Cirno para sempre: tensões entre presente e futuro nas elegias de Teógnis

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VII Seminário de Pós-Graduação em Letras Clássicas da USP

“Cirno para sempre: futuro e presente nas Elegias de Teógnis” Rafael de C.M.Brunhara Orientadora: Paula da Cunha Corrêa

Teognideia, vv.237-254 Σοὶ μὲν ἐγὼ πτέρ' ἔδωκα, σὺν οἷσ' ἐπ' ἀπείρονα πόντον πωτήσηι, κατὰ γῆν πᾶσαν ἀειρόμενος ῥηϊδίως· θοίνηις δὲ καὶ εἰλαπίνηισι παρέσσηι ἐν πάσαις πολλῶν κείμενος ἐν στόμασιν, καί σε σὺν αὐλίσκοισι λιγυφθόγγοις νέοι ἄνδρες εὐκόσμως ἐρατοὶ καλά τε καὶ λιγέα ἄισονται. καὶ ὅταν δνοφερῆς ὑπὸ κεύθεσι γαίης βῆις πολυκωκύτους εἰς Ἀίδαο δόμους, οὐδέποτ' οὐδὲ θανὼν ἀπολεῖς κλέος, ἀλλὰ μελήσεις ἄφθιτον ἀνθρώποισ' αἰὲν ἔχων ὄνομα, Κύρνε, καθ' Ἑλλάδα γῆν στρωφώμενος, ἠδ' ἀνὰ νήσους ἰχθυόεντα περῶν πόντον ἐπ' ἀτρύγετον, οὐχ ἵππων νώτοισιν ἐφήμενος· ἀλλά σε πέμψει ἀγλαὰ Μουσάων δῶρα ἰοστεφάνων. πᾶσι δ', ὅσοισι μέμηλε, καὶ ἐσσομένοισιν ἀοιδή ἔσσηι ὁμῶς, ὄφρ' ἂν γῆ τε καὶ ἠέλιος. αὐτὰρ ἐγὼν ὀλίγης παρὰ σεῦ οὐ τυγχάνω αἰδοῦς, ἀλλ' ὥσπερ μικρὸν παῖδα λόγοις μ' ἀπατᾶις.

Eu te dei asas, com as quais sobre o infindo mar 237 voarás, e por toda a terra, elevando-te facilmente; em todos os banquetes e festins estarás presente, reclinado sobre os lábios de muitos, 240 e com aulos, flautins harmoniosos, jovens homens atraentes com beleza e harmonia em ordem te celebrarão. E quando um dia no fundo da terra sombria à mansão cheia de pranto do Hades desceres, nunca, nem morto, perderás a glória; mas serás 245 lembrado sempre com um nome imperecível, Cirno, a ir e vir pela terra grega e sobre as ilhas, cruzando o piscoso mar sem messe, não no dorso de cavalos; mas brilhantes dádivas das Musas coroadas de violetas te acompanharão; 250 e a todos, os que se ocupam delas e os que ainda virão, serás também canção, enquanto houver sol e terra. Apesar disso, eu não ganho nem um pouco do teu respeito: como se eu fosse um garoto, com palavras me iludes.

Teognideia, vv.19-26 Κύρνε, σοφιζομένωι μὲν ἐμοὶ σφρηγὶς ἐπικείσθω τοῖσδ' ἔπεσιν, λήσει δ' οὔποτε κλεπτόμενα, 20 οὐδέ τις ἀλλάξει κάκιον τοὐσθλοῦ παρεόντος· ὧδε δὲ πᾶς τις ἐρεῖ· ‘Θεύγνιδός ἐστιν ἔπη τοῦ Μεγαρέως· πάντας δὲ κατ' ἀνθρώπους ὀνομαστός.’ ἀστοῖσιν δ' οὔπω πᾶσιν ἁδεῖν δύναμαι· 25 οὐδὲν θαυμαστόν, Πολυπαΐδη· οὐδὲ γὰρ ὁ Ζεύς οὔθ' ὕων πάντεσσ' ἁνδάνει οὔτ' ἀνέχων.

Cirno, ao meu engenho, sim, seja sobreposto um selo nestes versos, e nunca ignorarão seu roubo, 20 nem vão mudá-los em algo vil, pois são um bem próximo; e assim todos dirão: “são versos de Teógnis de Mégara, por toda a humanidade nomeável.” Agradar à cidade toda inda não posso: não é nada admirável, Polípeda; nem Zeus 25 agrada a todos, faça a chuva ou a contenha.

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