BOLILA, C, ROMÃO, J., MATOS, S., PEREIRA, S., PRATA, S, PEREIRA, T. TENTE, C. (2013) – O Castro do Jarmelo (Guarda). Estudos dos materiais arqueológicos recolhidos na intervenção de emergência de 1998.

June 12, 2017 | Autor: Catarina Tente | Categoria: Medieval History, Medieval Archaeology
Share Embed


Descrição do Produto

FORTIFICAÇÕES E TERRITÓRIO NA PENÍNSULA IBÉRICA E NO MAGREB

APOIOS

Fundação para a Ciência e a Tecnologia MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR

Direcção Regional de Cultura do Alentejo

UNIÃO EUROPEIA

PROGRAMA OPERACIONAL FACTORES DE COMPETITIVIDADE

Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

FORTIFICAÇÕES E TERRITÓRIO NA PENÍNSULA IBÉRICA E NO MAGREB

(SÉCULOS VI A XVI) Coordenação de

Isabel Cristina F. Fernandes

Vol. II

A obra colectiva Fortificações e Território na Península Ibérica e no Magreb (séculos VI a XVI) oferece aos investigadores e ao leitor comum interessado nestas maté­rias, distintas leituras do castelo, algumas com claro cariz monográfico, algumas tocando as transformações dos períodos de transição, a montante e a jusante, outras preferindo trabalhá-lo na dimensão do território, valorizando os contribu­tos das fontes escritas ou os da arqueologia, outras ainda conduzindo o enfoque para questões de restauro, gestão e valorização patrimoniais. Isabel Cristina F. Fernandes Coordenadora científica da edição

II

ISBN 978-989-689-374-3

FORTIFICACOES VOL.2(6-10-2014).indd 1

23-10-2014 15:54:56

Biblioteca Nacional de Portugal – Catalogação na Publicação

FORTIFICAÇÕES E TERRITÓRIO NA PENÍNSULA IBÉRICA E NO MAGREB (SÉCULOS VI A XVI)

Fortificações e território na Península Ibérica e no Magreb (séculos VI a XVI) / coord. Isabel Cristina Ferreira Fernandes. – (Extra-colecção) 2º v. – 380 p. – ISBN 978-989-689-374-3 I – FERNANDES, Isabel Cristina F., 1957CDU 904

Título: Fortificações e Território na Península Ibérica e no Magreb (Séculos VI a XVI) – Volume II Coordenação: Isabel Cristina Ferreira Fernandes Edição: Edições Colibri/Campo Arqueológico de Mértola Capa e separadores: DCCT – Câmara Municipal de Palmela Revisão dos textos: I. C. Fernandes; J. F. Duarte Silva; Patrice Cressier Depósito legal: 368 239/13

Lisboa, Dezembro de 2013

Castro do Jarmelo (Guarda). Estudo dos materiais arqueológicos recolhidos na intervenção de emergência de 1998 CATARINA BOLILA, JOÃO ROMÃO, SARA MATOS, SARA PEREIRA, SARA PRATA, TIAGO PEREIRA, CATARINA TENTE Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

1. Introdução

O

SÍTIO arqueológico do Castro do Jarmelo (Figs. 1 e 2) situa-se a Norte da cidade da Guarda, integrado actualmente naquele concelho. O mesmo apresenta as seguintes coordenadas geográficas: 40º35’25.75’’N / 7º07’58.53’’O. Apresenta, no seu ponto mais elevado (um marco geodésico de primeira ordem) 926 m de altitude. Trata-se de uma povoação medieval que dispõe de muralhas com mais de 2 metros de largura e que desenham uma planta sub-rectangular. Na área a Sul observam-se várias estruturas de compartimentos que definem uma área rectangular fechada e que poderá corresponder a uma espécie de alcáçova do povoado. Este sítio arqueológico está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1953 (DL nº 39157/53 de 17 de Abril).

Fig. 1 – Pormenor da carta militar, número 193, com localização do sítio do Jarmelo.

Fig. 2 – Vista geral do sítio arqueológico, com a entrada para o recinto à esquerda.

Os materiais de que aqui se apresenta o seu estudo resultam de um pequena intervenção de emergência realizada pela Extensão do IPA na Beira Interior entre 11 e 14 de Agosto de 1998. A mesma ocorreu na sequência de várias visitas que os arqueólogos da Extensão efectuaram ao Jarmelo em Junho desse ano, no âmbito de um processo de instalação de uma antena de telemóvel que opunha a Junta da Freguesia e a população das aldeias circundantes. Na primeira visita realizada detectou-se a abertura de um estradão de acesso ao marco geodésico no lado oriental do povoado. O mesmo havia sido aberto em 1997 com verbas do programa Leader II, mas não foram efectuados quaisquer trabalhos de minimização ou acompanhamento arqueológico. A sua abertura implicou a destruição de vários níveis arqueológicos dentro do povoado e de parte da muralha. A intervenção da Extensão do IPA da Covilhã foi realizada com o intuito de registar minimamente os níveis arqueológicos e respectivos materiais que estavam expostos no talude deixado pela passagem da máquina que abriu o estradão. Apenas foi efectuada a limpeza e o registo gráfico de um perfil de 8 metros de extensão orientado Sul/Norte. Sempre que possível, os materiais arqueológicos recolhidos foram referenciados de acordo com os níveis arqueológicos ali observados, todavia, uma parte considerável do material recolhido estava tombado junto do talude e, por isso, não foi possível identificar o nível arqueológico de proveniência. Nestes trabalhos colaboraram o arqueólogo da C. M. Guarda, Vítor Pereira e alguns habitantes da freguesia. Durante estes trabalhos foi possível observar uma sequência estratigráfica constituída por seis níveis diferenciados: [1] – Nível superficial de terras humosas, contendo alguns materiais arqueológicos, com cerca de 0.20 a 0.30 m de espessura; [2] – Nível espesso de terras castanhas acinzentadas com uma espessura que varia entre os 0.40 e os 0.60 m e que apresenta muitos materiais arqueológicos (cerâmicas, ossos e alguns metais); [3] – Nível compacto de terras castanhas acinzentadas escuras, com cerca de 0.10 m de espessura e praticamente estéril do ponto de vista de materiais arqueológicos. Parece corresponder a um paleosolo do povoado. Era observado em apenas 4 metros do perfil;

Fortificações e Território na Península Ibérica e no Magreb (Séculos VI a XVI), Lisboa, Edições Colibri & Campo Arqueológico de Mértola, 2013, p. 829-836.

Catarina Bolila, João Romão, Sara Matos, Sara Pereira, Sara Prata, Tiago Pereira, Catarina Tente

830

fragmentados. Por essa mesma razão decidimos catalogar apenas aqueles que ofereciam comprimento mínimo de cinco centímetros e que, dessa forma, nos garantiriam maior segurança no cálculo do diâmetro da boca da peça. Aqueles que apresentam menos de cinco centímetros e que se encontram desenhados foram selecionados de entre todos os outros por melhor representarem um tipo de decoração ou de peça. No que à decoração concerne, mais de metade dos bordos decorados (cerca de vinte e sete) apresentam incisões. Seguidamente, contamos onze exemplares com caneluras, três com punções, dois com digitação e apenas um exemplar com engobe recolhido na limpeza de perfil. Surgem também aplicações, sobretudo em forma de cordões, embora sejam menos frequentes. Em relação aos bojos, a decoração aplicada com cordões é mais abundante, assim como a de linhas incisas provenientes dos níveis 1 e 2. O único exemplo de decoração penteada veio igualmente do nível 2. Também com apenas um exemplar temos um fragmento de cerâmica vidrada do nível 1. Foram desenhados os bojos que melhor apresentam uma tipologia decorativa. Na tipologia cerâmica, de entre os fragmentos catalogados, verificámos um predomínio da cerâmica de mesa, representada principalmente pelas taças e pelos jarros, embora esteja também presente a cerâmica de cozinha com alguns exemplares de panelas e testos. Em menor quantidade identificámos peças de armazenamento, pote e talha, para além de um conjunto de cossoiros e uma peça de jogo. O conjunto de material não cerâmico recolhido no sítio do Jarmelo foi organizado em objectos metálicos, moedas, pendentes e contas e material osteológico. Relativamente aos objectos metálicos, o grupo mais representativo quantitativamente (28 elementos), é constituído por cravos, talas e pregos. Estes foram analisados e divididos nestas três categorias, de acordo com a sua aparente funcionalidade. Os artefactos identificados como sendo cravos foram medidos e organizados comparativamente, sendo possível estabelecer três tipologias. Uma vez que todos apresentam corpos com secção em ângulo, os critérios tidos em conta para esta divisão corresponderam à tipologia da cabeça e ao comprimento médio.

[4] – Terras castanhas mais soltas que se encontravam à mesma cota do [3] ocupando os 4 metros norte do perfil. O nível era praticamente estéril do ponto de vista arqueológico; [5] – Terras castanhas arenosas que se dispunham por debaixo de [3] e [4] e por cima do substrato rochoso de granito; apresentava uma espessura média de 0.10 m e era estéril em materiais arqueológicos; [6] – Terras castanhas amareladas sem espólio arqueológico e com muito areão de granito que ocupavam os interstícios da base rochosa. 2. O espólio arqueológico 2.1. As cerâmicas As cerâmicas do Castro do Jarmelo, provenientes de uma limpeza de perfil cujas unidades estratigráficas foram devidamente identificadas, são caracterizadas maioritariamente pelas suas cozeduras de âmbito redutor e pelo seu fabrico a torno lento, exceto aquelas que apresentam uma decoração aplicada, como é o caso dos cordões. Terão sido cozidas em meda ou fossa, destacando-se aqui aquelas produzidas a torno lento e os exemplares de cerâmica comum. Identificámos também cozeduras de tipo oxidante mas em muito menor quantidade. A presença de elementos não-plásticos é uma constante, fulcral para aumentar a resistência destas cerâmicas às temperaturas altas a que eram sujeitas e lhes atribuíam a coloração acinzentada e escura que nelas prima. Optou-se por estabelecer os seguintes critérios em relação ao número e dimensão dos ENP: Número: raro; escasso; razoável; abundante. Dimensão: reduzida: < de 0,1 cm; média: 0,1 a 0,3 cm; elevada: 0,3 a 0,5 cm. Dados os vários fatores que intervêm num processo de cozedura e, por conseguinte, na tonalidade e coloração das cerâmicas, optou-se por classificá-las de acordo com a Munsell Soil Color Chart. Dentro do numerário total das cerâmicas estudadas contámos cerca de 206 bordos, como é observável na tabela 1, o que perfaz cerca de 37,7% das mesmas. Provieram em grande número dos níveis 1 e 2 que, em detrimento dos outros níveis, demonstraram maior potência arqueológica. Apesar da sua grande quantidade, muitos dos bordos estudados encontravam-se significativamente

Nível

Bordos

Bases

Bojos

Asas

Cossoiros Peça de Jogo TOTAL

1

99

17

112

4

4

1

237

2

55

21

98

9

2

0

185

3

5

1

4

0

0

0

10

5

3

1

1

0

0

0

5

6

0

0

1

0

1

0

2

44 206

21 61

36 252

4 17

1 8

0 1

106 545

Limpeza de Perfil TOTAL

Tabela 1 – Distribuição dos fragmentos e suas categorias por níveis.

Castro do Jarmelo (Guarda). Estudo dos materiais arqueológicos recolhidos na intervenção de emergência de 1998

Entre os outros objectos metálicos, identificou-se uma agulha, um gancho de fivela, um fecho, um fragmento de chave, e uma ferradura fragmentada. Dos pendentes em contas refere-se a presença de uma conta em pasta vítrea e um pendente de bronze. O conjunto de espólio osteológico é composto por três dentes humanos. 2.1.1. Catálogo de cerâmicas

1. Fragmento de jarro com bordo de orientação invertida, e 0,9 cm de espessura, produzido a torno lento (Fig. 3). É decorado com pequenas caneluras. Apresenta uma cozedura redutora de coloração castanha avermelhada (Munsell 5 YR 5/4). A pasta contém ENP em razoável quantidade e de reduzida dimensão, sendo a textura homogénea. Encontra paralelo com um jarro de Stª Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA. 1998: 119), com um jarro do castelo de Arouca (SILVA e RIBEIRO, 2006/2007: 88) e com a fase 3 de Conimbriga (DE MAN, 2006: 171).

831

3. Fragmento de panela com bordo plano de orientação exvertida e arranque de asa, com 1 cm de espessura, produzido a torno lento (Fig. 3). É decorado com linhas incisas. Apresenta uma cozedura redutora de coloração castanha escura (Munsell 5 YR 4/1). A pasta contém ENP em abundante quantidade e de média dimensão, sendo a textura homogénea. 4. Fragmento de jarro de bordo plano com espessamento duplo, e 1,6 cm de espessura, produzido a torno rápido (Fig. 3). Apresenta uma cozedura redutora-oxidante de coloração cinzenta escura e laranja respetivamente (Munsell 10 YR 4/1 e 5 YR 7/6). A pasta contém ENP em escassa quantidade e de reduzida dimensão, sendo a textura homogénea. 5. Fragmento de taça com bordo plano de orientação exvertida com espessamento exterior, com 1,4 cm de espessura, produzido a torno lento (Fig. 3). É decorado com linha incisa ondulada Apresenta uma cozedura oxidante de coloração castanha clara (Munsell 10 YR 7/4). A pasta contém ENP em razoável quantidade e de reduzida dimensão, tendo uma textura homogénea. Encontra paralelo com a taça nº 2 das cerâmicas medievais do Baldoeiro (RODRIGUES e REBANDA, 1995: 61). 6. Fragmento de taça de bordo plano de orientação exvertida com espessamento exterior, com 0,9 cm de espessura, produzido a torno lento (Fig. 3). É decorado com linhas incisas. Apresenta uma cozedura redutora de coloração cinzenta avermelhada (Munsell 2.5 YR 2.5/ 1). A pasta contém ENP em rara quantidade e de reduzida dimensão, tendo uma textura homogénea. 7. Fragmento de jarro com bordo em bisel interno, de 0,5 cm de espessura, produzido a torno rápido (Fig. 3). É decorado com caneluras e pequenas aplicações verticais. Apresenta uma cozedura oxidante de coloração castanha avermelhada (Munsell 2.5 YR 5/4). A pasta contém ENP em razoável quantidade de elevada dimensão, tendo uma textura compacta. 8. Fragmento de jarro de bordo redondo com arranque do bico vertedor, de 0,4 cm de espessura, produzido a torno lento (Fig. 3). É decorado com caneluras. Apresenta uma cozedura redutora de coloração castanha escura avermelhada (Munsell 2.5 YR 3/3). A pasta contém ENP em razoável quantidade e de reduzida dimensão, com uma textura homogénea.

Fig. 3 – Bordos e formas cerâmicas.

2. Fragmento de talha com bordo plano, e 1,7 cm de espessura, produzida a torno (Fig. 3). É decorado com um cordão digitado horizontal por baixo do bordo. Apresenta uma cozedura redutora de coloração castanha (Munsell 7.5 YR 5/2). A pasta contém ENP em razoável quantidade, de reduzida e média dimensão, sendo a textura homogénea. Encontra paralelos com uma talha de Stª Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA. 1998: 119).

9. Fragmento de panela com bordo plano e arranque de bojo, com 1 cm de espessura, produzido a torno rápido (Fig. 3). Apresenta uma cozedura redutora de coloração preta (Munsell 7.5 YR 2.5/ 1). É decorada com linhas incisas onduladas horizontais. A pasta contém ENP em razoável quantidade e de reduzida dimensão, com uma textura homogénea. Encontra paralelo com uma panela do castelo de Arouca (SILVA e RIBEIRO, 2006/2007: 84). 10. Fragmento de pote de bordo biselado interno, com 0,8 cm de espessura, produzido a torno (Fig. 3). Apresenta uma cozedura redutora de coloração

832

Catarina Bolila, João Romão, Sara Matos, Sara Pereira, Sara Prata, Tiago Pereira, Catarina Tente

cinzenta escura (Munsell 10 YR 4/1). A pasta contém ENP de razoável quantidade e de reduzida e média dimensão, com uma textura homogénea. 11. Fragmento de taça de bordo plano, com 0,8 cm de espessura, produzido a torno rápido (Fig. 3). Apresenta uma cozedura redutora de coloração castanha escura avermelhada (Munsell 5 YR 3/3). A pasta contém ENP em escassa quantidade e de reduzida dimensão, de textura homogénea. A sua forma é semelhante a uma outra taça de Stª Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA, 1998: 115). 12. Fragmento de taça de bordo em bisel interno, com 0,3 cm de espessura, produzido a torno rápido (Fig. 3). É decorado com incisões horizontais que formam caneluras. Apresenta uma cozedura redutora de coloração cinzenta muito escura (Munsell 2.5 Y 3/1). A pasta contém ENP em rara abundância e de reduzida dimensão, com uma textura homogénea. Encontra paralelo com uma taça de Vila Velha (RODRIGUES e LEBRE, 2000).

produzido a torno lento (Fig. 3). Apresenta uma cozedura redutora de coloração cinzenta escura (Munsell 10 YR 4/1). A pasta contém ENP em razoável quantidade e de reduzida e média dimensão, com uma textura homogénea. 19. Fragmento de bojo com cordão vertical aplicado e duas linhas incisas, com 0,6 cm de espessura, pertencente a peça produzida manualmente (Fig. 4). Apresenta cozedura redutora de coloração cinzenta muito escura (Munsell 2.5 Y 3/1) A pasta contém ENP em razoável quantidade e média dimensão, com textura homogénea. A decoração encontra paralelos com Castelo Novo (BARROS e SILVÉRIO, 2005: 163-165) e com as cerâmicas medievais de Braga (GASPAR, 1991: 369).

13. Fragmento de panela de bordo plano, com 0,7 cm de espessura, produzido a torno rápido (Fig. 3). Apresenta uma cozedura redutora de coloração preta (Munsell 10 YR 3/1). A pasta contém ENP em razoável abundância de reduzida e média dimensão, com textura homogénea. 14. Fragmento taça com bordo plano de orientação exvertida, com 1,1 cm de espessura, produzido a torno rápido (Fig. 3). É decorada com um cordão digitado vertical. Apresenta uma cozedura redutora de coloração preta (Munsell 10 YR 3/1). A pasta contém ENP em razoável abundância e de reduzida e média dimensão, com uma textura homogénea. 15. Fragmento de taça de bordo redondo, com 1 cm de espessura, produzida a torno lento (Fig. 3). Apresenta uma cozedura redutora de coloração cinzenta muito escura (Munsell 7.5 YR 3/1). A pasta contém ENP em rara quantidade e de reduzida dimensão, com textura homogénea. 16. Fragmento de jarro com bordo plano de orientação exvertida e arranque de asa, com 0,4 cm de espessura, produzido a torno lento (Fig. 3). É decorado com caneluras. Apresenta uma cozedura redutora de coloração cinzenta escura (Munsell 7.5 YR 4/1). A pasta contém ENP em rara abundância e de reduzida dimensão com uma textura homogénea. Encontra paralelos com Castelo Novo (SILVÉRIO e BARROS. 2005: 174-175). 17. Fragmento de panela com bordo plano de orientação exvertida, com 0,7 cm de espessura e arranque de asa, produzida a torno lento (Fig. 3). É decorado com linhas incisas. Apresenta cozedura redutora de coloração cinzenta muito escura (Munsell 7.5 YR 3/1). A pasta contém ENP em razoável quantidade e de reduzida e média dimensão com uma textura homogénea. 18. Fragmento de forma indeterminada com bordo plano e arranque de asa, com 0,5 cm de espessura,

Fig. 4 – Bojos, asas e testos decorados, fundo, cossoiros e peça de jogo.

20. Fragmento de bojo com cordão inciso aplicado, com 1 cm de espessura, produzido manualmente (Fig. 4). Apresenta cozedura redutora de coloração cinzenta escura avermelhada (Munsell 2.5 YR 4/1) A pasta contém ENP em razoável quantidade e de reduzida e média dimensão, com uma textura homogénea. 21. Fragmento de bojo com decoração de cordão aplicado com impressões ovais, com 0,5 cm de espessura, produzido a torno rápido (Fig. 4). Apresenta uma cozedura oxidante-redutora de coloração castanha e cinzenta muito escura respetivamente (Munsell 7.5 YR 4/3 e 10 YR 3/1). A pasta contém ENP em abundante quantidade e de reduzida e média dimensão, sendo a textura homogénea. A decoração encon-

Castro do Jarmelo (Guarda). Estudo dos materiais arqueológicos recolhidos na intervenção de emergência de 1998

tra paralelos com Stª Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA. 1998: 125). 22. Fragmento de bojo com impressões laterais, com 0,6 cm de espessura, produzido a torno lento (Fig. 4). Apresenta uma cozedura oxidante-redutora de coloração castanha avermelhada e cinzenta escura respetivamente (Munsell 5 YR 5/4 e 10 YR 4/1). A pasta contém ENP em escassa quantidade e de reduzida dimensão, sendo a textura homogénea. 23. Fragmento de bojo com decoração incisa ondulada, com 0,5 cm de espessura, produzido a torno lento (Fig. 4). Apresenta cozedura redutora de coloração preta (Munsell 7.5 YR 2.5/1). A pasta contém ENP em razoável quantidade e reduzida dimensão, sendo a textura homogénea. A decoração encontra paralelo com Castelo Novo (SILVÉRIO e BARROS, 2005: 163), com a fase 3 de Conímbriga (DE MAN, 2006: 172) e com Stª Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA. 1998: 113 e 123). 24. Fragmento de bojo com decoração de cordão aplicado com impressões circulares, com 0,3 cm de espessura, produzido a torno lento (Fig. 4). Apresenta uma cozedura redutora-oxidante de coloração cinzenta muito escura e castanha respetivamente (Munsell 10 YR 3/1 e 10 YR 4/3). A pasta contém ENP em razoável quantidade e de reduzida dimensão, sendo a textura homogénea. A decoração encontra paralelos com Stª Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA, 1998: 125). 25. Fragmento de bojo decorado com cordões aplicados digitados e pastilha, com 0,6 cm de espessura, pertencente a peça produzida manualmente (Fig. 4). Apresenta uma cozedura oxidante-redutora de coloração castanha e cinzenta escura (Munsell 7.5 YR 4/3 e 2.5 Y 4/1). A pasta contém ENP em abundante quantidade de reduzida e média dimensão, sendo a textura rugosa. 26. Fragmento de bojo com decoração incisa ondulada horizontal, com 0,4 cm de espessura, produzido a torno rápido (Fig. 4). Apresenta cozedura oxidante de coloração castanha avermelhada (Munsell 5 YR 5/4). A pasta contém ENP em rara quantidade e de reduzida dimensão, sendo a textura homogénea. A decoração encontra paralelos com a fase 3 de Conimbriga (DE MAN, 2006) e com Stª Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA, 1998: 112-113). 27. Fragmento de bojo com arranque de asa, com cordão digitado vertical, de 0,7 cm de espessura, pertencente a peça produzida manualmente (Fig. 4). Apresenta uma cozedura redutora de coloração cinzenta muito escura (Munsell 10.5 YR 3/1). A pasta contém ENP em abundante quantidade e de reduzida e média dimensão, sendo a textura homogénea. 28. Fragmento de asa em fita com decoração incisa, com 0,9 cm de espessura, produzido manualmente (Fig. 4). Apresenta cozedura redutora de coloração cinzenta escura (Munsell 5 YR 4/1). A pasta contém ENP em escassa quantidade e de reduzida dimensão,

833

sendo a textura homogénea. A decoração encontra paralelos com a fase 2 de Stª Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA, 1998: 125). 29. Fragmento de asa em fita com decoração incisa, com 0,5 cm de espessura, produzido manualmente (Fig. 4). Apresenta uma cozedura redutora de coloração cinzenta escura (Munsell 10 YR 4/1). A pasta contém ENP em abundante quantidade e de reduzida e média dimensão sendo a textura rugosa. Encontra paralelos com a fase 2 de Stª Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA, 1998: 126). 30. Fragmento de asa em fita com decoração incisa, com 0,8 cm de espessura, produzido manualmente (Fig. 4). Apresenta cozedura redutora de coloração cinzenta escura (Munsell 10 YR 4/1). A pasta contém ENP em escassa quantidade e de reduzida dimensão, sendo a textura homogénea. A decoração encontra paralelos com a fase 2 de Stª Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA, 1998: 125). 31. Fragmento de fundo de forma indeterminada e arranque de parede com gato, com espessura média de 1,1 cm, produzido a torno lento (Fig. 4). Apresenta uma cozedura oxidante de coloração castanha (Munsell 7.5 YR 5/4). A pasta contém ENP em abundante quantidade e de média dimensão, sendo a textura rugosa. 32. Fragmento de testo com decoração incisa ondulada, com 0,9 cm de espessura, produzido manualmente (Fig. 4). Apresenta cozedura oxidante de coloração cinzenta (Munsell 5 YR 5/1). A pasta contém ENP em razoável quantidade de reduzida e média dimensão, sendo a textura homogénea. Encontra paralelos com um testo de Stª Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA, 1998: 125) e com um testo de Vila Velha (RODRIGUES e LEBRE, 2000). 33. Fragmento de testo com decoração incisa, com espessura de 1,2 cm, produzido manualmente (Fig. 4). Apresenta cozedura redutora de coloração cinzenta escura (Munsell 7.5 YR 4/1). A pasta contém ENP em abundante quantidade e de reduzida e média dimensão, sendo a textura rugosa. 34. Fragmento de cossoiro, com 0,7 cm de espessura, produzido manualmente (Fig. 4). Apresenta uma cozedura oxidante-redutora de coloração rosada e preta respectivamente (Munsell 7.5 YR 7/4 e 7.5 YR 2.5/1). A pasta contém ENP em rara quantidade e de reduzida dimensão, sendo a textura homogénea. 35. Fragmento de cossoiro, com espessura de 0,8 cm, produzido manualmente (Fig. 4). Apresenta uma cozedura oxidante de coloração castanha clara (Munsell 7.5 YR 6/3). A pasta contém ENP em abundante quantidade e de reduzida dimensão, sendo a textura homogénea. 36. Fragmento de cossoiro, com 0,7 cm de espessura, produzido manualmente (Fig. 4). Apresenta uma cozedura redutora de coloração cinzenta escura (Munsell 7.5 YR 4/1). A pasta contém ENP em abundante quantidade e de reduzida dimensão, sendo a textura homogénea.

834

Catarina Bolila, João Romão, Sara Matos, Sara Pereira, Sara Prata, Tiago Pereira, Catarina Tente

37. Peça de jogo, com 0,7 cm de espessura, produzido a torno rápido (Fig. 4). Apresenta cozedura oxidante de coloração castanha avermelhada (Munsell 5 YR 5/4). A pasta contém ENP em escassa quantidade e de reduzida dimensão, sendo a textura homogénea. 2.2. Os metais 2.2.1. Cravos, talas e pregos 1. Cravo de cabeça subrectangular, corpo com secção em ângulo (Fig. 5). Comprimento total médio: 0,3 cm. Espessura média dos corpos: 0,4 cm. Comprimento médio da cabeça: 1,5 cm. Espessura média das cabeças: 0,3 cm.

2. Cravo de cabeça subquadrangular, corpo secção em ângulo (Fig. 5). Comprimento total médio: 2 cm. Espessura média do corpo: 0,3 cm. Comprimento médio da cabeça: 1,6 cm. Espessura média da cabeça: 0,2 cm. 3. Cravo de cabeça subrectagular e corpo alongado de secção em ângulo (Fig. 5). Comprimento total médio: 4 cm. Espessura média do corpo: 0,3 cm. Comprimento médio da cabeça: 1,2 cm. Espessura média da cabeça: 0,2 cm. 4. Tala de secção em ângulo com cabeça subcircular achatada (Fig. 5). Comprimento total médio: 4,5 cm. Espessura do corpo: 0,3 cm. 5. Tala de secção em ângulo sem cabeça (Fig. 5). Comprimento total: 4 cm. Espessura do corpo: 0,4 cm. 6. Prego sem cabeça, secção subquadrangular (Fig. 5). Comprimento total médio: 35 mm. Espessura média do corpo: 0,4 cm. 2.2.2. Outros artefactos metálicos 7. Agulha de grande dimensão (Fig. 5). Segundo paralelos etnográficos, pela sua grande dimensão longitudinal poderia servir para coser sacas, albardas e/ou sapatos. Secção em ângulo. Comprimento – 15 cm. Espessura média – 0,4 cm. 9. Gancho de fivela (Fig. 5). Comprimento: 12 cm e secção em ângulo. Espessura do corpo: 0,1 cm. Espessura média do espigão: 0,5 cm. 10. Fecho (Fig. 5). Na zona mesial secção subcircular e nas extremidades subrectangular. Poderia ser completado por uma cavilha que encaixava nos furos simétricos em cada parte da peça. Espessura na zona mesial: 0,5 cm. Espessura nas extremidades: 0,2 cm. 11. Fragmento de chave (Fig. 5). Corresponde à parte distal. Secção ovalada. Comprimento médio: 3,5 cm. Espessura: 0,2 cm. 12. Ferradura (Fig. 5). Pela tipologia e paralelos etnográficos presume-se tratar-se de uma ferradura para burro. Seis orifícios de secção subrectangular, três em cada lado, fraccionada à altura do terceiro orifício de um do lado direito. Comprimento máximo: 6 cm. Espessura média: 5 cm.

2.3. O espólio numismático 13. Moeda (Fig. 6). Identificada como um Dinheiro (Bolhão), cunhado no reinado de D. Sancho II (1223-1248). No anverso mostra uma cruz rodeada por um círculo e orlada por dois círculos nos dois ângulos opostos e outras formas nos outros dois ângulos que, segundo as moedas do Livro de Numismática de Ferraro Vaz, são possivelmente estrelas de sete pontas. A legenda é ilegível. No reverso está gravada uma representação em forma de campânula. Diâmetro: 1,5 cm. Fig. 5 – Artefactos metálicos.

Castro do Jarmelo (Guarda). Estudo dos materiais arqueológicos recolhidos na intervenção de emergência de 1998

835

Fig. 6 – Dinheiro (bolhão) de D. Sancho II.

Fig. 9 – Dinheiro (bolhão) de D. Sancho II.

14. Moeda fragmentada ao meio (Fig. 7). Identificada como um Dinheiro (Bolhão), cunhado no reinado de D. Afonso II (1211-1223). O anverso está ilegível. O reverso apresenta o semicírculo que possivelmente era completado para formar uma campânula, semelhante ao reverso da moeda anterior. Diâmetro: 1,2 cm.

17. Moeda (Fig. 10). Identificada como um Dinheiro (Bolhão), cunhado no reinado de D. Afonso II (1211-1223). O anverso tem uma cruz dentro de um círculo e é orlada por quatro pontos, um em cada ângulo. O reverso está quase apagado mas nota-se a gravação de uma representação em forma de lágrima. Diâmetro: 1,5 cm.

Fig. 10 – Dinheiro (bolhão) de D. Afonso II.

2.4. Contas e pendentes

Fig. 7 – Dinheiro (bolhão) de D. Afonso II.

15. Moeda (Fig. 8). Identificada como um Dinheiro (Bolhão), cunhado no reinado de D. Afonso II (1211-1223). No anverso apresenta uma cruz cortando a legenda, orlada por círculos em cada ângulo. O reverso não é perceptível. Diâmetro: 1,5 cm.

8. Conta de pasta vítrea (Fig. 5). Cor azul-escura. Diâmetro interno: 0,3 cm. Diâmetro externo: 0,6 cm. Espessura: 0,3 cm. 18. Pendente de bronze (Fig. 11). Sonda de corpo alongado e enrolado com extremidade em forma de espátula e outra bífida. Argola para utilização como pendente. Segundo paralelos semelhantes de época romana podia ser utilizada para limpar ouvidos ou narinas ou para misturar as substâncias medicinais e coloca-las sobre feridas. Nos paralelos detectados a extremidade oposta à espátula tem forma arredondada que podia servir para espalmar as substâncias usadas para fazer os medicamentos. Comprimento: 5,5 cm.

Fig. 8 – Dinheiro (bolhão) de D. Afonso II.

16. Moeda (Fig. 9). Identificada como um Dinheiro (Bolhão), cunhado no reinado de D. Sancho II (1223-1248). No anverso apresenta uma cruz cortando a legenda, orlada por círculos em cada ângulo. No reverso estão gravados quatro escudetes em cruz. Diâmetro: 1,6 cm. Fig. 11 – Peça de bronze.

836

Catarina Bolila, João Romão, Sara Matos, Sara Pereira, Sara Prata, Tiago Pereira, Catarina Tente

2.5 Material osteológico

4. Conclusões

19. Três dentes humanos (Fig. 12). Dois deles estão completos, o terceiro apresenta apenas a coroa, carbonizada.

O espólio do Castro do Jarmelo aqui apresentado não provém na sua maioria de contextos arqueológicos bem caracterizados, por resultarem de uma limpeza de corte efectuada na sequência de uma destruição ocorrida neste sítio arqueológico. Deste modo não é possível correlacionar os materiais arqueológicos com contextos precisos. Todavia, a presença de certos artefactos permite retirar algumas conclusões sobre este sítio. Fica atestada a existência de actividade têxtil pela presença de cossoiros. Também é possível comprovar que haveria alguma circulação monetária já que, apesar da área intervencionada ser muito reduzida, se identificaram ali vários elementos numismáticos dos reinados de Afonso II e Sancho II. Por outro lado, é de assinalar que a quantidade de instrumentos e elementos metálicos identificados sugere um uso generalizado do metal em instrumentos do quotidiano dos habitantes do Jarmelo, em clara oposição ao que ocorre em contexto da Alta Idade Média da região. Os paralelos que se avançaram para os contentores cerâmicos estudados apontam para que a coleção se integre entre os séculos XIII e XIV. Esta cronologia não está só atestada nas moedas recolhidas (século XIII) mas também no recinto amuralhado e na sua organização interna, que se estrutura em três artérias principais que confluem para um largo central. Esta é uma característica que é partilhada com outros locais da região datados da Baixa Idade Média, mais concretamente do século XIV.

Fig. 12 – Dentes.

3. Paralelos para o espólio do Jarmelo O conjunto aqui apresentado encontra um grande número de paralelos nas cerâmicas medievais de Santa Cruz de Vilariça (RODRIGUES e REBANDA, 1998) e de Castelo Novo (BARROS e SILVÉRIO, 2005). Embora em menor quantidade, encontramos também paralelos em Vila Velha (RODRIGUES e LEBRE, 2000), Baldoeiro (RODRIGUES e REBANDA, 1995) e Conímbriga (DE MAN, 2006), sendo que formas dos séculos XIII/XIV se assemelham a formas da fase mais recente deste último sítio.

BIBLIOGRAFIA DE MAN, Adriaan, Conimbriga, do Baixo Império à idade média, edições Sílabo, Lisboa, 2006. GASPAR, Alexandra, “Contribuição para o estudo das cerâmicas medievais de Braga” in actas do IV congresso internacional A cerâmica medieval no mediterrâneo ocidental, Lisboa, Centro Arqueológico de Mértola, Mértola, 1991, p. 365-372. MEDINA, João (dir.), “Portugal Medieval”, in História de Portugal – Dos Tempos Pré-Históricos aos Nossos Dias, vol. III, Egedsa, Barcelona, 1993. PEREIRA, Vítor, “Contributo para o estudo da Vila do Jarmelo (Guarda)”, in Praça Velha: revista cultural da cidade da Guarda, Ano VI, nº 13, 1ª série, Câmara Municipal da Guarda, Guarda, 2003, p. 7-19. RODRIGUES, Miguel e REBANDA, Nelson, “Cerâmicas medievais do Baldoeiro (Adeganha – Torre de Moncorvo)” in Actas das 1as Jornadas sobre Cerâmica Medieval e PósMedieval, Tondela, 1992, Câmara Municipal Tondela, Porto, 1995, p. 51-66.

RODRIGUES, Miguel e REBANDA, Nelson, “Cerâmicas medievais do povoado desertificado de Sta. Cruz da Vilariça” in Actas das 2as Jornadas de Cerâmica Medieval e Pós-Medieval, Tondela, 1995, Câmara Municipal de Tondela, Tondela, 1998, p. 101-126. RODRIGUES, Miguel e LEBRE, Anabela, “Cerâmicas medievais da Vila Velha (Vila Real)” in Actas das 3as Jornadas de Cerâmica Medieval e Pós-Medieval, Tondela, 1997, Câmara Municipal de Tondela, 2000, p. 151-159. SILVA, António e RIBEIRO, Manuela, “Cerâmica Medieval das Escavações no Castelo de Arouca: Ensaio de Análise Tipológica” in Portugalia, Nova Série, Vol. XXVII – XXVIII, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 2006-2007, p. 69-88. SILVÉRIO, Silvina e BARROS, Luís., Arqueologia no castelo da aldeia história de Castelo Novo (2002-2004) – resultados preliminares, Câmara Municipal do Fundão, Fundão, 2005.

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.