Brasil – O resultado da Marolinha do LULA

June 7, 2017 | Autor: Cirineu Costa | Categoria: Economics, Politics, Corruption
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UNIDADES DA PETROBRÁS NA BACIA DO RIO URUCU-AMAZONIA

Brasil – O resultado da Marolinha do LULA O IBGE publicou o resultado do PIB Brasileiro de 2015. O resultado, muito ruim, já era previsto pela maioria dos analistas econômicos, menos pelos componentes do Governo. Recebemos os -3,80% com perplexidade e com a certeza de que o resultado do PIB para 2016 será igual ou pior que este. A tal Marolinha da crise internacional falada pelo então Presidente LULA chegou finalmente ao Brasil agigantada como um tsunami e prestes a nos engolir. CIRINEU JOSÉ DA COSTA – ENGº MSC

28/08/2105

A notícia não poderia ser pior: PIB 2015 recua 3,8%. Apenas a agropecuária cresceu. A conta indústria recuou 6,2% e a conta serviços recuou 2,7% O crescimento econômico e a sustentabilidade são parâmetros essenciais para o desenvolvimento de um país. A crise instalada após a eleição da Presidente Dilma para o segundo mandato paralisou o país. Precisamos de uma saída política, econômica e social para superação da crise.

O Brasil ainda é considerado um exportador de matéria-prima (comodities). Os produtos primários não possuem alto valor agregado e estão sujeitos a grandes variações de preços ao sabor do mercado e das especulações. Não podemos ignorar o fator ESTRATÉGICO embutido em cada item de recurso natural não renovável que é exportado in natura. Jazidas de hematita, bauxita, manganês, ouro, prata, cobre e outros metais uma vez esgotadas, não nascem novamente. O que serão as jazidas de Minas Gerais e do Pará daqui a algumas décadas. O que iremos exportar? Como iremos suprir nossa indústria de transformação? O mercado internacional compra, estoca e revende os recursos naturais não renováveis dos países pobres e em desenvolvimento. Os países ricos procuram preservar suas reservas de recursos naturais comprando suas necessidades no mercado de comodities internacional, abastecido pelos países mais pobres.

Hoje o Brasil possui uma taxa de crescimento populacional bem menor do que a que apresentava no século passado. No sistema econômico atual, com uso intensivo dos recursos naturais e a população com crescimento vegetativo positivo e vivendo cada vez mais poderá ocorrer o sufocamento do sistema biofísico de apoio. Devemos, mesmo assim, nos preocupar em manter um crescimento positivo para ter capacidade de absorver a mão-de-obra que se apresenta anualmente no mercado de trabalho. A renda per capita (PIB per capita) de diversos países tem crescido (China 6,9%, EUA 2,4%, Reino Unido 2,2%, França 1,2%, Alemanha 1,7%) e a desculpa de uma crise internacional generalizada não se aplica. Excluindo-se a Venezuela e a Argentina, todos os outros países da América do Sul tem apresentado algum crescimento do PIB. Qual o motivo de estarmos apresentando um resultado tão ruim? O governo anterior ao de LULA fez uma reestruturação do sistema bancário nacional, refinanciou as dívidas dos entes federados, extinguiu os bancos públicos estaduais e

municipais e aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal que normatiza a conduta fiscal do Presidente da República, Governadores e Prefeitos. Com a casa organizada o país atravessou crises e conseguiu surfar numa onda desenvolvimentista até o fim do segundo mandato de LULA. Os desmandos, a ocupação de cargos técnicos na administração direta e nas estatais por pessoas sem competência e ligadas diretamente ao partido (como se fosse uma quota partidária) foi destruindo a capacidade administrativa e formando a inércia que provocou a derrocada do país. Os “companheiros” passaram a saquear os cofres públicos cada vez com mais feracidade e sem temer a JUSTIÇA, pois no nosso país dificilmente um corrupto era processado e punido. Conseguiram quebrar a maior empresa do nosso país: a Petrobrás. Além dos desvios de recursos através de propinas para membros da diretoria, políticos e partidos políticos conseguiram aprovar leis que obrigavam a estatal a investir dinheiro que ela já não mais possuía, promoveram a aquisição de unidades a preços superfaturados (como a refinaria de Pasadena nos Estados Unidos) e a venda abaixo do preço de custo de ativos existentes no exterior (como unidades na Argentina, vendidos a preço de banana para o grupo da ex-presidente Cristina). Nossa estrela maior foi afundada num mar de dívidas e de projetos superfaturados e inacabados. Os governos do PT (federal, estaduais e municipais) sempre devem ter quotas de vagas para os “companheiros” para que nunca fiquem desempregados. O Suplicy perdeu o mandato de Senador e foi encaixado na Prefeitura de São Paulo como Secretário Municipal, o Padilha perdeu o cargo de Ministro e ganhou uma vaguinha de Secretário de Saúde da cidade de São Paulo. Junto com eles provavelmente vieram os assessores que devem também ter sido colocados na prefeitura paulistana ou em outras espalhadas pelo país. Se formos procurar em outras administrações petistas espalhadas pelo país, veremos que estão lotadas de “companheiros” importados de outros locais de onde tiveram que sair por algum motivo, mas tiveram os seus empregos preservados e muitas vezes com um salário até melhor que o anterior. A economia real não consegue carregar nas costas tantos desvios de conduta. Os governos só querem aumentar a carga tributária para arrecadar mais, invés de promoverem uma reforma administrativa para diminuir gastos e aumentar a eficiência da máquina pública. A Presidente Dilma disse que extinguiu ministérios. Ela tinha quase quarenta ministros! Quantos cargos foram cortados? Os ministérios simplesmente foram fundidos um no outro ficando o resultante com um volume igual à soma dos dois anteriores. Não houve resultado prático algum. Será que precisamos de mais que 12(doze) ministros?

Se somarmos as máquinas públicas na esfera federal, estaduais e municipais no âmbito dos três poderes veremos que temos um absurdo de efetivo e usado de forma ineficiente, pois não proporcionam serviços públicos de qualidade para os cidadãos que pagam os impostos. A queda do PIB do Brasil prenuncia o aumento do desemprego. Os setores da economia produzindo menos demandarão menor número de pessoas trabalhando. A falta de emprego gera a inadimplência das pessoas que por sua vez gera a crise no sistema de serviços, bancário e creditício. As pessoas, sem crédito, compram menos e a marola de lojas fechando as portas nos shoppings centers só vai aumentando e com essa marola vai engrossando a fila dos comerciários desempregados. A quebra do comércio tem ação direta na indústria que produz os produtos vendidos pelas lojas e o volume de desempregados aumenta em escala exponencial. Famílias desempregadas implica em transferências de filhos de escolas particulares para as públicas, o que gera uma pressão sobre as redes públicas de ensino ocasionando, no mínimo, um número excessivo de alunos por classe. Se analisarmos a nossa história republicana, desde que foi instalada em 15 de novembro de 1889 pelo Marechal Deodoro da Fonseca, nunca vivenciamos um mar de corrupção como este instalado pelo governo petista, começando pelo escândalo do mensalão e agora com o petróleo escancarado pela operação lava-jato. Sabe-se lá o que a Justiça irá descobrir quando investigar os casos de financiamento internacional do BNDES!

Não podemos negar que chegamos a uma encruzilhada. Para onde ir? Após a campanha das DIRETAS JÁ que culminou com a eleição de Tancredo Neves para a presidência do Brasil, num pleito indireto nós tivemos como Presidente o Sr José Sarney, dissidente do partido que apoiava o Governo Militar (ARENA) e que era o candidato a Vice-Presidente na chapa de Tancredo que veio a falecer antes da posse. O Governo Sarney fez uma tentativa de conter a inflação galopante com o Plano Cruzado, criando uma nova moeda de duração efêmera e efeitos vagos. Nosso primeiro presidente eleito pelo voto direto (Fernando Collor de Mello) sofreu um processo de impeachment acusado de corrupção, teve seu mandato cassado e assumiu o Vice-presidente que implantou o Plano Real para combater a inflação introduzindo a URV (Unidade real de valor) que foi pouco a pouco tomando a forma de moeda e passou a se denominar Real, nossa moeda até os dias de hoje. O seu Ministro Fernando Henrique Cardoso foi eleito Presidente, engendrou uma medida constitucional para ser reeleito e fez a cama para que seu rival Luís Inácio Lula da Silva pudesse ficar 8 anos no poder e ainda eleger seu sucessor, a Presidente atual Dilma. O Governo Lula foi permeado por escândalos de corrupção que só não foram investigados a fundo devido ao forte apoio popular que seu governo teve. Já no Governo

Dilma o mesmo não aconteceu. Seu governo de coalisão não funcionou bem devido a sua índole de “não dialogar” com os parlamentares. Os escândalos de corrupção aumentaram de tal forma que foi impossível para o Ministério Público e Polícia Federal não aprofundar as investigações. Na medida em que os atos de corrupção são apontados e levantados os valores astronômicos desviados da Petrobrás e de outros órgãos públicos seu governo foi perdendo apoio popular e sua base de sustentação foi sendo desmontada. Hoje o Governo Dilma está claudicante e dificilmente escapará de ser processado por crime de responsabilidade pelas “pedaladas fiscais” ou então a sua reeleição será impugnada no TSE pelo uso de caixa 2 oriundo do “petrolão”. A Dilma ainda poderá ser processada por crime de responsabilidade pelo período em que foi Presidente do Conselho da Petrobrás, período em que aconteceram enormes desvios de dinheiro da companhia e que estão sendo investigados inclusive por autoridades norteamericanas, pois a companhia tem ações no mercado de Nova Iorque. Se a Presidente Dilma quiser salvar o que resta do seu governo terá que romper com os acordos de cargos e ministérios, romper com o clientelismo do PT e formar uma nova base de apoio com Partidos e Políticos que se importem com os destinos do Brasil. Sua equipe de governo está desacreditada. Nada que qualquer ministro fale é ou será levado em conta pela maioria da população. O Impeachment não é GOLPE. Ele é um remédio constitucional. A renúncia, muitas das vezes, pode ser encarada não como um ato de covardia, mas sim como um ato de coragem de quem se descobre sem condições de conduzir o barco e passa leme para aquele que conhece o traçado do trajeto.

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