BORGES, Helena - Maximiliano Eugénio de Azevedo (Biograf.), in Dicionário Enciclopédico da Madeira.

June 7, 2017 | Autor: Helena Borges | Categoria: Literatura, Teatro, Biografías
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Fig. 1 Maximiliano de Azevedo (BNP)

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AZEVEDO, MAXIMILIANO EUGÉNIO DE Nasceu no Funchal a 16 de fevereiro, de 1850, e faleceu em Lisboa a 4 de dezembro, de 1911. Mais conhecido por Maximiliano d’Azevedo (ainda que utilizando também os pseudónimos de Alberto de Magalhães, Silvestre, Zélio e Max), exerceu funções de coronel, no Exército Português, distinguindo-se como autor de diversas obras de caráter histórico e de peças teatrais, jornalista e crítico da arte dramática. Filho de António Pedro de Azevedo e de D. Teresa Rosa Bernes foi, também, afilhado de batismo do príncipe Maximilian Von Eichstätt, duque de Leuchtenberg e príncipe de Eichstaedt que, na altura do seu nascimento, se encontrava na Madeira. Concluídos os estudos secundários no Liceu Nacional do Funchal, frequentou em Lisboa os estudos preparatórios da Escola Politécnica, ingressando na Escola do Exército e concluindo o curso de Artilharia, em 1875. Serviu como 2.º tenente, em Santarém e, depois, nos Açores. Iniciou a carreira de oficial de artilharia, como segundo-tenente em Santarém e, depois, na Companhia de Artilharia n.º 1, aquartelada na cidade da Horta, nos Açores, onde servia, tendo sido promovido a tenente, em 1878. Casou em 1879, na ilha da Horta, com Valentina Morisson, permanecendo na ilha do Faial até 1881, ano em que foi transferido para Lisboa. Aí construiu o resto da sua carreira, sendo promovido a capitão em 1884, a major em 1897, a tenente-coronel em 1903 e a coronel em 1911, posto que detinha quando faleceu, sendo então o coronel comandante do Regimento de Artilharia n.º 12. A Revista Brasil-Portugal, n.º 320, de 16 de dezembro de 1911, dedica a este seu assíduo colaborador, aquando do seu falecimento, com relato sentido da celebração fúnebre, uma saudosa secção elogiosa onde apresenta o coronel de artilharia e o escritor



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dramático de espírito culto, descrevendo-o como “official de uma arma scientífica dos mais ilustrados, autor de uns contos militares que tiveram muita voga”. Acrescenta a mesma revista que viajou muito e que, “durante alguns anos foi secretário de Latino Coelho, cujo convivio grandemente contribuiu para a illustração que tinha; colaborou em numerosos jornais e revistas; foi gerente do theatro D. Maria II; deixou o seu nome numa infinidade de peças, principalmente traduções que escolhia a primor de entre as melhores peças de literatura de França, Inglaterra, Espanha e Itália e, finalmente, em várias ramificações de actividade e inteligência desdobrou a vida, que não foi excessivamente longa, esse bom Maximiliano de Azevedo, caracter sem mácula, exemplar chefe de familia. Todavia, foi no theatro que deixou mais deixou vincados os traços da sua individualidade. Na arte de escrever dramas e comedias não era propriamente um génio mas tinha todos os segredos do métier e conhecia como poucos a alma popular”. Com forte pendor inteletual, ligou a sua carreira militar a múltiplas atividades culturais realizadas no âmbito militar e na sociedade civil, com destaque para trabalhos no âmbito da historiografia, da arquivística militar e da imprensa, tendo sido redator de vários jornais. Aplicou-se, igualmente, na escrita e crítica dramáticas e na tradução de textos dramáticos, sendo vogal do Conselho de Arte Dramática e Comissário do Governo junto do teatro D. Maria Pia, em Lisboa. Possuía grande pendor para assuntos de teatro, detendo um vasto conhecimento da história teatral nas suas vertentes literária e artística. Escreveu e traduziu, por vezes, em colaboração com outros autores, várias peças teatrais e, no final da vida geriu, como comissário régio, a companhia Teatro Normal de Lisboa. A sua obra mais popularizada é o drama Inez de Castro (1894), peça estreada no teatro do Príncipe Real, em 1894, de enorme sucesso, por contrariar os moldes da geração romântica e privilegiar caracterizações psicológicas das personagens, articuladas com as coordenadas sociais e políticas do quadro histórico em que se moviam, envoltas nos seus conflitos sentimentais e com lances de exacerbado melodramatismo. Trata-se de um drama em 5 atos, representado depois em Matosinhos, que inclui um parecer do censor de 1953, classificando a peça para maiores de treze anos, com respetiva apreciação. No âmbito militar, foi várias vezes nomeado para missões culturais, entre as quais a organização da biblioteca e arquivo do Ministério da Guerra (1890), tendo sido também vogal da comissão encarregue de elaborar a História da Artilharia em Portugal (1893). Como resultado, veio a colaborar, tal como o fizera seu pai, na elaboração de Documentos para a História das Cortes Geraes da Nação (1883/1891), com relatos e contos artísticos,



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elucidativos da situação histórica do país. Jornalista de mérito, foi redator do Jornal da Noite, entre 1882 e 1884, e a sua extensa produção escrita está espelhada em diversos periódicos, entre os quais o Discussão (na redação, a convite de Pinheiro Chagas), O Occidente, a Revista Illustrada de Portugal e do Estrangeiro, o Jornal do Domingo e o Atlântico. Colaborou, ainda, na Revista das Ciências Militares e nas Revistas Brasil-Portugal e Serões. Coadjuvou, com Latino Coelho, durante mais de 10 anos, a preparação da História Política e Militar de Portugal, desde Fins do Século XVIII até 1834 (3 vols. publicados entre 1874 e 1891), colaboração que se iniciou na década de 1880 e se estendeu por vários anos. Exerceu, ainda, funções de sócio correspondente nacional do Instituto de Coimbra, em 1898. Entretanto, viajando pela Europa, entre os anos de 1889 e 1900, redige notas e apontamentos, apresentando longos e circunstanciados relatórios dessas viagens. No âmbito da sua obra, destaca-se Em Campanha e no Quartel (Lisboa, 1900), conjunto de 15 contos e narrativas de índole militar com significado histórico, entre as quais se salienta A Execução dos Martyres da Patria (contada por um soldado), ilustrado com reproduções a preto e branco e belíssimas aguarelas da autoria de P. Marinho, bem como a coletânea de contos Histórias das Ilhas: Reminiscências dos Açores e da Madeira (Lisboa, 1899). Nesta última obra, reflete sobre a sua experiência insular do autor nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, tendo sido, na época, um sucesso editorial. Trata-se de uma agradável e bem humorada recolha de pequenos contos dos arquipélagos portugueses, na qual se consegue sentir, em cada história, a cor das ilhas e o caráter dos ilhéus, destacandose os contos: “O Casamento do Veterano” (Terceira), “Os Filhos do Frade” (Madeira), “O Primeiro Desengano” (Madeira), “Alegria do Mar” (Faial), “A Lampreia” (S. Miguel), “Mau Homem” (Terceira), “A Licença do Domingo” (S. Miguel), “O Contrabando” (Faial), “Piloto” (Faial), “Na Vindima” (Pico), “O Jantar do General” (Madeira), “O Aprendiz de Barbeiro” (Pico), “A Alemã” (Madeira), “O Marraxo” (Porto Santo), “O Pai do Jacinto” (Madeira), “A Folga” (Faial), “O Paiol” (S. Miguel), “As Feiticeiras” (S. Miguel) e “Mary” (Madeira). Sendo já reconhecido no teatro, escreveu também, em coautoria com Gervásio Lobato, O Rapto de um Noivo, comédia em um ato, representada no Teatro Dona Maria II. Esta peça trouxe um novo alento à dramaturgia nacional, brilhando junto dos ilustres D. João da Câmara, Eduardo Schwalbch, Marcelino Mesquita, Henrique Lopes de Mendonça, Lino d’Assunção, Ernesto da Silva, António Enes, Lorjó Tavares, Abel Botelho e Alberto Braga, reconhecidos entusiastas nacionais da escrita dramatúrgica. Ainda no contexto da sua



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atividade no mundo do teatro, Maximiliano de Azevedo participou num momento memorável ao fazer parte do júri de admissão ao conservatório da famosa e genial atriz Maria de Matos, juntamente com Eduardo Schwalbch, D. João da Câmara, Júlio Dantas, Carlos Malheiro Dias e Henrique Lopes de Mendonça. Enquanto correspondente nacional do Instituto de Coimbra, em 1898, foi autor da Enciclopédia do Comerciante e do Industrial e diretor da revista A Nossa Pátria. Na Revista BrasilPortugal, número 99, de 1 de março de 1903, vemos anunciada a colaboração de Maximiliano de Azevedo na peça Sá da Bandeira e os Dois Patacos. A revista Serões, n.º 378, de dezembro de 1911, acolhe também uma publicação do autor, desta vez, sob o pseudónimo de Alfredo Guimarães, com o texto “O Jornal do Mar” (com duas vinhetas e oito ilustrações). Traduziu e apresentou, também, Consciência dos Filhos, drama em 4 atos, por Gustave Dévore, como anuncia a Revista Serões, n.º 19, vol. IV, de maio a junho, de 1903. A produção e a tradução de muitas obras teatrais valeram-lhe a presença no Diccionario Bibliographico de I. F. Innocencio, continuado por Brito Aranha. Em Serões, n.º 4, de 1904, é-nos dada a conhecer outra publicação de Maximiliano de Azevedo: Em Casa do Filho (comédia em um ato sobre costumes madeirenses, datada de 1905). No número seguinte, ainda em 1905, é-nos apresentado o início do seu extenso texto intitulado “Emilia Adelaide: Recordações de Theatro”, em 13 páginas e 16 ilustrações, que fixa memórias da talentosa atriz esquecida, que representava com garbo e gentileza, inclusive, em papéis masculinos e que, na opinião do autor, seria a segunda melhor atriz portuguesa. Consta, ainda, na sua longa obra: O Epílogo; Por força!: comédia original em um ato; Rosinha do Castelo; Santos de Casa (comédia original em um ato); Zefa (peça em um ato,); Veteranos e Galuchos (contos e narrativas militares), Tiro das Bocas de Fogo, Causa Célebre; Crime das Picoas; O Amor; Susana; A Tosca; O Convento do Diabo; O Incêndio do Lugre Atlântico; A Mendiga; Os Dois Órfãos; O Sargento de 5 de Linha; A Sereia; O Capitão de Bandidos; O mestre de Obras; Educação Errada; O Romance de Uma Actriz; João José; Os Filhos do Capitão Grant; Naná; Maridos e Amantes; Os Jesuítas; A Honra, Paulo; Vida Curada;, Duas Crianças; Os Anos da Menina; O Epílogo; Cinto e Bordão; Templo de Salomão; Rapto de um Navio; Entre a Vítima e o Carrasco; Gostos Não se Discutem; Ralham as Comadres; Maridos que Chora;, Um Pai da Pátria; Sozinha; Marido Ó; Paulo e Virginia; Capricho de Sogra; Prisioneiro da Palavra; Um Homem Sério; O Diário do Governo; O Homem das 16 Mulheres; Engaiolado; Lua Cheia; As Vitimas do Folhetim; No Dia do Noivado; O Às de Paus; A Feiticeira; A Galdéria; Luis XI e os Senhores Feudais; O Segredo do Padre; O Demónio dos Mares; A Moda; A Ave Agoureira; A Mãe da Minha Mulher; Frou-Frou; A Pesca



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Milagrosa; Condecorado; As Surpresas do Divórcio; Os Beijos do Diabo; Margarida do Monte; Ideias de Mme. Aubry; Fura Vidas, (trad. de Un Uomo d’Affari); Marchas e Estacionamentos, em colaboração com o seu amigo Artur Perdigão; A Rosinha do Castelo; Contos e Bordão; Purgatório de Casados, traduzido de Ettore Dominici; Homenagem ao Marquês de Pombal, sob o pseudónimo de Alberto de Magalhães e Santos de Casa. Escreveu, ainda, a introdução da publicação Theatro de J. Costa Cascaes (1904) e, tal como o seu pai, também, colaborou em Documentos para a História das Cortes Geraes da Nação, (1883/1891), com relatos artísticos e elucidativos acerca da situação histórica do país. Sob o pseudónimo de Max, traduziu Obras Póstumas de Allan Kardec, 1892. O seu discurso dedicado ao Marquês de Pombal, recitado em forma de composição superior, no teatro valenciano, por ocasião do sarau literário-musical, realizado a 8 de maio de 1882, reflete o espírito magnânimo deste escritor que, numa longa composição poética, antecedida de uma dedicatória intitulada “Aos Meus Amigos”, na qual justifica a sua modesta publicação e alude o seu apreço pelo marquês, nos diz: “Um ponto de admiração seria uma homenagem mais douradora e incontestável do que esse punhado de alexandrinos, que, ousadamente, vou sujeitar ao bisturi da crítica [...]: I. De joelhos heroes! Baixai a fronte altiva, / Que passa triumphante, aureolada e viva / A sombra d'outro heroe! - a luzitana gloria / Que há um seculo morreu para viver na Historia. / (…) Saudai-o Mocidade! Um brado bem seguro, / Apóstolos da Luz, videntes do Futuro! / Vós, que saudastes já o génio de Camões, / Erguei-lhe um monumento em vossos corações. / É justo que façais dupla consagração: / Ao génio da Epopeia e ao génio da Instrucção!”. Em Ernesto do Canto, atribui-se a Maximiliano de Azevedo o discurso sobre Garrett, proferido no sarau realizado pelo Grémio (CANTO, 1882), a 10 de junho de 1880, nas comemorações do tricentenário de Camões. Em 1909, coordenou com D. João da Câmara, José António de Freitas e Raul Brandão, O Livro das Crianças Portuguesas e Brasileiras. Ainda, com Raul Brandão e João da Câmara elaborou, distintamente, em 1903 e 1904, o compêndio Livro de Leitura para as Escolas de Instrução Primária para a 1.ª, 2.ª, 3.ª e 4.ª classes, aprovado e assumido pelo ministro, de então, e pela Comissão Técnica (Diário do Governo, Direção Geral da Instrução Primária, número 41, de 22 de novembro, de 1910), considerado o manual perfeito com que sempre o governo sonhara. Assim, surgiu como um manual inovador no panorama nacional, como considerou João de Barros, diretor geral na altura, convencido de que todo o aluno que por ali estudasse, ficaria informado e mergulhado no sentido patriótico e moral. Segundo a opinião insuspeita da própria comissão para a escolha dos livros de instrução primária, estes



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compêndios de utilidade e interesse indiscutíveis, não só pelo valor da matéria, mas ainda pela forma correta por que esta era apresentada. Para além de serem livros de orientação moderna, onde, a par de assuntos de natureza científica, tratados de forma atraente, apareciam outros muito próprios para despertar e robustecer o amor pátrio, as emoções altruístas e um grande amor pelas coisas portuguesas. Com os mesmos autores, Maximiliano de Azevedo organizou o livro Patria Portugueza, em 1906, destinado aos alunos distintos nas escolas de instrução primária. Existem documentos de troca de correspondência entre Maximiliano de Azevedo e Teófilo Braga, na biblioteca pública e arquivo de Ponta Delgada em que aquele, numa carta de duas páginas, lhe solicita, amavelmente, informações bibliográficas para completar um estudo. Num dos momentos sensíveis da sua vida, em maio de 1885, aquando do falecimento de Gervásio Lobato, seu grande amigo, Maximiliano de Azevedo fez parte obrigatória da comissão de homenagem à memória do ilustre escritor, com dedicatórias efusivas. Dois anos antes da sua morte, em 1909, os seus conhecimentos bélicos e literários valeram-lhe a nomeação para integrar a comissão que desenvolveu o enorme programa da exposição para as Comemorações da Guerra Peninsular, com a participação de todas as bibliotecas do país, juntamente com João Carlos Rodrigues da Costa (general e presidente da comissão), Alfredo Pereira Taveira de Magalhães (coronel do estado-maior e vicepresidente), Jaime Leitão de Castro (coronel de artilharia), Adelino Augusto da Fonseca Lage (tenente e tesoureiro), João Severo da Cunha (major de engenharia), Guilherme Luís dos Santos Ferreira (major de Infantaria), Cristóvão Ayres de Magalhães Sepúlveda (tenente coronel de infantaria), Luís Henrique Pacheco Simões (capitão de infantaria) e José Justino Teixeira Botelho (capitão e secretário). Agraciando a sua longa amizade com o autor, Raul Brandão publica, em 1914, o registo de cariz histórico, intitulado A Conspiração de 1817, em memória de Maximiliano de Azevedo. Bibliog.: ANDRADE, Adriano Guerra, Dicionário de Pseudónimos e Iniciais de Escritores Portugueses, Edição Biblioteca Nacional, 1999; Boletim das Bibliothecas, 9º. anno, n.º 13, 1908; Arquivo de Teófilo Braga, “Carta de Maximiliano de Azevedo a Teófilo Braga”, Arquivo Nacional Torre do Tombo, cx069/097, Lisboa, 1908; BRANDÃO, Raúl, A Conspiração de 1817: Quem Matou Gomes Freire, Porto, Typ. da Empresa Literária e Typographica, 1914; CANTO, Ernesto do, “O Gremio Litterario”, Archivo dos Açores, n.º 49, VI, 10, Fayal, publicações periódicas, Arquivo de Ponta Delgada, 1882; CRUZ, Visconde do Porto da, Notas & Comentários para a História Literária da Madeira, Funchal,



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Câmara Municipal do Funchal, 1951; CLODE, Luiz Peter, Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses sécs. XIX e XX, Funchal, edição Caixa Económica do Funchal, 1983; CRUZ, Visconde do Porto da, História Literária da Madeira, vol. 2.º, período 1820-1910, ed. CMF; Diário do Governo, Direção

Geral da Instrução Primária, número 41, de 22 de novembro, de 1910; Revista Brasil-Portugal, Revista Quinzenal Illustrada, Typ. Do Annuario Commercial, n.º 320, 16 de dezembro, 1911; Revista Brasil-Portugal n Revista Quinzenal Illustrada, Typ. Do Annuario Commercial, número 99, de 1 de março de 1903; Revista Serões, n.º 4 de 1904; Revista Serões, n.º 378, de dezembro de 1911; SILVA, Inocêncio F., Dicionário Bibliographico Portuguez. 2.ª ed., Lisboa, Imp. Nacional, XVII, 1973; SILVA, F. A. e MENEZES, C. A., Elucidário Madeirense, vol. I, Funchal, Câmara Municipal do Funchal, 1965.

Helena Paula F. S. Borges (2015)





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