AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DA PRAÇA DA BÍBLIA - SÃO LUIS - MA

June 6, 2017 | Autor: Georgia Ramos | Categoria: Urban Studies
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHAO – UNICEUMA ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: LEITURA E INTERVENÇÃO NA PAISAGEM DAS CIDADES PROFESSOR: JOSE AQUILES ANDRADE

AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DA PRAÇA DA BÍBLIA

SÃO LUIS – MA 2013

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AUTORES: GEORGIA WALESKA DA COSTA RAMOS – 939286 JESSICA FERREIRA SERRA – 941931 MARCELO DE JESUS LOUZEIRO FILHO – 947064 YURI JIVAGO TARJRA ASSUNÇÃO – 948433

Trabalho referente à disciplina de Leitura e Intervenção na Paisagem da Cidade para obtenção da primeira nota do 5°semestre.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------------------- 04 CARACTERIZAÇÃO DO LOGRADOURO ------------------------------------------------------------ 05

HISTÓRICO ------------------------------------------------------------------------------------------------- 06 DESCRIÇÃO FÍSICA --------------------------------------------------------------------------------------- 07 COMPORTAMENTO DOS USUÁRIOS -------------------------------------------------------------- 10 ANÁLISE DE CONFLITOS ------------------------------------------------------------------------------- 17 DIRETRIZES PARA NOVOS PROJETOS------------------------------------------------------------ 18 REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------------------------- 20

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1. INTRODUÇÃO Neste trabalho será apresentada a APO (Avaliação Pós-Ocupação) do logradouro público denominado Praça da Bíblia, situada na confluência da Avenida Kennedy com a Rua Senador João Pedro. Segundo Paulo Afonso Rheingantz, 2009, Observando a qualidade do lugar: procedimentos para avaliação pós-ocupação, APO “... é um processo interativo, sistematizado e rigoroso de avaliação de desempenho do ambiente construído, passado algum tempo de sua construção e ocupação. Focaliza os ocupantes e suas necessidades para avaliar a influência e as consequências das decisões projetuais no desempenho do ambiente considerado, especialmente aqueles relacionados com a percepção e o uso por parte dos diferentes grupos de atores ou agentes envolvidos.” O estudo foi realizado através da aplicação de questionários aos usuários, onde foram abordadas questões a respeito do conforto, segurança, estética e acessibilidade, também foram feitas entrevistas com moradores mais antigos da vizinhança da praça, a fim de levantar dados para elaboração do histórico do logradouro, e observação do comportamento dos usuários durante o período de 07 dias nos três turnos, para constatar os tipos de usos que a mesma possui e as principais linhas de desejo para a circulação das pessoas. Diante da atual situação que a praça se encontra e a necessidade de uma futura revitalização, verificou-se a necessidade de uma APO, a fim de se identificar os principais conflitos e apresentar possíveis soluções para tais. Dessa maneira, se poderão elencar diretrizes para intervenções futuras. Diante de tal significância fezse uso da avaliação para melhor compreensão dos seus principais problemas. Considerando que o objeto de estudo para este trabalho foi a Praça da Bíblia, podemos citar Robba e Macedo afirmando que “praças são espaços públicos urbanos destinados ao lazer e convívio da população, acessíveis ao cidadão e livres de veículos”. Antigamente, no período colonial, as praças eram os espaços deixados em frente aos templos e capelas, e ficavam periféricas aos edifícios mais importantes da cidade como os prédios administrativos. Nesse período era chamada de largo, terreiro ou rossio. Tinha como função social o

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convívio da sociedade, era utilizada para uso religioso, militar, para comércio e feiras. Também serviam como circulação e recreação. Hoje em dia sua função social não mudou drasticamente, continuando como meio de interação da sociedade e com a finalidade de lazer. 2. CARACTERIZAÇÃO DO LOGRADOURO PÚBLICO

Logradouro público é o espaço que pode ser usufruído ou desfrutado pela coletividade. O seu conceito na área de Urbanismo significa espaço público oficialmente reconhecido pela administração de cada município. São espaços considerados livres como as ruas, praças, jardins, avenidas, etc., destinados ao uso comum dos cidadãos e à circulação de veículos, sendo que por ser público, é a grande maioria das ruas, um local que pode ser frequentado por qualquer individuo. Como objeto de estudo, temos a Praça da Bíblia, que está inserida numa zona de transição entre os bairros do Canto da Fabril, Coréia de Baixo, Coréia de Cima e o Centro da cidade de São Luis, por possuir tal localização acaba por tornar-se, na maior parte do tempo, uma praça de circulação, tal característica é visível devido ao fluxo dos usuários que trafegam pelo local nos turnos da manhã e tarde, durante esses períodos observou-se que as pessoas não fazem uso do espaço de convivência (bancos). Também podendo ser considerada como uma praça de descanso, pois as pessoas que por ali passam utilizam-na para descansar durante períodos específicos do dia, uma vez que é um sítio com um microclima com temperaturas mais amenas. No entanto, ainda funciona como área para lazer e convivência social dos moradores da área, excepcionalmente no turno da noite, devido às lanchonetes improvisadas e bares próximos. E aos fins de semana há um brinquedo que fica instalado em cima de um canteiro localizado perto da rua de acesso à Rua Senador João Pedro. Além dos bairros já citados acima, a praça possui uma importância significativa para os seus bairros vizinhos, pois atua como ponto de encontro, tanto para casais ou amigos, quanto para aqueles que estão à espera de outros para se seguirem seus caminhos.

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3. HISTÓRICO A Praça da Bíblia foi fundada em 1979. Porém, antes de sua fundação, o local era utilizado de formas diversas das atuais, dados esses que puderam ser constatados através de entrevistas com os moradores mais antigos da região. Inicialmente, a área possuía um trecho que servia como passagem de ônibus, uma vez que a Av. Cajazeiras e Av. Guaxenduba não existiam. Os ônibus tinha como percurso a descida da Rua do Passeio e seguiam pelo Caminho da Boiada, onde passavam por uma via a sudoeste à atual Praça da Bíblia, hoje a Av. Guaxenduba, e subindo a leste dela, hoje rua de acesso à Av. Senador João Pedro. Esse percurso dava acesso ao início do Caminho Grande, hoje Canto da Fabril, onde ficava situada a Companhia Fabril Maranhense-Fábrica Santa Isabel (1893-1971), atualmente depósito central do Grupo Lusitana. Onde hoje é a praça, existiam 04 edificações e, segundo o Sr. Feliciano Melônio, havia também uma oficina de carros. O logradouro tinha forma fragmentada e servia de ponto de ônibus. Antigamente tinha cotas de nível mais altas e só chegou a sua configuração atual após a escavação para implantação da Av. Guaxenduba, conformando o formato da praça. O número de reformas ocorridas na Praça se contradiz aos entrevistados entre 3 e 5, mas a sua forma não foi alterada desde sua fundação. A última intervenção significativa no local foi à reforma entregue no dia 05 de junho de 2002 no mandato do prefeito Tadeu Palácio, projetado e restaurado pelo Instituto Municipal

da

Paisagem (IMPUR),

recebendo

pavimentação, melhoria

na

iluminação, reparos e pintura. No seu projeto inicial a praça possuía um coreto na parte central que era utilizado para apresentações musicais e comícios políticos. Mais tarde, o mesmo foi transformado, pelos próprios moradores, em um posto policial para melhoria na segurança. No entanto, posteriormente, os policiais que tinham permanência 24h no local foram retirados do posto, mudando assim o grau de satisfação dos frequentadores. O nome “Praça da Bíblia” foi dado pelo fato da praça possuir um monumento a bíblia próximo ao coreto. Ele era composto por duas placas de bronze onde se

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tinham gravados os 10 mandamentos da Bíblia. O nome foi dado pela Câmara Municipal, por meio da lei nº 2.449, de 12 de fevereiro de 1980, e confirmado pela lei nº 2.449, de 12 de fevereiro de 1980. 4. DESCRIÇÃO FISICA A Praça da Bíblia mantém seu formato original triangular. Está localizada próximo ao Centro de São Luis, rodeada por residências, bares, comércios de pequeno porte, pela Federação dos Trabalhadores da Indústria no Estado do Maranhão (FETIEMA) e pelo Primeiro Grupamento de Bombeiros Militar. A imagem 01 exibe a praça e seu entorno, de vários ângulos, demonstrando a ideia atual da organização do espaço onde estão inseridos. A imagem 02 representa um croqui esquemático identificando suas áreas adjacentes.

Imagem 01 – Praça da Bíblia e seu entorno – Fonte: Arquivo Pessoal/2013

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Imagem 02 – Croqui da Praça da Bíblia e sua adjacência – Fonte: Arquivo Pessoal/2013

Foi realizado um levantamento do mobiliário urbano que compõe a paisagem da praça. Abaixo segue o inventário resultante com os elementos encontrados.

PLANILHA DE LEVANTAMENTO DOS MOBILIARIOS PRAÇA DA BÍBLIA ITEM

QUANT.

DESCRIÇÃO

CONSERVAÇÃO

BANCOS

19

18 Bancos em concreto com assento duplo e 01 Banco em madeira com ferro fundido

RUIM

SEMÁFORO

01

Estrutura em metal com luzes verde, amarela e vermelha.

BOM

POSTES DE ILUMINAÇÃO

03

Postes em concreto de aproximadamente 10m de altura com 3 luminárias com suporte em alumínio. Lâmpadas de mercúrio.

RUIM

ABRIGO PARA PARADA DE ONIBUS

01

Estrutura em concreto armado e encosto de madeira.

RUIM

BANCA DE REVISTA

01

Estrutura em ferro

RUIM

CORETO

01

Estrutura em alvenaria, possuindo janelas em vidro e cobertura em telha cerâmica tipo capa canal.

RUIM

BRINQUEDO

01

01 brinquedo tipo pula-pula desmontável (Somente nos fins de semana)

BOM

LIXEIRAS

00

Por falta destas, os usuários utilizam os canteiros.

---

COMÉRCIO

VARIÁVEL

Barracas em metal, algumas com lona branca, bancas móveis e 01 combe de lanches.

---

TEEFONE PÚBLICO

01

Em fibra de vidro na cor azul.

BOM

Tabela de mobiliário urbano – Fonte: Arquivo Pessoal/2013

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O piso é em pedra cariri na área de estar onde se localizam os bancos e piso intertravado de concreto em formato hexagonal, na cor cinza, nos acessos e calçadas. Verificou-se que em alguns pontos a reposição dos blocos de concreto foi de forma descuidada, pois há depressões. Devido à topografia do terreno os acessos acompanham as inclinações dificultando a circulação de pessoas com necessidades especiais, principalmente cadeirantes. Observou-se também que os locais onde ficam os bancos são elevados em relação ao nível da praça e não possuem rampas de acesso. Conforme imagem 03.

Imagem 03 – Pisos da Praça – Fonte: Arquivo Pessoal/2013

Atualmente, a praça possui 23 árvores de grande e médio porte com três espécies distintas, sendo Acacia farnesiana, Ficus e amendoeiras, em largos canteiros com gramado em sua superfície, emoldurados em meio-fio de concreto pintado de branco. A imagem 04 apresenta a composição paisagística atual.

Imagem 04 – Arborização – Fonte: Arquivo Pessoal/2013

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Também há uma guarita, que é resultado de uma reforma do antigo coreto, que hoje não possui nenhum uso. Sua estrutura é composta de alvenaria com esquadrias em vidro e alumínio, cobertura em telha cerâmica capa canal e uma escada de concreto na parte frontal.

Imagem 05 – Guarita – Fonte: Arquivo Pessoal/2013

5. COMPORTAMENTO DOS USUÁRIOS

A praça é utilizada como circulação de pedestres em direção ao centro da cidade e ao Canto da Fabril, também para lazer passivo, destacando-se conversar, ler, jogar cartas, espera; e atividades ativas e/ou comerciais, destacando-se venda de camisas e toalhas, lanches, banca de revista e um pula-pula nos finais de semana para as crianças. Há um fluxo intenso de veículos, sem restrição, nas ruas asfaltadas que levam à praça. A rua de acesso à Rua Senador João Pedro serve de estacionamento para carros de passeio e também para um grupo de taxistas que está a 12 anos atendendo nesse local. Durante o levantamento, foi observado que a praça possui os seguintes tipos de usuários, sendo sua maioria adulta sem distinção de sexo:



Vendedores informais



Mendigos



Taxistas

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Pedestres (desde crianças a adolescentes, indo para cursos preparatórios ou a passeio, até adolescentes e adultos indo para o trabalho ou a passeio e idosos acompanhados ou sozinhos). Durante 07 dias variados e nos três turnos, foi observado o comportamento

dos usuários. Nos dias úteis, nos horários entre 07h e 08h30min da manhã tem-se o período que as pessoas se deslocam para seus locais de trabalho e para os cursos. Das 12h às 14h, há o encerramento de expediente do turno da manhã e alguns utilizam a praça para descansar. Nesse horário, também há circulação para os cursos. A partir das 19h, os vendedores de lanches se instalam na praça e ficam até as 00h. Durante os finais de semana, o fluxo muda nos turnos da manhã e tarde, visto que a circulação diminui, com circulação apenas de pessoas em pontos de espera.

Imagem 06 – Usos da praça – Fonte: Arquivo Pessoal/2013

Em auxílio à análise, formulou-se um mapa de zoneamento a fim de identificar os comportamentos e as atividades exercidas pelos usuários em toda a extensão da praça. De acordo com as atividades observadas pode-se dividir a praça em zonas referentes aos usos (vide imagem 07). Ainda referente à análise realizada no local, elaborou-se um mapa de fluxo apresentando os principais caminhos que os usuários percorrem durante o dia (vide imagem 08).

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Imagem 07 – Mapa de Zoneamento – Fonte: Arquivo Pessoal/2013

Imagem 08 – Mapa de Fluxos – Fonte: Arquivo Pessoal/2013

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Na zona 01, durante todos os turnos verificou-se a concentração de usuários, devido à quantidade de bancos e árvores que projetam sombras sobre os mesmos. Na zona 02, além da circulação das pessoas durante todo o dia, há a presença dos comerciantes informais distribuídos de forma pontual à noite. Esta zona também serve como local para o ponto de taxi. A zona 03 é utilizada durante todo o dia como área de estar, principalmente para encontros. Na zona 04 durante os turnos da manhã e tarde tem-se a função de área de descanso e espera. No entanto, à noite não possui utilização devido à deficiência na iluminação. A zona 05 não possui nenhuma área de permanência ou circulação dos usuários, sendo apenas de cunho paisagístico. Ela é composta por árvores e canteiro gramado. A zona 06 possui função estritamente de circulação. O fluxo 01 foi percebido no turno da manhã entre as 7h e 8h30min e à tarde das 12h às 14h. O caminho realizado pelos usuários nesse fluxo é direcionado à parada de ônibus, que se encontra na parte inferior da praça próxima a Avenida Guaxenduba. À noite esse fluxo é inutilizado, pois não há iluminação nessa área, devido à copa das árvores serem mais baixas que os postes, tornando a iluminação deficiente. O fluxo 02, assim como o fluxo 01 possui uso diário nos mesmos horários. No entanto à noite é muito utilizado pelos frequentes, uma vez que há iluminação em todo seu percurso. Por possuir grandes árvores e em grande quantidade a praça se torna confortável e estimulante para a permanência dos usuários na mesma, uma vez que o clima tropical da cidade desfavorece a permanência das pessoas em locais abertos. Foi realizada aplicação de questionários com 90 usuários a fim de analisar as expectativas dos usuários em relação à qualidade do logradouro, levando-se em consideração critérios de beleza, segurança, acessibilidade e conforto. Diante dos dados levantados fez-se uma tabulação com as informações obtidas. Segue abaixo os gráficos gerados após consolidação dos dados.

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PORCENTAGEM DE USUÁRIOS POR GÊNERO

29%

FEMININO = 26 MASCULINO = 64

71%

Verificou-se que a maioria dos usuários é do sexo masculino, pois o logradouro é utilizado mais como ponto de espera por grupos de jogadores e por jovens. Devido à falta de segurança e conforto da praça não há tanta frequência de mulheres e crianças.

PORCENTAGEM DE USUÁRIOS POR IDADE DE 9 A 20 = 46 17% 51%

DE 20 A 40 = 15 32%

ACIMA DE 40 = 29

Verificou-se que a maioria dos usuários possui mais de 40 anos, pois são os moradores mais antigos da área vizinha e tem o hábito de frequentar o logradouro.

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PORCENTAGEM DE USUÁRIOS POR FREQUÊNCIA DO USO 6% 1ª VEZ = 5 1 VEZ POR SEMANA = 49

31% 9%

54%

3 VEZES POR SEMANA = 8 TODOS OS DIAS = 28

Verificou-se que a maioria dos usuários não possui grande frequência, pois como citado anteriormente a praça tem uma utilidade maior como passagem e ponto de encontros. Sendo mais utilizados mais por moradores.

PORCENTAGEM DE USUÁRIOS NO QUESITO CONFORTO 0%

PÉSSIMO = 36 RUIM = 26

31% 40%

BOM = 28 ÓTIMO = 0

29%

Verificou-se que a maioria dos usuários disse que a praça não é confortável, o que levou a esse sentimento foi à falta de segurança, pois na concepção dos mesmos não se pode relaxar, pois ficam com medo de ser abordados.

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PORCENTAGEM DE USUÁRIOS NO QUESITO SEGURANÇA 0% 9%

PÉSSIMA = 62 RUIM = 21

23% 68%

BOM = 7 ÓTIMA = 0

Verificou-se que a maioria dos usuários caracterizou a praça não sendo segura, devido não haver nenhum policiamento no local. Tal situação era amenizada quando havia o funcionamento da guarita.

PORCENTAGEM DE USUÁRIOS NO QUESITO ESTÉTICA 0% 11%

PÉSSIMO = 10 RUIM = 41

43% 46%

BOM = 39 ÓTIMO = 0

Verificou-se que a maioria dos usuários classifica a estética da praça ruim, pois suas principais reclamações são das árvores, os lixos nos canteiros, da guarita em desuso e do monumento degradado.

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PORCENTAGEM DE USUÁRIOS NO QUESITO ACESSIBILIDADE 0% PÉSSIMO = 48 20%

RUIM = 23 54%

26%

BOM = 18 ÓTIMO = 0

Verificou-se que a maioria dos usuários classifica de forma negativa a acessibilidade da praça, visto que a mesma não possui rampas para as áreas de estar, o piso dificulta a locomoção das pessoas portadoras de necessidades especiais.

6. ANÁLISE DE CONFLITOS

Após a realização do levantamento e estudo dos dados apresentados, verificaram-se alguns pontos negativos que necessitam de atenção quando se pensarem em futuros projetos de intervenção. Sendo eles: 

O piso encontra-se, em determinados pontos, danificado. Alguns estão quebrados, desnivelados e com buracos nas áreas de acessos inclinados. Em outros pontos nem existem mais, esses fatores dificultam a locomoção de pessoas portadoras de necessidades especiais, e principalmente de pessoas idosas, que são os maiores frequentadores do local.



As áreas de estar não possuem acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades especiais pois possuem elevação que impede estes de usufruir da mesma. A delimitação dos canteiros encontra-se quebradas.



Alguns bancos de concreto encontram-se quebrados nas extremidades e nos apoios, o que impede os usuários de utilizarem certas áreas. O único

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banco de madeira está totalmente fora do padrão da praça, sendo que está preso em uma árvore por uma corrente.



A guarita encontra-se totalmente inutilizada e em estado de degradação, servindo apenas como área para realização de necessidades fisiológicas.



Os postes que se encontram são de aproximadamente 10m. Seu maior problema é a localização desses, uma vez que as árvores próximas são mais baixas e interferem na iluminação.



Observou-se a total ausência de lixeiras em toda a área da praça, incitando os usuários a utilizar qualquer ponto para descarte de lixo.



A arborização da praça é deficiente, não sendo realizadas podas de manutenção frequentes, o que as tornam frágeis às intempéries. Isto ocasiona um grande risco para a segurança dos usuários e tudo que esteja dentro do seu raio de alcance. Outro fator negativo é que algumas delas possuem raiz superficial, mostrando-se inadequadas.



A área livre de vegetação, adjacente a rua de acesso à Rua Senador João Pedro, por não possuir um uso predefinido tornou-se um local para comércio informal, descaracterizando a praça.



O monumento principal da praça encontra-se em estado de degradação perdendo o principal referencial de identidade do logradouro.

7. DIRETRIZES PARA NOVOS PROJETOS

Após a realização da análise de conflitos segue sugestões para futuros projetos de intervenção. 

Substituição do piso existente por um piso adequado. Podendo ser o piso em pedra, visto que o mesmo possui boa durabilidade e resistência, sua

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manutenção é barata e fácil, favorece diversificados efeitos estéticos e custo médio de implantação. Além de ser indicado para uso em áreas de circulação intensa e ambientes de estar.



Os canteiros necessitam de reparos e constante manutenção.



Visando a segurança e privacidade dos usuários deve-se substituir os bancos duplos por bancos individuais com encostos, mantendo-se o material em concreto, pois tem boa resistência, baixo custo, fácil manutenção e permite formas variadas. Seu uso é adequado a locais sujeitos a depredação.



Retirada da guarita para liberação de espaço com intuito de integrar a área livre de vegetação.



Substituir os postes por outros mais baixos em concreto, o que melhoria a iluminação em pontos críticos da praça.



As lixeiras são necessárias, pois se constatou a sua necessidade.

O

material utilizado será o plástico com estrutura e cor neutra. A mesma é de fácil limpeza. Seu uso é para áreas de estar e margeando os acessos.



As árvores devem ser substituídas por outras adequadas e que não ofereçam riscos as pessoas e a estrutura da praça.



Criação de área específica com 05 quiosques para relocação do comércio informal existente, uma vez que os mesmos trabalham ali há muito tempo.



Restaurar as pedras que estão fincadas no antigo local onde ficava o monumento da Bíblia. Remodelação da Bíblia em concreto, pois é um material menos nobre e menos propicio a furtos.

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8. REFERÊNCIAS

Fonte disponível em: http://arquiteturainteressante.blogspot.com.br/2009/02/praca-sua-definicao.html, dia 18 de Setembro de 2013 às 17h. http://www.significados.com.br/logradouro/, dia 18 de Setembro de 2013 às 17h30min.

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