Bolas Paradas - A eficácia do SL Benfica 2014-15
Descrição do Produto
Bolas Paradas A eficácia do SL Benfica 2014-‐15
Luís Filipe Simões Cristóvão Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Observação e análise técnico/táDca 2014-‐15
• Tema Mais de 20% dos golos marcados pelo SL Benfica nas 30 jornadas até agora disputadas da Liga NOS foram-‐no na sequência de situações de bola parada. 14%, ou seja, 10 dos 73 golos marcados, seguiram-‐se a cantos ou livres. Desta análise excluímos os golos marcados da marca da grande penalidade, visto esses lances não implicarem uma “colocação de jogadores em espaços e com funções que maximizem as suas potencialidades individuais” (Castelo, 1996).
• Método Estabeleceu-‐se assim uma tabela de observação em que foi indicada a bola parada em causa (canto ou livre), o seu Dpo (direto ou indireto), a zona para a qual foi marcado (1º poste, zona central ou 2º poste), o número de toques e o Dpo de arco da bola (exterior ou interior).
• Aplicação A observação foi feita a parDr de vídeos disponibilizados em síDos como o youtube.com ou o zerozero.pt. O principal constrangimento à observação passou pelo facto desta ser, em quase todos os casos, feita por meios de comunicação social, o que inviabilizou o entendimento total de algumas das sequências.
T a m b é m n ã o n o s f o i p o s s í v e l o b s e r v a r detalhadamente todos os casos de eficácia nas bolas paradas do SL Benfica nesta temporada, mas o facto de termos visualizado uma grande maioria dos casos, oferece-‐nos alguma segurança nas tendências assinaladas. De forma a podermo-‐nos assegurar disso mesmo, foram observados vários vídeos relaDvos à temporada passada, como forma de verificação dessas tendências.
Tabela de Recolha
Tabela relaDva às observações feitas dos golos resultantes de bolas paradas na temporada de 2014-‐15.
Resultados Arco Ext. Arco Int. 2º Poste Canto
Central
Livre
1º Poste Direto Indireto 0
1
2
3
4
5
6
7
8
Gestão de Espaço Ver o vídeo: hmps://youtu.be/eoZBY66Hu-‐g
Fundamental no posicionamento dos jogadores para as bolas paradas ofensivas é a gestão do espaço. Nas bolas paradas eficazes, a equipa do SL Benfica divide funções para os seis jogadores presentes na área. Estes dividem-‐se em dois grupos, um na zona da pequena área, outro, perto da linha da grande área.
As dinâmicas visam aproveitar dois Dpos de movimento dos jogadores mais próximos à pequena área. Ora simulam a saída para canto curto, deslocando-‐se no senDdo da bola, ora simulam uma entrada para o golo, corpo a corpo com o defesa na sua zona.
Os elementos colocados perto da linha da grande área, atacam os espaços livres para o cabeceamento.
Bloqueios Ver o vídeo: hmps://youtu.be/7A6-‐85rLbe0
No momento da marcação das bolas paradas, o SL Benfica recorre a bloqueios para conseguir libertar jogadores no espaço. Essas opções tanto podem surgir na marcação de cantos, onde o bloqueio é feito em movimento, encostando o corpo ao do defesa e levando-‐o para fora do espaço definido para o segundo atacante.
Como podem surgir na marcação de livres onde o jogador que sai da linha de atacantes, pisando a linha do fora-‐de-‐jogo, acaba por parecer alheado da jogada para, num movimento de inversão, parar elementos da equipa adversária. Apesar de ser uma situação de jogo que pode ser punível pelo árbitro, o facto dos jogadores estarem em movimento e executarem os bloqueios no meio de zonas muito povoadas, permite a sua execução sem falta assinalada.
Cobertura Ver o vídeo: hmps://youtu.be/frDL0hSTYFg
A equipa do Benfica mantém sempre dois jogadores na cobertura, fora da área. Um desses jogadores surge junto da quina da área mais próxima da bola, o outro jogador mantém-‐se na meia-‐ lua, em zona central. Um dos golos observados, frente ao Moreirense, acabou por ser conseguido a parDr deste Dpo de situação.
Uma das variantes da equipa observada inclui também o cobertura como parDcipante aDvo na sequência do canto indireto. Existe uma primeira triangulação entre o marcador do canto e um jogador saído da área, procurando-‐se depois o cobertura que está do lado da bola. Este tanto pode devolver a bola para ser cruzada para área, ou fazer a leitura para penetrar na área.
Conclusão • As situações de eficácia nas bolas paradas registam-‐se, sobretudo, nos cantos diretos, que visam a zona central através de um arco exterior da bola. • Os pontos fortes são a capacidade de uDlizar bloqueios dentro da área e a forma de atacar os espaços na zona central. • Os pontos fracos estão na previsibilidade das ações. Dois jogadores (Luisão e Jardel) dominam as ocorrências, faltando a variabilidade a que se assisDa no passado (Javi Garcia, Witsel, MaDc), inclusive com esquemas mais elaborados na zona central, uDlizando os mesmos princípios de bloqueio em movimento e ataque ao espaço. • Para parar a equipa do Benfica nas bolas paradas, sugere-‐se a uDlização de um jogador livre para surgir na ajuda ao defesa que fica no bloqueio. Deve haver também um jogador com a missão de fechar a área de ação do jogador de cobertura do lado da bola.
Bibliografia Castelo, J. (1996) Futebol -‐ A Organização do Jogo. Edição do Autor. Descarregado do link hmp://www.jorgecastelo.com/pt/author/ a 30 de abril de 2015. Castelo, J. (2003) Futebol -‐ Guia prá9co de exercício de treino. Lisboa: Visão e Contextos. Descarregado do link hmp://www.jorgecastelo.com/pt/author/ a 30 de abril de 2015. Cunha, N. (2007) A importância dos lances de bola parada (livres, cantos e penal9s) no Futebol de 11. Porto: N. Cunha. Dissertação de Licenciatura apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Descarregado do link hmp://repositorio-‐aberto.up.pt/bitstream/10216/14566/2/5887.pdf a 30 de abril de 2015.
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