Cidades criativas, um caminho para uma economia criativa

June 2, 2017 | Autor: Maria Inês Oliveira | Categoria: Economia Criativa, Cidades
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Cidades criativas, um caminho para uma economia criativa?

Maria Inês Oliveira, nº 37799 Seminário de Cidade e as Artes Mestrado de Práticas Culturais para Municípios Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Maio de 2016

Índice Palavras – Chave: ...................................................................................................................... 3 1.

Introdução ........................................................................................................................ 3

2.

Economia Criativa ............................................................................................................. 4

3.

Cidades Criativas ............................................................................................................... 5

4.

Impacto da economia criativa nas cidades criativas .......................................................... 9

5.

Considerações Finais ....................................................................................................... 10

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Palavras – Chave: Cidade; Criatividade; Cultura; Economia; Globalização.

1. Introdução A cidade é mais do que um dormitório, as pessoas desejam poder trabalhar e usufruir do mesmo espaço, deve ser um local de motivação, mas também de inovação. O actor social deve poder ter acesso a um espaço de lazer, cultural e ao mesmo tempo um espaço imbuído de criatividade. O presente trabalho tem como principal objecto o estudo da economia criativa bem como a cidade e as suas constantes mutações aliadas à criatividade. Para melhor compreender estas mudanças é necessário procurar entender factores como a crescente globalização e como consequência desta o crescimento das tecnologias. É, ainda, forçoso ter em consideração que a educação tornou-se um factor essencial e de mais fácil acesso tornando, assim, a maior parte da população das cidades com formação, e que procuram actividades que vão de acordo com a sua educação e estilo de vida. Procurarei entender a cidade como cidade criativa, abordando para isso não só o próprio conceito de cidade criativa, mas também o de economia criativa, conceitos que andam a par. Tendo em conta os dois conceitos a pergunta de partida para este trabalho de pesquisa foi: Cidades criativas, um caminho para uma economia criativa? Contudo, pude perceber que a questão devia ter sido formulada de maneira diferente, o caminho da criatividade na cidade faz-se com o auxílio da economia. A título de exemplo, apresento o caso da Vila de Óbidos, mostrando um estudo em que a criatividade pode ser analisada como motor local. As referências bibliográficas seguirão as normas da APA e o presente trabalho não segue o acordo ortográfico em vigor.

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2. Economia Criativa Durante muito tempo a economia e o sector cultural foram analisados como sendo contraditórios. Por um lado, a comercialização e produção de arte estava inserida no mercado, enquanto as artes e a cultura pertenciam à sociedade e ao Estado. A “economia cultural” torna-se mais relevante, implicando uma visão mais abrangente e aberta aos níveis político, social e económico. É de salientar, que a noção deste conceito surge no seguimento de uma transformação profunda das sociedades modernas, que se tornaram mais competitivas e «concorrenciais em factores intangíveis, onde se situam muitos dos bens culturais e simbólicos.» (Mateus:2009, p. 8). Esta transformação permitiu que o mercado se inserisse no meio cultural, assim os bens culturais estão ligados, e de forma mais relevante, à produção, à distribuição e consumo dos bens económicos. Existem três factores que foram cruciais para a relevância e reconhecimento da economia da cultura: - a crescente importância dos fluxos de renda e de emprego; - a necessidade de avaliar as decisões culturais e - os desafios teóricos de compreensão de um novo campo (Júnior et. Al 2011 ). Da ideia da importância dos bens e serviços com valor económico, mas também simbólico, surge o conceito de economia criativa, este surge da designação do conceito de Indústrias Criativas. A economia criativa tornou-se, no século XX, um pilar para o desenvolvimento nos vários países, mas principalmente para os países ditos desenvolvidos, uma vez que são estes que possuem melhores condições para a criatividade – tendo em conta que só a criatividade não basta, são precisos outros fenómenos que se encontram mais favoráveis nos países ditos desenvolvidos, todavia notam-se casos de sucesso de economia criativa, nomeadamente no Brasil, na cidade de São Paulo. Contudo, todos os países possuem actividades ligadas ao lazer, à gastronomia, à moda ou tradições intelectuais, no entanto nem todos conseguem definir estratégias e delinear planos para fazer destes recursos meios de desenvolvimento socioeconómico.

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Para além da economia e da cultura, também o território ganha importância para o sector da criatividade. Este deve ser entendido como o espaço designado por cidade, em que esta se torna também criativa, como poderá ser lido ao longo deste trabalho. «Nesse sentido, as cidades estão se tornando o principal locus de produção das “indústrias criativas”, sobretudo as que ocupam os maiores níveis dentro da hierarquia urbana. Ao mesmo tempo em que são capazes de contribuir para a evolução das cidades, estas, por sua vez, desempenham papel crucial na reprodução social dos sistemas econômicos e são elementos essenciais na formação

de vantagens

competitivas, as

quais

são

construídas

territorialmente» (Júnior et. Al: 2011, p. 13)

O território ganha extrema importância, este espaço deve ser analisado como uma localização de recursos, de força de trabalho, fortes capacidades de aprendizagem e inovação. A qualificação ganha relevância no paradigma da criatividade, sendo um dos principais factores para o desenvolvimento do território. É a partir deste fenómeno de trabalhadores qualificados que surge o conceito de Richard Florida de classes criativas, estas precisam da sua criatividade para trabalhar. «O reconhecimento de que os integrantes da classe criativa se dispõem a viver nas cidades com melhor qualidade de vida revela o quanto é vital uma profunda alteração nas principais diretrizes do planejamento urbano.» (Júnior et. Al :2011, p.14).

A cidade torna-se, assim, um local feito de e para pessoas, onde a criatividade, a inovação e a inclusão social se tornam factores determinantes. O ponto 3 procura desenvolver uma abordagem ao conceito de cidades criativas.

3. Cidades Criativas O conceito de cidades criativas tem sido estudado por várias instituições, desde da academia, instituições internacionais tais como a União Europeia, a OCDE e a ONU, bem como os governos locais. Este estudo mais acentuado do tema em torno da criatividade deve-se também, em parte, à prática política que este tema envolve, bem como um forte processo ligado ao turismo das cidades. Página 5 de 12

«A relação entre criatividade e promoção do desenvolvimento urbano, o reconhecimento do peso e da importância das actividades culturais e criativas na promoção económica e no peso e da importância das actividades culturais e criativas na promoção económica e no desenvolvimento territorial, ou a procura da competitividade pela via da captação da famigerada “classe criativa”, têm sido algumas das variantes mais destacadas deste interesse, traduzidas em abordagens e perspectivas múltiplas sobre esta questão.» (Costa et. Al: 2009, p. 2716)

Pedro Costa et. Al abordam três conceitos a ter em conta quando se aborda uma cidade: vitalidade urbana, competitividade urbana e criatividade urbana. Uma área urbana vitalizada deve ser capaz de gerir: - actividades que devem assumir animação, presença de pessoas, viabilidade e sustentabilidade. Correspondem a uma vitalidade a nível económico, social e cultural; - transações envolvendo trocas a nível cultural, económico e social e diversidade que pode envolver os sectores já mencionados na gestão da área urbana vitalizada. Quanto à noção de competitividade urbana: «(…) tem de ser assumida como a capacidade de um espaço oferecer qualidade de vida e bem – estar aos seus “utentes” que lhe permita manter uma dinâmica de desenvolvimento sustentável face aos outros (fixando residentes, criando emprego, garantindo amenidades e qualidade de vida aos utilizadores, assegurando a sustentabilidade dos recursos, garantindo a participação e a identidade cultural, etc.).» (Costa et. Al: 2009, p. 2725)

A criatividade urbana é analisada como um motor de transformação na malha urbana, trata-se de um vector de inovação e de reconhecimento dos actores sociais que são criativos. No entanto, para que esta criatividade se verifique é necessária a existência de ambientes que proporcionem a mesma. Por outro lado, os autores abordam igualmente a criatividade ao imaterial, não pertencendo esta a nenhum espaço físico. Criador do conceito de classes criativas, Richard Florida, defende uma visão competitiva das cidades, fazendo referência a uma aposta em políticas públicas que defendam a qualificação da vida urbana, que deverá ser de excelência. Esta excelência

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deverá ser factor para que os sujeitos desejem não só trabalhar como viver naquele espaço. Existe, assim, uma interligação entre o local de vivência e o local de trabalho. «Esta é uma visão essencialmente “competitiva” das cidades, estruturada sobretudo em função da qualificação urbana de alto nível – e ainda, em função da qualidade da interligação habitat – trabalho, crendo por conseguinte em poderosos efeitos catalisadores para as restantes áreas urbanas da meta – cidade, por via os chamados novos três T’s: tecnologia, talento, tolerância.» (Costa et. Al.:2009, p. 2729)

Contundo, esta visão de Florida traz muitas dúvidas e autores em seu desfavor, e apesar desta valorização da cidade, existem outros factores que nos podem levar a questionar quem poderá viver nesta cidade criativa? O acesso é igual para todos? Chegará, inclusive, essa tolerância a todas as camadas sociais? «Investigação empírica consideravelmente recente parece comprovar que, em diversas cidades europeias, os bairros mais criativos estão consideravelmente conectados com uma considerável variedade social e funcional. Porém, ao fim de um determinado período começam a sofrer pressões de localização, por efeitos do aumento do seu capital simbólico, afirmando-se paulatinamente uma tendência ‘gentrificadora’, ou de aumento da segregação socio – económica.» ( Costa et. Al:2009, p. 2729)

Gostaria ainda de abordar neste ponto do trabalho a Rede de Cidades Criativas criada pela UNESCO em 2004. «Esta rede tem como propósito a comunicação entre cidades criativas, para que possam partilhar conhecimentos, saber fazer, experiências, diretivas e tecnologia.» (Santos:2012, p. 41). Nesta rede, os seus membros podem ser reconhecidos de duas formas: por hubs criativos ou por clusters socioculturais. No primeiro caso há uma promoção do desenvolvimento socioeconómico e cultural através das indústrias criativas, ao passo que os clusters socioculturais permitem a ligação de comunidades que são socioculturalmente diversas, com a finalidade de proporcionar um ambiente urbano saudável. Poderá ser dito que uma das palavras – chave numa cidade criativa é a competitividade, ao estarem inseridas nesta rede, as cidades ganham uma notoriedade na competitividade ao nível internacional. As cidades que desejem candidatar-se podem Página 7 de 12

fazê-lo segundo sete temas. Devem ser possuidoras de características específicas para exercerem a sua candidatura. Os temas são: literatura, cinema, música, artesanato e arte popular, design, artes e média e gastronomia. As cidades que conseguem entrar na rede de cidades criativas da UNESCO investem também no turismo, como forma de propaganda do território, valorizando, deste modo, a sua cidade, cultura e economia. « (…) as cidades investem na sua atratividade turística, contribuindo para a sua afirmação enquanto território, em especial, enquanto destinos turísticos. Assim, as cidades agregam à sua capacidade natural para geração e valor, a promoção de um desenvolvimento, em que, a criatividade individual e o talento, têm o potencial de criar riqueza e empregos, tirando benefícios da rentabilização da propriedade intelectual, produzindo, dessa maneira, uma riqueza intangível baseada num tipo de recurso não – financeiro.» (Santos: 2012, p. 48)

O município de Óbidos, analisado por Joana Filipa Ferreira Santos na sua dissertação de mestrado, será citado como exemplo de modelo criativo. Entre outros programas, destaca-se a operação Óbidos: Economias Criativas, as suas principais componentes são: - educação criativa cuja finalidade era transformar a vila numa indústria criativa, através de uma educação criativa; - Óbidos: Habitat’s Criativos que tinha como principal objectivo o desenvolvimento de uma economia criativa e intelectual; - centros de excelência do conhecimento especializado em que, mais uma vez, a tónica era dada na qualificação especializada e na sua importância, nomeadamente, na área de turismo e conservação e restauro de edifícios ou actividades da nova economia; - rede museológica III que deve dotar o espaço de equipamentos e recursos patrimoniais únicos, devendo o público ter acesso. Destacam-se o museu das guerras peninsulares, o museu do chocolate, o museu das rainhas de Portugal e museu de arqueologia. Desta operação destacam-se, ainda, a remodelação das infraestruturas do centro histórico e, por fim, a fábrica de chocolate em que se pretende dinamizar a marca “Óbidos”, através do chocolate, criando empregos, trazendo empresários e promotores à vila.

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«Como se depreende, esta estratégia que começou a delinear-se desde 2008, atribui um especial enfoque no desenvolvimento dos espaços da cultura, da criatividade e do conhecimento, e tem como missão:” tornar Óbidos num centro estruturante de uma indústria criativa e afirmar a sua diferenciação e internacionalização, através atracção e fixação de um conjunto de agentes criativos e/ou intelectuais, do acolhimento de estudantes e investigadores nacionais e estrangeiros e de outros recursos humanos qualificados e da atracção de novas atividades económicas e serviços”.» (Santos:?,p.74)

É de salientar também o projecto de “Clusters Criativos” liderado por Óbidos. A sua duração foi de 2008 a 2011. No ponto que se segue, pretendo fazer uma análise do impacto que a economia criativa tem na cidade criativa, e que mudanças significativas se verificaram na forma como vemos o espaço urbano.

4. Impacto da economia criativa nas cidades criativas A economia é o motor de um país, porém as cidades tornaram-se essenciais no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável. Contudo, as cidades «desempenham um papel crucial como motores da economia, como espaços de conetividade e inovação, e também enquanto centros de serviços para as áreas circundantes.» (UE:2011, p. 5) As cidades devem ter uma visão de futuro, proporcionar vivências e experiências que tornem aquele lugar especial. Contudo, as cidades e os governantes devem ter em atenção os desafios que se apresentam. Estes desafios apresentam-se igualmente no sector económico, em especial no caso Europeu. O crescimento europeu, e consequentemente o desenvolvimento das suas cidades, já não é contínuo «(…) muitas cidades enfrentam uma série ameaça de estagnação ou declínio económico, especialmente as cidades não – capitais da Europa Central e Oriental, mas também as antigas cidades industriais da Europa Ocidental.» (UE:2011,p. 6). Este declínio da economia, incapaz de criar empregos, faz surgir um maior número de desigualdades sociais e pobreza, tendo fortes consequências a nível de precaridade

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e segregação social. É preciso uma solução para esta crise, esta parece passar pela criatividade, tendo como principal lugar a cidade. As soluções devem passar, e como é possível analisar no artigo “Cidades do Futuro – Desafios, visões e percursos para o futuro”, por economias locais sustentáveis, a criação de uma economia resiliente e inclusiva, deve existir um aproveitamento do potencial da diversidade a nível socioeconómico, cultural, étnico e geracional. As cidades devem, também, tornar as suas habitações mais atractivas e amigas do ambiente a fim de combater a exclusão espacial e a pobreza. Por fim, outro aspecto positivo que uma cidade sustentável deve possuir prende-se pela existência de espaços públicos ao ar livre que sejam atractivos. Perante todas estas mudanças, causadas em grande medida pela globalização, são precisas novas formas de governar. Os governantes das cidades devem adoptar um modelo holístico de desenvolvimento sustentável e basear as suas políticas no «empowerment dos cidadãos, na participação de todos os stakeholders, e na utilização inovadora do capital social.» (UE2011,p. 7) O título proposto para este ponto do trabalho é “Impacto da economia criativa nas cidades criativas”, com a pesquisa realizada pude chegar à conclusão que o impacto é mútuo. Não é só a economia criativa que tem impacto nas cidades criativas, a própria cidade tornou-se um recurso de desenvolvimento para uma economia que se encontrava em declínio, e que teve que recorrer a uma mistura de valores económicos e culturais – fenómeno que não se verificou durante grande parte da história.

5. Considerações Finais A análise que procurei desenvolver pretendia, na sua essência, responder à questão “Cidades Criativas, um caminho para uma economia criativa?”, todavia pude perceber ao longo da pesquisa que as respostas me levavam para um outro caminho, para novas questões. Vivemos um tempo de consumismo, as pessoas querem ter o produto e querem têlo de forma rápida, nos produtos de cariz cultural não é diferente. Como escreve John Newbigin: Página 10 de 12

«Quanto mais pessoas sejam capazes de elevar suas ambições económicas para além das necessidades básicas de alimentação e moradia, tanto mais desejarão consumir bens criativos. » (Newbigin: 2010, p. 17)

Não podemos ficar indiferentes que este fenómeno esteja ligado à globalização e à forte componente tecnológica que se tem vindo a verificar. Porém aliada a este forte avanço global e tecnológico surgem desafios novos: é preciso inovar e ser criativo para que exista a vontade de estar em determinado local. Neste contexto frenético de mudança – assinale-se para além da globalização e da tecnologia, a rápida e acelerada oportunidade de uma formação superior, os recursos cada vez mais diminuídos da terra e a mudança climática – as indústrias criativas passaram a ser o conceito chave da economia, deixando de ter o papel secundário que lhes cabia. As cidades tornam-se o local favorável para este tipo de economia, tendo um papel fundamental como lugar de criatividade para artistas e para os quem quer ver. Porém, casos como o da vila de Óbidos são também exemplos de como a criatividade pode ser um motor para locais mais pequenos, fazendo a economia e desenvolvimento local aumentarem a sua evolução. Assim, numa tentativa de resposta à questão inicial gostaria de salientar que a criatividade se faz num caminho mútuo entre a economia e a cidade, assim o acto de renovar que vem da economia criativa, através do simbólico e da cultura, desenvolvese através da cidade e de quem nela habita.

6. Bibliografia Costa, Pedro; Seixas, João e Oliveira Roldão Ana. (2009, Julho). Das Cidades Criativas à Criatividade Urbana? Espaço, Criatividade e Governança na Cidade Contemporânea. Cabo Verde Redes e Desenvolvimento Regional. Pp. 2715 – 2746 Marchi, Leonardo de. (2014). Análise do Plano da Secretaria da Economia Criativa e as transformações na relação entre Estado e cultura no Brasil. Intercom –RBCC. Vol. 37, Nº1, pp. – 193-215 Mateus, Augusto &Associados. (2009). O sector cultural e criativo em Portugal – Relatório Final. Lisboa, Lisboa: Autor

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Newbigin, John. (2010). A Economia Criativa: Um guia introdutório. British Council Reis, Ana Carla Fonseca. (2011). Cidades Criativas – Burilando um conceito em formação. IARA – Revista de Moda, Cultura e Arte. Vol. 4, Nº1, pp. 127-139 Santos, Joana Filipa Ferreira. (2012). As cidades criativas como modelo dinamizador do destino turístico. (Dissertação de mestrado). Escola Superior de Gestão de Tomar, Portugal. União Europeia. Política Regional. (2011). Cidades do Futuro – Desafios, visões e percursos para o futuro

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