Códigos de bom-tom ou de civilidade - Power-point

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A vida no palácio
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No século XVIII em Portugal instalou-se o costume, especificamente nas casas da nobreza, de decorar as entradas com figuras à escala natural recortadas em azulejo representando alabardeiros, criados de libré, damas e guerreiros armados em atitude de receber os visitantes, emprestando um certo sentido barroco de festa a estas entradas.
Fotos tiradas no Palácio do Correio-Mor - Loures
A vida no palácio
A mesa do rei era um local para se ser visto tanto por populares como por quem gravitava junto da Corte.
Damião de Gois afirma que pelo menos na época do Natal a realização de um banque público era um hábito, revestindo-se de grande aparato.

Com as suas artes e cerimoniais, a mesa era um espaço de afirmação onde se desenrolava uma cenografia, mostrando quem detinha o poder e quem estava perto dele.

Ser convidado a servir o rei e a sua família era uma grande honra, mesmos nas tarefas mais corriqueiras como servir o vinho, trinchar carnes ou mesmo colocar as travessas na mesa.

De acordo com o protocolo adotado para o serviço de mesa de D. João IV, as travessas eram levadas da cozinha para a copa e de lá para a mesa pelo vedor da semana, guarda reposteiros, moços de camara, seguindo-se a atuação de outros como o manteeiro com a bacia de água para as mãos, o capelão que benzia os alimentos, o trinchante com os seus utensílios, o médico que assistia o rei e o vedor-mor que provava os alimentos.

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MUITO OBRIGADO
No século XIX
O desejo de uma maior intimidade, por parte da aristocracia, manifesta-se na construção e na transformação das suas casas.

Os empregados domésticos tinham uma parte distinta da casa reservada para eles, verificando-se em palácios uma circulação diferente da dos senhores.

Arranjaram-se salas de fumo, estritamente reservados a cavalheiros e pequenos salões sobretudo para as damas.

No século XIX, os livros de etiqueta estão organizados à volta de situações sociais particulares – jantares, bailes, festas, receções na corte, conversas, caminhadas, apresentações, cumprimentos, etc. – e não de acordo com as virtudes morais do indivíduo ideal - comportamento, coragem e autocontrole.
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A vida no palácio
Era um protocolo complicado cheio de gestos e mesuras no qual parte do serviço era feito de joelhos.

Os hábitos alimentares e formas de comer eram formas de representação do poder e das hierarquias sociais.

O luxo marcou a diferença entre D. João IV e D. João V. O primeiro aderiu a comidas públicas, o segundo veio a cancela-las levando uma vida retirada da Corte.

Durante o reinado de D. José houve várias fases, como a de antes o terremoto e de após.

Com D. Maria I voltaram-se aos jantares em Queluz.

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A vida no palácio
Imaginemos, com alguns exemplos, como se vivia no palácio.

o quarto do rei não tinha casa de banho, pois que não havia a banheira como hoje a conhecemos, nem o lavatório e usavam-se tinas ou bacias.

os excrementos eram despejados para exterior. Usavam mesmo uns rudimentares sanitários, que mais não eram que um buraco, com uma tampa de madeira, que dava para o exterior.

as pessoas eram abanadas para espantar o mau cheiro que elas exalavam, pois devido ao frio não se tomava banho. Normalmente o primeiro banho do ano era tomado em maio.

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A vida no palácio
Dinheiro, poder e prestígio encontravam-se nos militares que fizeram a guerra e que passaram a frequentar a Corte.

Criam-se os incentivos políticos e morais que transformaram em aristocratas os antigos militares, mas somente para aqueles que eram conhecedores das políticas cortesãs.

Assim era uma função dos escritores dos manuais educar aristocratas e criar o cortesão a partir do guerreiro.
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A partir do inicio do século XVII a subida na pirâmide das classes e´ possível, sem ser baseada no berço onde se nasceu.

Surgem os abastados proprietários e financeiros, considerando-se aristocratas, possuidores de palácios e de boas residências, para onde se desloca a alta sociedade pavoneando-se, tecendo os fios da trama social, e decidindo a posição e prestígio de muita gente, nomeadamente de alguma que frequentava a Corte.

A Corte mantinha-se como centro da socialidade, de fonte de cultura, mas estas suas funções eram cada vez mais partilhadas com os círculos aristocratas.

De Erasmo a Rodrigues Lobo
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De Erasmo a Rodrigues Lobo




Erasmo por Hans Holbein, o novo
Baldassare Castiglione, no retrato feito pelo pintor Rafael Sanzio
Francisco Rodrigues Lobo
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De Erasmo a Rodrigues Lobo




Erasmo por Hans Holbein, o novo
Erasmo, com a sua De civilitate morum puerilium –

Da civilidade dos costumes das crianças, ou
Da civilidade pueril

publicada em Basileia em 1530,

prescreveu regras e maneiras que deveriam ser seguidas pela sociedade da qual ele fazia parte.

O seu curto tratado didático em latim lançou o género literário que durante séculos assegurará a pedagogia das boas maneiras.
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De Erasmo a Rodrigues Lobo




Baldassare Castiglione, no retrato feito pelo pintor Rafael Sanzio
Baldassare Castiglione, publica em 1528, em Veneza, O cortesão

O livro é um divulgador de preceitos que no século XVI a aristocracia europeia procurava conhecer.

Doutrina contrária à de Erasmo, mas que se transforma na gramática fundamental da corte, pois que levam a crer que os bons comportamentos pertencem apenas às classes superiores na Corte.

A Corte era uma micro sociedade que se apresentava com uma imagem de luxo, num verdadeiro jogo de representações. A mentira e a dissimulação faziam parte do dia-a-dia na Corte, ou nos palácios.

Contando as traduções para várias línguas da obra de Castiglione podemos concluir que tenha sido muito bem aceite, não apenas na Itália mas em toda a Europa. Localizaram se 156 edições do livro entre 1528 e 1850, sendo que 137 delas foram feitas nos séculos XVI e XVII
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De Erasmo a Rodrigues Lobo




Rodrigues Lobo, em Corte da Aldeia (1619), define cortesia como "a reverência e comedimento que se costuma entre iguais…." .

Na Corte na Aldeia faz-se alusão:

à possível transformação do perfeito cortês em perfeito cortesão para quem os gestos…,

o falar correta e elegantemente,

o gosto de selar as cartas com as suas armas e tenções…,

o correto comportamento à mesa, nas visitas e no passeio…,

a compostura e discrição dos criados…,

deveriam constituir as maneiras de participar nesse «bellissimo ordine di servire» que desde os fins do século XV se aprofundava nas cortes europeias
Francisco Rodrigues Lobo
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De Erasmo a Rodrigues Lobo





O modelo de sociedade cortesã, defendido por Castiglione, é ultrapassado, na segunda metade do século XVII, pelo modelo de socialidade regulamentada da Corte de Luís XIV, onde todos os passos dados pelos membros da corte são conhecidos e reconhecidos por todos, perdendo-se a intimidade naquela micro sociedade.

O cortesão é considerado perfeito porque está ali, na Corte, respeitando as suas normas e comportamentos.

O grupo de cortesãos que cercavam o rei diferenciava-se
pelo vestuário,
pelas expressões e
modo de falar,
marcas exteriores que mostrariam distinção, prestígio e status.
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No século XIX

A partir de meados do seculo XIX, as mulheres, excluídas de qualquer participação nos negócios ou na vida pública, reinavam nos palácios, nas casas nobres ou da aristocracia (e igualmente da burguesia que aguardava que a distancia social se reduzisse), através da etiqueta e das regras da sociedade.

Elas dirigiam a sociedade na sua casa e decidiam quem podia ser admitido ou rejeitado. Para tal usavam uma rede de relações, não se podendo acolher alguém que se não conhecesse pessoalmente.

A família e os próximos desempenhavam um papel decisivo nesta interação social.
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No século XIX
Em meados do século XIX, na vivência dos palácios, vamos encontrar um novo ideal doméstico com entrada por influência inglesa dos anjos do lar, como a nurse ou a miss.

Era a influência inglesa que encontramos no seio das classes dominantes da sociedade portuguesa, cuja anglomania era uma das formas de distinção. Mais tarde, a Alemanha introduziu-nos a Fräulein.

As práticas de higiene (sabão, W. C., tina) as modas de vestuário, de maneira de falar (home, baby, conforto…), de jogar, de sentir ou de amar, confirmam-nos a mudança.


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As Cortes
Muito da cortesia usada no palácio derivou dos rituais que a igreja há muito usava, mas com algumas diferenças.

Quando numa rua, uma procissão passava com o sacrário, todos, independentemente do seu nível social, eram obrigados colocar o joelho em terra, tal como se faria se o rei passasse.

Os reis eram vicários de Deus, a sua imagem viva, ou melhor deuses na terra, e consequentemente deveriam ser respeitados como coisas divinas e sacras: um insulto ao rei era um insulto a Deus.

A falta de respeito a uma representação real era punida, pois o monarca era o ultimo objetivo nessa falta de respeito.

Igualmente era punida a falta de respeito a quem representasse o rei em qualquer atividade ou local, nomeadamente os coletores de impostos.
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As Cortes
A genuflexões, o retirar o chapéu, o tom referencial do discurso, o baixar os olhos, a obediência e a garantia de obediência assim como a disponibilidade para prestar serviço, eram modos do rei verificar a obediência dos seus súbditos.

A mais importante das armas à disposição de rei era a sua decisão em aceitar ou recusar um cumprimento ou permitir que o súbdito falasse com ele.

Se o príncipe ignorava a presença de um súbdito este tinha a sensação de ter sido batido ou ferido.

Quando o rei parava para uma conversação com um súbdito no meio de um mar de cortesãos que o rodeavam, tal era visto pelo súbdito como uma grande honra e sentia-se mais motivado em servir a coroa.
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As Cortes
A etiqueta tornou-se o meio de progresso social para a Corte. "Através da etiqueta, a sociedade de corte faz a sua autorrepresentação, as pessoas distinguem-se umas das outras e todas juntas distinguem-se das que são estanhas ao grupo, dando a todos e a cada um a prova do valor absoluto da sua existência". Vale a pena mencionar algumas das regras:

Quem pretendia falar com o rei não podia bater à sua porta. Em vez disso, usando o dedo mindinho da mão esquerda, tinham que arranhar suavemente a porta, até que lhes fosse dada permissão para entrar. Como resultado, muitos cortesãos deixaram crescer mais as suas unhas que outros!

Uma dama nunca abraçava um cavalheiro. Além de ser de mau gosto, esta prática seria impossível devido às largas saias que tinham. Quando passeavam pelos jardins e salas de Versalhes, punham simplesmente a mão no cotovelo do cavalheiro.

Quando um cavalheiro se sentava, deslizava o seu pé esquerdo em frente do outro, pousava as mãos nos lados da cadeira e suavemente descia para a cadeira. A razão prática para este procedimento era que se sentasse rapidamente, as suas calças apertadas podiam rasgar!

Às mulheres e aos homens não era permitido cruzar as pernas em público.

Quando um cavalheiro se cruzava por um conhecido tinha que tirar o chapéu da cabeça até que ele passasse. O mesmo quando passava junto ao Palácio, exatamente como acontecia em frente a uma Igreja.
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As Cortes

O que era um pesadelo para cada um, dada a necessidade de se estar sempre a representar.

A vida na Corte era estritamente regulada pela etiqueta.

A meticulosa e estrita etiqueta que Luís XIV estabeleceu, era resumida nos elaborados procedimentos que acompanhavam o seu acordar pela manhã.

"O rei precisava de despir a camisa de noite e de vestir a camisa de dia. Mas esse gesto indispensável fora revestido de significado social. O rei transformara-o num privilégio com que honrava os seus nobres (...) ".

Como esta outras maneiras da corte francesa, foram rapidamente replicadas noutras Cortes da Europa, com naturais adaptações.
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As Cortes
Luís XIV criou um centro para a Corte no palácio de Versailles em 1682. Esperava poder assim controlar a nobreza, pois ela passava a viver junto dele.

Todo o poder da França passou a emanar desse centro. Nele existiam gabinetes governamentais, tal como habitações para milhares de cortesãos, os seus acompanhantes e todos os funcionários da Corte.

Quem queria vir a ter importância devia viver junto á Corte. Ao requerer que nobres de certa posição e estatuto passassem um período do ano em Versalhes, Luís XIV evitava que desenvolvessem o seu próprio poder regional nas suas costas e mantinha-os a concertar esforços para influenciar o rei, vigiando-se mutuamente.

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As Cortes*

A corte espanhola, no século XVI, usava uma etiqueta extremamente rígida, ritualista, fria, podendo afirmar-se que seria degradante para com os cortesãos.

Estariam regulados com grade detalhe todos os aspetos da vida na Corte, como receber, vestir, despir, receber visitas, dar presentes, organizar banquetes, etc.

O cerimonial, combinado com a enorme riqueza, um generoso mecenato artístico, o uso assíduo da cortesia, ajudaram a criar uma Corte onde o rei tinha uma autoridade singular e era quase considerado divino.

Por exemplo, Felipe IV advertiu que os cortesãos não devem permitir que ninguém toque nos cobertores e nas cortinas de sua cama a menos que fueran gentilhombres y ayudas de cámara con el fin de prepararla o para alguna otra cosa necesaria a su mantenimiento, y aun entonces debía de ser hecho con la mayor decencia y respeto.
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As Cortes
Na corte francesa, alimentavam-se com as mãos e adaptou-se à etiqueta com novos tipos de comida, hábitos e postura a mesa, cuidando em não se sujar ou ser apresado ao comer.

O comportamento à mesa passou a ser regulamentado, pelo fato de ser visto como um ritual complexo no qual estava em jogo a sociabilidade ou seja, comer em companhia dos outros.


Os manuais de bom-tom ou de civilidade passaram a considerar essas novas formas de civilidade, relatando-as, pois aquilo que a elite fazia era o que passava a ser almejado por aqueles que pretendiam subir na sociedade.


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As Cortes

Com as boas maneiras foram-se desenvolvendo utensílios que melhoravam o comportamento, que podemos exemplificar com a invenção dos guardanapos.


Durantes os banquetes reais da Idade Média os comensais serviam-se com as mãos, e automaticamente limpavam-se nas belas toalhas de tecidos adamascados, as quais após os banquetes ostentavam uma sujeira irreparável.

Mais tarde, a sujidade das toalhas começou a incomodar, e para preservá-las passaram-se a utilizar a pelagem de coelhos e cachorros vivos amarrados nos pés das cadeiras, ou vestiam um criado para que sua roupa servisse como guardanapo.

Com o passar do tempo e o desenvolvimento da higiene, os guardanapos começam a surgir. Mas, antes do guardanapo se tornar hábito, os nobres sentavam-se sobre eles, arremessavam-nos contra os outros, ou ainda utilizavam-nos como uma espécie de embrulho de comidas para colocar dentro do cano de suas botas e levarem para comerem mais tarde.

Luís XIV será o primeiro a ter uma grande coleção de lenços e é no seu reinado que se difunde, finalmente, o uso desta peça tanto de vestuário como de higiene.
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A Corte portuguesa

A mesa fixa e a casa de jantar como local de refeição só existe a partir do seculo XVIII.

As refeições publicas rodeavam-se de aparato, sendo representações a que assistiam a corte e os oficiais da Casa Real, em pé, em localizações bem precisas

No entanto, o terramoto de 1755 e a mudança da Corte para a real barraca não permitiu que a Corte voltasse a usar o aparato que copiara da Corte francesa. Tal situação mantem-se durante 3 décadas até que se inicia a construção de um novo palácio na zona da Ajuda.
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A Corte portuguesa
Depois de dezembro de 1640, os Braganças trouxeram para a Corte em Lisboa uma austeridade, não só porque o país se encontrava em guerra, mas também o ambiente domestico, rural e provinciano da sua casa.

Usavam deste o tempo de D. Teodósio o Regimento de Mesa, Copa e Cozinha.

Em 1643 foi publicado um novo regulamento incluído no Regimento dos Ofícios da Casa Real de D. João IV, onde se estabeleciam as funções e normas de comportamento dos vários oficiais da Casa Real, e onde encontramos pormenores que respeitam às comidas privadas e públicas do rei

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A Corte portuguesa
Entre finais de quatrocentos e pouco depois de 1580 não encontramos muitos tratados sobre a vida palaciana.

Existem algumas compilações sobre a vida cortesã, como por exemplo as Relações de Pedro Alcáçova Carneiro, ou os Ditos Portugueses dignos de memória, passando pelos diversos espelhos de príncipes

É no período dos Filipes que aparecem em Portugal uns bons exemplos de literatura cortesã, como foram o caso dos escritos de Francisco Rodrigues Lobo e ainda de Francisco Manuel de Melo.

São livros que procuram apresentar preceitos para aqueles que esperavam vir a frequentar o palácio real.
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A Corte portuguesa
Em meados de quinhentos a maioria da nobreza portuguesa residia nas suas casas espalhadas pelo país.

Mas D. João III mantinha uma corte de mais de 2.500 indivíduos.

Mesmo depois da residência real ter descido do castelo de Lisboa para o Paço da Ribeira, a Corte portuguesa da altura era marcada pela informalidade, não havendo uma etiqueta especialmente rígida, nem havia a preocupação de uma boa apresentação pública da família real.

Só muito lentamente os comportamentos na Corte se tornaram mais codificados. Claro que ao longo de quinhentos chegam-nos referencias á aversão de D. Sebastião ao incremento do formalismo cortesão.
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A Corte portuguesa
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(…) Andando El-Rei [Dom João II] descontente dos fidalgos por causa das traições, disse que a gente meã [a classe média] lhe era mais aceita; e que a gente baixa [o povo] era como a sardinha, que farta e sabe bem e custa pouco; e os fidalgos eram como os salmonetes: poucos, e custavam muito (…)
As Cortes
As Cortes configuram-se como um espaço social onde questões governamentais eram resolvidas pelo príncipe e pelos seus cortesãos.

Frequentando as Cortes, a intenção dos cortesãos era receber graças dos poderosos, de modo a conseguir riquezas e status.

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Na Corte há uma dinâmica de controle social, rígida, que é tanto do príncipe para com os súbditos como entre os cortesãos.

Eram muitos eram quem participava nas Cortes. Para os distrair eram realizados jogos de azar, poesias, músicas, cortejo de damas, tudo isso favorecendo a transformação da corte em centro cultural


Introdução




As regras de civilidade condicionam do que é permitido fazer e recomendam evitar o gesto natural.

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Reprimir o espirro;

não coçar a cabeça;

meter os dedos no nariz;

não levar a mão à boca;

não roer as unhas;

nunca arrotar;

não palitar os dentes com o garfo;

não mostrar ventosidades intestinais;

não colocar os ossos da nossa comida no prato do vizinho.
Simples recomendações que encontramos nos manuais de bom-tom ou de civilidade.
Introdução

Alain Montandon, coordenou um projeto do Centre de Recherches sur des Literatures Modernes et Contemporaines da Faculdade de Letras e Ciências Humanas da Universidade de Clemont-Ferrand, sobre os tratados de bom-tom

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Editados em 1995
Códigos de bom-tom ou de civilidade


Ricardo Charters-d'Azevedo
Códigos de bom-tom ou de civilidade
Introdução
De Erasmo a Rodrigues Lobo
A vida no Palácio
Nas Cortes
A Corte portuguesa
Da cortesia à civilidade
No século XIX

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Introdução




É no palácio, ou na casa nobre, que se desenvolve uma teoria comportamental que vai sendo vertida em livros, avidamente lidos por quem aspira subir na hierarquia social.

O poder advém do estatuto social, do comportamento e da educação, mesmo que o dinheiro não abunde.

Conhecer as regras de civilidade e segui-las é uma vantagem para ser admitido na sociedade que frequenta o palácio.

Consequentemente, são muito requestados os livros que as transcrevem, levando a que alguns tivessem tido muitas edições.
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Introdução


A cortesia, a etiqueta e a civilidade foram palavras usadas de forma muito flexível em quase toda a literatura comportamental

etiqueta , tem a sua utilização clara durante o seculo XVIII.

cortesia e civilidade são utilizadas a partir de finais do século XVIII e durante o século XIX.

Foram igualmente utilizados com outros termos como saber-viver, boas maneiras, ou bom-tom.

Os guias de boa conduta, ou manuais de bom-tom, introduziam os seus leitores na vida de sociedade dita nobre, ou rica, que habitava em casas nobres ou em palácios.
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Introdução

As elites foram destilando normas de conduta que foram sendo absorvidas pelo leitor desejoso de aumentar a sua aceitação na sociedade, pois aí estaria a chave para a sua promoção social.

Estas normas começaram por ser difundidas em pequenas trovas ou provérbios fáceis de memorizar.

Os manuscritos medievais sobre boas maneiras transcrevem normalmente melodias simples e versos bem rimados, para serem facilmente memorizados.
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