro) (Zabaleta Estévez, 2000, p. 397). Neste mesmo período, verifica-se que o claro predomínio das cecas hispânicas relativamente a uma escassa representação das cunhagens imperiais. De facto, à semelhança do que se verifica nos restantes sítios do Noroeste Peninsular - em particular a cidade de Lugo - o abastecimento de moeda vinda de Roma é relativamente escasso, estando até à data apenas documentado na cidade por quatro ases de Augusto. Como seria de esperar, o encerramento das cecas hispânicas por Calígula resultou numa quebra de emissão das moedas e sua circulação. Assim se entende que não se tenham recolhido moedas daquele período na cidade, e se compreenda a abundante presença de ases de imitação datáveis do reinado de Cláudio I, para compensar a penúria de numerário que se fazia sentir. De facto, este último imperador aparece muito bem representado com c. de 24 exemplares dispersos por diferentes áreas da cidade, contrastando com apenas um as de Nero proveniente da ceca de Roma. No período flávio e antonino a estabilidade económica, política e social que se viveu no Império, proporcionou uma tendência constante no aprovisionamento monetário da cidade. Desta vez, no que respeita aos valores presentes em circulação dá-se uma ligeira inflexão, sendo agora predominantes os sestércios relativamente ao as (Centeno, 1987). À semelhança de outros sítios da península, assiste-se a um predomínio das moedas cunhadas em Roma, que aumenta paulatinamente do período flávio ao período Antonino, em particular nos reinados de Trajano e Adriano (Zabaleta Estévez, 1999, p. 82). A presença de cerca de 39 numismas datáveis do período flávio deve ser valorizada

No ocidente Peninsular a construção de uma economia de matriz monetária ao longo do século I a. C. está directamente relacionada com o avanço da conquista romana. Neste processo, Bracara Augusta aderiu num momento mais tardio vinculado às campanhas militares de Augusto. De acordo com os dados até à data reunidos, os numismas mais antigos estão representados apenas por cinco peças: quatro As ibéricos datáveis dos século II e I a. C. e um denário de prata do período tardo-republicado, do ano 82-81 a. C (vd. Centeno, 1987; Zabaleta Estévez, 1999; 2000; Amaral, 2001). Apesar de estes numismas provirem de achados ocasionais não contextualizados, devemos enquadrar a sua presença como meros elementos residuais, moedas chegadas à cidade com muito atraso relativamente ao período de cunhagem (Centeno, 1987, p. 281; Zabaleta Estévez, 2000, p. 396, 395-99; Amaral, 2001, p. 37) mas que ainda circulavam nos circuitos comerciais das primeiras décadas da vida da cidade. Ainda nos inícios da sua fundação assiste-se à generalização do uso da moeda, seguramente utilizada como elemento de troca e como resultado dos efeitos causados pelo longo e complexo processo de conquista. No total, o conjunto de 67 moedas até à data estudadas (Zabaleta Estévez, 2000, p. 395-99) datáveis do período de Augusto até aos finais da dinastia Júlio-Cláudia, revela uma forte circulação de numerário, comum, alias, a todo o Noroeste Peninsular (Centeno, 1987; Amaral, 2001, p. 37). Neste contexto, as moedas mais antigas estão representadas por nove moedas de Augusto com o reverso da Caetra, muito provavelmente emitidas entre 27 e 23 a. C. (Zabaleta Estévez, 2000, p. 396-97). Estas moedas, relativamente frequentes no Norte de Portugal e na Galiza, estão associadas às campanhas militares levadas a cabo por este imperador nesta região com o objectivo de sufragar os gastos resultantes da contenda militar e o pagamento às numerosas tropas de ocupação que exigiam um abundante caudal monetário, o chamado stipendium monetarium. A tipologia destas moedas com a representação do busto de Augusto no anverso e a representação no reverso do escudo galaico ou caetra, representativo das 400

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dado que para este período a península sofreu de uma certa penúria de numerário (Amaral, 2001, p. 38). Aquela relativa abundância apenas se pode justificar pela crescente importância da cidade, bem testemunhada nos diferentes vestígios arqueológicos que até à data foram exumados. O número elevado de 178 exemplares datáveis do período Antonino reflecte um aumento da circulação monetária, facto comum às cidades do Noroeste Peninsular, e igualmente consequência da importância crescente da cidade, bem visível na projecção urbanística e comercial que a cidade paulatinamente foi adquirindo. Entre a morte de Cómodo e a reforma monetária promovida por Diocleciano a quantidade de moeda que chega de Roma é enorme.

É neste período que se produz a mudança do sistema Alto Imperial para o Baixo Imperial, através de uma nova categoria métrica criada no reinado de Caracala (em c. de 215 d. C.), substituindo-se o denário pelo antoniniano. De novo à semelhança de outros sítios na Península, o numerário mais abundante em Bracara Augusta corresponde a emissões de Galieno e Cláudio II, sobretudo do tipo Divo Claudio que apresenta no reverso a legenda CONSECRATIO (altar e águia) ainda em 270, imediatamente após a sua morte. Neste contexto de abundância de numerário estão representadas na cidade várias oficinas ocidentais, designadamente, Roma, Norte de Itália (sobretudo Mediolanum) e Gália (Treviris, Adelatum e Lugdunum) (Zabaleta Estévez, 1999, p. 83)3.

3

De acordo com Milagros Cavada Nieto (1994, p. 47), se pusermos em relação os achados monetários do século III com o comércio poder-se-á dizer que a Hispania possuía uma certa independência relativamente ao poder central, dado o momento de maior instabilidade e o surgimento de grupos e indivíduos particulares. 401

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

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ENGLISH TRANSLATION OF THE FINAL REMARKS

Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

products – adopting K. T. Greene’s methodology (Greene, 1986: 54-56) for the numismatics and used by several authors for the terra sigillata (vid. Bourgeois and Mayet, 1991; Lopes, 1994; Carvalho, 1998; Viegas, 2003a) - we realise, as it would be expected, that there is a predominance of the importation of Haltern 70 amphorae and of terra sigillata over the other materials (Fig. 65). This calculation, which consists in the division of the number of items of each production by the number of years in which the importation was carried out, is only useful as an approximate value since this analysis should take into consideration the years when there was a larger fall in certain importations or larger fluxes of importations.

Chapter VI – Final Remarks 6.1

Comparative analysis of the rhythms and patterns of consumption of the city

While analysing comparatively the rhythms and patterns of consumption regarding the goods imported during the early empire period, we decided to highlight the amphorae since these transported essential consumer goods fundamental to correct the diet of its population. As we can see in Fig. 63, these represent about 18,57% of the total of the importations in that period. We should equally value the presence of importations of terra sigillata that comprise a significant number of about five thousand fragments (about 60,57% of the total). As we can see in Fig. 64, the Hispanic productions predominate with about 77,04% over the Italic and South of Gallia productions with 6,10% and 16,86% respectively.

The analysis of the rhythms and patterns of consumption of these products in the city should, however, take into consideration the comparison with other samples equally representative of materials gathered in other sites in the Peninsula. In the case of the amphorae we are particularly interested in the data provided by J. Naveiro López for the Gallaecia area (Naveiro López 1991a: 63-73) and by C. Carreras Monfort for the Asturian territory (Carreras Monfort, 1996: 205-210). In both cases, and at first sight, the studied sites reveal an identical consumption profile to the Braga one, which is directly involved in the Atlantic trade route. However, as C. Carreras Monfort points out (id. ibidem, 1996: 205-207), there are some differences in the type of supply between the different sites whether we are dealing with coastal places (for example, Campa Torres and the North-western coastal centres) or inland centres, which present par-

There is also another less significant amount of imported productions, which is represented by the thin-walled wares (about 235 specimen = 3%) and the mortaria (about 76 specimens = 0,97%). The local production of the Bracarense ceramics (about 688 specimens = 8.77%) and the oil-lamps production (most of them produced in the city) also appears highlighted (about 637 specimens = 8.12%) even though their value must be appreciated at a scale of regional diffusion. If we use these percentage values to try to estimate the approximate number of the average annual importation of these

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Chapter IV – Conclusions

ticular supply dynamics (for example, Legio and Asturica Augusta). Regardless of these differences, if we compare the quantity and the types of amphorae existent in these Asturian sites (Fig. 66 A and B) with the data obtained in Braga (Fig. 67), we verify a larger flux of importation in this city.

(CIL, II, 2635) and a procurator Asturiae et Gallaeciae (CIL, II, 2643). In spite of the fact that we are in the face of two major cities of the Northwest that benefited directly from a supply of Atlantic products, the analysis of the types of amphorae and their quantitative expression reveals a consumption profile that is truly differentiated. We must point out right away the larger Romanization and economic importance of Asturica during the first days of the city. In fact, besides the above mentioned inscriptions that compel us to stress the main administrative role of Lucus and Bracara, we also have a significant group of wine amphorae from Italy (Dressel 2-4) and from the Aegean region (Dressel 2-4 and Rodia Type). These amphorae prove the existence of indigenous elites and of a population of Mediterranean origin in Asturica who valued and could afford these luxurious products (vid. Carreras Monfort, 1996: 206). This is not a surprising situation if we take into consideration that the city was chosen to be the residence of the legati iuridici and of the procuratores augusti and metallorum, who were related to the mining exploitation (Tranoy, 1981). The significant presence of amphorae in Braga, in particular of Haltern 70, makes us believe that the importance of the city lay in its market potential, which, in turn, was due to the relative nearness of the coast and the population density of its territory. These two factors might have naturally attracted traders as the presence of negotiatores during the Claudius period seems to document. The supply of the city must have also benefited from this situation by getting other products, most of which were complementary to the transport of the amphorae.

In fact, a monographic study recently published by C. Carreras Monfort and P. Berni (Carreras Monfort and Berni, 2003: 633-673) about the amphorae of Astorga seems to corroborate that analysis. As a matter of fact, as we can see in Fig. 68, the quantity and diversity of the types of amphorae collected in Astorga is significantly inferior to the one found in Braga (vid. Fig. 67). We do not know, however, if this difference is due to the fact that this study is based on a temporary calculation from a limited number of excavations (that according to the authors only corresponds to 4.19% of the surface occupied by the intramural city) or if it is due to a real supply difference between these two cities of the Peninsular Northwest. The explanation for this difference, could, however, lie in two truly significant aspects: on the one hand – as we can see in the map of the cost of transportation from the Baetica, presented by C. Carreras Monfort (Carreras Monfort, 1996: 210, Fig. 3) – the supply of Asturica would be more expensive than that of Bracara (Fig. 69); on the other hand, that difference could be due to a larger self-sufficiency of Asturica and its region, taking into account its administrative importance and the presence of civil servants, documented by the epigraphy, with responsibilities in both territories, such as a legatus augusti per Asturiam et Gallaeciam (CIL, II, 2634), a praeses provinciae Gallaeciae

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Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial

The comparative analysis of the rhythm and patterns of consumption of the city can thus also be analysed in the light of other materials.

to the meridional model of supply. The largest percentage of Hispanic productions (vid. Fig. 70) in the Peninsular Northwest, such as in the cases of Braga and Mozinho comparatively to the other sites of Lusitania and Baetica, must be understood taking into account some geographical and chronological factors. In fact, unlike those places, situated south of the Douro, where we witness a fall in the importation of terra sigillata from the middle to the late 1st century, we verify a truly ascendant trade of the productions of Hispanic origin in the Peninsular Northwest (cfr. Naveiro, 1991a: 43) between the end of the 1st century and the beginning of the 2nd century. This advantage is due to the proximity of this region in relation to the productions of the Ebro Valley (Tritium Magallum) and to the setting of new commercial circuits which are confined to the commercialization of these goods through overland routes. In the comparative analysis of the rhythms and patterns of consumption of the city we should equally take the oil-lamps into consideration. As a matter of fact, these represent a good example of the complexity and inter-relation existent between the subsistence economy and the region’s, and in particular the city’s, market economy. In this way, the abundant oil-lamp production also shows that the city, besides being a receptor and redistributor centre, was equally one of the largest production centres of these goods, exporting them at a regional level. Over six hundred oil-lamps were collected in Braga (Fig. 1), which shows that, just like Astorga (Morillo Cerdán, 2003a), this number might be comparable to other groups recovered in Hispanic sites such as Pollentia, Tarragona, Zaragoça, Italica, Corduba or Merida.

In the case of the terra sigillata, the available data for the city makes it possible for us to compare it with other places in the Peninsula. As we can see in Fig. 70, the percentage of the different productions of terra sigillata varies according to the places, certainly depending on the respective geographic situation. The analysis of all the importation fluxes reveals that the amount of terra sigillata that was imported in Braga during the early empire period is only surpassed by the importations of Belo. However, these two cities naturally possess different supply patterns: in Braga the Hispanic products are more abundant whereas in Belo there are more Italic products and goods from the South of Gallia. Such a difference has fundamentally to do with the location of these two cities with the chronological context of each production and also certainly with the importation circuits that were carried out according to the transport network. In fact, if we analyse Fig. 70 we realize that, just like Belo, the Lusitan cities of Conimbriga and Santarém, regardless of the fact that they had known a different model of importation (cfr. Viegas, 2003a: 297), also benefited from a larger percentage of productions of Italic type and from the South of Gallia at the expense of the Hispanic productions. This situation is closely related to the chronology of both productions and to the geographical situation of these sites which, as we know, benefited from an earlier Romanization, thus being consequently much closer

461

Chapter IV – Conclusions

different to this situation, whose production is about 90% of the total. In the context of this production, we should also highlight the oil-lamp stamps contribute attributed to the Lucretii family (this was a socially privileged family thanks to their estate wealth), whose interpretation allowed us to contextualize for the first time the Flavian municipality of the city and to suggest that the city might have been the owner of a figlina and might have established a contract of the locatio-conductio type with the owners of the workshops.

The different series documented in the city present considerable differences in relation to the material of other cities. If we compare, for example, the series collected in Braga and Astorga (Fig. 71), we verify that, despite the slight numeric superiority of the group of Braga, the oldest series of oil-lamps are predominant in Astorga. This situation is actually in agreement with the above made remarks about the amphorae when we highlighted the highest degree of Romanization of the inhabitants of Asturica Augusta in the first decades of the 1st century due to the administrative importance of the city. According to this point of view, and as A. Morillo Cerdán pointed out( Morillo Cerdán, 2003:283), the Roman city of Asturica Augusta “se encuentra al mismo nivel que otros yacimientos y regiones peninsulares de romanización más antigua y más próximas geográficamente a los principales centros mediterráneos productores de lucernas” (is on the same level as other peninsular sites and regions of older Romanization and it is geographically nearer the main Mediterranean production centres of oil-lamps). Despite the signalled differences, we find in these two urban nuclei common characteristics related to the role that these carried out both as receptor and redistributor centres of oil-lamps and as large production centres of these goods, exporting them at a regional scale. As A. Morillo Cerdán well pointed out (Morillo Cerdán, 2003: 297), the production decentralization process that affected all economic sectors of the Roman city of Asturica Augusta from the mid 1st century onwards had some consequences as far as the oil-lamps local production is concerned. As we have seen in the chapter dedicated to the oil-lamps, Bracara Augusta did not stay in-

6.2

Considerations about the meaning of the material culture

The analysis of the economy and trade of the roman city of Bracara Augusta, one of the largest peninsular cities, turned out to be a very problematic task taking into account the used documentation – the archaeological materials, especially ceramics – which reveal fragmentary and irregular characteristics. Nevertheless, the data, which were valued in this work and collected throughout several decades of excavations, have given us the chance to enlarge our knowledge about the city and to redimension its role in the specific context of the trade and the importations in the Peninsular Northwest in the first centuries of our era. We have realized that Bracara Augusta, just like other nuclear cities of the Roman world, played an important role in the inter-provincial trade as an importer and redistributor centre of nourishing and manufactured goods. This role carried out by the city, which can be considered as a basic unity in the exchange process of the region, based itself necessarily on an intermediary network;

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right from the beginning it is possible to find large scale traders (negotiatores), specifically documented in the Claudius period, which make us assume the existence of small traders (mercatores), whether they were congregated or not in specific collegia or corpora. Together with these mercatores and collegia, not yet epigraphilly documented, we can also infer the presence of administrative workers in charge of the financial matters (tabularii), just like what was documented in Lugo. We have also realised that the city had a major role as a productive centre, directly materialised in several documented handmade activities, related to the needs of the urban centre and the rural world that were under its control. Just like in other cities (vid. Foraboschi, 1990: 820), the city markets (mundinae) must have been organized according to the available farming goods and these were arranged taking into account their persishability, their weight, the routes and the costs of transportation. As E. Gabba (Gabba, 1988: 144-149) and J. M. Frayn (Frayn, 1993) have demonstrated, these markets were of the utmost importance for the exchange of surpluses. They took place every eight days in the same city and were sometimes situated in private lands (Frayn, 1993: 4-5), after a weekly rotation with other centres of the region (vid. Columella, Rust. I, 18; Pliny, N. H. XVIII, 3, 13; cfr. De Martino, 1979: 163). Besides these markets, there were also permanent shops (tabernae) and buildings of periodic sale (macellum) (De Ruyt, 1983; Frayn, 1993: 1-10) characteristic of each community, Bracara Augusta included. In this way, we can assume that the power of the farming production in the eco-

nomic organization of the region might have influenced the different handmade activities that depended on that production and, consequently, the character and volume of trade which was mainly made up of agricultural products. In fact, just like other Roman cities, Bracara Augusta enjoyed a mixed economy based on agriculture, on trade and on industry. This assumption is developed not only from the analysis of the materials and the remains of the workshops documented in the city but also from the analysis of the protohistoric and Roman settlements in the region where the city is situated. Among many other studies, the one carried out by Manuela Martins on the basin of the Cavado River (Martins, 1990) gives us important elements for a better understanding of the Roman occupation in the rural space near the city. The new types of sites, small villages or uillae seem to appear in a first stage together with the city. They concentrate preferentially in its outskirts or following the routes network and obeying to a system of occupation of the radial type, directly dependent from the city and essentially connected to its supply (id. ibidem; id. 1995). However important these data may be for the understanding of the economic role of the city, they need to be revaluated taking into account a wider perspective of the territory; to accomplish that we must take into consideration the models of distribution, the creation of infrastructures and the organisation of the landscape (through the analysis of possible centuriations, for example) so that we can make maps of the distribution of the settlement. In fact, the value of these maps for the Peninsular Northwest region is not absolute because of the difficulty one has

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Chapter IV – Conclusions

felt to define the organization of the nuclei, their chronology and mutual relationships, which is the result of the lack of excavations in most of them. Apart from these issues yet to be solved, we can, however, demonstrate that in Bracara Augusta’s nucleus or in its territory a large range of instrumenta necessary for the farming activity or the domestic life were produced: oil-lamps, common wares, fine wares, amphorae, dolia, building materials and several other objects (such as pondera and terracottas).

ably used to make the drying of the pieces easier. Among the several types of ceramic materials collected so far in the city, the oillamps and the bracarense wares are an excelent proof that the city was not only a receptor and distributor centre but also one of the major goods production centre that enjoyed a wide regional spread. As a matter of fact, the oil-lamps are an obvious proof of the “romanization” level of the city as well as the number of potters, which is so far the largest documented in the context of the Peninsular Northwest. The referred to elements per si show the diversity of possible activities, which is a clear reflex of the city’s size, autonomy level of production, and trade orientation. In fact, this productive autonomy – which leads us to the self-sufficency principles – might have worked as a total or partially autonomous activity regarding agriculture, meant for the supply of the market of the city and of the surrounding region.

As we had the chance to mention (supra in Part II, Chapter II), in the case of the Roman city of Bracara Augusta, the region of Prado / Ucha, situated at about 14 km, was a place used for the exploitation of clay-pits and maybe a centre of potteries that supplied the city and the nearby region. We have also found out that the existence of potteries in the outskirts of the city did not invalidate their presence inside the city. As we have seen, the crossing of information regarding old references and several finds found in the excavations has made it possible for us to locate an important artisan sector out of the ordinary web of the insulae. This was situated in the southeast quadrant of the city and was testified by the reference to a kiln, a decanting tank of clay and two oil-lamps moulds. Among other remains, we highlight the presence of some pottery accessories, such as two pivot stones of potter’s wheel carved in clay, a clay wedge, probably used to separate the vessels from the kiln, a clay disk, identical to well documented specimens found in places of ware production and meant to serve as support rings, separators or insulators, and a bitronco-conic rack prob-

As far as the foreign trade between provinces is concerned, we should emphasize that Bracara Augusta benefited from an economy of scale. Such a conclusion is the result of a group of imported materials gathered so far in the city, which inclusively leads us to believe that the place of its foundation was thought taking into account its market potential. As we have several times stressed, this potential was also enhanced by the relative proximity of the coast, which made it possible to access to privileged areas in order to carry out an economic exchange of several goods from other regions. In this way, we can also accept that the city might have shared the role of redistributor centre (Fig.

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We also think that we have contributed for the juridical and administrative contextualization of the city. Actually, we still do not have unequivocal and direct testimonies that tell us if the city enjoyed or not the municipal privilege. However, the interpretation we have carried out about the oil-lamp stamps of local production seem to suggest that the city enjoyed that statute, at least since the Flavian period (supra, Part II, Chapter V, 5.4.1.2). Another aspect we should emphasize in this reading proposal is related to the entrepreneurial activity carried out by the city itself. Regarding this topic we put forward the idea that Bracara Augusta might have owned a figlina, here understood as a claypits and production area. The city, as a municipality, might have associated itself to one of the largest oil-lamp producers in the city, probably with profitable and control goals, and as such it might have established a contract of locatio-conductio type, where the city would be in the locator position and the producer in the the conductor position.

72) with the two other capital cities of the Peninsular Northwest, Lucus Augusti and Asturica Augusta. Besides these issues, we should also highlight the contribution given by the analysis of older materials collected in the city. In fact, although we do not know the specific date of the city’s foundation, which was only suggested by the critical analysis of the sources and by some signs provided by the epigraphic interpretation, the group of collected materials in the older levels and in turned over contexts have enabled us to testify and corroborate the occupation of the site of Braga since the last decade before the transition of the era (Morais, 1997-98, a). As far as the urbanistic evolution of the city is concerned, we have identified the oldest nuclei, which are situated in Colina da Cividade and in the preserved remains in the lands of the present museum. It has been in both these places that the oldest Roman materials have been found so far in the city (id. ibidem). We have also been able to report that the peak period of importations in the city coincided with a complex and wide programme of urban valuation and requalification, which occurred during the Flavian and Antonine dynasties. Such a fact leads us to believe that already in the Flavian era the city depended on a class of land owners, traders and craftsmen, who lived and worked there, contributing to the development of the urban life. This development will lead to a progressive urban expansion of the city, which was reported between the late 3rd century / early 4th century, despite the contraction of the economic and commercial activities between the provinces and the growing self-sufficiency of the city.

Regardless of these issues, what we can certainly take for granted is that the city benefitted from a system of market and redistribution of goods, which was certainly influenced by the natural means and the infrastructures and dependent on the purchasing power and ethnic characteristics of the population. As we have had the chance to emphasize, we think that the amount of imported goods is closely connected with the inhabitants of the city and its surrounding territory. Such a relation seems to imply a large population density, which was actually testified by Pliny for the conventus bracaraaugustanus (III, N.H. 23, 28), and the existence of a urban centre of considerable size – as was

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the case of Bracara Augusta. These two facts must have attracted the traders who expected to sell their products as quickly as possible, without having to stay for a long time in a port or place. In fact, as we can see through the amount and types of amphorae so far collected, we know that the city was in contact – direct or indirectly – with the big producing centres and thus well integrated in the Empire, reflecting the rhythms and fluxes of regular exchanges which were in the meantime found out in the the context of the Peninsular Northwest (Morais, 1998a: 81). We realized that these centres had a privileged relation with the province of Baetica through the massive importation of Haltern 70 amphorae and the considerable presence of Dressel 7-11 fishing amphorae. As far as the massive presence of Haltern 70 amphorae is concerned, and in an attempt to reveal the question related to their content (supra, Part II, Chapter III, 3.2.1.2), we put forward two alternatives: these amphorae either transported wine and additionally the by-products referred to in the tituli picti, or they transported exclusively, and in large amounts, these by-products, especially defructum. This had to possess special characteristics to be able to be commercialized as an alcoholic drink (or if we prefer as low quality wine). In this context, and taking this last hypothesis into consideration, we can only conclude that the result of that process is a low-quality and very sweet wine that was drunk at the unfortunates’ tables or sold at the tabernae, while the consumption of the most appreciated and of better quality wines (with a higher degree of alcohol) was only reserved for the most privileged classes.

Yet to be solved is the presence of a small amount of olive-oil amphorae… In order to try to explain this issue, we have formulated two hypothesis that, despite not being contradictory, can help explain the scarcity of these amphorae: on the one hand, we can accept that this product could have been produced in other regions, namely in Trásos-Montes; on the other hand, people probably went on using animal fat that was used as a substitute for the olive-oil, which would explain the small number of these type of amphorae. We should also point out the presence of amphorae which are not normally found outside their places of production. We refer to the wine amphorae Dressel 7-11 of Tarroconensis production and to the wine amphorae Galoise 5 and 7 from the South of Gallia among others. As far as the first amphorae are concerned, we admit that there is a weak representation outside their area of production. However, that is not the case of the second type of amphorae. We believe that the small amount of these amphorae is due to an absence of investigation. In fact, at least what concerns the Peninsular Northwest, we were able to report that the Galoise 5 and 7 amphorae were present in different sites of the current North of Portugal and Galicia. We have also reported a weak diffusion of the wine amphorae Dressel 2-4, probably from Tunisia, and of the Matagallares I and Béltran 68 amphorae equally documented in the city. The residual presence of these amphorae in the city should, nonetheless, be valued so that in the near future we can do a map of their diffusion and register their distribution and supply routes. For the same reasons we highlight the presence of fish amphorae Puerto Real I because, with exception of the production centre of Puente Melchor

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and of specimens found underwater, these amphorae have only been documented so far in the region of the German Limes, in Augst and on the coast of Mauritania, in the Strait of Gibraltar. Throughout this review about the amphorae gathered in the city, we have also highlighted the residual presence of amphorae of undefined content, represented by the amphorae Type 8.1.3.3 (PE - 18) from Ibiza and by the African amphorae Dressel 30 and “Africana Grande” B from Mauritania Caesariensis and Byzacena respectively. The Richborough 527 amphorae were found in a different situation; as a matter of fact, a considerable number of these amphorae was documented and they were probably meant to transport an alum, a product which, as we have seen, was originary from the island of Lipari (Italy) and was used to stick paint. We are of the opinion that the absence of specimens of this type of amphorae in the present Portuguese territory is due to an investigation deficit rather than to a restricted trade or to a specific trade route. What concerns the large concentration of Haltern 70 amphorae and the need for a more detailed observation of the formal characteristics of this amphora, it was possible to individualize a group of amphorae that presents an unquestionable Guadalquivir fabric, but whose formal characteristics lead us to suggest its integration in the known Dressel 7-11 and Dressel 14 forms. The identification of a group of materials, whose regional and local origin was duly supported by the archeometric study (supra, Part II, Chapter III, 3.3.), was extremely important for the history of the economy and the trade of the Peninsular Northwest in the middle and late empire period. We are

obviously referring to two different sets of amphorae that we have individualized according to their morphological and fabric characteristics: the first, which we have temporarily named Regional Form I (Galoise 4 imitation) and Regional Form II (“Almagro 50” Keay XVI, var. C and Béltran 72 imitation), has strong resemblances to the fish amphorae recognized in the Gallician kiln of San Martiño de Bueu; the second set, which corresponds to a group of forms of local fabric, has similarities to the amphorae of flat bottom used for the transport of wine. This appreciation of the group of amphorae so far gathered in the city and of its privileged relation with the Baetica, has definetely proved the importance of the Atlantic route as a privileged circulation axis in the regular supply of the Peninsular Northwest. This route was also important in the supply of Britannia and of some northern sites of the German Limes, which could hardly have been supplied by other maritime trade routes because these would have turned out to be much more expensive than the Atlantic one. On the other hand, we should not find that privileged situation strange, especially if we think that the Baetic province was one of the most fertile areas of the West in this period, a region where everything was produced and in large quantities. However, according to the quantitative and chronological data obtained, we should distinguish two different moments in this supply route: a first moment, between August’s reign and the mid 1st century, dominated by a large scale importation of Haltern 70 amphorae, and a second moment related to the conquest of Britannia, in the year 43, which allowed the consolidation of the Atlantic circulation, especially of fish- sauces, still

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associated with the Haltern 70 amphorae. A significant number of other ceramics is also documented in the city, such as the mortaria from Italy and the Baetica and the table fine wares, represented by terra sigillata and by the thin-walled wares, originary from different areas and production centres. As far as the mortaria are concerned (supra, Part II, Chapter III, 3.5), we realized that except for two specimens of Italic origin belonging to the Dramont 1 and 2 types, the remaining pieces resembled ceramics from the Cádiz region, presenting a similar fabric to the fish amphorae of the same origin. The lack of a specific study, which would help us to fit in the fragments, led us, however, to establish three different groups that enabled us to carry out a clearer presentation of the material. We have equally highlighted the importance of these ceramics and presented them as an essential product directly associated with the amphorae.

centres, such as Pisa, Po Valley, Vasanello and Central Italy. In the context of the decorated products of this ceramic, we found out that the majority of the pieces was produced in the workshops of Rasinius and of Perenius and that there was a specimen of complete profile which was attributed to P. Cornelius and for which there are specific parallels in the works of Dragendorff/Watzinger (1948) and Cristina Troso (1991). In this brief appreciation we can not but value the presence in the city of a rare fragment belonging to the form Drag. 29 of late Italic production, decorated with a border of dancers that H. Confort thought to be similar to the basis of an altar, which is typical of Perenius’ decoration. The thin-walled wares, exception made to some specimens of provincial origin, also come from different production areas of Italy. We can highlight the presence of pieces from Etrury and from the Western Centre area of the Po Valley. In a second moment, which fits in a period that corresponds to the late 1st century, the city starts being supplied by fine wares of peninsular origin and by terra sigillata from the South of Gallia. As we have seen, apart from five fragments from Montans and a Drag. 45 form fragment from Lezoux, the Gallic productions are from La Graufesenque. The importation peak situates itself during the “splendour” period, especially in the 40s and 60s. From the group of forms so far collected in the city, we have highlighted because of their rarity, the decorated fragments of the form Hermet 9 and Knorr 78. In this list we have also included the fragments of the form Ritt. 9 and 14a belonging to the marbled production and the fragments of the form Curle 11, Hermet 25 and Haltern 16 because of their

As we have already seen, there were plenty imported table wares represented by terra sigillata of Italic type and by thinwalled ware of the same origin. Among the aspects we have emphasized (supra, Part II, Chapter IV, 4.1), we have referred that the importation of these ceramics was carried out in the end of August’s reign and during Tiberius’ reign, just like the other studied sites in the present Portuguese territory. This datum proves that the importation of these ceramics only had an economic importance during this period. What concerns the data we gathered for the terra sigillata of Italic type, we have referred that the majority of the fragments comes from Arezzo, even though we can find in the city products from minor production

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rarity in their own places of production. Equally important is the presence of a stamp attributed to Bio, present in the inside bottom of a decorated bowl belonging to the form Drag. 29, and two unpublished stamps, even though they are of difficult and controversial reading. As we have had the chance to report, just like in other studied contexts in the peninsular area, the success of these ceramics will be surpassed by their congenerous ones of Hispanic production. In fact, the Hispanic terra sigillata is one of the most significant imported productions in the city. Apart from some fragments attributed to Andújar and Granada, which were not so far documented in the Peninsular Northwest, almost all the lot is from Tricio. Besides the most frequently documented forms of Hispanic terra sigillata, some other extremely rare forms were found: we refer to, among others, the Hisp. 23, 28, 34, 54 and 91 forms. We also point out the presence of a fragment of Hisp. 5 form, with a fabric probably attributed to the Valley of Douro, and of some other undetermined stamps for which no parallels were found in the researched bibliography. We should also refer the individualization of two unpublished stamps, which are attributed to the Tricio production because of their fabric, and of two other stamps belonging to wellknown potters in the Baetica production of Andújar.

the several shipwrecks so far documented show, the ships transported varied goods. These goods had different origins since they had been bought in the main ports, which were responsible for the storage of various products. Several shipwrecks confirm this interpretation, such as the Cala Culip IV one, which transported Dressel 20 amphorae, thinwalled wares from Baetica, terra sigillata from the South of Gallia (originary from the production centre of La Graufesenque) and Italic oil-lamps and mortaria; the shipwreck of Cabrera 3 with Baetica and Tripolitanian materials aboard and the shipwreck of Port Vendres I transporting amphorae to be used in the transport of fish-sauces from Lusitania, African terra sigillata and oil-lamps. We could thus assume that the majority of the goods collected in the city might have come, directly or indirectly, from the products stored in Cádiz, especially if we think about the privileged commercial relationship this city had with the province of Baetica. We can not, however, assume that the city only enjoyed an indirect supply from the port of Cadiz. As a matter of fact, it is perfectly possible that the city (and other important nuclei from the Northwest) might have been supplied with shipments of boats mainly dedicated to the high-sea navigation that set sail from other Hispanic ports, such as from Hispalis, Tarraco and Nova Carthago or even from ports outside the Peninsula situated in Narbonne, Arles, Pozzuoli, Ostia or Carthage. This might be proved through the presence in the city of amphorae of Italic and Aegean origin and of amphorae from the south of Gallia, which naturally came together with other ceramic products equally

After all that has been said we can easily conclude that the city attracted a complex exchange network with several different provinces of the Empire (Fig. 73). This fact does not mean, however, that the city got its supplies directly from the production centres or from the distribution ports connected to those centres. In fact, as

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Chapter IV – Conclusions

documented in Bracara Augusta, as is the case of the terra sigillata, the mortaria and the thin-walled wares. We should equally accept the hypothesis that some of the products collected in the city might have come from other routes of circulation. We are referring to some products from the south of Gallia that might have obeyed to other exchange circuits by using the well-known Aude-Garonne route, also known as the Gallaic isthmus route. Such a connection might imply that the city was supplied from the port of Brigantium, which was in turn connected to that route through the Cantabrian coast. The same connection to the port of Brigantium can be accepted for the arrival of Hispanic terra sigillata products from Tricio (La Rioja) even though it is much wiser to think that these might have been transported overland through the Douro Valley resorting to draught and pack animals used to cross the mountainous ways. However, as we have highlighted in the chapter concerning the transport network by sea (supra, Part I, Chapter III, 3.3.1), the city did not benefit directly from the places of call of the Atlantic route, whose itinerary was done with obligatory stops in Brigantium, Burdigala and Gesoriacum. It is thus possible that the city benefited from a supply from intermediate ports of call, such as that of Cale and of the River Minho, or even directly from the secondary ports of call connected to the traffic of small and large cabotage situated in the mouths of the Leça, Ave and naturally Cávado Rivers.

licia (supra, Part II, Chapter III, 1.2.3.2), we reported the existence the existence of many places that indirectly could have been related to the supply of the city and its region. In the present Portuguese territory we have distinguished, among others, the role of the Cale, an important anchorage, which possessed on its banks port structures, and the Leixões of the mouth of the Leça River, whose exterior reefs might have worked as a natural breakwater. The group of materials recovered so far is a witness of this privileged position, especially the amphorae recovered in the excavations of the old prison (Aljube), situated in Rua de S. Sebastião (Porto), and the amphorae collected in the old and recent excavations in Castro de Guifões, near the mouth of the Leça River. As far as the direct supply of the Roman city of Bracara Augusta and nearby territory is concerned, we have pointed out the importance of the Cávado River. We have admitted that the larger vessels, besides heading to the “ports of call” of the Douro and Minho Rivers, might have unloaded part of their goods in that river, in the so-called Cala – a deep area with exterior reefs that worked as a natural breakwater, just like the leixões of the mouth of the Leça River. As we have equally highlighted this situation does not overrule that there might have existed a river port in the Cávado River, probably situated near the city in Areal de Caída or a bit further downstream in the area of Barca do Lago. It is in this context that we can also accept as correct Ausonius’ reference (Ordo, XIV) when he situates the city of Braga near the sea beaches. We would say that he anticipated in fifteen centuries the “garden situated by the sea”.

With respect to the analysis and diffusion of the Haltern 70 amphorae in the present Portuguese territory and in the region of Gal-

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