CAPACITORES E TRANSFORMADORES

June 4, 2017 | Autor: Jéferson Ferronato | Categoria: Engenharia
Share Embed


Descrição do Produto

CAPACITORES E TRANSFORMADORES Guilherme Lima Botelho, Jéferson Ferronato Universidade Federal do Pampa – Engenharia de Energias Renováveis e Ambiente – EERA UNIPAMPA, CEP 96400-000,Bagé (RS), Brasil e-mail: [email protected], [email protected]

Resumo - Nesse relatório serão caracterizadas as práticas envolvendo capacitores e transformadores, tal como seu funcionamento e função, e os resultados obtidos. Este que tinha como objetivo visualizar de forma prática o funcionamento dos dois componentes e comparar o valor obtido através do multímetro e o valor teórico, por meio de equações conhecidas. Palavras-Chave – Capacitor, Multímetro, Circuito.

diversos

Abstract – This report will be characterized practices involving capacitors and transformers, as its operation and function, and the results obtained. This was intended to visualizeted the practical operation of the two components and comparing the value obtained by the multimeter and the theoretical value, by known equations. Keywords - Capacitor, Transformer, Multimeter, Circuit.

transformador,

circuito

retificador, capacitor de filtragem e circuito regulador de tensão. Nesse caso serão estudos os capacitores e transformadores, demonstrando seu funcionamento e como são constituídos. II.

Transformador,

CAPACITORES AND TRANSFORMER

componentes:

ANÁLISE TEÓRICA Um capacitor apresenta uma característica

elétrica dominante que é simples, elementar. Apresenta uma proporcionalidade entre corrente entre seus terminais e a variação da diferença de potencial elétrico

nos

terminais.

Ou

seja,

possui

uma

característica elétrica dominante com a natureza de uma capacitância. [1] Um

capacitor

é

fundamentalmente

um

armazenador de energia sob a forma de um campo eletrostático.

Uma

das

características

mais

interessantes do capacitor, que possibilita inúmeras I.

INTRODUÇÃO Os componentes eletrônicos necessitam de um

aplicações tecnológicas, sobretudo em eletrônica, é o seu tempo de carga e descarga.

suprimento de energia elétrica para o seu correto funcionamento. Esse suprimento de energia pode ser proveniente de baterias ou pilhas, entretanto muitos equipamentos destinam-se a aplicações residenciais ou industriais cuja principal fonte de energia é a rede elétrica de corrente alternada. Por isso precisamos ter uma forma de converter a energia das redes elétricas em energia adequada à operação de um circuito eletrônico. Esta fonte de energia é composta por

A unidade de capacitância, coulomb por volt, é denominada Faraday (F) em homenagem a Michael Faraday, pioneiro no desenvolvimento deste conceito. Entretanto, a unidade é muito grande para a maioria dos valores práticos e os submúltiplos (µF, nF, pF) são bastante empregados. Para o capacitor ser eletrizado, uma armadura é ligada a um pólo positivo de gerador eletriza-se positivamente e a outra ligada ao pólo negativo,

eletriza-se

negativamente.

Estando

o

capacitor eletrizado, suas armaduras apresentam cargas

intervalo de tempo um valor de carga Q1 positiva placa

elétricas de mesmo valor absoluto e sinais opostos, +Q

que estiver ligada ao “polo positivo” da bateria e igual

e –Q.[2]

quantidade Q1 de carga negativa na placa ligada ao

Todo capacitor se compõe de duas partes condutoras (chamadas armaduras) separadas por um material isolante (ou material dielétrico). Supondo as

"polo negativo".[3] A carga em cada armadura é dada pelo produto: Q1 = C *V1

Equação (2)

armaduras como duas placas metálicas planas (Fig. 1), tendo entre elas uma folha de dielétrico, a capacitância Se a bateria tiver uma tensão V2, a carga em

(C) desse conjunto é dada por:

cada armadura será Q2, obtendo-se: 𝐶 = 𝜀𝑜 × 𝜀 ×

𝐴 𝑑

Equação (1)

Eq. 1 onde:

Q2 = C * V2

Equação (3)

C = capacitância A = área de cada armadura d = espessura do dielétrico 𝜀o = constante dielétrica do vácuo = 4𝜋 × 10−7

Assim,

a

capacitância

C

representa

a

“capacidade” de a estrutura armazenar cargas elétricas.

𝜀 = constante dielétrica relativa do material isolante

Figura 2: Capacitor eletrolítico de 1000 μF, com tensão nominal de 25 V.

O outro componente utilizado no experimento é o transformador, que é um dos equipamentos elétricos de enorme utilização, dado que permite ajustar tensões e correntes às necessidades existentes. Figura 1. Esquema básico de um capacitor de placas planas paralelas

De fato se pensarmos na nossa forma de abastecimento

de

energia

elétrica,

desde

logo

concluímos que, frente à enorme quantidade de Quando o capacitor assim constituído for

utilizadores, a potência necessária é também enorme.

ligado a uma fonte de corrente contínua com tensão V1

Também o fato de as fontes de produção terem que

(uma bateria, por exemplo), tem-se após um certo

estar concentradas, economias de escala, introduz,

salvo raras exceções, distâncias elevadas entre a

da presença de uma tensão Y na primária, então

produção da energia elétrica e o seu consumo.

aplicando uma tensão X na secundária obter-se-á uma

Por tanto, temos uma enorme potência elétrica a

tensão Y na primária. [1]

transportar a uma elevada distância, o que, à luz dos nossos conhecimentos, introduzirá elevadas perdas de

Isso pode ser visto de uma forma prática na figura 4.

Joule, energia dissipada em forma de calor, o que não é, nitidamente, o objetivo pretendido. As fontes de tensões utilizadas em sistemas eletrônicos em geral são menores que 50V enquanto a

Figura 4

tensão de entrada de energia elétrica costuma ser de 110V ou 220V. Logo, a primeira etapa de processamento da energia é o rebaixamento do nível de

A. Representação do Transformador

tensão. O componente utilizado para esta tarefa é o

Eletricamente, o transformador é representado

transformador que opera segundo os princípios do

simbolicamente como na figura 5(a) ou como na figura

eletromagnetismo. O transformador é constituído por

5(b), sendo os enrolamentos primário e secundário,

duas bobinas (chamadas de enrolamentos) unidas

sujeitos às tensões vP e vS, respectivamente. Era

magneticamente através de um núcleo, mostrada na

habitual representar também o núcleo de ferro (que

figura 3.

realiza o acoplamento magnético) com dois traços

A energia flui de uma bobina para outra através do fluxo magnético. A primeira bobina, onde se liga a

entre os dois enrolamentos, mas tal tem sido abandonado.

fonte de tensão, é chamada de primária (ou enrolamento primário) e a segunda bobina, onde se vai buscar a tensão diferente, é chamada de secundária (ou enrolamento secundário).

Fig. 5(a)

III. Figura 3.

Este tipo de máquina elétrica é reversível. Isto é, se se obtém um valor de tensão X na secundária à custa

Fig. 5(b)

MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais utilizados estão descritos na tabela 1. Quantidade

Material

Descrição

4

Diodo

Modelo 1N4007

Dispositivo responsável por fornecer energia elétrica aos componentes

Fonte de alimentação

1 1

T1

220 Ω

Resistência

1

Placa protoboard

Prancha que permite a conexão de componentes eletrônicos sem a necessidade de solda

1

Transformador

220V – 13V

1

Capacitor

100 µF

Osciloscópio

Instrumento, de medição, que permite visualizar graficamente sinais elétricos.

1

D1 V1 220Vrms 60Hz 0°

D3

1N4007

D4

1N4007

D2

1N4007

16.9:1

C1 R1 100µF 220Ω

1N4007

Figura 8. Circuito III

Os circuitos foram montados com o objetivo de verificar sua tensão de corrente alternada (Vca) e sua tensão de corrente continua (Vcc) com o auxilio de

2

Aparelho que mede diferentes grandezas concernentes a uma corrente elétrica, tais como intensidade, voltagem, resistência etc.

Multimetro

multimetros,

para

que

posteriormente

fossem

comparados os resultados obtidos na prática com os resultados teóricos, que foram auferidos com as seguintes equações:

Tabela 1. Materiais

Vm = √2 . 𝑉𝑐𝑎

Equação (4)

Em primeiro plano foi nos dado três circuitos a serem montados. Para montagem destes foram

Vcc=

𝑁𝑝 . (𝑉𝑚−𝑁.𝑉𝑑) 𝜋

Equação (5)

utilizados todos os materiais descritos na tabela 1. Nas figuras 6, 7 e 8 estão demonstrados os circuitos nos Onde:

qual foi solicitado para efetuar sua montagem.

Np = Número de pulsos D1 V1

T1

220Vrms 60Hz 0°

Vm= Equação (4)

1N4007

R1 220Ω

N= Número de diodos que conduzem por semiciclo Vd= Queda de tensão em cada diodo na condução (0,7

16.9:1

para Silicio e 0,3 para Germânio)

Figura 6. Circuito I

Para uma comparação com mais precisão foi D1 V1

D3

T1 220Vrms 60Hz 0°

1N4007 16.9:1

1N4007 D2 1N4007

Figura 7. Circuito II

feito o calculo das tensões no software Multisim 14.0, D4 1N4007

que um instrumento bastante utilizado por acadêmicos R1 220Ω

e profissionais da área elétrica.

IV.

RESULTADOS

Com o circuito I e o auxilio de um osciloscópio pode se ver o comportamento da onda, nesse caso um

A partir do circuto I contido na figura 6 e com o auxilio de dois multimetros foram obtidos os valores

circuito retificador de meia onda (RMO) conforme a figura 10, mostra claramente.

de Vca e Vcc, que foram respectivamente 13,68V e 5,67V. Com isso, foi utilizado o valor de Vca e as equações (4) e (5), para acharmos o valor teórico de Vcc, que nesse caso foi de 5,93V. Nesse caso o valor de Np é um e o número de diodos também corresponde a um. Na figura abaixo está o circuito montado no Multisim 14.0 e os resultados por ele obtidos como

Figura 10. Gráfico RMO

pode ser visto o valor de Vca e Vcc foram respectivamente, 13,08V e 5,51V.

No circuito II (figura7), o procedimento foi o mesmo que com o anterior, o que mudou no cálculo teórico foi o Np que nesse caso é dois e o N que nesse caso também é dois. Os valores obtidos através dos multimetros foram 13,61V para Vca e 10,65V para o Vcc. No procedimento teórico se obte o valor de 11,36V para o Vcc. E com o auxilio do software obtevesse para Vca e Vcc, 13,017V e 10,243V respctivamente, figura 11.

Figura 9. Circuito I com multimetros

Como pode se notar os valores teóricos, práticos e do software não deram o mesmo, tento uma diferença que vária de 0,53% a 4,0% em relação a média de Vcc e um diferença de 0,662V para Vca. Esse erro é admissível para todos os ciruitos e pode ter ocorrido por causa da rede elétrica que pode oscilar de 207V a 230V, o que nos proporciona essas diferenças.

Figura 11. Circuito II com multimetros

Nesse caso, com o auxilio do osciloscópio pode

4. Conclusão

ser notado que esse é um circuito retificador de onda completa (RCO), conforme mostra a figura 12.

Nesse experimento conseguimos verificar o funcionamento de cada componente e sua função e importância de uma maneira prática. Vimos que devido a algumas oscilações da tensão da rede elétrica e demais fatores os valores teóricos e práticos nem sempre são iguais. Ficou perceptivo a diferença dos gráficos nos circuitos retificadores de meia onda, de onda completa e do circuito com um capacitor, assim, esclarecendo de uma forma visual o funcionamento desses circuitos e nos permitindo um melhor entendimento dos mesmos.

Figura 12. Gráfico ROC

5. Referências Bibliográficas No circuito III, o método segue o mesmo que do circuito II, porém nesse caso há um capacitor no circuito, como pode ser visto na figura 8. Os valores obtidos através dos multimetros

[1] LALOND, D. E.; ROSS, J. A. Dispositivos e Circuitos Eletrônicos. Vol. 1 e 2. Editora Makron Books, 1999.

para Vca e Vcc foram respctivamente 13,4V e 14,92V.

[2] MEHL, Ewaldo L. M.; Engenheiro Eletricista e

O valor para Vcc através das equações foi 14,22V. E

Doutor

com o software se obteve Vca igual a 13,018V e Vcc

Eletrolíticos

igual a 15,237V.

considerações práticas.

em

Engenharia de

Alumínio:

Elétrica; Alguns

Capacitores cuidados

e

Com o uso do osciloscópio pode se ver o efeito

[3] BOYLESTAD, Robert L.; NASHELSKY, Louis.

de carga e descarga do capacitor que está na figura 13,

Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 8. ed. São

logo abaixo.

Paulo, SP. [4]http://www.estgv.ipv.pt/PaginasPessoais/eduardop/ MqE/transformadores.pdf acessado em 10 de Setembro de 2015 às 18:17.

Figura 13. Carga e descarga capacitor

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.