Cidades e Regiões Inteligentes – uma reflexão sobre o caso português

As cidades e regiões digitais têm vindo a ser discutidas, sobretudo, na perspectiva do cidadão e do valor que lhe é disponibilizado, mediante a oferta de informação e serviços facilitadores do seu quotidiano. Todavia, este é apenas um dos potenciais das cidades e regiões digitais. Existe uma outra valência, igualmente importante, das cidades e regiões digitais na sociedade da informação. Falamos da capacidade para conferir inteligência a um dado território, mediante informação analítica, obtida a partir de um trabalho criativo sobre os dados agregados das interacções dos cidadãos. Este trabalho só pode ser efectuado por quem conheça o território e o contexto. As cidades e regiões digitais têm o potencial para produzir conhecimento sobre o respectivo território, em tempo real. Isto confere-lhe inteligência. No caso português, o papel das cidades e regiões digitais é, ainda mais importante, pela dispersão de competências, tutelas e responsabilidades entre inúmeras instituições que servem o território.