AVALIAÇÃO DE MESAS, MURAIS, GRADES E CHASSIS DISPONÍVEIS PARA RADIOLOGIA DIAGNOSTICA CONVENCIONAL

July 3, 2017 | Autor: Wilson Batista | Categoria: Quality Control, Boolean Satisfiability
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AVALIAÇÃO DE MESAS, MURAIS, GRADES E CHASSIS DISPONÍVEIS PARA RADIOLOGIA DIAGNOSTICA CONVENCIONAL. W. O. Batista *, M. V. T. Navarro *, M. de J. Ferreira ** *

CEFET/NTS, Salvador, Brasil ** UNEB, Alagoinhas, Brasil

Abstract: The quality control, (CQ), in radiology diagnoses involves the verification of parameters dose in the patient and these are influenced strongly by characteristics of parts of the equipments, more specifically speaking, in the case of equipments of conventional radiology these parameters are affected for the characteristics of the table or bucky-mural, grid and chassis that not always they are supplied by the own manufacturer of the apparel or they don't possess certificates of your technical characteristics. In our Country the use of tables and bucky small manufacturers' originated that don't surely possess program of quality control in the production prevails, the same happens with the chassis used in practice clinic. We analyzed several tables, bucky, grid, chassis and combinations of these produced by several manufacturers, verifying and, quantifying the attenuation for like this to confront the results with the national and international recommendations. Our results show that some tables don't satisfy the national demands surely elevating the dose in the patient. As the dose measures are accomplished on the table or bucky and, this analysis, is not usually considered in the verifications of CQ he/she becomes necessary to consider her, because these parts are positioned between the patient and the image receiver (it radiologycal films) affecting like this the dose in the entrance of the skin.

inerentes à utilização dos raios-x diagnósticos, visando minimizar os riscos e maximizar os benefícios desta pratica; (ii) Estabelecer parâmetros e regulamentar ações para o controle das exposições medicas, das exposições ocupacionais e das exposições do publico, decorrentes das praticas com raios-x diagnósticos. Estes dois aspectos se fundem no que diz respeito ao controle da dose e a otimização da pratica. Normalmente as verificações de CQ em radiologia diagnostica envolve analise de vários parâmetros, tais como: óticos, mecânicos, elétricos, proteção radiológica e controle das exposições em geral. Contudo os parâmetros relacionados à dose e sua medida são normalmente verificados sobre a mesa ou bucky-mural, desconsiderando sua influência. Considerando que estas partes estão localizadas entre o paciente e o filme radiológico torna-se necessário verificar suas atenuações, pois esta pode ser um fator de elevação da dose na entrada da pele. Segundo o principio da otimização em proteção radiológica, a otimização deve ser aplicada em todos os níveis visando minimizar as exposições. Também, as exposições de pacientes devem ser otimizadas ao valor mínimo necessário para a obtenção do objetivo radiológico, compatível com os padrões aceitáveis de qualidade de imagem. A partir destes argumentos e dos resultados torna-se importante estabelecer um controle e verificações em partes e acessórios que possam afetar a qualidade, segurança e a proteção do paciente nas exposições medicas.

Introdução

Materiais e Métodos

A Portaria Federal MS SVS 453/98, visa dois aspectos fundamentais: (i) A proteção da população dos possíveis efeitos indevidos

Durante analise das mesas e bucky e chassi foram usados equipamentos calibrados para levantar as curvas de atenuação e assim como para aferir o equipamento emissor de

raios-x usado para este levantamento. Usamos dois tipos de tipo de medidor para avaliar a tensão no tubo e dose: Unfors MultO-Meter 512L, RADCAL 4082 Accu-kV Non-Invasive kV Meter com precisão de ± 1% ou ± 1 kV e operando na faixa 40 - 160 kV. Todos os equipamentos emissores de raios-x foram aferidos quanto ao valor da tensão indicada antes do uso para obtenção das medidas. Trabalhamos sempre com tensões variando na faixa de 50 a 110 kV. MEDIDAS COM CHASSI RADIOLOGICO Os chassis radiológicos são normalmente metálicos ou de plástico injetado, estabelecendo assim grandes diferenças de características. As medidas da atenuação para os diferentes chassi foram realizados usando 16 chassis sendo 4 de plástico (IBF e KODAK) e 12 metálicos de diferentes fabricantes nacionais. Logo foi necessário obter a dose ou a taxa de dose no ar, (campo aberto) e a dose ou taxa de dose sob atenuador, o chassi, neste caso. MEDIDAS NA MESA RADIOLOGICA - Procuramos analisar as mesas radiológicas visando obter a curva de atenuação e comparar com o limite de absorção estipulado de 1,2 mm de alumínio para 100 kV. As medidas foram realizadas considerando o tampo da mesa sem a grade e com grade.

Figura 2- Aranjo experimetal para as medidas mesa.

na

MEDIDAS NO BUCKY-MURAL - Na avaliação dos bucky-murais, diferentemente da avaliação das mesas somente é possível considerar o conjunto grade e tampo localizador. Com o mesmo procedimento realizamos as medidas com o fim de obter a curva de atenuação para diversas tensões.

Figura 3- Aranjo experimetal para as medidas mesa.

na

Figura1 – Grafico da atenuação para aluminio

Resultados Chassi Radiológico A avaliação dos chassis encontra-se dividida em dois grupos os chassis metálicos, normalmente de fabricação nacional e os chassis de plástico injetado. Os resultados

mostrados abaixo ilustram somente a diferença entre os dois tipos de chassi. Foram analisados 4 chassi.

Tabela 1 – Atenuação relativa para Chassi radiológico

TENSÃO/CHASSI 50 60 70 80 90 100 110

SPR 0,440 0,560 0,585 0,630 0,650 0,650 -

KONEX 0,575 0,650 0,725 0,740 0,830 0,830 -

IBF/KODAK

0,260 0,312 0,340 0,380 0,415 0,440 0,480

Podemos observar que o chassi metálico apresenta uma atenuação superior aos de plástico injetado como era de se esperar. Obs.: A proposta não foi avaliar alguma marca em particular ou processo de fabricação. Visamos apenas verificar a atenuação do conjunto de partes e acessórios que antecedem o filme radiológico e comparar com o limite estabelecido na portaria MS SVS 453/98.

Tabela 2.2 – Atenuação relativa para mesas radiológica. TENSÃO/MESA RAEX

CRX

N.I.

50 60 70 80 90 100 110

0,620 0,640 0,662 0,675 0,694 0,702 0,709

0,550 0,583 0,601 0,625 0,636 0,643 0,650

0,610 0,630 0,656 0,668 0,681 0,689 0,691

Podemos observar na tabela 2.2 acima que as três mesas de fabricação desconhecida apresentam uma absorção superior ao equivalente a 1,2 mm de Al para 100 kV, que deveria ser em torno de 0,72 a transmissão relativa. Enquanto que outras mesas apresentam atenuação compatível com o valor estabelecido na portaria. Os outros gráficos mostram a atenuação para a composição mesa + grade e mesa + grade + chassi, revelando que existem diferenças significativas que com certeza influencia o padrão de qualidade de imagem. BUCKY-MURAL

MESA RADIOLOGICA Na avaliação das mesas radiológicas verificamos que as mesas de fabricação desconhecida, situação muito comum em pequenas clinicas, a atenuação é superior a limite estabelecido na portaria MS SVS 453/98 de 1,2 mm Al para 100 kV. Foram analisadas 16 mesas e os valores apresentados são médios para cada tipo ou fabricante.

Da mesma forma que nos itens anteriores todas as medidas visavam obter uma avaliação da atenuação provocada pelo bucky-mural. Os gráficos abaixo mostram as diferenças existentes, porem não encontramos nenhuma situação que não estivesse em acordo com os limites estabelecidos na portaria. Tabela 3 – Atenuação relativa para bucky-mural.

Tabela 2.1 – Atenuação relativa para mesas radiológica.

TENSÃO/MESASIEMENTOSHIBA 50 0,825 0,820 60 0,850 0,843 70 0,857 0,850 80 0,861 0,855 90 0,859 100 0,870 0,863 110 0,873 0,865

GE 0,810 0,822 0,836 0,846 0,852 0,860 0,861

TENSÃO/BUCKY 50 60 70 80 90 100 110

SIEMENS 0,08 0,93 0,10

RAEX 0,25 0,32 0,34

CRX 0,23 0,30 0,325

0,12 0,16

0,43 0,455

0,41 0,43

Foram analisados 12 bucky e os valores apresentados são médios para cada tipo ou fabricante.

Referências Discussão A partir destes resultados, mesmo não tendo caráter de avaliar marcas ou processos e filosofia de fabricação, verificamos que é necessário considerar sempre a avaliação das mesas, bucky-murais e chassis, assim como todos os testes típicos e usuais de um controle de qualidade em radiologia diagnostica. No caso de avaliação de dose na entrada da pele para os diversos procedimentos radiológicos, sem a devida avaliação destes itens integrantes do equipamento, poderemos estar incorrendo em erros significativos ou tornando tais verificações sem valor. Para os caso de novos serviços é de fundamental importância que estas avaliações sejam realizadas nos teste de aceitação do equipamento ou que seja exigido do fabricante/instalador certificado atestando que as partes em tela atendem as normas e recomendações. Alem disto quando combinado grade + bucky + chassi ou mesa + grade + chassi a atenuação total é bastante elevada principalmente para as mesas que isoladamente já apresentam uma atenuação superior ao equivalente a 1,2 mm de Al a 100 kV. Desta maneira elevando a dose de entrada na pela para se obter a mesma qualidade de imagem.

[1]

[1] Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância Sanitária. Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico. Portaria No 453, de 1o de junho de1998.

[2]

European Comission. European Guidelines on Quality Criteria for Diagnostic Radiographic Images. European Comission, Luxemburgo, 1996.

[3]

Gray, Joel E.; Winkler, Norlin T.; Stears, John; Frank, Eugene D. Quality Control in Diagnostic Imaging. Aspen Publishers, Maryland, 1983.

[4]

Steves, Andrea T. Quality Management for radiographic imaging. McGraw-Hill, New York, United States. 2001.

[5]

British Institute of radiology. Assurance of Quality in Diagnostic Imagin Departament. London. 2001.

[6]

Borrás, Cari(EDITOR). Organización, desarrollo, garantía de calidade y radioproteccíon en los servicios de radiología: imaginología y radioterapia. Organización Panamericana de la Salud, Organización Mundial de la Salud, Washington DC, deciembre,1997.

[7]

Lloyd, Peter. Quality Assurance Workbook. World Health Organization, Geneva. 2001.

[8]

National Council on Radiation Protection and Measurements Medical X-Ray, Electron Beam and Gamma-Ray Protection for Energies up to 50 MeV(Equipament Design, Performace and Use) NCRP Report 102. NCRP Publications, Bethesda,1989.

[9]

Comissão Européia.Critérios de Qualidade de Imagens Radiográficas para fins Diagnósticos. 2a Edição, junho, 1990.

Conclusão Os resultados indicam a importância da realização dos testes de aceitação dos equipamentos de radiologia diagnostica, do pleno conhecimento das características técnicas de todas as partes, sistemas e acessórios dos equipamentos de radiologia. Tendo sempre a clareza de que, em radiologia, todas as ações de controle de qualidade, aplicação das normas sempre visa minimizar as doses sem a perda da qualidade da imagem. Também constatamos a existência de mesas confeccionadas em compensado apresentando diferenças de espessuras e não homogeneidade ao longo de sua extensão. Estas não apresentaram atenuação elevada porem não podem ser consideradas adequadas.

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