Certificação de Doces Mineiros

Certificação de Doces Mineiros

Minas Gerais têm uma ampla produção alimentícia com cada vez mais destaque na sua balança comercial. O café e os laticínios são os produtos com maior representatividade, porém esta carteira tem potencial de expansão dado a cultura gastronômica do Estado.

Doces típicos de Minas Gerais têm sua qualidade comparada e até superior aos doces de outros países latinos, como é o exemplo do Doce de Leite Viçosa. Soma-se isto a produção perene e difundida em pequenos municípios e enraizada na cultura da produção doméstica de outros doces variados, como os de compota e cítricos. Porém esta produção não atinge mercados que não os locais.

Um processo de padronização de produção e garantia da qualidade agregaria valor para este tipo de produto e atingiria outras faixas de consumo já existente, concorrendo com produtos semelhantes e de qualidade equiparada e possivelmente inferior, em alguns casos.

Uma maneira de informar os tradicionais e pequenos produtores deste mercado ainda não desbravado seria promover o encontro destes com Organizações de Certificação de Produtos Alimentícios.

Como a Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais vem promovendo desde fins e 2015 eventos para promoção do turismo gastronômico no Estado, recomendamos convidar Organizações de Certificação, que tem perspectiva realista do mercado internacional de produtos certificados, para participar dos eventos. Como eles ocorrem na capital e em cidades históricas do interior, contando com a presença de pequenos produtores locais, é um modo de difundir e esclarecer informações sobre as regras de certificação. E isto utilizado uma estrutura já montada, atribuindo apenas uma função adicional.

Sobre este modo de atuação do Estado, vale lembrar Rodrik:

"Burocracias competentes podem ajudar os empreendedores individuais a superar problemas de coordenação, o que pode vir a ser fundamental para que novas atividades sejam suscitadas. Elas também podem transformar recursos de informação em ativos públicos, de maneira a aumentar a probabilidade e eficácia de investimentos (ver RODRIK, 1995). Por exemplo, quando empresários em pequenos países estão tentando entrar no mercado mundial, ações coletivas para reunir informações sobre mercados externos e impor padrões entre os produtores locais podem conferir importantes vantagens. Burocracias respeitadas poderiam agir como "corretores honestos" na superação de problemas de ações coletivas entre os exportadores. Uma versão mais sólida desse argumento veria a própria burocracia reunindo e coletando informações, e fornecendo conselhos e incentivos que auxiliem firmas locais a melhor percorrer seu caminho no labirinto dos mercados mundiais que, a diário, sofrem mudanças.
Seria uma forma de atuação do estado. Ajudar os empreendedores individuais a superar problemas de coordenação, o que pode vir a ser fundamental para que novas atividades sejam suscitadas. Elas também podem transformar recursos de informação em ativos públicos, de maneira a aumentar a probabilidade e eficácia de investimentos (ver RODRIK, 1995)."