CADASTROS E LEVANTAMENTOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL EDIFICADO: o caso do Curso de Graduação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

June 13, 2017 | Autor: Ana Paula Araujo | Categoria: Inventarios
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CADASTROS E LEVANTAMENTOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL EDIFICADO: o caso do Curso de Graduação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro SAMPAIO, JULIO CESAR R. (1); ARAUJO, ANA PAULA R. DE (2); LIMA FILHO, DELSON(3)

1. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Instituto de Tecnologia Departamento de Arquitetura e Urbanismo BR 465, Km 07, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil, CEP: 23.890-000 e-mail: [email protected]

2. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Instituto de Tecnologia Departamento de Arquitetura e Urbanismo BR 465, Km 07, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil, CEP: 23.890-000 e-mail: [email protected]

3. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Instituto de Tecnologia Departamento de Arquitetura e Urbanismo BR 465, Km 07, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil, CEP: 23.890-000 e-mail: [email protected]

RESUMO O trabalho em questão discute a proposta de registros planialtimétricos do Patrimônio Cultural Edificado (prédios, conjuntos arquitetônicos protegidos e/ou com potencial de proteção) que se insere no plano de ensino da disciplina de Conservação do Curso de Graduação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Analisa especialmente a reestruturação dos procedimentos metodológicos que vem sendo adotados, sobretudo em termos da tecnologia utilizada, instrumentais básicos, técnicas de medição e os correspondentes padrões de representação gráfica empregados na marcação e desenhos destes levantamentos. O artigo subdivide-se em quatro partes. Inicia-se com a abordagem da conservação, enfatizando-se o patrimônio cultural edificado e principalmente os conhecimentos existentes sobre cadastros e levantamentos. A seguir, discute-se como este conjunto de conceitos, metodologias e práticas como um todo se insere nos cursos de Graduação de Arquitetura e Urbanismo do país fundamentando-se nos resultados parciais da pesquisa “Panorama do ensino de conservação nos Cursos de Graduação de Arquitetura e Urbanismo do Brasil”, coordenada pelo primeiro autor, com financiamentos da Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro/FAPERJ e do programa de iniciação científica da UFRRJ.

As seções iniciais descritas contextualizam as duas etapas posteriores que avaliam o plano de ensino vigente da disciplina de conservação do curso em destaque e suas respectivas propostas de reavaliação, notadamente nos aspectos relativos aos cadastros e levantamentos indicados. Toma-se como base primeiramente o exame deste material introduzido na edição do Arquitetura e Documentação anterior, de 2013, no artigo “Inventário Nacional de Edificações: a contribuição dos Cursos de Graduação de Arquitetura e Urbanismo do Brasil”, de mesma autoria da pesquisa indicada acima, no qual se propõe a elaboração deste presente trabalho. Na parte final, avalia-se as razões e implicações da reestruturação da proposta pedagógica citada tendo como referência as discussões anteriores e as definições dos parâmetros que orientam as opções pelas tecnologias selecionadas (digitalização à laser e ortofotografia) e a definição das possibilidades adicionais em termos de representação gráfica (modelagens e impressões tridimensionais). Alternativas que contribuem para o aprimoramento da integridade, consistência e precisão dos levantamentos mencionados. Documentação fundamental para os diversos tipos de demandas (pesquisas históricas, estudos tipológicos, projetos, etc.) correlacionadas com a conservação do patrimônio cultural edificado, conforme citado nos respectivos campos do saber e literatura especializada. Palavras-chaves: inventário; cadastros; levantamentos; conservação; patrimônio edificado.

4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação Belo Horizonte, de 25 a 27 de novembro

1 – Conservação de edificações: a relevância dos cadastros e dos levantamentos A

conservação

tem

por

objetivo viabilizar

ações

que

supostamente

prolongam

indefinidamente a existência de bens culturais (materiais e imateriais) e naturais, especialmente as mensagens artísticas, históricas, afetivas, científicas entre outras, contidas neles que os distinguem nos universos dos ambientes construídos em geral. O ato de conservar inicia-se com a identificação das citadas particularidades que justificam a salvaguarda destes legados, conforme os "considerandos" consagrados nas legislações de proteção. A segunda fase da conservação, após a aplicação dos instrumentos de proteção pertinentes (tombamentos, áreas de proteção do ambiente cultural, declarações de interesse cultural, etc.), se compõe por intervenções complexas e demasiadamente especializadas. O grau de dificuldade da execução delas varia em função da complexidade dos danos de caracterização e/ou de deterioração. A Carta de Burra de 1980, do ICOMOS Australiano (CURY, 2000, p. 248), lista as principais iniciativas de conservação que contextualizam a trama conceitual e metodológica da Carta de Veneza. O repertório destas ações inclui manutenção, preservação, restauração, reconstrução e adaptação. Bernard Feilden (1996, pp. 9-11) numa das principais referências mundiais de conservação de edificações, adiciona os atos de consolidação, reabilitação e de reprodução neste âmbito. A síntese destas definições encontra-se descrita e analisada na publicação "The Historic Scotland Guide to International Conservation Chartes" de Dorothy Bell (1997). Da manutenção à reprodução, busca-se sempre eliminar os danos que comprometem a integridade e a autenticidade das edificações. Além disso, a conservação almeja potencializar os valores que legitimam as iniciativas e processos de proteções. Objetiva-se da mesma forma trazer todo este legado para os padrões contemporâneos de utilização. Nem sempre é possível fazer apenas manutenção. Os desgastes naturais dos materiais de construção, as modificações inadequadas aos padrões tipológicos arquitetônicos, as negligências e demais fatores demandam, na ampla maioria dos casos, intervenções mais complexas de consolidação, restauração e/ou adaptação. O procedimento de conservação é precedido por buscas exaustivas de informações que embasam as intervenções prescritas. A prática da conservação é orientada por princípios básicos. Dentro deles os dois pilares conceituais são a autenticidade e a integridade, os quais se complementam pelas noções de mínima intervenção, perda mínima, legibilidade e

reversibilidade. Percebe-se desta forma que a essência da conservação correlaciona-se com a conduta incessante de objetividade que se identifica com os procedimentos das investigações e dos conjuntos de conhecimentos científicos em geral. A literatura especializada de proteção e de conservação do patrimônio cultural enfatiza constantemente a importância da coleta e da interpretação adequada de dados na definição dos tombamentos, das criações das áreas de proteção do ambiente cultural, dos procedimentos de consolidação, restauro, adaptações de uso, etc. Os trabalhos em geral classificam este processo como inventário. Várias referências abordam as temáticas dos inventários arqueológicos, arquitetônicos, paisagísticos, urbanísticos, entre outros. As especificidades deles, segundo Meredith Sykes (1984), variam em função dos objetivos (análises tipológicas, proteção, conservação, etc.) e da natureza dos bens culturais (móveis, imóveis, naturais, etc.). Segundo Sykes, na avaliação de sistemas de inventários do patrimônio cultural imóvel de diversos países, percebe-se a amplitude dos aspectos que particularizam edificações com potencial de proteção. As categorias básicas das informações que compõem os inventários de proteção se restringem aos dados de identificação, de localização, informações históricas, descrição das características arquitetônicas remanescentes (composições morfológicas, aspectos de funcionalidade e de sistemas construtivos) e tímidos diagnósticos de estado de conservação e de grau de caracterização. Abordagem semelhante faz Hiroshi Daifuku (1972), em relação à metodologia de inventário do Conselho Europeu que foi adaptada pelos órgãos de tutela do patrimônio cultural estaduais da Bahia (IPAC) e do Rio de Janeiro (INEPAC) nas décadas de 1970 e 1980, respectivamente. As demais experiências brasileiras, algumas delas abordadas na publicação organizada por Lia Motta e Maria Beatriz Resende Silva (1998), caminham nesta direção. A característica predominante destes inventários repousa na superficialidade analítica, apesar de cumprirem o papel de mapeamento do potencial de proteção dos bens cadastrados. Os dossiês/relatórios dos projetos básicos e especialmente os executivos de conservação são, normalmente, mais detalhados. A responsabilidade pela obtenção e manipulação de informações é, em tese, maior em função do risco que pode representar o emprego de dados inverídicos na definição de intervenções de conservação, as quais podem causar danos irreversíveis a autenticidade e a integridade de edificações. O Comitê de Conservação da New Town (Edinburgh New Town Conservation Committee) de Edimburgo, Escócia, uma das principais áreas de proteção do ambiente cultural do Reino Unido, indica na publicação "The Care & Conservation of Georgian Houses" de Davey et al. (1986, pp. 3637), uma padronização de conservação fundamentada em informações relativas a trajetória 4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação Belo Horizonte, de 25 a 27 de novembro

histórica e das condições atuais das edificações. O conjunto de dados em questão inclui a identificação dos aspectos originais, modificações ocorridas, características arquitetônicas remanescentes, mapeamento de danos, ambiência, legislações edilícias e urbanísticas vigentes, recomendações de conservação e de esquemas de manutenção complementares. Este esquema é corroborado por Bernard Feilden (1996, p. 185). As categorias de informações dos inventários de proteção listadas acima praticamente se repetem nos casos de conservação. A diferença principal concentra-se nos registros dos níveis de integridades atuais (sobretudo caracterização e deterioração) indicadas nos cadastros/levantamentos (também citados como planialtimetrias) que servem especialmente de base para as representações gráficas dos mapeamentos de danos e das propostas de conservação (preservação, restauração, transformações de uso, etc.). Entretanto, conforme Feilden (1996), os dossiês/relatórios de conservação começam nas pesquisas preliminares das intervenções prescritas, continuam na execução delas e se desdobram no monitoramento de todo o esquema de conservação previsto. O

marco

do

desenvolvimento

do

conjunto

de

conhecimentos

e

procedimentos

metodológicos que hoje forma a subárea do campo de saber dos cadastros e levantamentos na literatura especializada de conservação firmou-se no Renascimento, a partir do século XV. A necessidade da elaboração de um inventário do grupamento de edificações remanescentes do Império Romano para a elaboração dos tratados arquitetônicos (de Alberti, Serlio, Scamozzi, Vignola, etc.) que orientaram a produção arquitetônica deste período aprimorou significativamente os procedimentos da coleta de informações e a transformações delas em imagens fidedignas dos monumentos em questão. A invenção da imprensa por Johannes Gutenberg e o advento da perspectiva na mesma época contribuíram

decisivamente

para

a

depuração

dos

registros

e

das

respectivas

representações gráficas. Até a virada dos séculos XVIII para o XIX, do Renascimento ao Período Eclético, a produção destes

conhecimentos

subsidiava

predominantemente

composições

e

projetações

arquitetônicas. Com a estruturação da Arqueologia como disciplina científica e o surgimento das legislações de proteção do patrimônio cultural nesta ocasião, os cadastros e levantamentos passaram a ser utilizados também como ferramentas para a conservação, cuja sistematização teve o papel decisivo de Viollet-le Duc, em meados do século XIX. Convém também destacar as contribuições fundamentais da geometria descritiva no final do século XVIII, da axonometria e da fotografia no século seguinte para o aprimoramento destes registros.

Ao longo do século XX todos os procedimentos ligados a consolidação dos cadastros e dos registros de edificações, com ênfase nas protegidas, acompanharam as exigências da depuração conceitual e metodológica do campo do saber da conservação. Do ponto de vista tecnológico, agregaram-se neste contexto os aprimoramentos da topografia e da informática que foram cruciais para que as medições arquitetônicas saíssem da era da planialtimetria clássica conduzida por trenas analógicas e tomadas de triangulações para a fotogrametria e mais recentemente, a ortofotografia e o laser scanning. Esta trajetória consolidou uma literatura própria com trabalhos que se tornaram referências mundiais, como no caso do artigo pioneiro de Hans Foramitti (1972) publicado pela UNESCO. No âmbito nacional, a publicação de Mário Mendonça de Oliveira (2008), disponibilizada pelo Programa Monumenta, na sétima edição dos seus Cadernos Técnicos, é considerado o título mais abrangente e completo no gênero. O debate proporcionado por esta bibliografia possibilitou a criação do The International Committee for Documentation of Cultural Heritage/CIPA, em 1968, um dos primeiros Conselhos Científicos do ICOMOS com a colaboração do The International Society of Photogrammetry and Remote Sensing/ISPRS. Toda esta trajetória resultou na composição de um conjunto de conhecimentos teóricos e metodológicos que definem um padrão de cadastros e de levantamentos reconhecidos mundialmente pelos órgãos de tutela do patrimônio cultural e dos profissionais especialistas da conservação. Prima-se pela legitimidade rigorosa da representação da integridade física dos bens culturais, no caso específico deste trabalho de edificações, especialmente em termos de caracterização e de níveis de deterioração. Busca-se a precisão das tomadas e das marcações das dimensões de cada elemento arquitetônico, das partes e do todo registrado com margens de erros cada vez menores. E tenta-se a disponibilização crescente dos avanços tecnológicos que permitem a redução de custos e o tempo da elaboração dos trabalhos. Itens que demonstram objetividade, autenticidade e exatidão recomendadas pelo campo do saber e respectiva literatura especializada da conservação do patrimônio cultural.

2 – Nos cursos de graduação de Arquitetura e Urbanismo do Brasil A Portaria 1770 de 21 de dezembro de 1994 (revogada com poucas alterações pelas Resoluções CNE/CES Números 06 de 02 de fevereiro de 2006 e 02 de 17 de junho de 2010) determinou a estrutura didática pedagógica atual dos Cursos de Graduação de Arquitetura e Urbanismo e introduziu a conservação na formação acadêmica e técnica do arquiteto e do urbanista. Este campo do saber ficou conhecido pela controvertida 4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação Belo Horizonte, de 25 a 27 de novembro

denominação de “Técnicas Retrospectivas”, termo definido por Leonardo Benévolo (1984, p. 144) numa comunicação apresentada em um dos eventos do Conselho Europeu, em 1980. Entretanto, este título não é uma unanimidade nos projetos pedagógicos dos cursos de arquitetura. Algumas escolas nomeiam "Técnicas Retrospectivas" como "Projeto de Conservação e Restauração do Patrimônio Edificado" (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), "Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural" (Universidade Federal do Rio de Janeiro), "Projeto de Restauração" (UFF), etc. O levantamento do estado da arte do ensino superior de Engenharia, Arquitetura, Urbanismo e Agronomia promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira e o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, reafirma parte desta trajetória descrita até o momento. Na publicação que sintetiza esta pesquisa "Técnicas Retrospectivas" vem definida entre parêntesis como "preservação do patrimônio cultural brasileiro" (Schlee, 2010, p. 97). Técnicas Retrospectivas/TR classifica-se nas diretrizes curriculares do MEC como matéria profissional da grade curricular. Teve a sua implantação também recomendada pelo documento "Perfis de Áreas e Padrões de Qualidade dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo", elaborado em 1994 pela Comissão de Especialistas de Ensino de Arquitetura e Urbanismo da Secretaria de Educação Superior - SESu que está neste momento sendo reavaliado no âmbito das discussões dos encontros da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo/ABEA. Em geral, através dos resultados parciais da pesquisa "Panorama do ensino de conservação nos Cursos de Graduação de Arquitetura e Urbanismo do Brasil" (Sampaio, 2015), percebese que os Projetos Pedagógicos dos Cursos/PPCs de arquitetura e urbanismo posicionam TR nos últimos semestres do curso, entre o sétimo e o nono períodos em função da complexidade e a ampla interdisciplinaridade do tema. Em princípio, nas categorizações dos campos de saber, TR fica equivocadamente alocada nas secções de História e Teoria, mesmo com os respectivos planos de ensino da maioria dos PPCs prescreverem atividades de projetos arquitetônicos e/ou urbanísticos. As matérias de TR tornam arquitetos e urbanistas aptos ao exercício profissional na conservação do patrimônio cultural, sobretudo de bens imóveis, de edificações e áreas urbanas, que incluem pesquisas e projetos. Esta habilitação foi regulamentada inicialmente pela Resolução 1010 de 22 de agosto de 2005 do antigo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia/CONFEA, que praticamente se incorporou na Lei Número 12.378 de 31 de dezembro de 2010 que cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo/CAU. A Decisão Normativa Número 83, de 26 de setembro de 2008, também do CONFEA, dispõe

sobre procedimentos para a fiscalização do exercício e das atividades profissionais referentes a monumentos, sítios de valor cultural e seu entorno ou ambiência. As ementas e planos de ensino das disciplinas de conservação identificadas na citada pesquisa do panorama dos Cursos de Graduação de Arquitetura e Urbanismo cobrem temas considerados básicos pela literatura especializada de conservação. Nos 43 planos cadastrados registrou-se abordagens da conceituação do patrimônio cultural, instrumentos de proteção, teoria, metodologia da conservação de edificações e de áreas urbanas. A maioria das propostas didáticas centram suas análises nos aspectos teóricos da conservação, sobretudo na conceituação das intervenções de conservação. Poucas tratam o tema dos projetos básicos e/ou anteprojetos e apenas seis delas enfatizam os aspectos da realização de cadastros e levantamentos. Entretanto, o teor sinóptico da documentação avaliada impede descrições mais detalhadas do conteúdo ensinado. Percebeu-se da mesma forma, nos 55 PPCs avaliados, a ausência de laboratórios específicos de conservação que poderiam indicar a presença de equipamentos normalmente usados nas planialtimetrias.

3 – A experiência da UFRRJ A disciplina de conservação do Curso da Rural possui quatro créditos que subdividem-se em dois módulos, de edificações e de áreas urbanas, ministrados por docentes distintos 1. No primeiro caso, o plano de ensino vigente baseia-se na experiência desenvolvida no Curso da Universidade Federal de Juiz de Fora no período de agosto de 2004 a julho de 2010 (Sampaio, 2013). Em ambas as situações objetiva-se traduzir a complexidade do campo de saber da conservação numa síntese de conceitos e de procedimentos metodológicos básicos com o objetivo de estimular o senso crítico dos alunos e prepará-los para atuar nas intervenções de conservação sob orientação dos órgãos de tutela do patrimônio cultural, quando necessário. As discussões conceituais seguem em geral as tendências observadas nos demais cursos com ênfase nos debates que consolidaram a Teoria da Conservação ao longo do século XX e especialmente nas recomendações do Comitê Científico de Treinamento do ICOMOS -

1

- Neste momento, o Curso encontra-se num processo de reestruturação do PPC que transformará estes módulos em duas disciplinas distintas denominadas “Conservação de Edificações” e “Conservação de Áreas Urbanas”, implantadas nos sétimos e nos oitavos períodos, respectivamente, com quatro créditos cada. 4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação Belo Horizonte, de 25 a 27 de novembro

CIF/ICOMOS 2. Atenção particular é dedicada aos procedimentos metodológicos dos projetos de conservação de edificações consagrados na literatura especializada que incluem aulas expositivas específicas sobre pesquisas históricas, levantamentos planialtimétricos (cadastros e levantamentos), avaliações das condições atuais (incluindo mapeamento de danos), técnicas básicas de conservação e definições de estratégias de conservação que incluem obrigatoriamente transformações de uso. As três primeiras avaliações remetem-se ao quadro geral da produção bibliográfica de inventários arquitetônicos. Porém, as deficiências identificadas nos títulos avaliados, especialmente as limitações observadas nos cadastros/levantamentos, representações gráficas, dos diagnósticos de caracterização, de estado de conservação, além do aprimoramento das descrições sucintas das fichas sumárias, são reconsideradas. Na abordagem dos cadastros e dos levantamentos reconstitui-se a trajetória da formação desta área de conhecimento até os procedimentos metodológicos recentes. Com ênfase nas recomendações da literatura especializada destacadas acima, principalmente em termos de objetividade, autenticidade e exatidão. Dentro do universo de técnicas disponíveis privilegiase a planialtimetria clássica que se constitui numa alternativa viável em função dos custos operacionais e a infraestrutura pedagógica disponível do curso em questão, apesar das limitações conhecidas, sobretudo em termos de precisão e tempo de execução dos trabalhos. A representação gráfica dos cadastros e levantamentos se resume na produção de plantas de situação, implantação, baixas, cortes, fachadas, coberturas, detalhes (quando pertinentes) e áreas externas que obedecem aos padrões determinados pelas Normas Técnicas Brasileira 6492 de Representação de Projetos de Arquitetura da ABNT, além das recomendações da literatura de conservação e projetos executivos avaliados em estudos de casos (Figura 01). Neste conjunto de desenhos são feitos ainda os mapeamentos de danos, estudos preliminares, propostas de conservação e das transformações de uso (Figura 02).

Figura 01. Levantamento planialtimétrico da fachada da edificação situada nas esquinas das Ruas Getúlio Vargas e Humberto Gentil, Centro, Nova Iguaçu. Projeto Básico de Conservação da turma do segundo semestre letivo de 2014.

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- Com especial consideração às referências AHONIEMI, Anu (org), 1995 e ICOMOS, 1993.

O conteúdo de cada uma destas aulas, somadas com as apresentações dos estudos preliminares e dos anteprojetos, equivaliam às cinco avaliações feitas ao longo do semestre letivo, as quais compõem o Projeto Básico de Conservação/PBC. Além da prática dos procedimentos teóricos e metodológicos abordados, os estudantes têm a oportunidade neste exercício de aplicar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas afins do curso, especialmente de meios de representação, de expressão, de história, teoria da arquitetura, tecnologia da construção, sistemas estruturais, conforto ambiental, paisagismo, projeto de arquitetura e urbanismo. Consolida-se desta forma a desejada interdisciplinaridade da conservação de bens culturais difundida na literatura especializada, sobretudo das "Cartas Patrimoniais" e também pelas determinações das Diretrizes Curriculares Básicas dos Cursos de Graduação em Arquitetura e Urbanismo.

Figura 02. Mapeamento de danos da Igreja de Nossa Senhora de Marapicu, Nova Iguaçu. PBC da turma do segundo semestre letivo de 2012

Para o desenvolvimento dos PBCs as turmas com média de 20 alunos por semestre são divididas em grupos de no máximo quatro alunos. Cada grupo escolhe uma unidade do universo protegido ou com potencial de proteção de Nova Iguaçu, da Baixada Fluminense, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a qual apresenta-se relativamente deteriorada e 4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação Belo Horizonte, de 25 a 27 de novembro

passível de transformação de uso com o objetivo de se explorar a complexidade do tema da conservação. As edificações com possibilidades de salvaguarda são continuamente identificadas e sumariamente inventariadas no módulo de Conservação de Áreas Urbanas. Os relatórios dos PBCs, diagramados no formato A4, possuem estruturação similar de um inventário arquitetônico e incluem todas as plantas indicadas. Os resultados alcançados, especialmente nas pesquisas históricas (que localizaram em alguns casos fontes primárias: plantas e fotografias) e nos levantamentos plani-altimétricos, contribuem significativamente para o aprimoramento do inventário arquitetônico realizado na região pelo INEPAC em 1989. Do primeiro semestre de 2012 até o final do primeiro semestre de 2015 foram trabalhadas 19 edificações3. Este material será repassado futuramente para a Prefeitura de Nova Iguaçu através de um projeto de extensão previsto para o primeiro semestre de 2016 que terá como objetivo o fornecimento de subsídios para implantação da política local de proteção e conservação do patrimônio cultural. Pretende-se da mesma forma a expansão desta iniciativa para as cidades que integram a Baixada Fluminense 4 e posteriormente as imediações dela dentro dos limites da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Todos estes resultados esperados se enquadram na proposta contida no “Inventário Nacional de Edificações: a contribuição dos Cursos de Graduação de Arquitetura e Urbanismo do Brasil” (Sampaio, 2013). O plano de ensino em discussão contextualiza-se ainda nas repercussões dos trabalhos do Grupo de Pesquisa Núcleo de Patrimônio, Arquitetura e Memória Fluminense/Nupam, certificado pela instituição, disponível na base do CNPq, composto por docentes e discentes de cursos e unidades distintas da UFRRJ. As ações do Nupam se canalizam especialmente para produção de informações que subsidiam pesquisas e ações concretas para a conservação do patrimônio cultural da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Têm também como meta, a criação de um núcleo de Pós-Graduação interdisciplinar na área de conservação abrangendo os campos do saber dos cursos envolvidos, por enquanto, Arquitetura/Urbanismo, Belas Artes, História e Turismo.

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- No caso de Juiz de Fora foram produzidos 64 PBCs no citado período, os quais foram doados para a Divisão de Patrimônio Cultural/DIPAC da Prefeitura local. 4

- De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Baixada e Região Metropolitana do RJ, estes municípios são: Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João de Meriti e Seropédica.

4 - Novas possibilidades de cadastros/levantamentos e de representação gráfica O material dos cadastros/levantamentos produzidos nos Cursos de Juiz de Fora e da Rural (neste momento na cidade de Nova Iguaçu), no âmbito deste plano de ensino, proporcionou um inventário significativo de bens culturais relevantes que poderão ser úteis nas políticas de conservação destas cidades. Apesar da qualidade e empenho dos alunos e dos docentes envolvidos ainda é possível aprimorar estes registros através da revisão de alguns procedimentos metodológicos adotados, especialmente em termos de captação de imagens e da ampliação de possibilidades de representação gráfica que incluem a participação de docentes de outros campos do saber dentro da matriz curricular do curso em evidência. Objetiva-se aperfeiçoar principalmente a autenticidade, precisão e otimizar o tempo de elaboração dos levantamentos que poderão ser adotados desta forma no desenvolvimento de projetos de conservação. Partindo da premissa de que este trabalho discute a proposta de registro planialtimétricos do Patrimônio Cultural Edificado, inserido no plano de ensino da disciplina de Conservação do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, no sentido de reestruturar os procedimentos metodológicos que vem sendo adotado, naturalmente, discutiu-se ou contrapõe-se os métodos tradicionais às tecnologias digitais mais recentes e acessíveis. Destaque-se que as imagens numéricas colaboram com maior precisão e rapidez na observação, interpretação ou outros fenômenos físicos, que tomam por base a luz, origem na fotografia e que permite, por exemplo, aos satélites vigiarem o aumento dos desertos no planeta, supervisionar e prever fenômenos meteorológicos, bem como às sondas astronômicas filmarem planetas distantes e microcâmaras estudarem o interior do corpo humano (Joly, 2008, p. 23). Ou seja, do universo macro ao micro é possível deduzir que o aprimoramento na captura de imagens para cadastro, documentação ou qualquer outra finalidade, com o emprego de ferramentas digitais, tornou-se uma tarefa bastante simplificada, necessária, comum e corriqueira, o que, entretanto, não significa dizer que se deve desconsiderar as metodologias tradicionais e seus instrumentos analógicos clássicos. Ferramentas digitais como os drones, as CNC de corte e gravação, os digitalizadores 3D de luz branca ou laser e as impressoras 3D são tecnologias produzidas em larga escala e, dependendo do modelo, são bastante acessíveis. Uma das significativas vantagens dessas ferramentas, é a capacidade de capturar imagem à distância e, na maioria dos casos, sem contato, através de fotografias, filmagens, escaneamentos ou a partir de um desenho digital. 4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação Belo Horizonte, de 25 a 27 de novembro

As TDs são capazes de gerar produtos que, após processamento por programas dedicados, ajustam

distorções

geométricas,

ortorretificam,

modelam

superfícies,

classificam,

documentam, geram e imprimem objetos físicos em três dimensões, numa gama de materiais, que vão dos plásticos aos metais. Como exemplo de captura acessível, vê-se na Figura 03, a foto digital de parte do ornamento com forma de três leoas, localizado na fachada do Prédio Principal da UFRRJ, feita por uma câmera digital DSLR.

Figura 03. Ornamento em bronze na frente do prédio principal da UFRRJ

E, na Figura 04, o mesmo tema depois de digitalizado pelo Sense Scanner portátil, da 3D System, e processado pelo software que o acompanha, salvo na extensão “stl” o que permite a impressão do ornamento em três dimensões, geralmente em escala reduzida.

Figura 04. Ornamento da figura 1 após escaneamento com digitalizador portátil a laser, pronto para ser impresso em 3D.

Por fim, destaca-se que o acesso generalizado às câmeras digitais dos celulares, àquelas mais tradicionais, pode tornar estudantes e pesquisadores em potenciais operadores de imagens em três dimensões, bastando que estas câmeras sejam submetidas a um processo de calibração por um software especializado. O processo de captura de imagens externas e internas a uma edificação, por exemplo, a partir de posicionamentos corretos de alvos, resulta em um produto capaz de gerar plantas com todos os seus detalhes característicos, como plantas baixas, cortes, vistas e perspectivas. Assim, a viabilidade do presente estudo, depende, de imediato, da aquisição de cinco kits com câmeras digitais DSLR, tradicionais, como Nikon, Canon ou similares e de um software de modelagem 3D, com cinco chaves, que modelem fotografias, como, por exemplo, o PhotoModeler, Agisoft Photoscan ou similar. Uma vez que a disciplina de Projeto de Conservação e Restauração do Patrimônio Edificado está alocada atualmente no sétimo período do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRRJ, os alunos matriculados nesta já cursaram as disciplinas de Desenho de Arquitetura, Expressão Gráfica e Informática Aplicada à Arquitetura e Urbanismo alocadas nos quatro primeiros períodos da matriz curricular. Deste modo, estão aptos a representar com diferentes técnicas e ferramentas as informações levantadas nas planialtimetrias. Em termos de representação gráfica, os levantamentos planialtimétricos se iniciam a partir das informações que estão contidas nos desenhos dos projetos coletados na pesquisa histórica. A representação gráfica das edificações começa com o desenho das projeções ortográficas que buscam respeitar as normatizações do desenho de arquitetura com grau de detalhamento compatível com um anteprojeto. Os desenhos são realizados com o auxílio de ferramenta gráfica digital indicada para o desenho bidimensional, na qual os alunos receberam treinamento na disciplina Informática Aplicada à Arquitetura I. Quando os alunos iniciam os desenhos, enfrentam dificuldades uma vez que faltam informações nos desenhos de projeto original por falta de detalhamento ou por não conformidade com a situação atual seja por falta de integridade ou autenticidade. Essas informações são complementadas pelos levantamentos planialtimétricos e pelas fotografias realizadas no local. Contudo, quando os alunos vão ao local realizar o levantamento é produtivo ter cópias dos desenhos do projeto como base para anotações. Este conjunto de desenhos é digitalizado em alta resolução por scanner (Figura 05) e tratado digitalmente de modo a se melhorar a leitura das informações registradas (Figura 06). O tratamento digital se restringe a limpeza das sujeiras e aperfeiçoamento do contraste entre desenho e fundo

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da imagem. Estes desenhos tratados digitalmente são impressos novamente de modo a serem utilizados como base para as anotações realizadas no levantamento.

Figura 05. Cópia do projeto original da edificação Cruz Vermelha. Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Fonte: Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu.

Figura 06. Imagem escaneada em alta resolução do desenho do projeto da Cruz Vermelha editado digitalmente para melhor leitura das informações. Fonte: Naym Douglas Vieira Antonio, Camilla Benicio de A. Cunha, Renata Belz Kruger, Priscila Riguette Costa e Raissa dos Santos M. de Souza

Com os dados em mãos, os alunos retornam à ferramenta de desenho assistido por computador para “passar a limpo”, de modo preciso, as informações geométricas das edificações (Figura 07). É essa precisão no desenho e nas informações representadas que possibilita o aluno a realizar diferentes análises no inventário.

Figura 07. Desenho técnico e fotografias da fachada da Cruz Vermelha, Nova Iguaçu-RJ. Fonte: discentes Artur Torquato, Arthur Stephan, Juliana Gones e Thaís Leitão.

Para compreensão das características tipológicas e estruturais das edificações, os alunos ampliam sua capacidade de visualização por meio da construção de modelos tridimensionais elaboradas com o auxílio de ferramenta de modelagem 3D gratuita. Esta ferramenta deve ser capaz de garantir tanto precisão geométrica quanto representação bem aproximada da realidade dos materiais de construção e acabamentos das superfícies visíveis (Figura 08) para se garantir a identificação e monitoramento de deterioração dos materiais com o auxílio de fotografias ortorretificadas.

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Figura 08. Modelo tridimensional elaborado com auxílio de ferramenta gráfica digital. Fonte: Naym Douglas Vieira Antonio, Camilla Benicio de A. Cunha, Renata Belz Kruger, Priscila Riguette Costa e Raissa dos Santos M. de Souza.

Os alunos recebem treinamento para a modelagem tridimensional digital nas duas de Informática Aplicadas à Arquitetura e Urbanismo disciplinas alocadas no terceiro e quarto semestre. A partir de então, terão a possibilidade de utilizar uma ferramenta mais simplificada ou mais completa que possibilita a representação das informações com diferentes graus de abstração, porém ambas com precisão geométrica. Para completar o conjunto de tipos de representação, os alunos produzem ilustrações (Figura 09) que misturam desenhos vetoriais e de mapa de bits de modo a compor desenhos humanizados. Para executar estas ilustrações os alunos utilizam duas ferramentas, de ilustração vetorial e de edição de imagens bitmap, que fazem parte do escopo prático da disciplina Expressão e Representação Gráfica III (3º período).

Figura 09. Ilustração elaborada com o auxilio de ferramenta de ilustração vetorial. Fonte: discentes Naym Douglas Vieira Antonio, Camilla Benicio de A. Cunha, Renata Belz Kruger, Priscila Riguette Costa e Raissa dos Santos M. de Souza.

Pode-se dizer que os alunos tem a capacidade de utilizar diferentes ferramentas gráficas digitais para auxílio na representação gráfica das informações coletadas sobre as edificações estudadas. Contudo, ressalta-se que a representação volumétrica de ornamentos e do grau de deterioração dos elementos construtivos e de acabamento ainda representam um desafio para um inventário preciso e detalhado capaz de possibilitar análises e estudos para os diferentes tipos de intervenção no patrimônio edificado. Destacamos que as técnicas tradicionais de levantamento são vantajosas uma vez que requerem poucos recursos para a aquisição de instrumentos de medição. Contudo, os métodos de levantamento tradicionais dificultam o registro das informações geométricas de elementos construídos com geometrias complexas ou com alto grau de detalhamento. Sugere-se que, para o aprimoramento do inventário legitimidade rigorosa da representação da integridade física dos bens culturais que técnicas e tecnologias de escaneamento tridimensional em conjunto com as técnicas de fotogrametria fossem utilizadas nestes levantamentos e na representação gráfica. Deste modo, os levantamentos de edificações poderiam ser ampliados para áreas urbanas, aumentando-se a escala de abrangência dos estudos para atender as expectativas dos aspectos arquitetônicos quanto dos urbanísticos e paisagísticos que estão intrinsicamente relacionados.

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