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July 22, 2017 | Autor: Marcos Guerra Dantas | Categoria: Giambattista Vico
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE HUMANIDADES
MESTRADO ACADÊMICO EM FILOSOFIA



MARCOS AURÉLIO DA GUERRA DANTAS









O ALERTA DE GIAMBATTISTA VICO CONTRA A BARBÁRIE DA REFLEXÃO: um estudo
sobre a Scienza Nuova de 1744



















FORTALEZA
2011
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
Marcos Aurélio da Guerra Dantas













O ALERTA DE GIAMBATTISTA VICO CONTRA A BARBÁRIE DA REFLEXÃO: um estudo
sobre a Scienza Nuova de 1744






Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado
Acadêmico de Filosofia do Centro de Humanidades –
CH da Universidade Estadual do Ceará – UECE, como
requisito para a obtenção do título de Mestre em
Filosofia.
Orientador: Prof. Dr. José Expedito Passos Lima.
















FORTALEZA
2011















"S Dantas, Marcos Aurélio da Guerra. "
"O alerta de Giambattista Vico contra a barbárie da "
"reflexão: um estudo sobre a Scienza Nuova de "
"1744/Marcos Aurélio da Guerra dantas. - "
"Fortaleza, 2011. "
"15?p. Mude o nº de paginas "
"Orientador: Prof. Dr. José Expedito Passos Lima. "
"Dissertação (Mestrado Acadêmico em Filosofia)– "
"Universidade Estadual do Ceará, Centro de "
"Humanidades. "
"1. Barbárie. 2. Nuova Scienza. 3. Vida Civil. "
"I. Universidade Estadual do Ceará, Centro de "
"Humanidades. "
"CDD: 195 "





























UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
Mestrado Acadêmico em Filosofia
Título da dissertação: O alerta de Giambattista Vico contra a barbárie da
reflexão: um estudo sobre a Scienza Nuova de 1744
Autor: Marcos Aurélio da Guerra Dantas
Professor-Orientador: Prof. Dr. José Expedito Passos Lima.
Exame de qualificação em ??/??/2011
Defesa da Dissertação em / /2011 Conceito Obtido:
satisfatório
Nota Obtida:









Banca Examinadora



____________________________________________________
Prof. Dr. José Expedito Passos Lima
Orientador – UECE




____________________________________________________
Prof. Dr. Evanildo
1º Examinador – UFC





___________________________________________________
Prof. Dr. Eduardo Jorge Oliveira Triandopolis
2º Examinador – UECE



























Mas - corrompendo-se também os Estados
populares e, portanto, também as filosofias
(que caindo no cepticissmo, puseram-se os
doutos estultos a caluniar a verdade), e
nascendo, assim, uma falsa eloquência,
disposta igualmente para apoiar nas causas
ambas as partes opostas – sucedeu que,
usando mal a eloquência (como os tribunos da
plebe na romana) e não se contentando já os
cidadãos com as riquezas para instituir a
ordem, quiseram fazer dela poder; [e], como
austros furiosos o mar, agitando guerras
civis nas suas repúblicas, conduziram-nas a
uma tal desordem total e, assim, de uma
perfeita tirania (que é a pior de todas),
que é a anarquia, ou seja, a desenfreada
liberdade dos povos livres.


(...) por tudo isto, com obstinadíssimas
facções e desesperadas guerras civis, passam
a fazer das cidades selvas e das selvas
covis de homens; e, desse modo, ao longo de
vários séculos de barbárie, vão se
enferrujar as grosseiras subtilezas dos
engenhos maliciosos, que tinham feito deles
feras mais imanes com a barbárie de reflexão
do que tinham sido com a primeira barbárie
dos sentidos. Porque esta descobria uma
ferocidade generosa, da qual outros se
podiam defender, ou salvar-se ou evitar; mas
aquela, com uma ferocidade vil, com as
lisonjas e os abraços arma ciladas à vida e
às fortunas dos seus confidentes e amigos.
Giambattista Vico. Ciência Nova.
Agradecimentos

Ao professor Expedito pela paciência comigo e conduta magistral da presente
pesquisa. À minha querida família Tânia (esposa) e Ariadne (filha) por
haverem suportado mesmo a contragosto minha ausência, embora fisicamente
presente, pois absorto na pesquisa não lhes dediquei a devida atenção de
esposo e pai.
Ao meu "cumpadi" José Wagner pelo auxílio, pois ao tornar suas dificuldades
as minhas me possibilitou entrever muito do que foi necessário para a
compreensão do autor.
Aos funcionários do mestrado, Rose e dona Fátima pela celeridade com que me
deram suporte para a burocracia no mestrado.
À Capes por financiar a pesquisa.










































































































Dedicatória
Ao meu pai, cujo patrimônio deixado tanto
poético, quanto literário permitiu
inspiração no desenvolvimento desta
pesquisa.
Ao Marcelo Bitencourt também pela inspiração
e instigação que me incutiu dando-me ânimo,
quando sobre a pesquisa confidenciava-lhe
pensar não ter competência para desenvolvê-
la.
Resumo

A problemática da barbárie, em especial, aquela da reflexão, foi tratada
por Giambattista Vico (1668-1744), de forma sucinta, na Scienza Nuova de
1744: não obstante ser perceptível em seus escritos anteriores. O
desenvolvimento das ideias de Vico, amadurecidas no decorrer de sua vida
acadêmica, findam no seu alerta ante os riscos de uma nova barbárie
ameaçadora da convivência civil. A pesquisa que aqui apresentamos principia
pelos seus escritos de juventude (Orazioni Inaugurali; De ratione; De
antiqüíssima); mas considera também o seu epistolário ( ), pois se trata de
destacar a importância da preocupação prática com a vida civil em sua
obra. Para sua reflexão contribui alguns saberes pertencentes à tradição
clássico-humanista: Retórica, Filologia, Poética. A retomada desses saberes
possibilitou a Vico pensar uma reforma do saber, oposta àquela cartesiana,
em virtude dos excessos presentes na orientação racionalista do mos
geometrico por conseguinte o alerta viquiano contra a barbárie da reflexão
não está separada dos rumos tomados pela racionalidade moderna, seja na sua
expressão racionalista seja empirista. Daí o retorno aos Studia humanitatis
e as suas disciplinas pretende ser, antes de qualquer coisa uma preocupação
coma vida civil e sua conservação, pois a experiência do humanismo
renascentista oferece as fontes para se pensar uma nuova scienza voltada
para a prática e preocupada com dimensão política. Vico defende os
filósofos platônicos porque políticos e refuta as doutrinas dos estóicos e
epicuristas, pois sustenta a exigência de uma oposição a filósofos
"monásticos e solitários". O presente trabalho adota a seguinte hipótese
interpretativa: a barbárie da reflexão é expressão da contradição entre
civilidade e racionalidade e não implica em avanço da civilidade, mas
destruição: denunciada na Scienza Nuova, por Vico em virtude dos riscos que
já se anunciavam na experiência moderna.




Palavras-chave: Vida civil. Barbárie. Cartesianismo. Nuova scienza.
Racionalidade.





















Abstract


Keywords:









































Sumário
Introdução..................................................................
.....................................................11

Capítulo I: O esgotamento do ingenium na Europa o diagnóstico
viquiano..............15
1.1 Vico e o sentimento de atopia ante o seu
presente.......................................................16
1.2 A novidade do projeto viquiano de ciência e o
cartesianismo.....................................23
1.3 A incipiente recepção do Diritto Universale e da Scienza
Nuova................................32.
1.4 Vida civil e significado prático do saber: os escritos da
juventude..............................42

Capítulo II: A relevância da Vida Civil e a problemática do saber no
projeto filosófico de
Vico........................................................................
.........................................................40
2.1 Scientia e prudentia: o descaso com as ciências
morais................................................41
2.2 O projeto de uma nova scientia: a relevância da
Filologia..................................................49
2.3 Da nova arte crítica à arte diagnóstica: a Scienza nuova
prima.....................................59
2.4 História e barbárie na reflexão da nuova
scienza...........................................................65

Capítulo III: A Scienza nuova viquiana: busca de uma filosofia da
autoridade e oposição à filosofia
dogmática...................................................................
........................79
3.1 Os primórdios da civilidade: a questão da gênese do
humano.......................................80
3.2 Senso comum e vida
civil.......................................................................
........................85
3.3 Sabedoria poética e origem da vida
civil.......................................................................
.94
3.4 A relevância dos grandes fragmentos da erudição humana e as origens da
história da
civilidade..................................................................
............................................................98

Capítulo IV: A barbárie da reflexão: risco contra a
civilidade...................................112
4.1 Origem da civilidade e barbárie
primitiva...................................................................
113
4.2 O sentido da barbárie
retornada...................................................................
................117
4.3 Os rumos da racionalidade e a
barbárie....................................................................
...125
4.4 Providência e barbárie na
história....................................................................
............137
Conclusão...................................................................
.......................................................149
Bibliografia................................................................
........................................................154






Fig. 1 – Sn44, .
VICO, Giambattista. Principi di Scienza Nuova d'intorno alla comune natura
delle mezioni [1744]
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