Choque de civilizacoes

June 3, 2017 | Autor: Tonilde Amisse | Categoria: Facultad de ciencias politicas y sociales
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Introdução
O corrente trabalho da cadeira de ciências políticas que vem com o objectivo de abordar o tema: choque das civilizações, em que falar de civilização é falar da passagem de um estado pré-moderno para o moderno que pode atravessar varias consequências que marcam em cada época. E nesses estremos está baseado o conteúdo a qual a seguiresta desenvolvido do que refere a esses pontos o choques passados para chegar as civilizações actuais e os pontos são: Aldeias, regiões, grupos étnicos, nacionalidades, grupos religiosos, porque todos têm culturas distintas em diferentes níveis de heterogeneidade cultural.
Contudo para a elaboração do trabalho foi baseado em referencias bibliográficas e algumas pesquisas pela internet como consta na bibliografia.



Choque de civilizações
De HUNTINGTON diz Civilizaçãoé o mais elevado agrupamento cultural de pessoas e o nível mais amplo de identidade cultural que possuem e que distingue os humanos das outras espécies. Define-se quer por elementos objectivos comuns, como a língua, a história, a religião, os costumes e as instituições, quer pela auto-identificação subjectiva das pessoas.
Contudo quandose fala de uma civilização, compreendo como sendo uma entidade cultural. Aldeias, regiões, grupos étnicos, nacionalidades, grupos religiosos, todos têm culturas distintas em diferentes níveis de heterogeneidade cultural. A cultura de uma aldeia doSul de Moçambique pode ser diferente da de uma aldeia no Norte, mas ambas compartilham uma cultura Moçambicana comum que as distingue dasaldeiasa da África do Sul. Concordando
De acordo com AFFAIRS (1993)diz que Choque de civilizações é uma teoria proposta pelo cientista político Samuel P. Huntington segundo a qual as identidades culturais e religiosas dos povos serão a principal fonte de conflito no mundo pós-Guerra Fria. A teoria foi originalmente formulada em 1993, num artigo da ForeignAffairs chamado "TheClashofCivilizations?" (do inglês, "O Choque de Civilizações?").
A natureza das civilizações
De acordo com HUNGSTON (pg. 44) diz que, a história da humanidade é a história das civilizações. É impossível pensar-se no desenvolvimento da humanidade em quaisquer outros termos. A natureza se entende através de gerações de civilizações, desde as antigas sumeriana e egípcia, passando pela clássica e mesoamericana, até a ocidental e islâmica e através de sucessivas manifestações de civilizações cínicas e indus. Através da história, as civilizações proporcionam as identidades mais amplas para os povos.
Durante a guerra fria, o mundo estava dividido em primeiro, segundo e terceiro mundos. Estas divisões já não têm qualquer relevância. É agora muito mais significativo agrupar os países, não em termos dos seus sistemas políticos ou económicos ou dos seus níveis de desenvolvimento econômico, mas segundo a sua cultura e civilização.
Choque de Civilizações e a Reconstrução da Ordem Mundial
LEWIS (1990) diz como reacção ao livro de Francis Fukuyama, TheEndofHistoryandtheLast Man (1992). Huntington posteriormente expandiu sua tese num livro de 1996 chamado TheClashofCivilizationsandtheRemakingofWorldOrder (do inglês, "Choque de Civilizações e a Reconstrução da Ordem Mundial"). A expressão foi usada pela primeira vez por Bernard Lewis num artigo do exemplar de Setembro de 1990 de TheAtlanticMonthly, chamado "TheRootsof Muslim Rage" (do inglês, "As Raízes da Ira Muçulmana").
A Huntington afirma em sua tese que:
"Minha hipótese é que a fonte fundamental de conflitos neste mundo novo não será principalmente ideológica ou económica. As grandes divisões entre a humanidade e a fonte dominante de conflitos será cultural. Os Estados-nações continuarão a ser os atores mais poderosos no cenário mundial, mas os principais conflitos da política global ocorrerão entre países e grupos de diferentes civilizações. O choque de civilizações dominará a política global. As falhas geológicas entre civilizações serão as frentes de combate do futuro".Samuel P. Huntington
Para Huntington, as linhas que dividem as civilizações, embora raramente estejam bem definidas, são reais. As civilizações são dinâmicas; têm apogeu e declínio; dividem-se e fundem-se; surgem e desaparecem ao longo da História. As identidades civilizacionais tendem a ser cada vez mais importantes no futuro; e o mundo seria moldado pelas interacções entre sete ou oito grandes civilizações: ocidental, confuciana, islâmica, hindu, japonesa, eslava ortodoxa, latino-americana e, possivelmente, africana.
Os conflitos mais significativos do futuro tendem, segundo o autor, a ocorrer ao longo das linhas de decisão cultural que separam cada uma dessas civilizações. A recente fragmentação da Iugoslávia, aliás, já seria elucidativo deste processo.
Dentre as principais razões para o acirramento dos conflitos civilizacionais estariam:
O mundo estaria ficando 'menor': as interacções entre povos de civilizações diferentes estão aumentando, o que intensifica a consciência das civilizações, tanto das diferenças para com outras quanto das semelhanças para com as comunidades civilizacionais a que pertencem3. As interacções entre pessoas de diferentes civilizações acentuam a consciência civilizacional que, por sua vez, reforça diferenças e animosidades surgidas há muito tempo.
Os processos de modernização económica e mudança social estariam separando as pessoas das identidades locais formadas há muito tempo, enfraquecendo a nação-Estado como fonte de identidade: em boa parte do mundo a religião tomou a si a tarefa de preencher esse vazio, com frequência na forma de movimentos denominados fundamentalistas, presentes no islamismo, no hinduísmo, no judaísmo, no budismo, e também no cristianismo ocidental.
As características e diferenças de natureza cultural seriam menos mutáveis e, portanto, mais difíceis de conciliar e resolver que as diferenças de natureza política e económica: nos conflitos ideológicos da Guerra Fria a questão-chave era: "De que lado você está?" As pessoas podiam escolher um lado ou mudar de lado. No conflito entre as civilizações a questão é: "O que é você?" Isso não pode ser mudado. Até mesmo mais que a etnia, a religião descrimina as pessoas de maneiradrástica e exclusivista. Uma pessoa pode ser metade francesa e metade árabe, e até mesmo cidadã de dois países. É mais difícil ser meio católico e meio muçulmano.
Em suma, a tese presente nos últimos trabalhos de S. Huntington é de que as diferenças entre as civilizações são reais e cada vez mais importantes, uma vez que a consciência civilizacional está aumentando.
Desta forma, aponta que os conflitos entre as civilizações devem suplantar os conflitos de natureza ideológica e outras como forma dominante no âmbito global. As relações internacionais, um jogo historicamente jogado dentro da civilização ocidental, vão se 'desocidentalizar' cada vez mais; a ponto de tornarem-se um jogo em que as civilizações não-ocidentais terão participação activa. Os conflitos entre grupos de civilizações diferentes serão mais constantes, mais longos e mais violentos que os conflitos entre grupos de uma mesma civilização, e provavelmente a fonte mais provável e mais perigosa de guerras globais. O eixo predominante da política mundial, conforme o autor, será determinado pelas relações entre "o Ocidente e o resto". Nesse sentido, um foco central de conflito no futuro imediato, alerta o autor, poderia se situar entre o Ocidente e uma coalizão de Estados islâmicos aliados com a civilização confuciana
As críticas ao paradigma do Choque das Civilizações
O diplomata cingalês KishoreMahbubanilançou uma série decríticas ao paradigma das civilizações, dentre elas, a de que a civilizaçãoislâmica não seria tão compacta ao ponto de ameaçar o Ocidente. Alémdo mais, argumenta Mahbubani, a retirada repentina dos ocidentais pode ser encarada, na perspectiva do Oriente Médio, como tão danosa quantosua permanência na região.
O autor também questiona a suposta preparação de uma união entre as civilizações confunciana e islâmica, já que o Leste e Sudesteasiáticos actualmente estariam voltados para a dinâmica Ocidental. O factorde tensão entre Ocidente e Oriente estaria mais é no tipo de relaçõeseconómicas desenvolvidas entre ambos, que privilegiam os países quecomandam o capitalismo mundial e geram desigualdades económicas esociais nos países do terceiro mundo.
Não obstante refutar as teses de S. Huntington, Mahbubani nãodeixa de criticar certos valores ocidentais, como a liberdade individual,cuja má utilização estaria gerando diversos problemas sociais - como oaumento da criminalidade, crianças filhas de mães solteiras, divórcios -,levando o Ocidente a uma decadência moral acentuada.
Já o filósofo político José R. Novaes Chiappin5, ao contrário,credita coerência ao paradigma proposto por Huntington, classificando-ona corrente do realismo político, a qual busca desenvolver estratégias depoder em face dos contextos económico, cultural e político no qual seinserem as relações internacionais de poder. O realismo político é opostoà ideia universalista presente em autores como Francis Fukuyama (a tesedo "fim da história") e KenichOmahe (a tese do "fim do Estado-nação").Estes imaginavam uma homogeneidade que levaria a formação de um superestado ou, para tomar de empréstimo a Chiappin, de um "Estado Único". Já para autores como S. Huntington e G. Kennan, as diferenças são admitidas desde a origem, quando defendem a existência de três grandes 'regiões ideológicas' ou civilizacionais disputando o poder, visando à hegemonia de uma sobre as outras.
Ainda de acordo com Chiappin, o paradigma choque dascivilizações implicaria em ao menos três consequências práticas:
Evitaria que a política internacional deixasse "de ser uma política de características predominantemente ocidentais", mantendo uma situação de mais de 2000 anos;
Não apenas evitaria a redução do poderio militar dos países ocidentais como estimularia sua ampliação enquanto instrumento de contenção, neste âmbito, os Acordos de Cooperação e de Não Proliferação no campo das Armas Químicas e Nucleares, representariam as regras e normas pelas quais a civilização Ocidental manteria o "equilíbrio de poder", representando instrumentos práticos para a estratégia de contenção;
Forneceria referenciais teóricos para enfrentar a ameaça que paira sobre o próprio Estados Unidos de abrigar em sua sociedade conflitos civilizacionais em decorrência de seu multiculturalismo e da fragmentação étnica. Chiappin destaca casos recentes de problemas ocorridos com grupos étnicos e religiosos em território norte-americano, como a absolvição do negro O. J. Simpson apenas para agradar a comunidade negra americana, a marcha de 1 milhão de pessoas comandada pelo negro islâmico Louis Farrakhan, e a explosão por motivo de vingança religiosa de um prédio federal em Oklahoma praticada por cidadãos americanos
O livro do cientista norte-americano, Samuel P. Huntington lançou outras bases de entendimento da história, política e sociologia. Segundo ele a humanidade poderia ser dividida em nove civilizações:
Civilização cínica ou chinesa - Seria civilização baseada principalmente na cultura da China e regiões vizinhas e/ou com culturas semelhantes, como Coreia, Vietnam e Tibete.
Civilização nipônica ou japonesa - Seria a civilização centrada na região do Japão, e dessa maneira a única civilização com somente um país, visto que este possui cultura autônoma. No entanto, a Coreia do Sul também tem cultura semelhante, embora por questões políticas é considerada cínica. O Japão também possui forte influência da civilização ocidental.
Civilização hindu - Seriam os países que tem o hinduísmo como religião predominante, principalmente os que se estendem no rio Indo, como a Índia e o Nepal.
Civilização budista - Seria composta pelos países asiáticos na qual o budismo é a religião predominante, como a Mongólia, a Tailândia e a Camboja. O Tibete também pode ser incluído nessa civilização, embora acredita-se que seja sínico por questões políticas.
Civilização islâmica, muçulmana ou árabe - Seria a civilização constituída pelos países que têm o Islãcomo religião predominante, e que por vezes falam a língua árabe. Localiza-se principalmente napenínsula arábica e norte da África (incluindo também outras partes da África próximas).
Civilização ocidental - Provavelmente seria a maior das civilizações, consiste nos países na América e na Europa ocidental, e outros países que têm o Cristianismo como religião predominante, devido à influência europeia (como África do Sul, Austrália e Nova Zelândia).
Civilização latino-americana - Seria uma subdivisão da civilização ocidental, constituída pelos países independentes da América Latina que tem uma pequena distinção cultural e social.
Civilização ortodoxa - Seria a civilização de países que têm como religião predominante a doutrinaortodoxa do Cristianismo, constituída principalmente pela Rússia e pelo Leste Europeu.
Civilização subsaariana - Seria uma civilização relativamente grande, formada pelos países africanos localizados ao sul do deserto do Saara, predominamente cristãos.
Huntington sustenta que a história da humanidade seria a história dos choques de civilizações que estaria ainda longe de terminar. Esta opinião contrasta com a de Francis Fukuyama que em seu livro "O Fim da História e o Último Homem" defende que a história atinge sua homeostase com a supremacia do ocidente.
Com a globalização hoje podemos encontrar hindus, confucionistas, ortodoxos, etc. em praticamente todos os países do mundo. De fato, embora as concentrações geográficas sejam evidentes, as civilizações são maiores e mais complicadas do que isso. Em verdade estão espalhadas pelo mundo todo de maneira ideológica e histórica não respeitando muito fronteiras nacionais.
Voltando a Hartington, a Etiópia e o Haiti poderiam ser considerados "estados solitários" assim como o Caribe que constitui uma entidade distinta flutuando entre as civilizações Africana e Latino americana. Se os países da América latina, assim como os antigos membros da União Soviética se definirão como parte da civilização ocidental ou autónomos seria uma importante decisão a ser tomada.
As civilizações Ocidental e Islâmica, seriam as únicas com intenções de expansão e pretensões universalistas e por isso encontrar-se-iam constantemente em confrontos e disputas culturais, políticas e ideológicas.


Conclusão
Apósabordar os conteúdos referentes ao tema em questão que é o choque dascivilizações, teoriaesta que foi proposta pelo cientista político Samuel P. Huntington segundo a qual as identidades culturais e religiosas dos povos serão a principal fonte de conflito no mundo pós-Guerra Fria.
As identidades civilizacionais tendem a ser cada vez mais importantes no futuro; e o mundo seria moldado pelas interacções entre sete ou oito grandes civilizações: ocidental, confuciana, islâmica, hindu, japonesa, eslava ortodoxa, latino-americana e, possivelmente, africana.Os conflitos mais significativos do futuro tendem, segundo o autor, a ocorrer ao longo das linhas de decisão cultural que separam cada uma dessas civilizações.
De acordo com a ideia de Huntington que diz a sua tese ou ideia é o principal motivo dos problemas actuais a cerca das civilizaçõespude perceber ainda que o maior problema entre as nações no que concerne a civilização é a economia, visto ocada nação ou povoluta de modo que o seu território tenha mais economia em relação ao outro.








Bibliografia
FOREIGN AFFAIRS. «TheClashofCivilizations?»(em inglês) –O Choque de Civilizações verão de 1993.
HUNTINGTON, Samuel P. o choque de civilizações e a recomposição da ordem mundial (trad. Por CÔRTES M. H. C.), editora Objectiva. (pg. 227-351)
NOTA DE LEITURA:HUNTINGTON, Samuel. O choque das civilizações e arecomposição da nova ordem mundial.Rio de Janeiro: Objectiva, 1997–Revista de História Regional 5(1) Pág.:225-236, Verão 2000.
LEWIS, Bernard: «TheRootsof Muslim Rage» TheAtlantic (Setembro de 1990). 
MAHBUBANI, Kishore. Civilizações ou o quê? Paradigmas do mundo pós-Guerra Fria. Política Externa. São Paulo, vol. 2, n. 4, mar. 1994.
CHIAPPIN, José R. Novaes. O paradigma das civilizações e a nova estratégia da contenção. Colecção Documentos. São Paulo: IPEA/USP, 1996.


Índice

Introdução 2
Choque de civilizações 3
A natureza das civilizações 3
Choque de Civilizações e a Reconstrução da Ordem Mundial 4
As críticas ao paradigma do Choque das Civilizações 6
Conclusão 10
Bibliografia 11



Claire P. F. Michael


Manuel Portugal
Rorter da Costa AngeloJamal
Teresa Bonifácio
Zitoafai
Zitoantonio N. José





O Choque de Civilizações
Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de Ciências Políticas, do curso de FILDI 3o ano leccionada pelo docente:Dr. Gildo Alfandega
Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de Ciências Políticas, do curso de FILDI 3o ano leccionada pelo docente:
Dr. Gildo Alfandega







Universidade Pedagógica
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