CLITICIZAÇÃO E REDOBRO DE CLÍTICOS PRONOMINAIS EM KAYABÍ (TUPI GUARANI, TUPI): A NATUREZA AMBÍGUA DE CONSTITUINTES CLÍTICOS

Share Embed


Descrição do Produto

CLITICIZAÇÃO E REDOBRO DE CLÍTICOS PRONOMINAIS EM KAYABÍ (TUPI GUARANI, TUPI): A NATUREZA AMBÍGUA DE CONSTITUINTES CLÍTICOS Rafael Saint-Clair Xavier Silveira Braga (Doutorando, POSLING, UFRJ/CAPES)

Alessandro Boechat de Medeiros (Orientador, POSLING/UFRJ) 28 de abril de 2106

(1) Objetivos da pesquisa (2012-2016): ✓ Fazer uma incursão à estrutura argumental da língua: Investigar qual o sistema (s) de Caso (s) instanciados na língua; (ii)  Comparar os dados no que se refere a (i) em línguas indígenas, sobretudo, aquelas da mesma filiação genética; (iii)  Concluímos ser o kayabí uma L de Split ERG; (i) 

✓ São os pronomes nos contextos dos dados aqueles que: (i)  (ii) 

Redobram clíticos? Casos de resumpção?

✓ De que forma a MD e a teoria de cópia de traços pós sintaticamente explicam os dados do kayabí?

(2) Informações geográficas (Kayabí):

✓ Minoria vive às margens do Rio Telles Pires (Rio dos Peixes) fronteira com Pará; ✓ Maioria da população – PIX distribuídos em 11 aldeias (cf.8), região central ; ✓ cerca de 2.200 habitantes (ISA, 2012); ✓ Maior parte da população bilingue é masculina, sendo mulheres e crianças monolíngues (cf. Souza, 2004)

(3) Informações linguísticas gerais (Kayabí): ✓ Filiação genética: família tupi-guaraní, tronco tupi, ramo VI (Rodrigues, 1986); ✓ Padrão morfológico (em termos tipológicos): oscilante entre aglutinante (morfologia verbal) e de fusão. Porém, não é uma língua polissintética; ✓ Ordens de constituintes: OSV (focalização ou topicalização), VSO (movimento de verbo), sendo a ordem básica a SOV (núcleo final): valoração de caso; ✓ Morfologia verbal: padrões de conjugação, Indicativo I (declarativa), Indicativo II (enfoque) e Indicativo III (narrativa);   ✓ Aparentemente não codifica tempo (T) em sua morfologia verbal,   porém, codifica aspecto (ASP) ✓ Alinhamento de Caso: língua de ergatividade cindida (ver esquema Duarte, 2008:124)

(3) Ergatividade cindida (Kayabí): ✓ Filiação genética: família tupi-guaraní, tronco tupi, ramo VI (Rodrigues, 1986); ✓ Padrão morfológico (em termos tipológicos): oscilante entre aglutinante (morfologia verbal) e de fusão. Porém, não é uma língua polissintética; ✓ Ordens de constituintes: OSV (focalização ou topicalização), VSO (movimento de verbo), sendo a ordem básica a SOV (núcleo final): valoração de caso na língua; ✓ Morfologia verbal: padrões de conjugação, Indicativo I (declarativa), Indicativo II (enfoque) e indicativo III (narrativa);   ✓ Aparentemente não codifica tempo (T) em sua morfologia verbal,   porém, codifica aspecto (ASP); ✓ Sistema de Caso: língua de ergatividade cindida (ver esquema DUARTE, 2008:124)

(3) Ergatividade cindida (Kayabí): “A escolha da série de afixos pessoais é determinada pelo padrão ativo/não ativo, encontrado na maioria das línguas da família tupiguarani (cf. LEITE, 1990). Nas línguas desse tipo, os sujeitos dos verbos transitivos (A) e os dos verbos intransitivos (S) não ativos ocorrem com a mesma forma (…) Já os sujeitos dos verbos intransitivos não ativos (S) recebem a mesma marca que os objetos (O) dos verbos transitivos.” (GOMES, 2007:23-24)

(12) a-nupã

je ‘gã

1.SG-bater 1.SG 3.SG.M.HF

A

“Eu bati nele.” (DOBSON, 1997: 54)

(13) a-set

je

S

3.SG-dormir 1.SG

“Eu dormi.” (DOBSON, 1989: 22)

(14) je-ro’y

S

CL.1.SG-febre

“Estou com febre.”

(15) je-nupã ‘gã CL.1.SG 3.SG.M.HF “Ele me bateu.”

O (DOBSON, 1997: 44,55)

(3) Ergatividade cindida

(Duarte, 2008:124):

(16)  Sistema cindido de codificação de argumentos nucleares

em orações independentes A Sistema nominativo

S Opronominal Sistema absolutivo

S

(3) Ergatividade cindida: Estrutura argumental (kayabí): TP 3 T [NOM/ABS, EPP] 3 T vP 3 OBJk v’ 3 SUJ v’ [ERG/ACC, EPP] 3 VP v 3 tk V

(4) Pressupostos teóricos: ✓ Escolhemos duas teorias que se alinham por um lado (desenvolvidas dentro da Teoria de Princípios e Parâmetros, P&P de CHOMSKY, 1981): (1) Minimalista de fases (CHOMSKY, 2001): lexicalista & (2) Morfologia Distribuída (HALLE e MARANTZ, 1993): não lexicalista ✓ (1) A derivação sintática ocorre passo a passo (por fases) em que a estrutura sintática é enviada ao spellout nas fases fortes [vP] e [CP]; ✓ Os núcleos funcionais portadores de [uF] são as sondas enquanto os alvos são aqueles portadores [iF];

(4) Pressupostos teóricos: fases ✓ A sonda irá procurar por alvos dentro de seu domínio de c-comando e localizados nas margens (bordas): HP 3 H 3 H XP 3 X’ 3 X’ 3 X (…)

(4) Pressupostos teóricos: fases ✓ A sonda irá procurar por alvos dentro de seu domínio de c-comando e localizados nas margens (bordas): HP 3 H 3 H XP especificador 3 X’ especificador 3 X’ núcleo 3 X (…)

(4) Pressupostos teóricos: fases ✓ A sonda irá procurar por alvos dentro de seu domínio de c-comando e localizados nas margens (bordas): TP 3 T 3 T vP 3 v’ 3 v’ 3 v (…)

(4) Pressupostos teóricos: fases ✓ A sonda irá procurar por alvos dentro de seu domínio de c-comando e localizados nas margens (bordas): TP 3 T 3 T vP 3 v’ 3 v’ 3 v (…)

(4) Pressupostos teóricos: fases ✓ A sonda irá procurar por alvos dentro de seu domínio de c-comando e localizados nas margens (bordas): TP 3 T [EPP, NOM/ABS] 3 T vP 3 v’ [EPP, ERG/ACC] 3 v’ 3 v (…)

(4) Arquitetura

(Chomsky, 1995-2001):

LLéxico repertório de traços {F1, F2, F3, …, Fn}

Numeração LIs {o, caderno, Marina, deu} juntar, concordar, mover

PF π

LF λ

(4) Morfologia Distribuída: Arquitetura

(4) Presupostos teóricos:

os porquês

✓ O instrumental da proposta de fases é utilizado na MD pois, fases sintáticas, também podem ocorrer no nível da “palavra” (cf. MARANTZ, 2002) assim como ocorre no nível da sentença; ✓ O diferencial da MD com relação aos modelos lexicalistas é que uma teoria de inserção tardia, sendo um modelo conceptualmente mais econômico, pois não precisa de um léxico gerativo, sendo a sintaxe a única componente gerativa. A fonologia (PF) é sempre tardia (cf. EMBICK e NOYER, 2006).

(5) Cliticização e redobro em kayabí (i)  Redobro de objeto direto (complemento) (13)  Ka’i-ak macaco

(14)  A’e-ramũ Então

‘gãk

tee

CL.3.SG.M.HF

je

somente 1.SG

je

ka’i-ak

‘gãk

1.SG

macaco

CL.3.SG.M.HF

i-juka-aù 3-matar-NAR

juka-aù matar-NAR

“Então, eu o matei o macaco.”

(DOBSON, 1989:266)

(ii) Redobro de objeto indireto (argumento dativo) (17)  Kuìma’e-a

akagytar-a

mome’w-aù kujãk ‘gãk

homem-NMZDR enfeite-NMZDR contar-NAR

nupe

mulher CL.3.SG.F.HF

para

“Os homens contam para elask as mulheresk sobre os enfeites.” (DOBSON, 2005:10) (iii) Redobro de sujeito (16) Waiw-ak kynak je mu’j-aù t-aity are velha-NMZDR CL.3.SG.F.MF 1.SG ensina-NAR INDF-rede sobre

“Uma mulher velhak elak ensinou-me como fazer redes.”

(DOBSON, 2005:10)

(5) Cliticização e redobro em kayabí (i)  Redobro de objeto direto (complemento) (13)  Ka’i-ak macaco

(14)  A’e-ramũ Então

‘gãk

tee

CL.3.SG.M.HF

je

somente 1.SG

je

ka’i-ak

‘gãk

1.SG

macaco

CL.3.SG.M.HF

i-juka-aù 3-matar-NAR

juka-aù matar-NAR

“Então, eu o matei o macaco.”

(DOBSON, 1989:266)

(ii) Redobro de objeto indireto (argumento dativo) (17)  Kuìma’e-a

akagytar-a

mome’w-aù kujãk ‘gãk

homem-NMZDR enfeite-NMZDR contar-NAR

nupe

mulher CL.3.SG.F.HF

para

“Os homens contam para elask as mulheresk sobre os enfeites.” (DOBSON, 2005:10) (iii) Redobro de sujeito (16) Waiw-ak kynak je mu’j-aù t-aity are velha-NMZDR CL.3.SG.F.MF 1.SG ensina-NAR INDF-rede sobre

“Uma mulher velhak elak ensinou-me como fazer redes.”

(DOBSON, 2005:10)

(5) Cliticização e redobro em kayabí ✓ São as formas pronominais do kayabí clíticos em redobro? Ou são casos de resumpção? (i) Tanto os pronomes fortes quanto os pronomes clíticos da língua são formas homófonas, de tal forma, que requer cuidadoso exame das glosas e contextos de uso para identificar quando é redobro e quando é uma ocorrência de um pronome forte. O mesmo ocorre para o dialeto wambeek do holandês (Déchaine e Wiltsko, 2002). ✓ O que nos leva a apostar que as formas são de pronomes em redobro é que tanto o argumento quando a forma que o copia nascem juntos em posição temática, mesmo havendo opcionalidade no movimento.

(5) Cliticização e redobro em kayabí (i)  Redobro de objeto direto (complemento) (13)  Ka’i-ak macaco

(14)  A’e-ramũ Então

‘gãk

tee

CL.3.SG.M.HF

je

somente 1.SG

je

ka’i-ak

‘gãk

1.SG

macaco

CL.3.SG.M.HF

i-juka-aù 3-matar-NAR

juka-aù matar-NAR

“Então, eu o matei o macaco.”

(DOBSON, 1989:266)

(ii) Redobro de objeto indireto (argumento dativo) (17)  Kuìma’e-a

akagytar-a

mome’w-aù kujãk ‘gãk

homem-NMZDR enfeite-NMZDR contar-NAR

nupe

mulher CL.3.SG.F.HF

para

“Os homens contam para elask as mulheresk sobre os enfeites.” (DOBSON, 2005:10) (iii) Redobro de sujeito (16) Waiw-ak kynak je mu’j-aù t-aity are velha-NMZDR CL.3.SG.F.MF 1.SG ensina-NAR INDF-rede sobre

“Uma mulher velhak elak ensinou-me como fazer redes.”

(DOBSON, 2005:10)

(5) Cliticização e redobro em kayabí ✓ São as formas pronominais do kayabí clíticos em redobro? Ou são casos de resumpção? (i) Exame das glosas e os contextos de ocorrência. As glosas dizem

em que contextos uma forma pronominal é forte e qual delas é clitica em redobro.

(14)  A’e-ramũ Então

je

ka’i-ak

‘gãk

juka-aù

eu

macaco

3.SG.HF

matar-NAR

“Então, eu matei o macaco.” “Então, eu o matei.” (Dobson, 1989:266)

(5) Cliticização e redobro em kayabí (ii) Critério fonológico: clíticos precisam se agrupar, pois são elementos deficientes em termos fonológicos (átonos), devendo se apoiar em alguma palavra portadora de acento proeminente. (70) je-akỹ CL.1.SG-molhado

jek 1.SG

“Eu estou molhado.” (71) ‘gã(r)2-og CL.3.SG-casa

ipe

‘gã1

o-ì

para

3.SG.M.HF

ir-FOC

“Ele1 foi para casa dele2

(DOBSON, 2005:34)

(5) Cliticização e redobro em kayabí (ii) Critério sintático: clíticos aparecem gerados junto de seus argumentos, inicialmente em posição temática. (13)  Ka’i-ak

‘gãk

macaco

(14)  A’e-ramũ Então

CL.3.SG.M.HF

tee

je

somente 1.SG

i-juka-aù 3-matar-NAR

je ka’i-ak ‘gãk juka-aù 1.SG macaco CL.3.SG.M.HF matar-NAR

“Então, eu o matei o macaco.”

(Dobson, 1989:266)

(5) Geração, cliticização e redobro (i)  Geração de clítico

Arregi e Nevins (2012: 53)

(5) Geração, cliticização e redobro (i)  Geração de clítico

Arregi e Nevins (2012: 53)

(5) Geração, cliticização e redobro (i)  Geração de clítico Redobro de clítico SUJ sem marcação ERG em DPs

Linguas marcadoras de ERG em D/NPs

Arregi e Nevins (2012: 53)

(5) Geração, cliticização e redobro (i)  Geração de clítico

✓ Redobro de argumento OBJ ACC/ABS

Bitner e Hale (1996)

✓ Redobro de argumento DAT não participante

Arregi e Nevins (2102:55)

(5) Geração, cliticização e redobro (ii) Cliticização (Travis, 1984 e Baker, 1988,1996)

p.175

(5) Geração, cliticização e redobro (ii) Cliticização “Há um porquê de o clítico ocupar a posição de especificador do KP. É a partir deste especificador que o clítico sofrerá um movimento de núcleo especial. De acordo com a intuição dos autores (Arregi e Nevins, 2012), caso o clítico sofra movimento de núcleo nos moldes tradicionais, …, passando o clítico por todos os núcleos funcionais, sobretudo, v-zinho e Aspecto, o clítico irá incorporar traços desses núcleos, assimilando-os. Assim, o pronome clítico irá ter natureza flexional quanto as traços de tempo e aspecto, como se fosse um elemento de natureza verbal, o que não se observa translinguisticamente em línguas com redobro de clíticos.” (Braga, 2016: 174)

(5) Geração, cliticização e redobro (ii) Cliticização

Como se dará este movimento de núcleo especial?

(5) Geração, cliticização e redobro (ii) Cliticização ✓ Clíticos são elementos estruturalmente ambíguos de natureza Xmin/max (Roberts, 2010), reunindo tanto propriedades de elementos nucleares quanto de elementos XPs (Arregi e Nevins, 2012). (A) Primeira etapa: o clítico gerado como elemento D no especificador de KP sofrerá primeiramente movimento frasal até uma determinada projeção funcional imediatamente abaixo do núcleo T (para clíticos DAT e ABS) ou abaixo do núcleo C (clíticos ERGs)

(5) Cliticização (Arregi e Nevins, 2012)

(5) Geração, cliticização e redobro (ii) Cliticização

(B) Segunda etapa: “A partir desta posição [FP1], o clítico irá sofrer movimento de núcleo local para seu respectivo hospedeiro.” Arregi e Nevins (2012:62)

(5) Cliticização

(5) Cliticização (Arregi e Nevins, 2012) Vantagens desta proposta: (i)  Reconhece a natureza ambígua dos constituintes clíticos; (ii)  Esta ambiguidade do clítico confere a este a capacidade de sofrer movimentos no curso da derivação que respeitam a natureza estrutural ambígua dos mesmos; (iii)  Demonstra que nem todos os tipos de objetos sintáticos, como os clíticos, podem mover-se obedecendo livremente a restrição de movimento de núcleo (Travis, 1984) (iv)  Mesmo aparetemente desobedecendo esta restrição, o movimento de clítico nesses moldes obedece a critérios de localidade (Chomsky, 2001)

(5) Cliticização: kayabí (1) Redobro de Sujeito

(5) Cliticização: kayabí (1) Redobro de Sujeito

(5) Cliticização: kayabí (2) Redobro de argumento dativo

(5) Cliticização: kayabí (2) Redobro de argumento dativo

(5) Cliticização: kayabí (3) Redobro de objeto direto (argumento acusativo)

(5) Cliticização: kayabí (3) Redobro de objeto direto (argumento acusativo)

(5) Redobro: ✓ A MD possui como uma de suas propriedades a inserção tardia de expoentes fonológicos por meio de regras de IV. ✓ Segundo desenvolvimentos recentes da MD, a operação de Agree se dá em 2 etapas (cf. ARREGI e NEVINS, 2012): (1)  Agree-link: etapa sintática (43) a.

ZP 3 Z [uFx] 3 Zsonda YP 3 XPalvo (...) [Fx]

(5) Redobro: ✓ A MD possui como uma de suas propriedades a inserção tardia de expoentes fonológicos por meio de regras de IV. ✓ Segundo desenvolvimentos recentes da MD, a operação de Agree se dá em 2 etapas (cf. ARREGI e NEVINS, 2012): (1)  Agree-copy: etapa pós-sintática (43) a.

ZP 3 Z [Fx] 3 Zsonda YP 3 XPalvo (...) [Fx]

(5) Redobro: Arregi e Nevins (2012:4) SINTAXE Juntar & Mover Agree-Link Cliticização Promoção do Absolutivo

Pós-Sintaxe Convergência Exponencial Agree-Cópia Fissão … ↓ Marcação de Traços Dissimilação de [Participante] Clítico Plural Empobrecimento ↓ Concordância Morfológica Inserção de [Have] Concordância de Complementizador Linearização Operações Lineares Metátese de Clítico e Redobro



Inserção de Vocabulário

(5) Redobro: Arregi e Nevins (2012:4) SINTAXE Juntar & Mover Agree-Link Cliticização Promoção do Absolutivo

Pós-Sintaxe Convergência Exponencial Agree-Cópia Fissão … ↓ Marcação de Traços Dissimilação de [Participante] Clítico Plural Empobrecimento ↓ Concordância Morfológica Inserção de [Have] Concordância de Complementizador Linearização Operações Lineares Metátese de Clítico e Redobro



Inserção de Vocabulário

(5) Redobro: (70) je-akỹ

je

CL.1.SG-molhado

1.SG

“Eu estou molhado.”

(43) a.

(DOBSON, 2005:34)

TP 3 [Nom; FEPP; φF]T /je/ [+Participante; +Ator; +Singular] 3 T vP 6 je-akỹ

(5) Conclusões: (i) Pela maioria dos dados disponíveis nos materiais de Rose Dobson, apenas encontramos redobro de clítico quando os argumentos em questão são de terceira (3) pessoa; (ii) Como a ergatividade em kayabí é apenas codificada no verbo (sem marcação em D/NPs), um DP expandido aos moldes de van Koppen (2008) parece interessante para os contextos de redobro de sujeito. Apenas adotamos a projeção de KP de Bitner e Hale (1996) e Arregi e Nevins (2012), quando os argumentos redobrados são ACCs e DATs; (iii) O kayabí codifica a ergatividade na morfologia do verbo, sendo os argumentos D/NPs nucleares licenciados como ERG/ABS e NOM/ACC a depender de sua posição estrutural na derivação sintática; (iv) Parece interessante adotarmos o instrumental teórico de Chomsky (1995) sobre os especificadores múltiplos como os primeiros “sítios de pouso” para a primeira etapa da cliticização (evitando criação de uma nova FP para CLs); (v) Quanto ao processo de redobro, este se dá pós sintaticamente na componente morfológica (MS) por meio da operação Agree-cópia de traços.

Grato! [email protected]

(6) Referencias bibliográficas: ARREGI, Karlos and NEVINS, Andrew (2012). Morphotactics: Basque Auxiliaries and the Structure of Spellout. Dordrecht: Springer. CHOMSKY, Noam (2001). “Derivation by Phase”. In: KENSTOWICZ, M. (ed.), Ken Hale: A Life in Language, Cambridge, MA: MIT Press, pp.1-52. ___________ (1995). The Minimalist Program. Cambridge, MA : MIT Press, 1995. pp.427. DUARTE, Fabio (2008). “Fonte de valoração do Caso ergativo e do Caso absolutivo em línguas indígenas brasileiras”. In: Linguística (Rio de Janeiro), v. 4, p. 111-135, 2009. EMBICK, David & NOYER, Rolf (2006). “Distributed Morphology and The Syntax-Morphology Interface”. In: RAMCHAND, Gillian & REISS, Charles. Oxford Handbook of Linguistic Interfaces. Oxford, OUP. MARANTZ, Alec (2001). Words. Talk given at WCCFL, University of Southern California.

(6) Referencias bibliográficas: BELLETTI, Adriana (2005). “Extended doubling and the VP periphery”. In: Probus 17.p.1-35. DÉCHAINE, Rose-Marie and WILTSCHKO, Martina (2002). “Decomposing pronouns”. Linguistic Inquiry 33: p.409-442. DOBSON, Rose ([1988], 2005). Aspectos da língua Kayabí. Série Lingüística. N.12, Brasília, SIL. ___________ (1989). Kayabí texts. Brasília, Summer Institute of Linguistics; SIL. ___________ (1997). Gramática prática com exercícios da língua Kayabi. Sociedade Internacional de Linguística (SIL), Cuiabá, Mato Grosso (MT). VAN CRAENENBROECK, Jeroen, and VAN KOPPEN, Marjo (2008). “Pronominal doubling in Dutch dialects: Big DPs and coordinations”. In: BARBIERS, Sjef; KOENEMAN, Olaf; LEKAKOU, Marika, and VAN DER HAM, Margreet (eds.) Microvariation in syntactic doubling, p. 207-249. Bingley: Emerald. VAN KOPPEN, Marjo (2005). One probe – two goals: aspects of agreement in Dutch dialects. Landelijke Onderzoekschool Taalwetenschap (LOT), Netherlands Graduate School of Linguistics, Utrecht, The Netherlands.

(6) Referencias bibliográficas: BAKER, Marc (1988). Incorporation: a theory of grammatical function changing. Chicago: University of Chicago Press. ___________ (1996). The polysynthesis parameter. New York, Oxford, Oxford University Press. ROBERTS, Ian (2010). Agreement and head movement: clitics, incorporation, and defective goals. Linguistic Inquiry Monographs, 59. Samuel Jay Keyser (ed.). MIT Press. RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. (1985). “Relações internas na família lingüística Tupi-Guarani”. In: Revista de Antropologia, v. 27/28, pg.33-53. SIDDIQ, Daniel (2009). Syntax within the word: economy, allomorphy, and argument Distributed Morphology. John Benjamins. Philadelphia, USA.

selection in

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.