Centros Multimédia Comunitários em Moçambique: um mapa

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Centros Multimédia Comunitários em Moçambique: um mapa

Maio 2013 Ver. 1.1

Editado por: Isabella Rega, Lorenzo Cantoni Pesquisado por: Sara Vannini, Salomão David, Alexandre Baia, Gertrudes Macueve

Sumário executivo Os Centros Multimédia Comunitários (CMCs) em Moçambique foram implantados durante a década de 90, representam o modelo mais comum de acesso público às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no país. Este relatório apresenta um breve historial e tipologia dos CMCs em Moçambique, bem como um mapa atualizado contendo o número de CMCs existentes e a sua localização geográfica. Por fim, descreve pormenorizadamente uma amostra de dez (10) CMCs, um por cada província do país. A descrição pormenorizada foca-se nos seguintes elementos: Contexto, conjunto de serviços, instrumentos técnicos, o grupo de pessoas que administra o CMC e o grupo de pessoas que os utiliza. As informações utilizada para elaboração deste relatório foi colhida durante os meses de Março e Abril de 2011, no âmbito do trabalho de campo do projeto RE-ACT (Representações sociais dos centros multimédia comunitários e ações de melhoria), um projeto de pesquisa e desenvolvimento executado pelo NewMinE Lab (Laboratório NewMinE da Universidade de Lugano, Suiça), em colaboração com o Centro de Estudos Africanos (CEA) e o Departamento de Matemática e Informática (DMI) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Maputo, Moçambique. Este relatório é dirigido a pesquisadores e profissionais na área de tecnologias de informação e comunicação para desenvolvimento (ICT4D), bem como as pessoas ligadas a implementação de politicas ligadas as TICs. New Mine Lab New Media in Education Lab Università della Svizzera italiana Via Giuseppe Buffi 13 CH – 6904 Lugano, Switzerland (w) http://www.newmine.org/ (t) +41 (0)58.666.4674 (f) +41 (0)58.666.4647

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ACRÓNIMOS CAICC CIUEM CMC FORCOM ICS ICT MCT MEGCIP NGO PAV RE-ACT

Community Information and Communication Support Centre Center of Informatics of Eduardo Mondlane University Community Multimedia Centre Mozambique National Forum of the Community Radios Institute of Social Communication Information and Communication Technology Ministry of Science and Technology of Mozambique Mozambique eGovernment and Communications Infrastructure Project Non-Governmental Organizations Public Access to ICTs Venues Social REpresentations of community multimedia centres and ACTions for improve ment Swiss Agency for Development and Cooperation Swiss National Science Foundation Programme of Cooperation in Science, Technology and Innovation between Finland and Mozambique Telecommunications of Mozambique University Eduardo Mondlane United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization United Nations Development Programme ICT Policy Technical Implementation Unit in Mozambique

SDC SNSF STIFIMO TDM UEM UNESCO UNDP UTICT

CONVERSOR DE MOEDA A longo do relatório os preços são expressados em Meticais (Mzn). 1 Mzn corresponde a 0.037 USD o a 0.027 EU (esta conversão foi efetuada no website www.ec.europa.eu no dia 21 Novembro de 2011). Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada Tem o direito de: Compartilhar — reproduzir, distribuir e transmitir o trabalho De acordo com as seguintes condições: Atribuição: Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, conquanto que deem créditos devidos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes. Uso Não comercial: Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que sejam para fins não-comerciais. Não a obras derivadas (ND): Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar apenas cópias exatas da obra, não podendo criar derivações da mesma. No entendimento de que:



Renúncia—Qualquer uma das condições acima pode ser renunciada pelo titular do direito de autor ou pelo titular dos direitos conexos, se obtiver deste uma autorização para usar o trabalho sem essa condição.



Domínio Público—Quando a obra ou qualquer dos seus elementos se encontrar no domínio público, nos termos da lei aplicável, esse estatuto não é de nenhuma forma afetado pela licença.



Outros Direitos— A licença não afeta, de nenhuma forma, qualquer dos seguintes direitos:





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Os direitos morais do autor; Direitos de que outras pessoas possam ser titulares, quer sobre o trabalho em si quer sobre a forma como este é usado, tais como os direitos de publicidade ou direitos de privacidade.

Aviso— Em todas as reutilizações ou distribuições, tem de deixar claro quais são os termos da licença deste trabalho. A melhor forma de fazê-lo é colocando um link para esta página. Fonte: creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt

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INTRODUÇÃO

O CENÁRIO

Este relatório foi elaborado tendo como base em visitas de campo efetuadas, em todas as províncias de Moçambique. As visitas realizadas tinham como objetivo colher dados no âmbito do projeto REACT (representações sociais dos centros multimédia comunitários e ações de melhoria www.react-project.ch), financiado pela Swiss

Nesta secção definiremos telecentro, locais de acesso publico as TICs, Centro multimédia comunitário e Vilas do milénio. Apresentaremos também um breve sumário sobre os CMCs existentes em Moçambique.

National Science Foundation (SNSF) e a Agência

Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação (SDC).O objetivo do projeto RE-ACT é investigar e conceptualizar como Centros Multimédia Comunitários (CMCs) em Moçambique são percebidos por diferentes atores: agências que preludiaram os CMCs, as associações que gerem os CMCs, os agentes locais, os usuários e nãousuários. Os resultados desta investigação, permitirão que diferentes ações de melhoria visando melhorar o desempenho dos CMCs envolvidos no projeto tenham lugar. O projeto REACT é uma colaboração entre a Universidade de Lugano (NewMinE Lab - Laboratório de Novas Mídias na Educação) e a Universidade Eduardo Mondlane (Departamento de Matemática e Informática e do Centro de Estudos Africanos), que começou em novembro de 2010, e termina em outubro 2013. Os pesquisadores que participaram das visitas de campo acima mencionados são: Dr. Alexandre Baia (Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane), Dr. Gertrudes Macueve (Departamento de Matemática e Informática da Universidade Eduardo Mondlane), a Dra. Isabella Rega, Sara Vannini e Salomão David (NewMinE Lab , Universidade de Lugano). Entre os meses de março e abril de 2011, a equipe do Projeto RE-ACT realizou três viagens distintas a cada zona de Moçambique. As províncias do sul do país (Inhambane, Gaza e Maputo), ao centro (Tete, Manica, Sofala e Zambézia) e para as províncias do norte (Cabo Delgado, Nampula e Niassa). Este relatório apresenta um breve historial e tipologias de locais de acesso público às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) existentes em Moçambique. Em seguida, é fornecido um mapa dos CMCs no país (até Agosto de 2011) e, finalmente, um olhar pormenorizado a uma amostra de 10 CMCs, um por cada província do país.

TELECENTROS E OUTROS PUBLICOS DE ACESSO AS TICs

LOCAIS

Um telecentro é um local público que providência acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), de entre elas computadores, internet, fax, fotocopiadoras, e formação no uso das TICs. A principal vocação dos Telecentros é providenciar acesso às TICs com vista a apoiar o acesso a informação sobre educação, saúde, oportunidades económicas as comunidades onde os Telecentros estão instalados. Os Telecentros começaram a ser implantados internacionalmente a vinte cinco (25) anos atrás, apenas recentemente começaram atrair a atenção de pesquisadores (REGA, 2010). Durante a sua existência os Telecentros têm recebido várias designações no mundo tais como: locais de acesso público às TICs, centros de informação, centros comunitários de tecnologias, centros multimédia comunitários, centros comunitários e ou locais de acesso público as TICs . A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) criou o modelo dos CMCs em 2001. A implementação deste projeto foi apoiado pelo Programa de Cooperação Suíço (SDC), desta parceria cerca de quarenta (40) CMCs foram instalados em quinze(15) países em vias de desenvolvimento. Os Centros Multimédia Comunitários são uma tipologia particular de Telecentros, estes possuem o Telecentro e a componente de rádio comunitária. A rádio geralmente transmite os seus programas na língua local da região onde está instalada e na língua oficial, neste caso especifico de Moçambique, a língua portuguesa. Esta visão de Telecentros permite que a informação chegue à todos os quadrantes da população que reside em volta do CMC, permite que serviços sejam providos a comunidade de acordo com os seus anseios e necessidades (UNESCO, 2004).

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Outra tipologia relevante de acesso as TICs em Moçambique são as Vilas do Milénio, uma iniciativa que explora um modelo focado em apoiar as comunidades rurais, combinando meios locais sustentáveis e os avanços na ciência e tecnológica (MCT, 2009).

CMCS EM MOÇAMBIQUE A história dos CMCs em Moçambique esta diretamente ligada ao aparecimento das primeiras rádios comunitárias no país durante os anos 90, quando o primeiro estudo de fisibilidade para instalação de dois Telecentros em dois distritos ( Manhiça e Namaacha), na Provincia de Maputo teve lugar. Em consequência deste estudo foram implantados dois (2) Telecentros, inaugurados em 1999, por iniciativa do Centro de informática da Universidade Eduardo Mondlane (CIUEM)(MCT, 2009). Os anos 90, viram também o surgimento das primeiras rádios comunitárias no país, que foram instaladas pelo Instituto de Comunicação Social (ICS), a igreja católica, a UNESCO e organizações não governamentais. Em 2000, o conceito de centro multimédia comunitário começou a ganhar extensão, e as novas rádios comunitárias foram instaladas em locais onde já existia um Telecentro. Em 2001, quatro (4) Telecentros foram instalados nas províncias de Manica e Gaza, e a sua gerência entregue as associações locais (UNESCO, 2004) Desde 2004, Moçambique participou da fase de difusão dos centros multimédia comunitários promovido pela UNESCO (Moiana, 2007). Em 2006 o centro de apoio à informação e comunicação comunitária (CAICC) foi criado com apoio financeiro da UNESCO e a UNDP. CAICC é um projeto piloto gerido pelo Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane (CIUEM) com o objetivo de coordenar, apoiar e contribuir para educação dos centros multimédia comunitários e rádios comunitárias. CAICC é agora suportado pelo telecentro.org, um programa que sustém o estabelecimento e sustentabilidade dos Telecentros. Existem outros intervenientes importantes no estabelecimento dos CMCs nomeadamente o

Fórum Nacional das Rádios Comunitárias (FORCOM) e o Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC). O FORCOM e o CAICC são intervenientes ativos na organização de cursos para as rádios comunitárias, enquanto que o INTIC, é uma instituição tutelada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia com o mandato de supervisionar e implementar as políticas de TICs e o Governo Electrónico em Moçambique. Desde 2009 que o Instituto de Comunicação Social implementa CMCs em Moçambique. Recentemente o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) institucionalizou um novo modelo de CMCs, que de momento estão sendo financiados pelo programa Science, Technology and Innovation between Finland and Mozambique (STIFIMO) e o Banco Mundial com o apoio do Governo local onde estes CMCs são implantados. De acordo com MCT, serão estabelecidos 45 CMCs dentro de 3 anos . O objetivo final do projeto é implementar novos CMCs para prover acesso às TICs nos 128 distritos do país nos próximos anos. UMA ACTUALIZAÇÃO DOS LOCAIS DE ACESSO PUBLICO AS TICs EM MOÇAMBIQUE Nesta secção apresentamos o mapa de CMCs e outros locais de acesso às TICs em funcionamento no país, deste mapa não constam os internet-cafés, cybercafés, escolas e outras instituições de acesso as TICs. As escolas e outras instituições com acesso as TICs não constam pelo facto de não serem locais que qualquer grupo social da comunidade possa ter acesso as TICs. Na escola pode ter acesso as TICs apenas estudantes da escola. Os internet-cafés em especial constituem uma realidade efêmera, que não dura muito tempo, isto é, abrem um dia num local e fecham para reabrir noutro, por isso não foram considerados pelas dificuldades em localizar geograficamente os mesmos. O número total de PAVs no pais e de 42 locais divididos da seguinte forma: 34 CMCs; 6 Vilas do Millennium; 2 Telecentros.

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Tabela 1 - PAVs em Moçambique e sua distribuição

Abaixo o mapa dos CMCs existentes em Moçambique e a sua localização.

Ilustração 1 - Mapa dos CMCs em Moçambique. O mapa mostra todos CMCs existentes em Moçambique: Os pintados em vermelho são os escolhidos para a nossa amostra. O mapa esta disponível em URL: http://g.co/maps/mhjp foi atualizado em Augusto 2011.



Sul: Chókwè, Chicualacuala, Manjacaze, Mabote, Massinga, Morrumbene, Bairro Bagamoyo, Manhiça, Matola, Moamba, Namaacha, Xinavane.



Centro: Catandica, Sussundenga, Dondo, Chitima, Macanga, Mutarara, Alto Molócuè, Milange, Quelimane.



Norte: Chiúre, Muidumbe, Nacedje/ Macomia, Mpharama/Balama, Angoche, Ilhade Moçambique, Iuluti, Monapo, Ribáuè, Cuamba,Mandimba, Mecanhelas, Metangula.

UM OLHAR AOS 10 CMCS Após o mapeamento dos CMCs existentes no país, foram selecionados 10 (1 em cada província) para o trabalho de campo do projeto RE-ACT. A seleção dos CMCs foi efetuada de acordo com nos seguintes critérios: Localização; Proprietário; Ano de estabelecimento e a variedade de serviços oferecidos. A tabela número dois (2) apresenta o número de computadores, cobertura do sinal da rádio, disponibilidade de internet e número de funcionários dos 10 CMCs. É importante salientar que somente dois (2) CMCs dos visitados tem acesso a internet, os CMCs no Sul de Moçambique possuem um maior número de computadores, funcionários e cobertura da radio em relação aos do Norte e Centro do país.

Tabela 2– CMCs em Moçambique número de computadores, cobertura da radio, internet e voluntarios.

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XINAVANE (MAPUTO) Xinavane é uma vila no distrito da Manhiça, província de Maputo e localiza-se a 90 km à norte da cidade de Maputo. Esta vila possui uma população de 157 642 habitantes (INE, 2007), a vila é famosa pela fábrica de açúcar lá instalada e gerida pela Tongaat Hulett Sugar. A fábrica de açúcar é um parceiro importante do CMC, pois, grande parte dos funcionários da açucareira beneficiam dos serviços do CMC. O CMC recebe da açucareira em troca pelos serviços, eletricidade e outras benfeitorias.

Ilustração 2 - O CMC de Xinavane

Para além do sinal da Rádio Comunitária de Xinavane, o distrito recebe também o sinal da rádio Moçambique e da rádio Gwevahane. Esta última é vista como uma rádio concorrente pelos colaboradores do CMC de Xinavane. O CMC de Xinavane foi fundando em 2005 e confiada sua gestão a Associação Juvenil para o Desenvolvimento da Comunidade (AJUCOM). O CMC de Xinavane localiza-se no pátio de uma escola. Este CMC oferece formação em pacotes de Microsoft Office ( Word, Excel, Power Point), no valor de 2600 meticais, este curso tem uma duração de dois (2) meses. As aulas são ministradas de segunda a sexta feira durante duas (2) horas por dia. A rádio comunitária transmite em Português e xichangana, oferece serviços de carácter informativo, anúncios, perdidos e achados, e as suas emissões ocorrem desde o período da manhã até ao anoitecer. Outros serviços como fotocópias, impressões e digitação de documentos são cobrados por página. Na entrada do CMC existe uma televisão (transmite noticias, desporto e

telenovelas), para a comunidade. O CMC tem 4 computadores no telecentro, 1 na secretaria ( também usado para o público para digitação de documentos), 1 computador na sala de emissão e um último na sala do coordenador. Estes computadores usam sistema operativo Windows 2000 e Microsoft office 2003. CDs de enciclopédias sobre saúde, atlas geográfico, vocabulário doados pelo CAICC também estão disponíveis para consulta. Um bom número de voluntários foi recentemente recrutado, devido aos prévios voluntários terem trocado o CMC pela rádio comunitária de Gwevhane. Maior parte dos usuários são jovens estudantes, cujo serviço que mais procuram são fotocópias. Os professores das escolas onde o CMC foi implantado e escolas vizinhas, atendem cursos de informática no CMC. Outro grupo que visita o CMC são homens e mulheres, para assistir televisão no CMC. CHÓKWÈ (GAZA) Chokwè localiza-se à 230 km da cidade de Maputo e possui uma população de 183 531 habitantes (INE, 2007).Chókwè é uma área agrícola que se situa no sul do Rio Limpopo. Nesta região, maior parte dos homens migram para outras regiões, sendo um dos maiores destinos a África do Sul a procura de melhores condições de vida para as suas famílias.

Ilustração 3 - O CMC de Chókwè

A Associação Rural de Ajuda Mútua tem gerido o CMC de Chókwè desde a sua implantação em 2005, a diferença entre este CMC e os outros parta da amostra é a distancia física entre o CMC e a localização da associação, esta fica a sensivelmente 40 minutos de Chókwè. 6

O CMC possui 6 computadores, dos quais 3 computadores de mesa e 1 computador portátil estão na sala de formação, 1 está na estação da rádio comunitária e o outro na recepção, este último usado pela secretária do CMC para digitar documentos. O CMC de Chókwè oferece cursos de formação Microsoft Office (Word, Excel, internet) á 600 meticais, durante três (3) meses e duas (2) horas por dia de segunda à sexta-feira. A Rádio Comunitária, o seu raio de emissão cobre um terço (1/3) da área de Chókwè e funciona desde as primeiras horas da manhã até à noite. Estão também disponíveis no CMC de Chókwè serviços de fotocópias, impressão, fax e digitação de documentos. Na altura da visita, o CMC havia alterado a gestão do CMC, passando a ser gerido por um (1) coordenador diretamente envolvido nas atividades da rádio e do telecentro, uma (1) secretária, um (1) segurança e quatro (4) voluntários para a rádio e para o telecentro. Os utilizadores do CMC são maioritariamente adolescentes e adultos que aparecem de vez em quanto, muitos destes vêm solicitar serviços de digitalização. MORRUMBENE (INHAMBANE) Morrumbene, é uma vila na província de Inhambane, situada a 450 km da cidade de Maputo, na Estrada Nacional N1. Esta vila possui 124 436 habitantes (INE, 2007). As sua fontes de receitas são a agricultura, pesca e turismo. O CMC de Morrumbene foi fundado em 2012 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e é gerido pela Associação Juvenil “a Chama”. Este é parte do “novo modelo” dos CMC no país.

O CMC de Morrumbene oferece formação em Microsoft Office ao custo de 800 Meticais, por três (3) meses, durantes duas (2) horas ao dia de segunda a sexta-feira. Os programas da Rádio são transmitidos na língua Portuguesa e xi-changana. O CMC cobre serviços de notícias, seminários, internet café e cinema durante o fim-de-semana. Aquando da nossa visita haviam sido adquiridos novos computadores e software . Dos dezesseis (16) computadores existentes, 12 encontram-se na sala de formação, dois (2) para acesso público à internet e serviços de informação multimédia, um (1) na rádio e um (1) na sala do coordenador. O Sistema Operativo instalado nos computadores do CMC de Morrumbene é o Windows XP, e o Microsoft Office 2003. Existem também neste CMC, CDs como enciclopédias de saúde, atlas e dicionários. O CMC de Morrumbene possui um total de catorze (14) voluntários. Estes voluntários são membros da Associação Juvenil “a Chama”. Os utilizadores do CMC de Morrumbene são maioritariamente estudantes e funcionários do Governo. DONDO (SOFALA) Dondo é um Distrito da província de Sofala e possui uma população de 77 532 habitantes (INE, 2007). A maior atividade económica do distrito é a agricultura. O CMC de Dondo foi fundado em 2004 e é gerido pela Associação dos Serviços Comunitários de Sofala.

Ilustração 5 - O CMC de Dondo

Ilustração 4 - O CMC de Morrumbene

Em Março de 2011, o CMC iniciou a atividade de formação em TICs com 3 computadores oferecidos pela UNESCO. 7

O CMC providencia serviços de informação, necrologia e anúncios. O CMC aluga tempo de antena as instituições do distrito de Dondo. O CMC também oferece serviços como fotocópias a um preço relativamente baixo em relação aos comerciantes locais. O CMC possui 30 voluntários. Os seus utilizadores são maioritariamente estudantes e o serviço mais solicitado são as fotocópias. Os estudantes da Escola Secundária de Maçaroque estão organizados de modo que o chefe de cada turma é responsável por fazer cópias dos seus colegas de turma. SUSSUNDENGA (MANICA) Sussundenga é um distrito da Província de Manica, com uma população de 128 866 habitantes (INE, 2007) ,cuja principal atividade económica é a agricultura. Fundado em 2001, o CMC de Sussundenga é gerido pelo Instituto de Comunicação Social. O telecentro oferece cursos de informática, principalmente o uso de pacotes de Microsoft Office ( Word, Excel) com duração de dois (2) meses, durante duas (2) horas por dia , de segunda à sexta-feira. A rádio Comunitária transmite os seus programas em Português, Chiuté e Chamanhica desde as primeiras horas da manhã até a noite.

O CMC também providencia serviços de fotocópias, fax, bens alimentícios, e brochuras. O CMC possui 9 computadores, dos quais 6 são usados para a formação e os restantes 2 são usados pela rádio para realizar os programas e o outro está alocado a sala do gestor do CMC. O CMC possui um efetivo permanente de 6 funcionários com idades compreendidas entre 30 e 40 anos contratados pelo Instituto Nacional de Comunicação Social. Deste efetivo, 4 são técnicos e 2 são seguranças do local. Para além destes, existem 30 voluntários que trabalham no local. Devido à heterogeneidade dos serviços oferecidos no CMC várias são as pessoas tendem a visitar o CMC. CHITIMA (TETE) O CMC de Chitima localiza-se no distrito de Cahora Bassa, na província de Tete próximo do Lago Cahora Bassa, o quarto maior lago artificial em África e o mais importante para a produção de energia na África Austral. Este distrito possui uma população de 86 641 habitantes (INE, 2007). A maior atividade económica desta região do país é a produção de energia elétrica, seguido da agricultura e pesca artesanal. O CMC de Chitima possui uma rádio Comunitária, que transmite programas em Português e Nhongue. O CMC de Chitima possui uma rádio Comunitária, que transmite programas em Português e Nhongue. A rádio cobre somente a área do Vale de Chitima. Durante o dia a rádio tem intervalos de duas horas por cada duas horas de trabalho, durante estes intervalos de duas (2) são oferecidos serviços de fotocópias.

Ilustração 6 - O CMC de Sussundenga

A rádio oferece serviços de informação, anúncios, aluguer de espaço de antena, educação cívica e aconselhamento para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. De referir que esta rádio Comunitária transmite programa da Rádio Moçambique e Televisão de Moçambique.

Ilustração 7 - O CMC de Chitima

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A rádio cobre somente a área do Vale de Chitima. Durante o dia a rádio tem intervalos de duas horas por cada duas horas de trabalho, durante estes intervalos de duas (2) são oferecidos serviços de fotocópias. O CMC de Chitima tem problemas de energia devido a deficiente instalação de rede eléctrica, não podendo oferecer múltiplos serviços em simultâneo à comunidade. O CMC também providencia água potável à comunidade. No CMC existem 4 computadores doados pela UNESCO, que em Março de 2011 não foram usados devido à oscilações de energia. O CMC de Chitima funciona com 13 voluntários que trabalham na rádio. Os maior grupo que utiliza os serviços do CMC são estudantes da comunidade que procuram por serviços de fotocópia. QUELIMANE (ZAMBEZIA) Quelimane é a capital da província da Zambézia a quarta maior província do país. Localiza-se a 25 km do rio dos Bons Sinais. Quelimane possui uma população de 192 876 habitantes (INE, 2007). Em 1998, a igreja católica fundou a rádio, durante o ano de 2006 em cooperação com a UNESCO, foi implantado o telecentro e a sua gestão confiada a Paróquia local.

formação em rádio, cobrindo as áreas de jornalismo, técnicas de entrevistas e elaboração de relatórios. O CMC possui 5 computadores, dos quais 4 são para a formação e um para a rádio. Os computadores existentes tem instalado o sistema operativo Windows XP e office 2003. O CMC possui 2 coordenadores e 12 voluntários. Destes, um deles é proveniente de um CMC de um distrito vizinho. Da paróquia local, duas irmãs são responsáveis pelo CMC. Os utilizadores são maioritariamente graduados da escola secundária que enquanto esperam entrar na Universidade vão aumentado o seu nível de conhecimento fazendo cursos de informática. CHIURE (CABO DELGADO) Chiure é um distrito da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, possui uma população de 230 044 habitantes (INE, 2007). A vila situa-se junto à estrada que vem de Pemba, capital da província de Cabo- Delgado. Chiure é conhecida por ser rica em recursos minerais. O CMC oferece cursos básicos de informática na ótica de utilizador, todos pacotes de Microsoft Office, exceto o Power Point. Os cursos são ministrados durante à noite, e tem duração de 3 meses, duas (2) horas diárias de segunda à sextafeira. A parte do telecentro disponibiliza computadores para a digitalização de documentos. Os voluntários do CMC permitem que pessoas sem meios usem os computadores de graça. O CMC também oferece serviços de fotocópias e impressão de documentos.

Ilustração 8 - O CMC de Quelimane

O CMC de Quelimane está localizado no primeiro andar da Escola Primária São Carlos Luanga, onde duas (2) salas de aulas são usadas para rádio e telecentro. O CMC oferece cursos de informática dos pacotes de Microsoft Office (Word, Excel, Power Point), que duram 2 meses, e têm lugar 2 horas por dia de segunda a sexta-feira. O CMC também oferece

Ilustração 9 - O CMC de Chiure

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A rádio Comunitária transmite programas em Português e em Emakhuwa, anúncios, necrologia, publicidade e aluga o tempo de antena para a televisão nacional. O CMC tem 6 computadores que funcionam plenamente para uso público e um para o estúdio da rádio. O sistema operativo instalado nestes computadores é Windows XP. O CMC tem 9 funcionário a trabalhar em pleno, com idades compreendidas entre os 35 e 45 anos de idade, e 19 voluntários constituído maioritariamente de adolescentes e jovens. Constituem utilizadores frequentes do CMC agricultores, estudantes e funcionários de estado. ILHA DE MOÇAMBIQUE (NAMPULA) A Ilha de Moçambique se localiza na província de Nampula, no norte de Moçambique entre o canal de Moçambique e a Baía de Mossuril. A ilha possui uma população de cerca de 14 000 habitantes (INE, 2007). A ilha faz parte do património mundial, é conhecida por turistas internacionais. A ilha tem uma longa história e foi à primeira capital de Moçambique. Esta ilha atrai ONGs e associações internacionais e turismo pela sua beleza e facilidades no acesso a acomodação, transporte e alimentação.

Ilustração 10- O CMC de Moçambique

Existem várias associações na ilha que oferecem cursos básicos de uso de computadores à comunidade. Fazem parte destas associações, as vilas do Milénio que estão dentro e fora da ilha, o projeto “Oceano” para jovens, SAMANI uma ONG italiana e a empresa telecomunicações de Moçambique (TDM). O CMC da Ilha de Moçambique foi fundado em 2007 e é gerido pela associação dos amigos da Ilha

de Moçambique. Durante a visita do RE-ACT não havia nenhum computador funcional no CMC. O gestor usava o seu próprio laptop para Digitar documentos e às vezes para enviar e-mails em beneficio da comunidade, gravar CDs, trabalhos gráficos, vídeos e editar fotografias. De acordo com o coordenador o CMC está sem computadores há 2 anos. O CMC oferece serviços de fotocópia, digitação de documentos e acesso à conteúdos multimédia. O telefone fixo deste CMC não funciona porque a linha foi cortada devido a falta de pagamento. A rádio Comunitária do CMC On‘hipiti transmite os seus programas em português e Emakhuwa desde as primeiras horas da manhã até à noite, com um intervalo de duas horas durante o dia. A rádio comunitário possui somente um computador que tem instalado o sistema operativo Windows XP para realizar os seus programas. Na altura da nossa visita a UNESCO acabava de oferecer mais 3 computadores à rádio dos quais um estava destinado para uso da comunidade. O CMC tem um total de 16 voluntários que trabalham na rádio. Os seus utilizadores são maioritariamente estudantes e moradores da ilha que necessitam de serviços de fotocópias. CUAMBA (NIASSA) Cuamba é uma cidade no distrito da província de Niassa localizada a norte de Moçambique, no Noroeste do Monte Namuli. Encontra-se no cruzamento da linha férrea de Nacala Porto (o principal porto comercial no Norte de Moçambique) e da cidade de Nampula (a maior cidade do Norte do país), o que torna a este ponto um local importante para o comércio e as pessoas movimentos. Cuamba possui uma população de 56 801 habitantes (INE, 2007). Em Cuamba está localizada a Faculdade de Agricultura da Universidade Católica de Moçambique. Para além do CMC, o distrito possui 2 telecentros na cidade que pertencem a TDM e a Igreja Católica. O CMC de Cuamba foi fundado em 2006 e foi confiada à associação da rádio comunitária de Cuamba para a sua gestão. O CMC oferece cursos básicos de informática, os pacotes da Microsoft Office (Word, Excel, PowerPoint) e Internet que custam 1000 Meticais, duram 3 meses e decorrem de segunda à sexta durante 2 horas. 10

Ilustração 11 - O CMC de Cuamba

Esta rádio comunitária transmite programas em Emakhuwa, Chinyanja e Português, desde as primeiras horas da manhã até à noite. A rádio comunitária oferece cursos de jornalismo radiofónico para os seus membros e hospeda o sinal da rádio e televisão nacional . Os outros serviços oferecidos são fotocópias, impressão, encadernação e fax. O CMC também oferece cursos de línguas para ajudar a manter a rádio comunitária sustentável. O CMC de Cuamba possui 5 computadores, distribuídos do seguinte modo: 1 na recepção, um na sala do coordenador, 2 para a formação e 1 para a rádio comunitária. Apenas um computador está ligado à internet para evitar que os estudantes se desconcentrem durante a formação. Na altura da visita o CMC havia recebido mais equipamento da UNESCO e CAICC, mas ainda não haviam instalado. O presidente da associação é uma mulher sueca que vive em Cuamba e o resto dos membros da associação são moçambicanos. Os utilizadores do CMC são na sua maioria estudantes e professores de Cuamba e regiões circunvizinhas.

Mozambique). O programa STIFIMO pretende instalar 25 CMCs em todo o país e o projeto MEGCIP pretende instalar 20 CMCs. Estes 45 CMCs terão um novo modelo que contém para além da rádio comunitária, um telecentro com uma méedia de 15 a 20 computadores. Estes CMCs com o novo modelo oferecerão cursos de TICs em pacotes de Microsoft Office, Internet a custos relativamente baixos comparados com o modelo atual. Os cursos terão a duração de dois (2) meses, e terão lugar de segunda a sexta feira num período de duas (2) horas. Está incluído dentro deste modelo a existência de um espaço aberto para biblioteca e conferências,serviços de governo electrónico e uma sala extra com dois computadores para acesso a internet e multimédia.

PERSPECTIVAS FUTURAS O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) têm em vista providenciar pelo menos 1 CMC por cada distrito (128). Para tal, tem tido o apoio do Banco Mundial através do projeto Mozambique eGovernmnet and Communication Infrastructure (MEGCIP) e do programa STIFIMO (Science Technology and Innovation between Finland and

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CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

Os CMCs visitados variam consideravelmente em termos de recursos e serviços fornecidos. A tabela a seguir sumariza o conjunto de serviços atualmente disponíveis em cada um dos 10 CMCs:  A rádio comunitária e os serviço de fotocópias estão sempre presente ;  Os cursos de TICs ( Word, Excel, Power Point) estão também presentes exceto em Chitima, Dondo e Ilha de Moçambique durante o periodo da nossa visita a estes CMCs;  Cada CMC oferece serviços específicos as comunidades, estes serviços variam de scan de documentos, impressão, fax, televisão, língua, educação cívica, diversos cursos, cinema e jornal local.

International Monetary Found. (2005). Republic of Mozambique: Poverty Reduction Strategy, Economic and Social Plan for 2005. Report No. 05/312. International Monetary Fund: Publication Services.



Por fim, a disponibilidade de internet constatou-se que somente 2 CMCs dos 10 visitados tem acesso a internet.

Instituto Nacional de Estatistica. (2007). III Recenseamento Geral da Populaçao e habitaçao. Maputo. INE . CD-ROM. Ministry of Foreign Affairs of Finland. Development policy: Implementation of development cooperation. http://formin.finland.fi/Public/ default.aspx?contentid=202035 (2010, Dec 10 ). Moiana et all. (2007). Missão de Revisão Tripartida da Iniciativa de Expansão de Centros Multimédia Comunitários em Moçambique . Ministerio da Ciencia e Tecnologia. (2008). Programa Nacional De Centros Multimédia Comunitários . 4. eds. Maputo. Ministério da Ciencia e Tecnologia. (2009). Programa Nacional de Centros Multimédia Comunitarios. Rega, I., (2010). What do local people think about telecentres? A key issue for sustainability. Doctoral Dissertation, Università della Svizzera italiana, Lugano, Switzerland.

Tabela 3 - O resumo dos Serviços

United Nations Educational Scientific and Cultural Organization. (2004). Scale up Initiative for Community Multimedia Centres in Mozambique. Project Document.

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AUTORES Prof. Alexandre Baia é doutorado em Geografia Humana e especialista em Geografia Urbana, é pesquisador do Centro dos Estudos Africanos (CEA) e docente da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane localizada em Maputo-Moçambique. As suas áreas de interesse são: processos de urbanização em Moçambique incluindo turismo, desigualdades sociais, pobreza urbana e socialização das Tecnologias de Informação e Comunicação. Prof.

Lorenzo

Cantoni é doutorado em Comunicação e Educação. É Diretor da Faculdade das Ciências de Comunicação da Uni vers id ad e d a S u íça Italiana, em Lugano, Diretor adjunto do Instituto de Comunicação Pública e Educacional e diretor científico dos laboratórios webatelier.net, eLab, e NewMinE Lab na Universidade da Suíça Italiana. As suas áreas de interesse são e-Learning, e-Tourism, e das TICs para o desenvolvimento (ICT4D). Prof. Cantoni foi designado Cadeira UNESCO para garantir o Desenvolvimento e a Promoção do Turismo Sustentável do Património Mundial.

Prof.ª

Gertrudes Macueve é doutorada em Sistemas de Informação pela Universidade de Oslo. É Diretora do Curso de Mestrado em Informática no Departamento de Matemática e Informática, da Faculdade de Ciências da Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique. Suas áreas de interesse são governo electrónico, saúde electrónica, ICT4D e aspectos de género relacionados às TICs.

Dr. Isabella Rega é mestre em Comunicação Intercultural e doutorada em Ciências de Comunicação pela Un iv er si dad e da S u íça Italiana. Ela é diretora executiva da Escola de Doutoramento CROSS-FIELD do Laboratório NewMinE Lab da Universidade da Suíça Italiana. Também desempenha o papel de gestora de projetos que lidam com TICs na formação de professores em desvantagem no Brasil e África do Sul e gestora do projeto RE-ACT. Tem experiência de ter trabalhado como pesquisadora e instrutora em telecentros da América Latina e África. É co-fundadora da organização sem fins lucrativos Seed. Sara

Salomão David é licenciado em Softwares de Aplicações, Mestrado em Ciências e Tecnologias de Informação pela Universidade de Osmania em Hyderabd na Índia. Trabalhou para o Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane (CIUM) como Analista de Sistemas e Administrador de Base de Dados. Atualmente é estudante de Doutoramento (Ph.D.) pela Universidade da Suíça Italiana na Suíça. As suas áreas de interesse são: literacia digital, e-Learning, ICT4D, design participativo.

Doutora

Vannini

é licenciada em Línguas e Literaturas Estrangeiras pela Universidade de Bolonha na Itália, cuja dissertação realizada em colaboração com a Universidade Católica de Temuco do Chile focada em facetas linguísticas e antropológicas pela preservação da cultura aborígine Mapuche . Depois da graduação ela trabalhou para a indústria de desenvolvimento de Web onde desenvolveu o interesse pela comunicação online, desenvolvimento participativo de Web e eLearning. Atualmente ela trabalha para o projeto RE-ACT e é estudante de Doutoramento (Ph.D.) pela Universidade da Suíça Italiana.

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