“Bota no Face Professora…. lá é onde tudo acontece” Facebook e Universidade: Uma pesquisa com estudantes do Brasil

July 3, 2017 | Autor: Lúcia Amante | Categoria: Social Media and Higher Education
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Amante, L. (2015) – “Bota no Face Professora…. lá é onde tudo acontece” Facebook e Universidade: Uma pesquisa com estudantes do Brasil. In (P. L. Torres, org.) Redes e Medías Sociais. Editora Appris: Curitiba (pp. 41-62). _____________________________________________________________________________

“BOTA NO FACE PROFESSORA… LÁ É ONDE TUDO ACONTECE” FACEBOOK E UNIVERSIDADE: UMA PESQUISA COM ESTUDANTES DO BRASIL

Lúcia Amante

Introdução As redes sociais estão presentes no nosso dia a dia. Mas, mais do que estarem presentes elas marcam efetivamente a sociedade atual. Para além de simples aplicativos que permitem a troca de ideias e fotos, a procura de amigos ou de antigos colegas de escola, as redes sociais atestam uma nova forma de participação na sociedade, uma participação transversal, no sentido em que qualquer um pode fazê-lo, sem estar sujeito a qualquer hierarquia de comunicação. Aí, e na rapidez de disseminação da informação, reside o seu grande poder. Com efeito, as novas gerações já não concebem o mundo sem estas redes em que a troca de informações acontece a cada momento e em que todos estão conectados. O fluxo constante de informação, de interação e de participação associado à mobilidade, à transversalidade da comunicação e à velocidade com que os conteúdos se expandem tornam as redes um objeto de estudo social incontornável. Assim, compreender muitos aspetos das sociedades contemporâneas requer considerar o estudo das redes sociais online já que estas alteraram profundamente nos últimos anos a forma como milhões de pessoas se comunicam e compartilham informação entre si (AMANTE, 2013). Sendo o facebook a rede mais popular (KREUTZ, 2009) e mais disseminada, designadamente no Brasil onde destronou o Orkut há vários anos, impõe-se como uma fonte privilegiada de informação aos pesquisadores que procuram entender a influência dos novos recursos digitais em diversos contextos e sobre diferentes ângulos de análise. Procuraremos neste texto caracterizar esta rede social, visando em seguida discutir, com base na literatura disponível, as relações das redes sociais, em particular do facebook, com a sua utilização académica, quer no seu eventual papel como recurso ou espaço específico de aprendizagem, quer como instrumento usado para interações informais sobre assuntos académicos e sobre a cultura universitária em geral. Procuraremos ainda dar um contributo empírico para a abordagem desta problemática com base numa pesquisa que conduzimos em 2013 no Brasil, e em que procurámos analisar a perspetiva dos estudantes universitários sobre a utilização do facebook. Este estudo abrangeu várias vertentes mas aqui procuraremos centrar-nos, fundamentalmente, na forma como os inquiridos revelaram percecionar a utilização desta rede social em ligação com a

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Universidade e com aspetos relacionados com o trabalho académico. Discutimos os resultados obtidos e refletimos sobre as suas implicações.

Origem e crescimento do facebook A história de criação do facebook é actualmente bastante conhecida, fato que se devem, em grande parte, a sua abordagem no cinema em 2010 com o filme “A rede Social” (The social network) de David Fincher, onde se relata o essencial da história verídica da criação desta rede social inicialmente designada Thefacebook (AMANTE, 2012). Criado em 2004 por um grupo de jovens universitários de Havard (Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes), visava criar um espaço no qual as pessoas se encontrassem, compartilhassem opiniões e fotografias visando, no início criar uma rede de comunicação apenas para os estudantes da própria Universidade. Todavia, em poucos meses a rede expandiu-se entre as universidades americanas, conectando jovens de mais de 800 instituições (ARRINGTON, 2005). A sua popularidade cresceu e em menos de um ano já tinha 1 milhão de utilizadores ativos. Em 2005 ultrapassa as fronteiras americanas e no início de 2006, algumas empresas e estudantes do ensino não superior passam a ter acesso a esta rede. Em setembro desse mesmo ano, o Facebook foi aberto a quem se quisesse registar, mantendo apenas a restrição (teórica) da idade mínima de treze anos. No final de 2011, a rede social de Zuckerberg ultrapassou o Orkut, até então a maior rede do social do Brasil. Em janeiro de 2014 a rede social registava 1.310 milhões de utilizadores mensais ativos, sendo 680 milhões utilizadores que usam acesso móvel. Por dia, o número de utilizadores médio ativo, ronda os 618 milhões. Trata-se pois de um fenómeno único que se configura como a maior rede social do mundo (FACEBOOK, 2014).

Arquitetura do facebook e usos educacionais Ao criar um perfil no facebook são disponibilizados campos para diferentes informações. O quadro informação básica inclui género, data de nascimento, idiomas, ideologia política e crença religiosa. O campo trabalho/formação permite inserir a pertença institucional a nível profissional e a(s) instituiçõ(es) de formação académica. É ainda possível referir o status de relacionamento, a naturalidade e a residência atual. O campo “Sobre ti” permite ao utilizador realizar uma auto-descrição. A este junta-se o campo “Citações preferidas” e o campo relativo a “Contatos”. Há pois um conjunto de referências pessoais que podem ser inscritas nestes campos, permitindo traçar um perfil do utilizador mais ou menos detalhado, consoante a opção tomada por este já que estes campos não são de preenchimento obrigatório.

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Ao aderir a esta rede cada utilizador pode procurar por quem quiser e ter acesso ao seu perfil. A partir desta procura pode enviar um convite para adicionar essa pessoa à sua lista de contactos, passando através de um hiperlink a integrar a lista de “amigos” de ambos os utilizadores caso o convite seja aceite. Para além destas ligações a sujeitos individuais há a possibilidade de se ligar a grupos, ou tornar-se fã de páginas de celebridades, clubes desportivos, ou outras organizações. Há assim a possibilidade de criar uma rede de contactos em função dos interesses comuns dos utilizadores. As formas de comunicação que são facultadas podem assumir a forma de mensagens privadas, ou públicas, estas através do mural, onde para além de texto é possível anexar fotos, clips de vídeo ou música. Estes posts podem ser comentados pelos “amigos”. Além destas funcionalidades, o facebook disponibiliza um calendário de aniversários, que emite alertas sobre os aniversários da lista de amigos, bem como um calendário de eventos, que informa sobre a data e local do mesmo, permitindo igualmente convidar os “amigos” para participarem no mesmo. Como assinala Mattar (2012) muitas destas funcionalidades podem servir propósitos educacionais; o mural por exemplo, pode servir como espaço de comunicação e discussão, permitindo a partilha de links, artigos, etc. A funcionalidade “eventos” pode ser usada para lembrar prazos, encontros, palestras, atividades, provas, etc., sendo ainda interessante considerar, como refere o mesmo autor, a possibilidade de criação de perfis específicos para atividades educacionais, bem como a criação de grupos (abertos ou privados), que podem igualmente dar lugar ao desenvolvimento de trabalhos colaborativos. De referir ainda a possibilidade de comunicação síncrona, através da troca de mensagens instantâneas usando a função de chat, bem como o recente aplicativo, Docs for facebook, que permite a criação colaborativa de documentos de texto, bem como upload e download de arquivos. A este conjunto de características junta-se uma outra que permite a utilização do facebook como prolongamento da sala de aula. Com efeito esta rede social está especialmente adaptada aos dispositivos móveis, convertendo instantaneamente os conteúdos para o formato mobile, característica que potencia e alarga as possibilidades de interação ao ser acedido através de tablets, celulares e outros dispositivos móveis em múltiplos e diversificados contextos (Mattar, Op. Cit.). Potenciando estes aspetos, em 2011 o facebook lança uma publicação digital, facebook for educators, em que se propõe dar sugestões e orientações aos educadores sobre usos educacionais da rede social, denotando assim o seu interesse em conquistar espaço também nos cenários educativos. Consideremos, no entanto, o que ao nível do debate científico tem vindo a ser conhecido sobre a importância de usar as redes sociais em contextos educacionais, designadamente na educação superior. Com efeito, como refere Santaella (2013), ainda que os sistemas universitários estejam cada vez mais a incluir diferentes recursos, como blogues, fóruns de discussão e outros

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recursos da Web, esses sistemas “não estão delineados para dar conta de atividades de ensino autogovernadas e baseadas em problemas. Além disso faltam neles elementos de conectividade social e espaços para um perfil pessoal com os quais os alunos de hoje estão familiarizados”. (Op. Cit. p.320). Ou seja, falta nas universidades o potencial da cultura participativa e colaborativa que os jovens aprenderam a vivenciar nas redes sociais e na realização de aprendizagens informais. Ainda que muitas pesquisas, como salientam Irwin, Ball e Desbrow (2012) indiquem que o uso do facebook tem essencialmente como objetivo a conectividade social, como se esperaria aliás, já que esse constituiu o objetivo da sua criação, não podemos descurar outras utilizações que claramente começaram a emergir. Madge et al. (2009) com base na sua pequisa com alunos do 1º ano de graduação, numa universidade do Reino Unido, concluem que o facebook é um importante instrumento na integração social dos estudantes na universidade. Os estudantes revelaram percecionar o uso do facebook ligado essencialmente a razões socias, e não com objetivos de ensino, ainda que por vezes seja usado informalmente com objetivos relacionados com assuntos académicos, como formar grupos de trabalho de projeto, ou para resolver questões administrativas. Também Selwyn (2007) numa pesquisa em que realizou análise de conteúdo das páginas de facebook de 612 estudantes universitários, ao longo de 6 semanas, identificou diferentes tipos de interação relacionados com assuntos educacionais. Estas diferentes interações apontam para relatos de experiências vividas na universidade, troca de informação prática, troca de informação académica, críticas ou pedidos de apoio/suporte socia/emocional, e brincadeira. Nos últimos anos, parece ter-se expandido o uso do facebook como ambiente de aprendizagem em contextos formais, designadamente sobrepondo-se ao uso de plataformas online do tipo LMS (Learning management systems), surgindo resultados de pesquisas que apontam para experiências muito bem sucedidas (cf. SCHROEDER & GREENBOWE, 2009; DIVALL & KIRWIN, 2012 e MANON, 2012 citados por MATTAR, 2012). Os estudos mostram assim a existência de interações no campo educacional dentro da utilização global feita do facebook. Centradas diretamente em questões de aprendizagem formal, ou focando-se em outros aspetos da vida académica não podem, em qualquer dos casos, dissociar-se do contexto global em que ocorre a aprendizagem. O tipo de interações estabelecidas pode permitir aos estudantes a liberdade de falar e discutir a universidade, seja especificamente no contexto de disciplinas de um dado curso, seja numa espécie de “bastidor” que pode também ele constituir uma contribuição vital para o sucesso da aprendizagem offline. O facebook pode oferecer a oportunidade de voltar a envolver os alunos com a sua formação universitária, promovendo um pensamento crítico que tem desejavelmente lugar na universidade (BUGEJA, 2006; ZIEGLER, 2007). Neste sentido, o uso desta rede poderá contribuir para motivar e envolver os estudantes tornando-os mais

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críticos e menos passivos o que constitui um objectivo importante da formação superior. Admitimos pois, de acordo com Selwyn (2007) que, independentemente do desenvolvimento de aprendizagens formais, o facebook pode constituir um espaço importante para a aprendizagem informal e cultural sobre o que é ser estudante universitário. Uma outra vertente da pesquisa que aqui nos interessa destacar reporta aos estudos feitos sobre a perspetiva dos estudantes universitários sobre as possibilidades de integração do uso do facebook nos cursos. A esse nível, de acordo com Irwin, Ball e Desbrow (2012) destaca-se a recetividade a esta integração, surgindo um conjunto de aspetos que apontam para potenciais benefícios do seu uso para a aprendizagem, desde o aumento da comunicação entre alunos (interação social e discussão académica), a melhorias de acesso aos materiais, melhoria de questões de natureza administrativa, etc. A estes aspetos, juntam-se no entanto algumas apreensões, designadamente questões como o cyberbulling, problemas de privacidade, propensão para a distração das tarefas académicas e a ausência de diferenças nos resultados escolares entre quem usa e quem não usa facebook. Do conjunto de estudos a que tivemos acesso e das reflexões sobre o assunto que nos foram dadas conhecer, parece indiscutível que a escola, e em particular a universidade tem de procurar novos modos de criar, partilhar e difundir conhecimento, explorando a poderosa vertente participativa que as redes têm vindo a desenvolver. Esses novos modos implicam:

(…) transações em lugar de transmissões, interações em lugar de emissões, numa reengenharia radical do espaço áulico que encoraja a aprendizagem socialmente aberta. Na ecologia cognitiva das redes, com sua heterogeneidade descentralizada, que pode abrigar a conversação intensa, prolongada e massiva dos educandos entre si, os atos de aprendizagem mudam completamente. (SANTAELLA, 2012, p. 326)

Facebook e universidade A pesquisa que aqui resumiremos, insere-se no âmbito de um projeto mais amplo em que procurámos estudar a utilização do facebook por estudantes de universidades brasileiras, relacionando o grau de envolvimento social nesta rede social com um conjunto de outras dimensões: capital social, bem estar e satisfação com a vida, identidade e socialização, cidadania e ainda a dimensão, educação. Foi assim usado um conjunto de diferentes escalas, relativas às dimensões em análise, focalizando-se a abordagem realizada neste texto na dimensão educação. A este nível procurámos identificar se é dado uso académico informal ao facebook, bem como conhecer a perspetiva dos estudantes universitários sobre as possibilidades de integração pelos

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professores do uso desta rede nos ambientes formais de aprendizagem dos seus cursos. A amostra Trata-se de uma amostra de conveniência (FERRÃO, REIS & VICENTE, 2001), constituída por 169 universitários provenientes de (de 6 diferentes universidades1) alunos de cursos graduação e de pós-graduação, sendo 133 alunas (79%), 36 alunos (21%). A área científica maioritariamente representada refere-se às Ciências Humanas e Sociais (66%), seguida das Ciências Naturais e do Ambiente (17%), depois as Ciências Exatas (5%) e a economia e Gestão (3%), apresentando as restantes áreas uma expressão residual.

Perfil dos Utilizadores Quanto ao perfil enquanto utilizadores de redes sociais verificamos que a maioria dos participantes da nossa amostra, antes de ter perfil no facebook, usava o Orkut (90%), e atualmente 33% conjugam a utilização deste com a do Twiter, 21 % com o Instagram, e ainda 10% com o Orkut, enquanto 46% referiu não usar qualquer outra rede. A grande maioria dos participantes (86%) tem perfil no facebook há 2 ou 3 anos. Motivação para aderir ao facebook A motivação indicada para a adesão à rede prende-se essencialmente com o fato de ser a rede usada pelos amigos (61%) e com o querer manter contato com antigos amigos e colegas (53%). Apenas 8 % dos respondentes referem que aderiram ao facebook para conhecerem novas pessoas e fazerem novas amizades. Com efeito, apenas 6% dos inquiridos afirmam que a maioria dos seus “amigos” são pessoas que conheceram na net. Corroborando estes dados, 62% responde que relativamente aos pedidos de amizade, só aceita “se conhecer a pessoa”, surgindo em 2º lugar, com 16% a resposta “só aceito se conhecer pessoalmente”, em 3º lugar, com 14%, a resposta “aceito se tivermos amigos em comum, mesmo que não conheça”. Apenas com 5% a resposta, “aceito se me agradar o perfil dessa pessoa” e ainda com menos, 4%, “aceito sempre”. Estes dados vêm assim, confirmar os obtidos em diversas outras pesquisas que revelam como principal razão para uso do facebook a manutenção de relações já existentes, contrariando, simultaneamente, a ideia de separação entre os mundos online e offline (LAMPE et al. 2006; ELLISON et al. 2007; SHELDON, 2008; LEWIS & WEST, 2009; MADGE et al. 2009; PEMPEK et al. 2009). 1

Por ordem decrescente de nº de participantes na pesquisa: UDESC e UFSC (Santa Catarina) PUCPr (Paraná) UDERJ (Rio de Janeiro) UFA (Alagoas) UJF (Minas gerais) e UFSM (Rio Grande do Sul).

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Tipos de “amigos” no facebook

Escolas/Universidades

74%

Lojas e serviços diversos

53%

Instituições de serviço público

38%

Grupos de projetos de intervenção social/educativa

37%

Instituições de solidariedade social

36%

Páginas de séries de TV/Filmes

36%

Organizações não governamentais (ONGs)

34%

Associações de estudantes

33%

Páginas de gente famosa

32%

Ativistas/comentadores políticos

26%

Organizações de movimentos civis

20%

Clubes esportivos

19%

Associações diversas

15%

Outra

6% 0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Relativamente ao número de amigos, na amostra considerada, 28% dos estudantes assinalam o intervalo 300 a 499, sendo o 2º intervalo mais assinalado, o de 500 a 799 que regista 21% de respostas. De entre as várias opções sobre a natureza destes amigos, cerca de 60% assinala a opção Pessoas amigas e colegas que conheço mas com quem não estou com frequência, seguida da opção, Pessoas amigas e colegas com quem estou frequentemente, com 36%. Mas, procurámos saber também qual a ligação destes estudantes a “amigos” de natureza não individual. O Gráfico 1 apresenta os resultados obtidos, onde se destaca a indicação de Escolas/Universidades, que registou o valor mais elevado de escolhas, entre este tipo de “amigos”.

Gráfico 1: Também tenho como amigos…

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Este facto, associado à indicação dada por 33% dos estudantes de que estão também ligados a Associações de estudantes, mostra que efetivamente a universidade faz parte da rede dos estudantes e parece marcar com algum destaque a sua presença, face a outras instituições. Se associarmos a este resultado a indicação dada pelos estudantes de que também têm como “amigos” Projetos de intervenção social/educativa (37%), podemos considerar que para além da ligação à universidade, parecem existir outras ligações a assuntos cuja natureza remete para a área social e educacional.

Principais atividades no facebook Procurámos simultaneamente identificar as atividades que os estudantes referiam como principais na utilização do facebook, designadamente para perceber o lugar que os aspetos ligados à sua vida académica ocupam na rede. Pedimos assim que assinalassem, de entre o conjunto dado, as dez atividades que privilegiavam. Como podemos verificar, a opção Falar com os meus colegas sobre trabalhos da Universidade, registou 53% de respostas, sendo a quarta opção mais selecionada do conjunto, muito próxima de Conversar no chat e Ler a opinião dos outros sobre assuntos que me interessam. Este resultado não pode deixar de ser considerado expressivo entre o vasto conjunto de opções possíveis (ver Gráfico 2).

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Gráfico 2: Posso dizer que o que faço com mais frequência no facebook é…

Verificou-se ainda, como era esperado, que Ver o mural regista a percentagem mais elevada de respostas deste grupo de sujeitos. De qualquer modo, constatamos que o tema falar sobre trabalhos da universidade passa claramente pelas conversas do facebook dos estudantes, surgindo esta opção com maior destaque que muitas outras direcionadas para atividades de natureza mais social, como Postar fotos, ou Comentar posts de amigos, tipo de Falar sobre o meu dia a dia Criar eventos Jogar (farmville, Song Pop, ou outros) Postar piadinhas Organizar albuns de fotos Programar/articular as minhas atividades sociais Defender causas Postar fotos com amigos Postar videos ou imagens que acho bonitas/curiosas Postar músicas Postar citações e pensamentos Visitar o perfil de alguns amigos Postar fotos minhas Expressar a minha opinião sobre um dado assuntos Postar vídeos/textos/imagens, de assuntos da… Enviar mensagens privadas Divulgar coisas que me interessam… Comentar posts, fotos, músicas, imagens e videos de… Falar com os meus colegas sobre trabalhos da… Conversar no chat Ler a opinião dos outros sobre assuntos que me… Ver o Mural 0%

4% 7% 8% 8% 13% 15% 16% 21% 22% 26% 32% 34% 36% 37% 38% 40% 40%

47% 53% 56% 56% 82% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

atividades que, mais frequentemente, se associam a esta rede social.

Facebook e trabalho académico Como referimos, procurámos analisar que relações estabelecem os estudantes universitários entre o uso do facebook com o seu trabalho/vida académica, e ainda como percecionam a sua eventual utilização no âmbito de atividades letivas, ou seja em situações que remetem para a aprendizagem formal realizada nos seus cursos. Para a avaliação destas atitudes e comportamentos criámos um questionário composto por 7 itens, adotando o formato de escala de Lickert (Tuckman, 2000) com 5 níveis de resposta, situados entre “Discordo totalmente” (nível 1) e “Concordo totalmente” (nível 5).

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Foi possível constatar que 66% dos estudantes usam o facebook para planejar trabalho da Universidade/Escola com os colegas (concordo e concordo totalmente), e 19% não consideram esta utilização (discordo e discordo totalmente).

Gráfico 3: Uso o facebook para planejar trabalho da universidade com os meus colegas 50%

44%

40% 30%

20%

22% 14%

13% 6%

10% 0%

Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo totalmente

Não concordo nem discordo

Também o esclarecimento de dúvidas sobre o estudo, parece passar pelo facebook. Com efeito, o Gráfico 4 mostra que 54% dos estudantes referem usar indiscutivelmente a rede social para este fim, a que se juntam mais 20%, que “concordam”, ainda que não totalmente, que este é um dos usos que atribuem a esta rede. Apenas 13% dos estudantes, referem discordar, ou discordar em absoluto desta utilização. Gráfico 4: Às vezes tiro dúvidas de estudo com os meus colegas através do facebook 60%

54%

50% 40% 30% 20% 20% 10%

14%

8%

5%

0% Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo totalmente

Não concordo nem discordo

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Perante o Item, O facebook é bom apenas para me divertir, (Gráfico 5) pudemos constatar que 24% de estudantes ficam algo indecisos perante o teor deste item, reconhecendo em parte, que o facebook pode servir fundamentalmente funções de diversão, mas também funções de outra natureza. Contudo, uma grande percentagem de estudantes não se reconhece nesta afirmação. Com efeito 62% indicam discordar, ou discordar totalmente, enquanto 12% concordam, sendo residual (2%) o número de estudantes que concorda em absoluto com a afirmação, atribuindo ao facebook um papel exclusivo de mero entretenimento. Gráfico 5: O facebook é bom apenas para me divertir 35%

31% 31%

30% 25%

24%

20% 15%

12%

10% 5%

2%

0% Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo totalmente

Não concordo nem discordo

No mesmo sentido apontam os resultados obtidos no item O facebook não deve ser usado para assuntos relacionados com estudo. Perante a afirmação expressa neste item, (Gráfico 6) 79% dos estudantes expressaram a sua total discordância, a que se juntaram ainda mais 9% que discordaram. Uns escassos 6% de estudantes referiu concordar, ou concordar em absoluto com a referida afirmação, corroborando assim os resultados obtidos nos itens anteriores que expressam uma clara tendência para o uso do facebook para assuntos relacionados com o estudo e o trabalho académico. Gráfico 6: O facebook não deve ser usado para assuntos relacionados com estudo

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100% 80%

79%

60%

40% 20%

9% 6% 4% 2%

0%

Discordo totalmente

Discordo

Não concordo nem discordo

Concordo

Concordo totalmente

Todavia, simultaneamente a esta constatação de atitudes favoráveis ao uso do facebook com fins educacionais, há também o reconhecimento de uma parte dos estudantes, de que o uso da rede os pode dispersar do estudo. O Gráfico 7 mostra que 45% consideram que o uso do facebook, rouba tempo ao seu estudo; por outro lado, 30%, refere discordar da afirmação em causa neste item, enquanto 25% revela uma posição intermédia. De entre os itens analisados, este é aquele em que as opiniões mais se dispersam e portanto surgem como menos consensuais. Com efeito, parece-nos natural este resultado já que, independentemente de o facebook poder ser usado com fins académicos, nele confluem muitas outras utilizações que podem ser consideradas como fator de dispersão do estudo por alguns estudantes. Gráfico 7: Admito que o tempo que gasto no facebook rouba tempo do meu estudo. 30%

25%24% 21%

25% 20% 15%

18% 12%

10% 5% 0% Discordo totalmente

Discordo

Não concordo nem discordo

Concordo

Concordo totalmente

Vejamos agora os resultados, quando questionamos os estudantes sobre a utilização do facebook pelos seus professores no contexto das atividade académicas. Constata-se (Gráfico 8) que mais de metade dos estudantes são favoráveis a essa utilização (52% concordam ou concordam em absoluto com a

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afirmação expressa no item), enquanto 24% discordam em parte ou em absoluto desta utilização. Gráfico 8: Eu gostaria que os professores usassem o facebook em algumas atividades académicas 40% 31% 30% 20%

24% 21%

18% 6%

10% 0%

Discordo totalmente

Discordo

Não concordo nem discordo

Concordo

Concordo totalmente

Reforçando esta perspetiva, encontramos os resultados de outro item, expressos no Gráfico 9. Gráfico 9: Se os professores usarem o facebook para atividades da universidade, perderá todo o interesse 50%

46%

40% 30%

22%21% 20% 10%

5%

7%

0% Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo totalmente

Não concordo nem discordo

Com efeito, 68% dos estudantes, discordam da afirmação relativa à perda de interesse do facebook, no caso de este ser usado pelos professores no contexto académico. 25% assumem uma posição intermédia, mas apenas 12% manifestam uma posição que aponta para uma perceção negativa sobre o uso desta rede social em contexto educativo formal. Estes dados reforçam pois a tendência da comunidade estudantil, já evidenciada, para a incorporação das redes nos contextos de aprendizagem formais, dando lugar a espaços pedagógicos que se expandem para lá da sala de aula.

Amante, L. (2015) – “Bota no Face Professora…. lá é onde tudo acontece” Facebook e Universidade: Uma pesquisa com estudantes do Brasil. In (P. L. Torres, org.) Redes e Medías Sociais. Editora Appris: Curitiba (pp. 41-62). _____________________________________________________________________________

Os estudantes levam a universidade para o facebook Começamos por relativizar as conclusões aqui apresentadas dado que a amostra deste estudo não é representativa, todavia, os resultados obtidos serão indicadores a considerar e sobre os quais importa refletir. Assim, após a análise dos dados que recolhemos nesta pesquisa, podemos afirmar que, no que se refere ao grupo de estudantes considerado, a universidade parece ter um dado espaço no facebook. Poderá este espaço não lhe ser atribuído formalmente, mas os estudantes acabam por levar para a rede social um conjunto de aspetos relacionados com a sua vida académica, seja o planejamento de atividades, seja a interação informal com colegas sobre matérias em estudo, ou sobre outros assuntos que fazem também eles parte da sua vivência enquanto universitários. É certo que o propósito inicial da criação da rede social facebook se situava no campo meramente social, ainda que atualmente a própria empresa faça propostas de utilização da rede no domínio da educação. No entanto, estamos em crer, tal como Santaella (2010) que são de fato os utilizadores que, ao constituírem a própria rede criam novos domínios para a sua aplicação e lhe descobrem novas funcionalidades em face das suas necessidades e contextos. A rede, que na verdade são as pessoas e aquilo que estas fazem com ela, e não a tecnologia, em si vazia, é assim apropriada culturalmente pelos seus utilizadores. E é neste sentido que o facebook parece ser naturalmente assimilado pelos estudantes no âmbito da sua vida académica. Verificámos ainda que, para além da vida académica já passar por esta rede, os estudantes que participaram nesta pesquisa veem com bons olhos a sua utilização pelos professores, levando as redes para os contextos de aprendizagem formal, ou, melhor dizendo, levando estes contextos para as suas redes. Ainda que não possamos, nem seja nosso objetivo generalizar resultados, a partir do estudo preliminar aqui apresentado, esta constatação pode constituir um indicador a considerar, apontando para o cada vez maior esbatimento de fronteiras entre espaços formais e informais de aprendizagem, que tradicionalmente sempre existiu. Ou seja a visão da sala de aula como espaço, fechado, restrito, fixo, controlado pelo professor, está definitivamente a ser posta em causa, dando lugar a uma sala de aula aberta, partilhada, móvel, em que a comunicação flui de modo não hierárquico, agregando contributos vários e não só do professor. Com efeito, parece cada vez mais, assistir-se à interseção de uma pluralidade de espaços em que a aprendizagem pode acontecer, pode ser procurada, pode ser construída e compartilhada, independentemente da sala de aula, mas também procurando a interseção com ela. Estamos em crer que só pode ser este o caminho para a renovação da Escola e em particular da Universidade. Os espaços pedagógicos têm de ser reconfigurados, do ponto de vista físico, do ponto de vista organizacional, do ponto de vista curricular e pedagógico, ganhando uma plasticidade e uma diversidade que a sala de aula, em si só, já não comporta.

Amante, L. (2015) – “Bota no Face Professora…. lá é onde tudo acontece” Facebook e Universidade: Uma pesquisa com estudantes do Brasil. In (P. L. Torres, org.) Redes e Medías Sociais. Editora Appris: Curitiba (pp. 41-62). _____________________________________________________________________________

A concluir, se não podemos deduzir deste estudo que o facebook está na Universidade, podemos no entanto afirmar que a Universidade está no facebook, levada pelos estudantes que fazem deste espaço um prolongamento natural do espaço formal de aprendizagem. Com efeito, o pedido de um nosso aluno que acabou dando título a este texto “Bota no face professora… lá é onde tudo acontece…” expressa bem a posição dos estudantes evidenciada neste estudo, que apela a que os professores, e portanto a universidade, se apropriem mais desta(s) rede(s), cujo potencial de uso na interação em educação reconhecem de modo muito natural, independentemente de todas as outras funções que lhe possam atribuir. Se “lá é onde tudo acontece…” então, importa que a Universidade (Universitas), no seu sentido mais amplo, também aconteça lá. Referências AMANTE, L. Facebook e Novas Sociabilidades: Contributos da Investigação. In Atas da VIII Conferência Internacional de TIC na Educação, Challenges, (pp.1035-1047). Braga: Centro de Competência TIC do Instituto de Educação da Universidade do Minho, 2013. ARRINGTON, M. 85% of college students use Facebook. Tech-Crunch 2005. Disponível em http://www.techcrunch.com/2005/09/07/85-of-collegestudents-use-facebook BUGEJA, M. ‘Facing the Facebook’ The Chronicle of Higher Education, 52, 21, January 27th, p.C1, 2006. ELLISON, N.; STEINFIELD, C.& LAMPE, C. The Benefits of Facebook ‘‘Friends:’’ Social Capital and College Students’ Use of Online Social Network Sites. Journal of Computer-Mediated Communication, 12 (11431168), 2007. FACEBOOK. Statistics of Facebook. Palo Alto, CA: Facebook, 2014. Disponível em em http://www.statisticbrain.com/facebook-statistics/ IRWIN, C; BALL, L.; DESBROW, B. Student’s perception of using Facebook as an interactive learning resource at university. Australian Journal of Educational Technology, Vol. 28, nº 7, p.1221-1232, 2012. KREUTZ, C. The next billion—The rise of social network sites in developing countries. Web2forDev.com. 2009. Disponível em www.web2fordev.net/component/content/article/1-latestnews/69-socialnetworks LAMPE, C.; ELLISON, N.; & STEINFIELD, C. A Face(book) in the crowd: Social searching vs social browsing. Proceedings of the 12006 20th

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Lúcia Amante

Amante, L. (2015) – “Bota no Face Professora…. lá é onde tudo acontece” Facebook e Universidade: Uma pesquisa com estudantes do Brasil. In (P. L. Torres, org.) Redes e Medías Sociais. Editora Appris: Curitiba (pp. 41-62). _____________________________________________________________________________

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Licenciada em Psicologia Educacional pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), mestre em Comunicação Educacional Multimídia e doutorada em Ciências da Educação pela Universidade Aberta – Portugal, onde é professora. Atualmente assume a coordenação do mestrado em Comunicação Educacional e Mídias Digitais. A sua atividade docente tem estado ligada à formação de professores, à formação graduada no âmbito da Licenciatura em Educação, bem como à formação pós-graduada onde é responsável por Unidades Curriculares em diferentes cursos de mestrado e no doutoramento em Educação, especialidade Educação a Distância e Elearning. Integra o Laboratório de Educação a Distância e Elearning da Universidade Aberta e desenvolve a sua investigação na área da Educação a Distância, (Psicologia e Pedagogia da Educação Online) e utilização pedagógica das TIC. Actualmente pesquisa questões emergentes da utilização da web social, quer ao nível da educação, quer ao nível de outros processos culturais decorrentes da cultura da convergência proporcionada pelos mídia digitais. Integrou a equipa que delineou o modelo pedagógico virtual da Universidade Aberta e tem diversas publicações sobre problemáticas inerentes a estes novos contextos de aprendizagem.

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