CAPELA DO MÁRTIR SANTO TIRSO - Uma marca de antiguidade, na paróquia de Penela da Beira

July 5, 2017 | Autor: Luciano Moreira | Categoria: História de Portugal, Arquelogia
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Luciano Augusto dos Santos Moreira

Luciano Augusto dos Santos Moreira

Iniciou a sua formação rumo ao sacerdócio nos seminários da Diocese de Lamego; Seminário Menor de Resende e Seminário Maior de Lamego. Licenciado em Teologia, pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica de Lisboa (2005) e em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2011). Está a ultimar a tese de mestrado, com o tema “A evolução da rede paroquial entre o Côa e o Távora”, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

CAPELA DO MÁRTIR SANTO TIRSO

Tem publicados dois estudos: “O Bispado de Lamego na I Republica e as implicações da Lei da Separação do Estado e das Igrejas” e “Santuário da Virgem Mártir Santa Eufémia em Penedono História e Culto – Reflexões sobre a origem do culto de Santa Eufémia em Portugal.”

Capa Capela Santo Tirso.indd 1

Na atualidade é pároco Penedono, Penela da Beira, Póvoa de Penela e Granja, assumindo também cargo de reitor do Santuário de Santa Eufémia em Penedono.

CAPELA DO MÁRTIR SANTO TIRSO Uma marca de antiguidade, na paróquia de Penela da Beira

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CAPELA DO MÁRTIR SANTO TIRSO Uma marca de antiguidade, na paróquia de Penela da Beira

CAPELA DO MÁRTIR SANTO TIRSO Uma marca de antiguidade, FICHA TÉCNICA Título: “Capela do Mártir Santo Tirso – uma marca de antiguidade, na paróquia de Penela da Beira” Autor: Luciano Augusto dos Santos Moreira Fotos: Retiradas da internet: págs.: 13, 14 e 16; Arquivo Nacional da Torre do Tombo: “Cópia do foral de São João da Pesqueira, Paredes da Beira, Penela da Beira, Linhares e Ansiães, outorgado por Fernando Magno pelos anos 1055 – 1065” - pág. 35; Maria José Neto: “Participantes da I Caminhada Arqueológica de Penela da Beira visitam Santo Tirso – 2013” - pág. 29, “Participação da imagem de Santo Tirso na procissão da festa em honra de Nossa Senhora da Piedade” - pág. 30; José Paulo Fonseca: “Alguns membros do grupo do O.T.L no Dólmen do Carvalhal – 2013” - pág. 68; Padre José António Magalhães: “Gentes de Penela da Beira em dia de Quinta-feira de Ascensão – 2000” - pág. 72, as restantes: Luciano Augusto dos Santos Moreira Ilustrações: Diana Andrade Palheiro: págs. 61 e 62: Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pranto, Capela de Nossa Senhora da Piedade, Capela de São Sebastião, Dólmen/capela de Nossa Senhora do Monte, Capela de Santo António e Capela de Santo Tirso Mapas: Retirados do site: www.arcgis.com e trabalhados digitalmente por Luciano Moreira Capa: Fachada da Capela de Santo Tirso da Paróquia de Penela da Beira Editor: Paróquia de Nossa Senhora do Pranto de Penela da Beira Design Gráfico: Hermínio Lopes Impressão e acabamento: Empresa do Diário do Minho, Lda. Depósito Legal n.º 396197/15 ISBN: 978-989-96934-1-8 1.ª Edição: 2015 - 500 exemplares Pedidos: Paróquia de Nossa Senhora do Pranto de Penela da Beira Largo Nossa Senhora do Pranto 3630-268 Penela da Beira Email: [email protected]

na paróquia de Penela da Beira Luciano Augusto dos Santos Moreira

Lenda de Santo Tirso

Alguns membros do grupo do O.T.L no Dólmen do Carvalhal – 2013

Gentes de Penela da Beira visitam o Dólmen da Lapinha e a Lagareta de Santo Tirso

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Capela de Santo Tirso, A mais antiga da povoação, Data dos tempos dos Mouros, Dos primórdios da Nação.

Então maldita criada. Essa água não aquece? Com tanto fogo debaixo, Não sei o que acontece.

Uma lenda muito antiga, Deste Santo, já falava, E vou tentar descrever, O que nela se contava.

Meteu a mão naquela água, que estava fria e gelada, Os Judeus que a espiavam Rompem em grande gargalhada.

Andava um dia um baile, Só de Mouros e Judeus, E cometeram um pecado, Fazendo um milagre, Deus!.

Com a mão no caldeirão, Remexeu a água fria, E viu a Cruz de Cristo dourada, Que no fundo da água jazia.

Na casa onde dançavam, Uma cristã trabalhava, E para aquelas infiéis, Todo o dia cozinhava.

A Cruz de Cristo tirou, E um milagre se deu, Aquela água tão fria, Com a grande energia ferveu.

Num enorme caldeirão. Água, a aquecer tentava, Muita lenha ali queimou, Mas a água fria estava

Com a força do ferver, Toda água saltou fora, O que aconteceu aos judeus, Eu vou-lhes contar agora:

O fogo partia as pedras, Que naquela lareira havia, Enquanto a água ao lume, Mais gelava e não fervia.

Foram presos desterrados, Cada um p’ra seu lugar, Mas passados muitos anos, Se voltaram a juntar.

Foram sete carros de lenha, que a criada ali queimou, Mas a água não fervia, E um Judeu lhe gritou.

Foram juntos num só dia, Numa escura prisão, Mas nenhum se conhecia, Nem mesmo o próprio irmão. 69

Um dia no desespero, Estando quasi a morrer, Rogou a Santo Tirso, Que lhe viesse valer.

A casa que foi cenário, desta simples narração, Existe bem conservada, No centro da povoação.

A que Santo Tirso pedes? Que te livre da prisão? Perguntou-lhe um dos presos, Que era seu próprio irmão.

A casa que foi cenário, desta simples narração, Existe bem conservada, No centro da povoação.

Santo Tirso de Penela Vedra, Só ele me pode valer, Que eu veja meus amigos, Antes de aqui morrer.

Tem sacadas e janelas, E tem largos beirais, Não tem ninhos de andorinhas, Nem lá criam os pardais.

Penela Vedra é minha terra, Terra, onde eu fui nascido, Há muito que a não vejo, Por um pecado cometido.

Durante a primavera, Cada beiral tem o seu ninho, Nesta casa que nunca viu, O de qualquer passarinho.

Outros, que os ouviram falar, Como amigos procederam, Chamaram-se pelos nomes, E assim se reconheceram.

Esta lenda é verdadeira, E não é invenção minha, E nessa casa ninguém viu, Qualquer ninho de andorinha.

Arrependeram-se do mal Que eles tinham praticado, E foram pedir perdão Para seu grande pecado.

Esta lenda, ou narrativa, Que eu acabo de contar, Foi ouvida a uma velhinha, Numa noite de luar

Ao pedirem o seu perdão Com tanto fervor imploraram, Que lhes deram fim ao desterro E a Penela Vedra regressaram.

É uma lenda muito antiga, Uma lenda como as demais, Que passam de boca em boca, São lendas tradicionais.

Não sei se será uma lenda, Ou se teria acontecido, Mas escutem-me também, O que a seguir vos digo.

Dou por finda esta história, Escrita tão toscamente, Passada na minha aldeia, Que eu amo loucamente. 98

98  Esta lenda foi escrita por Serafim de Jesus Pinto. Extraída do Boletim Municipal, nº16, Abril de 1988

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Penela de Beira - Santo Tirso o regresso às suas tradições

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enela da Beira, viveu no passado dia 1 de Junho. Quinta-feira da Ascensão, mais um pedaço da sua história, sim, porque a exemplo do que acontecia há cerca de 40 ou 50 anos atrás, em que era costume neste dia fazer a procissão a Santo Tirso, foi aqui celebrada missa e feitas as cerimónias da bênção dos campos. O lugar de Santo Tirso, é um pequeno povo onde num passado bem recente viviam dezenas de pessoas, estando bem presente na memória de Sª. Rita viverem ali 82 pessoas, estando ainda junto de nós algumas pessoas que ali nasceram. É um lugar carregado de história, onde segundo alguns teria sido aqui o berço da freguesia, mantendo-se aqui conservadas as casas, pequenas habitações, feitas segundo arquitectura e possibilidades da época, essencialmente de pedra e madeira, mas, onde outrora se vivia num clima de paz e fraternidade entre familiares e vizinhos, ou não se compreenderia o grande carinho que todas as pessoas que de alguma forma lhe estão ligados, nutrem por ele. Não fosse esta ligação a Santo Tirso e certamente, não nos teríamos deslocado ali neste dia, mas a forte dedicação, carinho e generosidade, levou a Srª. Rita (antiga residente), bem como outras pessoas a oferecerem o seu contributo para o restauro da capela, que ficou cheia de pessoas, sem contar com as que assistiram à cerimónia do lado de fora,

dado que dentro não cabia mais ninguém, e nem mesmo a forte trovoada que neste dia se bateu sobre Penela demoveu as pessoas de ali irem manifestar a sua fé, ou mesmo, porque não, recordar os tempos antigos, até porque estavam ali diversas pessoas que tinham nascido em alguma das pequeninas casas que se situam junto da capela. A missa teve início por volta das 17 horas, a seguir à qual deslocámo-nos para a eira (que outrora foi palco das mais variadas actividades agrícolas), onde foi feita a bênção dos campos e das culturas, sendo a oração dos presentes em especial pela descoberta da cura e irradicação da doença do cancro dos castanheiros, que tanto tem afligido esta população. No final das cerimónias, as pessoas foram colher as espigas e papoulas, que segundo a tradição, quem neste dia colhesse tal raminho não teria falta de pão durante todo ano. Santo Tirso, é um recanto da natureza, em que a raiz dos nossos antepassados, tranquilidade, paz e a beleza do seu património construído, apaixona qualquer visitante, não deixando ninguém indiferente a esta harmonia. Não podemos esquecer ainda, que em qualquer visita se poderá encontrar alguém que trabalhando os seus campos, com a sua simpatia e hospitalidade tão tradicionais das nossas gentes, será o melhor anfitrião e guia para local tão deslumbrante.

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Grupo de gentes de Penela da Beira, visita ao Castadal - 2015

Gentes de Penela da Beira em dia de Quinta-feira de Ascensão – 2000

Mas, Santo Tirso não é único em Penela da Beira, de salientar Britelo, pelo qual ainda grande parte da população sente um grande carinho, visto que foi ali o berço de muitos penelenses. Também aqui a sua beleza natural e patrimonial, sim, porque as suas casas, ruas, etc., são parte do nosso património, merecem a visita dos forasteiros, que, quem vem a esta aldeia (outrora com dezenas de habitantes e hoje apenas duas), de certeza que volta. Penela da Beira, outrora habitada nos mais variados recantos (todas as quintas tinham uma ou mais famílias a viver), tem visto a sua população a diminuir, devido á forte emigração de alguns anos atrás, mas pode oferecer muito a quem goste de co-

nhecer outros sítios, gentes, hábitos e costumes, é este um forte potencial turístico. Muito já foi descoberto e muito há para descobrir. 99 M. N.

99  Texto publicado no jornal Progresso de Penedono, Nº 17 de 30 de Junho de 2000.

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Gentes de Penela da Beira na capela de Santo Tirso em Quinta-feira da Ascensão – 2008

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Gentes de Penela da Beira na capela de Santo Tirso em Quinta-feira da Ascensão - 2013

Castanheiro antigo - Corvaceira

Casas antigas da quinta de Santo Tirso

Família visita a eira de Santo Tirso - 2009

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Sobreiro - Castadal

Fonte de mergulho de Santo Tirso

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Oração a Santo Tirso

Glorioso Mártir Santo Tirso, lutador por Cristo e exemplo de cristão, aqui venho à vossa capela, pedir a vossa intercessão, para que junto ao trono do Senhor Jesus, nosso Salvador, por quem destes a vida, num ato de amor pleno, intercedais por mim! Vós que vivestes a fé na ressurreição e entregastes a vossa vida, como testemunho da vossa fé, pedi a Jesus por mim, para que também eu, saiba ser no meio dos homens, testemunha do amor de Deus. Peço-te pois Santo Tirso, a vós que sois invocado como protetor e auxílio, para as doenças e males da cabeça, que rogueis por mim junto de Deus, pela minha saúde mental e psíquica! Que eu tenha sempre na minha cabeça o amor a Deus e aos irmãos, para que saiba como vós dar testemunho de fé Cristã! Livrai-me dos maus pensamentos, da tentação do pecado e de todos os males. Aqui vos peço Glorioso Mártir Santo Tirso, escutai a minha súplica! Santo Tirso, rogai por nós! Pai-Nosso Ave-Maria P. Luciano Moreira – No tempo Pascal do ano de 2015

Imagem de Santo Tirso que se venera na sua capela em Penela da Beira

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Índice

Agradecimentos ................................................................................................................. 5 Introdução .........................................................................................................................7 Um testemunho da vida por Santo Tirso!...................................................................................9 Mártir Santo Tirso – Um Testemunho de Fé............................................................................... 11 A vida de Tirso................................................................................................................... 11 Atributos iconográficos....................................................................................................... 14 Invocação......................................................................................................................... 14 O culto de Santo Tirso em Portugal......................................................................................... 15 Capela do Mártir Santo Tirso – uma marca de antiguidade, na paróquia de Penela da Beira ............... 19 Localização....................................................................................................................... 19 Descrição.......................................................................................................................... 22 Penela da Beira teve um castelo? - Penella vs Castelo................................................................ 31 Castadal / Casteidal - a diversidade da permanência humana .................................................... 37 Marcas da presença romana em Penela da Beira ...................................................................... 45 Sepulturas escavadas da rocha.............................................................................................. 49 Capela de Santo Tirso - uma marca de antiguidade, na paróquia de Penela da Beira ....................... 53 Penela nova e Penela velha ................................................................................................. 59 Vestígios da presença e ocupação humana, em Penela da Beira .................................................. 63 Lenda de Santo Tirso ......................................................................................................... 69 Penela de Beira - Santo Tirso, o regresso às suas tradições ........................................................ 71 Oração a Santo Tirso .......................................................................................................... 77 Bibliografia ..................................................................................................................... 79

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