Cerâmicas comuns da Idade do Ferro de Conimbriga
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cÂnaanA MUNrcrpAL DA FrcuErRA DAFoz
IDADE DO FERRO Catálogo
SERVIÇOS CUUTURAIS MUSEU 1994 [4 U
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Cerâmicas cornuns da Idadedo Ferro de Conimbriga
A investigação arqueológica em Coninnbriga cedo dedicou a sua atenção ao período pré-romano. Desde 1916 que as notícias das sondagens levadas a cabo ern 1912 pelo Prof. Vergílio Corrcia na área noroeste da cidade e a identidade dos matcriais aí recolhidos com o material, já então muilo divulgado, de Santa Olaia, constituiam dados dc imporlância
aprofundado estudo físico-químico.
Isolam-se, como referimos, alguns principais conjuntos de provcniências, que são pertinentes na hora dc estabelecer as bases de fiabilidade do estudo tipológico: - Materiais não esúatigrafados, mas a que é possível atribuir uma zona de proveniência segura cuja
fundamental para o estudo da Idade de Ferro no ccnt^ro do país e do problema geral do período orientalizante
escavação pode ser localizada no tempo e estimada em tcrmos de extensão, como ó o caso das valas abertas no
na Península, com tantos e tão import.antes
bico da muralha, das escavaçÕes superficiais das grandes terïnas do Sul ou das escavações da zona E.
desenvolvimentos desde os anos cinquenta. Até l9&, no entanúo, o desenvolvimento das escavações nacidade não produziu rcsulados dcordcm científica notável, e vcrificamos hoje que, ainda que se
- Materiais estratigrafados em contextos de posição secund:iria, principalmente os entulhos da palestra das grandes tÊrmas do Sul e da espianada do templo flaviano.
tenham nessas decadas colectado materiais de aÌguma
- Materiais caÍïeados em período antigo, rccolhidos em contexto estratigráfico de posição primária, mas posterior à data dos objectos (que
irnportância, foram eles recolhidos a dcpósito scm estudo üpológico, sem idcntificação e, por conseguinte, sem divulgação científica. As campanhas de escavação de colaboração com a Mission Archéologique Française au portugal ea
publicação
das
constituem a maioria dos achados recentes, como as ânforas fenícias e as cerâmicas da Idade do Ferro
Fouilles de Conimbrigar,ecolhcram
recolhidos no enchimento da cavea do anfiteatro, ou os materiais das cremações da Idade doFerro encontrados nos entulhos da porta da muralha augustana).
e divulgaram Ìrma enorme quantidade de materiais e
idcntificaram níveis de habitât da ldade do Fcro
- Materiais estratigrafados ern contextos de utilização/abandono. A seriação tipológica dos materiais, baseada na análise morfoÌógica e na identificação macroscópica
tardi4 colmatando, em certa mcdida, as rcferidru lacunas. Posteriormente, outÍos tarbathos - quer novos estudos de materiais quer intervençõcs de campo retomaram est"as questÕe s e têm visto os scus resultlrdos
publicados. No entanLo, o panorama geral é complexo e o estudo dos materiais da ldade do Fero de Conimbriga
dos fabricos, isolou grupos que, no que diz respeito às ccrâmicas putativamente muito antigas (conjunto I da a.mostra exposta), nos dão conta de um relativamente
está ainda demasiado dependente de materiais
limirado reportório formal produzido manralmente
descontextualizados ou dc contcxtos estratigráficos de posição secundária. Aparenternente, só para o pcríodo
em três fabricos distintos: - Cerâmicas calcíticas, produzidas com argilas de tipo comum nas zonas de Cernache e Condeixa que, com frequência, foram intensa mas só superficialmcnte
terminal da ldade do Ferro, ou para datas já conternporâneas da insralação romana na cidacle, se dispõe de contextos estrati griif i cos prim ários. Estas lacunas são, todavia, algo colmatadas
pelo rigor e sisterna de estudo dos matcriais,
oxidadas na cozedura. A l.emperatura desta não deve suporaÍ os 550/6004. - Cerâmicas avermelhadiu, de pasta preparada
páÌrticularmentc no quc diz respeito
cerâmicacornum,
com argilas comuns no triângulo Condeixa/pcnela/
tendo sido esta classe de ccrâmica objecto dc um
Soure, decozeduras muito irrcgulares, ern temperaturas
à
99
oscilantes na faixa dos 6004. - Grés argilosos. A matériaprimaprovêm, muito provavelmente, da faixa triásica que se estende de Anadia a Tomar. A cozedura fez-se a temperaturas próximas dos 6004. As ceúmicas torneadas apaÍentemente mais antigas são tecnologicamente muito semelhantes às
Tino(2) t(D
c18 c19 c20
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c22 c23 c24
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anteriores, verificando-se apenas uma maior
c28 c29 c30
representâção dos fabricos em grés, de viários tipos. Temos portanto, dentro das cerâmicas torneadas atribuíveis à Idade do Ferro: - Cerâmicas torneadasproduzidas com matéria primae sob tecnologia idênticas às cerâmicas manuais. - Cerâmicas quartzo-micácias, produzidÍrs com
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268 4'10
2 - definir cenros de fabrico 3 - tentar identificar as fonies de matéria prima. Juntamente com as cerâmicas de Conímbriga foram analisadas cerâmicas idênticas provenientes de SantaOlaia, Tavaredee da SédeLisboaeosresuhados,
já
amplamente divulgados, continuam a poder ser considerados noúveis. Os resultados brutos destas análises são
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TA53 TA54 TA55 TA5ó TA57 TA58
sumariados no quadro ao lado.
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de investigação físico-quimica pioneiro, que inclui análises por INAA, XRD e EM, destinado a:
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Idade do Feno é a cerâmica cinzenta fina. Os estudos morfo-tecnológicos isolaram sob esta denominação um vasússimo conjunto de cerâmicas, que a eslratigrafia divide em cerâmicas de datação romana e pré-romana. Os fabricos, a nível macroscópico são indistintos. Estas cerâmicas foram objecto de um programa
INAA(3)
c32 c62
uma argila de cobertura do Pliocénico, localizável numa mancha a Sudoeste de Coimbra, cozidas a muito baixa temperatura (400/500). - Cerâmicas cinzentas finas. A classe melhor estudada das cerâmicas da
I - caracterizar físico-quimicamente
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