Autocrítica, práticas psicológicas e despatologização do gênero

June 12, 2017 | Autor: I. Bonamigo Gaspo... | Categoria: Psychology, Prejudice, Prejudice (Psychology), Depathologization
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AUTOCRÍTICA, PRÁTICAS PSICOLÓGICAS E DESPATOLOGIZAÇÃO DO GÊNERO Icaro Bonamigo Gaspodini e Denise Falcke Introdução

Programa de Pós-Graduação em Psicologia Universidade do Vale do Rio dos Sinos

O movimento político e acadêmico pela despatologização das identidades transgênero, entre outras reivindicações, defende a retirada de transtornos e disforias relacionadas a gênero dos manuais médico-psiquiátricos internacionais (Arán & Murta, 2009; Bento & Pelúcio, 2012). A Psicologia pode se inserir nesse contexto como abordagem alternativa ao modelo biomédico e apresentar uma mudança de paradigma ao abordar o gênero como construção psicossocial e histórico-cultural. Neste relato de experiência, retomou-se Exotificação da transgeneridade um trabalho de graduação que consistia num exercício de familiarização com um instrumento de avaliação do tipo projetivo, Confusão conceitual entre gênero e aplicado em uma mulher orientação sexual trans. Objetivo Analisar as conclusões e a linguagem empregada naquele trabalho, 4 anos após sua execução, para identificar aspectos contrários ao movimento de despatologização do gênero.

Psiquiatrização de identidades transgênero

Apropriação de discursos de participantes

Método Além de revisão da literatura, optouse pela autocrítica como estratégia de análise do documento antigo, uma opção metodológica sugerida aqui para o estudo do preconceito. Resultados Foram identificados 7 tópicos contrários ao processo de despatologização.

Binarismo de gênero Escolha de designantes gramaticais inadequados Ciscentrismo e cissexismo

Conclusão Considerou-se a necessidade de incluir esses desenvolvimentos prático-teóricos sobre gênero e sexualidade nos currículos de graduação e pós-graduação em Psicologia. Referências Bento, B., & Pelúcio, L. (2012). Despatologização do gênero: A politização das identidades abjetas. Revista Estudos Feministas, 20(2), 559-568. doi:10.1590/S0104-026X2012000200017. Arán, M., & Murta, D. (2009). Do diagnóstico de transtorno de identidade de gênero às redescrições da experiência da transexualidade: Uma reflexão sobre gênero, tecnologia e saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 19(1), 15-41. doi:10.1590/S0103-73312009000100003.

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