Coimbra: Cidade do (re)Conhecimento - Reflexões e propostas para uma nova abordagem do turismo num contexto pós-nomeação a Património Mundial

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Fábio Magalhães Ferreira e João Pedro Dias Correia

Coimbra: Cidade do (re)Conhecimento Reflexões e propostas para uma nova abordagem do turismo num contexto pósnomeação a Património Mundial

Janeiro 2014

“Mais do que lamuriar o passado é urgente agora repensar o futuro. A candidatura a Património Mundial é um passo decisivo num processo de aquisição da auto-estima necessária à prossecução de um trabalho imenso, em qualidade e em quantidade que ainda mal começou.” – José António Bandeirinha (Filme de candidatura da Universidade, Alta e Sofia a Património Mundial da UNESCO)

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento    

Sobre  o  Autor  

Sobre o Autor Fábio Magalhães Ferreira, nascido no ano de 1992, é licenciado em Estudos Europeus pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, curso que terminou no ano lectivo 2012/2013. Actualmente é aluno do Mestrado em Gestão e Programação do Património Cultural também na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. A licenciatura em Estudos Europeus despertou-o para a sua verdadeira vocação e sentido de vida profissional. Os três anos de frequência deste primeiro ciclo de estudos, curso que visou uma diversidade de temáticas, ampliou o interesse por áreas que o condicionaram e o motivaram a ter um espírito activista na defesa e valorização patrimonial e cultural. Ao longo dos anos foi conhecendo países como Espanha, sobretudo o sul (Huelva, Sevilha) França (Pau, Toulouse), Suíça (Genebra, Sion). Este último, sobretudo, serviu como estímulo para modelos e dinâmicas de turismo bastante interessantes, que devem sem dúvida constar como exemplos na hora de tomar decisões. Já no 2º ciclo de estudos, na disciplina de Gestão e Programação do Património Cultural surgiu a proposta de dinamização de um projecto cultural por parte do professor Delfim Sardo. Com o seu colega (tanto no mestrado como na licenciatura) João Pedro Dias Correia optaram por intitular o projecto de “Coimbra: Cidade do (re)Conhecimento - Reflexões e propostas para uma nova abordagem do turismo num contexto pós-nomeação a Património Mundial”. A escolha e o âmbito do projecto não surge por acaso e faz todo o sentido no contexto da recente nomeação da UNESCO. O projecto sumariamente consiste num plano de reformulação do turismo de Coimbra com vista à maximização de recursos e valorização da imagem de marca Universidade de Coimbra (U.C.). Tal trabalho é objectivado pela ambição de ver uma cidade que ao longo dos anos foi sempre deixada nos bastidores quando comparado com o papel de relevo de cidades como Lisboa e Porto. Urge a necessidade de reunir esforços para atingir um plano concertado de gestão cultural e patrimonial. Uma mais valia que pretendem transparecer é a forte sinergia que deve haver entre os alunos, a Universidade de Coimbra e a cidade. O actual contexto económico e social deve responsabilizar os próprios estudantes para a necessária alavancagem da U.C. Assim, em suma, é notável o sentido de empenho na contribuição, por mínima que esta seja, na construção de um bom plano de gestão e programação do turismo da cidade de Coimbra.

i   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento      

 

Sobre  o  Autor  

Sobre o Autor João Pedro Dias Correia, 25 anos, natural de Coimbra, é licenciado em Estudos Europeus pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequenta, actualmente, o primeiro ano do mestrado em Gestão e Programação do Património Cultural na mesma Faculdade. Antes de ingressar no curso de Estudos Europeus estudou, durante quatro anos, Engenharia Informática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, onde ressalva as disciplinas de Comunicação Técnica e Processos de Gestão e Inovação. Conta igualmente com um estágio no Gabinete do Vice-Reitor para as Relações Internacionais da Universidade de Coimbra, enquanto que nos tempos livres se dedica à elaboração de projectos de empreendedorismo de inovação tecnológica, contando já com três candidaturas (Passaporte para o Empreendedorismo, Rede de Gestão e Percepção de Negócios e Acredita Portugal). Ao longo dos anos teve a possibilidade de visitar a Madeira, Salamanca, Toledo, Madrid, Barcelona (Espanha), Paris (França), Londres (Inglaterra), Maastricht, Amesterdão, Haia, Utrecht (Países Baixos), Colónia (Alemanha) e Budapeste (Hungria), o que lhe proporcionou uma visão alargada de novas realidades turísticas em diferentes pontos do continente europeu, bem como formas de cativar o público-alvo e aumentar os fluxos turísticos nas mesmas. O fascínio constante pelas novas tecnologias culmina neste projecto, que, juntamente com o seu colega Fábio Magalhães Ferreira, pretende dinamizar e afirmar a cidade de Coimbra como pólo de atracção turística concorrente de outras cidades nacionais com maior projecção, reanimada com a recente nomeação a Património Mundial. Alterar o paradigma de uma cidade fortemente dependente de uma instituição com mais de 700 anos como é a Universidade de Coimbra e saber equilibrar os conceitos de tradição com inovação da cidade que o acolheu desde sempre, dá o mote às novas contribuições que o tecido académico recém formado pode e deve fornecer à entidades políticas e capazes de tomadas de decisão num actual contexto de contenção económica. Fruto de quase uma década de vida académica (ingresso na Universidade de Coimbra em 2006), pôde assimilar de perto os desafios, potencialidades e debilidades que a cidade tem sofrido na sua interdependência com a Universidade, o que na sua perspectiva não significa um problema, mas antes uma oportunidade de requalificar uma área cada vez mais tentadora e promotora de possibilidades que é a do turismo, através de uma visão da gestão de todo o seu conteúdo patrimonial.   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento      

 

Agradecimentos  

Agradecimentos Sendo este um trabalho maioritariamente de reflexão da actual realidade e da criação de novas propostas com vista a uma implementação futura, o mesmo não poderia ser levado a cabo sem a constante preocupação por parte dos autores em ouvir opiniões, críticas construtivas e melhorias dos esboços desenhados. Como tal, os autores agradecem reconhecidamente todas as pessoas que tornaram possível a realização deste estudo. Aos professores, Dr. Raimundo Mendes da Silva e Dr. Paulo Amado Mendes, por terem sido os primeiros a escutar e a receber a nossa proposta de braços abertos, encorajando-nos para a continuação e aprofundamento da mesma. Ao Dr. Raimundo Mendes da Silva, em particular, já que devido à sua participação no processo de candidatura da Universidade, Alta e Sofia a Património Mundial, nos pôde fornecer dados valiosos necessários ao orçamento deste projecto. Ao professor, Dr. Delfim Sardo, por, na sua disciplina de Gestão e Programação do Património Cultural, ter partilhado connosco diversos exemplos e etapas necessárias à realização de um projecto desta dimensão, bem como considerações sobre o que importa estar preparado na eventualidade de nem sempre as nossas ideias funcionarem como desejaríamos. Aos gabinetes dos Senhores Vice-Reitores, Dr. Joaquim Ramos de Carvalho, Dra. Clara Almeida Santos e Dr. Luís Menezes pela sua disponibilidade em ler e sugerir eventuais melhorias, quer na explicação escrita, quer nos esboços apresentados. Ao nosso colega, Tiago Valente, por ter partilhado connosco a sua visão estratégica que reflecte a sua aprendizagem no Master Bussiness Administration que actualmente frequenta e ter contribuído para a revisão do texto deste trabalho. Por último e não menos importantes, aos nossos amigos, que serviram como um suporte extraordinário, quer na disponibilidade em recolher suporte fotográfico que nos serviu como termo comparativo com os nossos desenhos, quer no acompanhamento sistemático de cada etapa, afinando e melhorando vários aspectos. A todas estas pessoas, sem as quais sabemos perfeitamente que não seria possível chegar às conclusões apresentadas, dedicamos este trabalho, que reflecte também a inspiração que elas nos deram.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento      

 

Índice  

Índice de Conteúdos Índice de Imagens ............................................................................................................................... vi Introdução ............................................................................................................................................ 1 Perfil do Visitante ................................................................................................................................ 2 Orçamentação ...................................................................................................................................... 7 Tecnologias .......................................................................................................................................... 9 Parcerias............................................................................................................................................. 14 Sinalética Genérica ............................................................................................................................ 15 Coimbr4 ............................................................................................................................................. 19 Sinalética Específica Coimbr4........................................................................................................... 26 Site VisitCoimbra .............................................................................................................................. 28 Página Inicial ................................................................................................................................. 29 Secção Locais de Interesse ............................................................................................................ 30 Secção Coimbr4 ............................................................................................................................. 31 Secção Perto de Si ......................................................................................................................... 33 Secção Loja Online ........................................................................................................................ 34 Secção Chat/Info............................................................................................................................ 37 Sinalética Específica Universidade de Coimbra ................................................................................ 39 Visão Geral e Recomendações .......................................................................................................... 47 Sugestões para a Alta da Cidade.................................................................................................... 47 Sugestões para a Cidade de Coimbra ............................................................................................ 50 Propostas a longo prazo ..................................................................................................................... 53 Conclusão .......................................................................................................................................... 54 Fontes Bibliográficas ......................................................................................................................... 55 Fontes Manuscritas ........................................................................................................................ 55 Fontes Impressas............................................................................................................................ 55 Fontes Online ................................................................................................................................. 55 Anexos ............................................................................................................................................... 57 Índice de Anexos ........................................................................................................................... 58   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento    

 

Índice  de  Gráficos  

Índice de Gráficos     Gráfico 1: Caracterização dos respondentes por grupos etários......................................................... 2 Gráfico 2: Caracterização dos respondentes por nível de escolaridade.............................................. 2 Gráfico 3: Caracterização dos respondentes por países de residência................................................ 3 Gráfico 4: O modo como é feito o planeamento da visita a Coimbra................................................. 5 Gráfico 5: Crescimento do uso de câmeras num site de partilha de fotografias................................. 9                                                            

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento    

Índice  de  Imagens  

Índice de Imagens Imagem 1: Cronograma de implementação do QREN 2014-2020..................................................... 7 Imagem 2: Orçamento para implementação de sinalética nos circuitos de visita............................... 8 Imagem 3: Tabela de principais marcas e modelos utilizados num site de partilha de fotografias.. 10 Imagem 4: Passos da criação do Gorilla Glass.................................................................................. 12 Imagem 5: Sinalética actualmente presente no Quebra-Costas......................................................... 15 Imagem 6: Proposta de sinalética a implementar na Rua da Sofia.................................................... 16 Imagem 7: Proposta de sinalética a implementar com recurso a um maior número de elementos visuais de orientação......................................................................................................................... 17 Imagem 8: Proposta de sinalética a implementar em espaços centrais de afluência turística.......... 18 Imagem 9: Mapa ilustrativo de um conjunto de percursos Coimbr4............................................... 20 Imagem 10: Mapa e percurso do folheto informativo sobre o Percurso Coimbra Judaica............... 25 Imagem 11: Informações sobre o Percurso Coimbra Judaica........................................................... 25 Imagem 12: Sinalética direccionada exclusivamente aos percursos Coimbr4 Educação................. 26 Imagem 13: Perspectiva aproximada da imagem 12......................................................................... 27 Imagem 14: Explicação de funcionamento do site VisitCoimbra..................................................... 29 Imagem 15: Página principal do site VisitCoimbra.......................................................................... 30

vi   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento    

Índice  de  Imagens  

Imagem 16: Secção “Locais de Interesse” do site VisitCoimbra...................................................... 31 Imagem 17: Secção “Coimbr4” do site VisitCoimbra...................................................................... 32 Imagem 18: Secção “Perto de Si” do site VisitCoimbra................................................................... 33 Imagem 19: Secção “Loja Online” do site VisitCoimbra................................................................. 34 Imagem 20: Subsecção de gestão de bilhetes para transportes públicos do site VisitCoimbra........ 36 Imagem 21: Secção “Chat/Info” do site VisitCoimbra..................................................................... 38 Imagem 22: Comparação das faixas expostas na parede exterior do Departamento de Física......... 40 Imagem 23: Comparação da faixa exposta na parede lateral da Faculdade de Medicina................. 40 Imagem 24: Comparação da faixa exposta no interior da Faculdade de Letras................................ 41 Imagem 25: Proposta de directório para a Alta Universitária........................................................... 42 Imagem 26: Proposta de sinalética do directório para a Alta Universitária...................................... 43 Imagem 27: Sinalética actualmente presente entre os Departamentos de Química e Física............. 44 Imagem 28: Proposta de sinalética específica referente ao Paço das Escolas................................... 45 Imagem 29: Comparação entre a sinalética actualmente presente e a proposta de uma nova específica para a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra...................................................... 46

vii   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento      

 

Introdução  

Introdução   Coimbra carrega o peso inerente à sua História e à importância que a Universidade teve e tem na unidade nacional. É este binómio tradição/inovação que é importante continuar a realçar, mais que nunca, no actual contexto de pós-nomeação a Património Mundial. Uma vez que existem inúmeros estudos e recente bibliografia com dados sobre o turismo em Coimbra1, não pretendemos dissecar uma vez mais razões do subaproveitamento turístico da cidade, mas sim lançar uma plataforma de discussão que permita renovar a imagem da mesma como um pólo de atracção diferenciador, não só pelo seu novo estatuto, mas pela facilidade de orientação das suas ofertas turísticas ao seu público alvo. Como tal, estas propostas visam também relançar o turismo da cidade numa vertente altamente tecnológica e centrada nas potencialidades das novas tecnologias. Coimbra é também, com a recém nomeação a Património Mundial, uma clara promotora de um tipo singular de turismo, o turismo de cidades2, “que se desenrola em contextos urbanos, particularmente os que registam uma forte incidência de factores arquitectónicos, históricoarqueológicos e monumentais” (Fortuna: 1999:48). Como tal, não se deve olhar somente o património edificado como o principal elemento de atracção turística da cidade, mas dar o devido valor “às dimensões socioculturais típicas dos contextos urbanos – património imaterial, cultural e simbólico”3. O trabalho foca-se principalmente em três pilares: na renovação da sinalética presente na cidade, dotando-a de mecanismos de maior compreensão, sempre aliada a uma vertente tecnológica que permita ao turista poder, de forma independente, navegar para os seus locais de interesse; na criação de um novo conceito de circuito turístico, que permita também aos operadores diversificar as suas opções de oferta; e na construção de um site que sirva de ponte de ligação entre os elementos de identificação estáticos e o novos circuitos, com a ressalva duma maior mobilidade na compra de bilhetes online para os diversos serviços disponíveis. Temos presente que tais reflexões e propostas não pretendem colidir com o mercado que é o dos operadores turísticos, mas antes oferecer novas possibilidades ao que consideramos ser os “turistas independentes”.

                                                                                                                1  Dossiê de Candidatura da Universidade, Alta e Sofia a Património Mundial da Unesco, Livro 1, pág. 234-239. Disponível em: http://issuu.com/unescouc/docs/l1_uncoimbra_nomination; FORTUNA, Carlos et al (2013), A Cidade e o Turismo: Dinâmicas e Desafios do Turismo Urbano em Coimbra. Coimbra: Edições Almedina. 2

 FORTUNA, Carlos et al (2013), A Cidade e o Turismo: Dinâmicas e Desafios do Turismo Urbano em Coimbra. Coimbra: Edições Almedina, 19.    Ibidem, pág. 21.     1   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia     3

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento      

 

Perfil  do  Visitante  

Perfil do Visitante   No momento de proceder a reformas ou à consolidação de modelos de gestão turística, é essencial o estudo das questões sociodemográficas, pois sem elas não faz qualquer sentido actuar. Como tal, esta ideia é reforçada com base num conjunto de indicadores sociodemográficos4 que apresentamos em seguida, como grupos etários, nível de escolaridade, zona da Europa onde residem:

Grupos  Etários  (%)  

6%  

17%  

16-­‐20  

34%  

21%  

21-­‐30   31-­‐40  

22%  

41-­‐50   (+)50  

Gráfico 1 - Caracterização dos respondentes por grupos etários. Fonte: FORTUNA, Carlos et al (2013), A Cidade e o Turismo: Dinâmicas e Desafios do Turismo Urbano em Coimbra. Coimbra: Edições Almedina, 53.

20,50%  

Nível  de  Escolaridade  (%)   1,10%   4,30%  

19,60%  

Muito  Baixo   Baixo  

54,50%  

Intermédio   Elevado   Muito  Elevado  

Gráfico 2: Caracterização dos respondentes por nível de escolaridade5. Fonte: FORTUNA, Carlos et al (2013), A Cidade e o Turismo: Dinâmicas e Desafios do Turismo Urbano em Coimbra. Coimbra: Edições Almedina, 53.

                                                                                                                4  FORTUNA, Carlos et al (2013), A Cidade e o Turismo: Dinâmicas e Desafios do Turismo Urbano em Coimbra. Coimbra: Edições Almedina, 5354.     2   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia      

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento      

 

Perfil  do  Visitante  

Área  de  Residência  (%)   7,7%   0,6%  

França  

17,8%  

Itália  

15,7%  

Portugal   Espanha   24%   16,9%  

17,4%  

Outros  países   europeus   Outros  continentes   Sem  informação   sobre  país  

Gráfico 3: Caracterização dos respondentes por país de residência. Fonte: FORTUNA, Carlos et al (2013), A Cidade e o Turismo: Dinâmicas e Desafios do Turismo Urbano em Coimbra. Coimbra: Edições Almedina, 55.

Com esta breve exposição de dados, é possível traçar o perfil geral do visitante. Segundo os resultados recolhidos, o grupo etário compreendido entre os 21 e 30 anos é o mais recorrente, sendo o segundo o dos 31 aos 40 anos. Face a estes resultados é notória a afluência de jovens. Relativamente aos níveis de escolaridade estes caracterizam-se por ser esmagadoramente de nível elevado (54,5%) e muito elevado (20,5%). Segundo os dados obtidos, apenas 1,1% se caracteriza como sendo muito baixo e 4,3% como baixo. Com isto, sobram 19,6 pontos percentuais de escolaridade de nível intermédio. Quanto aos países emissores de turistas destaca-se em primeiro lugar a Itália com 24,24%, em segundo a França com 17,8%, em terceiro lugar Portugal com 17,4%, seguido de Espanha com 16,9%.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              5  Entenda-se nível de escolaridade como: “Muito Baixo” – até 4 anos de escolaridade; “Baixo” – entre 5 a 9 anos de escolaridade; “Intermédio” – entre 10 a 13 anos de escolaridade; “Elevado” – entre 14 e 18 anos de escolaridade; “Muito Elevado” – mais de 18 anos de escolaridade.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

3    

 

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento    

Perfil  do  Visitante  

Paula Abreu, professora da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigadora do Centro de Estudos Sociais, discute no artigo Turismo Internacional de Jovens, O universo das formas, dos motivos e das representações juvenis sobre a viagem, o perfil do turista jovem que se deve ter claramente em conta.6 Atendendo a estas características é necessário criar um ambiente propício ao principal público alvo. A introdução das novas tecnologias permitiu uma era de contacto global e acesso instantâneo a informação. Deste modo, a inovação tecnológica deve ser encarada como um agente facilitador das nossas rotinas diárias. O facto de se poder ter num dispositivo móvel um vasto leque de informação, sugestões, locais de interesse a visitar, pode ser, sem dúvida alguma, um vector de desenvolvimento. Coimbra, uma cidade conhecida ao longo de décadas pelo seu carácter intelectual não pode ficar atrás nestes novos campos, mas afirmar-se no acompanhar das novas tendências. Em termos de correlacionar o turismo com os factores ambientais resultantes do uso de guias em formato físico, a tecnologia apresenta-se igualmente como uma vantagem, na medida em que permite diminuir custos económicos associados a uma constante revisão e alteração de percursos turísticos, para além das facilidades linguísticas que deixam de estar limitadas a uma versão impressa. Segundo análise do Gráfico 3, podemos assinalar que as línguas mais utilizadas pelos visitantes são o Italiano (24,24%), o Francês (17,8%), o Espanhol (16,9%), o Inglês, dada a sua relevância internacional e, dada a emergência de culturas asiáticas a fixarem-se na cidade, por motivos económicos ou académicos, o Mandarim e o Japonês. Desta forma estão reunidas as condições para preparar uma base de dados linguística que possa responder às necessidades do público alvo.

6

“Os lazeres juvenis foram, desde o século passado, objecto de inúmeras preocupações sociais e da intervenção de diversas instituições. Em

particular, as práticas de lazer dos jovens das classes populares foram objecto das mais distintas formas de enquadramento e racionalização. Definidos de forma negativa, por oposição ao trabalho, como espaços vazios de conteúdo e, particularmente, refractários ao controlo social, os lazeres dos jovens das classes populares eram compreendidos como lugares eminentes de degradação dos costumes e de subversão da ordem social (Rojek, 1993).” Abreu, Paula, Turismo Internacional de Jovens, O universo das formas, dos motivos e das representações juvenis sobre a viagem, Revista Crítica de Ciências Sociais nº43 Outubro de 1995. Disponível em: https://eg.sib.uc.pt/bitstream/10316/10840/1/Turismo%20Internacional%20de%20Jovens.pdf. Acedido a 06.01.14

4   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento    

Perfil  do  Visitante  

 Planeamento  da  visita  a  Coimbra  (%)   8,7%   4,4%   18,8%   53,8%   14,3%  

0  

10  

20  

30  

40  

50  

60  

Aconteceu  por  acaso   Através  de  informação  de  agências  de  viagens,  mas  marcada  e  organizada  individualmente   Com  a  ajuda  de  amigos   Individualmente,  sem  recurso  a  agência    Através  de  uma  agência  de  viagens  

Gráfico 4: O modo como é feito o planeamento da visita a Coimbra7. Fonte: FORTUNA, Carlos et al (2013), A Cidade e o Turismo: Dinâmicas e Desafios do Turismo Urbano em Coimbra. Coimbra: Edições Almedina, 61.

Através do gráfico 4 é possível constatar um fenómeno bastante interessante, já que apenas 14,3% de turistas que visitam a cidade recorrem a uma agência de viagens. Este valor contrasta com a elevada percentagem de visitantes que escolhem vir individualmente (53,8%). Juntamente com os 8,7% interessados em conhecer a cidade, mas que não foi um destino previamente escolhido, cabe às entidades responsáveis pela pasta da Cultura proceder a estratégias eficazes de forma saber envolver o turista com o intuito de experienciar o verdadeiro espírito citadino conimbricense.8

7 8

FORTUNA, Carlos et al (2013), A Cidade e o Turismo: Dinâmicas e Desafios do Turismo Urbano em Coimbra. Coimbra: Edições Almedina, p.61   “Também no que se refere ao padrão de estadia encontrado entre os visitantes estudados se verifica a reprodução de uma tendência típica do

turismo urbano, cultural e patrimonial, sobretudo quando este é direcionado a cidades de pequena e média dimensão: estadias de curta e de muito curta duração. É uma tendência que, de um modo geral, se revela quer nas formas de turismo urbano organizado atual, quer nas viagens de cariz individual (Gomes, 2008a). No caso da amostra estudada, quase metade (48,7%) dos turistas declara não passar qualquer noite na cidade, sendo de 1,66 noites a estadia média do conjunto dos respondentes. Este valor está muito próximo dos dados mais globais registados pelo Instituto Nacional de Estatística para o turismo em centros urbanos que não têm uma oferta diretamente relacionada com praia ou montanha (...)” Ibidem, p.p. 65-66.

5   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Perfil  do  Visitante     A implementação de um bom sistema de sinalética nos circuitos de visita assume-se como principal instrumento vocacionado para uma visita sem suporte de guia turístico. Assim, a necessidade de reestruturação da sinalética da cidade é essencial para que o turista não se limite à zona da Alta Universitária e permitindo explorar outras valências arquitectónicas, artísticas e culturais. Como tal, são apresentados nos capítulos seguintes alguns modelos que visam essencialmente a durabilidade e a sustentabilidade dos elementos orientadores, aliados a uma funcionalidade mais assertiva face à que existe actualmente. A aceitabilidade de uma componente mais tecnológica na experiência de visita é reforçada pelos elevados níveis de escolaridade e por uma faixa etária essencialmente jovem que compõe o perfil do turista.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

6    

 

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento      

 

Orçamentação  

Orçamentação “A Região Centro já definiu onde quer gastar os 2.117 milhões de euros de fundos estruturais para o período de programação 2014-2020.” Findo o período de programação financeira, (QREN), a região Centro já definiu o foco de aplicação dos respectivos fundos. O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) enumera alguns dos objectivos que estão definidos no Plano de Acção Regional. Entre eles, sublinhamos o investimento na inovação como gerador de uma grande fracção de riqueza, a diminuição das disparidades regionais e a qualificação das populações. Pedro Saraiva (CCDRC) acentua a necessidade de uma boa aplicação do montante a ser investido, “cada euro tem de ser muito bem ponderado para ser aplicado em projectos que se traduzam em melhorias efectivas para a região”9. Numa altura em que os meios diminuem para Portugal é latente a necessidade de uma competitividade “responsável, reestruturante e resiliente”. “O calendário de entrada em pleno funcionamento dos instrumentos de programação 20142020 está ainda dependente dos calendários de negociação e aprovação da regulamentação comunitária. Para permitir a entrada em vigor destes instrumentos com a maior brevidade, importa reforçar o seu processo de programação e torná-lo o mais integrado possível com a preparação do Acordo de Parceria que está em curso.” 10 Uma vez que ainda nos encontramos em fase de acordo sobre o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) e adopção de pacote legislativo, os projectos e fundos financeiros alocados por via do Quadro de Referência Estratégico Nacional 2014-2020 só serão conhecidos no ano de 2014, o que nos impossibilita avançar com qualquer investimento de eventuais contribuições para a implementação deste projecto e descriminar que respectivos apoios podem ser alvo de candidatura. Também o Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional não apresenta até à data, qualquer informação sobre fundos comunitários disponíveis a partir de 2014.

Imagem

1:

Cronograma

de

implementação

do

Quadro

de

Referência

Estratégico

Nacional

(QREN)

2014-2020.

Retirado

de:

http://www.qren.pt/np4/284. Acedido a: 16.12.13

                                                                                                                9  in Diário de Coimbra, Região Centro já definiu onde quer gastar os 2117 milhões de euros”, 13.12.13, p.16.   10  in Diário da República, 1ª série, N.º 96, 20 de maio de 2013, Conselho de Ministros n.º 33/2013, pág. 2972.     Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

7    

 

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento    

Orçamentação  

Aproveitando o estudo orçamental delineado por parte da Universidade de Coimbra no plano de acção apresentado no dossier de candidatura a Património Mundial da UNESCO é-nos possível traçar um valor e extrapolá-lo para os efeitos deste projecto. Tal estudo, contemplado na Área III tem orçamentado trabalhos na área dos circuitos de visita e sinalética um montante entre os 150 mil e os 500 mil euros (com a inclusão de uma rede wireless).11 Uma vez que este projecto não visa a instalação de uma rede wireless nesta primeira fase (uma vez que nos baseamos no acesso de dados via rede móvel), podemos fazer um orçamento global de 500 mil euros na implementação da sinalética nas áreas de enfoque na cidade de Coimbra, não as restringindo à Alta Universitária12.

Imagem 2: Orçamento para a implementação de sinalética nos circuitos de visita de acordo com o orçamentado no Plano de Acção proposto pela Universidade de Coimbra. Retirado de: http://issuu.com/unescouc/docs/l2_uncoimbra_managementplan#. Acedido a: 16.12.13

Uma vez que um dos pilares deste projecto se prende com a criação de um site (VisitCoimbra, nome provisório), decidimos que seria benéfico aproveitar o trabalho já efectuado pela empresa conimbricense Bürokratic13, responsável pelo design do site www.candidatura.uc.pt, cujos conteúdos serão reutilizados na nova plataforma. Esta seria uma forma de reduzir custos e permitir a interoperabilidade inerente entre a sinalética, o site, e os percursos exemplificativos escolhidos14. Uma vez que o site da candidatura da Universidade, Alta e Sofia teve um custo de 12 mil euros, apontamos como preço mínimo o mesmo valor e como valor recomendado 30 mil euros, dado que o site implementa diversas funcionalidades extra, como o exemplo de uma plataforma de compra online.15

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Dossiê de Candidatura da Universidade, Alta e Sofia a Património Mundial da Unesco, Livro 2, pág. 155. Disponível em:

http://issuu.com/unescouc/docs/l2_uncoimbra_managementplan#. Acedido a 16.12.13. 12 Para efeitos de sinalética correspondente da Universidade, consultar o capítulo respeitante à “Sinalética específica da Universidade de Coimbra”, p. 38 13 http://www.burocratik.com/ 14 Consultar o capítulo “Coimbr4”, p. 18 15 Consultar o capítulo “Site VisitCoimbra”, p. 27

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Tecnologias  

Tecnologias Este capítulo é dedicado à apresentação e explicação das diversas tecnologias nas quais o projecto assenta e estão intrinsecamente ligadas em todas as propostas a serem apresentadas. Como foi referido, o telemóvel nos últimos tempos tem conquistado o seu espaço como extensão do próprio ser humano, dada a quantidade de funcionalidades que têm sido incluídas na sua utilização. Anteriormente, com a função inicial de permitir a contacto móvel entre pessoas, o telemóvel evoluiu ao ponto de se criar um novo produto baseado no anterior, conhecido como telemóveis inteligentes ou smartphones, principalmente devido às suas funcionalidades de acesso à Internet e ao correio electrónico. Na verdade, um recente artigo demonstra-nos a quantidade de objectos que os smartphones vieram substituir nos últimos anos16: telefone, lanterna, calculadora, bloco de notas, mapas, bússola, agenda de contactos, correio (entre outros). Talvez um dos exemplos mais concretos seja a revolução da fotografia pessoal. Uma rápida análise em sites de partilha de fotografias revela que os utilizadores têm vindo, de forma gradual, a preferir as câmeras integradas nos seus smartphones em detrimento das máquinas tradicionais, à medida que as primeiras têm evoluído na qualidade dos sensores, o que proporciona fotos de qualidade que ainda há pouco tempo só poderia ser obtido com recurso a equipamento profissional. O facto de referirmos um produto que engloba um grande conjunto de funcionalidades resulta da constante actualização de hardware que os modelos sofrem todos os anos. Os dados que apresentamos em seguida são exemplo da incrível expansão que a fotografia pessoal tem sofrido ao longo dos últimos tempos.

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Vídeo disponível em: http://www.dinheirovivo.pt/Videos/Detalhe/CIECO291975.html

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Tecnologias  

Gráfico 5: Crescimento do uso de câmeras integradas num conhecido site de partilha de fotografias. Fonte: Flickr. Disponível em: http://www.flickr.com/cameras. Acedido a 03.01.14.

Imagem 3: Tabela com as principais marcas e modelos de câmeras utilizadas num conhecido site de partilha de fotografias. De salientar que das dez marcas listadas, três referem-se a modelos de smartphones. Fonte: Flickr. Disponível em: http://www.flickr.com/cameras. Acedido a: 03.01.14

Outra tecnologia que tem conhecido uma forte expansão como método de partilha de conteúdos é o Código QR. O código QR (Quick Response) foi desenvolvido em 1999 pela empresa Denso-Wave17. Trata-se de um código de barras bidimensional, com uso livre e não sujeito a direitos de autor, que conheceu o sua expansão a partir de 2003 através do lançamento de inúmeras aplicações para smartphones que permitem o scan deste código, transformando-o em texto interactivo, endereço URL (os conhecidos links para websites), número de telefone, localização georreferenciada, email, contacto ou SMS. O exemplo que mais se aproxima do nosso projecto foi desenvolvido precisamente em Portugal, na cidade de Lisboa, como forma de dar a conhecer conteúdos da cidade aos turistas e que foi exportado para outros países do mundo nesta vertente específica.18 As potencialidades de implementação desta tecnologia são imensas, visto que a mesma pode ser utilizada, recorrendo à nossa calçada portuguesa à semelhança do projecto lisboeta (o que daria uma maior liberdade de espaço e mais visibilidade para os turistas, embora seja mais dispendioso),                                                                                                                

17  Mais informações e explicação por detrás da tecnologia: http://www.qrcode.com/en/about/ 18  Vídeo explicativo do uso de Códigos QR num projecto de lançamento turístico de Lisboa: http://www.youtube.com/watch?v=J1ahe2iJOow

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Tecnologias     ou através da impressão e posterior colocação na sinalética (uso geral e alerta para edifícios pertencentes aos nomeados como Património Mundial da UNESCO). Uma das vantagens do Código QR é que em caso de o mesmo estar danificado, a tecnologia que lhe está associada dispõe de um sistema de correcção de erros, permitindo a sua leitura.19 Contudo, para uma correcta sinergia entre o uso dos smartphones e a partilha de conteúdos via Códigos QR é necessária uma ligação à Internet, o que num contexto de turismo poderia ser impeditivo face ao elevado valor de acesso a dados móveis cobrado pelas operadoras em situações de roaming. Uma vez que está em curso legislação europeia para abolição das taxas de roaming praticadas no espaço europeu20, a utilização generalizada dos conteúdos subjacentes à utilização desta plataforma estaria assegurada, dando mais liberdade a que um turista estrangeiro utilize a opção de interagir com conteúdos online, sem a preocupação de pagar mais do que pagaria no seu país de origem (contando que o mesmo pertença ao espaço europeu). No capítulo do Perfil do Visitante é possível reforçar esta realidade, já que a maioria dos turistas provêm de países europeus. Dada a dimensão do projecto a que nos propomos, a mesma não seria possível se não incluíssemos de antemão possíveis parcerias estratégicas e tecnológicas na inclusão de materiais que permitam a sustentabilidade de nova sinalética a ser implementada na cidade. Uma vez que a Universidade de Coimbra tem sido pioneira no campo da investigação e da criação de empresas através do seu tecido intelectual, formado na sua maioria na Instituição, em colaboração com o Instituto Pedro Nunes (IPN) e a IPN Incubadora, parece-nos importante aproveitar estas sinergias na pesquisa e desenvolvimento de materiais sustentáveis e resistentes que contribuam para uma sinalética duradoura. Dado o actual contexto de restrição financeira, é de salientar que tal investimento procure, acima de tudo, revelar-se eficaz na medida em que uma nova sinalética a ser implementada deve ter como objectivo ser facilmente actualizada, sem recorrer a novas placas. Como tal propomos uma pesquisa e desenvolvimento conjunto com o laboratório LED&MAT21 do Instituto Pedro Nunes, realçando alguns pontos que para nós são cruciais como: preocupação com o desgaste natural (tempo e utilização), resistência a actos de vandalismo (pichagem ou colagem de cartazes, autocolantes), fácil leitura (em condições de pouca luminosidade), entre outros. Por outro lado, alertamos para a utilização de materiais que permitam a substituição do vidro, como o caso do Gorilla Glass22, amplamente utilizado na protecção de ecrãs em telemóveis, tablets e computadores portáteis ou do acrílico, que demonstra igualmente claras vantagens fase ao vidro tradicional em termos resistivos e de peso. Por último há que salientar em                                                                                                                 19  Sistema de correção de erros: http://www.qrcode.com/en/about/error_correction.html 20 “UE tenciona suprimir as tarifas de roaming dos telemóveis”. 16.09.13. Disponível em:  http://ec.europa.eu/news/science/130916_pt.htm     21  Mais informações sobre o LED&MAT disponíveis em: https://www.ipn.pt/si/unidades/detalhesunidade.do?init=1&unidadeID=2   22  Mais informações sobre a Corning® e o Gorila® Glass disponível em: http://www.corninggorillaglass.com/  

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Tecnologias  

caso de placas de sinalética direccionadas aos monumentos, a preocupação das mesmas serem iluminadas (especialmente em artérias da Alta de Coimbra, permitindo que o público alvo possa desfrutar da oferta durante a noite). Na eventualidade de as placas estarem ligadas à rede eléctrica, propomos a substituição das lâmpadas tradicionais (mesmo as de baixo consumo), por fitas LED (mais duradouras e com menor consumo de energia, o que se traduz em menores custos de facturação). Na eventualidade de se querer diminuir ainda mais os custos propomos a possibilidade de a sinalética incluir na sua estrutura um painel solar. Desta forma a energia acumulada durante o dia pode iluminar os elementos orientadores durante o período nocturno. Outra possibilidade prende-se com o tipo de acabamento dado aos diversos elementos inscritos na placa, já que os mesmos devem ser reflectores (como os sinais de trânsito, permitindo uma boa visibilidade sem o gasto de energia associado às outras alternativas avançadas).

Imagem 4: Passos da criação do Gorilla Glass. Retirado de: http://www.corninggorillaglass.com/gorilla-channel/Composing-Tough. Acedido a: 16.12.13.

Ainda no campo das parcerias, gostaríamos de assinalar o potencial interesse que o Improve Coimbra demonstrou neste projecto durante uma discussão de ideias. O Improve Coimbra23 trata-se de um grupo de freelancers, na sua maioria engenheiros informáticos e designers que contam já

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http://improvecoimbra.org/

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Tecnologias  

com um importante leque de projectos como o caso do Radar (plataforma para divulgação e consulta de eventos culturais na cidade), Urban Flow (aplicação móvel para registar em tempo real a localização dos autocarros dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra SMTUC) e mapeamento dos edifícios do centro histórico para promover a sua reabilitação. Actualmente encontra-se em fase de elaboração um projecto para redesenhar o mapa da rede de autocarros inspirado nos que se utilizam nos metros. 24 Visto que algumas das suas ideias complementam certos aspectos assinalados neste trabalho, consideramos que seria uma aposta benéfica na perspectiva de uma mais rápida implementação deste projecto. Ao longo dos desenhos conceptuais da sinalética proposta é possível verificar o recurso ao sistema de cores COLORADD 25 , projecto português vencedor de inúmeros prémios. A sua utilização estende-se a outros projectos nacionais, como o caso da identificação das linhas do Metro do Porto26. Deste modo estamos simultaneamente a conferir um carácter igualitário aos portadores de daltonismo, visto que uma das fases deste projecto se prende com circuitos turísticos representados por cores.

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“Improve Coimbra cria mapa inspirado nos metros para facilitar o uso de autocarros”. Disponível em: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=705137&tm=8&layout=121&visual=49. Acedido a 03.01.14 25 Mais informações sobre o sistema de cores para daltónicos COLORADD disponível em: http://www.coloradd.net/index.asp 26 COLORADD no Metro do Porto: http://www.metrodoporto.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=16779¬iciaId=24662&pastaNoticiasReqId=15502. Acedido a 03.01.14

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Parcerias  

Parcerias Um projecto destas dimensões terá a sua implementação dificultada sem a criação de parcerias estratégicas que visem a sua sustentabilidade. Deste modo propomos um conjunto de parceiros que contribuirão, cada um na sua área, para a redução dos custos associados. Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Turismo do Centro/Turismo de Portugal, Universidade de Coimbra e Direcção Regional de Cultura do Centro Visto serem as entidades que podem promover o projecto esta será a principal parceria a garantir. O seu apoio contará com a agilização burocrática para as aprovações necessárias, candidatura a fundos do QREN, gestão, manutenção, criação de conteúdos e divulgação através dos canais apropriados. Operadoras Móveis Dada a forte dependência no uso da rede móvel para a interacção entre os diversos elementos que constituem este estudo, tal parceria revela-se fundamental. A mesma pode-se traduzir num plafond da quantidade de dados oferecidos aos turistas, o que garante a usabilidade da dependência entre os Códigos QR e o site VisitCoimbra. Será interessante verificar qual a cultura organizacional que as principais operadoras móveis portuguesas (PT Comunicações, Vodafone e ZON Optimus) aplicam em termos de apoio ao património cultural. Instituto Pedro Nunes Merecedor de reconhecimento internacional como uma das melhoras incubadoras de empresas, o IPN seria uma parceria estratégica, na área dos seus laboratórios de materiais, informática e sistemas, na tentativa de diminuir os custos de produção da sinalética a implementar. Improve Coimbra, Bürokratic, BroadScope, Critical Software, iClio Integrantes do tecido intelectual e tecnológico da cidade, estes parceiros apresentam uma larga experiência no âmbito das plataformas móveis, sendo o seu contributo indispensável na concretização da implementação informática das propostas avançadas. Associação Recriar a Universidade, Alta e Sofia (RUAS) A RUAS é a entidade responsável pela salvaguarda, promoção e gestão das áreas nomeadas a Património da Humanidade da UNESCO. Promove, apoia e dinamiza iniciativas no âmbito da actividade científica, cultural e social, tendo em vista a preservação e a beneficiação do património afecto. Em cooperação com as demais entidades contribuiria como elemento fundamental na valorização e gestão deste projecto, realçando a promoção do património cultural recentemente nomeado.   14   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Sinalética  Genérica  

Sinalética Genérica Actualmente, Coimbra detém uma sinalética orientada para o turismo com bastantes debilidades, grande parte das vezes sem suporte para outras línguas sem ser o português, com indicações por vezes confusas e com uma inexistência de elementos visuais que facilitem a localização do público alvo dos seus locais de destino. Ocasionalmente, tais placas não são alvo de uma manutenção adequada, o que, em caso extremos, impossibilita a sua detecção ou leitura.

Imagem 5: Fotografia da sinalética actualmente presente no Quebra-Costas. A falta de manutenção e o crescimento descontrolado da vegetação, não permitem a correcta leitura do edificado apresentado.

Assim, propomos uma reformulação ao nível da apresentação da sinalética, introduzindo um conjunto de novos elementos que permitem uma mais imediata identificação dos locais de destino e posição relativa do turista face aos mesmos. Existe alguma variedade de propostas possíveis a implementar, algumas mais simples, outra mais complexas. Como já foi referido, este projecto está fortemente dependente do uso de Códigos QR, com localização georreferenciada guiada (trajectos traçados automaticamente nos smartphones por GPS), complementado com o site (ver capítulo Site VisitCoimbra, pág. 28).   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Sinalética  Genérica     Começando com a proposta mais simples, a mesma distingue-se por apresentar apenas o título do elemento de interesse, em português e inglês, a sua distância face à colocação da placa sinalizadora, a direcção do elemento face à posição do turista, o Código QR correspondente e um símbolo universal de rápida identificação. Como será possível perceber ao longo da apresentação deste projecto, a estreita ligação entre o Código QR e o site VisitCoimbra permite que a sinalética esteja despojada de outros elementos de identificação, já que o próprio turista poderá fazer a gestão dos mesmos através do site. Exemplo disto é a completa ausência de resumos sobre os elementos identificados.

Imagem 6: Exemplo ilustrativo de uma proposta de sinalética a implementar na Rua da Sofia. Modelo simplificado.

A segunda proposta, mais visualmente apelativa, incorpora o elemento que nos parece ser o mais importante, embora seja também o mais tradicional: um mapa, com identificação do local onde o turista se encontra, bem como a sinalização dos pontos de interesse mais próximos e o traçado na cor correspondente de cada trajecto. A acompanhar o mapa, podemos encontrar os pinos correspondentes aos locais de interesse, bem como o Código QR específico de cada local. Por último a indicação da compatibilidade de diversas plataformas móveis deve estar naturalmente   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Sinalética  Genérica  

presente. Este tipo de sinalética pretende orientar-se para locais mais próximos de potenciais pontos turísticos, cuja localização permita também a sua implementação.

Imagem 7: Exemplo ilustrativo de uma proposta de sinalética a implementar com recurso a um maior número de elementos visuais de orientação.

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Sinalética  Genérica  

A proposta mais complexa está direccionada para espaços centrais, de forte afluência turística. Incorpora os diversos elementos já enunciados anteriormente, para além da possibilidade de incluir acesso gratuito à Internet via Wi-Fi. 27 De salientar a inclusão da acessibilidade COLORADD para portadores de daltonismo, através da colocação do código de cor específico junto aos pinos.

Imagem 8: Exemplo ilustrativo de uma proposta de sinalética a implementar em espaços centrais de afluência turística. Modelo complexo.

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Fase projectada, mas não implementada. Para mais informações consultar o capítulo referente a “Propostas a longo prazo”, p. 52

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Coimbr4  

Coimbr4   Coimbr4 (Coimbra Four, confusão propositada com For, “para” em inglês) é o nome escolhido para uma nova abordagem de oferta de percursos turísticos que pretende dinamizar a forma como o público turístico pode, autonomamente, organizar as suas visitas à cidade, oferecendo uma multiplicidade de escolhas, embora num ambiente profundamente direccionado. Como já foi referido no capítulo “Perfil do Visitante”, mais de metade dos turistas viajam sem recorrer a operadores turísticos. Esta nova abordagem favorece especificamente este tipo de público alvo, para além da oportunidade oferecida aos operadores turísticos de complementarem as suas ofertas de modo a permitir que os turistas pernoitem em Coimbra, uma das grandes fragilidades por colmatar. O conceito é bastante simples: existe um conjunto de percursos pré-definidos, cada um com uma área temática (educação, espaços verdes, pontos de miradouro, história de Coimbra, tradição, artes, artesanato, gastronomia, religião) composto por quatro locais. Esta opção permite ter uma certa dispersão pela cidade, aumentando deste modo o tempo que cada percurso leva a completar, bem como permitir que cada visitante construa o seu itinerário, uma vez que os circuitos podem se intersectar num determinado ponto. Por outro lado, cada turista, consoante o seu gosto pode escolher de todos os percursos os que quer percorrer, o que permite que mais que um percurso possa ser dividido entre manhã e tarde, na perspectiva que sejam escolhidos vários e que, como tal, fiquem hospedados na cidade durante mais tempo. Esta ideia de permanência na cidade por um período de tempo mais alargado é reforçada pela não circunscrição dos diferentes percursos unicamente à cidade de Coimbra, mas também aos seus arredores, o que pode permitir que os turistas se desloquem para a periferia da cidade, mas regressem à noite para pernoitar. Cada percurso é identificado por um pino de cor, com simbologia de acordo com a área temática e numerado, de forma a permitir a clara distinção entre os quatro diferentes locais.

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Coimbr4  

Imagem 9: Mapa ilustrativo de um conjunto de percursos Coimbr4. Representados estão: Coimbr4 Educação (pino azul), Pino Inovação/Ciência (pino azul claro), Coimbr4 Verde (pino verde claro), Coimbr4 Miradouro (pino verde escuro), Coimbr4 História (pino castanho), Coimbr4 Religião (pino roxo), Coimbr4 Artes (pino laranja) e Coimbr4 Tradição (pino preto).

Estes mesmos pinos encontram-se posteriormente na sinalética específica Coimbr4 28 , acompanhada igualmente por um Código QR, específico para cada ponto de interesse e uma secção do site VisitCoimbra dedicada a cada percurso.29 Outro importante factor que pretendemos conquistar com esta oferta é a revitalização de espaços por vezes menosprezados pelo público em geral, ou que, por não se encontrarem no centro da cidade, nem sempre são alvos de uma preferencial escolha. Uma das críticas que apresentamos e que exploraremos no devido capítulo (Site VisitCoimbra) é a complicada gestão de conteúdos no site do Turismo de Coimbra, bem como, no caso das visitas guiadas, a necessidade de um mês de antecedência de marcação. A simplicidade de todo este projecto e a ideia basilar por detrás do Coimbr4, em simultaneidade com a informação providenciada pela sinalética e pelo site, permite uma maior liberdade de escolha ao turista, ao mesmo tempo que oferece informação altamente orientada, disponível à distância de um toque. Compreendemos, naturalmente, que não seja possível querer substituir as ofertas existentes e organizadas pelo Turismo de Coimbra pela nossa opção ainda para mais se tais forem coordenadas com os operadores turísticos. Contudo, o nosso público alvo é o turista que planeia a viagem individualmente, sem recurso a uma agência.                                                                                                                  Consultar capítulo “Sinalização específica Coimbr4”, p 25. Anexos 4.A-4.D.   29  Consultar capítulo “Site VisitCoimbra”, p. 27. Anexos 6.A-11     Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia   28

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Coimbr4     Foi compilada uma lista modelo com possíveis locais que se podem integrar nas áreas temáticas que consideramos merecedoras de destaque. De relembrar que estes locais são meramente sugestivos e pretendem dar um contexto ao percurso apresentado. Coimbr4 Artes/Arts (nome alternativo: Cultura) (Mercearia de Arte, Teatro Académico Gil Vicente, Centro de Artes Visuais, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra) - (Futuramente encaramos a possibilidade de substituir uma destas sugestões pelo Centro de Congressos, se tal se justificar) As artes, os espectáculos e a cultura continuam a ser uma área que não atrai grande público, pelos diferentes factores que são conhecidos e que não pretendemos uma vez mais enumerar. Parece-nos crucial que haja realmente uma oferta que se foque nesta área, ainda para mais quando podemos alocar público que tem interesse por este tema, mas que por desconhecimento nem sempre tem a oportunidade de frequentar estes espaços. Coimbr4 Artesanato/Handicraft (Espaços que mostrem o artesanato típico da região de Coimbra) Visto existir uma panóplia de espaços que se inserem neste tema optámos por não incluir nenhum em específico, mas sensibilizar para certas zonas da região, como o caso de Almalaguês, conhecida pela sua tecelagem (uma arte em vias de desaparecer), Arzila e as suas esteiras, a cerâmica de Coimbra, entre outros. É uma opção que atrai o turista para a periferia, onde o mesmo pode contactar de perto com os artífices, ao invés de visitar lojas de revenda de produtos. Coimbr4 Educação/Education (Pólo 1, Pólo 2, Pólo 3 e Faculdade de Economia) Percurso que se foca principalmente na área educativa de maior relevo na cidade, a universitária, sendo o seu expoente máximo a Universidade de Coimbra, um dos Bens nomeados a Património Mundial. Decidimos integrar os diferentes pólos da Universidade de Coimbra, permitindo realçar as diferenças existentes entre ambos, tanto históricas, como arquitectónicas, como educativas.

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento         Coimbr4 Inovação/Inovation (nome alternativo: Ciência)

Coimbr4  

(Museu da Ciência, Exploratório, Observatório Astronómico, iParque) Um percurso de carácter mais prático, ligado à área da ciência e da experimentação. Vocacionado para os mais novos. Pretende diferenciar o estigma de Coimbra como uma cidade presa à sua tradição, quando a realidade se traduz numa região líder na inovação e apostadora no empreendedorismo. Coimbr4 História/History (Sé Velha, Machado de Castro, Santa Clara a Velha, Museu Municipal com enfoque para o Núcleo da Cidade Muralhada) Um percurso que permite dar a conhecer as origens da cidade, cujos edificados apontem para períodos de distinção arquitectónica. Decidimos incluir locais de fácil acessibilidade e perto de uma das maiores atracções da cidade, a Universidade de Coimbra, sem descartar a margem esquerda da cidade. Coimbr4 Tradição/Tradition (Quinta das Lágrimas, Diligência, Museu Académico, Fado ao Centro) Coimbr4 Tradição é um percurso que nos diz muito por mostrar locais de interesse duma parte da tradição conimbricense, com especial enfoque para a tradição académica, bem como um dos períodos negros, mas românticos da História de Portugal. Um dos pontos focados na candidatura da Universidade, Alta e Sofia prende-se também com as tradições académicas, que por vezes são renegadas para segundo plano face às características arquitectónicas do espaço universitário. O objectivo deste percurso é relançá-las com a possibilidade de compreender a tradição do estudante de Coimbra e da Canção de Coimbra, que devido às suas características técnicas se diferencia e evidencia do Fado de Lisboa30, bem como admirá-las ao vivo. A inclusão da Quinta das Lágrimas, prende-se com a beleza do espaço, a sua localização, a possibilidade de escolha como local de pernoita (reforçando, uma vez mais, a preocupação da inclusão de locais fora do perímetro habitual dos turistas) e a história que por detrás encerra.                                                                                                                 30  CASTELA, Luís Pedro Ribeiro - A guitarra portuguesa e a canção de Coimbra : subsídios para o seu estudo e contextualização. Coimbra, 2011. Dissertação de Mestrado em Estudos Artísticos (Estudos Musicais), apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

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Coimbr4  

Coimbr4 Gastronomia/Food (Restaurantes típicos em Coimbra e zona circundante ou espaços de doçaria regional) A não inclusão de locais de interesse específicos prende-se com o facto de não querermos apontar restaurantes ou espaços que pudessem beneficiar mais face a outros, mas antes alertar para zonas como o caso de Tentúgal (e suas queijadas), Mealhada (e o seu leitão), pratos como a chanfana ou o vinho da região da bairrada e ainda a doçaria tradicional de Coimbra. Coimbr4 Miradouro/Sightseeing (Santa a Clara a Nova, Penedo da Saudade, Paço das Escolas, Fórum) Coimbra está dotada de um conjunto de espaços que proporcionam vistas panorâmicas sobre a cidade em determinados pontos. Reunimos alguns que nos parecem mais interessantes, sem querer optar pelo óbvio (Miradouro da cidade), mas com a devida preocupação em dividir o percurso igualitariamente entre as duas margens do Mondego. Coimbr4 Religião / Religion (Memorial Irmã Lúcia, Cemitério da Conchada, Núcleo Judaico, Sé Nova) O fenómeno crescente do turismo religioso fez-nos criar este percurso baseado em locais de forte teor religioso, mas diferenciadores, cada um à sua medida. Atendendo à multiplicidade de espaços de culto estão reunidas as bases para a consolidação de um campus religioso. Este percurso pode ainda criar um nicho de mercado que actualmente ainda se encontra pouco explorado. Coimbr4 Verde/Green (Jardim Botânico, Mata Nacional do Choupal, Parque da Cidade, Mata Nacional de Vale de Canas) Pretende ser a nossa aposta para os espaços verdes, aproveitando para sensibilizar os turistas de locais como as Matas Nacionais do Choupal e Vale de Canas que de certo modo nem sempre são valorizadas ou alvo de atracção. Apesar deste “desleixo” são áreas que necessitam de uma revitalização e de uma manutenção constante, ocupando o seu devido lugar como pulmões da cidade.

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Coimbr4     Apresentamos ainda outros dois percursos que podem ser implementados mais tarde como é o caso do Coimbr4 Noite e Coimbr4 Comércio. O primeiro confere naturalmente um percurso de maior descontracção e lazer nocturno, desde bares a discotecas ou simples espaços de convívio. Poderíamos ter uma lista que incluísse o Parque Verde (bares das docas), zona da Sá da Bandeira, margem esquerda da cidade (Praxis ou Galerias Santa Clara), mas por ser uma área a nosso ver um pouco cinzenta e por vezes de carácter deturpado, decidimos não incluir na proposta inicial. Consideramo-la contudo relevante, já que uma boa oferta nocturna, muitas vezes complementada com o Coimbr4 Artes ou possibilidade de visitas pontuais a espaços por norma fechados no período pós-laboral aumenta a possibilidade de pernoita do turista na cidade. O Coimbr4 Comércio teria como objectivo a recuperação da zona da Baixa, uma área que necessita urgentemente de renovação e de tecido humano para se conseguir manter a funcionar. Certo tipos de projectos como o caso do Metro Mondego poderiam oferecer mais valias a esta zona, especialmente benefícios sociodemográficos. Contudo, tal implementação deste percurso teria que ser alvo de estudo para complementar com outros locais de interesse. Apontamos novamente uma crítica construtiva ao site do Turismo de Coimbra, já que nalgumas áreas temáticas abordadas neste capítulo aponta locais na sua página apenas como forma de listagem, sem outro tipo de informação relevante e portanto diferenciadora, incluindo alguma dela já desactualizada. A preocupação com uma oferta orientada a diversos espaços citadinos vem, como já foi referido, libertar a oferta turística da cidade da centralidade da Universidade. Como exemplo de melhorias a serem repensadas surge o do roteiro da comunidade judaica. Este é outro exemplo da criação de um produto altamente potenciador e interessante na captação de um novo conceito de turista (o turista religioso, não muito comum na nossa cidade). Contudo, fica preso à oferta proporcionada pela Universidade de Coimbra, sendo que o roteiro se foca na bíblica hebraica e no acesso ao Arquivo e Biblioteca Geral da Universidade.31 No entanto, o Museu Municipal de Coimbra organizou, durantes os anos de 2008 e 2009, um percurso orientado para esta temática. Como tal, questionamo-nos por que razão este novo produto da Universidade não se alarga também aos espaços da cidade identificados como Judiaria Velha e Judiaria Nova. Por que razão não se tentam diversificar as ofertas turísticas de modo a prolongar a estadia ou a visita o mais possível? São estas as sinergias necessárias para incluir uma oferta mais diversificada, programática e que permita a interoperabilidade entre as diversas instituições da cidade.

                                                                                                                31  in  Diário  Digital,  Universidade  de  Coimbra  promove  roteiro  turístico  para  a  comunidade  judaica,  17.12.13.  Retirado  de:   http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=675241.  Acedido  a  18.12.13       Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbr4  

Imagem 10: Mapa e percurso que consta do folheto informativo sobre o Percurso Coimbra Judaica, organizado pelo Museu Municipal de Coimbra.

Imagem 11: Informações sobre o Percurso Coimbra Judaica, organizado pelo Museu Municipal de Coimbra.

 

 

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Sinalética  Específica  Coimbr4  

Sinalética Específica Coimbr4   À semelhança da sinalética genérica anteriormente apresentada, a sinalética específica Coimbr4 segue a mesma abordagem, embora com algumas particularidades, visto que preza a orientação do turista para os locais de interesse que constam do percurso. Ao contrário da sinalética genérica que incorpora um dos elementos visuais mais facilmente identificáveis como a letra “i” de “informação”, esta sinalética específica opta por apresentar o pino correspondente ao percurso específico Coimbr4. Este percurso é novamente referido por baixo do logótipo Coimbr4, junto ao nome do local de interesse. O mapa de orientação e a identificação dos locais através do uso de pinos permite seguir a linha orientadora que pauta também a sinalética específica. Uma vez mais recorremos ao Código QR próprio de cada percurso Coimbr4, bem como a sinalização da compatibilidade entre as diferentes plataformas móveis.

Imagem 12: Exemplo ilustrativo de uma opção de sinalética direccionada exclusivamente aos percursos Coimbr4 (neste caso Coimbr4 Educação) a implementar. Descrição incluída na imagem.

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Sinalética  Específica  Coimbr4     A diferença que causa maior impacto e distingue inequivocamente ambos os conceitos de sinalética, é a possibilidade de o turista ter a informação do modo como chegar aos locais de interesse que constituem o percurso e o tempo médio que necessita de despender. Optámos por identificar o modo como os turistas mais se deslocam na cidade, a pé ou utilizando os transportes públicos, sendo que no segundo caso fornecemos ainda a informação de qual o número do autocarro (ou autocarros) que deve utilizar. No caso de haver transbordo ou o autocarro não passar junto à paragem onde se situa o local de interesse, a informação da paragem mais próxima encontra-se igualmente identificada, de forma ao visitante se poder orientar. Como adição futura poderíamos incluir um mostrador do tempo que duraria a chegar o próximo autocarro. Contudo, os custos de produção de cada placa aumentariam substancialmente, o que nos fez contornar o problema através da integração dessa informação no site VisitCoimbra.

Imagem 13: Perspectiva aproximada da imagem 12. Descrição na imagem.

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Site  VisitCoimbra  

Site VisitCoimbra   O site VisitCoimbra é a plataforma que possibilita toda a gestão de conteúdos associada ao projecto. Demorámos algum tempo a estudar as vantagens e desvantagens face a outra alternativa que seria a criação de uma aplicação móvel (App). A escolha do site recai portanto num conjunto de mais-valias das quais destacamos: a compatibilidade com qualquer browser, o que não obriga à criação de raiz de uma aplicação, que teria que ser compatível com as plataformas móveis mais amplamente utilizadas (iOS, Android e Windows Phone); a possibilidade de se aceder tanto num computador fixo, como portátil, como através do smartphone; o facto de estar associada à plataforma uma grande quantidade de conteúdos e funcionalidades, os mesmos poderiam ser um entrave à aplicação, devido ao espaço necessário em disco para a instalação e utilização desta; a facilidade de uso (especialmente por não obrigar o utilizador a ter que descarregar uma aplicação que só usaria durante a sua estadia); a constante actualização das bases de dados em background fica disponível mais rapidamente para o utilizador, não sendo necessário o processo de actualização da aplicação (caso optássemos por uma App), a incorporação de serviços pré-existentes noutros sites, sendo só necessário o redireccionamento ou adaptação. Em termos de desvantagem da opção pelo site sublinhamos a necessidade de requerer constantemente uma ligação à Internet (visto que a App poderia funcionar na sua maior parte em modo offline), mas uma vez que já elencámos os factores de eliminação de taxas de roaming, ou futura possibilidade de uma rede wireless presente junto da sinalética, este factor é amplamente menorizado. Uma consulta no site do Turismo de Coimbra indica a existência de uma aplicação denominada Via Monumenta (disponível apenas para a plataforma iOS), mas que por razões que desconhecemos não se encontra disponível para download na Store Portuguesa (apenas na Store Brasileira). Desta forma não nos foi possível testar a mesma. Relativamente à descrição do site, subdividimo-lo em 5 separadores principais: Locais de Interesse, Coimbr4, Perto de Si, Loja Online e Chat/Info (este último poderá não se encontrar em funcionamento imediato por motivos de reorganização de serviços e recursos humanos). O site tem um sistema de funcionamento bastante simples, e com hierarquias definidas. De seguida esquematizamos o modo de funcionamento de cada secção.

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Site  VisitCoimbra  

Imagem 14: Exemplo ilustrativo das três principais secções dependentes entre si do site VisitCoimbra. De notar a hierarquização dos botões de direccionamento e relações entre os mesmos apresentadas a vermelho.

Página Inicial  

A página inicial apresenta-se sóbria. O intuito do site é fazer a detecção da língua utilizada pelo smartphone e automaticamente apresentar os conteúdos, nessa língua (orientando-nos pelas informações fornecidas no capítulo “Perfil do Visitante”). Ainda assim decidimos introduzir um botão de selecção de língua manual. Caso não esteja disponível o conteúdo na base de dados, o utilizador poderá escolher outra língua com a qual se sinta confortável. Os ícones representados na barra superior de navegação podem ser rapidamente identificados, através duma descrição sumária complementar do significado de cada ícone. À medida que é feita a navegação por via da barra superior, cada secção é apresentada numa cor mais escura para alertar o utilizador da secção em que se encontra. A página relembra ainda a importância de estar instalada uma aplicação que permita a leitura de Códigos QR, permitindo ao utilizador descarregar uma aplicação da loja correspondente à plataforma móvel utilizada.

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Site  VisitCoimbra  

Imagem 15: Exemplo ilustrativo de um site a implementar que complemente os projectos de sinalética anteriormente apresentados. Página principal do site. A plataforma exemplificativa é o iOS. Descrição na imagem.

Secção Locais de Interesse  

A secção “Locais de Interesse” representa a lista das atracções turísticas (pertencentes aos percursos Coimbr4 e outros espaços de visita), cuja posterior selecção apresenta uma imagem e descrição do Bem. Uma vez mais os conteúdos são apresentados na língua de selecção (forma automática ou manual via página principal). Quer o ícone da barra de navegação, quer o ícone no início da página está de acordo (se assim se justificar) com o percurso Coimbr4 em que se insere, na eventualidade de o utilizador querer realizar esse percurso. Optámos por manter a secção o mais simplificada possível, adicionando-lhe um botão que redirecciona o utilizador para a aplicação pré   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Site  VisitCoimbra     definida de GPS, cujas coordenadas de partida (local onde se encontra o turista) e de chegada (coordenadas do local a visitar) são automaticamente introduzidas. De salientar ainda o aviso de que o utilizador deve confirmar se os seus serviços de localização se encontram activos. É também para esta secção que é feito o redireccionamento dos Códigos QR disponíveis na sinalética genérica.

Imagem 16: Página exemplificativa da secção “Locais de Interesse” em ambiente iOS. O exemplo demonstrado é o Paço das Escolas. Conteúdo retirado de www.candidatura.uc.pt. Descrição na imagem.

Secção Coimbr4  

À semelhança da secção anterior, esta é direccionada unicamente para os percursos Coimbra4, sendo que cada subsecção do percurso apresenta os quatro locais que fazem parte do mesmo. A descrição de cada local é gerida pela secção anterior, “Locais de Interesse”. A navegação   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Site  VisitCoimbra     pode ser feita verticalmente, percorrendo os diferentes percursos disponíveis e horizontalmente, permitindo ver mais imagens sobre os espaços que se inserem na área temática. Uma outra opção alternativa a implementar que não direccione logo o utilizador para a lista da descrição do local, pode ser a apresentação de um mapa com a indicação dos quatros locais que compõem o percurso. Estes seriam apresentados por um pino de cor, cuja posterior selecção redireccionaria o utilizador para a secção “Locais de Interesse”. Uma vez mais os Códigos QR disponibilizados na sinalética específica Coimbr4 redireccionam o utilizador para esta secção.  

Imagem 17: Página exemplificativa da secção “Coimbr4” em ambiente iOS. O exemplo demonstrada quatro circuitos diferentes, estando os restantes disponíveis através da deslocação vertical da página. Descrição na imagem.

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Secção Perto de Si  

A secção “Perto de Si” permite identificar os percursos ou os locais de interesse por ordem crescente de distância, melhorando a navegação e auxiliando o turista na preparação de futuros locais a visitar. A sua interface é bastante simples, sendo a maior parte da área da página preenchida por um mapa com os locais identificados por um pino específico, orientado novamente para os percursos Coimbr4 (ainda que nem todos os locais se insiram neste contexto, os mesmos são apresentados juntamente com os demais). Os restantes elementos provêm da listagem dos pontos a visitar, com o pino característico do percurso Coimbr4 em que se insere, o nome do percurso, a distância relativa ao utilizador e uma imagem para fácil reconhecimento. Após selecção da atracção a visitar, o utilizador, se escolher o nome do local ou imagem é redireccionado para a secção “Locais de Interesse”, onde pode efectuar a navegação por GPS para o local escolhido, ou no caso de seleccionar o pino do percurso, para a secção “Coimbr4”.

Imagem 18: Página exemplificativa da secção “Perto de Si” em ambiente iOS. Descrição na imagem.

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Secção Loja Online A secção Loja “Online” permite a compra de um conjunto de produtos entre os vários serviços que são oferecidos ao turista. Entre eles destacamos bilhetes para os transportes públicos, museus, espectáculos, visitas guiadas pela cidade, loja online integrada da Universidade de Coimbra (com respectivo merchandising), entre outros. Através dos elementos visuais, o visitante pode escolher qual o serviço que mais lhe interessa, sendo posteriormente redireccionado para a página de aquisição através do ícone do carrinho de compras, onde poderá fazer a sua gestão de compras e confirmar os serviços que pretende adquirir.

Imagem 19: Página exemplificativa da secção “Loja Online” em ambiente iOS. Apresentamos possibilidade de compra de bilhetes para transportes públicos, museus, espectáculos e visitas guiadas à cidade ou espaços específicos. Descrição na imagem.

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Site  VisitCoimbra     O funcionamento é bastante intuitivo, uma vez que após a compra ser efectuada, o sistema envia uma mensagem para o smartphone do utilizador com a confirmação da compra, apresentando o título, descrição do bilhete comprado e valor do mesmo, servindo assim de recibo de compra. Em termos de admissão optámos pelo sistema de recibo de mensagem. Esta opção apresenta os menores custos e as entidades competentes devem apenas certificar-se da apresentação da mensagem. No futuro, e se o sistema for bem aceite, deve-se investir em equipamento que seja disponibilizado a todas as entidades presentes no sistema integrado de compras online e que permita a validação automática. Como exemplo, fornecemos o caso da Vodafone que usa um sistema de leitura de códigos, procedendo assim à verificação dos bilhetes32. Apesar de ter um custo mais elevado é uma forma de simplificar todo o processo. No caso das plataformas iOS, o próprio sistema operativo dispõe de um sistema automatizado de alerta e apresentação de bilhetes chamado Passbook33. Contudo, a visão deste projecto é ser compatível com todas as plataformas. Dado que as restantes não apresentam ainda um sistema como este não podemos apoiar uma integração tecnológica neste campo, optando assim por um método mais tradicional, mas ao mesmo tempo mais igualitário. Há, no entanto, um campo que gostaríamos de explicar com mais detalhe, por ser talvez o que, face a outros serviços com uma base de funcionamento mais alargada e consolidada, representou um desafio na concepção desta secção do site, o da compra de bilhetes para os transportes públicos urbanos de Coimbra. O processo de compra para este serviço é, em parte, idêntico ao que já avançámos nos restantes como um modelo funcional, o da apresentação do recibo de mensagem. Ainda assim, optámos por levantar outras propostas que devem ser alvo de discussão. A primeira possibilidade prende-se com a deslocação a uma das várias lojas SMTUC espalhadas pela cidade. Através da apresentação do recebido de compra (SMS) os balcões devem facilitar a troca de um bilhete físico carregado com o número de viagens correspondentes à compra online efectuada. Outra opção é a de o motorista confirmar pessoalmente a compra via subsecção do site “Loja Online”. Esta apresentaria o saldo de viagens disponíveis, bem como uma opção de remoção de viagens. Ambas estas possibilidades visam o mínimo custo de instalação de equipamentos de verificação de bilhetes. Se pensarmos nas desvantagens que por vezes estão associadas à compra de um bilhete avulso dentro do próprio transporte esta solução agilizaria todo o processo.

                                                                                                                32  Serviço Vodafone m.Ticket: http://www.vodafone.pt/main/Particulares/Servicos/mTicket.htm. Acedido a 04.01.14.   33  Explicação do funcionamento do Passbook: http://support.apple.com/kb/HT5483?viewlocale=pt_PT. Acedido a 04.01.14     Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Imagem 20: Página exemplificativa da subsecção “Loja Online”, referente ao controlo dos bilhetes para os transportes públicos urbanos de Coimbra em ambiente iOS. O exemplo apresenta, em língua inglesa, um bilhete comprado com um saldo de 5 viagens e opção de remover as viagens, apresentada pelo botão vermelho “Remove”, método de controlo a ser executado pelo motorista. Descrição na imagem.

Uma vez que a plataforma que apresentamos pode inclusive ser alargada à restante população conimbricense, especialmente a que utiliza os transportes públicos de forma ocasional, consideramos lógico o investimento numa forma de controlo dos bilhetes. No conjunto de opções anteriormente assinaladas, este método pode ser baseado no sistema da Vodafone (através de um código numa mensagem de texto), ou, com a aceitação das novas tecnologias incorporadas nos

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Site  VisitCoimbra     smartphones, como o caso do NFC 34 e das carteiras digitais, a mesma pode ser feita automaticamente, aproximando simplesmente o smartphone ao terminal, que indica se o bilhete presente na carteira digital é válido ou não. O Japão já utiliza este sistema nos seus serviços de autocarros e metro, eliminando a utilização de bilhetes físicos.35 Deixamos naturalmente esta opção em aberto para um futuro próximo, dado o investimento necessário para fazer a transição e a pouca aceitação que a tecnologia ainda tem em Portugal (em parte devido à inexistência de ofertas de serviços que se baseiem neste sistema). No caso italiano, os turistas são contemplados com a opção de poderem comprar os seus bilhetes de autocarro ou metro por SMS36, o que transposto para a nossa cidade poderia abranger a quase totalidade da população, visto ainda existir alguma percentagem que não possui smartphone. Esta é a opção de longe mais económica, mas que em termos de validação obrigaria a um maior controlo por parte dos revisores. Ainda assim, a opção de um investimento tecnológico no campo dos transportes públicos poderia assumir-se como um candidato sucessor ao programa CIVITAS MODERN37, desta vez orientado para as facilidades do lado dos cidadãos e parece-nos que é inevitável que no futuro seja este o caminho a tomar. Outra parceria que já foi referida no capítulo “Tecnologias” prende-se com a aplicação Urban Flow38 (ainda em fase de desenvolvimento) criada pelo Improve Coimbra e que permite registar em tempo real a localização dos autocarros, o que perspectiva a criação de horários mais fiáveis através do cruzamento de dados. Juntamente com esta facilidade poder-se-á determinar, em tempo real, a duração prevista de chegada de um determinado autocarro ao ponto em que nos encontramos. Por outro lado, o Improve está actualmente a criar uma nova concepção do mapa da rede de transportes dos SMTUC que permitirão uma leitura e compreensão mais rápidas dos percursos dos autocarros. Todos estes pequenos projectos estariam presentes na subsecção específica dos transportes públicos no nosso site.

Secção Chat/Info Esta secção, embora esteja presente nos nossos desenhos conceptuais, poderá não ser possível de implementar no mesmo espaço de tempo que as restantes secções. Trata-se, no entanto,                                                                                                                 34  Mais informações sobre a tecnologia NFC e vídeo explicativo em português consultar: http://www.lgportugal.com/lg-em-accao/demos-deproduto/demo-video-nfc.aspx#.Usirr2RdVJs. Acedido a 04.01.14   35  Near-Field Communication Is Shifting Marketing in Japan. Notícia em Inglês. Disponível em: http://adage.com/article/global-news/fieldcommunication-shifting-marketing-japan/235260/. Acedido a 05.01.14 36  Roma: bilhetes de autocarro e metro vão ser comprados por SMS. Disponível em: http://greensavers.sapo.pt/2013/12/09/roma-bilhetes-deautocarro-e-metro-vao-ser-comprados-por-sms/. Acedido a 05.01.14.   37  Programa CIVITAS MODERN: http://www.smtuc.pt/civitas/ap/CoimbraMODERNnotadeimprensa.pdf   38  Aplicação Urban Flow: http://www.urbanflowapp.com/  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Site  VisitCoimbra     de uma adição dotada de um carácter de proximidade entre o turista e o turismo de Coimbra. Tratase de uma plataforma de auxílio genérico como a imagem em baixo pretende demonstrar.  

Imagem 21: Página exemplificativa da secção “Chat/Info” em ambiente iOS. Descrição na imagem.

Em termos logísticos, esta implementação obrigaria a uma restruturação dos serviços da entidade responsável pelo turismo de Coimbra, especialmente os recursos humanos, já que seria necessária a criação de um backoffice dedicado à prestação deste serviço. Os colaboradores teriam de ter ou receber formação linguística, bem como ter à sua disposição software compatível com a plataforma a correr no site VisitCoimbra, sem descurar a necessidade de existir um suporte alargado para os idiomas asiáticos.   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Sinalética  Específica  Univ.  de  Coimbra  

Sinalética Específica Universidade de Coimbra Dada a importância inegável da Universidade como um dos motores de turismo da cidade surgiu a preocupação de repensar a sinalética presente nos diferentes pólos que constituem esta Instituição. O Paço das Escolas continua a ser um alvo de marketing exacerbado, não só dos operadores turísticos como da própria Universidade, em detrimento da complexidade global do edificado, património igualmente dotado de características únicas e diversificadas. Esta realidade permite-nos promover mecanismos de incentivo à exploração de outras vertentes históricas e arquitectónicas, especialmente os edifícios da época do Estado Novo. Outros contudo, como o caso do Museu Académico, ou do Museu da Ciência continuam a ser renegados para segundo plano, face à curta permanência dos turistas na Alta Universitária. Na tentativa de contornar este paradigma e oferecer maior liberdade aos turistas por conta própria esboçamos um plano dividido em duas fases, um voltado para um custo mínimo de aplicação e outro que envolve uma reformulação da sinalética presente. Desde a nomeação da Universidade como Património Mundial foi colocado nas fachadas e nos interiores dos edifícios contemplados, material informativo relevante, como a caracterização artística e arquitectónica, plantas dos pisos e proposta de intervenção. A nossa sugestão passa por aplicar Códigos QR a cada um destes elementos, de forma a permitir ao turista descobrir mais informação utilizando a nossa plataforma já divulgada, o site VisitCoimbra. Através de um molde e tinta poder-se-ia aplicar economicamente estes códigos sem a necessidade da substituição dos elementos por outros novos.

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Sinalética  Específica  Univ.  de  Coimbra  

Imagem 22: Comparação das faixas expostas na parede exterior do Departamento de Física sem Código QR (esquerda) e com Código QR (direita).

Imagem 23: Comparação da faixa exposta na parede lateral da Faculdade de Medicina sem Código QR (esquerda) e com Código QR (direita).

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Sinalética  Específica  Univ.  de  Coimbra  

Imagem 24: Comparação da faixa exposta no interior da Faculdade de Letras sem Código QR (esquerda) e com Código QR (direita).

O reforço deste material informativo com os Códigos QR permite a exposição da mesma informação de uma forma mais interactiva, podendo ser constantemente actualizada, aliando-se ao facto de ter suporte para mais línguas que somente o português e o inglês. A possibilidade de contextualizar o visitante de forma organizada e intuitiva para a informação contida nestes elementos, juntamente com os dois factores que mais prezamos, mobilidade e acesso global, permitirá que em qualquer situação o turista se sinta mais confortável navegando no seu dispositivo móvel. Basta pensar nas vantagens de poder, por exemplo, navegar nas plantas do edifício, aplicando zoom à informação apresentada no écran ou consultar mais detalhadamente os planos de intervenção propostos. Outra ideia interessante, no que toca especialmente aos edifícios do Estado Novo, seria a possibilidade de consultar imagens sobre a realidade paisagística antes de 1942, dado o contexto sociodemográfico e histórico desta zona, abalada pelas profundas alterações decorrentes do regime. É de notar, portanto, a imensa escalabilidade que a tecnologia permite em termos de conteúdos informativos, conteúdos estes que não podem de modo algum ser replicados em formato físico. Não descartamos a possibilidade de alargar a presença de todos os edifícios pertencentes à Universidade, como o caso dos Pólos II e III, embora faça mais sentido ter uma informação mais simplificada, dado que o seu peso histórico não é comparável ao da Alta Universitária. Não deixa

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Sinalética  Específica  Univ.  de  Coimbra     de ser uma adição importante, já que reforça a unidade da Universidade, não a desmembrando nas implicações de ordem construtiva que lhe estão associadas.  

A segunda fase da nossa proposta segue as linhas orientadoras dos desenhos conceptuais de

outras sinaléticas já apresentadas. A importância de uma informação condensada num ponto central poderá servir como agente catalisador dos vários pontos de interesse que constituem o espólio artístico, arquitectónico e histórico da Universidade. Desta necessidade surgiu a criação de um directório do Pólo I, a partir do qual os turistas poderão descobrir outras atracções que não apenas as que se encontram circunscritas ao Paço das Escolas. Recorrendo à lista de edifícios nomeados como Património Mundial no site www.candidatura.uc.pt identificámos outros que consideramos de carácter relevante. Deste modo cada edifício é identificado por um pino de cor ou número, nas situações em que considerámos agrupá-los (este caso é mais visível em edifícios que partilham a mesma área temática). Contém também um Código QR único, que direcciona o utilizador para a lista de locais de interesse do site VisitCoimbra, podendo posteriormente ser feita a navegação GPS para o local pretendido. Como tem sido hábito nas nossas propostas, o respectivo código COLORADD agrupado junto ao pino de cor encontra-se igualmente presente.

Imagem 25: Exemplo ilustrativo da proposta de directório para a Alta Universitária. De realçar o mapa com os edifícios identificados por pinos de cor, correspondente código COLORADD e respectiva lista com Códigos QR específicos.

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Sinalética  Específica  Univ.  de  Coimbra  

Imagem 26: Exemplo ilustrativo em perspectiva de sinalética a ser implementada pela Universidade de Coimbra com um directório do seu edificado. Descrição na imagem.

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Sinalética  Específica  Univ.  de  Coimbra     O actual estado da sinalética dedicada a cada edifício apresenta sinais de desgaste, o que prejudica a sua leitura. A informação referente a serviços oferecidos não é a mais intuitiva para um visitante. Apesar de percebermos que tal objectivo da sinalização é orientada para os utilizadores da Instituição e não visa propriamente um conceito de turismo, a realidade é que após a nomeação a Património Mundial, a Universidade deve saber explorar o seu potencial turístico, servindo como alternativa à obtenção de receitas próprias.

Imagem 27: Sinalética actualmente presente entre o Departamento de Química e Física.

Deste modo sugerimos uma nova sinalética, com especial atenção ao material ou revestimento de que será composta, de forma a promover uma melhor manutenção e diminuir   44   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Sinalética  Específica  Univ.  de  Coimbra     eventuais casos como aqueles que a imagem anterior exemplifica. Sugerimos a inexistência de uma descrição dos espaços, já que a mesma pode ser consultada através do site VisitCoimbra. Apostamos antes num reforço do tipo de serviços ou atracções que o local oferece, através de elementos visuais universais, como ícones e imagens apelativas.

Imagem 28: Exemplo ilustrativo de sinalética específica referente ao Paço das Escolas a ser implementada pela Universidade de Coimbra.

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Sinalética  Específica  Univ.  de  Coimbra  

Imagem 29: Exemplo ilustrativo comparativo entre a sinalética actualmente presente e a proposta de nova sinalética. Localização: Pólo I da Universidade de Coimbra, Biblioteca Geral.

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Visão  Geral  e  Recomendações  

Visão Geral e Recomendações  

Sugestões para a Alta da Cidade A nossa vivência universitária no Pólo I e o contacto com a dinâmica turística da Alta, bem como com os comerciantes locais, permitiu-nos identificar um vasto e complexo conjunto de constrangimentos. Este problemas não se cingem apenas à Alta da Cidade, já que é uma questão que se verifica na cidade de Coimbra e na Região Centro do país. Como tal, apresentamos um diagnóstico e um conjunto de recomendações que embora possam nem sempre corresponder à realidade, transparecem-na aos olhos dos estudantes universitários. Alta da Cidade 1. O estrangulamento do turismo da Alta face à Universidade; Esta é uma lógica que tem perdurado ao longo dos tempos, no entanto poucas foram as medidas tomadas no sentido de minimizar esta situação. A imagem de Coimbra tende a ser indissociável da presença da Universidade, transfigurada na sua torre setecentista. A cidade não pode ser absorvida pela extensão do seu marco universitário, na perspectiva de poder afastar a população local dos estudantes. Prova desta realidade são o que denominamos por “corredores de passagem”: áreas cujo relacionamento entre os residentes e a comunidade universitária se pauta unicamente pela proximidade habitacional. A fraca visibilidade do Museu Machado de Castro; O Museu Nacional de Machado de Castro é um dos exemplos de atracção turística que sofre por vezes a pressão de se encontrar na sombra da Universidade. É um museu e um monumento que depende também da atractividade da U.C., não movimentando um público dedicado na mesma dimensão que a anterior consegue atrair. A oferta cultural variada do museu tanto no campo da escultura, da pintura e das artes decorativas não dispõe no entanto de um eficaz plano de divulgação. Esta impossibilidade de se conseguir afirmar, como oferta independente de um circuito que inclui a Universidade é em parte causada pela conjuntura económica do país. 2. O processo de requalificação urbanística e revitalização funcional da Alta como sendo insuficiente; Como sabemos, existe um conjunto de problemáticas associadas aos centros históricos das grandes cidades que impedem um funcionamento e uma dinâmica harmoniosa. Sendo esta uma zona da cidade mais antiga por excelência sofreu um intenso e duradouro processo de desgaste, latente na própria estrutura dos edifícios. São inúmeros os prédios devolutos ou com necessidades urgentes de intervenção. Aliado a um desregrado crescimento urbanístico que ao longo do tempo foi   47   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Visão  Geral  e  Recomendações     contribuindo para o agravar dos problemas já identificados, a escolha do centro histórico como local de residência é por norma posta em segundo plano. Face a esta situação, não só noutras cidades portuguesas, mas também em Coimbra, sobretudo a partir das duas últimas décadas, tem-se verificado uma maior actuação no sentido da requalificação urbanística e na tentativa de revitalização funcional do centro histórico. A recuperação dos imóveis tem se revelado gradual, mas nem sempre facilitada, devido a restrições financeiras. Existem certas estratégias que podem ajudar a colmatar esta falta de intervenção nos edifícios. Destacamos uma actuação preventiva nos problemas estruturais das construções (vigas, pilares, telhados), com recurso a um estudo rigoroso de métodos de intervenção e materiais a utilizar. Deve-se incentivar o uso de materiais e técnicas antigas, cuja mão de obra deve ser igualmente conhecedora destes métodos, envolvendo se possível os habitantes, pois estes são os verdadeiros conhecedores do meio onde actuar na dinamização do “seu espaço”.39 3. Acessos e circulação agravada da Alta;40 A Alta de Coimbra é sem dúvida um espaço de concentração de vários serviços, o que origina uma circulação de viaturas por vezes desregrada, inimiga da índole preventiva dos bens patrimoniais e do ambiente. Este tráfego excessivo constitui um dos principais agentes de degradação e desgaste da zona, sem mencionar os problemas que advêm das horas de ponta. Propomos limitar ao máximo a circulação de veículos na Alta Universitária, bem como nas zonas circundantes à Sé Velha. A ideia de restringir por completo a circulação automóvel nestes espaços tem alimentado um intenso e agressivo debate, sobretudo entre os moradores e a autarquia. Esta é

                                                                                                                39  “O objectivo fundamental de qualquer acção de reabilitação desenvolvida sobre um edifício habitacional consiste em resolver os danos físicos e a patologia construtiva e ambiental acumuladas ao longo dos anos, assim como introduzir, sempre que necessário, uma beneficiação geral – tornando esse edifício apto para o seu completo e actualizado (re) uso como habitação. Outro objectivo igualmente importante consiste em assegurar a salvaguarda para as gerações vindouras, de todos os elementos com valor cultural e arquitectónico, maximizando também a reutilização de elementos preexistentes por razões ecológicas e de sustentabilidade ambiental. Os elementos a preservar assumem várias escalas, desde a urbana, onde se considera a preservação de todo um tecido urbano, a escala do edifício e mesmo a escala do pormenor construtivo ou decorativo. Os elementos com valor cultural e arquitectónico devem ser identificados e a sua preservação e o seu restauro devem ser considerados no âmbito do projecto de reabilitação a todas as escalas.” Disponível em:   http://gch.cm-coimbra.pt/wp-content/uploads/2009/12/Como-Intervir-no-Centro-historico_2011.pdf Acedido a 03.01.14.

 

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“A falta de atractividade dos centros históricos encontra-se, assim, “fortemente relacionada com o envelhecimento do parque edificado,

degradação do espaço público, a inadequação do tecido urbano ao uso do automóvel” e com as consequentes dificuldades de estacionamento (Cavém; 2007, 17). No que respeita ao acesso maciço ao automóvel e, dado que “o centro histórico não foi um espaço concebido para o uso indiscriminado deste meio de transporte”, a sua presença faz diminuir a sociabilidade nestes núcleos, dado que as “ruas estão mais povoadas de veículos do que de peões”. Por outro lado, as artérias que são destinadas “para grandes fluxos de viaturas (vias urbanas de alta capacidade), constituem barreiras físicas no

seu

interior

dificultando

a

comunicação”

e

o

uso

por

parte

dos

peões

(Freire

Chico;

2008,

18).

Disponível

em:

http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/3862/8/igotul000916_tm_3.pdf Acedido a 03.01.14.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Visão  Geral  e  Recomendações     uma medida que forçosamente terá que ser equacionada caso se pretenda manter o estado de conservação e a aprazível manutenção dos diferentes espaços. Uma das medidas que poderia ser posta em prática a curto prazo é a instalação e o aumento sistemático das tarifas dos parquímetros, consoante as áreas em que se pretenda limitar a circulação, fruto da desenfreada generalização da viatura própria. Esta medida deve ser complementada com o constante patrulhamento por parte da Polícia Municipal, verificando e apurando as irregularidades. Caso as medidas impostas não sejam respeitadas, a imposição de elevadas multas deve ser considerada. A curto e médio prazo a adopção deste mecanismo irá reduzir significativamente o tráfego nas vias mais requisitadas sendo transferido para outras vias e espaços não tão sobrecarregados. 4. A excessiva concentração da actividade turística no Paço das Escolas; O Paço das escolas é sem dúvida o espaço que atrai mais turistas na cidade de Coimbra. Assume-se como o epicentro da visita a Coimbra, sendo a Sala dos Capelos (e Salas do Exame Privado e das Armas), Biblioteca Joanina, Prisão Académica, a Porta Férrea e Via Latina, a Torre da Universidade e a Capela de S. Miguel as principais atracções. Esta é uma realidade que se encontra enraizada na lógica turística, não havendo alternativas visíveis que permitam integrar outros pontos de interesse nos percursos turísticos, diminuindo assim a afluência aos espaços supramencionados. Há que sublinhar importância das suas oito faculdades, o Estádio Universitário, o Museu da Ciência, o Teatro Académico Gil Vicente, Jardim Botânico de modo a que recebam mais visitantes, reconhecer devidamente os centros de investigação e valorizar as estruturas de estímulo ao empreendedorismo. As estruturas de apoio a estudantes (restaurantes universitários, bares, centros de convívio) devem igualmente ser contemplados como pólos atractivos. É necessário salientar ainda a recente mudança das instalações de alguns cursos para o Pólo II da Universidade, situado no Pinhal de Marrocos. Foram vários os departamentos que se transferiram para este espaço na periferia, criadora de uma nova dinâmica citadina, como o Departamento das Engenharias, Informática, Electrotécnica e de Computadores, Mecânica, Química e Civil todos eles da Faculdade de Ciências e Tecnologia. Existe ainda o terceiro Pólo, o das Ciências da Saúde que concentra actualmente as Faculdades de Medicina e de Farmácia, bem como vários centros de investigação. Apresentamos algumas sugestões que poderiam ser tidas em conta como factores de estímulo, alargando deste modo a oferta turística. Visto referirmo-nos a um património vivo, deste advêm problemas de compatibilização entre a gestão da actividade turística e o uso académico. Esta especificidade causa constrangimentos nas tomadas de decisão. A nosso ver é totalmente possível a   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Visão  Geral  e  Recomendações     coexistência pacífica entre o potencial turístico e a actividade académica se tomadas algumas medidas. Com isto, ficam algumas sugestões a implementar ou a ensaiar a uma micro escala: -Assistência por parte do turista a unidades curriculares da U.C O verdadeiro contacto com a realidade académica de Coimbra, traduz-se também na possibilidade de simular a rotina de um estudante universitário, assistindo a aulas. Oferecemos alguns exemplos como a disciplina de Arte, Património, Identidades, unidade curricular do plano de estudos da Licenciatura em Estudos Europeus (Faculdade de Letras) ou a disciplina de Introdução à Diplomacia, unidade curricular do plano de estudos da Licenciatura em Relações Internacionais (Faculdade de Economia) ou ainda a uma unidade curricular da Licenciatura em Ciências do Desporto (Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física) nomeadamente Desporto de Opção I - Basquetebol / Desportos de Combate / Escalada / Futebol / Hidroginástica / Natação / Ténis (...). A antevisão dos sumários seria vital para o funcionamento e esclarecimento dos interessados. A compra deste pacote de experiências seria feito através do site VisitCoimbra, devidamente clarificado. A sugestão proposta anteriormente não é direccionada para um turismo em massa, o que pressupõe um pequeno grupo de pessoas, de modo a não prejudicar o normal funcionamento da actividade académica. O impacto criado a nível internacional por esta experiência poderia ser visto como um conceito bastante inovador, desde que o mesmo seja devidamente estudado e preparado. Outro exemplo seria a

promoção de actividades de natureza científico-cultural, tais como

colóquios, conferências, debates, palestras, mediante um bom método de divulgação como forma de aproximar o meio universitário aos restantes intervenientes. Estas iniciativas apresentam-se de certo modo como exemplos a tomar no sentido do aumento do tempo de estadia do turista na Cidade de Coimbra.

Sugestões para a Cidade de Coimbra  

1. A escassez de recursos e capacidade de resposta das entidades públicas; Portugal, um dos países europeus que tem sentido a crise de forma mais penosa vê-se deparado com uma ambivalência de fenómenos sociais graves, e um extremo desequilíbrio financeiro. As questões culturais, como seria de esperar são desde logo o principal alvo de corte por parte do poder estatal. Face a este facto, as entidades públicas responsáveis ficam com pouca margem de manobra para actuar. 2. A não existência de uma política consistente de animação cultural para a cidade;

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Visão  Geral  e  Recomendações     Deve existir um reforço no fortalecimento da cooperação entre a Universidade de Coimbra, a Câmara Municipal de Coimbra, a empresa Municipal de Turismo e a Região do Turismo do Centro. Na nossa perspectiva não existe um plano integrado de gestão das perspectivas do futuro do turismo entre as quatro entidades anteriormente referidas, ou se existe não se materializa essa colaboração. Fazendo uma análise introspectiva à oferta cultural e à presença de espaços destinados a eventos culturais podemos constatar que ela é múltipla e variada, funcionando no entanto de forma isolada. Deveria haver uma dinâmica de correlação da oferta cultural de forma a criar um mapa e uma agenda cultural de todas as actividades, sem excepção. A dispersão desta oferta cultural assume-se disfuncional, impedindo a fluidez de cada entidade ou organismo. Como agravante, os espaços em que se realizam estas ofertas possuem características de pequena e média lotação. Só com a consolidação de grandes espaços, como o futuro Centro de Congressos do Convento de São Francisco, orientado para a dinamização de eventos de elevada captação de público é possível canalizar a oferta cultural para Coimbra. Deste modo é que a cidade pode ser justamente comparada com outros pólos bem mais desenvolvidos, como Porto e Lisboa. 3. “A insuficiente formação especializada dos recursos humanos que trabalham nos organismos públicos com responsabilidades na área do turismo”.41 Uma das críticas levantadas pelo professor Carlos Fortuna42 é a falta de formação especializada dos responsáveis na área do turismo. De forma a que se desenvolva um trabalho promissor nesta vertente é necessária a captação de mão-de-obra altamente qualificada, capaz de solucionar e maximizar as potencialidades do turismo de Coimbra. A equipa de Recursos Humanos deve estar capacitada no desenvolvimento quer de competências gerais quer de competências específicas no domínio do saber e do saber fazer. Devem estar dotados de conhecimentos gerais de marketing e ter formação especializada na promoção turística, de forma a maximizar no terreno os seus conhecimentos. Os Técnicos de Turismo deverão aplicar os seus saberes, correlacionando-os com o desenvolvimento territorial e, sobretudo, com a população da cidade. Deve ser feito um reconhecimento das dimensões do ordenamento do território e suas dinâmicas. O planeamento é essencial, bem como a problematização da importância do turismo na promoção do desenvolvimento.                                                                                                                 41

FORTUNA, Carlos et al (2013), A Cidade e o Turismo: Dinâmicas e Desafios do Turismo Urbano em Coimbra. Coimbra: Edições Almedina, p.107 42  “Carlos José Cândido Guerreiro Fortuna é actualmente Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigador Permanente do Centro de Estudos Sociais. É ainda coordenador científico dos Programas de Mestrado e Doutoramento em "Cidades e Culturas Urbanas". É autor de vários livros sendo a sua publicação mais recente “A internacionalização da sociologia: Notas sobre a globalização e a disciplina sociológica".” Retirado de: http://www.uc.pt/antigos-estudantes/perfil/livro_da_semana/Carlos_Fortuna Acedido a 05.01.14.

    Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Visão  Geral  e  Recomendações     O espírito activista e crítico deve ser constante, pois indirectamente representam a população Conimbricense e o seu rico e vasto património arquitectónico, artístico, científico. Reconhecida a nível Europeu como uma das melhores Universidades, desconhecemos a razão pela qual os investigadores, os docentes e os próprios alunos da U.C. não são seriamente consultados de forma a alcançar posições concertadas. Destas resulta o conhecimento científico, uma mais valia na hora da tomadas de decisões, que permitem consolidar um plano de turismo eficaz, para a cidade. 4. A falta de material informativo sobre Coimbra; A política informativa e de marketing da cidade deve ser seriamente repensada, como forma de exponenciar a recém inclusão na Lista de Património Mundial da Humanidade. O reforço dos materiais de divulgação da cidade, tanto em suporte tecnológico (filmes, imagens, reconstituições e visitas guiadas virtuais) como em papel são essenciais. Exemplo do uso da tecnologia é a Dissertação de Mestrado em Design Multimédia, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, de Joaquim Júlio Magalhães Borges, intitulada “Recriação Virtual da Alta de Coimbra pré-1942”. Joaquim Borges constrói modelos de visualização tridimensionais da Alta Universitária antes do projecto de reestruturação da Cidade Universitária de Coimbra, levada a cabo pelo Estado Novo. Como é sabido, o Estado Novo pôs em prática durante os anos de 1940 e 1970 um plano de reestruturação do complexo Universitário da Alta Conimbricense. Esta empreitada obrigou a profundas alterações na paisagem da zona, com a demolição de vários edifícios, erguendo-se no seu lugar a Rua Larga, a Faculdade de Medicina, os Departamentos de Química e Física (…). O projecto teve em vista o despertar para uma realidade que actualmente pode passar despercebida. Esta recriação do espaço urbano da Alta de Coimbra permite assim “transmitir às pessoas uma imagem dum espaço perdido de Coimbra, e inspirá-las a explorar uma história que não é possível transmitir apenas através de volumes.”43 A tecnologia de realidade aumentada, bem como um conjunto de elementos descritivos dos monumentos a percorrer com recurso aos smartphones podem ser mecanismos de diferenciação turística não só para a Alta de Coimbra mas também para os locais de interesse pouco explorados da cidade. Ao mesmo tempo promove-se a no exterior a imagem da cidade, permitindo a captação de potenciais mercados da “indústria turística”.

                                                                                                                43

BORGES, Joaquim Júlio Magalhães - Recriação Virtual da Alta de Coimbra pré-1942. Coimbra, 2013. Dissertação de Mestrado em Design Multimédia, apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, p.78  

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Propostas  a  longo  prazo  

Propostas a longo prazo    

Como propostas a longo prazo avançámos ao longo deste trabalho três delas que

pretendemos relembrar. A inclusão de Wi-Fi nas placas de sinalética em locais centrais, revelando-se uma oportunidade para desenvolver parcerias com empresas de telecomunicações que apostem numa componente de cultura organizacional direccionada para o Património. Se tais parcerias não permitirem cobrir os custos associados à utilização, deveriam estar assegurados os custos da sua implementação. Por outro lado, a reformulação do sistema de bilhética a nível dos transportes públicos visa explorar tecnologias que hoje em dia já começam a ser aplicadas globalmente. No que toca a Coimbra, a realidade assume-se como detentora de um tecido intelectual, tecnológico e empresarial capaz de acompanhar esta evolução. Uma vez mais reafirmamos a necessidade da cidade se afirmar como um pólo de tradição/inovação, especialmente na componente turística, uma vez que através das nossas recomendações identificamos as fragilidades que ainda existem neste campo. Por último, a implementação de um sistema de chat ou informações que permitam uma maior proximidade entre a entidade que tutela o turismo de Coimbra e o público alvo, permitindo fornecer um conjunto de informações relevantes sobre aspectos a melhorar.

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento      

 

Conclusão  

Conclusão   A missão deste trabalho passa por apresentar uma série de recomendações com o objectivo de reestruturar o turismo de Coimbra. A noção e o ideal que perspectivamos é o de que sem uma concertada discussão não é possível atingir um bom modelo de gestão e programação que valorize a cidade e a dinâmica funcional com a Universidade. Surge a necessidade de racionalizar e redinamizar os espaços públicos como forma de combater a rápida decadência a que muitos deles estão entregues. Tanto a zona histórica como a área envolvente da cidade necessita de ser revitalizada, explorando novas potencialidades de âmbito estratégico, cultural e turístico. Foram propostas estratégias de relativa rápida implementação que facilitem e contribuam para uma melhor experiência turística, nesta nova realidade de pós nomeação a Património Mundial e à qual Coimbra precisa de se adaptar. Este período deve funcionar como um motor de valorização da própria identidade citadina que lhe confere um carácter único e diferenciador de outros modelos. Desta forma, esperamos que as entidades envolvidas neste processo se consciencializem das mais valias que poderão advir do tecido endógeno académico na perspectiva de explorar novas vertentes de afirmação que se emancipem da actual realidade, assente num peso excessivo da relação Cidade/Universidade. Cabe a todos os cidadãos ter em mente que a recente classificação representa não só o culminar de centenas de anos de história, como pretende também despertar consciências para que o trabalho feito até então não seja descurado. Esta nomeação a Património Mundial “tem que ter caras, tem de ter obreiros. Não vale a pena ter feito nenhuma classificação a Património Mundial se cada um de nós não for esse Património Mundial no futuro”44                    

                                                                                                                44

Encontros e desencontros do tempo e do património: Raimundo Mendes da Silva no TEDxCoimbra realizado no dia 19 de Outubro de 2013 no Teatro Académico de Gil Vicente.  

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento      

 

Bibliografia  

Fontes Bibliográficas Fontes Manuscritas ABREU, Paula, Turismo Internacional de Jovens, O universo das formas, dos motivos e das representações juvenis sobre a viagem, Revista Crítica de Ciências Sociais nº43 Outubro de 1995. BORGES, Joaquim Júlio Magalhães - Recriação Virtual da Alta de Coimbra pré-1942. Coimbra, 2013. Dissertação de Mestrado em Design Multimédia, apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, p.78 CASTELA, Luís Pedro Ribeiro - A guitarra portuguesa e a canção de Coimbra : subsídios para o seu estudo e contextualização. Coimbra, 2011. Dissertação de Mestrado em Estudos Artísticos (Estudos Musicais), apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. FORTUNA, Carlos et al. A Cidade e o Turismo: Dinâmicas e Desafios do Turismo Urbano em Coimbra. Coimbra: Edições Almedina. 2013.

Fontes Impressas

    AZEVEDO, Liliana. Como Intervir no Centro Histórico de Coimbra, Centro Histórico Intra-Muros e Bairro Sousa Pinto. Gabinete para o Centro Histórico. Câmara Municipal de Coimbra. 2011. Também disponível em: http://gch.cm-coimbra.pt/wp-content/uploads/2009/12/Como-Intervir-noCentro-historico_2011.pdf SEBASTIÃO, Ana Sofia Camoêsas, Planeamento estratégico para o Centro Histórico de Torres Vedras. Torres Vedras, 2010. Relatório de Estágio de Mestrado, Gestão do Território e Urbanismo, Universidade de Lisboa, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território. Também disponível em: http://repositorio.ul.pt/handle/10451/3862    

Fontes Online Comissão Europeia (2013), “UE tenciona suprimir as tarifas de roaming dos telemóveis”, 16 de Setembro. Disponível em: http://ec.europa.eu/news/science/130916_pt.htm

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Bibliografia     Diário da República, 1ª série, N.º 96, 20 de maio de 2013, Conselho de Ministros n.º 33/2013, pág. 2972. Diário de Coimbra (2013), “Região Centro já definiu onde quer gastar os 2117 milhões de euros”, 13 de Dezembro, p.16. Diário Digital (2013), “Universidade de Coimbra promove roteiro turístico para a comunidade judaica”, 17 de Dezembro. Retirado de: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=675241. Acedido a 18.12.13 Dossiê de Candidatura da Universidade, Alta e Sofia a Património Mundial da Unesco, Livro 1, pág. 234-239. Disponível em: http://issuu.com/unescouc/docs/l1_uncoimbra_nomination; Dossiê de Candidatura da Universidade, Alta e Sofia a Património Mundial da Unesco, Livro 2, pág.

155.

Disponível

em:

http://issuu.com/unescouc/docs/l2_uncoimbra_managementplan#.

Acedido a 16.12.13. Green Savers (2013), “Roma: bilhetes de autocarro e metro vão ser comprados por SMS”, 9 de Dezembro. Disponível em: http://greensavers.sapo.pt/2013/12/09/roma-bilhetes-de-autocarro-emetro-vao-ser-comprados-por-sms/. Acedido a 05.01.14. KEFERL, Michael. (2012), Near-Field Communication Is Shifting Marketing in Japan. AdAge. Notícia em Inglês. Disponível em: http://adage.com/article/global-news/field-communicationshifting-marketing-japan/235260/. Acedido a 05.01.14 Metro do Porto (2012) “COLORADD no Metro do Porto”, 31 de Janeiro. http://www.metrodoporto.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=16779¬iciaId=24662&pastaNot iciasReqId=15502. Acedido a 03.01.14 RTP Notícias (2013) “Improve Coimbra cria mapa inspirado nos metros para facilitar o uso de autocarros”, 23 de Dezembro. Disponível em: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=705137&tm=8&layout=121&visual=49. Acedido a 03.01.14   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento      

 

Anexos  

Anexos A divulgação, tratamento e/ou reprodução das seguintes imagens é expressamente proibida sem o consentimento do autor. Para contactar o autor utilize o seguinte endereço de email: [email protected]

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Índice  de  Anexos  

Índice de Anexos Anexo 1.A: Exemplo ilustrativo comparativo entre a sinalética actualmente presente no início da Rua da Sofia e uma alternativa possível a implementar.................................................................... 59 Anexo 2.A: Exemplo ilustrativo de uma opção de sinalética a implementar. Formato alternativo e simplificado. Direccionado para ser visível a longa distância.......................................................... 60 Anexo 2.B: Exemplo ilustrativo aproximado da sinalética apresentada no Anexo 2.A.................... 61 Anexo 2.C: Exemplo ilustrativo comparativo entre a sinalética actualmente presente e a sinalética apresentada no Anexo 2.A. Localização: Quebra Costas.................................................................. 62 Anexo 2.D: Exemplo ilustrativo aproximado de uma opção alternativa de sinalética a implementar....................................................................................................................................... 63 Anexo 2.E: Exemplo ilustrativo comparativo entre a sinalética actualmente presente e a sinalética alternativa. Localização: Rua da Ilha................................................................................................ 64 Anexo 3.A: Exemplo ilustrativo de uma opção de sinalética a implementar.................................... 65 Anexo 3.B: Exemplo ilustrativo aproximado da sinalética apresentada o Anexo 3.A...................... 65 Anexo 3.C: Exemplo ilustrativo de uma opção alternativa de sinalética a implementar.................. 66 Anexo 3.D: Exemplo ilustrativo de uma opção alternativa de sinalética a implementar. Disposição alternativa dos Códigos QR e setas de direcção................................................................................ 66 Anexo 4.A: Exemplo ilustrativo de uma opção de sinalética direccionada exclusivamente aos percursos Coimbr4 (Coimbr4 Educação).......................................................................................... 67 Anexo 4.B: Exemplo ilustrativo aproximado da sinalética apresentada no Anexo 4.A.................... 68 Anexo 4.C: Exemplo ilustrativo de uma opção de sinalética direccionada exclusivamente aos percursos Coimbr4 (Coimbr4 Verde)................................................................................................ 69 Anexo 4.D: Exemplo ilustrativo aproximado da sinalética apresentada no Anexo 4.C.................... 70 Anexo 5: Exemplo ilustrativo das três principais secções dependentes entre si do site VisitCoimbra..................................................................................................................................... 71 Anexo 6.A: Exemplo ilustrativo da Página Principal do site VisitCoimbra..................................... 72 Anexo 6.B: Exemplo em perspectiva da Página Principal do site VisitCoimbra.............................. 73 Anexo 7.A: Exemplo ilustrativo da secção “Locais de Interesse” do site VisitCoimbra.................. 74 Anexo 7.B: Exemplo em perspectiva da secção “Locais de Interesse” do site VisitCoimbra.......... 75 Anexo 8.A: Exemplo ilustrativo da secção “Coimbr4” do site VisitCoimbra.................................. 76   Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento       Índice  de  Anexos     Anexo 8.B: Exemplo em perspectiva da secção “Coimbr4” do site VisitCoimbra........................... 77 Anexo 9: Exemplo ilustrativo da secção “Perto de Si” do site VisitCoimbra................................... 78 Anexo 10.A: Exemplo ilustrativo da secção “Loja Online” do site VisitCoimbra........................... 79 Anexo 10.B: Exemplo em perspectiva da secção “Loja Online” do site VisitCoimbra.................... 80 Anexo 10.C: Exemplo ilustrativo da subsecção referente à gestão de bilhetes dos transportes urbanos de Coimbra na secção “Loja Online” do site VisitCoimbra................................................ 81 Anexo 11: Exemplo ilustrativo da secção “Chat/Info” do site VisitCoimbra................................... 82 Anexo 12.A: Comparação da faixa exposta na parede lateral da Faculdade de Medicina................ 83 Anexo 12.B: Comparação aproximada da faixa exposta na parede lateral da Faculdade de Medicina............................................................................................................................................ 83 Anexo 12.C: Comparação da faixa exposta na parede exterior da Faculdade de Letras.................. 84 Anexo 12.D: Comparação da faixa exposta no interior da Faculdade de Letras.............................. 84 Anexo 12.E: Comparação das faixas expostas na parede exterior do Departamento de Física........ 85 Anexo 12.F: Comparação da faixa exposta na parede exterior do Colégio de S. Jerónimo............. 86 Anexo 12.G: Comparação da faixa exposta no interior do Colégio de S. Jerónimo......................... 86 Anexo 13.A: Exemplo ilustrativo de um mapa referente ao directório do edificado do Pólo I da Universidade de Coimbra.................................................................................................................. 87 Anexo 13.B: Exemplo ilustrativo de sinalética a ser implementado pela Universidade de Coimbra no Pólo I com directório do seu edificado......................................................................................... 88 Anexo 14.A: Exemplo ilustrativo de sinalética específica da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra............................................................................................................................................. 89 Anexo 14.B: Comparação entre a sinalética presente e a sinalética apresentada no Anexo 14.A. Localização: Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra............................................................ 90 Anexo 14.C: Exemplo ilustrativo de sinalética específica do Paço das Escolas da Universidade de Coimbra............................................................................................................................................. 91 Anexo 14.D: Comparação entre a sinalética presente e a sinalética apresentada no Anexo 14.C. Localização: Porta Férrea da Universidade de Coimbra................................................................... 92

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Anexo 1.A

Anexo 1.A: Exemplo ilustrativo comparativo entre a sinalética actualmente presente no início da Rua da Sofia e uma alternativa possível a implementar.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Anexo 2.A

Anexo 2.A: Exemplo ilustrativo de uma opção de sinalética a implementar. Formato alternativo e simplificado. Direccionado para ser visível a longa distância.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

61  

Anexo 2.B

Anexo 2.B: Exemplo ilustrativo aproximado da sinalética apresentada no anexo 2.A. Descrição incluída na imagem. De notar que os percursos no mapa encontram-se traçados com a cor respectiva de cada percurso, facilitando o sentido de orientação do utilizador.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

62  

Anexo 2.C

Anexo 2.C: Exemplo ilustrativo comparativo entre a sinalética actualmente presente e a sinalética apresentada no anexo 2.A. Localização: QuebraCostas, esquina da Rua de Sobre Ripas.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

63  

Anexo 2.D

Anexo 2.D: Exemplo ilustrativo aproximado de uma opção alternativa de sinalética a implementar. Descrição incluída na imagem. De notar que os percursos no mapa encontram-se traçados com a cor respectiva de cada percurso, facilitando o sentido de orientação do utilizador.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

64  

Anexo 2.E

Anexo 2.E: Exemplo ilustrativo comparativo entre a sinalética actualmente presente e a sinalética alternativa. Localização: Rua da Ilha, em frente ao Colégio de Santa Rita (Palácio dos Grilos).

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

65  

Anexo 3.A

Anexo 3.A: Exemplo ilustrativo de uma opção de sinalética a implementar. Descrição incluída na imagem.

Anexo 3.B

Anexo 3.B: Exemplo ilustrativo aproximado da sinalética apresentada no anexo 3.A. Descrição incluída na imagem.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

66  

Anexo 3.C

Anexo 3.C: Exemplo ilustrativo de uma opção alternativa de sinalética a implementar. Disposição alternativa dos Códigos QR e setas de direcção. Descrição incluída na imagem.

Anexo 3.D

Anexo 3.D: Exemplo ilustrativo de uma opção de sinalética a implementar. Disposição alternativa dos Códigos QR e setas de direcção.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

67  

Anexo 4.A

Anexo 4.A: Exemplo ilustrativo de uma opção de sinalética direccionada exclusivamente aos percursos Coimbr4 (neste caso Coimbr4 Educação) a implementar. Descrição incluída na imagem.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

68  

Anexo 4.B

Anexo 4.B: Exemplo ilustrativo aproximado da sinalética apresentada no anexo 4.A. Descrição incluída na imagem.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Anexo 4.C

Anexo 4.C: Exemplo ilustrativo de uma opção de sinalética direccionada exclusivamente aos percursos Coimbr4 (neste caso Coimbr4 Verde) a implementar. Descrição incluída na imagem. Localização de implementação: junto às entrada do Jardim Botânico

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

70  

Anexo 4.D

Anexo 4.D: Exemplo ilustrativo aproximado da sinalética apresentada no anexo 4.C. Descrição incluída na imagem.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

71  

Anexo 5

Anexo 5: Exemplo ilustrativo das três principais secções do site VisitCoimbra dependentes entre si. De notar a hierarquização dos botões de direccionamento e relações entre os mesmos apresentadas a vermelho.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

72  

Anexo 6.A

Anexo 6.A: Exemplo ilustrativo da Página Principal do site VisitCoimbra. Descrição na imagem.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

73  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento    

 

Anexos  

Anexo 6.B

Anexo 6.B: Exemplo ilustrativo em perspectiva do site apresentado no anexo 6.A.    

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

74  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 7.A

Anexo 7.A: Exemplo ilustrativo de um site a implementar que complemente os projectos de sinalética anteriormente apresentados. Página referente a locais de interesse que façam parte de um percurso específico Coimbr4. Descrição na imagem.

    Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento     Anexo 7.B

 

 

 

 

 

 

 

Anexos  

Anexo 7.B: Exemplo ilustrativo em perspectiva do site apresentado no anexo 7.A.    

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

76  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 8.A

Anexo 8.A: Exemplo ilustrativo de um site a implementar que complemente os projectos de sinalética anteriormente apresentados. Página referente à selecção dos diversos percursos Coimbr4 disponíveis. Descrição na imagem.

 

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento      

 

Anexos  

Anexo 8.B

Anexo 8.B: Exemplo ilustrativo em perspectiva do site apresentado no anexo 8.A.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

78  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 9

Anexo 9: Exemplo ilustrativo de um site a implementar que complemente os projectos de sinalética anteriormente apresentados. Página referente à secção “Perto de Si”. Descrição na imagem.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 10.A

Anexo 10.A: Exemplo ilustrativo de um site a implementar que complemente os projectos de sinalética anteriormente apresentados. Página referente à Loja online e às secções de ofertas disponíveis para compra. Surge a necessidade de o site ser capaz de agrupar e unificar as plataformas de compra online já existentes. Descrição na imagem.

 

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento    

 

Anexos  

Anexo 10.B

 

Anexo 10.B: Exemplo ilustrativo em perspectiva do site apresentado no anexo 10.A.  

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

81  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 10.C

Anexo 10.C: Exemplo ilustrativo de uma sub-secção da secção apresentada no anexo 10.A. Página referente a um exemplo de gestão de compras (bilhetes para os Transportes Urbanos de Coimbra), com duas possibilidades de controlo dos títulos de transporte por parte do motorista.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 11

Anexo 11: Exemplo ilustrativo de um site a implementar que complemente os projectos de sinalética anteriormente apresentados. Página referente à secção de Chat e Pedidos de Informação. Descrição na imagem. Apesar que não estar projectada a implementação imediata desta secção no projecto (por motivos de logísticos, de reorganização de recursos humanos e de equipamentos) é uma mais valia a inclusão de uma plataforma deste género. Desta forma o público-alvo é melhor servido, ao mesmo tempo que o gabinete de Turismo consegue ter feedback das principais questões/pedidos do turista.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

83  

Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 12.A  

Anexo 12.A: Comparação da faixa exposta na parede lateral da Faculdade de Medicina sem Código QR (esquerda) e com Código QR (direita).

 

  Anexo 12.B  

 

Anexo 12.A: Comparação em perspectiva aproximada da faixa exposta na parede lateral da Faculdade de Medicina sem Código QR (esquerda) e com Código QR (direita).

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 12.C

Anexo 12.C: Comparação da faixa exposta na parede exterior da Faculdade de Letras sem Código QR (esquerda) e com Código QR (direita).

Anexo 12.D

Anexo 12.D: Comparação da faixa exposta no interior da Faculdade de Letras sem Código QR (esquerda) e com Código QR (direita).

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 12.E

Anexo 12.E: Comparação das faixas expostas na parede exterior do Departamento de Física sem Código QR (esquerda) e com Código QR (direita).

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 12.F

Anexo 12.F: Comparação da faixa exposta na parede exterior do Colégio de S. Jerónimo sem Código QR (esquerda) e com Código QR (direita).

Anexo 12.G

Anexo 12.G: Comparação da faixa exposta no interior do Colégio de S. Jerónimo sem Código QR (esquerda) e com Código QR (direita).

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 13.A

Anexo 13.A: Exemplo ilustrativo do mapa presente no directório do edificado do Pólo I da Universidade de Coimbra. Ressalva para a identificação de cada edifício com um pino específico, código COLOARDD para daltónicos junto a cada pino e respectivo Código QR. O mesmo pode ser replicado para servir os edifícios nomeados Património Mundial situados na Rua da Sofia.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Coimbra:  Cidade  do  (re)Conhecimento  

 

Anexos  

Anexo 13.B

Anexo 13.B: Exemplo ilustrativo em perspectiva de sinalética a ser implementada pela Universidade de Coimbra com um directório do seu edificado. Descrição na imagem.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Anexos  

Anexo 14.A

Anexo 14.A: Exemplo ilustrativo em perspectiva de sinalética específica do edificado a ser implementada pela Universidade de Coimbra. Descrição na imagem.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Anexos  

Anexo 14.B

Anexo 14.B: Exemplo ilustrativo comparativo entre a sinalética actualmente presente e a sinalética apresentada no anexo 16.A. Localização: Pólo I da Universidade de Coimbra, Biblioteca Geral.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Anexos  

Anexo 14.C

Anexo 14.C: Exemplo ilustrativo em perspectiva de sinalética específica do edificado a ser implementada pela Universidade de Coimbra. Descrição na imagem.

  Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Anexos  

Anexo 14.D

Anexo 14.D: Exemplo ilustrativo comparativo entre a sinalética actualmente presente e a sinalética apresentada no anexo 14.C. Localização: Pólo I da Universidade de Coimbra, Porta Férrea.

    Fábio  Magalhães  Ferreira  e  João  Pedro  Dias  Correia  

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Actualização 2015

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Fábio Magalhães Ferreira e João Pedro Dias Correia !

Coimbra: Cidade do (re)Conhecimento !

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Dois anos após a nomeação a Património Mundial da UNESCO, existe ainda um longo trabalho de capacitação e de reflexão sobre o que falta fazer de modo a manter a visibilidade de Coimbra num contexto turístico que se tornou ainda mais competitivo. Numa altura em que Portugal tem sido catapultado para as escolhas das mais renomeadas publicações na área como um destino altamente apetecível, com especial foco para Lisboa e Porto, a cidade dos estudantes continua a sofrer as mesmas fragilidades pré-nomeação. Segundo os últimos dados, o crescimento turístico na Universidade de Coimbra aumentou 40%, mas a taxa de ocupação hoteleira continua abaixo da média nacional1. Uma vez mais, o peso excessivo da visibilidade da Alta continua a menosprezar vários locais emblemáticos da cidade que poderão contribuir para um período mais alargado de permanência dos turistas na cidade. Desde modo, a secção seguinte inclui propostas e melhorias face ao trabalho original de 2014 que visam contribuir para uma discussão de ferramentas e acções a levar a cabo, visando colmatar as deficiências já conhecidas.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 1 !Soldado, C. (2015, Junho 21) Dois anos depois, Coimbra sente pouco o efeito da classificação da UNESCO. Público. Disponível em: http://www.publico.pt/local/noticia/dois-anos-depois-coimbra-sente-pouco-o-efeito-da-classificacao-daunesco-1699567!

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Update 1: Modelo alternativo de sinalética. De notar a circunscrição do tempo de percurso pedonal (20 minutos), bem como o tempo estimado aos locais mais próximos.

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Update 2: Modelo alternativo de sinalética específica Coimbr4 “Verde/Green”. A sinalética seria baseada no ícone do percurso. À esquerda o mapa 3D do local específico com o horário de funcionamento e outras informações. À direita o mapa 3D da cidade com os 4 pontos do percurso “Verde/Green” assinalados bem como o tempo dispendido a pé e de autocarro entre o local específico e os restantes 3 locais que constituem o percurso.

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Update 3: Desenho conceptual dos percursos Coimbr4 em formato linha de metro.

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Update 4: Desenho conceptual de um Centro de Acolhimento ao Visitante com os diferentes percursos Coimbr4. O interior contém painéis com detalhes de pontos de interesse específicos para cada percurso.

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Update 5: Desenho conceptual da página principal do site oficial do turismo de Coimbra (nome provisório VisitCoimbra) como substituição do actual. Secção em destaque: “Explorar”.

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Update 6: Desenho conceptual da exploração de monumentos com descrição e informação de interesse através da contextualização 3D no mapa da cidade. Subsecção “Monumentos” do site VisitCoimbra. Monumento em causa: Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.

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Update 7: Desenho conceptual da exploração da sugestão de um percurso de visita com base nos gostos, meio de deslocação e duração da visita através da contextualização 3D no mapa da cidade. Subsecção “Tempo Contado” do site VisitCoimbra. Os pontos a visitar só aparecem a cores depois de gerado o percurso.

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Update 8: Desenho conceptual da página principal do site oficial do turismo de Coimbra (nome provisório VisitCoimbra) como substituição do actual. Secção em destaque: “Onde”.

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Update 9: Desenho conceptual da pesquisa de restaurantes segundo diferentes critérios e através da contextualização 3D no mapa da cidade. Subsecção “Comer” do site VisitCoimbra.

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Update 10: Desenho conceptual dos resultados de pesquisa de restaurantes com descrição e informação de interesse através da contextualização 3D no mapa da cidade. Subsecção “Comer” do site VisitCoimbra. Restaurante em causa: A Portuguesa (Parque Verde).

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Update 11: Interface de utilizador conceptual para dispositivos wearable. Como exemplo a descrição do tempo dispendido a pé e de autocarro entre o Jardim Botânico e o Parque da Cidade (pontos inclusos no percurso Coimbr4 “Verde/Green”). Através das setas seria possível ver o tempo dispendido para os restantes pontos do percurso.

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Update 12: Interface de utilizador conceptual para dispositivos wearable. Como exemplo o alerta de proximidade para um ponto de interesse, neste caso no percurso Coimbr4 “Educação/Education”. O botão mais informações “+” permite ter uma pequena descrição sobre o local bem como dados relavantes (exemplo: horário de funcionamento, custo de visita associado).

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C.I.T.I. (Coimbra Interactive Tourist Information) * nome provisório

Guia Rápido

O presente guia pretende demonstrar as linhas orientadoras duma possível aplicação direccionada ao turismo e ao património na cidade de Coimbra. Nomes e funcionalidades poderão ser alvo de modificação e as imagens apresentadas servem simplesmente como inspiração para uma versão final.

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A seguinte imagem, que deverá ser a primeira a ser apresentada, pretende demonstrar a possibilidade de o utilizador se registar na rede wireless disponível na cidade. Cenário 1: a infraestrutura encontra-se instalada e preparada para funcionar, dando possibilidade ao utilizador poder, dentro da aplicação, comprar um slot de tempo para se ligar à internet ou optar por o fazer mais tarde. Cenário 2: é dispensável tal infraestrutura e, consequentemente, o aviso na aplicação, sendo todo o conteúdo (mapas e texto) disponibilizado offline: Prós: custos associados à instalação da rede wireless. Contras: tamanho final da aplicação.

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Coimbra: Cidade do (re)Conhecimento Actualização 2015 ! A filosofia adoptada baseia-se na apresentação de cartões informativos e dinâmicos que, ao serem selecionados, expandem a informação relevante. O público-alvo é o turista independente que visita a cidade e é responsável pela sua própria gestão do tempo. Ao contrário de outras aplicações semelhantes direccionadas para o turismo (exemplo: JITT Coimbra), o C.I.T.I. aposta na descoberta de património que, na maior partes das vezes, passa despercebido e, como tal, não se encontra listado nas aplicações anteriormente mencionadas.

Contrariamente à existência de um ecrã específico para cada opção, a utilização dos cartões expansíveis permite a sensação de contexto geral da oferta disponibilizada pela aplicação, sendo que o utilizador rapidamente pode ler sobre cada oferta no próprio ecrã e, posteriormente, optar pela escolha pretendida. Fábio Magalhães Ferreira e João Pedro Dias Correia !

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Foram escolhidos quatro temas principais que se dividem em: “À descoberta” O utilizador tem como opção 3 tipos de descoberta do património. A primeira, “Descoberta Individual” afirma-se como um mecanismo de autodescoberta em que a única indicação visual é uma bússola que aponta a direcção que o utilizador deve tomar para chegar ao seu destino. Para tal, o utilizador deve, primeiramente, escolher qual o seu ponto de destino, sendo que o funcionamento posterior resume-se à orientação guiada e não intrusiva, com a indicação dos pontos de interesse mais próximos durante o seu percurso.

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A listagem dos pontos de interesse mais próximos é feita por ordem de proximidade ao utilizador, sendo que um ou mais pontos poderão ser identificados se tal for o caso.

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Esta apresentação é igualmente feita sobre a foram de cartões expansíveis, não obstruindo o elemento visual de orientação para o destino final. Caso o utilizador pretenda saber mais informação sobre um determinado ponto poderá clicar sobre o mesmo, sendo que o cartão demonstrará informação sucinta sobre o mesmo.

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Na mesma linha de orientação que define a aplicação, a opção de ser guiado directamente para o ponto de interesse específico será dependente do utilizador. Caso o mesmo desista de querer ser guiado para o ponto que escolheu, a aplicação automaticamente continuará a indicar sobre a forma de bússola o trajecto aproximado até ao ponto de destino, apresentando de forma não intrusiva o seguinte ponto de interesse mais próximo.

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Quando o utilizador optar por ser guiado para um ponto de interesse específico a visualização da orientação será adequada para o mesmo. Cada ponto específico deverá ser agrupado numa categoria própria, seja por exemplo um local de interesse histórico, de restauração, cultural, entre outros. Deste modo, e associando uma cor específica a essa categoria, a bússola mudará de cor, reflectindo a categoria no qual o ponto de interesse se insere, permitindo avisar o utilizador que já não se encontra a ser guiado para o ponto de destino, mas para o ponto de interesse que seleccionou. Igualmente seria interesse, sempre que possível, apresentar uma visualização tridimensional do ponto de interesse, ao invés da tradicional apresentação bidimensional sobre a forma de mapa. Cenário 1: A apresentação é feita de forma tridimensional: Prós: elemento diferenciador de outro tipo de aplicações. Maior sensibilidade de contexto para o utilizador, uma vez que rapidamente identifica qual o local a visitar. Contras: custo associado ao mapeamento 3D dos pontos de interesse. Cenário 2: apresentação tradicional (bidimensional) Prós: integração com as diferentes plataformas já existentes de orientação assistida por GPS (Google Maps, Apple Maps) sendo apenas necessário introduzir no programa as coordenadas do ponto de interesse. Contras: perda de contexto para o utilizador e de elemento diferenciador de outras plataformas da concorrência.

Fábio Magalhães Ferreira e João Pedro Dias Correia !

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A barra indicadora no fundo do ecrã deverá continuar a mostrar a distância estimada, bem como o tempo que demorará a chegar ao destino final, permitindo um maior controlo sobre o tempo que o utilizador dispõe para visitar o local pretendido, já que a qualquer momento o utilizador poderá optar por não querer visitar o ponto de interesse anteriormente escolhido e regressar ao trajecto para o destino final. Ao chegar perto do ponto de interesse o ecrã automaticamente passa a mostrar a informação relevante sobre o ponto de interesse. Fábio Magalhães Ferreira e João Pedro Dias Correia !

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Nos casos em que os pontos de interesse tratem de espaços de abertura condicionada (restauração, espaços interiores visitáveis) o algoritmo da aplicação deverá automaticamente fazer o cruzamento de dados com o horário de funcionamento. De forma a não “menosprezar” a existência do espaço o mesmo poderá ser apresentado ao utilizador durante a fase de orientação do percurso com o aviso de que o mesmo não é visitável naquela altura. Deste modo o utilizador tem a oportunidade de ver o exterior do local ou de consultar informação sobre o mesmo, incluindo horários de funcionamento, mesmo que não o possa visitar. Sempre que tal seja necessário, existe um menu que se sobrepõe ao à informação apresentada e que permitirá interagir com as restantes opções da aplicação. Fábio Magalhães Ferreira e João Pedro Dias Correia !

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A inclusão do botão “voltar” permite que o utilizador regresse sempre ao ecrã anterior. Este botão apenas se encontrará seleccionável quando se justificar. Com a sobreposição do menu sobre o ecrã que adoptará uma visualização mais baça, o contexto de orientação mantém-se, mas a atenção do utilizador é direccionada para as opções do menu, ao contrário da maior parte das aplicações que opta por esconder a informação de “background”.

Fábio Magalhães Ferreira e João Pedro Dias Correia !

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Exemplo típico da sobreposição de um menu de opções que impede a leitura do ecrã em “foreground”. Cenário 1: O utilizador encontra-se a percorrer o trajecto que optou, apenas com o acompanhamento da bússola e decide voltar ao ecrã principal para consultar a secção “Perto de Mim”. Após a consulta se não optar por nenhuma opção regressará imediatamente ao ecrã de percurso anterior. Cenário 2: O utilizador decide consultar a secção correspondente à informação da agenda cultural, “por dia” ou “por local”. Após a consulta regressa de imediato ao ecrã de orientação.

Fábio Magalhães Ferreira e João Pedro Dias Correia !

Coimbra: Cidade do (re)Conhecimento ! “Descoberta Assistida”

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Esta opção segue uma filosofia mais tradicional, com a apresentação de um percurso prédefinido, através de um mapa bidimensional, mas em que o mesmo é adaptável, sempre que o utilizador decidir desviar-se do mesmo. À semelhança da primeira opção os pontos de interesse vão sendo indicados por ordem de proximidade. Apesar de se tratar de um conceito mais clássico, deverá existir um menu de opção que permita ao utilizador escolher o percurso automaticamente seleccionado através consoante 2 opções: caminho mais curto ou caminho com maior pontos de interesse. O algoritmo a correr por detrás de cada opção deverá ter em conta o horário de funcionamento dos locais, bem como de possíveis eventos a decorrer (cruzando com a informação disponibilizada na agenda cultural). Na eventualidade de o utilizador se afastar do percurso sugerido pela aplicação, o trajecto será automaticamente actualizado consoante a opção anteriormente seleccionada. “Perto de Mim” Este cenário permite uma consulta prévia sobre a informação disponibilizada sobre pontos de interesse que se encontrem ao redor do utilizador. O mesmo poderá ser apresentado através de uma lista de locais, assinalados consoante a categoria em que cada um deles se insere, bem como a distância em relação ao utilizador. A partir deste momento, o utilizador poderá escolher ser guiado directamente para o ponto seleccionado ou optar por consultar outro ponto de interesse. Seguindo a filosofia anteriormente discutida, a lista de locais poderá ser feita sobre a forma de cartões expansíveis, sendo que vários locais poderão ser consultados directamente no mesmo ecrã. “Rotas Programadas” No seguimento do feedback obtido ao longo das nossas reuniões, esta opção permitiria ao utilizador visitar um conjunto de locais que se insiram numa mesma temática. Existem actualmente inúmeras rotas que se podem percorrer em Coimbra, algumas delas têm vindo a ser criadas ultimamente com o apoio da Câmara Municipal (Rota da Rainha Santa Isabel, por exemplo). Contudo, e com o apoio de um conjunto de pessoas ligadas à História de Arte e ao Património, seria interessante criar uma plataforma geral e integrada onde o visitante pudesse consultar mais detalhadamente a temática em causa, bem como os locais que se inserem no percurso. Sucintamente, seria levar o Coimbr4 (já anteriormente discutido) a um nível mais profissional e coerente. Do ponto de vista da escalabilidade, as rotas poderiam ser adicionadas a qualquer momento através de actualizações da aplicação. Em termos de orientação, a mesma seguiria o conceito clássico da orientação guiada através de um mapa bidimensional, alternado com a apresentação tridimensional do local assim que o utilizador se aproximasse de um determinado raio de proximidade. Igualmente interessante e no seguimento do que faz a aplicação JITT Coimbra, o utilizador poderia, se assim quisesse colocar por ordem ou remover locais que estejam pré-determinados na rota, caso já os tivesse visitado. Para além da informação do tempo médio que levaria a visita, penso que será determinante que quer na apresentação de um local específico, quer na informação geral da rota, exista a possibilidade de se consultar a agenda cultural dos locais que estão incluídos no percurso. Fábio Magalhães Ferreira e João Pedro Dias Correia !

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Actualização 2015

“Factos sobre o Património” A inclusão desta opção vem reflectir a mais valia que seria poder esmiuçar informação que, por norma, não vem incluída nos habituais roteiros. Como exemplo, poderia haver uma descrição sobre a história dos painéis no Departamento de Matemática, o porquê do mural presente no lago da AAC ter sido colocado no sítio em que se encontra, ou a existência de mobiliário original na Faculdade de Letras. Não sei se tal opção se poderá considerar uma “killer feature”, mas penso que é sem dúvida, uma maneira gratificante de demonstrar que o património não se resume unicamente ao conceito do edificado, mas também de opções, decisões e história que é, muitas vezes, menosprezada. Esta informação seria complementada com uma breve descrição, elementos visuais para consulta por parte do utilizador e, sempre que possível, a possibilidade de o utilizador ser guiado para o local indicado. Uma vez que, possivelmente, parte dos elementos a serem visitados poder-se-ão encontrar dentro de edifícios, abre-se um novo paradigma à navegação “indoor” que poderá ser discutida numa fase posterior. A minha preocupação principal com a inclusão desta temática é poder oferecer um elemento diferenciador para os utilizadores que não se contentam unicamente com a oferta “mainstream” habitualmente disponibilizada.

“Agenda Cultural” Um dos grandes problemas a que chegámos a uma concordância unânime foi de que a percepção da realização de eventos culturais na cidade apresenta graves debilidades na maneira de como é promovida. Igualmente deficitária é o método de divulgação. Deste modo, a presença de um mecanismo que permita ao utilizador consultar que tipo de eventos estão a decorrer durante a sua permanência na cidade, parece-me um ponto fundamental e obrigatório numa aplicação que se diz voltada para o turista. Tendo em linha de conta a principal concorrência a esta aplicação (JITT Coimbra), a mesma não apresenta uma agenda cultural que possa ser consultada, pelo que deste modo, novamente teríamos um elemento diferenciador. A inclusão da informação não será um “common ground” pacífico ao início, uma vez que terse-á que que perceber como será possível centralizar esta informação, uma vez que muitas das vezes, as entidades responsáveis pelos locais de interesse operam de maneira individual. O ideal seria a criação de uma base de dados central, cuja informação seria enviada mensalmente e actualizada na Base de Dados da aplicação. Esta responsabilidade seria repartida pelo responsável da aplicação, bem como da entidade. No que toca à experiência do utilizador e num cenário ideal, esta informação poderia ser consultada por duas vias:

Fábio Magalhães Ferreira e João Pedro Dias Correia !

Coimbra: Cidade do (re)Conhecimento !

Actualização 2015

“Por Dia” Uma vez que as visitas turísticas à cidade continuam a resumir-se a não mais que um dia (em média), a apresentação da agenda cultural seria direccionada para um determinado dia nesta opção (sob a forma de calendário, eventualmente). Toda a agenda cultural estaria disponível sem nenhum filtro por local. Deste modo, consoante a preferência, o utilizador poderia preparar a sua visita consoante um determinado evento, cruzando com as restantes opções disponíveis na aplicação. “Por Local” À semelhança do ponto anterior, o utilizador poderia consultar a realização de eventos durante o mês corrente para um local específico. Nesta opção, seria apresentada uma lista de locais prédeterminados, por ordem de proximidade ao utilizador, bem como uma caixa de pesquisa, para que se possa rapidamente consultar a agenda de um local que não esteja imediatamente listado na aplicação.

FIM

Fábio Magalhães Ferreira e João Pedro Dias Correia !

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