BUDISMO E ADVENTISMO – PONTES DE APROXIMAÇÃO

BUDISMO E ADVENTISMO – PONTES DE APROXIMAÇÃO Caminhos para um entendimento evangelístico e missional Fernando Lopes de Melo 06 de abril de 2016 Deus tem uma missão para com os seres humanos: aproxima-los de Si, tornando-os Seus discípulos para que possam viver para Sua glória. Jesus ratificou este desígnio divino ao comissionar Sua igreja a fazer discípulos de todas pessoas da Terra. Entre os grupos alvo deste trabalho estão os budistas; que é a quarta maior religião do mundo, com mais de 350 milhões de seguidores, 6% da população mundial. Um dos elementos importantes neste processo é conhecer a cultura, as crenças e a cosmovisão budista. Ao criar ferramentas de missão para este trabalho devem ser considerados os princípios bíblicos exemplificado no modelo de Cristo e dos apóstolos. Outra ferramenta útil são os escritos budistas; embora eles não tenham uma Bíblia, como os cristãos, eles possuem textos escritos por monges, o principal é o Tripitaka, um conjunto de três textos tidos como sagrados. Nestes escritos podemos encontrar ensinos comuns e universais que podem servir como pontos de contato e conexão com o adventismo. O fato de terem escritos sagrados pode facilitar a aceitação da Bíblia como livro sagrado. Embora o budismo não conceba a ideia de um deus e de adoração a alguma divindade, as suas buscas meditativas através dos ensinos (Darma) para alcançar o Nirvana, estado iluminação e transcendência espiritual; pode ser um caminho despertar o interesse pelos ensinos de Cristo a Luz do mundo. Um dos pontos mais relevantes da crença budista está relacionada ao sofrimento (Dukkha), que é causado pelos desejos (tanha), do qual se escapa pelo nirvana, estado que se alcança pelo caminho correto óctuplo. Um cuidadoso estudo da teologia do sofrimento no Novo Testamento pode ajudar a criar uma aproximação nesta questão. A compreensão sobre a vida após a morte ou a salvação no budismo varia de acordo com o país, era, e individual. Nesta lacuna o evangelho trazer uma

proposta sólida e consistente para o budista. Aqui pode se inserir a compreensão sobre o Karma, na experiência vida humana e sus implicação para o que vai acontecer além da morte. Embora não tenham uma definição de tempo sagrado, os budistas consideram que possível chegar a um estado sagrado, o nirvana. Aqui reside uma oportunidade para se trabalhar com eles à luz das escrituras, pois os cristãos também buscam viver na luz e na santidade. Além do mais os budista consideram algumas pessoas, lugares e relíquias como sagrados. O budismo é uma religião cheia de símbolos, rituais, cerimônias e romarias; estas podem ser pontes de referência para aproximação. Mas, provavelmente o melhor caminho de contato sejam os elementos da vida diária. Os princípios morais do budismo refletidos no caminho correto óctuplo (compreensão, pensamento, fala, ação, vivência, esforço, consciência e concentração). Embora, quase que em sua totalidade os budistas estejam na Ásia, eles podem ser encontrados em quase todos os lugares do mundo. Sendo um grupo tão significativo, a Igreja Adventista do Sétimo Dia deve traçar estratégias de aproximação e desenvolver metodologias de evangelismo que possam alcançar este povo com a mensagem de salvação.