AVALIACAO DO PROJETO DE LEI DO PDDU DE SALVADOR

June 13, 2017 | Autor: Fernando Alcoforado | Categoria: Sociology, Economics, Development Economics, Social Sciences, Urban Planning, Urban And Regional Planning
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1ª OFICINA: PROJETO DE LEI DO PDDU DE SALVADOR
Promoção: Ministério Público Estadual

ASPECTOS ECONÔMICOS DO PL DO PDDU DE SALVADOR
Fernando Alcoforado

Intercâmbio de Salvador com as áreas dinâmicas da Bahia (ligações rodo-ferroviárias)


Fonte: Porto e Carvalho, 1996.
Estratégias para o intercâmbio com a área de influência de Salvador
O intercâmbio de Salvador com sua área de influência deveria consistir na produção em Salvador de bens e serviços visando atender a demanda de sua área de influência.
Seria importante determinar a demanda de bens e serviços na área de influência de Salvador visando incrementar sua produção em Salvador para supri-los.


Intercâmbio com a área de influência de Salvador - Região Metropolitana de Salvador (RMS)


Fonte: Mello e Silva, Nentwig Silva e
Pirajá Silva. A Região Metropolitana de Salvador na rede urbana brasileira e sua configuração interna, 2014.
Intercâmbio com a área de influência de Salvador
Segundo o IBGE, a área de influência de Salvador abrange os Estados da Bahia e de Sergipe, dividindo o comando de parte do oeste da Bahia com Brasília, e tem como centros: Aracaju, Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista, Barreiras, Petrolina, Juazeiro, Guanambi, Irecê, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Itabaiana, Eunápolis, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Senhor do Bonfim, Alagoinhas, Cruz das Almas, Itaberaba, Ribeira do Pombal e Valença.
Salvador e sua rede de influência respondem por 8,8% da população do País e 4,9% do PIB nacional.
Salvador concentra 22,4% da população e 44,0% do PIB de sua área de influência, com um PIB per capita de R$ 12,6 mil.


Intercâmbio com a área de influência de Salvador


Fonte: IBGE. Regiões de Influências das cidades, 2007
Estratégias para o intercâmbio de Salvador com os estados do Brasil
O intercâmbio de Salvador com os estados do Brasil deveria consistir na produção em Salvador e RMS de bens e serviços visando atender a demanda do mercado dos estados do Brasil e na substituição de bens e serviços importados desses estados com a produção interna.
Seria importante determinar os bens e serviços exportados e importados de outros estados visando incrementar sua produção em Salvador para supri-los.


Saldo no Comércio Interestadual (2003)


Fonte: Magalhães, Aline Souza. O comércio por vias internas e seu papel sobre crescimento e desigualdade regional no Brasil. Belo Horizonte, MG UFMG/
Cedeplar 2009
ÁREAS DINÂMICAS DA BAHIA
As áreas dinâmicas da economia do Estado da Bahia são a Macrorregião de Salvador, o Litoral (inclusive Salvador), e as regiões sob a influência de Juazeiro, Vitória da Conquista, Irecê, Guanambi e Barreiras.
A Macrorregião de Salvador abrange os municípios de Salvador, Simões Filho, Camaçari, Lauro de Freitas e Feira de Santana.
O Litoral da Bahia abrange o Litoral Norte, Litoral Sul e Extremo Sul e engloba, também, a Macrorregião de Salvador.
O Litoral da Bahia é constituído de um continuum de subespaços composto pelas indústrias da Macrorregião de Salvador, pela produção cacaueira (Região Sul), pela produção de papel e celulose (Região do Extremo Sul) absorvendo mais de 75% do fluxo turístico do Estado (Região de Salvador, Porto Seguro e Ilhéus.
ÁREAS DINÂMICAS DA BAHIA
Barreiras se destaca como a região de maior dinamismo agrícola da Bahia como a única a produzir soja, pela crescente pecuária bovina, além de produzir frutas diferenciadas.
Vitória da Conquista se destaca pela produção cafeeira, pela pecuária bovina (Itapetinga) e olerícolas (Jaguaquara e Itiruçu). Irecê, sempre associada como a maior região produtora de feijão do Estado, amplia e diversifica para hortícolas e frutícolas.
Juazeiro emprega os processos produtivos mais modernos do Estado em termos da agroindústria, contem uma pauta diversificada de produção de frutas para exportação e, em menor escala, a produção de hortícolas.
A região de Guanambi, especializada na produção de algodão vem buscando outras alternativas, inclusive a extração de urânio em Caetité.

Estratégias para o intercâmbio com as áreas dinâmicas da Bahia
O intercâmbio de Salvador com as áreas dinâmicas do Estado da Bahia deveria consistir na produção em Salvador de bens e serviços visando atender a demanda de todos os municípios do Estado da Bahia localizado em suas áreas dinâmicas.
Seria importante determinar a demanda de bens e serviços nos municípios das áreas dinâmicas visando incrementar sua produção em Salvador para supri-los.

Estratégias de desenvolvimento da produção de bens e serviços em Salvador
Incentivar o desenvolvimento da pequena indústria urbana de alimentos, materiais de construção, construção residencial, mobiliário, gráficas e a expansão de serviços pessoais, dos serviços imobiliários, do varejo de bairro, bem como do comércio de materiais de construção.
Incentivar investimentos em serviços de consumo coletivo (notadamente educação e saúde) e outros serviços de consumo intermediário ou final (engenharia, transporte, telecomunicações) em Salvador.
Fortalecer instituições dedicadas à educação superior localizadas em Salvador.
Incrementar em Salvador os serviços empresariais – business services ou, mais precisamente, business-to-business services (B2B) – para se constituírem na coluna vertebral da economia soteropolitana no século XXI.
Incrementar a economia de Salvador como uma economia de serviços em transição de atividades de consumo corrente e local para atividades superiores exportáveis: serviços prestados às empresas, serviços sociais (saúde e educação), produção de conhecimento, cultura e turismo.
Criar as condições para Salvador se capacitar na oferta de três tipos de serviços: 1) Business services, isso é, serviços de consumo intermediário, que asseguram uma infraestrutura capacitada a atrair e manter investimentos, entre os quais se destacam os serviços empresariais, intensivos em conhecimento; 2) Turismo de lazer e de negócios, incluindo dois dos seus segmentos mais dinâmicos – o turismo cultural e o de eventos; e, 3) Serviços sociais de consumo coletivo, que podem ser crescentemente exportados para outras regiões da Bahia e, mesmo, para outros estados, notadamente nas áreas de educação (ensino superior) e saúde (polo médico).
Transformar Salvador em centro nacional exportador de serviços superiores, cultura e conhecimento.
Promover a aglutinação em Salvador de serviços das mais diversas naturezas para atender a demanda da Região Metropolitana de Salvador, do Recôncavo e de Feira de Santana onde se concentra um robusto parque produtivo, bem como todo o Estado da Bahia.
Liderar movimento para o planejamento integrado da RMS e a implantação de sistema de gestão em rede.

Pontos fortes e fracos na produção de bens e serviços em Salvador
Pontos fortes
A Região Metropolitana de Salvador concentra um robusto parque produtivo, capaz de aglutinar serviços das mais diversas naturezas.
No processo de industrialização da RMS, a administração pública ganha maior peso, o comércio varejista acelera sua renovação, com a multiplicação de shopping centers e supermercados.
Os serviços de consumo coletivo (notadamente educação e saúde) e outros serviços de consumo intermediário ou final (engenharia, transporte, telecomunicações) conhecem significativo desenvolvimento.
Na virada do século XX para o século XXI, amplo conjunto de atividades industriais e "terciárias" criou as condições para a rápida expansão e diversificação dos serviços empresariais. Como em toda metrópole contemporânea, são esses serviços – business services ou, mais precisamente, business-to-business services (B2B) – que constituirão a coluna vertebral da economia soteropolitana no século XXI.
A estrutura econômica de Salvador, com papel principal desempenhado pelo setor de serviços, tem reflexo na estrutura ocupacional. A grande maioria da mão de obra está empregada no setor de comércio e serviços. No setor industrial ganha destaque a construção civil.
Existência de grande número de instituições dedicadas à educação superior localizadas em Salvador.
Grande número de pequenas indústrias de alimentos, materiais de construção, construção residencial, mobiliário, gráficas e de serviços pessoais, serviços imobiliários, do varejo de bairro, bem como do comércio de materiais de construção.


Pontos fracos
Não haver em Salvador a aglutinação de serviços das mais diversas naturezas para atender a demanda da Região Metropolitana de Salvador, do Recôncavo e de Feira de Santana onde se concentra um robusto parque produtivo, bem como todo o Estado da Bahia.
Ausência de planejamento integrado da RMS e de sistema de gestão em rede.

Estratégias de desenvolvimento da indústria de construção civil em Salvador
Elaborar Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos) que contribuam para reativar o setor imobiliário de Salvador.
Incentivar a expansão imobiliária em Salvador com a concessão de incentivos fiscais para quem constrói e para o comprador do imóvel.
Incentivar o fortalecimento de empresas baianas de construção civil pesada responsável pela execução de obras de infraestrutura e edificações.
Incentivar a construção de imóveis de alto padrão, para os segmentos de renda alta e média alta e, também, para os segmentos de renda média.
Incentivar novos empreendimentos imobiliários direcionados ao setor empresarial.
Incentivar a expansão da construção civil em Salvador para reduzir seu déficit habitacional.
Dotar a cidade de infraestrutura urbana que dê suporte aos novos empreendimentos imobiliários.

Pontos fortes e fracos da indústria de construção civil
Pontos fortes
Após muitos anos investindo na construção de imóveis de alto padrão, para os segmentos de renda alta e média alta, o setor imobiliário baiano constrói maciçamente para os segmentos de renda média.
A expansão do comércio, serviços e habitações acontece na direção da conurbação com os municípios de Lauro de Freitas, notadamente na faixa litorânea.
Há uma grande tendência de difusão de shopping centers pelo espaço metropolitano, seguindo o vetor norte litorâneo, que representa indicador da consolidação deste vetor e um estímulo a novos empreendimentos habitacionais.
Tendência de expansão de habitações para as faixas de renda média, pequenos condomínios fechados e villages em bairros próximos ao limite de Salvador e no município vizinho de Lauro de Freitas.
Novos empreendimentos, direcionados ao setor empresarial, têm buscado novas localizações e novos formatos.
A ocupação da Orla Atlântica de Salvador pelos grupos dos grandes empresários e executivos de empresas acontece em uma mancha praticamente contínua, limitada a Oeste pela Avenida Paralela.
Nos espaços onde se concentram as "classes superiores", encontram-se os equipamentos públicos e privados mais importantes, modernos centros comerciais e de serviços, redes de infraestrutura – energia, esgoto, água, telefonia, coleta de lixo e sistema viário.
Empreendimentos ligados ao setor turístico ocupam a orla atlântica, no vetor norte da RMS.
Os preços dos imóveis são maiores na região Sul da cidade, na área central da cidade e na orla atlântica. Essas são também as áreas que mais se valorizaram de 2012 a 2014, segundo a ADEMI-BA.
A construção civil na Bahia, por conta do déficit habitacional e de outros fatores, ainda tem espaço para crescer, especialmente se atuar focada na classe C.

Pontos fracos
No Estado da Bahia e em Salvador, o setor imobiliário teve grande expansão de 2004 a 2008. A crise econômica que eclodiu nos Estados Unidos em 2008 repercutiu na Bahia e em Salvador com a queda dos lançamentos em 2009, recuperação em 2010 seguido de declínio até 2014. Após atingir o pico em dezembro de 2013, o preço dos imóveis em Salvador passou a apresentar declínio.
O setor imobiliário em Salvador vendeu 5.019 unidades habitacionais em 2014 com um crescimento da ordem de 30% em relação a 2013 e o melhor desempenho desde 2012. E mesmo assim a Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário da Bahia (ADEMI- BA) afirma que o setor está em plena desaceleração e com poucas perspectivas para 2015. As perspectivas para 2015 são de poucos lançamentos e, mesmo no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida do governo federal, o ajuste fiscal pode travar os repasses. Todos os analistas econômicos do Brasil sabem que 2015 será um ano difícil, com inflação em alta e mercado recessivo.
A crise do setor imobiliário em Salvador se localiza na orla Atlântica e no miolo da cidade onde os novos lançamentos são raros e a compra de terrenos ficou impraticável por causa dos valores elevados da outorga onerosa estabelecido pela Prefeitura de Salvador e dos problemas com o PDDU. 
A indústria da construção emprega cerca de 50 mil trabalhadores apenas em Salvador sendo, portanto, um setor intensivo em mão de obra.
Problemas como o da outorga onerosa, somado à judicialização do PDDU e da Louos, travam os lançamentos e comprometem empregos. Levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged-Ministério do Trabalho) aponta que em apenas um ano desapareceram sete mil postos de trabalho na capital baiana, quase 13% da massa salarial. As perdas são progressivas porque não há novas obras começando.
Em 2015, será difícil para o setor imobiliário crescer em um cenário de recessão econômica, agravado por problemas como a indefinição do PDDU de Salvador, aumento da outorga onerosa, entre outros fatores.


Estratégias para o desenvolvimento do turismo em Salvador

Envidar esforços para melhorar as condições operacionais do Aeroporto de Salvador.
Envidar esforços para promover o turismo em Salvador no Brasil e no exterior visando elevar o afluxo de turistas na cidade.
Modernizar o porto de Salvador para viabilizar as operações de embarque e desembarque de mercadorias e de passageiros.
Atrair grupos internacionais interessados, sobretudo, na realização de investimentos na área de hospedagem/equipamentos de lazer, construção de hotéis, resorts e pousadas em Salvador.
Divulgar amplamente no Brasil e no exterior o Carnaval de Salvador para atrair o máximo de turistas.
Estimular o turismo de negócios em Salvador.
Incrementar a movimentação de cruzeiros de Salvador para portos do Brasil.
Incentivar investimentos turísticos de cunho cultural e ambiental, nos limites da cidade antiga.
Envidar esforços para tornar os empreendimentos turísticos localizados em Salvador mais atrativos do que os existentes no Litoral Norte.
Elaborar um plano de recuperação e preservação do Centro Histórico de Salvador que abriga o maior acervo barroco do mundo fora da Europa que poderia gerar milhões de reais à economia da cidade com o desenvolvimento do turismo.
Transformar Salvador como portão (e portal) de entrada para o Norte e Nordeste do País.

Pontos fortes e fracos no turismo de Salvador
Pontos fortes
Salvador e o seu entorno possuem imenso potencial turístico que vem atraindo grupos internacionais interessados, sobretudo, na realização de investimentos na área de hospedagem/equipamentos de lazer, construindo hotéis, resorts e pousada.
Segundo a pesquisa "Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009", realizada pelo Vox Populi, a Bahia é o destino turístico preferido dos brasileiros.
O Carnaval de Salvador é o grande destaque pela sua importante repercussão nacional e internacional.
Apesar de ainda necessitar de muitas melhorias, Salvador possui uma boa infraestrutura hoteleira em geral.
O Aeroporto Internacional de Salvador é o quinto mais movimentado do Brasil.
Do ponto de vista global, a atividade turística em Salvador vem se desenvolvendo com destaque para o turismo de negócios.
Salvador possui papel de destaque no mercado turístico nacional, sendo o 3º destino mais visitado (e o 4º mais desejado) em viagens domésticas. Apenas 15% das viagens a Salvador são exclusivamente a lazer (53% dos visitantes são provenientes da Bahia).
A cidade de Salvador passou a ser a primeira colocada na movimentação de cruzeiros entre portos do Nordeste e a segunda do País.
O porto de Salvador passou a dispor de um Terminal para Cruzeiros Marítimos em dezembro de 2014.
Entre os grandes investimentos turísticos há um conjunto de projetos e lançamentos de cunho cultural e ambiental, nos limites da cidade antiga, que explora sua relação com o mar, direcionando-se para a Baía de Todos os Santos que, de alguma forma, tem atraído para esta área empreendimentos habitacionais para o segmento de alta renda.

Pontos fracos
Desde o final de 2014, 10 hotéis de pequeno porte fecharam as portas em Salvador. A situação é grave e atinge investimentos dos mais diversos portes.
O porto de Salvador é considerado o pior porto do Brasil por se encontrar completamente desaparelhado, tanto para as operações de embarque e desembarque de mercadorias como de passageiros.
O porto de Salvador acumula problemas estruturais como a profundidade insuficiente para receber grandes navios, aliados a outros como a dificuldade de acesso rodoviário e, no que se refere ao transporte de mercadorias, lentidão na armazenagem, falta de cobertura para os caminhões de carga e descarga, dentre outros.
Perda de competitividade de Salvador em relação aos empreendimentos turísticos localizados mais atrativos existentes no Litoral Norte.

Estratégias para o intercâmbio de Salvador com o mercado mundial
O intercâmbio de Salvador com o mercado mundial deveria consistir na produção em Salvador e RMS de bens e serviços visando atender a demanda do mercado mundial e na substituição de bens e serviços importados com a produção interna.
Seria importante determinar os bens e serviços exportados e importados em Salvador e RMS visando incrementar sua produção em Salvador para supri-los.

Intercâmbio de Salvador com o mercado mundial - Importações da Bahia por Origem

Fonte:SECEX, elaboração FIEB/SDI
Avaliação do PL do PDDU de Salvador

O PL do PDDU de Salvador peca pelo fato de se apoiar no Plano Salvador 500 que apresenta na sua elaboração três falhas metodológicas fundamentais:
1) não ter utilizado a técnica de cenários estratégicos prospectivos sobre os ambientes econômico, político, tecnológico, social e ecológico no Brasil e no mundo que possibilitariam traçar futuros plausíveis para Salvador até 2049;
2) não considerar as consequências da crise mundial do capitalismo, da atual crise estrutural do Brasil e da mudança climática sobre a cidade de Salvador; e,
3) não considerar as interligações econômicas de Salvador com o mercado mundial, o intercâmbio comercial de Salvador com os demais estados do País, o intercâmbio de Salvador com suas áreas de influência na Bahia e fora da Bahia e o intercâmbio de Salvador com as áreas mais dinâmicas da Bahia inclusive a RMS (Região Metropolitana de Salvador).
Estas falhas metodológicas contribuíram para que o PL do PDDU de Salvador não se constituísse em um real instrumento de promoção do desenvolvimento econômico de Salvador na atualidade e no futuro até 2049.


Intercâmbio de Salvador com o mercado mundial- Exportações da Bahia por Destino


Fonte:SECEX, elaboração FIEB/SDI

Fonte:SECEX, elaboração FIEB/SDI
O SISTEMA DE CIDADES
As cidades são um ecossistema onde tudo está inter-relacionado e tudo é interdependente. A cidade é um sistema aberto, em que o "input", ou seja, a entrada desse sistema, conta com a energia, a informação, as matérias-primas, os produtos alimentares e o "output", a saída, é constituída pela inovação, resíduos, produtos fabricados, etc. (BEAUJEU-GARNIER, 1980).
Este sistema vive, desenvolve-se, mantendo sua organização estrutural à custa do ambiente de que ele próprio é indissociável apresentando características específicas porque integra, simultaneamente, o meio físico e a ação da sociedade
As cidades nasceram para facilitar o intercâmbio de bens materiais, informações, cultura e conhecimento.

Pontos fracos do PL do PDDU de Salvador
Não estabeleceu diretrizes no sentido de maximizar as interligações econômicas de Salvador com o mercado mundial com o incremento das exportações de bens e serviços produzidos na cidade e em outras regiões da Bahia embarcados em Salvador as quais contribuiriam para elevar os níveis de emprego e renda do Município de Salvador e do Estado da Bahia
Não estabeleceu diretrizes no sentido de substituir importações com a produção em Salvador e em outras regiões da Bahia de bens e serviços importados que contribuíssem para elevar os níveis de emprego e renda do Município de Salvador e do Estado da Bahia
Não estabeleceu diretrizes no sentido de maximizar o intercâmbio comercial de Salvador com os demais estados do País com a produção em Salvador de bens e serviços importados de outros estados que contribuíssem para elevar os níveis de emprego e renda do Município de Salvador e do Estado da Bahia
Não estabeleceu diretrizes no sentido de maximizar o intercâmbio com a área de influência de Salvador (Aracaju, Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista, Barreiras, Petrolina–Juazeiro, Guanambi, Irecê, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Itabaiana, Eunápolis, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Senhor do Bonfim, Alagoinhas, Cruz das Almas, Itaberaba, Ribeira do Pombal e Valença) com a produção em Salvador de bens e serviços visando atender sua demanda
Não estabeleceu diretrizes no sentido de maximizar o intercâmbio de Salvador com as áreas dinâmicas do Estado da Bahia (Simões Filho, Camaçari, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Juazeiro, Vitória da Conquista, Irecê, Guanambi, Barreiras e municípios do Litoral Norte, Litoral Sul e Extremo Sul) com a produção em Salvador de bens e serviços visando atender sua demanda
Não delineou estratégias eficazes para o desenvolvimento do turismo, da indústria da construção civil e para a produção de bens e serviços em Salvador


Processo de Elaboração dos Cenários
Oficinas de capacitação metodológica e construção de cenários
Entrevistas Com Gerentes e Especialistas:

Incertezas X Certezas
Grandes Tendências e Questões


Nivelamento conceitual e metodológico
Macrocenários Mundiais e Nacionais
Consolidação dos cenários
Atividades Preparatórias

Mapeamento de tendências

Varreduras na internet
Consultas a Especialistas
Geração de cenários
Desenvolvimento dos cenários mais Prováveis
Evento de validação dos cenários e reflexão estratégica
Metodologia de monitoramento
MÉTODO DOS CENÁRIOS
(GODET)
Delimita-
ção do
Sistema
e
Pesquisa
de
Variáveis
Chaves
Análise
dos Jogos
dos Atores
RETROS-
PECTIVA
Mecanis-
mos
Tendências
Atores
Motores

Variáveis
Externas
Motrizes

Variáveis
Internas
Motrizes


Análise
Estrutural
ESTRA-
TÉGIA
DOS
ATORES
Fenômeno
Estudado
(Variáveis
Internas)
Ambiente
Geral
(Variáveis
Externas)

SITUA-
ÇÃO
ATUAL
Germes de
Mudanças
Projetos
dos
Atores

Jogo de
Hipóteses
probabilís-
ticas
sobre as
Variáveis
Chaves
para o
futuro
Método
de
expert
CENÁRIOS
-Caminhos
-Imagens
-Previsões
ESTRA-
TÉGIAS
ALTER-
NATIVAS

Métodos
Multicri-
térios
PLANO
DE
AÇÃO




















FINALIDADE DOS CENÁRIOS
Preparar a organização para as crescentes incertezas do futuro
Apoiar a tomada de decisão para formulação dos grandes objetivos e estratégias institucionais
Identificar oportunidades e riscos originados de mudanças no ambiente externo
Referencial para a elaboração do plano estratégico da organização

CONCEITO DE CENÁRIO
A descrição sobre um futuro e de seu caminho correspondente constitui um cenário.
O cenário é um conjunto formado pela descrição de uma situação futura e do caminho dos acontecimentos que permitem passar da situação origem à situação futura.

Índice do PIB do Brasil, do Nordeste e da Bahia


Fonte: FIPE.Estudos Econômicos - Caracterização Atual. Audiência Pública. 2015.
A economia de Salvador
Salvador é uma metrópole regional de baixa renda com indicadores econômicos bem abaixo das metrópoles e regiões metropolitanas do Sul e Sudeste do Brasil.
Salvador é a capital brasileira de maior desemprego e menor renda.
Na formação do PIB de Salvador, a agropecuária contribui com 0,06%, a indústria com 20,99% e os serviços com 78,94%.
Percebe-se, portanto, que Salvador é uma cidade predominantemente de serviços.
A economia de Salvador é, indiscutivelmente, uma economia de serviços fortemente apoiada no turismo, no setor imobiliário e serviços das mais diversas naturezas.

Dispersão nível (2012) x crescimento do PIB per capita (1999-2012)

Fonte: FIPE.Estudos Econômicos - Caracterização Atual. Audiência Pública. 2015.

Salário Médio Real em Salvador, Bahia e Brasil

Fonte: FIPE. Estudos Econômicos Caracterização Atual. Audiência Pública. 2015.
Índice do PIB de Salvador, da RMS sem Salvador e da Bahia sem RMS

Fonte: FIPE.Estudos Econômicos - Caracterização Atual. Audiência Pública. 2015.
Taxa de desemprego em Salvador, Bahia e Brasil

Fonte: FIPE. Estudos Econômicos Caracterização Atual. Audiência Pública. 2015.

Taxa de informalidade em Salvador, Bahia e Brasil


Fonte: FIPE. Estudos Econômicos Caracterização Atual. Audiência Pública. 2015.

Taxas de desemprego das Regiões Metropolitanas


Fonte: DIEESE, 2010.

Mão de obra ocupada por setor de atividade (Salvador- 2013)


Fonte: FIPE. Estudos Econômicos Caracterização Atual. Audiência Pública. 2015.
Pessoas com 10 anos ou mais de idade, ocupadas no período de 365 dias no ano na RMS, por condição de atividades - 2011
Setor econômico
Pessoas ocupadas
Pessoas ocupadas (%)
Primário
29.000
1,4
Secundário
454.000
23,0
Terciário
1.495.000
75,6
Total
1.978.000
100,0



Fonte: Mello e Silva, Nentwig Silva e Pirajá Silva. A Região Metropolitana de Salvador na rede urbana brasileira e sua configuração interna, 2014.
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