calvino livro amos

July 27, 2017 | Autor: Chaul Halevi | Categoria: Comentario, Calvino, Amós
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OS COMENTÁRIOS DE JOÃO CALVINO SOBRE O PROFETA

A MÓS

Texto extraído e traduzido da primeira versão inglesa de 1816 Commentary on the Twelve Minor Prophets. Volume Second: Joel, Amos and Obadiah

Tradução para o português: Vanderson Moura da Silva Edição: Felipe Sabino de Araújo Neto

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Este livro será totalmente revisado e publicado pela Editora Monergismo: www.editoramonergismo.com.br

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“Depois da leitura da Escritura, a qual ensino, inculcando tenazmente, mais do que qualquer uma outra… Eu recomendo que os Comentários de Calvino sejam lidos... Pois afirmo que, na interpretação das Escrituras, Calvino é incomparável, e que seus Comentários são para se dar maior valor do que qualquer outra coisa que nos é legada nos escritos dos Pais — tanto que admito ter ele um certo espírito de profecia, em que se distingue acima dos outros, acima da maioria, de fato, acima de todos”. Jacobus Arminius (1560-1609)

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SUMÁRIO CAPÍTULO 1 ....................................................................................................................................... 6 CAPÍTULO 2 ..................................................................................................................................... 21 CAPÍTULO 3 ..................................................................................................................................... 38 CAPÍTULO 4 ..................................................................................................................................... 53 CAPÍTULO 5 ..................................................................................................................................... 69 CAPÍTULO 6 ................................................................................................................................... 100 CAPÍTULO 7 ................................................................................................................................... 116 CAPÍTULO 8 ................................................................................................................................... 136 CAPÍTULO 9 ................................................................................................................................... 151 APÊNDICES A AMÓS .................................................................................................................... 171 UMA TRADUÇÃO DA VERSÃO DE CALVINO DAS PROFECIAS DE AMÓS ....................... 173 ÍNDICES .......................................................................................................................................... 182 ANEXO: Entrevista sobre João Calvino .......................................................................................... 188

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QUADRAGÉSIMA-NONA DISSERTAÇÃO Ele mesmo revela a época em que começou a desempenhar seu ofício de mestre; todavia, não está claro por quanto tempo profetizou. 1 De fato, os judeus pensam que sua carreira foi longa: ele continuou seu ofício, segundo escrevem, sob quatro reis. Porém, menciona aqui somente os reinados de Uzias e Jeroboão. Seu propósito era marcar o tempo em que principiou a executar seu mister de Profeta, não expressar quanto tempo labutou por Deus nessa função; e o porquê de ele mencionar somente o início, observaremos em seu lugar azado. É deveras certo que começou seu trabalho debaixo dos reis Uzias e Jeroboão. Isto também tem de ser observado: que ele foi designado Profeta para o reino de Israel. Pois, conquanto se originasse da tribo de Judá, o Senhor, como veremos, colocou-o sobre o reino de Israel. Por vezes volta seu discurso à tribo de Judá, mas, por assim dizer, apenas acidentalmente, conforme a ocasião o conduzia, visto que se dirigiu principalmente às Dez Tribos. Passo agora às palavras.

1 “Amós, quando menino, provavelmente conheceu Jonas, e pode tê-lo ouvido contar a visita que fizera a Nínive. É possível também que tivesse conhecido Eliseu, ouvindo-o narrar sua intimidade com Elias. Jonas e Eliseu estavam se retirando do palco da História, quando Amós chegou. Joel também pode ter sido seu contemporâneo, ou predecessor próximo. A praga de gafanhotos a que se refere, 4:9, pode ter sido a do tempo de Joel. Oséias foi seu cooperador. Podia estar em Betel ao tempo da visita de Amós. Sem dúvida, ele se conheciam bem e podem ter comparado notas muitas vezes sobre as mensagens que Deus lhes havia dado. Oséias, sendo mais moço, continuou a obra depois que Amós se afastou. Outrossim, quando Amós encerrava seu trabalho, Isaías e Miquéias começavam o seu”. Henry H. Halley em: Manual Bíblico (Edições Vida Nova, 1970, pg. 319.) (N. do T.)

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CAPÍTULO 1 Amós 1.1 1. As palavras de Amós, que estava entre os boiadeiros de Tecoa, as quais visionou acerca de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.

1. Verba Amos, qui fuit inter pastores (vel, pecuarios) ex Tucua: quae vidit super Israel diebus Uzziah regis Juhudah, et diebus Jarobeam filii Joas regis Israel, biennio ante motum (vel casma) terrae. nominibus, quia de sensu Prophetae satis constabit. Nunc venio ad inscriptionem libri.)

Amós, ao falar de suas palavras aqui, não se jacta da aduzir coisa alguma como proveniente de si próprio, mas se declara apenas como sendo o ministro de Deus, uma vez que logo acrescenta que as recebeu por visão. Deus mesmo levantou os Profetas e empregou o labor deles; e, paralelamente, guiou-os por seu Espírito, para que nada anunciassem que não o que dele recebera, mas fielmente comunicassem o que procedera dele somente. Estas duas coisas juntas, pois, bem se harmonizam – que as profecias que se seguem eram as palavras de Amós e que eram palavras reveladas do alto para ele; porque a palavra hzj, chazah, que Amós utiliza significa propriamente ver por revelação, 2 e tais revelações eram denominadas de profecias. Porém, ele diz que estava entre os pastores de Tecoa. Esta era uma acanhada vila e que pouco antes estivera rodeada por muralhas, havendo sido anteriormente uma aldeia. 3 Ele não cita então sua região por que fosse célebre, ou como se por meio disso pudesse obter mais autoridade ou renome: ao contrário, chama a si mesmo de tecoano porque Deus o tirara de um lugar obscuro para pô-lo sobre todo o reino de Israel. Logo, segundo penso, estão equivocados os que supõem que Amós foi denominado um dos pastores devido às suas riquezas e à quantidade de seu gado; pois, quando pondero sobre tudo isso, não vejo como possa ser. Admito realmente que
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