CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA -IPA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Rochele Sartori REDUÇÃO DAS PERDAS DE ÁGUA EM REDES DE ABASTECIMENTO PÚBLICO ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE MÉTODO NÃO DESTRUTIVO (MND

May 30, 2017 | Autor: Rochele Sartori | Categoria: Pesquisa Para Tcc
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Descrição do Produto


Revisão Bibliográfica


Coleta de dados das obras do DMAE que foram visitadas


Análise dos resultados


Análise comparativa de três tecnologias do Mnd


Sugestão de melhorias


1ª etapa


2ª etapa


3ª etapa


Conclusões

























38











CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA - IPA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL





Rochele Sartori







REDUÇÃO DAS PERDAS DE ÁGUA EM REDES DE ABASTECIMENTO PÚBLICO ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE MÉTODO NÃO DESTRUTIVO (MND)















Porto Alegre
2016

ROCHELE SARTORI














REDUÇÃO DAS PERDAS DE ÁGUA EM REDES DE ABASTECIMENTO PÚBLICO ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE MÉTODO NÃO DESTRUTIVO (MND)



Trabalho de Conclusão de Curso I como requisito parcial da elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Metodista – IPA.
Orientador: Prof. Me. Michael Espinosa Herreira













Porto Alegre
2016

ROCHELE SARTORI



REDUÇÃO DAS PERDAS DE ÁGUA EM REDES DE ABASTECIMENTO PÚBLICO ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE MÉTODO NÃO DESTRUTIVO (MND)




Este Trabalho de Conclusão de Curso I foi julgado e aprovado, estando apto para continuidade no Trabalho de Conclusão de Curso II do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Metodista – IPA.

Porto Alegre, 13 de junho de 2016.




Prof. Dra. Juliana de Azevedo Bernardes
Coordenadora do Curso






Apresentada à banca examinadora integrada pelos professores (as):



Prof. Me. Michael Espinosa Herreira
Centro Universitário Metodista - IPA Centro Universitário Metodista - IPA
Orientador


_______________________________

Centro Universitário Metodista - IPA







LISTA DE ABREVIATURAS

ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária
ABRATT Associação Brasileira de Tecnologia não Destrutiva
DMAE Departamento Municipal de Água e Esgoto
ETA Estação de Tratamento de Água
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia Estatística
IN Índice Nacional
MND Método Não Destrutivo
pH potencial Hidrogeniônico
PLANASA Plano Nacional do Saneamento
SEPLAN Secretaria de Planejamento
SNIS Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento
SNSA Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental



LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Representação espacial do índice de perdas na distribuição (indicador IN049) dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2013, distribuído por faixas percentuais, segundo estado. 23
Figura 2 - Representação espacial do índice de perdas na distribuição (indicador IN049) dos prestadores de serviços participantes do SNISem 2013, distribuído por faixas percentuais, segundo município. 24
Figura 3 - Abertura de vala 25
Figura 4 - Revestimento por inserção de novo tubo 28
Figura 5 - Compressão por rolos 29
Figura 6 - Execução de Spray-lining 30
Figura 7 - Processo de inserção do CIPP 31



LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Valores de consumo médio per capita 15
Quadro 2 – Caracterização global dos sistemas de água 16
Quadro 3 – Balanço Hídrico 17
Quadro 4 – Índice de perda na distribuição por regiões 20
Quadro 5 – Índice de perda na distribuição por estados 21
Quadro 6 – Índice de perdas por ligação – estados (l/dia/lig.) 23
Quadro 7 – Indicadores de Perdas nos Estados e Regiões 24
Quadro 8 – Fluxograma das etapas do projeto de pesquisa 35
Quadro 9 - Cronograma de execução da pesquisa 39



SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 9
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA 9
1.2 QUESTÃO DE PESQUISA 10
1.3 OBJETIVOS 11
1.3.1 Objetivo Geral 11
1.3.2 Objetivos Específicos 11
1.4 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO 12
2.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA 12
2.1.1 Abastecimento de água no Brasil 12
2.1.2 Sistema de abastecimento de água 13
2.1.2.1 Distribuição 13
2.2 CONSUMO PER CAPITA 14
2.3 SNIS 15
2.4 BALANÇO HÍDRICO 16
2.5 PERDAS DE ÁGUA 16
2.5.1 Indicadores de Perdas 18
2.5.1.1 Indicador Percentual (IP) 20
2.5.1.2 Índice de Perdas por Ramal 21
2.5.1.3 Índice de Perdas por Extensão de Redes 21
2.5.1.4 Índice Infraestrutural de Perdas 21
2.5.1.5 Índice de perdas por ligação 21
2.5.1.6 Índice de perdas em litro por quilômetro de rede ao dia. 23
2.5.1.7 Visualização espacial do índice de perdas de água na distribuição 23
2.6 MÉTODOS DESTRUTIVOS 25
2.7 MÉTODOS NÃO DESTRUTIVOS 27
2.7.1 Pesquisas e investigações de campo 27
2.7.2 Revestimento por Inserção (Sliplining) 29
2.7.3 Revestimento por Inserção Apertada De Tubulação Deformada (Close-Fit Lining) 29
2.7.4 Revestimento Por Aspersão (Spray Lining) 30
2.7.5 Revestimento Por Inserção Com Cura In Loco (Cipp - Cured In Place Pipe) 31
3 METODOLOGIA 32
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 32
3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA 33
3.3 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 33
3.4 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 34
3.4.1 Pesquisa bibliográfica 34
3.4.2 Coleta de dados 34
3.5 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS 35
3.5.1 Análise comparativa das tecnologias do método não destrutivo 35
3.5.2 Análise dos resultados 35
3.6 CRONOGRAMA 36



1 INTRODUÇÃO

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Considera-se sistema de abastecimento de água um serviço público constituído de um conjunto de sistemas hidráulicos e instalações, responsável pelo suprimento de água para atendimento das necessidades da população de uma comunidade. O crescimento demográfico urbano é o que determina a necessidade de estabelecer uma infraestrutura que assegura o consumo, a distribuição e a salubridade da água potável. Quando a densidade demográfica de uma comunidade aumenta, a solução mais econômica é implantar um sistema público de abastecimento de água.
De acordo com o histórico do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) (2015), o abastecimento de água e do saneamento em Porto Alegre teve início no século XVIII e até hoje os porto-alegrenses têm o lago Guaíba como seu principal Manancial.
No final de 2014, a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades divulgou o "Diagnóstico dos Serviços de água e Esgotos", com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referente ao ano de 2013, que são fornecidos por "Prestadores de Serviços", conforme denominação nos SNIS.
Em 2013, o SNIS apurou informações sobre o abastecimento de água em 5.035 municípios, com população urbana de 165,7 milhões de habitantes, que representam 90,4% em relação ao total de municípios e de 97,6% em relação à população urbana do Brasil. Estes municípios possuem 571,4 mil quilômetros de redes de água, às quais estão conectados 49,6 milhões de ramais prediais.
De acordo com o SNIS, o consumo médio de água no país é de 166,3 litros por habitante ao dia, com variações regionais de 125,8 l/hab. dia no Nordeste a 194,0 l/hab. dia no Sudeste. Porém, para garantir tal consumo, ao distribuir água os sistemas sofrem perdas, que na média nacional alcançam 37,0%.
O destino da água distribuída, em geral, é para uso doméstico, gasto público, consumo industrial e comercial, perdas e desperdícios. Define-se como perda aquela água que não alcança os pontos de consumo por deficiências ou problemas do sistema, por exemplo, vazamentos na rede, rompimento de adutoras, entre outras. Caracteriza-se por ser de responsabilidade do sistema, encarecendo o preço médio da conta dos usuários (MEDEIROS FILHO, 2014).
A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (ABES) entende que, apesar das recentes mudanças ocorridas no setor e os esforços que resultaram em alguns bons resultados de combate às perdas, o Brasil se mantém em um nível abaixo do esperado em vista dos investimentos realizados e da competência técnica existente. Também tem conhecimento que há muito que avançar para a obtenção de índices de perdas que possam ser considerados razoáveis (TARDELLI FILHO, 2015).
Visando a redução da perda de água no abastecimento à população, as cidades, aos poucos, estão realizando reparos e reformas nas tubulações defeituosas, de estruturas subterrâneas e muitas empresas de instalação de redes têm uma tendência a aplicar Métodos Não Destrutivos (MND).
Segundo a Associação Brasileira de Tecnologia não Destrutiva (ABRATT) (2009), o Método Não Destrutivo (MND) é a ciência referente à instalação, reparação e reforma de tubos e cabos subterrâneos utilizando técnicas que minimizam ou eliminam a necessidade de escavações. Podem reduzir os danos ambientais e os custos sociais e, ao mesmo, tempo, representam uma alternativa econômica para os métodos de instalação, reforma e reparo com vala a céu aberto.
De acordo com a Associação Brasileira de Tecnologia não Destrutiva (ABRATT) (2009), a construção de infraestrutura por Métodos não Destrutivos (MND) é antiga no mundo e no Brasil. Um exemplo de construção por MND é o túnel rodoviário, pois evita a destruição de áreas de conservação e permite a transposição de obstáculos naturais. Com o advento de instalações e reabilitações de redes de água esses serviços encontraram um ambiente no subsolo, totalmente ocupado por instalações dos mais diversos serviços. A engenharia precisava de técnicas e tecnologias que permitissem "navegar" ou "instalar" novos serviços com qualidade e o MND veio atender essa demanda.

1.2 QUESTÃO DE PESQUISA

Considerando que o Método Não Destrutivo (MND) refere-se à instalação e reforma de tubulações subterrâneas utilizando técnicas que minimizam ou eliminam a necessidade de escavações. O presente trabalho apresenta a seguinte questão de pesquisa: qual a tecnologia do Método Não Destrutivo (MND), utilizada em Porto Alegre, proporciona o menor índice de perda na distribuição?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Avaliar a redução das perdas de água com a utilização do método não destrutivo (MND), em relação ao assentamento convencional de redes.

1.3.2 Objetivos Específicos

a) pesquisar, apresentar e descrever as principais características das tecnologias do método não destrutivo (MND) mais utilizadas em Porto Alegre;
b) analisar o percentual de perda de água de cada uma das tecnologias do método não destrutivo (MND) e do método convencional mais utilizados em Porto Alegre;
c) verificar como são executados os métodos não destrutivos em Porto Alegre;
d) propor cuidados durante a execução dos métodos.

1.4 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

Em tempos de escassez hídrica, a gestão de perdas de água tem papel fundamental nas ações estruturantes nos prestadores de serviços. Essas ações, na área de gerenciamento de perdas, consistem basicamente em: modernização institucional visando à melhoria na redução de perdas reais e o desenvolvimento gerencial.
Sistemas de abastecimento de água sempre apresentam perdas, entretanto os custos delas decorrentes devem ser minimizados e estar sujeitos a gerenciamento.
O SNIS explica que as perdas reais, também conhecidas como perdas físicas, referem-se a toda água disponibilizada para distribuição que não chega aos consumidores. Essas perdas acontecem por vazamentos em adutoras, redes, ramais, conexões, reservatórios e outras unidades operacionais do sistema.
Parte significativa das perdas reais em um sistema de abastecimento acontece na distribuição, principalmente, nos ramais. Por isso o SNIS, em relação às perdas reais, faz um estudo muito detalhado. Cem por cento das perdas reais acontecem no sistema distribuidor.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Quando a densidade demográfica aumenta em uma comunidade, uma das soluções econômicas é a implantação de um sistema público de abastecimento de água. A solução coletiva é a mais indicada, pois é mais eficiente no que diz respeito ao controle dos mananciais e da qualidade da água que é distribuída à população. Quantidade e qualidade são os mais importantes princípios para um fornecimento que atenda de forma satisfatória a todos da comunidade. Em quantidade, deve atender todas as necessidades de consumo e em qualidade adequada as finalidades que se destina (PEDRO JUNIOR, 2011).

2.1.1 Abastecimento de água no Brasil

Segundo Tsutiya (2006), elevados investimentos vêm sendo feitos para se ter um adequado sistema de abastecimento de água, visando levar água de boa qualidade ao maior número de usuários, principalmente nos países em desenvolvimento. Nas décadas de 1970 e 1980 o Brasil teve um grande progresso em relação à implantação de sistemas de abastecimento de água, com a implementação do Plano Nacional do Saneamento (PLANASA) o país pôde atender cerca de 90% da população urbana.
Tsutiya (2006) ainda ressalta que as maiores deficiências nos sistemas de abastecimento de água dos grandes centros se devem à deterioração dos sistemas mais antigos, com tubulações que apresentam rompimentos e vazamentos. Com isso, há necessidade de realizar a reabilitação de redes de transporte e distribuição de água, além da construção e ampliação de sistema para atender às novas áreas de crescimento.
Com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) (2014), a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades aponta que cerca de 154 milhões de habitantes estão sendo atendidos por redes de água, que representa um crescimento de 3,1% em relação a 2012, ou seja, mais 4,6 milhões de habitantes atendidos.
A SNSA/MCidades (2014) informa que o consumo médio de água no país é de 166,3 litros por habitante ao dia e os sistemas sofrem perdas na distribuição que alcança 37,0% na média nacional.

2.1.2 Sistema de abastecimento de água

Sistema de abastecimento de água é o serviço público formado por um conjunto de sistemas hidráulico e instalações responsável pelo suprimento de água para atender a população de uma comunidade (MEDEIROS FILHO, 2014).
Segundo dados do Censo IBGE (2014), das 3.599.604 residências do RS, 3.701.715 estão ligados à rede geral, isso corresponde a 85,33%, que supera a taxa de atendimento brasileira. Entre os 497 municípios do estado, 178 têm percentuais iguais ou superiores, podendo atingir até 99,35% de atendimento desse serviço, é o caso de Porto Alegre.

2.1.2.1 Distribuição

Define-se como a parte final do sistema, onde a água é entregue aos usuários. É um conjunto de tubulações e acessórios destinados a distribuir a água de forma contínua e em pontos próximos às necessidades dos consumidores. Classifica-se de acordo com o traçado das cidades, com a alimentação dos reservatórios a montante e jusante, com a água distribuída, com o número de zonas de pressão e com o número de condutos de uma mesma rua (MEDEIROS FILHO, 2014).
O autor mencionado acima ressalta a importância do conceito de vazões de distribuição, que é o consumo distribuído mais as perdas que acontecem nas tubulações distribuidoras.


2.2 CONSUMO PER CAPITA

Conforme o Ministério das cidades (2014) o consumo médio per capita de água (indicador IN022) é o volume de água consumido dividido pela média aritmética da população atendida com abastecimento de água. Ou seja, é a média diária que cada pessoa utiliza para satisfazer seu consumo, seja doméstico, comercial, público e industrial. Essa informação serve para projetar as demandas, dimensionar os sistemas de água e para o controle operacional.
O Quadro 1 mostra os valores médios per capita dos anos 2011, 2012 e 2013, segundo estado, região geográfica e Brasil.
























Quadro 1 – Valores de consumo médio per capita
Estado / Região
IN022 (l/hab.dia) Média últimos 3 anos
IN022 (l/hab.dia) Ano 2013
Variação Média / 2013
Acre
141,7
144,6
2,0%
Amazonas
157,9
159,3
0,9%
Amapá
193,6
194,9
0,7%
Pará
151,9
156,6
3,1%
Rondônia
181,3
189,3
1,4%
Roraima
144,8
142,1
-1,9%
Tocantins
136,8
133,0
-2,8%
Norte
154,3
155,8
1,0%
Alagoas
114,3
99,7
-12,8%
Bahia
115,7
110,6
-4,4%
Ceará
127,7
128,4
0,5%
Maranhão
202,8
230,8
13,8%
Paraíba
133,3
139,1
4,4%
Pernambuco
107,5
105,3
-2,0%
Piauí
129,2
134,9
4,4%
Rio Grande do Norte
120,9
114,8
-5,0%
Sergipe
123,2
123,4
0,2%
Nordeste
125,9
125,8
-0,1%
Espírito Santo
191,1
191,1
0,0%
Minas Gerais
158,0
159,4
0,9%
Rio de Janeiro
245,0
253,1
3,3%
São Paulo
189,1
188,0
-0,6%
Sudeste
192,8
194,0
0,6%
Paraná
144,3
143,8
-0,3%
Rio Grande do Sul
151,5
152,2
0,5%
Santa Catarina
153,3
157,1
2,5%
Sul
149,0
149,9
0,6%
Distrito Federal
188,6
189,9
0,7%
Goiás
144,1
146,1
1,4%
Mato Grosso do Sul
154,0
155,5
1,0%
Mato Grosso
159,2
165,1
3,7%
Centro-Oeste
158,2
160,7
1,6%
Brasil
165,5
166,3
0,5%
Fonte: Brasil - Ministério das Cidades (2014)

2.3 SNIS

O Ministério das Cidades através do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS), coleta dados junto aos prestadores de serviços e órgãos municipais, o programa é o sistema online que serve para a coleta de dados de água e esgotos e de resíduos sólidos dos municípios de todo o Brasil e é divulgado anualmente e denomina-se "Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos" (SNSA/MCidades, 2015).
Os dados apurados em 2013 sobre abastecimento de água foram de 5.035 municípios, com população urbana de 165,7 milhões de habitantes, o que representa 90,4% em relação ao total de municípios e de 97,6% em relação à população urbana do Brasil. Estes municípios possuem 571,4 mil quilômetros de redes de água e estão conectados 49,6 milhões de ramais prediais No Quadro 2 estão indicadas algumas informações que permitem identificar uma caracterização global dos sistemas de água no Brasil (SNIS, 2014).

Quadro 2 – Caracterização global dos sistemas de água
Informação
Unidade
Valor
População total atendida com abastecimento de água
hab.
159.964.320
Quantidade de ligações de água
unid.
49.635.400
Quant. de economias residenciais ativas
unid.
51.857.023
Extensão da rede de água
Km
571.433
Volume de água produzido
mil m³
16.117.584
Volume de água consumido
mil m³
10.144.946
Fonte: Brasil - Ministério das Cidades (2014)

2.4 BALANÇO HÍDRICO

Para Vicentini (2012), as perdas de água no sistema de abastecimento podem ser determinadas através do Balanço Hídrico. O cálculo do Balanço Hídrico é baseado em medições da água produzida, importada, exportada, consumida ou perdida.
Por existir variados formatos para o cálculo do Balanço Hídrico, foi necessário padronizar uma terminologia que fosse linguagem mundial entre as empresas de saneamento, o que resultou foi uma matriz onde são apresentadas as variáveis mais importantes para a composição do fluxo e uso da água. (VICENTINI, 2012).
Conforme apresentado no Quadro 3, o Balanço Hídrico de um sistema de abastecimento de água é uma forma estruturada de avaliar os componentes dos fluxos e usos da água no sistema e os seus valores absolutos ou relativos (TARDELLI FILHO, 2006).

Quadro 3 – Balanço Hídrico

Fonte: Programa de Modernização do Setor de Saneamento (2015)

2.5 PERDAS DE ÁGUA

Em tempos de escassez de água, a gestão de perdas de água tem papel de destaque nas instalações de redes de distribuição e os prestadores desse serviço devem tomar ações visando à modernização das instalações e o aumento da capacidade de desenvolvimento dos projetos para redução da perda de água (SNSA, 2014).
Medeiros Filho (2014) define perda a água que não chega ao consumidor por deficiências ou outros problemas do sistema como vazamento na rede e é de responsabilidade do sistema, mas quem acaba pagando a conta é o usuário.
O conceito de perdas vai mais adiante. No ponto de vista empresarial, se o produto for entregue e não for faturado, tem-se um volume de produto onde foram adicionados todos os custos de produção industrial e transporte, mas está sendo contabilizado como receita da companhia, ou seja, é prejuízo, é perda relacionada ao aspecto comercial do serviço prestado (TSUTIYA, 2006).
Em uma companhia de saneamento, Tsutiya (2006), identifica dois tipos de perdas:
- Perda física (perda real), corresponde ao volume de água produzido que não chega ao consumidor final devido a vazamentos nas adutoras, redes de distribuição e extravasamentos em reservatórios setoriais;
- Perda não física (água não faturada), corresponde ao volume de água consumido, mas não contabilizado pela companhia de saneamento, ou por erros de medição, fraudes, ligações clandestinas e falhas no cadastro.
O autor ainda ressalta que, no que diz respeito às Perdas Reais, um ponto relevante é relacionado à conservação de recursos naturais, pois quanto menos volume se perde no sistema, menor é a necessidade de ampliar a captação de água.
Para o Programa de Modernização do Setor de Saneamento (PMSS) (2015), perda de água ou perda total é a parcela correspondente ao conjunto das perdas físicas e das perdas comerciais que compõe o balanço hídrico. Além disso, também explica que perda comercial ou perda aparente é parcela correspondente ao conjunto dos consumos não autorizados por ele, ou seja, é o volume de água consumida pelo usuário final e não faturada, por uso não autorizado ou imprecisão dos equipamentos de macro e micromedição.
Perda Física ou Perda Real é a parcela correspondente ao volume produzido, subtraído do sistema de distribuição que não é consumido pelo usuário final, é o volume de água proveniente de vazamentos nas tubulações de água bruta e nos processos de tratamento, vazamentos nas adutoras e redes de distribuição, vazamentos e extravazamentos nos reservatórios de adução e distribuição e vazamentos nos ramais a montante do cavalete padrão. Estes vazamentos são divididos em aparentes, não aparentes e inerentes (PMSS, 2015).
Outra teoria do PMSS (2015) é sobre o Consumo Autorizado, ou seja, parcela correspondente aos volumes faturados e não faturados utilizado por usuários consumidores cadastrados no sistema de controle de água e autorizados pelo DMAE.
Outro tipo de consumo que o PMSS (2015) apresenta é o Consumo Autorizado Não Faturado, é a parcela correspondente aos volumes medidos e não medidos utilizados para usos próprios de procedimentos operacionais necessários a manutenção dos sistemas e volume autorizado para consumo social e o Consumo Autorizado Faturado é parcela correspondente aos volumes medidos e não medidos de usuários consumidores cadastrados no sistema de controle de água.
Uso Não Autorizado é a parcela correspondente aos volumes utilizados por furtos de água de ligações não autorizadas, de ramais prediais, fraudes em ramais ativos, cortados e desligados, roubos em hidrantes e todo e qualquer tipo de fraude/roubo (PMSS, 2015).
De acordo com dados levantados pela Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva (ABRATT) (2009) mais de 40% das perdas resultam de vazamentos na rede de distribuição. Os vazamentos estão associados à qualidade dos materiais, à idade das tubulações e à falta de monitoramento de perdas.
A SNIS (2014) faz uma comparação do volume da água disponibilizada para distribuição e o volume consumido, ou seja, compara o volume obtido no sistema distribuidor, mais o volume importado, com o volume obtido nas leituras dos hidrômetros. A conclusão que se tem é que 100% das perdas de água acontecem nas redes de distribuição.

2.5.1 Indicadores de Perdas

De acordo com Tsutiya (2006), os indicadores permitem retratar a situação das perdas, gerenciar o aumento dos volumes perdidos, redirecionar ações de controle e comparar diferentes sistemas de abastecimento de água. Entre os principais indicadores estão o Indicador Percentual, Índice de Perda por Ramal, Índice de Perda por Extensão de Rede e Índice Infraestrutural de Perdas.
O SNIS (2014) adota duas fórmulas de cálculo para o índice de perdas de água. Uma resulta no índice de perdas de faturamento (IN013), corresponde à comparação entre o volume de água disponibilizado para distribuição e o volume faturado. A outra, que é o resultado do índice de perdas na distribuição (IN049), faz a comparação entre o volume de água disponibilizado para distribuição e o volume consumido. Para o IN049, o SNIS calcula o indicador segundo três escalas diferentes: em percentual, em litros por ligação ao dia e em litros por quilômetro de rede ao dia.
Os dados apresentados nas análises do SNIS, que possuem índices de perdas muitas vezes elevados, demonstram a necessidade de os prestadores de serviços atuarem em ações para a melhoria da gestão, a modernização de sistemas e a qualificação dos trabalhadores. Estas estão relacionadas à eficiência da administração e dentre elas enquadra-se o gerenciamento das perdas de água. O estabelecimento de ações contínuas de redução e controle de perdas assegura benefícios em curto, médio e longo prazo, com eficiência e eficácia. Por isso, existem as informações do SNIS, que propiciem diagnosticar as perdas no país e orientar a definição de ações de combate às mesmas.
O Quadro 4 demonstra valores médios do índice de perdas na distribuição (indicador IN049), tipo de prestador de serviços, região geográfica e média do Brasil para os que participaram do SNIS em 2013 (SNIS, 2014).

Quadro 4 – Índice de perda na distribuição por regiões
Região
Tipo de prestador de serviços
Total

Regional
Micro-regional
Local Direito Público
Local Direito Privado
Local Empresa privada


(%)
(%)
(%)
(%)
(%)

Norte
54,3
-
44,7
-
48,1
50,8
Nordeste
46,1
-
38,7
5,8
-
45,0
Sudeste
32,3
39,7
36,6
30,3
32,5
33,4
Sul
35,9
28,1
31,0
46,8
51,9
35,1
Centro_Oeste
29,4
42,6
32,1
-
49,1
33,4
Brasil
37,0
38,7
36,1
31,2
42,7
37,0
Fonte: SNIS (2014).

Quanto à análise feita por estado, é possível verificar que há uma grande variação, desde 27,3% no Distrito Federal até 76,5% no Amapá, conforme mostra o Quadro 5.









Quadro 5 – Índice de perda na distribuição por estados
Estado / Região
IN049 (%)
Acre
55,9
Amazonas
47,0
Amapá
76,5
Pará
48,9
Rondônia
52,8
Roraima
59,7
Tocantins
34,3
Norte
50,8
Alagoas
46,1
Bahia
41,6
Ceará
36,5
Maranhão
37,8
Paraíba
36,2
Pernambuco
53,7
Piauí
51,8
Rio Grande do Norte
55,3
Sergipe
59,3
Nordeste
45,0
Espírito Santo
34,4
Minas Gerais
33,5
Rio de Janeiro
30,8
São Paulo
34,3
Sudeste
33,4
Paraná
33,4
Rio Grande do Sul
37,2
Santa Catarina
33,7
Sul
35,1
Distrito Federal
27,3
Goiás
28,8
Mato Grosso do Sul
32,9
Mato Grosso
47,2
Centro-Oeste
33,4
Brasil
37,0
Fonte: Brasil - Ministério das Cidades (2014).

2.5.1.1 Indicador Percentual (IP)

Mais utilizado e mais fácil de entender, pois relaciona o volume total perdido (Perdas Reais + Aparentes) com o volume total produzido ou disponibilizado ao sistema, em bases anuais. A desvantagem é que dois sistemas de abastecimento diferentes, mesmo apresentando o mesmo volume perdido, podem gerar Índices de Perdas diferentes em função de consumos "per capita" mais elevados em um sistema em relação ao outro, a existência de intermitência de água, entre outros. Isso demonstra que tal indicador não é auditável (TSUTIYA, 2006).

2.5.1.2 Índice de Perdas por Ramal

Tsutiya (2006) explica que o indicador relaciona o Volume Perdido Total Anual com o número médio de ramais que existem na rede de distribuição de água. Este indicador foca as perdas nos ramais, ficando muito dependente da densidade de ramais existentes e é recomendado nos casos em que a densidade de ramais for superior a 20 ramais/Km.

2.5.1.3 Índice de Perdas por Extensão de Redes

O autor apresenta este indicador como a relação entre o Volume Perdido Total Anual e o comprimento da rede de distribuição de água e o mesmo distribui as perdas ao longo da extensão da rede e o que diferencia é quando há uma ocupação urbana elevada. O recomendável é utilizá-lo em áreas com densidade de ramais inferior a 20 ramais/Km.

2.5.1.4 Índice Infraestrutural de Perdas

É a proposta mais atual de avaliar a situação das perdas, permitindo comparar entre os diferentes sistemas. É obtido na relação entre o nível atual de perdas e o nível mínimo de perdas esperado. Quanto mais distante do valor unitário, pior é a condição das perdas do sistema (TSUTIYA, 2006).

2.5.1.5 Índice de perdas por ligação

São as perdas em litros por dia e por ligação, o qual se utiliza como complemento ao índice de perdas na distribuição. A média de perdas por ligação no Brasil para 2013 foi de 366,86 litros/dia/ligação, ou seja, acima do índice desejado de 250 litros/dia/ligação (SNIS, 2014).
O Quadro 6 apresenta o gráfico de índice de perdas por ligação, por estados (l/dia/lig.).
Quadro 6 – Índice de perdas por ligação – estados (l/dia/lig.)

Fonte: SNIS 2013. Elaboração GO Associados.

As perdas por ligação acompanham o momento que o país está vivendo, quando comparadas às perdas na distribuição. Mais da metade dos estados do país perdem entre 300 a 800 l/dia/lig. com uma exceção ao Amapá, que ultrapassa os 2500 l/dia/lig.
O Índice de perdas por ligação avalia o volume de água perdida em termos unitários, ou seja, por ligação ativa (l/dia/ligação) e é calculado da seguinte forma:

O Quadro 7 apresenta os valores do cálculo dos indicadores de perdas nos estados e Regiões, de acordo com o diagnóstico do SNIS (2014). O índice do estado do Rio Grande do Sul é de 364,76 l/dia/lig.






Quadro 7 – Indicadores de Perdas nos Estados e Regiões
Estados
Região
População Total
Índice de perdas de faturamento total (%)
Índice de perdas na distribuição (%)
Índice de perdas por ligação (l/dia/lig.)
Goiás
Centro-Oeste
6.324.903
34,14%
28,78%
181,73
Distrito Federal
Centro-Oeste
2.789.761
26,98%
27,27%
314,16
Mato Grosso
Centro-Oeste
2.654.363
48,05%
47,17%
523,35
Mato Grosso do Sul
Centro-Oeste
2.535.194
30,67%
32,92%
236,01
Região Centro-Oeste
14.304.221
35,22%
33,40%
271,61
Bahia
Nordeste
14.542.093
35,59%
41,58%
309,64
Pernambuco
Nordeste
9.088.993
48,27%
53,69%
441,95
Ceará
Nordeste
8.509.587
26,73%
36,52%
243,63
Maranhão
Nordeste
5.943.674
64,52%
37,84%
568,63
Paraíba
Nordeste
3.811.668
41,51%
36,18%
283,66
Rio Grande do Norte
Nordeste
3.298.831
46,59%
55,26%
542,25
Alagoas
Nordeste
3.089.057
63,36%
46,12%
574,61
Piauí
Nordeste
2.953.381
48,55%
51,82%
452,42
Sergipe
Nordeste
2.195.662
51,30%
59,27%
609,66
Região Nordeste
53.432.946
45,03%
45,03%
389,74
Pará
Norte
6.528.576
58,17%
48,91%
657,65
Amazonas
Norte
2.813.030
72,62%
46,99%
697,66
Rondônia
Norte
1.653.224
50,63%
52,75%
694,17
Tocantins
Norte
1.404.240
26,91%
34,34%
198,72
Acre
Norte
776.463
57,01%
55,90%
824,68
Amapá
Norte
734.996
76,54%
46,54%
2.756,19
Roraima
Norte
488.072
64,63%
59,74%
848,61
Região Norte
14.398.601
60,59%
50,78%
653,18
São Paulo
Sudeste
43.121.223
32,10%
34,34%
368,95
Minas Gerais
Sudeste
20.195.874
31,16%
33,46%
254,87
Rio de Janeiro
Sudeste
16.274.685
50,62%
30,82%
583,78
Espírito Santo
Sudeste
3.741.308
23,59%
34,39%
379,68
Região Sudeste
83.333.090
36,09%
33,35%
370,09
Rio Grande do Sul
Sul
10.929.084
48,85%
37,23%
364,76
Paraná
Sul
10.928.805
22,48%
33,35%
234,85
Santa Catarina
Sul
6.560.930
26,75%
33,71%
308,5
Região Sul
28.418.819
36,48%
35,06%
298,08
Brasil
 
193.887.677
39,07%
36,95
366,86
Fonte: SNIS 2013. Elaboração GO Associados.

2.5.1.6 Índice de perdas em litro por quilômetro de rede ao dia.
De acordo com o SNIS (2014) a perda em L/km x dia geralmente é aplicada onde existem poucas ligações por quilômetros de rede, ou seja, menos que 20 ligações/km, porém não foi um objeto de estudo para o diagnóstico de 2013.



2.5.1.7 Visualização espacial do índice de perdas de água na distribuição

O diagnóstico do SNIS apresenta no mapa da Figura 1 a visualização espacial do índice de perdas na distribuição por prestadores de serviços participantes do SNIS em 2013, com valores médios distribuídos por faixas percentuais, segundo os estados brasileiros.
Pode-se observar que nenhum estado conseguiu situar-se na melhor faixa, índice de perda na distribuição menor que 20%, sendo que o Distrito Federal e Goiás enquadraram-se na melhor situação, porém na segunda melhor faixa, entre 20 e 30%. Na faixa entre 30 e 40%, situaram-se 12 estados: Tocantins (região Norte), Paraíba, Ceará e Maranhão (região Nordeste), Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (região Sudeste), Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (região Sul) e Mato Grosso do Sul (região Centro-Oeste), na ordem das regiões geográficas brasileiras. Na ltima faixa, maior que 40%, restaram 13 estados: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima (região Norte), Alagoas, Bahia, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (região Nordeste) e Mato Grosso (região Centro-Oeste), também na ordem das regiões geográficas brasileiras. Como se observa, na pior faixa encontra-se majoritariamente estados do Norte e Nordeste, mais um estado no Centro-Oeste.






















Figura 1 - Representação espacial do índice de perdas na distribuição (indicador IN049) dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2013, distribuído por faixas percentuais, segundo estado.

Fonte: SNIS 2013. Elaboração GO Associados.
Já o mapa da Figura 2 apresenta a visualização espacial do índice de perdas na distribuição para todo o conjunto de prestadores de serviços participantes do SNIS em 2013, com valores distribuídos por faixas percentuais, segundo os municípios brasileiros.












Figura 2 - Representação espacial do índice de perdas na distribuição (indicador IN049) dos prestadores de serviços participantes do SNISem 2013, distribuído por faixas percentuais, segundo município.

Fonte: SNIS 2013. Elaboração GO Associados.

2.6 MÉTODOS DESTRUTIVOS

Antigamente, para reparo e substituição de redes de distribuição, eram utilizados os métodos destrutivos, sem se preocupar com praticidade, economia ou solução que causasse impacto no entorno da obra (SUZUKI, 2010).
Suzuki (2010) relata que a execução de redes pelo método destrutivo é realizada com escavação de vala, que tem como consequência o isolamento de uma área ao longo de um trecho que será substituído, além do arrebentamento do pavimento, desvio dos automóveis e pedestres, entulhos, desperdício de tempo e excesso de mão de obra, em relação ao método não destrutivo.
De acordo com Nuvolari (2003) é utilizado para assentamento de tubulação por meio de abertura de valas abertas desde a superfície até o ponto onde os tubos serão instalados, mecanicamente utilizando retroescavadeiras, escavadeiras hidráulicas ou manualmente, utilizando enxadão, enxada, pá e picareta, conforme Figura 3. Apesar dos transtornos causados pelo trânsito de veículos e pedestres, ainda é o método mais utilizado.
Suzuki (2010) explica, que para utilizar o método destrutivo, devem-se tomar alguns cuidados no que diz respeito ao local onde será instalada a nova rede, principalmente com as interferências que se pode encontrar, como rede de luz, telefone, gás, galerias de água pluviais, entre outros.
Outro cuidado que deve ser tomado é em relação à topografia, com foco no nivelamento topográfico em relação ao eixo da rede (SUZUKI, 2010).

Figura 3 - Abertura de vala

Fonte: ABRAAT (2007)


2.7 MÉTODOS NÃO DESTRUTIVOS

A Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva (ABRATT) (2009) define o Método Não Destrutivo (MND) como a ciência referente à instalação, reparação e reforma de tubos, dutos e cabos subterrâneos que utilizam técnicas que diminuem ou eliminam a necessidade de escavações.
Também de acordo com a Associação, o MND pode reduzir danos ambientais e custos sociais, além de uma alternativa econômica para a instalação, reforma e reparo a céu aberto.
Para o sucesso da utilização desses métodos, deve-se ter levantamentos precisos e investigações de campo, pois minimizam o risco de imprevistos na execução dos serviços (ABRATT, 2009).
A ABRATT (2009) divide os Métodos Não Destrutivos (MNDs) em três categorias: reparo e reforma; substituição in loco; e instalação de novas redes:
a) reparo e reforma - compreende os métodos de restauração da integridade de tubulações com defeitos e de estruturas subterrâneas, bem como a extensão de sua vida útil. Os métodos utilizados para essa categoria são por inserção de novo tubo (sliplining); por inserção apertada de tubulação deformada (close-fit lining); por aspersão (spray lining); por inserção com cura in loco (cured-in-place lining); reparos e vedações localizados; e recuperação de tubos de grande diâmetro e de Poços de Acesso;
b) substituição in loco - substituição de uma rede por outra de diâmetro igual ou maior por meio de arrebentamento ou destruição da rede existente e instalação da tubulação final ao mesmo tempo;
c) instalação de redes novas - compreendem perfuração por percussão & cravação; perfuração direcional & guiada; e cravação de túneis e micro túneis.

2.7.1 Pesquisas e investigações de campo

Consta no manual da ABRATT (2009) que pesquisas e investigações de campo cuidadosas são essenciais para atividades subterrâneas, onde há um grande risco de encontrar imprevistos. Porém, com as diversas técnicas disponíveis atualmente a possibilidade de encontrar maiores surpresas durante a instalação diminui significativamente durante a instalação, recuperação ou reparo de redes por Método Não Destrutivo (MND). O conhecimento do que existe sob o solo influencia na escolha do sistema que será utilizado.
Para recuperações e reparos, são necessárias algumas informações como diâmetro, forma, percurso e condições da rede existente, além de dados sobre acessórios da rede, ligações e poços de visita. Uma das ferramentas de pesquisa utilizadas há algum tempo é o Circuito Fechado de Televisão (CFTV). Outras técnicas de inspeção, tais como sonar e radar podem complementar ou substituir as informações obtidas pelos sistemas convencionais de CFTV. O sonar é usado para pesquisas sob água (por exemplo, em tubulações em carga acima de meia secção), pois identifica os defeitos e produz dados quantitativos sobre as dimensões da tubulação e os níveis de assoreamento. Existe a possibilidade de uso de radar no interior da rede, particularmente se houver suspeita de vazios externos, pois possibilita a inspeção fora das paredes do tubo.
Para novas instalações, as informações necessárias são os dados sobre as condições do solo e do lençol freático, e a localização de redes de distribuição e coleta.
A substituição por arrebentamento in loco requer informações sobre o material e as dimensões da rede existente, a natureza do solo no entorno e a posição da rede em relação às tubulações e cabos adjacentes (ABRATT, 2009).
Também consta no manual da ABRATT (2009) que, para novas instalações, as informações sobre as condições do solo podem ser obtidas por sondagens convencionais e uma das ferramentas mais importantes de pesquisa é o localizador de tubos e cabos, pois detecta a presença de tubos metálicos, cabos elétricos energizados e cabos de telecomunicações. A maioria dos localizadores utiliza um transmissor para induzir um sinal em tubos de material condutor, que pode ser seguido na superfície através de um receptor.
Os sistemas de Radar de Penetração no Solo (GPR) podem detectar tubulações não metálicas, cabos, zonas de vazamento e descontinuidades subterrâneas tais como camadas de construção de rodovias ou estratos de rocha.

2.7.2 Revestimento por Inserção (Sliplining)

De acordo com a ABRATT (2009), essa pode ser a técnica mais simples de substituição de redes cujas dimensões não permitem a entrada de pessoas, a inserção consiste em puxar ou empurrar uma nova tubulação para dentro da existente, conforme Figura 4. O revestimento por inserção com tubo de menor diâmetro é uma técnica conceitualmente simples, que pode ser aplicada a redes pressurizadas e por gravidade. Pode-se obter uma rede tão boa quanto uma nova, mas a redução de diâmetro pode ser significativa.
Devido a algumas limitações na curvatura da tubulação, esse método de instalação requer longas valas de acesso de partida, principalmente em redes profundas ou de grande diâmetro. A fusão na vala permite executar escavações menores.
Figura 4 - Revestimento por inserção de novo tubo

Fonte: ABRAAT (2007)


2.7.3 Revestimento por Inserção Apertada De Tubulação Deformada (Close-Fit Lining)

Corresponde ao uso de revestimentos por inserção de tubulação deformada antes da inserção, com recomposição de sua forma original após a colocação, de modo a ficarem justos dentro da tubulação existente. Essas técnicas tanto podem ser usadas em redes por gravidade como em redes pressurizadas, mas devido às limitações da redução dimensional que pode se obter, essa técnica é mais adequada para redes pressurizadas.
O revestimento curado in loco também pode ser considerado como de inserção apertada e são usadas duas alternativas principais, cujo objetivo é produzir um revestimento ajustado que maximize o diâmetro final e evitar a necessidade de injeção no espaço anular. Uma das alternativas procura reduzir temporariamente o diâmetro do tubo de revestimento através da compressão por rolo, de acordo com a Figura 5. Algumas vezes referida como "reduzida", podendo ser introduzido na rede existente e pressurizado posteriormente para recuperar suas dimensões normais (ABRATT, 2009).

Figura 5 - Compressão por rolos

Fonte: ABRAAT (2007)

2.7.4 Revestimento Por Aspersão (Spray Lining)

Normalmente, o principal objetivo da recuperação de redes de distribuição de água é a remoção de depósitos e corrosão, com a aplicação de um revestimento que evite a deterioração futura e vede pequenos vazamentos. Os materiais de uso mais comum para esse fim são argamassa de cimento ou resina epóxi, aplicadas por uma máquina robô de aspersão puxada através da rede a uma velocidade constante predeterminada, conforme Figura 6.
O desenvolvimento dos métodos de revestimento por aspersão foi feito para redes de esgoto de pequeno diâmetro (sem acesso para pessoas) e evitar o problema de religação de ramais, inerente às outras técnicas. O uso, mas comum dessa técnica no mundo é a aplicação do revestimento por aspersão em redes de distribuição de água potável.








Figura 6 - Execução de Spray-lining

Fonte: ABRAAT (2007)

2.7.5 Revestimento Por Inserção Com Cura In Loco (Cipp - Cured In Place Pipe)

É uma ótima alternativa para a inserção de tubos com diferentes variações, o sistema também é conhecido como "revestimento in situ", "revestimento macio" ou "tubo curado in loco (CIPP)".
Embora existam no mercado diversos sistemas concorrentes, a característica comum a todos é a utilização de um tubo de tecido impregnado com resina epóxi ou de poliéster. O tubo é introduzido na rede existente, inflado contra a parede dessa rede e curado na temperatura ambiente, exceto nos tubos de menor diâmetro, com recirculação de vapor ou água quente. Algumas variantes utilizam luz ultravioleta para cura da resina.
Os sistemas CIPP criam um ajuste apertado de "um tubo dentro de outro", que possui resistência estrutural calculável e pode ser projetado para atender a várias condições de carga. Além de minimizar a redução de diâmetro, uma vantagem inerente aos revestimentos por inserção com cura in loco (CIPP) é sua capacidade de se conformar a praticamente qualquer forma da tubulação, o que torna seu uso possível para recuperação de redes não circulares, conforme mostra a Figura 7.
A principal desvantagem desses sistemas é a necessidade de retirar de serviço a rede existente durante a instalação e cura. Em redes por gravidade, onde as vazões são muito baixas, poderá ser possível fechar a entrada de alguns ramais e confiar na armazenagem dentro do próprio sistema. Nos demais casos será necessário, geralmente, bombeamento adicional ou desvio de fluxo.
Exceto nas de pequeno diâmetro, as redes pressurizadas falham com menor frequência devido a cargas externas. Os esforços mais importantes sobre o tubo são causados geralmente pela pressão interna, que gera tensões no tubo ou no revestimento, e os defeitos mais comuns são vazamentos nas juntas e corrosão (ABRATT, 2009).

Figura 7 - Processo de inserção do CIPP

Fonte: ABRAAT (2007)

3 METODOLOGIA

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Visando alcançar os objetivos do presente trabalho, a pesquisa a ser realizada será do tipo explicativa e para a coleta de dados será de natureza qualitativa.
As pesquisas do tipo explicativa visam testar hipóteses. Têm como preocupação central identificar os fatores que contribuem para a ocorrência dos fenômenos (GIL, 2008).
A coleta de dados será realizada através de análises das tecnologias e visitas técnicas, inclui os tipos de tecnologias e diâmetros utilizados para a execução do método não destrutivo (MND).
3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Essa pesquisa está delineada com base nas atividades fixadas no Quadro 8.

Quadro 8 – Fluxograma das etapas do projeto de pesquisa























Fonte: Elaborado pela autora (2016).

Conforme observado na Figura 1, esse trabalho está segmentado em 3 fases distintas, onde a 1ª fase envolve uma revisão bibliográfica, para profundo aprendizado dos temas, seguido de uma fase de pesquisa onde serão feitas análises das tecnologias que são objeto desse trabalho. De posse desses dados será realizada a fase 3, que consiste em análise dos resultados obtidos, sugestões de melhorias de execução e elaboração da conclusão da pesquisa.

3.3 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

As delimitações desse trabalho são:
comparação de uma tecnologia do Método Não Destrutivo (MND) com uma tecnologia do método convencional de instalações de redes de distribuição de água utilizadas na cidade de Porto Alegre;
análise da contribuição de perda de água em rede de distribuição de até 2 km de extensão;
visita à execução de uma obra do método convencional de instalação de redes de distribuição de água, na Rua Aliança, zona Norte da cidade de Porto Alegre, executado e vistoriado pelo DMAE;;
visita à execução de uma obra do método não destrutivo para instalação de rede de distribuição de água, na Vila Santa Maria Goreth, na cidade de Porto Alegre, executado e vistoriado pelo DMAE;
análise de tubulação com diâmetro até 630 mm.

3.4 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

3.4.1 Pesquisa bibliográfica

O objetivo nessa etapa é analisar e comparar as características das tecnologias do método não destrutivo com a tecnologia convencional de execução das redes de distribuição de água e, com isso, obter mais conhecimento para chegar ao objetivo geral deste trabalho.
Para a pesquisa serão utilizados livros, que descrevem as tecnologias mencionadas acima, site do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) para consultar as obras executadas e em andamento que utilizam as tecnologias dessa pesquisa, site do Ministério das cidades para pesquisar a situação do abastecimento de água no Brasil, diretrizes da Associação Brasileira de Tecnologia não Destrutiva (ABRATT) para pesquisar os métodos existentes e outras bibliografias que possam auxiliar na coleta de informações necessárias para esse trabalho.

3.4.2 Coleta de dados

A coleta de dados será feita através de trabalhos técnicos executados na cidade de Porto Alegre, consulta com Engenheiro responsável pela execução das obras onde são utilizados os métodos convencionais e não destrutivos para distribuição de água, manuais, normas e especificações técnicas sobre projeto e execução das tecnologias desta pesquisa.
Os encontros serão com responsáveis técnicos do Departamento de Água e Esgoto - DMAE, na cidade de Porto Alegre e serão agendados para ser realizados em duas etapas, a primeira para conhecer a obra na Rua Aliança, que será executada com a tecnologia do Método Não Destrutivo (MND), uma obra na Vila Santa Maria Goreth, que será executada com o método convencional e a segunda será no sentido operacional, para levantar dados como as dificuldades de execução.
Será realizada uma pesquisa com o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) para verificar todos os trabalhos que realizaram utilizando o Método Não Destrutivo (MND) na cidade de Porto Alegre e com isso obter uma amostragem das metodologias aplicadas e quantos metros de rede foram executados para chegar ao volume de perda que foi eliminado.
Visita a empresa que trabalha somente com o método não destrutivo, para verificar os trabalhos que vem sendo realizados na cidade de Porto Alegre durante o período desta pesquisa e com isso obter dados do volume de perda de água que foi eliminado.
Por meio de manuais, normas e especificações técnicas serão levantados os seguintes dados:
forma de execução;
prazo de execução;
interferências na execução;
pontos positivos na execução.

3.5 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS

3.5.1 Análise comparativa das tecnologias do método não destrutivo

A partir da coleta de dados, as tecnologias serão comparadas e a contribuição que cada uma exerce para que ocorra a perda de água na distribuição será destacada a fim de se obter, de forma eficaz, o objetivo proposto nessa pesquisa.

3.5.2 Análise dos resultados

De acordo com os resultados obtidos no item 3.4.2 será criada uma tabela para comparar os dados, isso vai facilitar a visualização e conclusão do objetivo, dentro das delimitações da pesquisa.

3.6 CRONOGRAMA

Esta pesquisa será realizada com base no cronograma apresentado no Quadro 9.

Quadro 9 - Cronograma de execução da pesquisa
Atividade
1ª Q Julho
2ª Q Julho
1ª Q Agosto
2ª Q Agosto
1ª Q Setembro
2ª Q Setembro
1ª Q Outubro
2ª Q Outubro
Pesquisa
X
X






Visitas


X
X




Coleta de dados


X
X




Análises dos dados




X



Sugestões de Melhorias





X


Conclusões e finalização do TCC






X
X
Fonte: Elaborado pela autora (2016).


REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA NÃO DESTRUTIVA - ABRATT, Um guia dos métodos não destrutivos (MND) para instalação, recuperação, reparo
e substituição de redes, dutos e cabos subterrâneos com o mínimo de escavação. Disponível em:
. Acesso em 25 abr. 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA NÃO DESTRUTIVA - ABRATT (2007), Manual Técnico de Métodos Não Destrutivos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL - ABES, Perdas em sistemas de abastecimento de água: diagnóstico, potencial de ganhos com sua redução e propostas de medidas para o efetivo combate. Disponível em:
Acesso em: 13 set. 2015.

BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - 2008. Disponível em:
. Acesso em: 12 set. 2015.

BRASIL, Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, através do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS, Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos - 2013. Disponível em:
. Acesso em: 14 set. 2015.

BRASIL, Programa de Modernização do Setor de Saneamento - PMSS, Balanço Hídrico - 2015. Disponível em:
< http://www.pmss.gov.br/index.php/projeto-com-agua/balanco-hidrico>. Acesso em: 10 jun. 2016.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã - SEPLAG. Departamento de Planejamento Governamental - DEPLAN. RS 2030 - Texto de Referência 7, Balanço do Saneamento Básico no RS.Disponível em:
. Acesso em: 02 nov. 2015.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

JUNIOR, Pedro, Abastecimento de água. Disponível em:
. Acesso em: 13 set. 2015.

MEDEIROS FILHO, Carlos Fernandes de, Abastecimento de água. Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Disponível em:
. Acesso em: 12 set. 2015.

NUVOLARI, Ariovaldo, Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário e Reus Agrícola, São Paulo: Ed. Edgard Blucher, 2003.

PALAZZO, Sérgio Augusto, Introdução aos Métodos Não Destrutivos. Disponível em:
Acesso em: 12 set. 2015.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE - PMPA - Departamento de água e Esgoto - DMAE, Histórico. Disponível em: . Acesso em: 12 set. 2015.

SUZUKI, Yuji, Aplicação de Método Não Destrutivo do tipo Pipe Bursting para substituição de linha de recalque de esgoto sanitário - estudo de caso da estação elevatória de esgoto Riviera, São Paulo, 2010.

TRATA BRASIL, Perdas de água: Desafios ao avanço do saneamento básico e à escassez hídrica. Disponível em:
. Acessos em: 12 set. 2015.

TARDELLI FILHO, J. Controle e redução de perdas. In: TSUTIYA, M. T. Abastecimento de água. 3. ed. São Paulo: Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2006. cap. 10. p. 457-525.

TSUTIYA TOMOYUKI, Milton, Abastecimento de água. 3. ed. São Paulo: Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2006. 646 p.

VENANCIO, Salatiel. Abastecimento d'água. Disponível em:
< www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Agua.html>. Acesso em: 02 nov. 2015.

VICENTINI PEDROSO, Liliana, Componentes do Balanço Hídrico para avaliação de perdas em sistemas de abastecimento de água, São Paulo, 2012.
3ª etapa
2ª etapa
1ª etapa
Revisão Bibliográfica

Coleta de dados das obras do DMAE que foram visitadas

Análise dos resultados

Análise comparativa de três tecnologias do Mnd

Sugestão de melhorias

Conclusões

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