Capacidades estatais e aquisições de defesa: por uma nova forma de pensar o planejamento de longo prazo

May 21, 2017 | Autor: Anna Pott | Categoria: Defense acquisition, State Capacity, Public Policy
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Universidade Estadual do Rio de Janeiro WORKSHOP GIEID-ALACIP 2016 Estado, Política e Desenvolvimento: Para uma Agenda de Pesquisa AT – Planejamento e Capacidades Estatais

CAPACIDADES ESTATAIS E AQUISIÇÕES DE DEFESA: POR UMA NOVA FORMA DE PENSAR O PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO Anna Pott (UFRJ/EGN) e Charles Hora (EGN)

08 DE NOVEMBRO DE 2016 RIO DE JANEIRO

Sumário •

Objetivo



O Estado e as políticas públicas



Capacidades Estatais



Segurança e Defesa



Aquisições de defesa e planejamento de longo prazo



Considerações finais



Referências

Objetivo • Analisar o planejamento de longo prazo para

aquisições de defesa sob a ótica do conceito de capacidades estatais.

O Estado e as políticas públicas •

“Estado moderno como instituição política surgiu com o objetivo principal de prover a paz e a segurança das frágeis associações e comunidades” (STRAYER, s/d, p. 16).



“Pressupostos básicos: território, povo, leis e governo próprios e independência nas relações externas” (BRASIL, 2012, p. 13).



“Política pública como o campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, “colocar o governo em ação” e/ou analisar essa ação” (SOUZA, 2006, p. 26).



Interação entre os diferentes atores

Capacidades estatais •

Origem: estudos de sociologia política e economia política



Versatilidade, podendo ser associado ao crescimento e desempenho econômico, inovação, violência, dentre outros.



O Estado deve ter a capacidade de integrar-se à sociedade, provendo os serviços sociais básicos necessários (Mann, 1984; 2008).



Cingolani (2013, p. 27): (i) coercitivo / militar, (ii) fiscal, (iii) administrativo, (iv) transformador ou industrializador, (v) relacional, (vi) legal e (vii) político.

Segurança e Defesa •

Segurança na Língua Portuguesa



I. Segurança é a condição que permite ao País preservar sua soberania e integridade territorial, promover seus interesses nacionais, livre de pressões e ameaças, e garantir aos cidadãos o exercício de seus direitos e deveres constitucionais; e



II. Defesa Nacional é o conjunto de medidas e ações do Estado, com ênfase no campo militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente externas, potenciais ou manifestas (BRASIL, 2012, p. 15). Fonte: Ministério da Defesa

Segurança e Defesa ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA (END) •

O emprego das Forças Armadas em tempos de guerra e paz



reorganização da Base Industrial de Defesa (BID)



a composição do efetivo das forças armadas, levando em consideração o serviço militar obrigatório.

BASE INDUSTRIAL DE DEFESA •

“o conjunto das empresas estatais e privadas, bem como organizações civis e militares, que participem de uma ou mais das etapas de pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de produtos estratégicos de defesa” (BRASIL, 2005).

Aquisições de defesa e planejamento de longo prazo •

“o processo de suprimento das necessidades a partir do amplo leque de opções, que vão desde o desenvolvimento autóctone do produto até a compra de equipamentos prontos e acabados no mercado internacional” (LONGO; MOREIRA, 2013, p. 295).

1.

Department of Defense (DoD) Instruction 5000.02;

2.

ISO/IEC 15288 da International Organization for Standardization ;

3.

Systems Engineering Handbook do International Council on Systems Engineering (INCOSE);

4.

V-model. (MITRE, 2014, p. 270)

Aquisições de defesa e planejamento de longo prazo EUA •

Sistema integrado de decisão



Planejamento orçamentário



• •

BRASIL •

Sistema descentralizado: cada Força apresenta a sua demanda



Restrição orçamentária



Baixo envolvimento parlamentar



Não há agência específica de fomento



Formação de profisisonais civis para essas atividades

Participação do Congresso Nacional

Agências de fomento Profissionais especializados

Considerações finais •

Maior clareza do papel da academia em todas as partes do processo de aquisição de defesa



Maior envolvimento parlamentar nos assuntos de defesa



Maior integração dos diferentes atores como a academia, as empresas e o Estado.

Fonte: Ministério da Defesa

Referências •

BRASIL. Ministério da Defesa. Portaria Normativa no 899, de 19 de julho de 2005. Disponível em: . Acesso em: 30 out. 2016.



BRASIL. Ministério da Defesa. Política Nacional de Defesa. Estratégia Nacional de Defesa. Brasília, DF, 2012.



CINGOLANI, L. The state of state capacity: a review of concepts, evidence and measures. Maastricht: UNOMERIT, 2013. (Working Paper, n. 53).



LONGO, Waldimir Pirró e; MOREIRA, William de Sousa. Tecnologia e Inovação no setor de defesa: uma perspectiva sistêmica. Revista da Escola de Guerra Naval. Rio de Janeiro, v. 19, n. 2, p. 277-304, 2013.



MANN, M. The autonomous power of the state: its origins, mechanisms and results. European Journal of Sociology, v. 25, n. 2, p. 185-213, nov. 1984.



MANN, M. Infrastructural power revised. Studies in Comparative International Development, v. 43, n. 3, p. 355-365, Dec. 2008.



MITRE Corporation. Systems Engineering Guide: collected wisdom from MITRE’s systems engineering experts. Massachusets, 2014.



SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão de literatura. Sociologias. Porto Alegre. Ano 8, n.16, p. 20-45, 2006.



STRAYER, Joseph. As Origens Medievais do Estado Moderno. Lisboa, Gradiva, s/d.

CAPACIDADES ESTATAIS E AQUISIÇÕES DE DEFESA: POR UMA NOVA FORMA DE PENSAR O PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO

OBRIGADO!

Anna Pott: [email protected] Charles Hora: [email protected]

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