Chamem-me o que quiserem

June 14, 2017 | Autor: Joao Miranda | Categoria: Papers, Habitação, Revistas académicas, Revistas Estudiantiles
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artigo

Chamem-me o que quiserem

4.43

3.28 7.71

0.22

João Miranda

1.85 3.18

1.02

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3.13

0.80

Tornam-se dois pisos completamente independentes. Divididos por um grande armário e uma parede falsa. Desta forma, ficam duas casas. O tempo avança e um habitante sai, deixando uma livre. A outra continua ocupada. A sala não é suficiente e aparece então uma maior, num patamar superior. Ainda nesta, a lareira é refeita. Duas portas fazem a ligação para o exterior. As refeições de família passam a ser aqui. A colocação de uma porta, o aparecimento de uma salamandra e a recolocação do bar, ao fundo, transformam a primeira sala.

19

15 14 13

2.55

12 11 10 9 8 + 3'-6"

7

2.10

Por cima, ergue-se um espaço com uma grande vitrina. Havia servido enquanto lavandaria e sala de estar. Por enquanto, é apenas sala mas mais tarde não terá nada. No exterior, constrói-se uma escadaria para ligar o espaço do piso superior àquele onde está o banco e a mesa. O tempo avança, o frio instala-se e a criança já brinca no novo espaço, deixando para trás tudo isto. 0.87

0.42

0.52

0.63

O lote lá está, claramente definido. A forma aparenta estar resolvida. O tempo avança, nasce a criança e com ela, um recreio exterior. A criança cresce. A criança brinca. O recreio é destruído porque esta já não brinca. Novamente um espaço vazio. Como solução, coloca-se um banco e o espaço muda. É aí que a criança se senta sozinha. Junto ao banco, uma mesa apazigua o local, e as refeições de Verão passam a ser aqui.

2.84

4.11

2.84

2.88

2.38

2.02

1.84

3.81

1

0.32

3.09 10.70

2

Tijolo a tijolo, ergue-se. O fio-de-prumo e o nível organizam um espaço outrora vazio, delimitado por um murete incompleto. Entretanto, este é refeito. Os dias vão passando, os tijolos aumentam, a argamassa seca. O tempo avança. De fora, é pintado, coloca-se um rodapé com a pedra local. Começa por existir um alpendre, surgindo depois um churrasco. No fumeiro, há carne a secar. A horta deixa de fazer frente e desloca-se para um plano mais recuado. O galinheiro já tem cobertura. Os diospireiros, figueiras e pereiras são repostos depois do trilho construído.

2.29

4

5.69

5

1.08

0.85

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3.8

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3

30

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2.96

Aluno do 3ºano do dARQ

0.16

3.81

19.78

4.62 0.30

5 6 7

2.36

8

11 12

3.67

9 10

13 14 15 16

0.66

1.68

3.16

17

A construção avança. Os pilares são erguidos. A viga é retirada. A estrutura de madeira é retirada e opta-se por uma metálica. Algumas telhas são renovadas. Entre estas, constroem--se clarabóias com janelas rebatíveis. Há assim mais um espaço para ser utilizado que, para já, está estagnado. Os parafusos, os montantes, a lã de rocha, o polistireno extrudido e o gesso cartonado continuam espalhados. O espaço está a ser controlado arbitrariamente. As cartas em cima da mesa.

0.64

0.60

0.45

A entrada muda. Aqui surge um telheiro com frontão. A passagem passa a ser coberta. Graças ao pequeno avanço, a varanda teve que ser destruída. Refaz-se depois mas agora mais pequena. O tempo avança. Na sala, destrói-se a lareira e retirase o bar. A sala agora é quarto. O quarto muda (assim como o outro também), a sala muda, uma das casas de banho muda mas a cozinha permanece. As refeições continuam no mesmo sítio, agora que a criança nasceu, assim como as refeições de família. Mas desta vez com menos pessoas. O espaço restante vai-se tornar numa sala de costura para a roupa do recém-nascido.

3.36

3.25

0.71

3.48

0.83

1.11 22

23 24 25

26 27 28 29 30 31 32

21

20 19 18

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UP

+ 3'-6"

DN

0.28 4.33

1.19

2.22

Duas paredes vão formar mais quatro espaços: dois quartos, uma casa de banho e uma pequena sala de brincar (pena que a criança já não viva aqui). Os novos elementos já não se distinguem. A paisagem muda. A vivência é adaptada. O tempo avançou e os elementos integraramse. Já não são novos e submeteram-se ao espaço apenas definido pelo murete, que entretanto se tornou portão. O Sol raia quente. Volta o calor e a criança vem com ele. A criança senta-se no banco, observa.

1.03

0.91

2.42

4

À primeira sala, anexa-se mais um quarto. Cá fora, num patamar, recoloca-se a mesa e o banco. O espaço volta a ficar vazio. Destrói-se o pavimento ao lado do quarto. Aparece uma cave. Mais tarde será garrafeira e um espaço de arrumos - para já, nada. Uma escada interior liga a cave ao piso do novo quarto e da nova sala.

3.43

3 4

1.09

0.84

1 2

2.57

2.45 1.75 0.91

2.87

1.15

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0.35

3.53

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1.09 0.56

0.30

12.39

3.87

3.58

2.32

1.68

0.79

Forma-se um percurso no anterior vazio. O fumeiro aumentou. Acrescenta-se mais uma pequena divisão para armazenar os enchidos. O poço é restaurado e junto dele aparece a garagem. Mais acima, está o depósito de lenha. A laranjeira fica. A frente ornamentase com um pequeno lago, rodeado de ajardinados com um banco de baloiço. No murete, a porta é coberta com um floreado em coroa. Plantam-se roseiras. Aparecem patamares, onde os canteiros ganham forma e dão cor.

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4

4.18

3.88

Quem sou eu?

5.08

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