AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA FINS DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL DO SELO CASA AZUL DE UM EMPREENDIMENTO EM SÃO LUÍS-MA

May 23, 2017 | Autor: Elon Vieira Lima | Categoria: Desarrollo Sustentable, Construção Civil, Certificação Ambiental
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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PARA FINS DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL DO SELO CASA AZUL DE UM EMPREENDIMENTO EM SÃO LUÍS-MA JULIANA DE MELO CANUT - [email protected] UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA MAYANNE CAMARA SERRA - [email protected] UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA ELON VIEIRA LIMA - [email protected] UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

Área: 11 - ENG. PROD., SUSTENTABILIDADE E RESP. SOCIAL Sub-Área: 11.5 - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Resumo: PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE DE UMA “CONSTRUÇÃO VERDE”, EXISTEM OS CERTIFICADOS AMBIENTAIS PARA AVALIAR E CERTIFICAR O DESEMPENHO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO. DESTA FORMA, O SELO CASA AZUL DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL É UMA CERTIFICAÇÃO NACIOONAL FOCADA EM OBRAS RESIDENCIAIS. ESTE ARTIGO SE REFERE AO ESTUDO DE CASO REALIZADO EM UM EMPREENDIMENTO LOCALIZADO NA ILHA DE SÃO LUÍS, PELO QUAL HOUVE A SUA AVALIAÇÃO SOBRE OS REQUISITOS PARA A CERTIFICAÇÃO PELO SELO CASA AZUL DA CAIXA, COM O OBJETIVO DE IDENTIFICAR SEU ENQUADRAMENTO. COM OS RESULTADOS OBTIDOS, O EMPREENDIMENTO ATENDE TREZE DOS DEZENOVE CRITÉRIOS OBRIGATÓRIOS E CINCO DOS TRINTA E QUATRO DE LIVRE ESCOLHA PARA A CERTIFICAÇÃO ESTUDADA. CONFORME REGRAS DA CAIXA, O EMPREENDIMENTO DO ESTUDO NÃO PODE SE ENQUADRAR NO SELO BRONZE DEVIDO AO SEU VALOR DE UNIDADE HABITACIONAL E, PORTANTO, REQUER O ATENDIMENTO DOS SEIS CRITÉRIOS OBRIGATÓRIOS E MAIS UM DE LIVRE ESCOLHA QUE FORAM AVALIADOS COMO NÃO ATENDIDOS, MAS COMO DE POSSÍVEL IMPLANTAÇÃO PARA O SELO PRATA; OU OS SEIS CRITÉRIOS OBRIGATÓRIOS E MAIS SETE DE LIVRE ESCOLHA PARA O SELO OURO. PELO ESTUDO, NOTOU-SE A ABRANGÊNCIA DAS CONTRIBUIÇÕES DO SELO CASA AZUL DA CAIXA ULTRAPASSAR OS LIMITES DO EMPREENDIMENTO AO ATINGIR TAMBÉM A COMUNIDADE DO ENTORNO. Palavras-chaves: CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL; CONSTRUÇÕES VERDES; SELO CASA AZUL DA CAIXA.

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PERFORMANCE EVALUATION FOR THE ENVIRONMENTAL CERTIFICATION OF SELO CASA AZUL OF A RESIDENCIAL PROJECT AT SÃO LUÍS-MA Abstract: IN ORDER TO GUARANTEE THE SUSTAINABILITY OF A “GREEN CONSTRUCTION”, THERE ARE THE ENVIRONMENTAL CERTIFICATIONS TO RATE AND CERTIFY THE BUILDING ENVIRONMENTAL PERFORMANCE. THEREFORE, THE SELO CASA AZUL OF THE CAIXA ECONÔMICA FERERAL (A BRAZIILIAN FEDERAL BANK) IS A NATIONAL CERTIFICATION FOCUSED ON RESIDENTIAL CONSTRUCTIONS. THIS ARTICLE REFERS TO A CASE STUDY APPLIED IN A RESIDENTIAL PROJECT LOCATED IN SÃO LUÍS ISLAND, FOR WHICH THERE WAS EVALUATION OF THE REQUIREMENTS FOR THE CERTIFICATION OF CAIXA’S SELO CASA AZUL, IN ORDER TO IDENTIFY ITS FRAMEWORK. WITH THE RESULTS, THE PROJECT ATTENDS THIRTEEN OF THE NINETEEN MANDATORY CRITERIA AND FIVE OF THE THIRTY-FOUR FREE CHOICES FOR THE CERTIFICATION. ACCORDING TO CAIXA RULES, THE PROJECT OF THIS STUDY CAN’T FIT IN THE BRONZE CERTIFICATION DUE TO ITS HOUSING UNIT VALUE AND THEREFORE REQUIRES THE ATTENDANCE OF THE SIX MANDATORY CRITERIA AND ONE MORE FREE CHOICE THAT WERE ASSESSED AS “NOT ATTENDED”, BUT THERE IS A POSSIBLE DEPLOYMENT TO THE SILVER CERTIFICATION; OR THE SIX MANDATORY CRITERIA AND SEVEN OF FREE CHOICE FOR THE GOLD CERTIFICATION. THE STUDY NOTICED THE AREA OF INFLUENCE OF SELO CASA AZUL EXCEEDS THE LIMITS OF THE PROJECT BY REACHING ALSO THE SURROUNDING COMMUNITY. Keyword: ENVIRONMENTAL CERTIFICATION; GREEN BUILDING; CAIXA´S SELO CASA AZUL.

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1. Introdução Há uma vertente na construção civil chamada Green Building como um paradigma para minimizar os impactos negativos causados pelo setor, que tem um rótulo histórico como um dos setores que mais impacta negativamente o meio ambiente. Os Green Buildings, traduzidos como Construções Verdes, são obras pensadas que visam minimizar a escassez de agua, energia e recursos naturais, propiciando a qualidade de vida e um viver sustentável para seus usuários. Os benefícios para as construtoras são a redução no custo de execução da obra e seu reconhecimento pela sociedade, entre outros aspectos. Por isso, existem os Selos e Certificações de construções sustentáveis, como forma de sistematizar, classificar e promover obras que seguem essas características. Neste artigo será explanado sobre o Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal, que é uma iniciativa da Caixa para classificar sustentavelmente empreendimentos habitacionais de acordo com as particularidades do Brasil e suas regiões. Para a obtenção desta certificação é necessário o atendimento de vários requisitos divididos em seis categorias, sendo elas: Qualidade Urbana, Projeto e Conforto, Eficiência Energética, Conservação de Recursos Materiais, Gestão da Água e Práticas Sociais. Por meio de um estudo de caso, analisa-se um empreendimento da construção civil quanto aos requisitos para a certificação pelo Selo Casa Azul da Caixa, segundo os seus critérios obrigatórios e de livre escolha, e são apresentadas as adequações necessárias para atendimento conforme gradação desse Selo.

2. Referencial Teórico Araújo (2009), Csillag (2007) e John e Prado (2010) concordam que a Construção Civil é a atividade humana que mais impacta o meio ambiente e, por isso, exige profundas e urgentes alterações em sua forma de desenvolvimento para que se torne sustentável. O cenário atual de impacto pela indústria da Construção Civil pode ser justificado por ser um dos setores mais conservadores, com lento processo de absorção de inovação tecnológica e ainda resistente para alterações em seu processo (GARÉ, 2011). Segundo informações do relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA, 2011), o setor da construção tem a maior parcela de contribuição das emissões de gases do efeito estufa globais e é responsável por mais de um terço do consumo global de recursos. E John e Prado (2010) apontam o alto volume de resíduos gerados pela construção civil - que é o entulho - representando grande parcela de resíduos em locais

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inadequados e o dispêndio das municipalidades quanto à remoção desses materiais. A busca pela construção sustentável deve ocorrer com o fornecimento de mais valor, menos poluição, auxílio no uso de recursos sustentavelmente, com respostas mais efetivas às partes interessadas e melhoria da qualidade de vida presente sem que a futura seja comprometida (CSILLAG, 2007). Nesse aspecto, Araújo (2009) e Silva (2003) enfatizam que construir sustentavelmente não deve priorizar o desempenho ambiental à custa da saída de uma empresa do mercado, mas também não deve ocorrer à custa de impactos ambientais e sociais para obter o desempenho financeiro. Atualmente no Brasil, existe a certificação pelo Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal, que foi criada em 2010 com o intuito de suprir as necessidades nacionais da construção civil quanto às certificações de sustentabilidade. Esse selo é a primeira metodologia de caráter genuinamente nacional a classificar empreendimentos habitacionais sustentáveis no Brasil, conforme Brasileiro (2013), John e Prado (2010) e Motta (2010). A certificação no Selo Casa Azul da Caixa almeja o equilíbrio nos projetos habitacionais quanto às ações de comprometimento considerando o tripé da sustentabilidade para alcançar benefícios adequados ao contexto do empreendimento. Portanto, o projeto candidato ao selo sempre será avaliado em seis categorias, sendo elas: Qualidade Urbana, Projeto e Conforto, Eficiência Energética, Conservação de Recursos Materiais, Gestão da Água e Práticas Sociais (TRIANA e GHISI, 2013). As mencionadas categorias são compostas por 53 critérios que se dividem em 19 obrigatórios e 34 de livre escolha quanto ao seu atendimento, sendo que os critérios de livre escolha podem ser selecionados de acordo com o nível de gradação escolhido pelo empreendimento, podendo ocorrer da seguinte forma (BARBOSA 2013; JOHN e PRADO, 2010; MOTTA, 2010; TELLO, 2012; TRIANA e GHISI, 2013): a)

Selo Bronze: todos os critérios obrigatórios devem ser atendidos, porém se o

empreendimento ultrapassar o valor de avaliação de unidade habitacional estipulado pela Caixa, deve ser avaliado sob os requisitos de gradação a partir do Selo Prata. b)

Selo Prata: além de todos os obrigatórios, devem ser escolhidos mais 6 critérios de

livre escolha para atendimento; c)

Selo Ouro: além do necessário para o selo bronze, devem ser atendidos mais 12

critérios de livre escolha. A primeira categoria do escopo da certificação do Selo Casa Azul da Caixa é a

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Qualidade Urbana e se trata do entorno onde o empreendimento será instalado visando a qualidade de vida dos moradores, que requer a existência de uma boa infraestrutura (BRASILEIRO 2013). Os critérios desta categoria são os seguintes (JOHN e PRADO, 2010): a)

Obrigatórios: Qualidade do entorno – infraestrutura, Qualidade do entorno – impactos;

b)

Livre escolha: Melhoria do entorno, Recuperação de áreas degradadas e Reabilitação

de imóveis. A segunda categoria, Projeto e Conforto, se refere mais à fase de planejamento e de projeto, nas quais devem ser definidas as ações para melhor aproveitar e adaptar o empreendimento as condições climáticas, físicas e geográfica do local (BRASILEIRO, 2013). De acordo com John e Prado (2010), os critérios dessa categoria são: a)

Obrigatórios: Paisagismo, Local para coleta seletiva, Equipamentos de lazer, sociais e

esportivos, Desempenho térmico – vedações e Desempenho térmico – orientação ao sol e ventos. b)

Livre escolha: Flexibilidade de projeto, Relação com a vizinhança, Solução alternativa

de transporte, Iluminação natural de áreas comuns, Ventilação e iluminação natural de banheiros e Adequação às condições físicas do terreno. A categoria Eficiência Energética também enfoca a otimização do uso da energia pelo consumo com eletrodomésticos, no aquecimento de água e na iluminação artificial (JOHN e PRADO, 2010; TELLO, 2012). Nesta categoria são propostas pequenas ações a custos relativamente baixos e os seus critérios são (JOHN e PRADO, 2010): a)

Obrigatórios: Lâmpadas de baixo consumo – áreas privativas (para Habitações de

Interesse Social com renda de até três salários mínimos), Dispositivos economizadores – áreas comuns e Medição individualizada – gás; b)

Livre escolha: Sistema de aquecimento solar, Sistemas de aquecimento a gás,

Elevadores eficientes, Eletrodomésticos eficientes e Fontes alternativas de energia. A categoria dos Recursos Materiais visa as soluções de minimização de impactos relacionados à captação de recursos naturais e produção dos resíduos de construção e demolição, que tendem se revelar em alto volume e parte dos resíduos podem ser considerados como perdas de processo (JOHN e PRADO, 2010; TELLO, 2012). John e Prado (2010) expõem que os critérios da referida categoria são: a)

Obrigatórios: Qualidade de materiais e componentes, Fôrmas e escoras reutilizáveis e

Gestão de resíduos de construção e demolição – RCD;

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b)

Livre escolha: Coordenação modular, Componentes industrializados ou pré-

fabricados, Concreto com dosagem otimizada, Cimento de alto-forno (CP III) e pozolânico (CP IV), Pavimentação com RCD, Madeira plantada ou certificada e Facilidade de manutenção da fachada. A categoria Gestão da Água trata da importância de amenizar os problemas da escassez e da poluição superficial e profunda, além de reduzir os riscos de inundação. Buscase a garantia de que as águas escoem com fluxo controlado e evitando ou minimizando os riscos de inundações; e os critérios dessa categoria são (JOHN e PRADO, 2010): a)

Obrigatórios: Medição individualizada – água, Dispositivos economizadores – bacia

sanitária e Áreas permeáveis; b)

Livre

escolha:

Dispositivos

economizadores



arejadores,

Dispositivos

economizadores – registros reguladores de vazão, Aproveitamento de águas pluviais, Retenção de águas pluviais e Infiltração de águas pluviais. A última categoria para a certificação do Selo Casa Azul da Caixa é a de Práticas Sociais, como uma forma de disseminar a sustentabilidade em vários setores que estão envolvidos no empreendimento: colaboradores, moradores e a comunidade do entorno (TELLO, 2012). John e Prado (2010) apresentam que os requisitos dessa categoria são: a)

Obrigatórios: Educação para a Gestão de RCD, Educação ambiental dos empregados e

Orientação aos moradores. b)

Livre escolha: Desenvolvimento pessoal dos empregados, Capacitação profissional

dos empregados, Inclusão de trabalhadores locais, Participação da comunidade na elaboração do projeto, Educação ambiental dos moradores, Capacitação para gestão do empreendimento, Ações para mitigação de riscos sociais e Ações para geração de emprego e renda.

3. Metodologia Este trabalho se trata de pesquisa aplicada, pois se desenvolveu sob objetivos práticos e direcionadas à solução de problemas específicos, envolvendo verdades e interesses locais (APPOLINÁRIO, 2006; KAUARK et al., 2010), que é a verificação do enquadramento nos critérios da certificação de construção sustentavel da Caixa por um empreendimento escolhido para estudo. E, por isso, também se trata de estudo de caso, porque é um estudo aprofundado de uma situação particular, conforme Kauark et al. (2010). Levando em conta o que Kauark et al. (2010) discorrem sobre as pesquisas

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exploratórias visarem a elevação da familiaridade com o problema em estudo, neste artigo se busca explorar acerca de temas como sustentabilidade na construção civil e certificação ambiental enfocando a certificação do Selo Casa Azul da Caixa. Gil (2008) aborda que nas pesquisas definidas como estudo de caso, entre outras, os procedimentos analíticos são principalmente de natureza qualitativa, na qual processo de análise dos dados depende bastante da capacidade e estilo do pesquisador. E, no desenvolvimento deste estudo, a análise dos dados coletados ocorreram pelo tratamento e interpretação dos autores, pelos quais foram gerados os resultados. Primeiramente houve uma busca por empreendimentos residenciais que divulgavam características sustentáveis por meio de encartes publicitários no mercado imobiliário da capital do Maranhão. Desta forma, chegou-se ao empreendimento estudado, que estava em fase de projeto na época do início do estudo em agosto de 2015 e, até a finalização da coleta de dados, em novembro do mesmo ano, o projeto e planejamento da construção ainda estava em andamento e com a obra prevista para iniciar no segundo semestre do ano de 2016. Realizaram-se visitas à organização administradora do empreendimento para coleta de dados necessários para avaliação conforme requisitos do Selo Casa Azul da Caixa por meio de seu manual de orientações. Os colaboradores foram os engenheiros do empreendimento, que participaram por meio de entrevistas não-estruturadas – sendo estas o principal instrumento de coleta de dados utilizado, em que “(...) as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversão informal” (TURRIONI e MELLO, 2012, p. 85). Também foram realizados levantamentos presenciais na empresa administradora do empreendimento para identificação de alguns requisitos para certificação do selo da Caixa por meio de observações no projeto. E o levantamento do entorno do local foi realizado presencialmente e com auxílio de dispositivos de GPS. Os dados coletados foram organizados em quadros por categorias com auxílio do software Microsoft Excel e de acordo com as tabelas fornecidas pelo manual do Selo Casa Azul da Caixa. Os critérios são classificados como “Obrigatórios” ou de “Livre Escolha” quanto ao seu atendimento para obtenção do Selo. Então, para o processo de avaliação do empreendimento estudado neste artigo, buscou-se responder da seguinte forma: a)

Sim: o critério é atendido pelo empreendimento segundo o seu projeto;

b)

Não: o critério não é atendido;

c)

Não se aplica: de acordo com algumas características do empreendimento,

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determinados critérios são dispensados quanto ao seu atendimento; d)

Parcialmente: se referindo aos critérios que devem ser avaliados por meio de

indicadores, sendo que nem todos foram atendidos ou não se aplicam ao empreendimento; e)

Possível Implantação: podem ser realizadas adequações viáveis para que os critérios

assim avaliados possam ser efetivamente atendidos, pois a obra ainda não iniciou.

4. O empreendimento do estudo de caso O empreendimento do estudo de caso foi lançado no ano de 2015, está em fase de vendas e com previsão de entrega para o primeiro semestre do ano de 2018. Trata-se de um empreendimento residencial localizado na Estrada Velha do Farol do Araçagy, em São José de Ribamar, na Ilha de São Luís. Será formado por dois condomínios fechados, sendo um com 29.779,17m² e abrangendo 126 casas, e outro com 29.859,18m² e formado por 115 casas. Segundo a construtora, antes mesmo da candidatura do empreendimento para a certificação do Selo Casa Azul da Caixa, o seu lançamento segue uma linha diferenciada de construções, com conceito ecológico visando a sustentabilidade por meio de cinco itens de ecoeficiência: energética, de água, de recursos naturais, de execução e de acessibilidade.

5. Resultados e discussões O resultado da avaliação do empreendimento sob os critérios do Selo Casa Azul da

1. QUALIDADE URBANA

Caixa pode ser demonstrado pelos Quadros 1, 2, 3, 4, 5 e 6, que seguem. Critério

Classificação

Avaliação

2. PROJETO E CONFORTO

1.1 Qualidade do Entorno – Infraestrutura Obrigatório Parcialmente 1.2 Qualidade do Entorno – Impactos Obrigatório Sim 1.3 Melhorias no Entorno Livre Escolha Sim 1.4 Recuperação de Áreas Degradadas Livre Escolha Não 1.5 Reabilitação de Imóveis Livre Escolha Não Quadro 1 - Avaliação conforme critérios da categoria Qualidade Urbana .Fonte: Os autores. Critério 2.1 Paisagismo 2.2 Flexibilidade de Projeto livre 2.3 Relação com a Vizinhança 2.4 Solução Alternativa de Transporte 2.5 Local para Coleta Seletiva 2.6 Equipamentos de Lazer, Sociais e Esportivos 2.7 Desempenho Térmico - Vedações 2.8 Desempenho Térmico - Orientação ao Sol e Ventos 2.9 Iluminação Natural de Áreas Comuns 2.10 Ventilação e Iluminação Natural de Banheiros 2.11 Adequação às Condições Físicas do Terreno

Classificação Obrigatório Livre Escolha Livre Escolha Livre Escolha Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Livre Escolha Livre Escolha Livre Escolha

Avaliação Sim Possível Implantação Sim Possível Implantação Possível Implantação Sim Possível Implantação Possível Implantação Sim Possível Implantação Sim

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Quadro 2 - Avaliação conforme critérios da categoria Projeto e Conforto. Fonte: Os autores.

Classificação Avaliação Obrigatório (para 3.1 Lâmpadas de Baixo Consumo - Áreas Privativas Não se aplica HIS até 3 s.m) 3.2 Dispositivos Economizadores - Áreas Comuns Obrigatório Possível Implantação 3.3 Sistema de Aquecimento Solar Livre Escolha Possível Implantação 3.4 Sistemas de Aquecimento à Gás Livre Escolha Não se aplica 3.5 Medição Individualizada - Gás Obrigatório Não se aplica 3.6 Elevadores Eficientes Livre Escolha Não se aplica 3.7 Eletrodomésticos Eficientes Livre Escolha Não se aplica 3.8 Fontes Alternativas de Energia Livre Escolha Não Quadro 3 - Avaliação conforme critérios da categoria Eficiência Energética. Fonte: Os autores. 3. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Critério

4. CONSERVAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS

Critério Classificação Avaliação 4.1 Coordenação Modular Livre Escolha Possível Implantação 4.2 Qualidade de Materiais e Componentes Obrigatório Possível Implantação 4.3 Componentes Industrializados ou Pré-fabricados Livre Escolha Possível Implantação 4.4 Formas e Escoras Reutilizáveis Obrigatório Possível Implantação 4.5 Gestão de Resíduos de Construção de Demolição-RCD Obrigatório Possível Implantação 4.6 Concreto com Dosagem Otimizada Livre Escolha Sim 4.7 Cimento de Alto Forno (CPIII) e Pozolânico (CP IV) Livre Escolha Sim 4.8 Pavimentação com RCD Livre Escolha Não 4.9 Facilidade de Manutenção da Fachada Livre Escolha Não 4.10 Madeira Plantada ou Certificada Livre Escolha Não Quadro 4 - Avaliação conforme critérios da categoria Conservação de Recursos Materiais. Fonte: Os autores.

5. GESTÃO DA ÁGUA

Critério Classificação Avaliação 5.1 Medição Individualizada - Água Obrigatório Sim 5.2 Dispositivos Economizadores - Sistema de Descarga Obrigatório Possível Implantação 5.3 Dispositivos Economizadores - Arejadores Livre Escolha Possível Implantação 5.4 Dispositivos Economizadores - Reguladores de Vazão Livre Escolha Possível Implantação 5.5 Aproveitamento de Águas Pluviais Livre Escolha Possível Implantação 5.6 Retenção de Águas Pluviais Livre Escolha Não 5.7 Infiltração de Águas Pluviais Livre Escolha Não 5.8 Áreas Permeáveis Obrigatório Sim Quadro 5 - Avaliação conforme critérios da categoria Gestão da Água. Fonte: Os autores.

6. PRÁTICAS SOCIAIS

Critério Classificação Avaliação 6.1 Educação para a Gestão de RCD Obrigatório Possível Implantação 6.2 Educação Ambiental dos Empregados Obrigatório Possível Implantação 6.3 Desenvolvimento Pessoal dos Empregados Livre Escolha Possível Implantação 6.4 Capacitação Profissional dos Empregados Livre Escolha Possível Implantação 6.5 Inclusão de Trabalhadores Locais Livre Escolha Possível Implantação 6.6 Participação da Comunidade na Elaboração do Projeto Livre Escolha Não 6.7 Orientação aos Moradores Obrigatório Sim 6.8 Educação Ambiental dos Moradores Livre Escolha Possível Implantação 6.9 Capacitação para Gestão do Empreendimento Livre Escolha Não 6.10 Ações para Mitigação de Riscos Sociais Livre Escolha Não 6.11 Ações para a Geração de Emprego e Renda Livre Escolha Não Quadro 6 - Avaliação conforme critérios da categoria Práticas Sociais. Fonte: Os autores.

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O critério obrigatório avaliado como parcialmente quanto ao seu atendimento foi o item 1.1, “Qualidade do Entorno - Infraestrutura”, que está incluído na categoria “Qualidade

Avaliação

1.1.1 Linha de transporte 1 público regular 1.1.2 Comércio e serviços básicos: a) Mercado/Feira livre 1 b) Farmácia 1 c) Padaria d) Lojas de conveniência e) Agência bancária f) Posto de correios g) Restaurantes

Detalhamento

1

Sim

Percurso pela Av. General Arthur Carvalho 1Km e Av. dos Holandeses 1,2 Km.

1 1 1 1 1 1 1

Não Não Não Não Não Não Não

Distância (Km)

Indicadores

Quantidade

Urbana”, em que há uma subdivisão em indicadores como demonstrado pelo Quadro 7.

Mais próximo na Av. Norte a 1,2Km. Mais próximas na Av. dos Holandeses a 1,8 e 1,9 Km. Na Av. dos Holandeses a 1,9 Km.

Na Av. dos Holandeses 1,9 Km. Vários estabelecimentos na Av. dos Holandeses a 1,6 e h) Comércio em geral 1 Não 1,9 Km. 1.1.3 Escola pública de ensino Não exigido, pois o empreendimento não é do Programa 1 1,5 fundamental “Minha Casa, Minha Vida”. Na Av. General Artur Carvalho, próximo à Rua Bom 1 2,5 Sim 1.1.4 Equipamento de saúde Jesus a 1,5 Km e na Av. dos Holandeses a 3,5 Km. 1.1.5 Equipamento de lazer 1 2,5 Não exigido, pois há na área interna do empreendimento. Quadro 7 – Avaliação segundo os Indicadores do critério Qualidade do Entorno. Fonte: Os autores.

Pelo Quadro 7, os itens 1.1.1, 1.1.2a, 1.1.2b e 1.1.4 são obrigatórios e, destes, as distâncias reais se mostram com excesso relativamente pequeno em relação ao estabelecido pelo Selo. Os itens da avaliação do entorno não estão sob domínio dos responsáveis pelo empreendimento e a situação atual pode ser provisória, todavia, pode ficar como sugestão a aplicação de ações para incentivar a instalação de mercados e farmácias próximos ao empreendimento, pois será uma forma de atender aos moradores, de desenvolver economicamente a região e de conformidade com o critério Qualidade do Entorno. Para atendimento do critério 2.5 (Local para Coleta Seletiva), deve ser realizada a adequação do projeto atual do empreendimento com indicação de locais para coleta, seleção e armazenamento de resíduos por meio da implantação de lixeiras de coleta seletiva nas casas e lixeira do condomínio com divisões para coleta seletiva. O critério 2.7 (Desempenho Térmico – Vedações) pode ser atendido com a formalização da documentação referente ao projeto de arquitetura com indicação e/ou descrição dos itens atendidos e demonstração gráfica de projeção dos sombreamentos das aberturas. São necessários apenas pequenos ajustes no projeto quanto às características climáticas do local para propiciar conforto para o morador e a redução de energia elétrica. De

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forma semelhante ocorre com o desempenho térmico referente à orientação ao sol e ventos (critério 2.8), que pode ser atendido pela formalização da documentação, do projeto de implantação e de arquitetura com a indicação ou descrição claras dos itens atendidos. Na categoria Eficiência Energética há o critério 3.1, Lâmpadas de Baixo Consumo Áreas Privativas, cuja obrigatoriedade ocorre quando for Habitação de Interesse Social (HIS) com renda dos moradores em até 3 salários mínimos, que não se aplica ao empreendimento do estudo, pois não é voltado, necessariamente, para esse público. Nesta categoria, quanto ao critério obrigatório 3.2 (Dispositivos Economizadores – Áreas comuns), já são previstos esses dispositivos no empreendimento, tornando necessária apenas a verificação da existência de selo de eficiência Procel ou etiqueta nível A no PBE/Inmetro quanto às lâmpadas e ou dispositivos e formalização da documentação. Para que o critério 4.2 (Qualidade de Materiais e Componentes) seja atendido, deve-se verificar especificações de materiais de empresas qualificadas (Programas Setoriais de Qualidade – PSQ - do PBQP-H) e com certificações necessárias, além de formalizar a documentação. O empreendimento utilizará a técnica de paredes concretadas e, com isso, torna-se necessário apenas verificar se as formas de alumínio utilizadas são compatíveis com os requisitos do critério 4.4 (Formas e Escoras Reutilizáveis) e formalizar a documentação. A respeito do critério 4.5 (Gestão de Resíduos de Construção de Demolição-RCD), deve-se verificar se o Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC da empresa, é compatível com os requisitos e, também, formalizar documentação. No critério 5.2, os Dispositivos Economizadores – Sistema de Descarga já constam no projeto do empreendimento, porém necessita apenas de: verificação e adequação para a compatibilidade com as normas técnicas da ABNT e de fabricantes qualificados pelo PBQPH; existência de orientações quanto ao uso e à manutenção da tecnologia no manual do proprietário; e formalizar a documentação. Para que o critério 6.1 (Educação para a Gestão de RCD) seja atendido, torna-se necessária a elaboração e implementação prática de um plano educativo sobre Gestão de RCD, além de formalizar a documentação e verificar compatibilidade com programas que já estão em funcionamento na empresa, que são o PGRCC e PCMAT. De forma semelhante, para o critério 6.2, as mesmas ações devem ser aplicadas, porém se tratando do Plano de Educação Ambiental, com carga horária mínima de 4 horas e 80% dos funcionários da obra. Mesmo se atendesse a todos os criterios obrigatórios, o empreendimento não se

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enquadra no Selo Bronze, pois excede o valor de avaliação da unidade habitacional estabelecido pela CAIXA; passando a concorrer às gradações Prata e Ouro e, para isso, devese analisar os critérios de livre escolha avaliados como de possivel implantação, que foram ordenados pelos colaboradores do estudo sob a relação esforço X custo, conforme a Figura 1:

Figura 1 - Ordem dos demais critérios facultativos sob a relação Esforço X Custo. Fonte: Os autores.

Como o empreendimento do estudo já atende a cinco critérios de livre escolha, sugerese que seja investido no cumprimento de mais um critério do citado tipo para que se enquadre no Selo Prata. Como sugestão há as adequação para o item 5.3, Dispositivos Economizadores – Arejadores, conforme ordem da Figura 1, que são a verificação da compatibilidade com as normas técnicas da ABNT e de fabricantes qualificados pelo PBQP-H e a formalização da documentação, pois o uso dos arejadores já é previsto conforme projeto do empreendimento. Para que o empreendimento avaliado obtenha o Selo Ouro, é necessário o atendimento de todos os seis critérios obrigatórios e mais doze de livre escolha. Desta forma, considerando que o empreendimento passe a atender a os itens anteriormente descritos, sugere-se o atendimento aos seis seguintes critérios, com respectivas documentações formalizadas, considerando a ordem da Figura 1: a)

Critério 5.4 (Dispositivos Economizadores – Reguladores de Vazão): são necessárias

apenas a verificação e adequação de compatibilidade com as normas técnicas da ABNT e de fabricantes qualificados pelo PBQP-H; b)

Critério 3.3 (Sistema de Aquecimento Solar): já consta a previsão de existir um

sistema de aquecimento solar, no entanto, é necessário que seja verificada e planejada a sua compatibilidade com o selo Ence/Procel nível A ou B no equipamento, com fração solar entre 60% e 80%, equipamentos fornecidos por empresas certificada pelo Qualisol; c)

Critério 4.3 (Componentes Industrializados ou Pré-fabricados): depende apenas da

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verificação das especificações dos componentes e kits industrializados de empresas qualificadas e com certificações necessárias; d)

Critério 6.5 (Inclusão de Trabalhadores Locais): a empresa administradora do

empreendimento já pratica a inclusão de trabalhadores locais, porém se torna necessário apenas alcançar o percentual estipulado pelo Manual da CAIXA; e)

Critério 2.2 (Flexibilidade de Projeto Livre): consiste na disponibilidade, pela

administração do empreendimento, de projetos de arquitetura com a possibilidade de modificações ou ampliações em planta já construída; f)

Critério 6.4 (Capacitação Profissional dos Empregados): sugere-se a elaboração de um

Plano de Capacitação Profissional dos Empregados quanto às atividades da construção civil, aproveitando cursos de serviços que serão dados pela empresa responsável pelo empreendimento.

6. Considerações Finais O estudo envolveu o levantamento dos requisitos do Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal através do seu manual, que foi o principal norteador da avaliação do empreendimento do estudo nas categorias Qualidade Urbana, Projeto e Conforto, Eficiência Energética, Conservação de Recursos Materiais, Gestão da Água e Práticas Sociais, que somam juntas um total de 53 critérios que orientam para a construção sustentável. De acordo com a avaliação realizada, os resultados obtidos apontaram que o empreendimento do estudo cumpriu 13 dos 19 critérios obrigatórios e 5 dos 34 de livre escolha da certificação da Caixa. Devendo-se destacar esse fato como muito positivo por parte da construtora, pois atendeu a algumas necessidades de construção sustentável ainda na elaboração do projeto, que até então não almejava a obtenção do Selo Casa Azul da Caixa. O empreendimento não se enquadra no Selo Bronze e, portanto, para adquirir a conformidade com o Selo Casa Azul da Caixa Econômica Federal, a empresa necessita investir em prol do atendimento de 6 critérios obrigatórios e 1 de livre escolha para adquirir o selo Prata ou os 6 critérios obrigatórios e mais 7 de livre escolha para alcançar o Selo Ouro. A partir do estudo realizado, põe-se em destaque a abrangência da certificação do Selo da Caixa por meios de seus benefícios disseminados para os moradores e até a comunidade do seu entorno. Desta forma, se outros empreendimentos a serem construídos na região buscarem

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seguir o exemplo do estudo de caso, pode-se formar um cenário positivo no que tange a sustentabilidade e a redução dos impactos negativos da construção civil na região. Portanto, é possível sim alterar, mesmo que vagarosamente, o cenário negativo do meio ambiente, qualidade de vida e sociedade causado pela construção civil de forma direta ou indireta. E vale mencionar a atuação da Engenharia de Produção nessa perspectiva de mudança para o desenvolvimento sustentável.

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