Brasilidade escravocrata e branqueamento cultural em Dona Guidinha do poço, de Manuel de Oliveira Paiva

May 25, 2017 | Autor: Ramon Diego | Categoria: Cultural History, Literatura brasileira, Realismo y Naturalismo
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BRASILIDADE ESCRAVOCRATA E BRANQUEAMENTO CULTURAL EM DONA GUIDINHA DO POÇO, DE MANUEL DE OLIVEIRA PAIVA Ramon Diego Câmara Rocha 1 Resumo: O presente trabalho tem por intuito refletir acerca das implicações sociais, relativas à cultura negra, no romance Dona Guidinha do Poço, de Manuel de Oliveira Paiva. Para isso, analisa-se o mito da “brasilidade” pós-abolição, como negação dessa cultura e, o branqueamento social do negro para ser inserido nessa sociedade e unidade nacional. Parte-se, em tal estudo, de uma interface entre a Literatura e a história, valendo-se de teóricos como DEBRUN (2016), HOLANDA (1995), FREYRE (2003) e FERNANDES (1972), como forma de compreender, por meio da arte, as implicações socioculturais referentes à construção de uma cultura hegemonicamente branca.

Palavras-chave: Brasilidade escravocrata, branqueamento cultural, Dona Guidinha do Poço. Introdução O presente trabalho, tomando como produção cultural Dona Guidinha do Poço, romance de Manuel de Oliveira Paiva, tem como objetivo refletir acerca das implicações socioculturais e psicossociais que envolveram o processo de brasilidade oriunda de um contexto escravocrata no Brasil, comprometendo-se, sobretudo, a demonstrar como essa ideia de unidade nacional dita um modus operandi, a partir do qual se constrói uma hegemonia cultural predominantemente branca. O livro dispõe sobre uma personagem chamada Margarida, ou, como é tratada na obra, Dona Guidinha. Filha de portugueses que vieram para o Brasil e aqui conseguiram acumular terrenos e grandes riquezas, ela casa-se com um grande proprietário de terras, o coronel Domingos Vitor de Abreu e Vasconcelos, o qual, posteriormente sente-se traído por ela, tornando-se vítima de um misterioso assassinato. Apesar do caráter profundamente poético das descrições dos personagens, das paisagens e dos acontecimentos na obra, o autor baseou-se em um fato real, ocorrido na segunda metade do século XIX, no município de Quixeramobim, no estado do Ceará. A 1

Graduado em letras português/francês pela Universidade Federal de Sergipe. Mestrando em estudos literários pela mesma instituição. Contato: [email protected].

história de uma esposa que teria traído seu marido com um sobrinho e que, posteriormente teria planejado, com seu amante, o assassinato do seu cônjuge. Norteado por uma perspectiva naturalista-realista, a partir da qual a descrição dos personagens aproxima-os de uma existência animalesca, mas que também atua no sentido de revelar as condições geográficas, econômicas e socioculturais de uma região, o narrador emplaca uma linguagem que retrata esse ressecamento das relações e, do modo de viver do sertanejo em condições bastante precárias, geradas, sobretudo, por um modelo escravocrata. O paralelo que se pretende fazer, portanto, tende a estreitar os laços entre a literatura e outros ramos das ciências humanas, tais como a história e a sociologia. O intuito de penetrar nessas relações, para um estudo da cultura, voltado para a cultura negra, tem seus caminhos traçados pelo potencial semântico da arte verbal. Afinal, se é certo que a literatura consegue absorver certas ideias e momentos, dentro de contextos específicos, por meio da projeção artística de um indivíduo na obra literária, como não pensar em uma relação dialógica entre a arte verbal e a história, assim como, com a sociologia, a filosofia e outros tantos paralelos possíveis, em consonância com o nosso ser/estar no mundo? 2. Brasilidade escravocrata nas raízes do Brasil Entre tantos textos de notável importância para pensarmos os elementos constituintes de nossa brasilidade, Sérgio Buarque de Holanda nos fala acerca das Raízes do Brasil, cultivadas em um processo de transculturação 2, ou melhor dizendo, onde elementos da cultura indígena, negra, portuguesa e de outras culturas, contribuíram, de forma constitutiva (mas nem por isso, harmônica e homogênea), para pensarmos acerca da formação cultural brasileira. Se por um lado é fundamental admitirmos as diversas contribuições que consolidaram nossas raízes culturais, por outro é mister assumirmos que, por mais plural que tenham sido essas contribuições, a ideia de uma “brasilidade” nacional se fundou a partir de uma processo cultural predominantemente branco, em relação às 2

Vale ressaltar que o termo transculturação não aparece na obra de Sérgio Buarque de Holanda, sendo esta nomenclatura, uma interpretação minha, acerca das ideias dele.

culturas negra e indígena, processo que foi legitimado por um modelo socioeconômico de exploração. Como nos fala o próprio historiador brasileiro: Podemos construir obras excelentes, enriquecer nossa humanidade de aspectos novos e imprevistos, elevar à perfeição o tipo de civilização que representamos: o certo é que todo o fruto de nosso trabalho ou de nossa preguiça parece participar de um sistema de evolução próprio de outro clima e de outro clima e de outra paisagem. (HOLANDA, 1995, p. 31). Referindo-se ao processo de entrada dos povos ibéricos em território brasileiro – naquele momento habitado primordialmente pelos povos indígenas – o autor nos antecipa um pensamento acerca de como o modelo econômico instaurado pela colonização, favoreceu uma forma de ser, do brasileiro, modelada pela exploração comercial. Predominantemente português, o governo instaurado no Brasil colônia, consolidou-se pela exploração das riquezas naturais oriundas dessa terra e, ficou marcado por uma amarga economia escravocrata, que tinha na plantação e cultivo do açúcar, seu valor comercial e institucional. Assim como nos ensina o percurso histórico nos países colonizados, cujo objetivo é a exploração comercial, a implantação de uma colônia de exploração carrega consigo, consequentemente, uma cultura de dominação. Se mesmo com os primeiros habitantes do Brasil já havia uma negação da cultura indígena pela imposição e dominação de uma cultura hegemonicamente branca, a partir da qual se pensava em um modelo de nação, com a chegada dos negros para trabalhar como mão de obra escrava, houve uma amplificação e potencialização dessa negação cultural de origem, bem como uma depreciação do homem e da mulher negra, como forma de uma escravidão, além de racial, simbólico-cultural. Se os estudos históricos, antropológicos e socioculturais nos mostram, nesse período extremamente vergonhoso para nós, uma verdadeira afronta aos direitos humanos, com a consolidação de diversas práticas de tortura, aliadas a uma desumanização e coisificação do ser, é importante que entendamos ou pelo menos tentemos entender, até que ponto tais ideias, advindas de uma hegemonia branca, consolidaram e consolidam nosso pensamento dentro de uma perspectiva de “brasilidade” pós-abolição, que continua contendo, em si, inúmeros preconceitos. Acerca dessas reflexões, analisando “O negro no mundo dos brancos”, Florestan Fernandes nos fala que mesmo a abolição da escravidão no Brasil, não atuou de forma efetiva na transformação ou na mudança de um modo de pensar essencialmente racista e

preconceituoso, revisitando criticamente a ideia de que a abolição traria uma “democracia racial” na qual se inscreveria uma unidade nacional, ou uma brasilidade homogênea. Para refletir sobre os argumentos expostos, vejamos o que o mesmo nos diz acerca da abolição da escravatura: Na verdade, a Abolição consistiu um episódio decisivo de uma revolução social feita pelo branco e para o branco. (...) Primeiro, porque o ex-agente de trabalho escravo não recebeu nenhuma indenização, garantia ou assistência; segundo, porque se viu, repentinamente, em competição com o branco em ocupações que eram degradadas e repelidas anteriormente, sem ter meios para enfrentar e repelir essa forma mais sutil de despojamento social. (FERNANDES, 1972, p. 47). Essa falsa ideia de que a abolição da escravatura por si só, deu condições iguais de livre competição, dentro de uma ótica neoliberal, ao negro, dissemina-se de forma vergonhosa diversas prerrogativas de uma maioria branca, dentro da qual o negro é visto como preguiçoso, acomodado, vagabundo, bandido, etc. Tais ideias são cristalizadas tendo em vista uma exclusão social dentro da qual a ideia de democracia racial é trazida à tona. Ora, se tal democracia racial, dentro de uma perspectiva essencialmente e culturalmente branca não problematiza as culturas e as manifestações negras no Brasil e, tende a criar uma ideia de homogeneidade cultural com vistas a uma “brasilidade”, que outro nome daríamos a essa brasilidade senão, “brasilidade escravocrata”? Ou, melhor explicitando, “A brasilidade que herdamos do passado escravocrata e das primeiras experiências de universalização do trabalho livre, é demasiado estreita e pobre para fazer face aos dilemas humanos e políticos de uma sociedade racial e culturalmente heterogênea.”, (1972, p. 17). 3. Branqueamento cultural em Dona Guidinha do Poço Se a partir de uma manifestação cultural – ou da negação dela – podemos nos dar conta do caráter essencial que a arte possui na condução do homem, para um descobrimento ou redescobrimento de sua identidade e/ou do seu ser no mundo, é por meio da literatura que Dona Guidinha do Poço se insere nas discussões acerca dos aspectos socioculturais e psicossociais de um branqueamento da figura do negro, inserido em um mundo majoritariamente e opressivamente branco. O primeiro aspecto desse branqueamento é, inicialmente, o branqueamento físico de Dona Guidinha, figura principal dessa narrativa. O narrador do texto, ao enunciar questões referentes à condição de negritude da personagem, o faz discretamente, de forma concisa e

mesmo quando o faz, cria determinados estereótipos acerca dessa condição, ridicularizando-a ou expondo-a como algo exótico, selvagem. Eis um trecho a partir do qual o mesmo cita características que evidenciam a negritude de Guidinha, de maneira estereotipada, ridicularizada pelos seus atributos físicos, “(...) Guida já dava ordens no alpendre, com o seu cabeção de rendas, cabelos soltos, apesar do pente marchetado de ouro enfiado ao pé da touceira abundante.”, (1999, p. 21). A própria expressão “touceira abundante”, atua nessa ridicularização da figura do negro através de uma caricatura que o enquadra dentro de algo selvagem, animalesco. Ao se consultar a palavra touceira em diversos dicionários, com poucos acréscimos e supressões, é preciso que se diga que essa palavra se refere a uma grande toiça ou touça, ou seja, “(...) sf. Moita (1).”, (FERREIRA, 2001, p. 678). Ao usar esse e outros vocábulos para descrever a personagem, o narrador nega elementos da cultura negra, ridicularizando aspectos de sua negritude, caricaturando essa condição. Assim como acontece com a personagem do livro de Manuel de Oliveira Paiva, a negação da cultura negra e de seus aspectos sociais é engendrada em narrativas jornalísticas, históricas, publicitárias, entre outras, como forma de, a partir da negação ou não reconhecimento dessa cultura, impor uma cultura redentora, branca, “autenticamente brasileira”, ou melhor dizendo “(...) para participar desse mundo, o negro e o mulato se viram compelidos a se identificar com branqueamento psico-social e moral. Tiveram de sair da sua pele, simulando a condição humana-padrão do “mundo dos brancos”. (FERNANDES, 1972, p. 15). É partindo dessa imposição ao negro, ou seja, esse ter-de-ser e ter-de-estar situado dentro de uma cultura hegemonicamente branca, que ocorre um mascaramento dessa problematização social, principalmente e, de forma mais latente, nos anos imediatamente posteriores a abolição, época em que o romance fora publicado. No entanto, ainda situado em um contexto escravocrata, podemos perceber indícios desse branqueamento mesmo antes. Se por um lado Dona Guidinha do poço é vítima de uma opressão branca e extremamente machista, que a rotula e a ridiculariza, a própria personagem é conduzida, por meio dessa pressão psicossocial, a assumir uma face opressora, branqueando-se e, ao fazê-lo, exercendo seu poder sobre os escravos que ficam sob sua posse. Sendo impelida ao exercício do poder, enquanto mulher negra na casa grande, Guida incorpora-se a um modus operandi do típico senhor de engenho português, a exemplo, ainda da mesma passagem “De manhazinha, fazendo frio, Guida já dava ordens no alpendre (...).” (p.

51), o que nos remete à cultura do colonizador Português, tendo a Casa-grande como extensão de seu domínio e do exercício de poder. Ao vestir-se, Guidinha assume a pele da típica esposa do colonizador português, cujo vestuário cobria-a de joias e vestimentas que remetia-nos a um status de nobreza. A personagem assimila, por representação, um modo de ser, no exercício do poder, do branco colonizador. Tal passagem fica nítida em: Vestiu-se com vagar caprichosamente, com o auxílio de duas escravas e de uma vizinha. E olha lá o balão por aqueles mundos, cintura de formiga, vestidão azul vivo, decote, bafos, babados, oirama ao pescoço, ao peito, nos pulsos, nas orelhas, e na tartaruga de pentes, e mais rubis e diamantes. (PAIVA, 1999, p. 87). É importante, porém, ressaltarmos que mesmo com a aprovação imediata de uma classe dominante que dita como deve ser e como deve se vestir o negro, a implementação de uma “aceitação social” nunca se dá, efetivamente. O branco pressupõe no simulacro, uma não identificação do negro com sua cultura, algo que, por si só, significa um desmantelamento na luta de classes. Mesmo vestindo-se como branco, comportando-se como branco e exercendo o mesmo poder econômico que o branco, o negro vê-se intimamente excluído de um mundo no qual o branco não o vê como semelhante. Vejamos a seguinte passagem, na qual o reverendo da região, reconhecendo o poder econômico de Dona Guidinha e, aparentemente, tendo certa estima pela família portuguesa do capitão-mor – de quem ela era filha – ainda sim, desdenha da mesma, depreciando-a e aproximando-a da figura de uma feiticeira: - Feiosa, baixa, entroncada, carrancuda ao menor enfado, disse ele, não admito que homem algum se apaixone pela filha do capitão-mor, salvo se não é aquela que eu tenho visto no Poço da Moita, onde cheguei a passar mais de uma semana com as febres. Vão ver que ela usou de feitiçaria... ora se não é isso! Vão ver. (PAIVA, 1999, p. 14). Acerca dessa afirmação do reverendo, não é difícil pressupor que, assim como ainda vêse no Brasil, o preconceito contra o negro é, além de socioeconômico uma problemática da alteridade. Ao associar a figura de Guidinha a de uma feiticeira, o padre corrobora uma ideologia muito corrente na época, de que o negro era um ser demonizado, inferior e, que as religiões de matrizes africanas eram, em suma, feitiçarias usadas como um instrumento de maldade e luxúria, depreciando e abominando tais práticas religiosas. Tais ideias, tão recorrentes no Brasil colônia, infelizmente, não se restringiram somente à época de publicação do livro, elas perpetuaram-se por todo século XX e ainda pelo século

XXI, com o aval de vários estudiosos que deveriam, sobretudo, lutar para combater tais dispositivos de discriminação. Um exemplo claro de conivência com essas ideias é a seguinte passagem do livro Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, na qual ele nos fala sobre um modo de ser da sexualidade negra: “É uma sexualidade, a dos negros africanos, que para excitar-se necessita de estímulos picantes. Danças afrodisíacas. Culto fálico. Orgias. Enquanto no civilizado o apetite sexual de ordinário se excita sem grandes provocações.”, (FREYRE, 2003 p. 398). Esses mascaramentos e dispositivos de regulação da discriminação se consolidam em diversas esferas da sociedade, em uma tentativa de “democratização racial” por meio de uma cultura branca como cultura-padrão dos brasileiros, ou seja, como sinônimo de brasilidade, coloca-se à margem, de forma categórica, a cultura negra. No entanto, como oposição a esse fechamento de uma identidade nacional, baseada em uma forma de dominação, surge-nos uma indagação bastante pertinente do teórico brasileiro Michel Debrun, “Como poderia haver consenso de base num país caracterizado historicamente por consideráveis desigualdades econômicas, sociais, culturais e políticas – entre classes, etnias e regiões – e, no momento pelo agravamento das dificuldades socioeconômicas?” (1990, p.39). Se em Dona Guidinha do Poço, o autor do romance trabalhado inova ao colocar uma personagem negra como elemento central de sua narrativa, a partir da qual ela é vítima de um “branqueamento” que a conduz a condição de vestir-se com a pele do opressor, não se admira que ele problematize a condição dessa personagem. Margarida é julgada, desde o começo do romance, não pela morte do marido, mas a exemplo de Mersault, do livro l’étranger3, de Albert Camus, pelo não enquadramento em uma cultura e uma sociedade que não fora pensada para ela e, que não a vê como semelhante nem tenta entendê-la, dentro de sua cultura. Predominantemente em terceira pessoa e com o poder da onisciência, capaz de vigiar e punir as personagens a partir de sua linguagem e o modo como ela se apresenta, a voz que conta é, ficcionalmente, a incorporação de uma sociedade de mecanismos regulatórios, que constroem a narrativa da “brasilidade”, ou de um modo de ser, genuinamente brasileiro. Manuel de Oliveira Paiva, abolicionista confesso, insere nesta construção literária, uma luz acerca dos discursos sobre o negro e o toma como centro de reflexões sobre a vida social, cultural e os preconceitos vigentes, dentro e fora da literatura, no Brasil Colônia. 3

O estrangeiro.

4. Considerações finais Se é certo que por meio da linguagem o homem projeta-se na arte verbal como forma de compreender o mundo à sua volta, Dona Guidinha surge-nos como um sopro de esperança na literatura brasileira, ao colocar no centro das discussões, o caráter massacrante e regulatório de uma cultura pensada, feita e regulada para os brancos. Ao dar autonomia a uma personagem feminina e negra, Oliveira Paiva confirma-nos mais uma vez seu caráter abolicionista em relação à condição do negro dentro de um meio social que o vigia e pune, bem como regula suas ações, na tentativa de enquadrá-lo dentro de uma brasilidade aceitável, branqueando-o culturalmente. É nessa interface, entre literatura e história que podemos apropriarmo-nos de uma expressão cultural tão rica e vasta, como a literatura brasileira, para refletirmos sobre a condição do ser humano dentro de um contexto como o do Brasil colônia, trazendo à tona suas reflexões, para uma problematização contemporânea, pondo em relevo, aspectos sociais, culturais e psicológicos que envolvem um pensamento acerca da cultura negra no Brasil. A importância desse artigo justifica-se no exercício de pensamento acerca das ideias de brasilidade e enquadramento de diversas manifestações, sejam elas religiosas, de gênero, culturais, entre outras, dentro de uma lógica hegemônica de uma cultura dominante. Espera-se, portanto, que este artigo surja como mais uma, das tantas pesquisas e somese a outros tantos importantes questionamentos acerca da cultura negra na literatura e na sociedade brasileiras, problematizando, não só a representação das personagens ficcionais e suas representações na construção de suas negritudes, como na desmistificação e na desconstrução de certos estereótipos relacionados às mesmas por meio da arte, em especial, da arte literária.

5. Referências bibliográficas: DEBRUN, Michel. A identidade nacional brasileira. Estud. av., São Paulo , v. 4, n. 8, p. 3949, abr. 1990. Disponível em .

acessos

em

29

de

maio

de

2016.

http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40141990000100004. FERNANDES, Florestan. O negro no mundo dos brancos. 1. ed. São Paulo: Difel, 1972. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio: o dicionário da língua portuguesa. 8. ed. Curitiba: Positivo, 2001.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & Senzala: Formação da família brasileira sob o regime da família patriarcal. 48. ed. São Paulo: Global, 2003. HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. 25. ed. São Paulo: Companhia das letras, 1995. PAIVA, Claudio Manuel de oliveira. Dona Guidinha do Poço. São Paulo: Escala editorial, 1999.

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